sábado, 9 de maio de 2009

GP2 - Ronda 1, Barcelona (Corrida 1)

Começou esta tarde no circuito catalão de Montemeló o campeonato principal da GP2, com Romain Grosjean a vencer facilmente a corrida, numa dobradinha da Barwa Addax, pois o seu companheiro de equipa, o russo Vitaly Petrov, foi o segundo classificado. Jerôme D'Ambrosio, piloto belga da DAMS, fechou o pódio.



Quanto a Alvaro Parente, a sua corrida teve um final inglório. Apesar de ter feito uma partida fantástica, onde passou de 15º para o nono posto, conseguiu subir para o oitavo posto pouco depois, ficando no ultimo lugar pontuável, que o deixaria na "pole-position" na corrida do dia seguinte. Contudo, depois de uma paragem nas boxes, e de ter perdido o oitavo lugar a favor do venezuelano Pastor Maldonado, recuperou o lugar numa ultapassagem no limite. Mas os excessos de um grupo compacto tiveram o seu impacto: Lucas di Grassi e Alvaro Parente envolveram-se num acidente a sete voltas do fim, e ambos ficaram pelo caminho. Um final inglório para ambos os pilotos...

O companheiro de Alvaro Parente na ORT, Karun Chandhok, também não viu a bandeira de xadrez, pois saiu de pista quando tentava ultrapassar o japonês Kamui Kobayashi, a 11 voltas do fim, colocando um ponto final na sua recuperação. Para finalizar, o luso-angolano Ricardo Teixeira, teve um corrida discreta, e também terminou mais cedo do que o previsto com o piloto da Trident Racing a sair de pista a meio da prova.

Amanhã de manhã será a segunda corrida deste fim de semana inaugural da GP2 em terras catalãs.

Formula 1 - Ronda 5, Espanha (Qualificação)

Com a Formula 1 a chegar à Europa, julgava-se que as coisas se modificassem um pouco. Não foi assim, pois menos de quatro centésimos de segundo separam Jenson Button, o "poleman" de Barcelona, do quarto classificado, o Ferrari de Felipe Massa. Pelo meio ficaram o Red Bull de Sebastien Vettel e o segundo Brawn GP de Rubens Barrichello.

Nuns últimos minutos arrepiantes, Jenson Button levou a melhor, com o tempo de 1.20,527 segundos, mais 0.133 segundos do que o homem que irá largar ao seu lado, o alemão Sebastien Vettel, da Red Bull. Por sua vez, o alemão bateu Barrichello for uns meros 102 centésimos de segundo. Felipe Massa conseguiu para a Ferrari a sua melhor qualificação do ano, esperando que o F60, fortemente modificado, seja desta vez um carro masi condizente com os pregaminhos da marca. Mas em contraste, o seu companheiro de equipa, Kimi Raikonnen, nem passou da Q1...

Depois do quaerteto da frente, segue-se o segundo Red Bull de Mark Webber, já na casa do minuto 21 (1.21,049 segundos), que terá a seu lado o Toyota de Timo Glock. Jarno Trulli vem a seguir, com 1.21,254 segundos.

Fernando Alonso, o homem da casa, conseguiu o oitavo tempo, não muito bom para as suas aspirações de fazer um bom resultado em Espanha, mas conseguiu levar o seu carro para a Q3, ficando na frente do Williams-Toyota de Nico Rosberg e do BMW Sauber de Robert Kubica, que fecham o "top ten".

Lewis Hamilton desiludiu nos treinos, ao não passar da Q2 e ficar na 14ª posição da grelha, ficando atrás de Kazuki Nakajima, Nick Heidfeld e de Nelson Piquet Jr. Mas pior ficou o seu companheiro de equipa Heiki Kovalainen, que foi 18º na grelha, atrás até dos Toro Rosso, ficou somente á frente dos Force India de Adrian Sutil e Giancarlo Fisichella.

Amanhã será dia de corrida. Veremos se este ano as coisas não serão tão chatas assim...

O bom senso voltou a imperar. Discretamente

Depois de na semana passada, a FIA ter voltado à carga com o sistema "winner takes all" para definir o sistema de pontuação para a temporada de 2010, e de ter provocado protestos um pouco por toda a orbita automobilistica, acabou por cair, discretamente, este fim de semana, quando foi lido o regulamento para a próxima temporada.




Charlie Whitting, o delegado da FIA, desculpou-se em Barcelona afirmando que foi um engano de tipografia, mas desconfia-se (e me incluo no meio deles) que esta medida não foi mais do que uma "moeda de troca" com a FOTA em relação a outras medidas que Max Mosley quererá tomar. Será que tem a ver com o tecto orçamental? Desconfiemos desta boa vontade do Tio Max...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Alvaro Parente, por Bruno Mantovani

O piloto português da Ocean Racing Technology, a equipa portuguesa da GP2, pode não ter tido a sorte que precisava nesta qualificação, mas esperemos que ele faça as suas habituais recuperações-canhão no qual ele se tornou especialista. Entretanto, o Bruno Mantovani decidiu mandar um desenho ao Alvaro Parente, para ver se dava sorte esta temporada. Esperemos que o acontecimento de hoje seja apenas um soluço!

