sábado, 24 de junho de 2017

Youtube Motorsport Crash: O bizarro acidente de Tom Coronel em Vila Real

O fim de semana de Tom Coronel na ronda portuguesa do WTCC pode ter acabado ainda antes de começar, depois desta acidente que sofreu numa das qualificações, no circuito de Vila Real. Na chegada à rotunda, onde agora está instalada a "Joker Lap", o piloto do Chevrolet perdeu o controle do carro na travagem - viu-se depois que quebrou um elemento da suspensão - e acabou por bater... numa ambulância.

No final, ficaram todos bem, quer o piloto, quer os bombeiros que estavam presentes.

Formula 1 2017 - Ronda 8, Azerbeijão (Qualificação)

Quando vi esta pista no ano passado, sempre fiquei com a sensação de que estaria a ver uma corrida numa pista desenhada numa avenida marginal de uma estância balnear no Mediterrâneo. Imaginem, por exemplo, uma corrida cuja reta da meta seria na Promenade des Anglais, em Nice. Os organizadores poderiam ter a ideia de fazer um "Montecarlo do Cáspio" naquelas bandas, mas isso só aconteceu por causa do petróleo que jorra não muito longe dali.

Baku é desnecessário, e para piorar as coisas, aquele circuito tem sitios perigosos. A entrada do Castelo é tão estreita, mais estreita do que certas partes do circuito de Monte Carlo, que ontem, o Sergio Perez só me deu razão aos meus receios, ao bater forte e feio e destruir todo o lado direito do seu Force India. E sei perfeitamente que se baterem daquela maneira no dia da corrida, teremos bandeira vermelha pela certa. Mas como eles pagaram para terem a Formula 1 por ali por uns tempos, lá vamos nós termos de aturar isto. Nós, e os novos donos. Em suma, é mais uma das armadilhas deixadas para trás pelo Bernie Ecclestone.

Vistas as coisas pelo campeonato, a Ferrari tinha de reagir depois do domínio de Lewis Hamilton no Canadá, há duas semanas. Sebastian Vettel tinha de mostrar que a sua liderança no campeonato não era por acaso, e ainda tinhamos os seus companheiros de equipa, e os Red Bull, especialmente Max Verstappen, que chegou a ser o melhor num dos treinos livres de ontem.

E ainda antes da qualificação, mais desgraça para a McLaren: Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne tiveram penalizações por mudarem de motores e de caixas, caindo para o final da grelha. E pelos vistos, parece que vão largar na fronteira com o Irão...

Debaixo de sol, máquinas e pilotos partiram para a primeira parte da qualificação, onde Lewis Hamilton começou a marcar tempo, com Max Verstappen logo a seguir, na frente de Valtteri Bottas e dos dois Ferrari. Tudo isto em pneus moles. Atrás, algumas saúdas de pista e toques, especialmente Romain Grosjean, que decidiu "pintar o muro", mas o carro não sofreu assim tanto.

No final (com Joylon Palmer sem sair de pista para marcar um tempo), os McLaren, o Haas de Romain Grosjean e o Sauber de Marcus Ericsson ficaram de fora da Q2. Claro, ver Pascal Wehrlein no outro lado e um feito para a Sauber, que viu a sua chefe sair de cena esta semana.

A Q2 mostrou que os tempos melhoraram um pouco, graças ao aumento da temperatura no asfalto e a melhor eficácia dos pneus moles. Os primeiros a marca tempo foram os Williams, mas foi Lewis Hamilton que faz 1.41,992, então a 40 centésimas de Valtteri Bottas. E entre os que queriam ir para a Q3 estava Lance Stroll, que tinha marcado o sexto melhor tempo... naquela altura. Mas depois, Hamilton voltou à pista e faz 1.41,275. Ainda estávamos a meio da Q2, e parecia que o inglês ia a caminho de nova pole-position...

No final, os excluídos foram os Toro Rosso, o Haas de Kevin Magnussen, o Renault de Nico Hulkenberg e o Sauber de Wehrlein. E na parte final, entraram aos pares: Mercedes, Ferrari, Red Bull, Force India e Williams. E tirando os Red Bul e os Ferrari, tudo o resto eram Mercedes.

