sábado, 23 de outubro de 2021

Formula 1 2021 - Ronda 17, Austin (Qualificação)


Duas semanas depois da terem corrido na Turquia, a Formula 1 volta aos sitios onde não pode ir em 2020, o primeiro dos quais Austin, palco do GP americano. Ali, nas pastagens do Texas, é mais uma etapa no duelo que nos tem prendido na cadeira, entre Max Verstappen e Lewis Hamilton, Red Bull contra Mercedes, os dominantes contra os desafiantes. E isso tudo faz prender os fãs nos seus lugares. Especialmente depois de, na sexta-feira, durante uma das sessões de treinos livres, ambos andaram um ao lado do outro, a distâncias perigosamente curtas um do outro, e o neerlandês decidiu mostrar com o dedo errado que vai para o primeiro lugar.

Agora, com o caldo entornado - de uma certa maneira - as coisas estavam a aquecer, principalmente com a história dos motores e dos componentes que eles terão de trocar e subsequente penalização, agora que ultrapassaram os limites máximos. Valtteri Bottas, por exemplo, por causa disso, iria perder cinco lugares. E Carlos Sainz Jr iria já para o último lugar da grelha, acompanhado de Sebastian Vettel, Geirge Russell e Fernando Alonso.

Com o começo da qualificação, perante dezenas de milhares que celebravam o regresso da Formula 1 a aqueles lugares, os primeiros a marcarem tempo foram os Red Bull de Max e Sergio Perez, 54 milésimos entre eles. Bottas era o terceiro, 138 centésimos atrás dos energéticos. Com o tempo, Verstappen melhora, e era porque não exagerava nas curvas, pois caso passasse a linha vermelha, o seu tempo seria anulado.

Na parte final, Leclerc mete 1.34,153 e os tiffosi piram-se, ao mesmo tempo que Antonio Giovinazzi se despistava a causava a amostragem de bandeiras amarelas, algo que durou pouco tempo. Se na frente, era o monegasco a mostrar-se, na parte de baixo, os que ficam são o Aston Martin de Lance Stroll, os Haas, o Williams de Nicholas Latifi e o Alfa Romeo de Kimi Raikkonen. Que com todas as penalizações, se calhar acabam no meio da grelha...

Com a Q2, as grande novidades são o facto dos pilotos, ao ultrapassarem os limites da pista, acabam penalizados e vêm os seus tempos apagados. eles sabem que darão tudo, e vão para fora, se for preciso, mesmo com os riscos. Na parte final com os pilotos a usarem os médios, Verstappen conseguiu ser melhor que Hamilton, com Norris num surpreendente terceiro posto. Sainz, o melhor dos moles, conseguiu ser sexto. Parece que, em termos de eficácia, ambos os pneus trocaram!  

Entre os que ficavam com a fava estavam os dois Alpine, Russell, Vettel e Gioninazzi. E o britânico da Williams, apesar de não ter conseguido tempo para a fase seguinte, o seu melhor foi apagado porque excedeu os limites da pista. 

E em contaste, estavam os Mercedes, Red Bull, Ferrari, McLaren e Alpha Tauri. 


A parte final da qualificação começou com os olhos em cima de Hamilton e Verstappen para ver quem é que levaria a melhor. O britânico começou a falar que o vento tinha aumentado de velocidade, mas crava 1.33,564, para ser superado por Bottas, com 1.33,475. E os Red Bull superam estes tempos: primeiro, com Max a assumir o primeiro posto, com 1.33,199, antes de Perez melhorar, com 1.33,180, para delírio dos mexicanos que lá foram vê-lo!

E nesta altura, as cinco linhas eram ocupados pelas mesmas equipas: Red Bull, Mercedes, Ferrari, McLaren e Alpha Tauri. Uma grande tarde para os obsessivos-cumpulsivos.

Bottas e Hamilton foram os primeiros a fazer uma última tentativa, e o inglês faz 1.33,139... na altura em que começava a chover! E logo a seguir faz 1.32,910, deixando Perez em terceiro, e Hamilton entre eles. Pelo menos, a chuva apareceu, mas não atrapalhou.


A qualificação, em resumo, mostrou que ali, tudo é possível neste final de semana. E claro, os fãs agradecem imenso. Não é o campeonato que sempre quiseram?