GP2 - Ronda 1, Barcelona (Qualificação)

Terminou há pouco a sessão de qualificação para a Feature Race da GP2 em Barcelona, e se Romain Grosjean consecuiu facilmente a pole-position, já Alvaro Parente não teve tanta sorte assim e irá partir amanhã da 14ª posição da grelha, um lugar atrás do seu companheiro da Ocean Racing Technology, o indiano Karun Chandhok.

O português da Ocean Racing Technology conseguiu de inicio o 15º tempo da grelha, a 1.098 segundos do piloto francês, mas ganhou um lugar com a penalização de Javier Villa. Nestes treinos, Parente teve alguns problemas com Lucas di Grassi na sua primeira volta lançada, e foi impedido de melhorar o seu tempo no final da sessão, devido à saída de pista do mexicano Sergio Pérez na sua volta rápida, que obrigou à mostragem de bandeiras amarelas.

Nos treinos, Grosjean foi melhor do que Lucas di Grassi, mas ambos ficaram separados por apenas 27 milésimos de segundo.

Já agora, só por curiosidade, o luso-angolano Ricardo Teixeira, da Trident, ficou nestes treinos na 25ª e penultima posição, a mais de 3 segundos de Grosjean.

Formula 1 - Ronda 5, Espanha (Treinos)

As duas sessões de treinos do GP de Espanha, apesar de mostrarem muitas novidades, tiveram os mesmos protagonistas no topo da tabela de tempos. De manhã, foi Jenson Button a liderar a tabela de tempos, á tarde foi a vez de Nico Rosberg, no seu Williams-Toyota.

Jenson Button foi melhor no seu primeiro treino livre, batendo o toyota de Jarno Trulli por 0.355 segundos. Os BMW de Robert Kubica e Nick Heidfeld ficaram logo a seguir, na terceira e quarta posição, mostrando que o abandono do Kers e as profundas alterações ao monolugar parecem ter surtido algum efeito. Outra equipa que fez alterações significativas no seu carro, a Ferrari, não fez melhor do que o nono (Massa) e o décimo-primeiro tempo (Raikonnen). Entre estes dois, ficou o Brawn GP de Rubens Barrichello.

Fernando Alonso foi 17º na grelha, enquanto que Lewis Hamilton ficou um pouco melhor, na 14ª posição.



Na sessão da tarde, foi a vez dos Williams brilharem. Nico Rosberg foi o melhor, com o seu companheiro Kazuki Nakajima logo a seguir, a 0.152 segundos do piloto alemão. Fernando Alonbso fez o terceiro tempo, a 0.193 segundos de Rosberg. No quarto posto ficou Rubens Barrichello, que desta vez superou o seu companheiro Jenson Button, que foi sexto.

Quanto aos Ferrari, Kimi Raikonnen foi décimo, enquanto que Felipe Massa foi décimo-quinto, atrás de Lewis Hamilton, 13º na grelha. Robert Kubica e Nick Heidfeld ficaram mais atrás, na 16ª e 17ª posições da grelha.

A qualificação será amanhã. Qual será a parte verdadeira e a falsa destes testes de hoje?

Interessante...

A Brawn GP volta à Europa com duas novidades... visuais. Primeiro que tudo, Jenson Button e Rubens Barrichello decidiram correr com as cores originais dos seus capacetes, algo que não fizeram nas primeiras quatro corridas do campeonato.

A segunda novidade: um patrocinador. Temporário, mas relevante. As asas traseiras dos Brawn GP de Barrichello e Button tem o logotipo do novo filme "Terminator Salvation", mais um da saga que teve o "Governator" Arnold Schwartznegger como personagem principal.

Já não foi a primeira vez que a saga fez publicidade na categoria máxima do automobilismo. No fim de semana do GP de Inglaterra de 2003, as carenagens dos Jaguar de Mark Webber e Antônio Pizzonia tinham o anuncio do "Terminator 3".

Os seus desejos foram cumpridos

"Se alguém me dissese que poderias ter três desejos, o meu primeiro era que queria correr em automóveis, a segunda que queria correr na Fomula 1, e a terceira seria correr na Ferrari..." Gilles Villeneuve, 1950-1982.


Cada um de nós tem sonhos e desejos. Poucos conseguem concretizá-los. Por incrivel que pareça, eu persegui o meu sonho e consegui concretizá-lo, com sacrificio pessoal e provavelmente monetário. Mas fi-lo de consciência tranquila, pois sei que não seria feliz noutro sitio que não este.



Não sei, e nunca saberemos, como é que Gilles Villeneuve seria feliz no dia em que abandonasse o "cockpit" de vez. Dedicar à pesca, não sei se faria. Talvez a ver a carreira do seu filho na Formula 1, mas aí acho que ainda teria vontade de saltar para dentro de um carro e mostrar aos novatos como se constroem milagres em carros maus, como teve durante boa parte da sua carreira na Ferrari.



