sábado, 4 de janeiro de 2025

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Isto é invulgar. Não tanto o piloto, mas a altura e o lugar. A história passa-se o seguinte: são fotos tiradas em 1986, em Calder Park, na Austrália, com Dennis Hulme, então com 50 anos, a testar um March 86 da Galles Racing. Aparentemente, o patrocínio do circuito poderá ter a ver com uma atividade promocional da pista antes de uma corrida qualquer. 

E falo de Hulme, que apesar de ter experiência de monolugares, a na CART, isto é anormal. Mas ao ver estas imagens, recordei da sua vida depois de ter deixado para trás a Formula 1, no final de 1974. Há meio século, diga-se de passagem. 

Depois de pendurar o capacete, decidiu ser o presidente da GPDA, o Grand Prix Drivers Association, mas a sua natureza algo... direta (ele era chamado de O Urso), resolveu regressar para a sua terra natal, cuidar da sua quinta e família, com a sua mulher e filho. Contudo, o bicho do automobilismo mordia-o de quando em quando e competia em algumas corridas locais. E em 1982, depois de ter partilhado um Volkswagen Golf numa corrida em Pukehoke com Stirling Moss, decidiu regressar a tempo inteiro, escolhendo os Turismos. 

Começou a correr também nos Supercars, indo a Bathurst num BMW de Grupo A em 1984, acabando por ser segundo classificado na corrida de 1000 Km. Foi o suficiente para que Tom Walkinshaw o convidasse a correr no Europeu de Turismos, num Rover Vitesse, onde chegou a ganhar o Tourist Trophy, em 1986. Na Austrália, corria num Mercedes 190E da Bob Jane T-Marts (daí o símbolo da AMG no seu fato de competição), e no ano seguinte, foi para o Mundial de Turismos, num Holden Commodore preparado pela Perkins Racing, de Larry Perkins, que a certa altura, foi também piloto de Formula 1.

Hulme também começou a andar em corridas de camião, tornando-se numa figura pública nessa competição, que começava a popularizar-se no seu país, e também competia no Europeu, com alguns resultados interessantes. E em 1989, alinhou com outro campeão do mundo de Formula 1, Alan Jones, para correr a Bathurst 1000, acabando na quarta posição.

Se ele parecia estar feliz atrás do volante, pessoalmente, estava um destroço. No dia de Natal de 1988, o seu filho Martin, de 21 anos, sofreu um acidente de barco que acabou por ser mortal. Denny ficou destroçado, e os seus familiares o viam todos os dias, passar horas à beira da sua campa. 

A 4 de outubro de 1992, estava em Bathurst para disputar a corrida dos 1000 km num BMW M3 de Grupo A, ao lado de Paul Morris. O tempo estava péssimo e ele se queixou disso ao longo da corrida, até que na 32ª volta, se despistou na Conrod Straight, a longa reta antes da meta. Nem ele, nem o carro sofrerem danos, mas quando os socorristas chegaram a ele, ainda estava amarrado dos cintos de segurança, e sem responder a estímulos. Levado para o hospital, descobriu-se que tinha tido um ataque cardíaco fatal. Tinha 56 anos. E a família está convencida que tinha morrido de coração partido por causa da perda do seu filho.       

Youtube Automotive Video: A história do Honda S2000

Aparentemente, a Honda, por estes dias não é... excitante (excepto na Formula 1. E é nos motores). Os tempos em que fizeram o NSX, o primeiro super-carro nipónico, parecem ser quase de um tempo beeem distante...

Mas num passado não tão distante assim, mais concretamente... no inicio do século, teve o S2000, um carro que era, sobretudo, descapotável, e com um motor de dois litros. E é uma história do qual o pessoal do Donut Media decidiu fazer, com uns testes pelo meio.  

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

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Há meio século, a Formula 1 falava do Formula 1 brasileiro, o Copersucar-Fittipaldi, e da sua estreia na corrida de Buenos Aires, na Argentina. Mas por muito pouco, os próprios argentinos iriam apoiar outro carro, construído... em casa, e pelo mais afamado dos preparadores daquele país: Oreste Berta.