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

A imagem do dia


Esta eu vi hoje no Facebook do João Carlos Costa, e de uma certa forma, não me surpreendeu. Aos 37 anos, sabia-se que Sebastien Ogier queria fazer outra coisa da sua carreira, depois do WRC, mas vê-lo no simulador da Toyota no WEC e ir para o "Rookie Test" no Bahrein, antes da rodada dupla da competição, mostra que em 2022 ou então em 2023, ele quererá andar num dos GR010 Hybrid Hypercar, para ter chances de vitória e adaptar-se perante os seus companheiros de equipa. E não seria o primeiro a fazê-lo, afinal de contas.

Pilotos franceses e de outras nacionalidades, com carreira feita nos ralis, a andar em carros de Endurance, não é novidade alguma. Jean Ragnotti, Jean-Luc Therier, Walter Rohrl, Markku Alen e até Thierry Sabine (o fundador do Paris-Dakar) são alguns que já andaram em La Sarthe, a mais de 350 km/hora. O melhor deles todos foi Sebastien Loeb, que em 2006, foi segundo classificado num Courage. 

Estou feliz por dirigir o GR010 Hybrid Hypercar na pista pela primeira vez no teste oficial de estreante do WEC no Bahrein. A sessão do simulador correu bem; foi bom trabalhar com a equipa e descobrir o GR010 Hybrid pela primeira vez. Já pude sentir que o Hypercar é muito diferente do TS050 Hybrid que dirigi no simulador no ano passado." começou por afirmar.

Como todos sabem, é um sonho meu competir em corridas de Endurance no futuro e o teste no Bahrein é importante para aprender mais sobre o carro e sobre o meu próprio nível. É um grande desafio para mim e estou trabalhando muito para estar pronto para o Bahrein, mas estou realmente ansioso por isso.”, concluiu.

Claro, a Toyota aplaudiu a sua chegada e espera saber se ele tem a capacidade para andar tão bem como os seus pilotos de fábrica. E ter uma temporada dividida entre monolugares e bi-lugares com navegador até seria bem eclético para ele. E o pessoal do WEC está muito feliz por saber que ele pretende lá estar. Afinal de contas, quer fazer uma edição centenária inesquecível

W Series: Sidorkova sai, entra Wood


A russa Irina Sidorkova não irá participar nas rondas finais da W Series, em Austin, por causa de complicações com o visto de entrada nos Estados Unidos. No seu lugar entra a australiana Caitlin Wood. A piloto russa de 17 anos afirmou que o seu visto tinha expirado em 2019 e agora lutava com as embaixadas para marcar uma entrevista para renovar o seu visto para os Estados Unidos.

Através da sua conta oficial no Twitter, a competidora escreveu que “na entrevista, tinha todos os convites, mas a única questão que me perguntaram foi o porquê passava tanto tempo no Reino Unido. 'Corridas de automobilismo. Sou uma atleta comprovada, contratada por uma organização inglesa, a W Series.' Responderam que era estranho. Então, me disseram que meu visto havia sido negado”, continuou.

Lamentamos informar que você é inelegível para um visto de não imigrante aos Estados Unidos. Você não mostrou laços fortes familiares, sociais ou econômicos em seu local de residência que provasse que sua visita aos EUA seria temporária”, concluiu a piloto.

Sidorkova já tinha estado ausente na ronda belga do campeonato, no final de agosto, mas foi apenas por ter apanhado CoVid-19, obrigando a ficar de fora da prova. 

GP Memória - Brasil 2006


Depois de dezassete corridas ao longo do ano, e percorrendo os quatro cantos do mundo .- menos África - a temporada chegava ao fim no Brasil, mais concretamente no Autódromo de Interlagos. Com o campeonato mais ou menos conseguido - bastava a Fernando Alonso conseguir mais um ponto - as atenções estavam viradas para Michael Schumacher. Apesar de, tecnicamente, ser candidato ao título, todos celebravam a sua carreira porque aquela era a sua última corrida da sua já longa carreira. E a Formula 1 queria celebrar esse evento, porque sabia que era o final de uma era.   