No dia do seu funeral, em Berthierville, sua terra natal, o seu ex-companheiro de equipa Jody Scheckter fez este simples elogio funebre: "Vou sentir a falta de Gilles por duas razões: primeiro, era o piloto mais veloz da história do automobilismo. Segundo, por ser o homem mais genuino que conheci. Mas ele não desapareceu. A memória daquilo que fez em pista, dos seus feitos, viverá para sempre".


E eu pergunto: quantos rapazes de 26 ou 27 anos, algures no mundo inteiro, não terão o nome dele? Salut, Gilles!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Noticias: Sebastien Vettel ganha o Troféu Lorenzo Bandini

O piloto alemão Sebastien Vettel foi hoje declarado como o vencedor do Troféu Lorenzo Bandini de 2008. O piloto alemão, que cometeu o feito de vencer pela primeira vez na sua carreira com um Toro Rosso num GP de Itália à chuva (triplamente inédito na história da Formula 1), vai receber o troféu no próximo dia 31 de Maio em Brisighella, perto de Imola, nas mãos da viuva de Lorenzo Bandini.

O prémio, atribuido desde 1992, distingue todos os pilotos jovens que se destacam na Formula 1. Já foi atribuido a pilotos como Ivan Capelli, Juan Pablo Montoya, Michael Schunmacher, Felipe Massa, Kimi Raikonnen, David Coulthard e Jenson Button, entre outros. Luca di Montezemolo também foi já agraciado, mas como presidente da Ferrari.

Quanto a Lorenzo Bandini, nasceu a 23 de Dezembro de 1935 na Libia, mas veio cedo para Brisighella. Começou a sua carreira em 1957 nos Turismos e chegou à Formula 1 em 1961, a bordo de um Cooper-Maserati da Scuderia Centro-Sud. Em 1962, passou para a Ferrari, onde venceu a sua unica prova, o GP da Austria de 1964. Para além disso, venceu as 24 Horas de Le Mans de 1963, com o seu compatriota Ludovico Scarfiotti. Ficou na Scuderia e na Formula 1 até a 7 de Maio de 1967, no GP do Mónaco, quando se despistou na volta 81, ficando gravemente queimado. Morreu três dias depois, apenas com 31 anos de idade.

Noticias: FOTA quer conversar com a FIA

A FOTA reuniu-se, como esperado, em Londres, onde discutiu as mais recentes movimentações da FIA em termos de regulamento para 2010. Os construtores e equipas de Formula 1 presentes definiram os passos a seguir para os próximos tempos, mas quaisquer resultados não foram divulgados no final da reunião, pelo menos no tom que era esperado, devido à noticia da morte de Alexander Mosley, filho do presidente da FIA, Max Mosley.




O comunicado da FOTA, no final do dia de ontem, foi vago em relação aos resultados da reunião. Contudo, estes pediram uma reunião com caractér de urgência para discutir os assuntos pendentes: "O Comité Executivo da A FOTA, reunido em Heathrow para examinar os regulamentos propostos pela FIA para 2010, e para avaliar o progresso das negociações com os detentores dos direitos comerciais da Formula 1, para a renovação do Pacto da Concórdia."


"A FOTA anuiu em continuar a trabalhar junta de forma metódica para a definição de futuras reduções de custos em 2010 e 2011, como sequência ao caminho trilhado desde o início em 2008. A FOTA tem sérias dúvidas relativamente a decisões tomadas pelo Conselho Mundial da FIA na sua última reunião, nos regulamentos para 2010, e nesse sentido solicitou conversações urgentes com a FIA.", lia-se no comunicado.


Aguardam-se cenas dos próximos capitulos...

5ª Coluna: À beira do divorcio

Sem Formula 1 para nos entreter no fim-de-semana, tivemos outras competições para ver. WTCC, A1GP, Formula Renault… enfim, como não comemos sempre carne, um pouco de peixe não faz mal nenhum, não é? Até é saudável para o nosso corpo. Mas o facto de não termos tido competição não implica que esta tenha ficado esquecida. Muito pelo contrário. Nunca os bastidores estiveram tão escaldantes como agora…


A1GP: Esteve perto, mas…


O último fim-de-semana da A1GP 2008/09, que ocorreu em Brands Hatch tinha três concorrentes em disputa, mas a Irlanda tinha a mó de cima, pois era o que liderava na tabela de pontuação. Suiça e Portugal espreitavam por uma oportunidade, mas nestas duas corridas de fim-de-semana, Adam Carrol não deu qualquer hipótese a ninguém: fez a pole-position e venceu em ambas as corridas, decidindo ali mesmo a questão do título. Filipe Albuquerque foi quinto em ambas as corridas, e ficou com o terceiro lugar final. De facto, as hipóteses eram remotas, e mesmo em caso de igualdade, tinha desvantagem em termos de vitórias em pista.


Mas deve-se tirar o chapéu ao “nosso” piloto de Coimbra, pois ele fez uma temporada deveras excepcional. Julgava que com o Álvaro Parente, não haveria ninguém perto que pudesse defender a honra nacional, mas Filipe Albuquerque mostrou ser ainda melhor do que o actual piloto da Ocean na GP2. Quando é que há uma equipa nessa categoria (ou noutra) que o coloque os olhos nele e o aproveita?