Na parte final, parecia que iria ser uma pró-forma para a pole de Lewis Hamilton, mas primeiro, tinham de esquecer os pneus durante pelo menos duas voltas para marcar um bom tempo. Contudo, Valtteri Bottas faz 1.41,274, na frente de Hamilton... e depois de tocar na apertada curva 8. Mas Hamilton saiu largo mais adiante e perdeu cerca de meio segundo, ficando atrás de Bottas por 154 centésimos.

A três minutos do final da qualificação, Daniel Ricciardo tocou no muro e obrigou a amostragem das bandeiras vermelhas, o que daria tempo mais do que suficiente para uma volta rápida. Passaram alguns minutos para tirar o carro de fora daquele lugar, e em pouco mais de cinco minutos, a pista estava pronta para que voltassem a fazer um tempo.

E quando aconteceu, os Mercedes foram dos primeiros a saírem na pista, a par do Red Bull de Max Verstappen, e depois os Ferrari. Bottas melhorava o tempo, mas o inglês fez 1.40,594 e fez a 66ª pole da sua carreira. Raikkonen foi o terceiro, na frente de Vettel, E Verstappen foi o quinto. Estaban Ocon foi o sétimo, na frente de Lance Stroll, o oitavo, e ambos estiveram na frente de Sergio Perez e Felipe Massa, seus companheiros de equipa.

E assim foi a qualificação azeri. Mostrou que os Mercedes estavam a ganhar a batalha pelo dominio na grelha, e com este novo monopólio dos Flechas de Prata, parecia que o assalto de Hamilton ao comando estaria a meio caminho da sua concretização. Restava saber se eles amanhã sairiam incólumes dos muros que rodeiam este circuito. Eles... e tudo o resto. 

sexta-feira, 23 de junho de 2017

IndyCar: Gutierrez corre na Dale Coyne até ao final da temporada

Depois de ter corrido em Detroit, e não ter participado em Texas devido à sua inexperiência em ovais, o mexicano Esteban Gutierrez vai correr pela Dale Coyne até ao final da 2017, em substituição de Sebastien Bourdais, acidentado em Indianápolis e que ficará de fora para o resto da temporada. "Estou muito feliz por finalmente anunciar o meu programa de corrida para o resto da temporada", disse Gutierrez.

O piloto de 27 anos, que esteve na Haas no ano passado e correu três provas da Formula E nesta temporada, não participou na ronda oval de Texas - subsituido por Tristian Vautier - devido à sua inexperiência nas ovais americanas.

"Representar o México na Verizon IndyCar Series tem um enorme significado para todos os fãs que acompanharam a série pela história e estou muito agradecido por preencher essa posição", continuou.

"A IndyCar tem equipes e pilotos altamente competitivos e o desafio para mim será ótimo, mas vou usar toda a minha experiência da Fórmula 1 com Sauber, Haas F1 Team e Ferrari para me adaptar rapidamente ao carro e às pistas. Estou ansioso para continuar trabalhando com a Dale Coyne Racing e a Honda. Confio neles para obtermos juntos excelentes resultados", concluiu.

IndyCar: Wickens substitui Aleshin em Road America

O canadiano Robert Wickens irá correr na Schmidt Motorsport na corrida em Road America, em substituição do russo Mikhail Aleshin, que está retido em França devido a problemas com o seu visto de entrada nos Estados Unidos, segundo conta o site Autoweek. Wickens, que correr no DTM, estava a gozar o fim de semana na sua terra natal quando recebeu uma chamada da equipa, onde correr o seu compatriota e amigo James Hintchcliffe, para correr no lugar dele na pista de Elkhart Lake.

Falando sobre esse assunto, ele comentou:

"Mikhail e eu fomos companheiros de equipa por três anos na Europa, quando estávamos juntos na Red Bull", disse Wickens. "Então eu tenho um relacionamento muito bom com ele. Eu sinto pela situação que ele está passar, como um piloto internacional. Não é fácil às vezes com a imigração, para que ele possa fazer o seu caminho.", continuou.

Sobre se gostava de correr neste fim de semana, foi franco: "Obviamente, sim. Eu vou ser honesto. Sim, eu ficarei desapontado se eu não fizer a corrida. Mas no momento estou indo no momento. Ontem, eu estava a caminho de um fim de semana relaxante, agora estou aqui, em Road America. Então, teremos que esperar e ver ".