No final da qualificação, Felipe Massa foi o melhor, como Kimi Raikkonen a seu lado, relegando o Toyota de Jarno Trulli e o Renault de Fernando Alonso para a segunda fila. Rubens Barrichello era quinto, na frente do segundo Renault de Giancarlo Fisichella, enquanto Ralf Schumacher era sétimo, adiante do BMW Sauber de Nick Heidfeld. A fechar o "top ten" ficavam o outro BMW Sauber de Robert Kubica e o Ferrari de Michael Schumacher, que não marcou tempo na Q3, porque tinha sido penalizado devido à troca de motor.

Antes da partida, a Formula 1 decidiu homenagear Schumacher pela sua longa carreira no automobilismo, num prémio que foi oferecido por Pelé. Alguns pilotos estavam ausentes, entre eles Kimi Raikkonen, que depois deu uma explicação que ficou na memória de todos: "estava na casa de banho a largar uma poia". 


Quando as luzes se apagaram, Felipe Massa foi para a frente, na frente de Raikkonen, Trulli e Alonso. Schumacher tentava recuperar alguns lugares para chegar o mais à frente possível nos pontos, enquanto os dois Williams, o de Mark Webber e o de Nico Rosberg, se eliminavam um ao outro, resultando na entrada do Safety Car. Por esta altura, Schumacher tinha passado os dois BMW Sauber e ia no encalço de Alonso.

No inicio da volta seis, com o Safety Car recolhido às boxes, a corrida recomeçou com Massa na frente de Raikkonen e Schumacher a atacar Fisichella para tentar ser quinto e ficar logo atrás de Alonso. O alemão atacou o italiano da Renault nas voltas seguintes, mas quando no inicio da sétima volta ele conseguiu passá-lo, a asa do carro azul toca num dos pneus do Ferrari e este começa a imediatamente a sentir descontrolo na sua direção. Sem querer, Fisichella tinha furado um dos pneus de Schumacher e este cai na classificação, destruindo as chances de vitória.


Trocado o pneu, e com todo o pelotão na sua frente, Schumacher partiu para o ataque. Nas trinta voltas seguintes, iria passar doze carros até chegar aos pontos, e pelo meio, faria alguns gestos que demonstravam porque era dos melhores pilotos de todos os tempos. Na frente, Massa aguentava Raikkonen, pelo menos até ao primeiro reabastecimento, enquanto Alonso era terceiro a a conseguir os pontos que queria para ser campeão. Os primeiros reabastecimentos aconteciam na volta 21, com Massa a ficar na pista e a ver a concorrência nas boxes, mas ele foi a seguir, na volta 23, deixando o comando para Alonso, antes deste reabastecer, na volta 26, caindo de novo o comando para o brasileiro.

Com Schumacher a passar carro após carro, todas as atenções estavam em cima dele. Depois de chegar aos pontos ao meio da corrida, só parou para reabastecer na volta 47, regressando à pista no oitavo posto. Depois de passar Barrichello, ficou atrás de Fisichella, e ali, havia um problema: se passasse o italiano e fosse ao pódio, as chances de um titúlo de construtores para a Renault diminuíam bastante. Aliás, se existisse dobradinha da Scuderia, com Alonso em terceiro e Fisichella sexto, ficaram empatados, e no desempate, a Ferrari venceria. Fisichella fez o possível, mas na volta 62, na travagem para o S de Senna, travou tarde demais e foi para a relva. 


Como ambos tinham se chegado a Kimi Raikkonen, Schumacher partiu para o ataque do finlandês. Na volta 67, no mesmo local, o alemão colocou o seu Ferrari ao lado do McLaren do finlandês e ficou com o quarto posto, numa ultrapassage que todos aplaudiram, afirmando que ele não tinha perdido qualquer dos seus instintos de piloto.

No final, Massa estava na frente para ganhar com folga, na frente de Fernando Alonso e Jenson Button. Michael Schumacher era quarto, mas definitivamente, tinha sido o piloto do dia. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram Kimi Raikkonen, Giancarlo Fisichella, Rubens Barrichello e o segundo McLaren de Pedro de la Rosa. 

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Youtube Motorsport Video: As origens de Lewis Hamilton

Lewis Hamilton é considerado como um dos melhores de sempre. Mas quase 15 anos após a sua chegada à Formula 1, as suas origens não são muito referidas. A historia em que foi ter com Ron Dennis, pedindo por um autógrafo, na gala dos Prémios Autosport, e ao mesmo tempo insinuando que era bom no que corria, caiu para a lenda.