WTCC: A paragem exótica não compensa o mau circuito


O WTCC teve pela primeira vez na sua curta carreira uma paragem em Africa, no circuito citadino de Marrakech. Um circuito rápido, mas apertado, com longas rectas. E ao ver aquilo, pergunto a mim mesmo como é que um conceito que resulta bem na América é um fracasso noutros continentes? Enfim, acho que é altura de repensar a ideia dos circuitos urbanos, pois não acho bem que um sitio que tenha muito espaço para construir, não o faça por comodismo ou por “aproximação ás pessoas”…


Enfim, na corrida deste fim-de-semana, por fim, Tiago Monteiro pontuou, e os Chevrolet Cruze dominaram o fim-de-semana marroquino, aproveitando o lastro de 30 kg que os Seat Leon TDi tinham. Robert Huff e Nicola Larini subiram ao lugar mais alto do pódio, mas os Seat deram um ar da sua graça, principalmente com Gabriele Tarquini. Com seguiu boas classificações e segurou a liderança no campeonato. Mas no final do dia, a FIA decidiu suspender a classificação para analisar os Seats, vendo se existe alguma irregularidade… veremos, pois até agora não ouvi nada.


Mas francamente, este circuito marroquino deixa muito a desejar.


Formula 1 à beira de um divórcio litigioso?


Já se sabia que o Max Mosley iria voltar à carga com este caso, mas a coisa agora aparenta ser oficial: a FIA decidiu que em 2010 será implantado o sistema "vencedor leva tudo", que queria colocar em acção este ano, mas que foi travado graças ao próprio regulamento da FIA, que afirma qualquer alteração só entra em vigor depois do acordo das equipas. Agora, a regra voltou em força, e Max Mosley decidiu satisfazer a vontade de Bernie Ecclestone, colocando esta cláusula ridícula.


Francamente, não acredito muito que esta coisa vá para a frente. Creio que é mais um "bluff" do Mosley para levar por diante as suas intenções acerca do tecto orçamental que quer impor às equipas, a tal “Formula 1 a duas velocidades”. E digo isto pelo "timing" da medida: acontece quase um ano antes do começo do próximo campeonato do Mundo, logo tempo mais do que suficiente para ser banido de vez.


Agora... será que as equipas vão aceitar este jogo do gato e do rato? Ora, esse é a grande questão do momento. Primeiro em tudo, A FOTA reuniu-se ontem em Londres para discutir as últimas medidas da entidade, e delinear a estratégia a seguir. Ainda não se sabe os resultados dessa reunião, e com as notícias sobre a tragédia pessoal que o Max Mosley foi atingido, não sei se saberemos alguma coisa antes deste fim-de-semana, em Barcelona. A FOTA não pode dar nenhuma abébia a esse senhor…


Uma coisa é certa: todas as cartas estão em cima da mesa, e a FOTA pode dizer a qualquer momento que estão fartos de Mosley e avançar para um campeonato alternativo. E ainda por cima, parece que arranjaram um aliado improvável: Bernie Eccelstone! A ideia pode ser um pouco louca, mas vendo bem as coisas, dizem que Ecclestone passou para esse lado pelo simples facto de Max Mosley ter atacado o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo nas suas recentes declarações. Quando o presidente da FIA disse que "A Formula 1 passa bem sem a Ferrari" parecia que, para muitos, o "Whipmaster Max" tinha perdido o contacto com a realidade. Desconheço verdadeiramente, mas sei que o Tio Bernie "não passa para o outro lado" por mera solidariedade...


Em suma, estes são tempos agitados, e prometem ser ainda mais. Quando as equipas começam a pensar seriamente na ideia de uma cisão e criar uma GP1, é porque tem a consciência de que retirar Max Mosley do poder através de um método democrático parece ser pouco provável, pois quem elege Mosley no topo da hierarquia da FIA são as federações nacionais e não as equipas ou os construtores de Formula 1. Agora que a Formula 1 chega este fim-de-semana a paragens europeias, veremos como será que as coisas irão parar. Nada, neste momento, é descartável!


Mas no fim-de-semana quero ver outras coisas, como adepto: uma corrida em seco e boas disputas em pista. Ver também como as equipas mais tradicionais irão reagir à ofensiva inicial da Brawn GP, pois fala-se que a Ferrari vai apresentar uma versão B do seu F60. Se assim for, e der resultados, poderá dar razão a aqueles que dizem que a temporada começa verdadeiramente em Espanha.


E Espanha também será a corrida de estreia da GP2 europeia, com Álvaro Parente e a sua Ocean Racing Tech em disputa pelos lugares na frente. Será que estão prontos para uma temporada dura? E será que repetirá o feito do ano passado, ao ser o primeiro “rookie” a ganhar na sua corrida de estreia? Veremos. Até lá!