Falando também acerca da sua amizade com o seu compatriota Hintchcliffe, Wickens comentou:

"James e eu ... nos conhecemos desde 2001 quando corríamos juntos de kart em Toronto", começou por dizer. " Nós sempre brincávamos, 'não seria bom se formos profissinoais?' Ele sempre quis ir para IndyCar e eu sempre quis ir para a Fórmula 1. Nós já sabíamos que, mesmo em jovem, tinhamos já caminhos diferentes", continuou.

"Nós ficamos muito íntimos. Como, eu era um piloto de reserva na Formula 1 durante um tempo, testei um pouco. Mas o tempo todo, ao longo da nossa infância, estávamos dizendo: 'quando chegássemos a profissionais, devemos fazer uma troca de carro'. Ele sempre quis experimentar um carro de Formula 1. Eu queria experimentar um carro da Indycar. Podimos fazê-lo. Claro, não era um carro de F1, mas o carro da DTM é ótimo para guiar. Ele conseguiu dirigir o carro, o melhor que um carro de turismo [pode ser], que é algo que muitas pessoas não têm a chance de fazer", continuou.

"Mas, sim, o fato de estar aqui hoje, definitivamente não esperava", concluiu.

Rumor do Dia: Gasly poderá substituir Buemi em Nova Iorque

O francês Pierre Gasly poderá ser o substituto de Sébastien Buemi na Renault e.dams. O suíço, líder do campeonato, terá que falhar a ronda dupla de Nova Iorque devido às 6 Horas de Nürburgring do Mundial de Resistência (WEC), nas quais vai representar a Toyota. Já o piloto da 'cantera' da Red Bull, disputa esta temporada a Super Fórmula do Japão, seguindo na 14ª posição, com um ponto, ao cabo de duas rondas.

O site Motorsport.com escreve nesta quinta-feira que Gasly é o principal candidato à vaga de Buemi, tendo passado já algum tempo a trabalhar na fábrica da DAMS durante o fim-de-semana das 24 Horas de Le Mans. Além disso, terá autorização da Red Bull para falhar a presença no GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1 e competir em Nova Iorque. A confirmação do substituto de Buemi deverá surgir ainda neste mês.

Gasly, de 21 anos (nasceu a 7 de fevereiro de 1996), foi campeão da Eurocup Formula Renault 2.0 em 2013, vice-campeão da Formula Renault 3.5, no ano seguinte e campeão da GP2 Series em 2016. Este ano, corre na Super Formula, no Japão, e está debaixo da asa da Red Bull, como piloto de desenvolvimento. 

O objectivo da Renault e.dams no ePrix de Nova Iorque passa por proteger o comando do campeonato de Buemi dos ataques de Lucas di Grassi, no seu Audi-Abt, mas o facto de Gasly ser um piloto inexperiente na Fórmula E não deverá ser grande problema. Pelo menos, a avaliar pelas palavras do chefe de equipa, Jean-Paul Driot: "Sei que iremos colocar alguém no monolugar se tivermos que fazer uma mudança. Não há ninguém livre que tenha uma boa experiência na Fórmula E para nós, por isso o piloto que teremos não vai ter experiência competitiva".

Ainda não se sabe quem serão os substitutos de outros dois pilotos que se ausentarão da corrida de Nova Iorque: o britânico Mike Conway e o argentino José Maria Lopez.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Formula 1 em Cartoons: O assédio da McLaren (Cire Box)

Os rumores sobre o possível divórcio McLaren-Honda parecem ser reais. E o Cire Box decidiu fazer um cartoon sobre isso, recorrendo a um clássico...

Noticias: WEC e Formula E não colidem em 2018

O Mundial de Endurance e a Formula E não colidirão os seus calendários na próxima temporada. A noticia foi dada hoje pela FIA, e é uma consequência da reunião que tiveram no mês passado no Mónaco para tratar de uma harmonização desses calendários a partir de 2018, para evitar que os pilotos dêem prioridade a algumas competições em detrimento de outras. 

"Le Mans será num fim de semana protegido e não teremos Formula 1 e WEC ao mesmo tempo no mesmo país, porque isso não faz sentido", começou por dizer Gerard Neveu, o presidente da ACO, ao site Motorsport.com. "Estamos a tentar fazer o nosso melhor para todos e tenho a sensação de que os três parceiros estão trabalhando de forma muito construtiva", concluiu.