Uns anos depois, a McLaren chamou-o para o seu programa de jovens talentos para correr em monolugares, e a partir dali, o resto e história, onde mostrou as suas qualidades e deu cabo da concorrência até 2006, na GP2. Mas em 2003, ainda ele andava na Formula 3... ele chegou a abandonar a McLaren porque ele não dava a chance de ter um carro melhor que tinha então. Sabiam disso?

É sobre isso e algo mais que o Josh Revell fez este seu ais recente video, caso ainda não o tenham visto a correr noutros carros, noutras categorias.  

Youtube Rally Video: O teste de Sebastien Loeb com o Puma WRC

O pessoal do canal do youtube Passats de Canto colocou ontem o video dos testes que o Sebastien Loeb andou a fazer ao Ford Puma Rally1, que vai começar a andar em 2022. De uma certa maneira, ele já está a dizer que é piloto da Ford e está a colaborar com a marca para a próxima temporada, já que ele vai pegar no carro em Monte Carlo, no final de janeiro. 

Assim sendo, eis o veterano francês a acelerar velozmente no asfalto catalão.

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

A imagem do dia


Há precisamente 30 anos, Ayrton Senna triunfava em Suzuka, depois do seu maior rival ao título, o britânico Nigel Mansell, se ter despistado na décima volta. Foi a última vitória de um carro com motor V12 na história da Formula 1, e também a última vitória de um motor Honda na categoria máxima do automobilismo. 

Mas ali também foi o local da última corrida de Alain Prost ao serviço da Ferrari, e as suas declarações, depois de um discreto quarto lugar, a mais de um minuto e vinte segundos do vencedor, causaram agitação numa equipa que já estava pelos cabelo de Prost, o politico. E chamar o carro de camião, porque ele tinha dificuldades em guiá-lo, foi o pretexto perfeito para o despedir. Mas claro, há muito tempo que eles já não conseguiam aturar o francês.

Depois de o terem conseguido os serviços do piloto, vindo de uma McLaren que se tinha rendido aos encantos de Senna e do motor Honda, julgavam que Prost seria o caminho para os títulos que já lhes fugiam desde 1979. E a certa altura de 1990, quando ele venceu três corridas seguidas, a meio da temporada - México, França e Grã-Bretanha - parecia que tinha quebrado a espinha da equipa de Woking. Mas eles reagiram e o "showdown" de Suzuka, que saiu a favor de Senna, estragou a sua chance de campeonato.

Chegados a 1991, a entrada de leão do brasileiro - quatro vitórias consecutivas - fez com que as tensões dentro da equipa se elevassem. Cesare Fiorio foi despedido depois do GP do Mónaco, porque estava a fazer frente ao francês, mas de pouco serviu para aplacar as queixas do francês. O que ele sabia era que Senna vencia e ele não. Pior: Nigel Mansell, seu companheiro da Ferrari no ano anterior, e que o tinha batido sem apelo nem agravo, vencia corridas atrás de corridas na Williams, e era agora o principal candidato a opositor a Senna para o seu tricampeonato. 

Mesmo com cinco pódios, e um chassis totalmente novo a meio da temporada, Prost não tinha triunfado vez alguma. E sabia que estava encurralado na sua própria armadilha, portanto, arranjou um pretexto para sair dali. O "camião" foi o pretexto para sair da equipa. Foi pela porta do cavalo, mas foi. 

E por incrível que pareça, há 30 anos, Mansell, Piquet, Senna e Prost iriam correr juntos pela última vez. Sem saber, ao se comemorar o título do brasileiro, tínhamos assistido ao final de uma era, do qual e gente da minha idade se habituou a vê-los. A Formula 1 ia entrar numa nova era, pois Michael Schumacher e Mika Hakkinen já andavam aí. 

Youtube Formula 1 Video: Como é que a Formula 1 ganha dinheiro?

Como é que a Formula 1 faz dinheiro? É verdade que este assunto é do interesse de todos, e isso já foi explicado algumas vezes nestas bandas. Mas como nem todos estão presentes quando este assunto é falado, não é mau de todo que de vez em quando se volte a este assunto, até porque os valores por vezes se atualizam.