Quase um desconhecido fora da Argentina, dentro é uma lenda: nascido a 29 de setembro de 1938, em Rafaela, era engenheiro de formação e começou a trabalhar na industria automóvel em 1962, ao serviço da Renault. Cedo a sua área tornou-se a preparação de motores, que conseguiu fazer sucessos com o motor Tornado de 4 cilindros em linha. Alejandro De Tomaso, outro argentino, mas radicado em Itália, queria-o para os seus serviços, mas a Renault decidiu ajudá-lo a montar a sua oficina, na cidade de Córdoba. Em principio, começou a preparar motores Renault, mas a seguir, no final dos anos 60, começou a montar motores de 4 cilindros em linha baseados nos Ford.

Depois, começou a construir carros, e em 1974, tinha feito um chassis para a Formula 5000 (baseado no Brabham BT34 de 1971), correndo nos Estados Unidos com Nestor Garcia Veiga, um dos grandes pilotos dentro do país. Teve algum sucesso, apesar dos constantes problemas de motor, mas na parte final do ano, decidiu dar outro passo: adaptar o seu carro para a Formula 1! Com Garcia Veiga ao volante, a ideia era pegar num dos seus chassis, adaptá-lo e arranjar alguns dos seus motores, sem ser os Cosworth.

A 16 de dezembro, no Autódromo de Buenos Aires, o carro, Berta-1 (ou Berta LR) e o piloto foram apresentados com pompa e circunstância, e os seus motores foram montados no carro. E ali... começou o pesadelo. Apesar da leveza do chassis, com 620 quilos, o motor apenas tinha uma potência de 400 cavalos, bem menos do que os 450 que normalmente davam os Cosworth DFV. Chegou a mudar os pistões, por uns que tinham vindo dos Estados Unidos, mas o efeito foi o contrário, chegando a dar... 360 cavalos, ainda menos! Soube-se depois que as medições tinham sido incorretas e era por isso que o motor funcionava mal. 

Para piorar as coisas, alguns dias mais tarde, os seus motores começaram a explodir uns atrás dos outros, apesar de uma mudança no lubrificante. Num só dia, tinha rebentado quatro deles! As coisas pareciam algo desesperadoras quando recebeu uma oferta de Wilson Fittipaldi: um motor Cosworth DFV para eles correrem em Buenos Aires e Interlagos, onde tinham inscrito o carro. Contudo, a oferta vinha com um senão: teriam de o devolver como novo. Depois de pensar na oferta, decidiu recusá-la e parar com o projeto, para desilusão dos argentinos, sempre entusiásticos de automobilismo. 

E claro, perguntar-se-ia como teria sido o projeto argentino da Formula 1.

Quanto a Berta, o sucesso continuou nas competições locais, quer no Turismo Carrera, quer no TC2000, até aos nossos dias, preparando inúmeros carros nos últimos 50 anos, primeiro com ele, agora com o seu filho Orestes Jr.   

WRC: Rali de Monte Carlo tem 70 inscritos


A organização do rali de Monte Carlo divulgou esta sexta-feira a sua lista de inscritos para a prova, que acontecerá entre os dias 23 e 26 de janeiro. São, ao todo, 70 carros inscritos, com dez Rally1: cinco Toyotas, três Hyundais e dois Ford da M-Sport.

Da Toyota, aparecerão o finlandês Kalle Rovanpera, que regressa a tempo inteiro ao WRC, o japonês Katsuta Takamoto, o galês Elfyn Evans, o francês Sebastien Ogier e outro finlandês, Sami Pajari. Do lado da Hyundai, aparecerão o campeão do mundo, o belga Thierry Neuville - que nesta temporada levará o número 1 no chassis - o estónio Ott Tanak e o seu mais recente recruta, o francês Adrien Formaux, enquanto do lado da Ford, serão o luxemburguês Gregoire Munster e o irlandês John McErelan que tripularão os Ford Puma Rally1. 

Do lado dos Rally2, gente como o sueco Oliver Solberg, o russo - com licença búlgara - Nikolay Gryazin, o britânico Gus Greensmith, o francês Yohan Rossell, o luxemburguês Charles Munster, irmão de Gregoire, os japoneses Yuki Yamamoto e Ikama Kogure, ambos inscritos pela Toyota GR WRT, para aprender a andar nos ralis do campeonato, são alguns dos pilotos mais importantes nesta classe.