A jornada dupla de Nova Iorque, esta temporada, irá acontecer a 15 de julho, precisamente no mesmo dia que as Seis Horas de Nurburgring, prova do Mundial de Endurance e do qual os pilotos Sebastien Buemi, Mike Conway e José Maria Lopez terão de se ausentar, o que poderá prejudicar as chances do piloto suíço de alcançar o título na Formula E por causa dos seus compromissos na equipa oficial da Toyota. Assim sendo, para evitar que isso se repita, na próxima temporada, a corrida de Nova Iorque acontecerá uma semana antes, para evitar colidir no calendário, pois a corrida alemã de endurance terá de acontecer pelo menos um mês depois das 24 Horas de Le Mans.

Quando à clássica corrida de La Sarthe, ambas as organizações decidiram que as competições não colidirão no calendário a partir de 2018.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

A saída de Monisha Kalterborn

Soube-se hoje que Monisha Kalterborn, a patroa da Sauber, está de saída da equipa. A indiano-suíça, que está à frente dos destinos da equipa de Hinwill desde 2010 - e tornou-se em uma das duas diretoras de equipa, sendo a segunda Claire Williams - decidiu ir embora por causa de divergências com a Longbow Finance SA, que discutiam sobre o rumo que a equipa deveria ter desde meados de 2016, altura em que entrou na equipa, para o salvar da falência.

Segundo conta o Joe Saward em relação às razões para a sua saída, tudo tem a ver com o confronto de ideias entre ambos os lados. Pascal Picci, o seu "chairman", não gostou muito das escolhas que Kalternborn tinha feito na sua equipa técnica, com a contratação de Jorg Zander, e também com o desenvolvimento do carro, que ainda não alcançou aquilo que deveria ter feito, apesar do oitavo lugar no GP de Espanha, com Pascal Wehrlein ao volante. Aliás, neste momento, eles estão na frente da McLaren!

Resta saber quem ficará com o lugar. Nada se sabe, por enquanto, quem será a pessoa, mas se for alguém de fora, é provável que terá de recrutar muita gente, pois os "lealistas" de Kalterborn poderão ir embora, em solidariedade, e isso poderá implicar mais confusão numa equipa que já sofre com as constantes mudanças nas várias áreas, desde 2012, e que tem vindo a acentuar a decadência da quarta equipa mais antiga em atividade. 

E como diz o Joe, convencer alguém a trabalhar na Suíça não é fácil...

terça-feira, 20 de junho de 2017

Formula E vai ser mais potente... e terá novo local

A próxima temporada da Formula E vai ter algumas novidades, e a primeira delas é um aumento de potência para 180 kw, mantendo a potência máxima disponível na qualificação nos 200 kW. E também poderá ser a primeira em que acabará a troca de carros a meio da corrida. São estas as grandes novidades desta competição.

Depois de ser apresentado o novo calendário, com catorze provas - três delas são jornadas duplas, em Hong Kong, Nova Iorque e Montreal - e de novos lugares na competição, como Roma, São Paulo e Santiago do Chile, as equipas vão ter mais seis dias promocionais, aumentando para três o máximo dia dias num circuito, com a ideia de promover os ‘roadshow’. Será também adicionado um dia de treinos durante a época, juntamente com um treino reservado aos "rookies" para se poderem adaptar ao novo carro.

Para além disso, haverá um novo local para testar. Eles sairão de Donington Park e vão testar no circuito Ricardo Tormo, em Valencia. Os novos carros serão testados a partir de outubro, embora ainda não se saiba oficialmente os seus dias.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Noticias: Ni Amorim é o novo presidente da FPAK

Foi uma eleição renhida e com um resultado inesperado: Ni Amorim foi o grande vencedor nas eleições para a presidência da Federação de Automobilismo e Karting (FPAK), conseguindo 47 votos contra 44 de Manuel de Mello Bryner, que se recandidatava à presidência. O antigo piloto de, entre outros, o DTM, vai presidir aos destinos da federação até 2020.

Sinto uma grande satisfação e, ao mesmo tempo, orgulho por ser eu o escolhido para liderar a FPAK, sinal inequívoco de que o rumo seguido pelo Executivo anterior estava longe de corresponder aos anseios dos associados, mas também tenho consciência da responsabilidade que a partir de agora, face às expetativas criadas, recai sobre os meus ombros. É tempo de cerrar fileiras e colocar mãos à obra, porque há muito trabalho a fazer. Serei, podem ter a certeza, um presidente da FPAK de todos os associados, incluindo daqueles que não votaram em mim hoje, e conto com a colaboração de todos”, declarou, no momento da vitória.

