sábado, 3 de maio de 2025

Formula 1 2025 - Ronda 6, Miami (Qualificação)


Depois de duas semanas de ausência, a Formula 1 chegava a paragens americanas, a sua primeira estadia - as outras duas acontecerão mais tarde no calendário - mas a chegada da competição ao parque de estacionamento do estádio do Miami Dolphins acontecia numa altura em que o competição está ao rubro, com os McLaren a darem o seu melhor, com Max Verstappen também a dar o seu melhor com o Red Bull, ainda por cima na semana em que nasceu a sua filha. Interessantemente, ela nasceu - ou foi mostrada ao mundo - num dia 1º de maio... 

E antes das atividades começarem, duas grandes novidades: a apresentação das cores da Caddilac, aproveitando as cores clássicas americanas - branco com riscas azuis escuras - e o anuncio que a Formula 1 ficará em Miami até... 2041. Mais 15 anos! Pelos vistos, começamos a ver o calendário para... não o meio do século, mas sim para o inicio do século XXII... caso exista, claro. 

Com um tempo chuvoso na altura da Sprint Race, onde muitas coisas interessantes aconteceram. A começar pela pole-position de Kimi Antonelli e a confusão debaixo de chuva, com os McLaren a levar a melhor e Lewis Hamilton a ser bom nas  orridas de Sprint, com outro pódio, em contraste com o despiste de Charles Leclerc na volta de aquecimento... 

Mas depois dessa corrida, e da chuva passar, era a altura de algo mais interessante: a qualificação para a corrida principal. E claro, o programa tinha de continuar. Pode ter sido no final do dia, mas isso não impediu que as pessoas ficassem nas bancadas, mesmo vendo outras coisas como a F1 Academy, a corrida das garotas.

Com ameaças de chuva para essa hora, apensar da pista seca, a qualificação começou com calor e asfalto quente. As grandes dúvidas eram saber se Charles Leclerc e Fernando Alonso teriam os carros reparados depois dos acidentes na corrida Sprint, mas os mecânicos fizeram os seus esforços para conseguirem tal coisa. a tempo das luxes verdes, embora Alonso acabou por ter uma nova caixa de velocidades. 

Os pilotos andaram as primeiras voltas com pneus usados, antes de irem novamente com moles novos. O primeiro destaque foi Kimi Antonelli, ainda no hype do dia anterior, mas Max Verstappen foi o primeiro a entrar no segundo 26. Piastri aproximou-se do tempo do piloto da Red Bull enquanto Lando Norris ficou longe na sua primeira tentativa. 

A segunda parte desta Q1 acabou com Max a manter a posição na grelha, com 1.26,870, seguido do McLaren de Piastri, antes de Lando Norris melhorar com 1.26,955 e George Russell em quarto, com Hamilton a andar no limite, antes do oitavo posto e de ter ficado safo do pior, tal como Yuki Tsunoda, que conseguiu aqui o nono melhor tempo. Assim sendo, na parte da "fava" calhou o Sauber de Nico Hulkenberg, os Aston Martin de Fernando Alonso e Lance Stroll, o carro de Pierre Gasly e o Haas de Oliver Bearman.

Poucos minutos depois, passou-se para a Q2. A temperatura continuava alta, mas isso não impediu que os pilotos fossem logo para a pista, com Max Verstappen a fazer a primeira volta lançada, começando a sua participação nesta sessão no segundo 26, seguido dos Williams de Alex Albon e Carlos Sainz. Oscar Piastri, Lando Norris e Kimi Antonelli suplantaram os tempos de Max Verstappen e as referências iam se aproximando do segundo 25, com o australiano a conseguir 1.26,269, na frente do seu companheiro de equipa. 

Na parte final, com Piastri nas boxes, descansado da vida - e a poupar um jogo de pneus - Norris foi para a pista para marcar um tempo melhor. Na parte final, Russell foi o primeiro a marcar um tempo, que acabou por ficar 306 centésimos de Piastri, e ninguém melhorou o seu tempo suficiente para o tirar dali. Em contraste, Lewis Hamilton conseguiu apenas o 12º tempo, ficando de fora da Q3, na companhia dos Racing Bulls de Isack Hadjar e Liam Lawson, do Sauber de Gabriel Bortoleto e do Alpine de Jack Doohan.

E claro, estamos na Q3, a fase final da qualificação.

Esta começou com os pilotos a irem para a pista pouco depois do seu começo, para marcar os seus tempos. Os primeiros a marcarem em tempo foram Esteban Ocon, e depois, Yuki Tsunoda. A cerca de oito minutos do final, Max marcou 1.26,492 e foi para o topo da tabela, na frente de Piastri, que conseguiu um tempo 16 centésimos inferior, e depois Norris, que consegue... 1.26,495. Mais três milésimos!

Os Williams ficaram atrás deles, em quarto e quinto, antes da Mercedes marcar tempos, com Antonelli a conseguir 1.26,735. Russell fez 1.27,173.


Na parte final, a situação foi a seguinte: Max foi mais agressivo e consegue 1.26,204, Piastri não melhorou e Norris consegue um tempo 65 centésimos mais lento, ficando com o segundo posto, batendo Piastri. Antonelli consegue o terceiro melhor tempo, batendo o australiano e os Williams, com Alex Albon na frente de Carlos Sainz Jr. Russell depois melhorou, conseguindo o quinto melhor tempo. 

Pequeno detalhe: de primeiro para Charles Leclerc, o oitavo, a diferença foi de 550 centésimos. 

E foi assim a primeira qualificação em terras americanas. Resta saber como será amanhã, na tropicália floridiana: se a chuva será algo a ter em conta ou... nem por isso.  

Formula E: Felix da Costa lamenta o resultado


Não foi a corrida que António Félix da Costa queria para começar a jornada dupla no Mónaco. Uma má qualificação o colocou na 15ª posição da grelha, ficando fora da fase seguinte, ficou pior quando teve de abandonar, após colisão na curva de Ste. Devote com o Mahindra de Edoardo Mortara no final da volta oito, quando o piloto de Cascais tentava a ultrapassagem ao suíço.