Destaques interessantes são as participações de Pablo Sarrazin (Citroen C3 Rally2) e Eliott Delecour (Skoda Fabia Evo) filhos de, respetivamente, Stephane Sarrazin e Francois Delecour.  

O rali de Monte Carlo será disputado em asfalto - e um pouco de neve, dependendo das condições e da altitude - num total de 18 especiais, com 343,80 quilómetros de extensão, nas estradas alpinas à volta de Monte Carlo.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Youtube Formula 1 Vídeo: As notas dos pilotos de 2024

Ano Novo, é a altura das avaliações dos pilotos da parte de gente que sabes mexer no Youtube, como o Josh Revell. E como ele gosta de dar as suas opiniões sobre o pelotão da Formula 1, mais aqueles que apareceram ao longo da temporada, aqui está aquele vídeo do ano onde se faz o balanço da performance dos pilotos nesta temporada que passou. E tem muito mais que isso.  

WRC: Latvala duvida que Rovanpera fique no WRC por mais tempo


Jari-Matti Latvala duvida que Kalle Rovanpera fique no WRC por muito mais tempo. No ano em que ele regressa a tempo inteiro aos ralis, depois de uma temporada parcial, o diretor da Toyota duvida que ele se dedique em exclusivo nos ralis, a tentará outras categorias, como a Endurance. 

Em declarações esta semana ao site Rallit.fi, Latvala assumiu acreditar que em 2025 Rovanpera lutará pelas vitórias, mas depois desta temporada, tem duvidas que continue a tempo inteiro.

"Este ano teve uma abordagem diferente e gostou. Não posso dizer o que ele decidirá para 2026, mas o que posso assegurar é que deixará o campeonato antes de chegar aos 30 anos.", começou por afirmar,  explicando que ele próprio tem "uma grande paixão por ralis.

"Contudo, o Kalle gosta de competição mais que tudo, isto significa outras áreas para além dos ralis. Ele quer experimentar diferentes coisas, no futuro poderá participar nas 24 Horas de Le Mans por exemplo, ou participar em diversas provas de circuito ou até em fórmulas.", concluiu.

No seu ano parcial no WRC, o piloto finlandês fez algumas provas de "drifting", correu no Porsche Carrera Cup Benelux, onde ganhou uma corrida, e testou um Red Bull de Formula 1 no final do ano. No próximo dia 12, estará nas 24 Horas de Dubai, conduzindo um Porsche de GT3. 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

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Poucos sabem hoje em dia a maneira como o belga Jacky Ickx surpreendeu o mundo do automobilismo, mas o seu "cartão de visita" aconteceu no GP da Alemanha de 1967, no Nurburging Nordschleife, deixou toda a gente de boca aberta. E foi uma corrida de sonho, ao ponto de se pensar que poderia ter sido um candidato à vitória, apesar de andar... num Matra de Formula 2.

Ickx, que faz hoje 80 anos - nasceu no 1º de janeiro de 1945 - começou em cedo a competir, graças aos incentivos do seu pai, que também se chamava Jaques, e do seu irmão mais velho, Pascal Ickx, que tinha sido piloto de ralis nos anos 50. Em 1966, ganhou as 24 Horas de Spa-Francochamps, a bordo de um BMW 2000Ti, e quase a seguir, pulou para os monolugares, competindo na Formula 2, num carro inscrito por Ken Tyrrell. Em Nurburgring, acabou envolvido  numa colisão com o carro de John Taylor, com este último a ficar gravemente ferido quando o seu carro pegou fogo. Taylor morreria três semanas depois, das queimaduras.

No ano a seguir, ele era de novo piloto da Tyrrell Racing Organisation, que nessa temporada inscrevera um chassis Matra e um motor Cosworth. Tinha ganho em abril no Nurburgring, e alguns dias antes, tinha também triunfado em Zandvoort, sendo o líder do campeonato - acabaria campeão nessa temporada. Quando chegou ao "Inferno Verde", ele iria fazer companha a mais nove carros de Formula 2, entre os quais Alan Rees - que iria ser o fundador da March e da Arrows - Jackie Oliver - futuro piloto da Lotus, BRM e Shadow, e outro futuro fundador da Arrows - e Brian Hart - que iria fundar a firma de motores com o seu nome. 