Assim sendo, o ex-piloto vai suceder a outro ex-piloto, que pegou nos destinos da federão depois da morte de Luiz Pinto de Freitas, em abril de 2013. Depois de ser eleito, Mello Bryner deu conta de uma instituição com um passivo gigantesco e conseguiu geri-la de modo prudente para garantir o pagamento da dívida e em simultâneo, "fazer evoluir o desporto automóvel em Portugal", como diz o editorial da Autosport portuguesa escrito esta noite para homenagear o trabalho feito por ele.

Resta saber o dia da tomada de posse do novo presidente e dos seus associados.

Formula E: Saiu o calendário para a próxima temporada

A FIA apresentou esta tarde o calendário definitivo para a Formula E para a próxima temporada de 2017-18, a quarta deste campeonato de carros elétricos. O calendário será o maior até agora, pois terá 14 corridas, e há muitas novidades, algumas ainda por apresentar.

Primeiro que tudo, as cidades de Roma, Santiago do Chile e São Paulo entrarão no calendário. A cidade italiana era para entrar na primeira temporada, mas problemas politicos fizeram com que isso tivesse de ser adiado para agora. Já as entradas de Santiago e São Paulo já eram esperadas. A entrada chilena tem o ex-piloto Eliseo Salazar por trás, enquanto que no caso brasileiro, será aproveitado parte do traçado do Anhembi, que já foi usado para a IndyCar.

Nas saídas, Buenos Aires não faz parte do calendario - estava desde a primeira temporada - enquanto que o Mónaco entra apenas em anos ímpares, podendo voltar em 2019.

Para além disso, há duas datas em aberto, a primeira das quais é na Alemanha, pois a cidade de Munique já se ofereceu para acolher uma ronda da competição, para além de Berlim. Quanto à segunda data por anunciar, os rumores falam de uma prova em Zurique, na Suíça, o que a ser verdade, poderia significar o regresso de uma prova de automobilismo a aquele país desde 1954.

"São grandes novidades, [ao anunciarmos] uma série de novas cidades no calendário da Fórmula E, além de ver locais existentes ajudando a construir o sucesso de eventos anteriores. A Fórmula E continua a expandir o calendário e o número de cidades em mercados-chave, além da crescente lista de parceiros e fabricantes que se juntam à revolução elétrica. Nossa prioridade é consolidar um calendário com acordos de longo prazo com cidades que nos acolhem - o cronograma da 4ª temporada é um passo na direção certa", disse Alejandro Agag, o diretor da Formula E.

Eis o calendário completo:


Hong Kong - 2-3 de dezembro (ronda dupla)
Marrakesh - 13 de janeiro
Santiago do Chile - 3 de fevereiro
México - 3 de março
São Paulo - 17 de março*
Roma - 14 de abril
Paris - 28 de abril
TBA (Alemanha) - 19 de maio
TBA - 9 de junho
Nova Iorque - 7-8 de julho (ronda dupla)
Montreal - 28-29 de julho (ronda dupla)

Formula 1: Saiu o calendário provisório de 2018

A FIA revelou esta tarde o calendário da Formula 1 para a próxima temporada. As grandes novidades são o regresso dos Grandes Prémios de França e Alemanha, mas também a troca entre Rússia e Azerbeijão, que passarão de junho para abril - no caso azeri - e de abril para outubro, no caso russo.

Para além disso, as corridas da China e de Singapura estão sujeitos a confirmação, tendo a ver com os contratos, que neste momento estão a ser renegociados. Ao todo, serão 21 corridas na mesma, com a Malásia a abandonar a competição, depois de 19 temporadas. 

E vai haver um "triplo stint", ou seja, três semanas seguidas em que a Formula 1 estará a competir. Vai ser entre os dias 24 de junho a 8 de julho, com passagens consecutivas por Paul Ricard - um regresso, depois de 27 anos de ausência - Red Bull Ring e Silverstone.

Queríamos finalizar o calendário da próxima temporada cedo, de modo que todas as partes interessadas tivessem mais tempo para se preparar e conseguimos, graças, em parte, ao trabalho em colaboração com a FIA”, começou por afirmar Chase Carey.