GP Memória - Mónaco 1989

Quinze dias depois de Imola, a Formula 1 chegava a paragens monegascas para correr a terceira prova do ano. Na Ferrari, as sequelas do acidente de Gerhard Berger ainda se faziam sentir, e decidiram não inscrever um segundo carro para Monte Carlo, deixando Nigel Mansell sozinho a defender a honra “Rossa”.


Para Ayrton Senna, que tinha ganho a prova anterior, e ganhara Alain Prost como inimigo, a prova monegasca era importante, pois queria vingar-se do erro que cometeu no ano anterior, onde embatera na zona da entrada do túnel, quando liderava com 40 segundos de avanço sobre o segundo classificado, dando de bandeja a vitória ao piloto francês.


O fim-de-semana monegasco começou na quinta-feira de manhã com as pré-qualificações. As Brabham de Martin Brundle e Stefano Modena, mais o Coloni de Pierre-Henri Raphanel e o Dallara de Alex Caffi conseguiram o passaporte para a qualificação. Curiosamente, esses quatro conseguiram também um lugar na grelha de partida da corrida… No caso da Coloni, foi inédito, pois nunca a equipa tinha colocado dois carros na grelha. E ainda por cima, no Mónaco! Para Raphanel, foi a única vez na sua carreira que participou num Grande Prémio.


No final das duas sessões de qualificação, os melhores foram os McLaren: Ayrton Senna ficou à frente de Alain Prost, com a segunda fila a pertencer ao Williams-Renault de Thierry Boutsen e ao surpreendente Brabham-Judd de Martin Brundle. Na terceira fila ficava o Ferrari de Nigel Mansell, o único a circular nas ruas monegascas, e o Arrows-Cosworth de Derek Warwick. Na quarta fila ficavam o segundo Williams-Renault de Riccardo Patrese e o segundo Brabham-Judd de Stefano Modena, e a fechar o “top ten”, os Dallara de Alex Caffi e de Andrea de Cesaris.


Por outro lado, quem não conseguiu o lugar na grelha de partida das ruas monegascas foram o Lótus de Satoru Nakajima, o Rial de Christian Danner e o Lola-Larrousse de Yannick Dalmas.


Na partida para a corrida, o motor de Derek Warwick vai-se abaixo e causa confusão na grelha, obrigando a uma segunda partida. Isso foi prejudicial para Riccardo Patrese, que viu a pressão da gasolina do seu Williams avariado, e o impediu de tomar o seu lugar, partindo da última posição. Na segunda partida, Senna foge de Prost e fica aí nas próximas 76 voltas. Atrás dos McLaren, tudo estava em jogo. Primeiro foi Boutsen com o terceiro posto, mas teve de ir á box para trocar a asa dianteira, quebrada quando tentava passar um incómodo retardatário chamado René Arnoux. Assim sendo, quem herda o terceiro lugar é Martin Brundle.


Na volta 32, o inusitado acontece: no Gancho Loews, Andrea de Cesaris, que é quarto no seu Dallara, tenta ultrapassar o Lotus de Nelson Piquet numa manobra muito optimista. Resultado: Ambos ficam enganchados no meio da pista. Alguns conseguem ultrapassar ambos os carros, mas outros atrasam-se muito. É o caso de Alain Prost, que só com essa manobra, perde 20 segundos. De Cesáris vai às boxes, e cai na classificação, enquanto que Piquet abandona ali mesmo. Assim sendo, o quarto lugar é herdado a Stefano Modena, e a Brabham tem os seus dois pilotos em excelentes posições. No entanto, é sol de pouca dura, pois Brundle tem problemas de bateria, e tem de ir à boxe para… trocá-la. Perde muito tempo, mas quando volta, faz uma corrida ao ataque e irá terminar nos pontos, na sexta posição.


No final, mesmo sem as duas primeiras marchas, que cedem a 25 voltas do final, Senna vence com um minuto de vantagem sobre Alain Prost. Stefano Modena dá à Brabham o seu primeiro pódio em dois anos (e seria o último da marca), e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Dallara de Alex Caffi (a primeira vez que pontuava na sua carreira), o Tyrrell de Michele Alboreto e o Brabham de Martin Brundle.


Fontes:


Santos, Francisco – Formula 1 1989/90, Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1989.


http://en.wikipedia.org/wiki/1989_Monaco_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr471.html

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Noticias: Filho de Max Mosley encontrado morto

O Autosport inglês noticia hoje que Alexander Mosley, filho mais velho de Max Mosley, foi encontrado morto ontem à tarde na sua casa situada no bairro de Notting Hill, em Londres. A Scotland Yard suspeita que a causa de morte foi uma overdose.


"Fomos chamados às 16.20 da tarde de ontem depois de alguém nos ter dito que existia um homem do sexo masculino, na casa dos 35 anos, sem vida na W11. Os elementos médicos declararam o seu óbito no local. Cremos saber a identidade do falecido, e o Gabinete de Medicina Legal já foi informado da situação." afirmou a Scotland Yard, num depoimento oficial.


Mosley Jr. tinha 39 anos e trabalhava na área do "software", para além de ser co-proprietário do restaurante "Hereford Road", com um seu colega da escola, Tom Pemberton. Era doutorado em Matemática na Universidade de Londres, depois de frequentar a Universidade de Oxford. A FIA já emitiu um comunicado a dar as condolências à familia do presidente.