Falando no final da corrida para a Autosport portuguesa, o piloto de Cascais fez um resumo sobre o que se passou neste sábado.  

O resultado da qualificação, muitas vezes, compromete a corrida, sobretudo nos circuitos citadinos. Arrancando de trás e encontrando-nos no meio do pelotão, por norma, parece que estamos numa espécie de III Guerra Mundial, com contactos e toques. Senti que tinha condições para arriscar naquela curva, que é complicada, mas o Mortara não me deixou espaço e acabei no muro”, lamentou o piloto a Porsche, que por causa deste resultado, baixou de segundo para terceiro na classificação do Mundial.

Quanto para amanhã, a ambição é para corrigir os erros de hoje, quer na qualificação, quer na corrida, para poder sair do principado nos primeiros lugares da classificação e ajudar a equipa no campeonato de Construtores, onde é o atual líder da classificação.

A ambição é essa e carro e equipa, temos! Hoje, nunca consegui sentir-me confortável, mas acredito que vamos ser capazes de corrigir os nossos problemas de equilíbrio e, assim, recuperar as três ou quatro décimas que estivemos abaixo do ritmo dos mais rápidos. E, no Mónaco, este tipo de diferenças paga-se”, concluiu.

A segunda corrida da Formula E nas ruas do Principado acontece neste domingo.

CPR 2025 - Rali Terras D'Aboboreira (Final)


O britânico Kris Meeke ganhou o duelo com Dani Sordo no rali Terras D'Aboboreira, que aconteceu este sábado. No final das dez especiais que aconteceram nas classificativas à volta de Amarante, Marco de Canaveses e Baião, o piloto da Toyota foi o melhor que o espanhol da Hyundai por 27,3 segundos. E ambos deram uma grande distância à concorrência, nomeadamente o terceiro classificado, Armindo Araújo, no seu Skoda Fabia RS Rally2, a 1.59,5. Ele ficou na frente do finlandês Roope Korhonen, quarto a 2.13,5.

Três vitórias consecutivas com a Toyota é algo de especial e três vezes aqui em Aboboreira é realmente muito bom. Adoro este sítio, adoro o rali e, sim, que trabalho.", começou por falar o piloto britânico, no final do rali.

"Mas um grande obrigado à minha equipa. Ao Grupo Caetano por apoiarem o programa da Hyundai e o programa da Toyota, porque com o Dani aqui agora, a luta é incrível… Eu e o Dani lutamos nos troços há 20 anos e o facto de ainda estarmos a lutar agora é algo muito especial para nós. Por isso, um grande obrigado a todos os envolvidos, Sports & You e a todos vocês e, sim, estou feliz por estar aqui e por conquistar o primeiro lugar”, concluiu.


Foi uma bela e emocionante batalha, num rali com alguns momentos difíceis, devido às condições climatéricas.", começou por falar Dani Sordo, quando comentou sobre o rali que efetuou. "Foi pena o furo na 'power stage', quando estava na posse do melhor tempo e poderia vencer, mas são imprevistos que fazem parte dos ralis. O resultado final é positivo e agora vamos centrar-nos no Rali de Portugal. Como se viu pelo andamento, estamos próximos da nossa primeira vitória no campeonato com o Hyundai i20 N Rally2…”, concluiu.

Depois das três primeiras especiais do dia, na sexta-feira, onde Meeke tentou controlar os avanços de Sordo e da concorrência dos WRC2, o dia de sábado ficou marcado pelo duelo entre os pilotos da Toyota e da Hyundai, com o inglês a levar a melhor, mas sempre por muito pouco. E enquanto isso acontecia, sob tempo difícil, de chuva constante. 

Com sete especiais neste sábado, passagens duplas por Marco, Marão e Amarante, mais uma passagem individual por Marão, o dia começou com Meeke a ganhar na primeira especial, ganhando 4,4 segundos sobre Sordo, 6,2 sobe Marco Bulacia e 6,5 sobre Martins Sesks. Sordo respondeu em Baião, ganhando a especial, mas recuperou... 0,6 segundos sobre Meeke, com Armindo Araújo a ser terceiro, a... 16,6, empatado com Roope Korhonen. 

Aqui, Martins Sesks teve problemas técnicos no seu Ford e acabou ali o seu rali, enquanto Diego Ruiloba batera e ficara por ali, e causou a interrupção da especial. Gonçalo Henriques, muito rápido, também acabava ali o seu rali, depois de um despiste ter dado cabo do seu carro. No final da manhã, Meeke ganhou na primeira passagem por Marão, conseguindo 1,4 segundos sobre Sordo e 15,5 sobre Pedro Almeida. 

A tarde começava com a segunda passagem por Amarante, onde Meeke apenas ganhava meio segundos sobre Sordo, com Jan Solans a ser o terceiro, a 4,1 e Roope Korhonen quarto, a 6,6. Meeke voltou a triunfar, 2,5 sobre Sordo e 19,4 sobre Pedro Almeida e 23,3 sobre Korhonen. Sordo acabou por ganhar na segunda passagem por Marão, ganhando 2,7 segundos sobre Meeke, com Bulacia a parar de vez na especial.

Com 9,2 segundos separados entre os dois primeiros para a Power Stage, a coisa acabou com... Armindo Araújo a ganhar, com o piloto da Skoda a ser melhor que Kris Meeke em 3,6 segundos. Sordo foi quinto na especial, a 22 segundos, tudo por causa de um furo. 


No final, Meeke comentou:

Foi um fim de semana incrível, mas no último troço, que história, que troço louco! A chuva torrencial que caiu antes do troço, que estava cheio de lama. Arrancámos. Estava tudo a correr bem, mas cerca de cinco quilómetros depois, fiz um pião. Fiquei virado ao contrário numa estrada muito estreita, era impossível fazer inversão de marcha, tive de fazer marcha-atrás 150 metros às cegas até um cruzamento. Eu sabia que havia ali. Virámos e seguimos.", começou por afirmar.