Os carros de Formula 2 partiam numa grelha à parte dos da Formula 1, mas na qualificação, ele começou a surpreender tudo e todos quando conseguiu o terceiro melhor tempo na grelha, batido apenas pelo Lotus de Jim Clark e o Brabham de Denny Hulme, menos de 10 segundos do "poleman", o que ra um feito, uma pista de 23 quilómetros!

No dia da corrida, Ickx estava atrás de 17 carros de Formula 1, e tinha de os passar, para dar nas vistas. E foi o que fez: enquanto Clark ficava com a liderança, seguido por Hulme e o Eagle de Dan Gurney, Ickx começava a subir lugar atrás de lugar, passando pilotos mais lentos que ele. Cedo chegaria aos pontos, também ajudado pelas desistências dos Lotus de Clark, na quarta volta - suspensão quebrada - e de Graham Hill. Perto do meio da corrida, agora liderada por Dan Gurney, o piloto belga era quinto, atrás do BRM de Jackie Stewart. Pouco depois, o escocês tinha problemas de transmissão e desistia, deixando-o em quarto, atrás apenas de Gurney, Hulme e Jack Brabham. À medida que as voltas passavam, todos ficavam impressionados com a condução do jovem belga, que corria ali pela segunda vez naquela temporada, mas parecia um experimentado piloto. Mesmo depois de ter sido passado pelo Ferrari de Chris Amon, que ficou com o quarto posto.

Mesmo sabendo que ali, por conduzir um Formula 2, não iria pontuar. Eram as regras de então na competição...  

Contudo, todas as estórias de Cinderella tem um final. E este não acabou à meia-noite. Na realidade, acabou na 12ª volta. Saltar em certas partes da pista causavam stress nas suspensões do carro, e a meio dessa volta, a suspensão do seu Matra não aguentou, dobrando-se e inutilizando o seu carro. Se tivesse aguentado, teria ficado, se calhar, com um lugar nos pontos, se calhar o quarto.

Mas mesmo não acabando a corrida, aquela fora uma tarde de sonho para o jovem belga. Nas semanas que seguiram, acabou por ganhar o campeonato de Formula 2 - foi o primeiro campeão da competição - e conseguiu a sua primeira chance de correr num Formula 1, num Cooper oficial, no GP de Itália, onde foi sexto... apesar de ter tido um furo na última volta! Tudo isso foi suficiente para atrair a atenção do "Commendatore" Ferrari, e no inicio de 1968, aos 23 anos, era piloto da Scuderia...

Dito isto, feliz aniversário a Jacky Ickx!

Noticias: Brundle condecorado pelo governo britânico


Interessantes noticias para começar 2025: o ex-piloto e atual comentador de Formula 1 da BBC, Martin Brundle, de 65 anos, foi condecorado pelo governo britânico com um OBE (Ordem do Império Britânico) pelos serviços prestados à comunicação social e ao automobilismo. A condecoração acontece 40 anos depois da sua estreia na Formula 1, pela Tyrrell.  

"Os meus eternos e sinceros agradecimentos à família, aos amigos, aos colegas de equipa de automobilismo e transmissão, e ao pessoal e fãs do automobilismo, por toda a ajuda e apoio desde [o dia em] que pilotei um Ford Anglia pela primeira vez na relva, há 53 anos. Foi divertido, sou um homem com muita sorte.", disse Brundle para agradecer pela condecoração, na sua conta pessoal do Twitter.

Adversário de Ayrton Senna no campeonato britânico de Formula 3 em 1983, chegou à Formula 1 no ano seguinte, correndo em equipas como Tyrrell, Zakspeed, Brabham, Benetton, Ligier, McLaren e Jordan, numa carreira que cobriu 12 temporadas, com 165 Grandes Prémios, nove pódios e 98 pontos.

Para além disso, tee uma excelente carreira na Endurance, guiando pela Jaguar, ganhando as 24 Horas de Le Mans de 1990 e foi o campeão do mundo de Endurance dois anos antes, em 1988. 

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Bom Ano Novo!