O regresso da Super Aguri?

Por enquanto é um processo de intenções. Mas Aguri Suzuki quer voltar à Formula 1 com a sua Super Aguri, agora que os novos regulamentos, especialmente no capitulo do tecto orçamental, poderão entrar em acção em 2010.

Em declarações ao Sankei Sports, jornal japonês de desporto, o ex-piloto e ex-dono de equipa confessou que as novas regras para a modalidade tornariam possível um regresso da sua equipa ao activo, agora que um tecto orçamental está a caminho de ser implementado. "Se for fisicamente possível eu adoraria regressar", confessou Aguri Suzuki, em declarações captadas pelo site português autosport.pt.


A Super Aguri foi formada no final de 2006 para evitar co que o piloto japonês Takuma Sato ficasse sem lugar na Formula 1, depois da sua saída da Honda. Correu por uma temporada e meia, sempre com motores Honda, e com chassis derivados da casa-mãe. O seu melhor resultado foi um sexto lugar no GP do Canadá de 2007, após uma ultrapassagem inesperada a Fernando Alonso, então na McLaren...


Contudo, a Super Aguri, sempre dependente da Honda, encerrou as suas portas após o GP da Turquia de 2008, devido ao acumular das dívidas e o facto da casa-mãe ter "fechado a torneira". Irónicamente, no final do ano, decidiu também encerrar as actividades da própria Honda, que se transformou-se, como se sabe, na Brawn GP.


Depois da USGPE, da Lola e da Prodrive, a ideia de novas equipas na Formula 1 ganha forma. Agora resta saber qual delas é que avança verdadeiramente...

GP Memória - San Marino 1984

Apenas uma semana depois de Zolder, máquinas e pilotos estavam em Imola para correr a quarta prova do campeonato do Mundo de Formula 1 de 1984. Sendo a corrida em paragens italianas, os “tiffosi” tinham as suas expectativas elevadas devido ao facto de na última corrida ter visto dos seus a subir ao lugar mais alto do pódio, e logo um italiano! De facto, Michele Alboreto estava em alta, e todos julgavam que o resultado de Zolder teria continuidade em Imola.


Apesar do pouco tempo a mediar entre Zolder e Imola, houve algumas alterações. A Arrows tinha um segundo carro para Marc Surer, com o motor BMW, enquanto que a Osella inscrevia um segundo carro para um jovem piloto austríaco de seu nome Jo Gartner, para correr em algumas provas, já que esse carro tinha um velho motor V12 aspirado da Alfa Romeo, em vez do motor Turbo.


Os treinos decorreram debaixo de chuva, e a guerra de pneus continuava: se em paragens belgas, quem levou a melhor foram os Goodyear, aqui os melhores eram os carros que calçavam os Michelin. O melhor foi Nelson Piquet, no seu potente Brabham –BMW, tendo a seu lado o McLaren-TAG Porsche de Alain Prost. Na segunda fila ficava outros dois pilotos que calçavam Michelin: Derek Warwick, no seu Renault, e Niki Lauda, no segundo McLaren. Na terceira fila estava o Williams-Honda de Keke Rosberg, o melhor homem da Goodyear, seguido pelo Ferrari de René Arnoux, outro piloto Michelin, à frente do ATS-BMW de Manfred Winkelhock, o Alfa Romeo de Eddie Cheever, o segundo Brabham-BMW de Teo Fabi e o segundo Alfa Romeo de Riccardo Patrese.


Em 28 pilotos inscritos, dois teriam de ficar de fora. E a grande surpresa foi a não-qualificação do Toleman-Hart de Ayrton Senna. Prejudicado na sexta-feira devido a problemas da equipa com o fornecedor de pneus Michelin, no Sábado debaixo de chuva, um incêndio no seu carro levou a que ele coleccionasse a sua única não-qualificação da sua carreira. O outro não-qualificado foi o Osella de Piercarlo Ghinzani.

Na partida, Prost leva a melhor sobre o Brabham de Piquet, com Keke Rosberg a partir muito mal, ficando muito para trás, tal como acontecera em Zolder. Mais atrás, a embraiagem de Niki Lauda dava de si, mas o austríaco continuava em pista. E um pouco no meio do pelotão, mais concretamente na zona da Tosa, o Renault de Patrick Tambay parte o bico do seu carro contra o Alfa Romeo de Eddie Cheever, e termina a corrida por ali. Quanto ao piloto americano, teve um furo e foi às boxes trocar de pneus.


Na frente, Prost liderava, com Piquet e Warwick logo atrás. Depois deles vinham Arnoux, o ATS de Manfred Winkelhock e Michele Alboreto, que tinha partido da 13ª posição da grelha. Correndo para chegar aos lugares da frente, Alboreto passa Winkelhock, mas depois é ultrapassado por Niki Lauda, que ainda chega ao quarto lugar, passando Arnoux, mas é sol de pouca dura. Na volta 16, a embraiagem cedeu, e o austríaco voltou a pé para as boxes. Pouco depois, era a vez do italiano desistir, com o escape roto, para desilusão dos “tiffosi” presentes.