"Eu sabia que estava a perder, sabia que tinha perdido uma mão cheia de segundos. E a diferença era apenas de nove segundos à entrada para o troço e não sabia o que fazer nessa altura. Atacar ou não? Estava tão escorregadio, tão difícil. Mantive um bom ritmo, mas infelizmente para o Dani (Sordo) ele furou a meio do troço, por isso, que forma de terminar um rali, mas sim, os troços aqui são lindos, mas têm de fazer alguma coisa em relação ao tempo…”, concluiu.

Depois dos quatro primeiros, Ruben Rodrigues foi o quinto, a 3.20,2, no seu Toyota Yaris Rally2, na frente do outro Toyota de Ricardo Teodósio, a 3.26,1. Sétimo ficou José Pedro Fontes, a 3.37,6, no seu Citroen C3 Rally2, longe de Ernesto Cunha, oitavo a 5.20,6 no seu Skoda Fabia Rally Evo2. E a fechar o "top ten", dois Ford Fiesta Rally3, o do irlandês Eammon Kelly, a 6.10,0 e do turco Kerem Kazaz, a 7.31,3. 

Agora, prepara-se para o rali de Portugal, que acontecerá entre os dias 15 e 18 de maio. 

Formula E: Rowland foi o melhor na primeira corrida de Monte Carlo


O britânico Oliver Rowland, a bordo do seu Nissan, foi o melhor na primeira corrida da Formula E nas ruas do Mónaco, batendo o neerlandês Nyck de Vries, no seu Mahindra, e o Andretti de Jake Dennis. Pascal Wehrlein foi o sexto, e a António Félix da Costa, seu companheiro de equipa... nada correu bem. Uma má qualificação o deixou na 15ª posição na grelha, e a recuperação na corrida acabou na sétima volta, com uma colisão em Ste. Devote, terminando por ali.

Com mais uma corrida onde aconteceria o Pit Boost, ou seja, um reabastecimento das boxes, os pilotos tinham 29 voltas para encarar pela frente nas ruas do Principado. Atentos também tinham de estar no inicio desta corrida às nuvens, porque a ameaça de chuva era real e depois acontecer durante a corrida. Na pole, o McLaren de Taylor Barnard, com Oliver Rowland a seu lado. Na segunda fila, estava Dan Ticktum, no seu Cupra, e Nyck de Vries, no Mahindra.   

Na largada, Barnard manteve a posição e defendeu-se de Oliver Rowland e de Nyck de Vries, que ganhou o lugar a Ticktum. Félix da Costa conseguiu ganhar uma posição e subiu ao 14º. Na volta seguinte, a luta entre Jake Dennis e Pascal Wehrlein aquecia, mas o homem da Porsche mantinha o quinto posto. Nas voltas seguintes, o português da Porsche começava a se aproximar dos lugares pontuáveis, enquanto também começavam as idas ao Attack Mode (AM), que estava instalado na Curva do Casino. 


Na nona volta, porém, uma confusão em Ste Devote. Felix da Costa tentava passar Edoardo Mortara com uma manobra ambiciosa e acabou no guard-rail, causando um Full Course Yellow. Primeira desistência da corrida.

No recomeço, Dennis passou por Nyck de Vries que foi apanhado distraído e ainda atrapalhou Wehrlein, mas na frente, tudo se mantinha igual, com Barnard a manter a liderança. Rowland tentou atacar Barnard, que teve de cortar caminho para se manter em pista, sem toques. Barnard abriu a porta a Rowland, depois de ter falhado outra chicane. Dennis também atacava Barnard com veemência numa luta escaldante. A ordem era Rowland, Barnard, Dennis, de Vries e Wehrlein.  

Na volta 14, outro Full Course Yellow quando o Jaguar de Mitch Evans a ficar parado em pista por causa de um problema técnico temporário. Este foi resolvido quando reiniciou a máquina. Nico Muller aproveitou a ocasião para ir ao Pit Boost com o seu Andretti, e com isso, ganhou muito tempo. Duas voltas depois, Barnard e Dennis entraram para o Pit Boost. Quando acabou essa parte, Nico Muller liderava, seguido de Nick Cassidy, Rowland, De Vries e Dennis, com Barnard e Mortara logo a seguir. É o que dá ser o primeiro a ir às boxes... 

Na volta 23, Muller foi ao AM e manteve-se na frente e de Vries, ajudado pelo AM, passou Rowland e iniciou o ataque a Muller. Mais atrás, a luta entre Wehrlein e Barnard atirou o jovem britânico da McLaren contra os muros, sem danos de maior, mas com a corrida estragada para ele. Com isso, De Vries passou para a frente da corrida e Dennis ultrapassava o seu colega de equipa, subindo ao segundo lugar. Pouco depois, Rowland regressou à liderança graças a um AM bem planeado e Dennis foi penalizado em cinco segundos por exceder a velocidade máxima sob Safety Car.

A seguir, surgiu a bandeira de xadrez, com Rowland, De Wries e Dennis. Mortara foi quarto, na frente de Wehrlein e Ticktum, Frijns, Stoffel Vandoorne (Maserati MSG) e Max Gunther (DS Penske) fecharam os lugares pontuáveis.

Com isto, Rowland reforçou o comando do campeonato, agora com 94 pontos, contra os 60 de Pascal Wehrlein e os 54 de António Félix da Costa a Taylor Barnard. Amanhã é a segunda corrida do ePrix do Mónaco.  

sexta-feira, 2 de maio de 2025

A imagem do dia



A menina que está ao colo dos seus pais chama-se Lily, e veio ao mundo na seguinte situação:

- O seu pai é piloto de Formula 1.

- Os seus avós, maternos e paternos, foram também pilotos.

- A sua avó paterna foi piloto. 