Os balanços foram feitos uma semana antes, no Natal. Posso afirmar que não tenho motivos de queixa de 2024, pelo menos em termos profissionais e pessoais. Para mim, o meu destaque pessoal foi as mudanças que acabei por fazer nas redes sociais e como colhi as consequências disso. E como costumo ser um otimista cauteloso, eu gosto de ver as coisas com o copo meio cheio. Portanto, os números que tenho neste momento, quer no Facebook, quer no Threads, quer no Twitter - recuso de chamar aquilo de X - são um principio, não um fim. Um principio, para fazer mais e melhor, para a minha mensagem ser alcançada por mais gente. 

Quanto aos pessimistas que só vêm catástrofes, especialmente no futuro que aí vem, de acordo com as últimas noticias, fico mais com a sensação de que vem mais confusão que um plano para colocar as suas ideias. Como disse certo filósofo, e também um dramaturgo, o primeiro afirmou que a partir da segunda ocasião, é uma farsa, e são péssimas as nações que ficam na situação de necessitar de salvadores.

Aparecerão coisas interessantes no horizonte. Caso aconteçam, enquanto andamos por aqui, poderá ser uma revolução. Com isso, haverá esperanças e receios, como em tudo, mas quero acreditar que iremos ser mais beneficiados que prejudicados. Temos de acreditar nisso. 

Não há muito mais para afirmar. Sinceramente, vêm aí o Dakar e no final do mês, o rali de Monte Carlo. A Formula 1 só será em março, mas ainda antes disso, temos Daytona. Ah! e no verão, teremos o filme da Formula 1, com o Brad Pitt, e estou ansioso em ver! Nem que seja para depois poder falar mal... Portanto, muitas coisas interessantes estão à nossa frente, garanto eu.

Um Bom Ano de 2025, de preferência com saúde e prosperidade. E muito automobilismo!    

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Youtube Formula 1 Vídeo: Os homens por trás do sucesso da Brabham

No mais recente episódio da coleção de carros de Bernie Ecclestone, Tom Hartley Jr. fala com alguns dos mecânicos que ajudaram a Brabham na sua segunda era dourada, no final dos anos 70 e inícios dos anos 80, onde Nelson Piquet era o melhor piloto da equipa e ganhava corridas e campeonatos. E claro, como eles conseguiam praticar alguns truques... fora do vulgar.  

domingo, 29 de dezembro de 2024

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Natal e Ano Novo são alturas de festa, convívio com a família e... excessos. E muitas das vezes, quando as pessoas bebem demais, na via pública, o risco de fazer asneira e grande, desde incomodar outras pessoas a vandalizar equipamento público, num dos extremos.   

E quem conhece Imola, a cidade do meio de Itália, cujo circuito fica situado num parque no centro da cidade, ao lado do rio Santelmo, há lá um memorial a Ayrton Senna, o piloto brasileiro que morreu a 1 de maio de 1994, um dia depois de outro acidente mortal, a que vitimou o austríaco Roland Ratzemberger. E esse memorial é visitado por centenas de pessoas por mês, muito mais em alturas como o 1º de maio ou por alturas do Grande Prémio da Emilia-Romagna, no final de abril ou inicio de maio.    

Contudo, este dezembro, e por duas vezes nestas ultimas semanas - a última das quais na véspera do Natal - o local foi vandalizado, com algumas pessoas a roubarem algumas das bandeiras que lá estão e saírem do local sem deixar rastro. Nada aconteceu à estátua. 

A Câmara Municipal de Imola reagiu a esses atos através do seguinte comunicado: "A administração municipal condena os atos de vandalismo perpetrados contra alguns elementos de memória deixados pelas pessoas junto ao monumento a Ayrton Senna, que representam um grande património da cidade, manifestando o amor, a afeição e o respeito com que se recorda o campeão, ao qual a cidade está visceralmente ligada.", lê-se.

Com o Ano Novo a aproximar rapidamente, a autarquia decidiu emitir um decreto que proíbe a entrada no parque com garrafas de vidro e qualquer tipo de álcool, com o objetivo de erradicar os atos de vandalismo, frequentemente cometidos por pessoas embriagadas durante este período festivo. E muito provavelmente, haverá agentes a vigiarem o parque para que a lei seja respeitada e impeçam novos vandalismos.