Assim sendo, na semana passada, o site WTF1 decidiu fazer um video pequeno sobre o esquema de dinheiro que circula para fazer este mundo rolar, e é bem interessante. 

Youtube Motorsport Video: A entrevista a Lawrence Stroll

É normal que Lance Stroll esteja debaixo de holofotes, mas não o seu pai, Lawrence. Mas ele, como sabem, é o "homem do dinheiro", pois foi ele que pagou a carreira do seu filho, e depois, ajudou a comprar a Racing Point, que depois se transformou em Aston Martin, porque entretanto, ele tinha comprado a mítica marca de automóveis britânica. 

Durante mais de uma hora, Lawrence Stroll fala sobre a copra da Aston Martin, as razões porque contratou Sebastian Vettel e outras coisas mais. Uma entrevista bem importante de se ouvir. 

IndyCar: Hulkenberg vai testar em Barber


A McLaren vai dar uma chance a Nico Hulkenberg para testar o seu carro. Isto é... a Arrow McLaren Schmidt Peterson, a equipa na IndyCar Series. O teste irá acontecer nos próximos dias, e caso seja aprovado, poderá ser uma chance de atravessar o Atlântico e correr em 2022... se a equipa decidir correr com um terceiro carro.

Nesta altura, Hulkenberg é piloto de reserva da Aston Martin, uma função que está desde o ano passado e o fez correr em três corridas dessa temporada, devido às infeções dos pilotos com o CoVid-19. Para além disso, o piloto de 34 anos está a fazer comentário para a TV alemã e este teste vai ser aproveitado enquanto a Formula 1 está nas Américas para o seu Grande Prémio, que vai acontecer neste final de semana em Austin.

Caso as coisas corram bem, isso poderá não indicar que a IndyCar seja o seu destino. A Arrow McLaren Schmidt Peterson ainda não decidiu se arranjará um terceiro carro, e também se será a tempo inteiro. Mas que o teste acontecerá, vai, e para alguns pilotos sem espaço na Formula 1, a IndyCar parece ser uma alternativa bem interessante.  


terça-feira, 19 de outubro de 2021

Rumor do Dia: Loeb na M-Sport?


Sebastien Loeb, a caminho dos 48 anos, poderá fazer mais uma temporada a tempo parcial em 2022. Segundo conta hoje o jornal espanhol "Marca", o piloto francês, nove vezes campeão do mundo, cuja última temporada completa foi em 2012, poderá correr em 2022 pela M-Sport, que correrá na próxima temporada com os Ford Puma Rally1.

O piloto francês foi visto a testar o Puma Rally1 na Catalunha, e segundo o jornal, o acordo já está fechado. Ele fará a estreia do novo carro no rali de Monte Carlo e claro, fará apenas um programa parcial. O que ajudou no acordo poderá ser a Red Bull, que colocou dinheiro na equipa para ter o francês.

Comentado uns tempos antes, o francês disse que estava aberto a um convite e Malcom Wilson, o dono da M-Sport.

Se alguém me ligar para voltar, vou pensar no assunto”, admite Loeb. “Se Malcolm [Wilson] me pedir para fazer um rali e ele precisa de mim, então porque não? Se Malcolm precisa de alguém para um rali, não para toda a temporada, mas para metade da temporada, porque não?”, concluiu.

Youtube Motorsport Video: Até à Volta Onze

Ontem, como viram, meti um video sobre o acidente mortal de Dan Wheldon, que aconteceu na corrida final da temporada de 2011 da IndyCar Series. O que não sabia era que a mesma pessoa que tem o canal de video do qual eu fui buscar o video de ontem - nascarman History - tinha feito outro video, num outro canal, com o seu próprio nome, Brock Beard, sobre as suas impressões acerca daquela corrida fatidica, com comentários que tinha feito e guardado, para agora, dez anos depois, publicar no Youtube.

A diferença entre um e outro é que, para um, é a contagem para o acidente. Ali, é mais especifico. Mas o resultado é o mesmo: uma corrida que deveria ser emocionante acabou tragicamente mal.  