- Nasceu a 1 de maio. 

- Parte da sua família é brasileira, a outra parte, neerlandesa. 

Quando crescer, será que irá gostar de automobilismo? E se sim, será que irá entender este mundo de loucos?

No final do dia, espero que cresça forte e saudável. E pense pela sua cabeça.

CPR 2025 - Rali Terras D'Aboboreira (Dia 1)


O britânico Kris Meeke lidera o rali Terras D'Aboboreira com uma vantagem de 3,2 segundos sobre Dani Sordo, concluídas que estão as três primeiras especiais de classificação. Ambos os pilotos não estão muito longe de Martins Sesks, no seu Ford Fiesta Rally2, que é terceiro, a 14,3. Armindo Araújo é o melhor português, sendo sétimo na geral, com 25,7 segundos de atraso perante o líder, e a menos de um segundos do Hyundai de Gonçalo Henriques, a 26,6.

Sendo um rali de preparação para o rali de Portugal, que usará aquelas classificativas dentro de três semanas, a lista de inscritos estava cheia de pilotos que participam no WRC2, entre eles o finlandês Roope Korhonen  (Toyota GR Yaris Rally2), o francês Yohan Rossel (Citroën C3 Rally2) e recente vencedor da sua categoria no Rally Islas Canárias, o espanhol Jan Solans (Toyota GR Yaris Rally2) e sobretudo, o letão Martins Sesks, que participa num WRC2, mas no rali português, correrá num Ford Fiesta Rally1.

Com três especiais nesta sexta-feira, passagens por Amarante e Marco, com uma super-especial de 2,1 quilómetros do centro da cidade de Marco de Canavezes, o dia começou com Sordo na frente, conseguindo meio segundo sobre Meeke e 1,3 sobe Sesks, com Korhonen em quarto, a cinco segundos. Armindo Araújo foi o melhor, em oitavo, a 11,9, na frente de Gonçalo Henriques, a 12,1. 

Meeke reagiu, triunfando nas duas especiais seguintes. Na primeira especial, ganhou 2,8 segundos sobre Dani Sordo e sete segundos sobre o boliviano Marco Bulacia (Toyota GR Yaris Rally2), com Seks a ser quarto, a 7,5 e Armindo a perder 9,5 segundos, sendo o sexto melhor. No final do dia, com a super-especial citadina, Meeke voltou a ganhar, com uma vantagem de 1,3 sobre Rossel e 1,4 sobre Sordo. Gonçalo Henriques foi o quarto melhor, a 2,3. 

Depois dos três primeiros, Korhonen é o quarto, a 18,5, na frente de Yohan Rossel, a 19,9. Sexto é Marco Bulacia, a 22,7, na frente de Armindo Araújo e Gonçalo Henriques, enquanto Jan Solans é nono, a 29,9. A fechar o "top ten" está o Skoda Fabia RS Rally2 de Pedro Meireles, a 32,0.

O rali Terras D'Aboboreira continua este sábado, com as restantes sete especiais. 

Youtube Formula 1 Vídeo: Hamilton ainda tem estofo de campeão?

No fim de semana, a Formula 1 caminha para a sua sexta corrida no campeonato, em Miami, e já existe algumas coisas interessantes do campeonato, como a consistência da Mercedes e a queda da Red Bull, apesar das tentativas de Max Verstappen para a manter à tona - e eles já mudaram de companheiro de equipa.

Mas na Ferrari, as coisas poderão andar entre as muitas expectativas e as desilusões em terlos de resultados. Ainda não ganharam, só tem um pódio, com Charles Leclerc, na Arábia Saudita, e Lewis Hamilton anda a maior parte das vezes ates do piloto monegasco. Adaptação ou algo mais? Há quem comece a associar isso à idade - afinal de contas, tem 40 anos - mas há quem diga que com o tempo, a Ferrari terá um bom carro e ele se mostrará ao mundo aquilo que lhe deu mais de uma centena de vitórias e sete títulos mundiais. 

Assim sendo, é sobre Hamilton que se trata do mais recente vídeo do Josh Revell.  

CPR: Armindo tem ambições


A poucas horas do inicio do Rali Terras D’Aboboreira, terceira prova do calendário do Campeonato de Portugal de Ralis, Armindo Araújo e o seu navegador, Luís Ramalho, esperam sair dali nos lugares do pódio e continuar sendo como a melhor dupla nacional. Com vários pilotos internacionais inscritos nesta prova, organizada pelo Clube Automóvel de Amarante, a dupla do Skoda Fabia RS, de Santo Tirso, parte essencialmente focada em lutar pela melhor classificação possível para o CPR, eles que são os terceiros da geral.

Vamos procurar entrar bem no rali e tentar lutar pelas primeiras posições da geral sem comprometer o grande objetivo que é a conquista do maior número de pontos possíveis para o campeonato. Será certamente um rali extremamente disputado, com muitos candidatos aos primeiros lugares e, por isso, difícil de fazer previsões quanto ao desfecho final. Estamos motivados para lutar pelas posições cimeiras numa prova onde habitualmente conseguimos bons resultados”, afirmou.

Com dez especiais de classificação, e servindo como "ensaio geral" para o rali de Portugal, que acontecerá dentro de três semanas, entre os dias 15 e 18 de maio, o rali Terras D'Aboboreira é um ralis cheio de pilotos da classe WRC2, entre eles, o letão Martins Sesks e o francês Yohan Rossel, ambos vindo aqui a aprender o melhor que puderem das especiais de classificação que serão usados. 

CPR: Meeke teme os concorrentes do Mundial


Kris Meeke teme que os pilotos do WRC2 venham interferir na sua luta pela vitória. A poucas horas do Rali Terras D'Aboboreira, terceira prova do CPR, Campeonato de Portugal de Ralis, o piloto da Toyota Portugal quer continuar a ganhar, rumo a um segundo título consecutivo, logo no ano de estreia do projeto Toyota Caetano Portugal. Meeke e o seu navegador, Stuart Loudon, querem manter o ímpeto, apesar da meteorologia avisar neste final de semana que poderá voltar a pregar partidas.

