Mika Hakkinen durante o fim de semana do GP dos Estados Unidos, no ano 2000, numa foto tirada por Paul-Henri Cahier. Há precisamente 15 anos, quando a Formula 1 comemorava o regresso a paragens americanas - ainda por cima numa das catedrais do automobilismo - o piloto finlandês teve o momento decisivo que rendeu o título mundial ao seu maior rival, Michael Schumacher. O motor rebentado na volta 25 praticamente pavimentou o caminho para que o piloto alemão conquistasse o terceiro título mundial e o primeiro da Ferrari desde 1979.
Para o finlandês, foi o final frustrante de uma temporada épica. Ele começou bem mal, com dois abandonos nas duas primeiras corridas do ano, chegando a ter uma desvantagem de 24 pontos sobre o alemão. Parecia ser irrecuperável, mas a partir da sua primeira vitória, em Barcelona, o finlandês parecia recuperar alguma coisa, mas pouco. No final do GP do Canadá, só tinha recuperado seis pontos, e estava chegar a meio da temporada. Mas depois, três abandonos consecutivos do piloto alemão foram aproveitados pelo finlandês para conseguir 22 pontos, contra zero do outro lado, e chegou a ter uma vantagem de seis pontos, após o GP da Bélgica, onde fez uma ultrapassagem épica sobre o seu maior rival na travagem para Les Combes.
Depois daquela recuperação na pontuação, parecia que Mika poderia estar a caminho de um terceiro título mundial, e a Ferrari tinha de reagir. Fê-lo em Monza, com Schumacher a vencer, mas Hakkinen controlou os prejuízos. Contudo, a margem de manobra sempre foi curta e não poderia falhar, sob pena de acabar as suas chances de título. E este voou naquele dia, em Indianápolis, porque ficou com uma desvantagem de oito pontos, dificilmente recuperável.
E foi o que aconteceu, e naquele dia, parecia que por fim, os azares tinham mudado de lado. O que a Formula 1 não tinha visto na altura é que isto simbolizava o final de uma era e o começo de outra.
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