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

WRC 2021 - Rali da Catalunha (Final)


Thierry Neuville consolidou a sua liderança no rali e triunfou pela segunda vez na temporada, desta vez no rali da Catalunha. O belga ganhou com um avanço de 24,1 segundos sobre Elfyn Evans, enquanto Dani Sordo ficou com o lugar mais baixo do pódio, a 35,3, na frente de Sebastien Ogier, no segundo Toyota. Com esta classificação, agora a diferença entre os dois Toyota é agora de 17 pontos, com vantagem para o piloto francês.

Ou seja: apesar de estar ao alcance, parece que Ogier tem tudo controlado para conseguir mais um título mundial, o seu último, pois esta será a sua última temporada a tempo inteiro.

Com quatro especiais cumpridas neste domingo, com duplas passagens por Santa Marina e Riudecanyes, o dia começou com dupla vitória de Dani Sordo, que assim consolidou o seu terceiro posto, deixando Ogier para trás e ajudando Elfyn Evans na sua candidatura ao título. Neuville vinha a seguir, mas não atacava, fazia apenas o possivel para se manter na estrada e gerir a vantagem.

Verdade que Sordo acabou por vencer na Power Stage, conseguiu uma vantagem de 1,4 segundos sobre Neuville, 4,2 sobre Evans e 4,5 sobre Ogier. Com isto o francês ficava a 42,1 do vencedor, e adiar a decisão do título para Monza. 

Aliviado por chegar ao final. Foi um fim de semana difícil, mas lutamos muito. Fizemos uma corrida limpa e até perto do final tudo estava perfeito. Infelizmente, [tive de novo] muito estresse antes da última etapa. [Estou desapontado com isso] porque senão o fim de semana teria sido perfeito e agradável. Não sei o que dizer para ser honesto.", disse Neuville, no final do rali.

São pontos para o campeonato. Vim aqui com uma meta mais alta, mas por algum motivo isso não aconteceu. Em um momento difícil, ainda pegamos o que precisávamos para o campeonato. Monza é um rali que fizemos no ano passado, então vamos ver que tipo de vantagem [do campeonato] temos esta noite.", afirmou Ogier, já a pensar no campeonato. 

Depois dos quatro primeiros, Kalle Rovanpera era o quinto, a mais de um minuto e meio, na frente de Gus Greensmith, no seu Ford, a uns distantes 4.17,3. Oliver Solberg não ficou muito longe, a 4,26,7. Nii Solans foi o oitavo, a 4,34,9, na frente do melhor dos Rally2, Eric Camilli, a 9.49,4, no seu Citroen. E no último lugar pontuável ficou o russo Nicolay Gryazin, a 10.05,9.

O WRC termina em novembro, nas estradas à volta de Monza, em Itália.

Youtube Motorsport Video: A Tempestade Perfeita

Este sábado passaram-se dez anos sobre o acidente mortal de Dan Wheldon na oval de Las Vegas, na corrida final da IndyCar daquele ano. Como sabem, aquela era a corrida onde estavam a dar a um piloto a chance de ganhar cinco milhões de dólares, se chegasse em primeiro lugar.

Este video mostra a história de um desafio, um CEO que tinha sido contratado para apimentar as coisas para uma competição que queria voltar a ser popular dpeois de treze anos em que esteve dividida em duas e deu tudo à NASCAR, quem chegou a pensar fortemente em entrar nela, e o "big one" que resultou na morte do vencedor das 500 Milhas de Indianápolis daquele ano.

domingo, 17 de outubro de 2021

A imagem do dia


Desde há precisamente 40 anos que dois paises, vizinhos entre si, tem sentimentos contrastantes em relação a este dia. Num parque de estacionamento de um casino, no calor do deserto do Nevada, num circuito construido em cinco semanas, aconteceu ali decisão do campeonato do mundo de 1981, entre Nelson Piquet e Carlos Reutemann. Um duelo que aconteceu ao longo do ano, e a certo potno, parecia que iria para o lado do piloto argentino. Contudo, Piquet não baixou os braços e aos poucos, conseguiu diminuir a diferença para um ponto.

Mas o que poucos se lembram hoje em dia é que havia um terceiro candidato ao título: o francês Jacques Laffite, no seu Talbot-Matra. E quando venceu no Canadá, na corrida anterior, estava a meros sete pontos da liderança. É que quando todos chegaram a Las Vegas, Reutemann tinha 49 pontos, Piquet 48 e o francês 43. E se tivesse ganho aquela corrida, com a classificação que Piquet e Reutemann tiveram naquela prova, certamente ele teria sido o campeão do mundo.