Mas também Meeke está atento a alguns dos pilotos do WRC2 que andam por ali, que andam a ensaiar pra o Rali de Portugal, que acontecerá dentro de duas semanas: 

Foi ótimo começar a temporada com duas vitórias e queremos continuar assim. No entanto, este rali costuma trazer alguns pilotos do WRC2 que aproveitam o evento para testar, como o Martin Sesks, que foi muito rápido em Fafe, e o Yohan Rossel, que vem de uma vitória nas Canárias. Por isso, a concorrência vai ser forte, mas o nosso foco está no Campeonato de Portugal.", começou por referir.


"Gosto de desafios e gosto muito destas classificativas no norte. O objetivo mantém-se: desfrutar da condução com o nosso carro e dar o nosso melhor. Parece que o tempo pode complicar, com previsão de chuva forte para o shakedown e para o primeiro dia de rali. Com a altitude, isso pode trazer nevoeiro, tal como no ano passado. Mas é isso que torna os ralis especiais – nunca sabemos o que vamos encontrar pela frente. Estamos motivados e com esperança de ter mais um bom fim de semana”, concluiu.

O Terras D'Aboboreira terá de especiais, divididos por Amarante, Marco e Baião. Para Meeke, em caso de vitória, será a sua terceira consecutiva em 2025,  e a 12.ª no CPR.

Formula E: Félix da Costa deseja triunfar em Monte Carlo


A Formula E chega este final de semana ao Mónaco, uma das pistas tradicionais do automobilismo. Mas o mais interessante neste final de semana é que será uma jornada dupla, algo inédito até agora. E é nesta altura que António Félix da Costa tem mostrado que há que contar com ele na luta do título. O piloto da Porsche tem sido consistente, com três pódios nas cinco primeiras corridas da temporada, o último dos quais em Miami, com um terceiro lugar.

Este fim-de-semana os pilotos irão lidar novamente com o pit-boost, que consiste na paragem obrigatória durante a corrida. Esse paragem serve para um carregamento rápido, que possibilita aos carros um aumento de dez por cento de energia (3,85 kWh) por meio de um aumento de 600 kW durante 30 segundos, durante a paragem, que apenas poderá ser efetuada quando os carros estiverem com o nível de energia entre os 40 e os 60 por cento.

Para o fim-de-semana que se avizinha no Mónaco, a palavra de ordem para o piloto de Cascais é a seguinte: "atacar com inteligência. É assim que temos feito e temos sido bem sucedidos.", começou por afirmar. 

"Sabemos que temos um bom carro, mas também sei que os nossos adversários estão muito fortes, portanto quero continuar a fazer boas qualificações, para estarmos em boa posição na corrida. Já venci aqui no Mónaco e não escondo que foi um dos momentos altos da minha carreira, toda a história do circuito e também o o espirito que se vive aqui tornam esta uma das corridas mais esperadas por qualquer piloto. Vamos ao ataque, mas como disse com inteligência, se tivermos em posição de ganhar, vamos com tudo, se não for possível, vamos procurar trazer o maior número de pontos para casa."

A corrida deste fim-de-semana no Mónaco utiliza o mesmo traçado da Fórmula 1, com 3337 metros de perímetro, num total de dezanove curvas, com a ativação do "Attack Mode" situado na curva 4, no Casino.

quinta-feira, 1 de maio de 2025

CPR: Rodrigues alinha com novo navegador e espera melhor resultado


A próxima etapa do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) desloca-se até à região de Amarante, contando com troços perfeitos para muitos, em termos de ensaio para o Vodafone Rali de Portugal, a próxima etapa do WRC 2025. A presença de alguns nomes sonantes, é um incentivo para todos os pilotos apoiados pela ARC Sport.

O campeão açoriano Rúben Rodrigues vai contar com novo navegador para esta prova. Rui Raimundo estará no banco do lado do Toyota GR Yaris Rally2, devido a compromissos prévios da parte do navegador anterior, Hugo Magalhães.

Gostei bastante do trabalho do Rui e penso que estamos bem entrosados. Eu e a equipa estamos mais adaptados ao carro, que melhorou muito a sua fiabilidade, depois de todos os testes efetuados. Seguramente mais confiantes e depois de um trabalho exaustivo de toda a equipa, estamos finalmente à espera de um bom resultado”, disse Rúben Rodrigues.

O rali Terras D'Aboboreira terá dez especiais de classificação, que acontecerão à volta de Amarante, Marco de Canavezes e Baião, e essas especiais farão parte do rali de Portugal, que acontecerão entre os dias 15 e 18 de maio.  

Youtube Automotive Video: O mais recente carro de James May

O "Capitão Lento", agora mais dedicado a vender o seu "gin", decidiu comprar o seu mais recente carro na sua garagem e foi dar uma volta com ele, para o conhecer melhor. E parece que esse carro, um modelo histórico de uma marca histórica... tem a sua história.

E claro, ele não tem qualquer problema em contá-la, da sua maneira professoral.

CPR: Sordo quer ganhar na Aboboreira


Com a chegada do pelotão do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) às Terras D'Aboboreira, terceira prova do calendário, Dani Sordo - desta vez acompanhado pela navegadora Patricia Saíz Ruiloba - no seu Hyundai i20 N Rally2 do Team Hyundai Portugal, alinhará neste rali empenhado em conquistar a vitória, depois dos segundos lugares alcançados em Fafe e no Algarve, as primeiras provas do campeonato.

Nas vésperas da prova, o piloto espanhol afirmou ao que vêm para as terras de Amarante, Baião e Marco de Canaveses: 

O meu foco vai estar centrado na obtenção da vitória nesta terceira prova, objetivo que não será de todo fácil, atendendo à forte concorrência no campeonato. No Algarve, e depois do contratempo que ditou o meu atraso logo no início, pude expressar o potencial do Hyundai i20 N Rally2 e ser o mais rápido em prova. Isso deixou-me muito satisfeito e confiante agora para Amarante”, adiantou.