Por essa altura, Derek Warwick tentou a sua sorte e passou Piquet para o segundo lugar. Mas pouco depois, Piquet teve um problema no seu Turbo e desistiu.


As últimas voltas foram emocionantes, para saber qual dos carros é que cruzaria a meta com gasolina, dado que os motores Turbo tinham a fama de serem gulosos. A duas voltas do fim, Andrea de Cesaris e Eddie Cheever tinham o quinto e sexto classificados garantidos, quando ficaram… sem gasolina. Elio de Angelis também fica sem gasolina, mas tem mais sorte do que os dois anteriores, pois fica na terceira posição. Prost vence pela segunda vez no ano, com René Arnoux a salvar um pouco a honra italiana, terminando na segunda posição. Depois do italiano da Lótus, pontuaram o Renault de Derek Warwick, o Tyrrell-Cosworth de Stefan Beloff e o Arrows de Thierry Boutsen.


Fontes:

http://www.grandprix.com/gpe/rr392.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1984_San_Marino_Grand_Prix

terça-feira, 5 de maio de 2009

Amanhã, a cisão da Formula 1?

Já se sabia há algum tempo, mas a coisa agora é oficial: a FIA decidiu que em 2010 será implantado o sistema "vencedor leva tudo", que queria colocar em acção este ano, mas que foi travado graças ao próprio regulamento da FIA, que afirma qualquer alteração só seria feita com o acordo das equipas. Agora, voltaram em força, e Max Mosley decidiu satisfazer a vontade de Bernie Ecclestone e colocar esta clausula ridicula.

Confesso que não consigo acreditar muito que esta coisa vá para a frente. Creio que é mais um "bluff" do Mosley para levar por diante as suas intenções do corte de custos. E digo isto pelo "timing" da medida: acontece quase um ano antes do começo do próximo campeonato do Mundo, logo tempo mais do que suficiente para ser banido. Agora... será que as equipas vão aceitar este jogo do gato e do rato? Ora, esse é a grande questão do momento. Primeiro em tudo, vão se reunir amanhã em Londres para discutir as últimas medidas da entidade, e delinear a estratégia a seguir.

E hoje, que for ler o site do Autosport português, parece que estalou a guerra: a FOTA poderá decidir amanhã que estão fartos de Mosley e avançar para um campeonato alternativo, com... Bernie Eccelstone como seu aliado! A ideia pode ser um pouco louca, mas vendo bem as coisas, o site inglês Grand Prix diz mais ou menos a mesma coisa...

Dizem que Ecclestone passou para esse lado pelo simples facto de Max Mosley ter atacado Luca di Montezemolo nas suas recentes declarações. Quando o presidente da FIA disse que "A Formula 1 passa bem sem a Ferrari" parecia que, para muitos, o "Whipmaster Max" tinha perdido o contacto com a realidade. Desconheço, mas sei que o Tio Bernie "não passou para o outro lado" por mera solidariedade...

Em suma, os tempos são agitados, e prometem ser ainda mais. Quando as equipas começam a pensar seriamente na ideia de uma cisão, é porque tem a consciência de que retirá-lo do poder através de um método democrático parece ser pouco provável, pois quem elege Mosley no topo da hierarquia da FIA são as federações nacionais e não as equipas ou os contrutores de Formula 1. Agora que a Formula 1 chega este fim de semana a paragens europeias, veremos como será que as coisas irão parar. Nada é descartável!

Historieta da Formula 1: Hans Stuck, o palhaço das pistas

Certo dia, li a frase que alguém deu (creio que foi Albert Einstein) sobre a sua ideia de Inferno, em que afirmava que "o Inferno deve ser um lugar onde o humor é alemão, os mecânicos são franceses e os cozinheiros ingleses". Quem disse isso, certamente não conheceu Hans-Joachim Stuck, filho de Hans Stuck, lenda das "Flechas de Prata" alemãs dos anos 30.

Stuck foi o "Regenmeister" de Nurburgring, mas não teve uma grande carreira na Formula 1. Nos Sport-Protótipos, bem pelo contrário, foi campeão em 1985, com o inglês Derek Bell a seu lado, e venceu por duas vezes as 24 horas de Le Mans, em 1986 e 87, a bordo dos Porsche 962 oficiais, com o americano Al Holbert e o Derek Bell. Com 1,91 metros, era muito alto para caber nos carros de Formula 1, o que talvez impediu mlhores sucessos na competição. Depois, tornou-se campeão do DTM em 1990, a bordo de um Audi 100 V8.

