quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Os perigos (e solidariedade) do Dakar

O rali Dakar é duro e por vezes coloca pilotos em risco de vida. Raras são as edições que não acabam sem uma morte. E neste ano de 2016, já tivemos um acidente grave na primeira etapa, que deixou dez feridos, dois deles com gravidade. Esta quarta-feira, outro acidente grave aconteceu na etapa-maratona à volta de San Salvador de Jujuy, onde o francês Pierre Alexandre Renet (Pela), da Husqvarna, caiu com gravidade, perdendo a consciência e sendo levado para o hospital local. 

Mas no meio do acidente - ocorrido no quilómetro 400 - um ato de coragem, tipico do Dakar: a piloto espanhola Laia Sanz parou para o poder assistir até à chegada do corpo médico do rali, perdendo mais de 40 minutos. E ainda teve problemas, pois teve problemas com o seu sistema de localização.

Assustei-me bastante quando encontrei Pela estendido no caminho. No primeiro momento, temi pelo pior”, contou Laia. “Eu tentei avisar a organização, mas o Iritrack não funcionava. Eu ouvia a organização, mas eles não me ouviam. Depois de várias tentativas, liguei do meu telefone para Alex Doringer, meu chefe de equipe, para que ele desse o alerta e, pouco depois, o helicóptero médico chegou e o removeu. Mas em todo esse processo passou mais de meia hora”, explicou.

Renet já foi examinado e apesar de um ferimento na cabeça, não apresenta quaisquer traumas. “Infelizmente, Pela caiu hoje”, lamentou Daniel Trauner, o chefe da Husqvarna, equipa onde está Ruben Faria. “Ele passou por exames e avaliações, e não há ossos fraturados”, completou.

Renet era 38º da geral após a terceira etapa, dezassete lugares abaixo de Sanz. E curiosamente, após o longo tempo de paragem, Sanz caiu no final desta etapa para o... 38º posto.

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