Com dez especiais de classificação, o rali Terras D'Aboboreira serve como aquecimento para o rali de Portugal, que acontecerá entre os dias 15 e 18 de maio. 

quarta-feira, 30 de abril de 2025

A(s) image(ns) do dia






O ano a seguir à catástrofe. E no rescaldo, um raro erro de Michael Schumacher no ano do seu bicampeonato. E o tributo aos caídos.

Quando a Formula 1 regressou a Imola, a 30 de abril de 1995, as pessoas imaginavam como iria ser naquele dia. A pista, todos sabiam que depois do que aconteceu, tinha de ser modificada, desse por onde desse. Chicanes nas curvas Tamburello e Villeneuve, para abrandar a velocidade, e garantir maior segurança, foram instaladas, e a chicane Acqua Mineralle também, para ser mais rápida. Todas essas modificações custaram cerca de cinco milhões de dólares e duraram cerca de quatro meses para ficarem prontas para serem aprovadas pelas FIA. 

Quando o pelotão da Formula 1 chegou, os tributos chegaram depressa. As lembranças foram longas e espalhadas por toda a parte, especialmente nas redes perto da pista. Noventa e cinco por cento era para honrar Senna, mas gente como Mika Salo ou Heinz-Harald Frentzen, que tinham corrido no Japão, foram ao local do acidente mortal do outro piloto daquele final de semana maldito, para homenagear o amigo e concorrente na Formula 3000 japonesa. Ninguém queria esquecer, e no dia da corrida, os pilotos alinharam perto da linha de meta para honrar Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. Ainda por cima, precisamente nesse dia, passava o primeiro aniversário da morte do piloto da Simtek. 

Não foi uma corrida tranquila. Começou com alguma chuva, mas secou à medida que a corrida prosseguiu. O poleman, Michael Schumacher, desistiu na décima volta, vitima de um acidente, depois de ter regressado à pista quando trocou para secos. Gerhard Berger ficou com a liderança, mas era pressionado por Damon Hill, num duelo pela liderança que deixava os espectadores excitados. Contudo, quando o austríaco da Ferrari foi às boxes, o motor foi-se abaixo e perdeu segundos preciosos. Hill era o líder, seguido por David Coulthard e Jean Alesi

Contudo, pouco depois, quando o escocês foi às boxes para lutar pelo segundo posto com Alesi, a sua asa da frente ficou danificada, e para piorar as coisas, acelerou nas boxes, ultrapassando o limite de velocidade e acabou por ser penalizado. As penalizações tinham de ser servidas separadamente, e o escocês teve de fazer uma paragem extra, caindo para o quarto lugar.

Para Hill tudo corria bem... mas poderia ter acabado mal. No último reabastecimento, a mangueira ficou presa e perdeu segundos preciosos, mas conseguiu sair na frente de Alesi, para conseguir uma vitória que, de uma certa forma, era aquilo que eles gostariam de ter conseguido no ano anterior. 

No décimo lugar, a duas voltas do vencedor, ficou Nigel Mansell, no seu McLaren. Era a sua corrida de regresso pela McLaren. Tem 41 anos, e tinha acabado de ver pela última vez a bandeira de xadrez na sua longa carreira.   

A imagem do dia





O GP da Bélgica de 1992 ficou na memoria dos adeptos e fãs da Formula 1 por diversas razões. Especialmente duas: a corrida onde Michael Schumacher ganhou pela primeira vez, no seu Benetton, a primeira das suas 91 vitórias da sua carreira, numa corrida onde a chuva e o sol alternaram, e o asfalto estava húmido, e durante os treinos de sexta-feira, o francês Eric Comas sofreu um acidente com o seu Ligier-Renault, e foi salvo pelas ações rápidas de Ayrton Senna, que foi o primeiro a chegar, no seu McLaren-Honda, desligou o motor e deu os primeiros socorros, antes de chegar as equipas de emergência. 

Foi um GP interessante, mas hoje, teve outra ocasião para ser assinalada. Nas vésperas do 31º aniversário do seu acidente fatal, o capacete que Senna usou nesse final de semana foi leiloado na casa Sotheby's, em Londres, e rendeu... 720 mil libras, ou 846 mil euros. Um recorde neste tipo de objetos. O capacete usado nesse final de semana era o já habitual amarelo, com risca azul e verde, num capacete da marca Shoei. 

O recorde anterior era mais recente: tinha pertencido a Charles Leclerc, quando ganhou o GP do Mónaco de 2023, e que foi vendido por 308 mil euros. Ou seja, o novo recorde é mais do dobro do anterior. E o mais interessante: se o valor dado pelo capacete de Leclerc tinha a ver com o esforço para arrecadar valores para as inundações na região de Emilia-Romagna, naquela primavera, aqui é um simples leilão, sem qualquer outro objetivo por trás.   

O mais curioso é que Senna nem conseguiu um resultado por ali além. Não ganhou, nem sequer foi ao pódio, acabou na quinta posição, conseguindo apenas dois pontos, ficando na frente de Mika Hakkinen, no seu Lotus. Enfim, acho que é mais pelo simbolismo que outros eventos mais marcantes. 

O regresso da Lancia


A Lancia, como é sabido, está a fazer o seu regresso. E uma das artérias de onde isso acontecerá será pela vertente da competição, com o Ypsilon HF Rally4. O lugar onde isso irá acontecer, no fim de semana de 8 a 10 de maio, será, nada mais, nada menos, que a mítica Targa Florio, uma competição que acontece na Sicília desde 1906 e que hoje em dia é uma prova de ralis. 