Mas Stuck é também conhecido pelo seu bom humor, algumas das vezes a roçar o incrivel. A sequência de imagens, mostrada pelo Rianov Albinov no site onde trabalha agora, o Motorpassion (sem abandonar o seu F1 Nostalgia), demonstra aquilo que Stuck era famoso nos seus bastidores... As imagens falam por si.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Extra-Campeonato: Vasco Granja (1925-2009)

Cada um tem as suas recordações de infância. Uma das minhas, naquelas tardes algures em meados da década de 80, após o meu establecimento definitivo em Portugal, era de ver os desenhos animados apresentados por um tal de Vasco Granja, um senhor muito simpático, com óculos fundo de garrafa, e que fazia explicações aborrecidas sobre os filmes que íamos ver, vindos de paragens desconhecidas, muitas das vezes inexplicáveis para a mente de uma criança como a minha, na altura. Mas na minha ingenuidade de então, desconhecia que estava a ver autênticas obras-primas do cinema de animação, de pessoal como Tex Avery ou Norman McLaren, para além dos intraduzíveis desenhos animados vindos da então Cortina de Ferro, como a Polónia ou a Checoslováquia.


Mas no final, colocava um desenho dos Looney Toons ou da Pantera Cor de Rosa, para entreter os mais novos, consciente, talvez, que nem todos os que viam o seu programa entendiam o que falava ou o que mostrava. Mas também não seria um daqueles inocentes. Quem conhece esses desenhos animados, sabe que o sarcasmo é norma…


Esse senhor, Vasco Granja, foi o homem que mais fez pela divulgação da banda desenhada em Portugal. Morreu esta madrugada, na sua casa de Cascais, aos 83 anos, vitima de complicações derivadas da Doença de Alzheimer.


Na sua elegia que li esta tarde no jornal “Público”, desconhecia que o termo “banda desenhada”, que designa os "comics" em Portugal, tinha sido cunhada por ele, num artigo do Diário Popular de 1966. Uma expressão feliz, que creio que vai ser a mais duradoira. Mas há mais, muito mais. Nascido a 10 de Julho de 1925, não frequentou qualquer universidade, trabalhou sempre, primeiro nos Armazéns do Chiado, passando pela Tabacaria Travassos e acabando na Livraria Bertrand até à reforma, em 1990. Era ligado ao Partido Comunista Português, e por causa disso, foi preso por duas vezes durante o Estado Novo, primeiro em 1954 e depois em 1963.


Sendo sempre um homem de letras, descobre o cinema de animação em 1958, quando começa a ver os filmes experimentais do canadiano Norman McLaren. Dez anos depois, colabora na versão portuguesa da revista “Spirou”, e em 1978, ajuda a fundar a primeira livraria especializada em Portugal, “O Mundo da Banda Desenhada”.


Por essa altura, Vasco Granja já tinha o seu programa na RTP. Começou em 1974, pouco depois do 25 de Abril, e durou até 1990, altura em que se reformou. Teve mais de 1000 emissões e divulgou sistematicamente as grandes escolas internacionais do género, influenciando toda uma geração de jovens e crianças, sendo o grande divulgador da Banda Desenhada em Portugal. Para mim, que fiz parte dessa geração que cresceu com Vasco Granja, este deve ter sido o seu maior legado. Ars lunga, vita brevis. Ou então, neste caso em particular, caro Vasco... Koniec!

Uma defesa de Rubens

Eis um brasileiro que defende Rubens Barrichello. Não por convicção cega, mas por factos recolhidos no terreno. Se fosse outra pessoa, seria considerado um investigador. Mas como é o Luiz Fernando Ramos, vulgo o Ico, isso tem um nome: jornalismo de investigação.




Devidamente fundamentado com comentários de "insiders" do paddock, como Jock Clear, o seu engenheiro na Brawn GP, ou com outros colegas estrangeiros, como David Tremayne, jornalista do "The Independent" e autor do livro "Lost Generation", sobre as carreiras de Roger Williamson, Tony Brise e Tom Pryce, pilotos promissores precocemente desaparecidos nos anos 70. E até um ex-piloto fala bem dele, como Christian Danner, actualmente comentarista na TV alemã Premiere. E é dos bons...


Em suma: como profissional, Rubens Barrichello é indefensável. O chato é quando ele abre a boca, mas bem vistas as coisas, Barrichello não está na Formula 1 por favor ou porque aqueles que o empregam são loucos. Existe uma boa razão para ele continuar na Formula 1 por 18 temporadas consecutivas... Para lerem o post do Ico, cliquem aqui.

A capa do Autosport desta semana

O pessoal do Autosport resolveu esta semana virar-se para os classicos. E ficaram saudosos. Mas eles fizeram bem em não deixar passar em branco os 15 anos do desaparecimento de Ayrton Senna, comemorados na passada sexta-feira. E assim sendo, decidiram fazer um balanço da sua carreira, com o homem e o mito, bem como as suas polémicas. "Senna: 15 anos depois", é o título da capa da revista portuguesa.



Nos destaques mais pequenos, estão referências ao A1GP, e a vitória da Irlanda em Brands Hatch, bem como o terceiro lugar do Filipe Albuquerque, o bom fim de semana de Tiago Monteiro no WTCC marroquino, e o Moto GP em Jerez. Agora veremos se o conteúdo será tão bom como a capa. A propósito: gostei da foto. Ver o Senna com o macacão da Williams ou da Mclaren já era cansativo. Logo, ver com o macacão da JPS Lotus até é um colírio para os meus olhos!