O número de corridas aumentou em comparação com a temporada atual", continuou.

Recebemos inúmeros pedidos daqueles que desejavam hospedar um GP de Fórmula 1, mas queríamos que os promotores existentes considerassem que estamos empenhando todos os nossos esforços em garantir que cada corrida seja um evento especial, para que os fãs, nossos principais interessados, possam desfrutar de uma experiência única e inesquecível. Se pudermos fazer isso, então toda a ‘família’ da Fórmula 1 sairá beneficiada”, concluiu.

Eis o calendário provisório da Formula 1 para 2018:

25 de março – Melbourne, Austrália
8 de abril – Xangai, China
15 de abril – Sakhir, Bahrein
29 de abril – Baku, Azerbaijão
13 de maio – Barcelona, ​​Espanha
27 de maio - Mónaco
10 de junho - Montreal, Canadá
24 de junho - Paul Ricard, França
1 de julho - Red Bull Ring, Áustria
8 de julho - Silverstone, Grã-Bretanha
22 de julho - Hockenheim, Alemanha
29 de julho - Hungaroring, Hungria
26 de agosto - Spa, Bélgica
2 de setembro - Monza, Itália
16 de setembro - Singapura
30 de setembro - Sochi, Rússia
7 de outubro - Suzuka, Japão
21 de outubro - Austin, EUA
28 de outubro - Cidade do México, México
11 de novembro - Interlagos, Brasil
25 de novembro - Yas Marina, Abu Dhabi

ERC: Magalhães promete continuar a lutar

As coisas não correram muito bem a Bruno Magalhães no Rali do Chipre. O piloto português desistiu na sexta especial do rali cipriota, depois de sofrer um despiste e posterior capotamento, quase no mesmo lugar onde caiu o seu principal adversário, o polaco Kajetan Kajetanowicz. Apesar de, nem ele, nem o seu adversário direto terem pontuado, ainda acredita que o campeonato pode ser alcançado nos quatro ralis que ainda restam.

Infelizmente a nossa prova acabou mais cedo, fruto de uma saída de estrada algo estranha e caricata. Numa zona muito complicada que havíamos assinalado corretamente nas notas, o Kajto [Kajetan Kajetanowicz] acabou por ter uma saída e, na sequência disso, o Baran [Jaroslaw Baran, o navegador] veio assinalar a sua posição dando a devida informação" começou por dizer o piloto português da Skoda na sua página do Facebook. 

"No entanto, foi essa mesma informação que me distraiu por um ou dois segundos, pois ao tentar compreender se tudo estava bem acabei por perder o ponto de travagem imediatamente, pois já estávamos em cima dessa curva tão complicada. Sem duvida uma situação pouco comum, em que o Bostanci teve infelizmente, também, exatamente o mesmo problema. Todos estamos bem e é de assinalar a solidariedade entre todos no momento de tentarmos chegar à estrada, bem como agradecer ao Kajto a ajuda que nos deu a sair do carro", continuou. 

"Saímos do Chipre na liderança do Campeonato após 4 provas (8 no total) , pelo que pese embora este enorme contratempo tudo faremos para que a nossa participação não fique por aqui. Um palavra de agradecimento à equipa ARC Sport, foram enormes guerreiros nas muitas horas necessárias para retirar o carro dando por concluída a operação já depois da 1 hora da madrugada. Obrigado também por todas as mensagens que temos recebido, vamos continuar a lutar!”, concluiu.

O próximo rali do Europeu acontece entre os dias 3 e 5 de agosto, no Rajd Rzeszowski, em terras polacas.

domingo, 18 de junho de 2017

A imagem do dia

A certa altura, este carro era o último classificado. Sim, leram bem: até o último dos carros dos GTE-Am estava na sua frente. As suas chances de vitória tinham-se reduzido ao ínfimo. Mas não a zero. E foi agarrando a esse ínfimo que começaram a subir na classificação. Um carro atrás do outro, ultrapassando toda a gente, e esperando que não tivessem qualquer avaria. 

Quando o carro numero 2 de Timo Bernhard, Earl Bamber e Brendan Hartley teve problemas no seu motor elétrico, e do qual demoraram mais de uma hora para o substituir, parecia que, a chegar ao fim, poderiam ficar num lugar de honra, mas nunca ganhar. Pois bem... a hecatombe da Toyota, antes do meio da corrida, e os problemas da pressão de óleo do carro numero 1 fizeram pensar que provavelmente poderíamos assistir a uma "zebra", ainda por cima, um carro cuja equipa pertencia, em parte... a um ator de Hong Kong!