O Ypsilon HF Rally4, a versão mais "alimentada" do carro, está à venda desde o final do ano passado e até agora, tem tido mais de 90 unidades vendidas em paragens locais, e a escolha da Targa Florio não é inocente: foi em 1978 que a marca ganhou a primeira Targa Florio em formato de rali, a bordo de um Stratos HF de Grupo 4. Será ali que se dará o arranque do Trofeo Lancia.

Essa competição contará com seis provas integradas no CIAR, o campeonato italiano de ralis, repartidas por cinco eventos. O troféu está dividido em três categorias: Junior (menos de 25 anos), Master (25-35 anos) e Expert (mais de 35 anos), com um prémio total de 360.000 euros. O vencedor jovem terá ainda a oportunidade de integrar a equipa oficial da Lancia no Campeonato Europeu de Ralis (ERC) de 2026, sob a liderança de Eugenio Franzetti.  

CPR: Teodósio quer fazer um bom resultado na Aboboreira


Ricardo Teodósio
e o seu navegador, José Teixeira, começaram a época a somar pontos importantes para a classificação geral do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) 2025. Agora, com a terceira ronda à vista, o Rali Terras D'Aboboreira, a dupla algarvia do Toyota GR Yaris Rally2 vai atacar as especiais de Amarante, Baião e Marco de Canavezes com ambição de alcançar novo bom resultado, demonstrando as potencialidades da viatura, num terreno onde, habitualmente, a dupla consegue bons resultados.

Começámos a temporada com dois bons resultados, o que nos dá muita confiança, mas sabemos que ainda há margem para melhorar. O foco agora é continuar essa evolução, rali após rali. Temos trabalhado intensamente com a equipa para afinar todos os detalhes, porque queremos estar cada vez mais próximos dos pilotos mais rápidos que, este ano, participam no nosso campeonato. A ambição é grande e a motivação ainda maior. Queremos manter esta linha positiva e, se possível, dar mais um passo em frente já neste próximo rali”, explicou Teodósio.

Com dez especiais de classificação, em piso de terra, divididas entre Amarante, Baião e Marco de Canavezes, servirá de preparação para o Rali de Portugal, que acontecerá dentro de três semanas. 

terça-feira, 29 de abril de 2025

Youtube Automotive Video: Slate Auto, o elétrico modular

O que não falta por aí é gente que tenta a sua sorte na industria automóvel, nomeadamente na construção de carros elétricos. Quer nos Estados Unidos, quer na China ou noutras partes do mundo, num mercado que está a crescer cada vez mais. O caso mais recente é bem interessante: a Slate foi formada em 2022  tem o apoio de, entre outros, Jeff Bezos, o fundador e dono da Amazon.

Esta semana, a marca revelou o seu modelo, o Truck, e o concento é interessante: uma carrinha modular, que tanto pode ser pickup de dois lugares ou um SUV de cinco, num conceito modular. O objetivo é manter os custos baixos oferecendo uma especificação simples: uma cabine simples de duas portas e dois lugares, disponível em apenas uma cor, cinza ardósia. Aliás, o preço é de vender a cerca de 20 mil dólares, menos disso com incentivos. 

A ideia é também de vender diretamente ao consumidor, sem concessionárias, para manter os custos baixos, ao estilo da Tesla. Até agora conseguiram um financiamento a rondar os 111 milhões de dólares, alguns deles vindos de Bezos. 

Ainda não se sabe onde é que será produzida - rumor não confirmado é que será no estado do Indiana - mas a sua sede é em Troy, no Michigan, com um estúdio de design em Long Beach, na Califórnia. Quanto à data de produção dos primeiros carros, poderá começar a acontecer no final de 2026.

Se quiserem assistir à apresentação do modelo ao mundo, podem ver este vídeo onde se explicar o carro e o conceito. 

Noticias: Toyota com pintura prateada em rali de Portugal


Mal acabou o rali das Canárias, onde os Toyotas ficaram com os quatro primeiros lugares, a marca japonesa prepara o próximo rali, em Portugal, e eles começam com... uma nova pintura: depois do preto (e do branco, no carro de Sami Pajari), eles alinharão os seus Yaris Rally1 em cinzento, numa cor que foi revelada ontem ao mundo. 

A carroçaria prateada mantém a assinatura da Toyota com detalhes em vermelho e preto, oferecendo uma nova identidade visual, mais arrojada, mantendo a continuidade com o estilo tradicional da equipa.

A nova pintura fará a sua estreia competitiva no Vodafone Rally de Portugal, entre os dias 15 a 18 de maio, onde os seus pilotos - Kalle Rovanperä, Elfyn Evans, Sébastien Ogier e Takamoto Katsuta - terão como objetivo dar continuidade ao bom impressionante início de campanha da equipa e aumentar a sua liderança no campeonato de construtores.

A Toyota venceu as quatro rondas da temporada de 2025, com o triunfo de Rovanperä na Gran Canaria a seguir às vitórias de Evans no Quénia e na Suécia e de Ogier em Monte-Carlo. A marca tem atualmente 96 vitórias no WRC e está a aproximar-se do recorde de 102 vitórias da Citroën.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

O "velho" Rovanpera voltou ou...?


Ele estava a voar. Não tinha como acompanhar o ritmo dele. Até agora, é claramente quem melhor entendeu como usar o novo pneu duro. Foi um dia digno de escrever num livro, um dia perfeito. Vinte e seis segundos de vantagem em especiais com estilo de circuito… é uma grande diferença. Parabéns para ele.” 

Isto foi o que disse Sebastien Ogier no final do primeiro dia do rali Islas Canárias, quando falou sobre a vantagem Que Kalle Rovanpera conseguiu nessa altura. Mas, mais que a vantagem final que conseguiu o final da prova - 53,5 segundos sobre Sebastien Ogier - o que mais ficou na memória foi ele ter ganho 15 das 18 especiais, triunfando até em todas as especiais de sexta-feira!