Então, porque não aconteceu? Primeiro, Lafitte ficou pior classificado que os outros dois: apenas 12º na grelha, longe do poleman Reutemann e de Piquet, que estava no quarto posto. E o francês, apesar de ter conseguido chegar ao fim, não conseguiu mais do que um sexto posto, ficando até atrás de Piquet, quinto e con cãimbras durante boa parte da corrida. Ou seja, Laffite apenas recuperou um ponto ao argentino, e perdeu um ponto para o brasileiro. 

E pior: perdeu o terceiro lugar da geral a favor de Alan Jones, qyue vencia ali naquela que viria a ser a sua última corrida da sua - primeira fase - da sua carreira. Jones, com os nove pontos conquistados, ficou com 46, a quatro de Piquet. 

Claro, no caso do australiano, uma pergunda está presente: seria que o resultado do Brasil teria feito a diferença? Não. Faltaria um ponto para apanhar o brasileiro.

Uma coisa são as chances, outra são os factos. Aquele foi o dia em que os brasileiros descobriram que havia vida automobilistica além de Emerson Fittipaldi, e também o dia em que os argentinos amantes de Carlos Reutemann recordam com amargura, pensando que o seu ídolo teria merecido aquele campeonato. 

WRC 2021 - Rali da Catalunha (Dia 2)


Thierry Neuville continua a liderar o Rali da Catalunha, cumpridas que estão as sete especiais deste sábado, o piloto belga da Hyundai alargou a sua vantagem para o galês Elfyn Evans, no seu Toyota. Agora, ambos estão separados por 16,4 segundos, com Sebastien Ogier a um distante terceiro, a 38,7 segundos, e com Dani Sordo a morder-lhe os calcanhares.

"Obviamente, quando tudo está indo bem, é um prazer dirigir [este carro]. Não foi um dia fácil - as condições eram complicadas de manhã com etapas muito sujas. Contei com as informações da minha equipe de navegação e senti-se confortável no carro. Acho que estabelecemos seis tempos mais rápidos, então não é tão mau.", afirmou Neuville, no final da etapa.

Com um tempo de outono a os acompanhar neste sábado, Neuville, que tinha apossado do comendo no final do dia anterior, passou ao ataque, ganhando as especiais da manhã, alargando a sua vantagem para nove segundos, enquanto Ogier e Sordo batalhavam pelo terceiro posto. Gus Greensmith acabou a manhã com um furo, mas perdeu pouco mais de um minuto e 22 segundos, caindo para nono no final da manhã.

Na parte da tarde, Neuville voltou ao ataque, mas Ogier respondeu, vencendo nas 11ª e 12ª especiais, mas as diferenças foram minimas - aliás, até igualou o belga na 11ª especial - enquanto atrás, Adrien Formaux bateu contra as barreiras na 11ª especial, perdendo oito minutos e caindo para fora dos dez primeiros. 

Foi um pequeno erro, mas quebramos o eixo de transmissão e o carro não estava a mover-se. Tivemos que fazer alguma coisa com os diferenciais e finalizar a etapa. No trecho de estrada tivemos que consertar o braço de direção e a suspensão. Agora tem tração às duas rodas, por isso foi muito complicado de dirigir.". afirmou o piloto francês no final dessa 11ª especial. 

Ogier chegou a perder 6,5 segundos na última especial do dia, em Salou, devido a um problema de motor, mas não perdeu a posição.

Depois dos três primeiros, Dani Sordo é o quarto, a 39,9 segundos, na frente de Kalle Rovanpera, a 1.12,3, já bem longe de Gus Greensmith, sexto a 3.45,2, que tinha conseguido passar na última especial do dia, o Hyundai i20 WRC de Olivier Solberg. Nii Solans não anda longe, oitavo a 3.53,8, e a fechar o "top ten" ficaram os Rally2 de Eric Camili e o Skoda Fabia Evo2 de Nikolai Gryazin, a 8.02,5.

O rali da Catalunha termina neste domingo, com as quatro últimas especiais.