Fernando Alonso, em jubilo, nas boxes da Renault, após o GP do Brasil de 2005, numa foto tirada por Paul-Henri Cahier. Parecendo que não, passam hoje exatamente dez anos sobre o primeiro campeonato do piloto espanhol na Formula 1, a bordo de uma Renault que era mesmo bom. Aos 24 anos de idade, Alonso batia no Brasil um recorde pertencente a um brasileiro, Emerson Fittipaldi, um recorde que durava há 33 anos, que era o do mais jovem campeão do mundo. Desde então, esse recorde já não lhe pertence, pois passou para as mãos de um alemão, Sebastian Vettel, que em 2010 fez o mesmo feito aos 23 anos de idade.
Quem assistiu à temporada do piloto espanhol, sabia-se que tinha o potencial para ser campeão do mundo, mesmo quando se estreou com uns imberbes 19 anos, em 2001, ao volante de uma Minardi. Quando se sentou num Renault, em 2003, havia uma expectativa para saber o que faria um piloto tão jovem de um país sem grande expressão na Formula 1. Antes dele, a referência automobilística estava nos ralis, com Carlos Sainz, bicampeão mundial em 1990 e 1992.
Nessa temporada de 2003, começou a surpreender logo nas primeira corridas, ao ser o poleman na Malásia, e a meio do ano, a ser o piloto mais novo de sempre a vencer um Grande Prémio, na Hungria (curiosamente, outro recorde de precocidade batido por Vettel...) e foi em 2005 que ele explodiu, vencendo oito corridas e acabando como campeão, para grande jubilo de Espanha e das Astúrias, a sua região natal. Depois repetiria o feito no ano seguinte, sendo o bicampeão mais novo de sempre... mais um recorde que Sebastian Vettel iria arrebatar mais tarde, em 2011.
Dez anos depois, fica-se com a sensação de que, noutra altura, seria um dos melhores pilotos de sempre. Contudo, o que se verifica é que é o primeiro de uma série de pilotos que nos deram uma geração de ouro no automobilismo. Pois depois dele vieram Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, pilotos dos quais ele embateu em frente... e perdeu. Mesmo na Ferrari, foi o maior rival de Sebastian Vettel na era dominadora da Red Bull, e foi derrotado por muito pouco em 2010 e 2012. Agora, na McLaren, pena por ter um mau carro e está a passar pela pior temporada de sempre desde os seus tempos na Minardi, há quase 15 anos.
Resta saber se este vai ser o final da sua carreira ou tirará algum coelho da cartola com o carro que tem, num futuro próximo. Veremos. Mas até lá, é bom recordar aquele que um grande momento da sua carreira.
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