Mas eles conseguiram evitar tal coisa. Contudo, depois de os vermos no pódio, a comemorar uma vitória merecida e épica - pelo menos para eles - vamos a ver que depois deles, era o deserto. Somente o Toyota numero 8, que também teve um problema e ficou duas horas nas boxes, acabando no oitavo lugar da geral, é que chegou ao fim. Dos seis carros - ainda faltou o Kolles - quatro não acabaram. Daí o LMP2 que quase ganhou a corrida. E estava para ser um Rebellion-Vaillante, o que teria dado um final "real" aos livros de banda desenhada que andam a fazer!

Mas são destas coisas que fazem de Le Mans o que é. Disseram-me, algures na transmissão, que "é Le Mans que escolhe os seus vencedores". A ser verdade, parece que a Toyota tem de lhe dar algo mesmo irresistível para que eles lá cheguem. Hoje, foi mais uma vez a Porsche. Mas este... teve de ir ao inferno e voltar.

ERC 2017 - Rali do Chipre (Final)

Como seria de esperar, Nasser Al Attiyah foi o grande vencedor do Rali do Chipre, o melhor dos sobreviventes de um rali tão duro que o segundo classificado ficou a seis minutos e 12 segundos... e  num Mistubishi Lancer R4, antigo Grupo N! Apesar de tudo, o português Bruno Magalhães vai sair do Chipre como líder do campeonato, quando este chega a meio.

O último dia do Rali do Chipre viu Kajetan Kajetanowicz de volta à estrada para conseguir o máximo possível para fazer diminuir a diferença para o piloto português. E foi o que fez o polaco, ao vencer três das seis especiais deste dia, contra dois de Nicolay Gryazin e um de Nasser Al Attiyah. Contudo, como ambos estavam muito longe para o ameaçar, o piloto do Qatar controlou tudo ao longo do rali.

No final, no "top ten", tirando Nasser, o vencedor, e o quinto classificado, o Skoda Fabia R5 de Albert von Thurn und Taxis, todas as classificações foram ocupadas por pilotos locais. O mais importantes deles todos, Alexandros Tsouloufas, quarto na Acropole, acabou o rali no nono posto, depois de ter perdido oito minutos na décima especial.

O próximo rali será entre os dias 3 e 5 de agosto, em terras polacas.

A imagem do dia (III)

"As 24 Horas de Le Mans são uma prova de Endurance do qual os Toyota nunca poderão vencer". É uma citação minha, mas parece que é uma maldição. Vimos o que aconteceu no ano passado, onde perderam na última volta, a cinco minutos do fim, na última volta possível. Contudo, este ano, por volta da uma da manhã, hora local, dois dos três carros desistem e o terceiro carro está tão atrasado que só chegará à frente numa hecatombe.

E a cada ano que passa, cada azar que eles têm, ficamos a pensar: eles poderão estar barrados de alcançar o lugar mais alto do pódio por algum prospeto divino? Haverá algum "pacto com o Diabo", onde eles poderão até dominar o campeonato do mundo, mas eles nunca sairão vencedores em La Sarthe? Ou será outra coisa?

Não creio em bruxas, mas penso nisto: a Toyota... é verdade que tem todos estes azares. Mas quando juntamos ao que se passa na Honda na Formula 1, começamos a ver o panorama geral. Será que a metodologia japonesa, o pensamento corporativo japonês, que deu imenso sucesso nos últimos 40 anos, na estrada e nas pistas, estará ultrapassada? Será que confiaram demasiado no seu sucesso que agora foram ultrapassados pelo resto do mundo? Muitos falam que a politica corporativista das marcas "congelou no tempo" que contaminou os departamentos de competição. É verdade que o departamento de competição da Toyota está em Colónia, e as coisas até estão a correr relativamente bem no WRC. Mas... vocês lembram como foi a Toyota na Formula 1, na década passada? Pois...

Vamos a ver o que o futuro reserva. Ninguém é um eterno perdedor. Todos terão o seu dia no lugar mais alto do pódio. Mas a cada ano que passa, parece que esse dia vai ser dos mais festejados da história do automobilismo, onde muitas lágrimas jorrarão.