E isto aconteceu numa altura ideal para ele: começavam a haver dúvidas sobre a sua capacidade de condução. Esta vitória surgiu depois de alguns resultados menos conseguidos, entre eles a desistência no rali Safari, e um quarto posto em Monte Carlo, e isso aconteceu depois de uma temporada em que fez a competição em "part-time", fazendo algumas provas de GT's e Drift. Apesar de já ter 24 anos, e ter começado nos ralis muito cedo na vida, já tem dois campeonatos no bolso e pode não ter a motivação para continuar, como tiveram Sebastien Loeb e Sebastien Ogier, por exemplo. 

É preciso que se digam algumas coisas sobre este rali. O primeiro deles é um de asfalto, as condições estão secas e não choveu ao longo do fim de semana. O segundo é que estas condições são fantásticas para Rovanpera, que gosta de asfalto, do qual muitos comparam com as pistas de automóveis. E o terceiro, e não menos importante, foi a catástrofe que aconteceu nos lados da concorrência, nomeadamente, a Hyundai. 


Se a Toyota ficou com os quatro primeiros lugares - poderiam ter sido cinco, se Sami Pajari não tivesse sofrido um acidente na 12ª especial, que causou a sua desistência - do lado da Hyundai, foi um pesadelo, claro. Muito falaram dos pneus, que aparentemente, não conseguiram adaptar-se a aquele asfalto. Primeiro, a Hankook levou às Canárias um novo composto duro, e depois, o problema nos componentes da suspensão do I20 N Rally1 exacerbou o problema. Quando o detectaram, sabiam que seria um pesadelo ambulante e teriam sempre um "handicap" em relação aos Toyota. Isso aconteceu, mas creio que a realidade poderá ter excedido alguns dos seus piores pesadelos. 

Xavier Demaison, diretor técnico da Hyundai, referiu que os componentes coreanos exacerbaram o problema que têm.

"As caraterísticas deste novo pneu exarcebaram o problema fundamental que temos com este carro," a nível de comportamento, disse, em declarações ao site dirtfish.com. Algo que "não é novo porque já passamos por isto no passado. Não será muito difícil de resolver, [mas] precisamos de jokers de homologação para alterar algumas coisas. Não temos muitos, por isso temos de ser cuidadosos.", continuou.

Apesar de tudo, ele admite que  pode ter sido um erro não ter feito testes na ilha espanhola. "Temos testes limitados deste pneu e não fizemos um teste aqui, talvez tenha sido um erro. Substimamos a dificuldade desta prova."

Independentemente dos testes, dos tipos de superfície, ou dos estados de forma dos seus pilotos, o facto é que o WRC está numa fase onde a Toyota é a equipa melhor organizada e a que tem melhores triunfos e menores problemas, pelo menos nos seus Rally1. E mesmo na classe Rally2, onde foram os últimos a chegar à festa, digamos assim, o facto de começarem a ser melhores que a concorrência - mesmo perante a Skoda, os crónicos concorrentes nesta competição - mostram que são extraordinariamente organizados. E mesmo que digam que em 2027 (ou mesmo em 2026), a FIA decidiu descartar os Rally1 e valorizar os Rally2 ou algo equivalente, não é isso que irá acalmar o domínio dos Toyota, ou até um regressado Rovanpera.


Aliás, no meio disto tudo há uma pergunta por responder: será que veremos "este piloto" daqui a duas semanas e meia, nas estradas portuguesas, cheias de terra e pó? 

domingo, 27 de abril de 2025

A imagem do dia






Há 50 anos, feitos este domingo, o GP de Espanha foi dos mais atribulados da história do automobilismo. Em Montjuich, a corrida acabou apenas 29 voltas depois da partida, nas 75 inicialmente previstas, depois de um fim de semana cheia de ameaças, discussões de um lado e de outro, e claro, aquilo que os pilotos temiam: um acidente, onde o piloto ficou gravemente ferido e quatro espectadores acabaram por morrer. E os pilotos receberam metade dos pontos previstos, porque era aquilo que estava no regulamento. 

Mas, mais que isso, pouco se sabe quem ganhou essa corrida, e o que isso significou para ele e para o automobilismo. Tinha a ver com o primeiro triunfo em quase 14 anos de um piloto do seu país, e era a primeira e única vitória de uma carreira longa, parte dela na Formula 1, mas boa parte dela na Endurance, correndo por duas das principais marcas do automobilismo, na década seguinte. Falo de Jochen Mass.

Nascido a 30 de setembro de 1946 em Dorfen, na Baviera, ele era filho e neto de capitães na Marinha Marcante, que lhe deu uma grande paixão pelo mar, especialmente depois e trabalhar num barco durante a sua adolescência. O automobilismo apareceu por altura dos 20 anos, quando foi assistir a uma subida de montanha onde a sua namorada de então trabalhava na organização. A paixão foi instantânea - pelo automobilismo - e foi trabalhar para um concessionário da Alfa Romeo, em Manmheim, onde o dono inscrevia os seus carros nas provas de automobilismo que aconteciam ali perto. Quando descobriu que tinha talento, tinha 25 anos e começou a participar em corridas de Super Vee e na Formula 3 britânica. 

Contudo, a sua ascensão foi rápida. Dois anos depois, já corria na Formula 1, a bordo de um Surtees oficial. A sua presença acontecia ao mesmo tempo que corria para eles na Formula 2, onde acabou na segunda posição no campeonato.

Na primeira vez que andou no Nurburgring Nordschleife, em agosto de 1973, as suas prestações quase o colocaram nos pontos, pois acabou na sétima posição. Foi o suficiente para correr pela marca ao longo de 1974, mas a meio do ano, cansado das constantes discussões com John Surtees - Mass queixava-se no material, "Big John" queixava-se do piloto, isso, acumulado com os salários em atraso, decidiu sair depois do GP da Alemanha no sentido de ficar com o terceiro carro da McLaren. Correndo nas corridas americanas, acabou em sétimo na última corrida do ano, em Watkins Glen, e ficou como titular para a temporada seguinte, no lugar de Denny Hulme, que tinha pendurado o capacete. 

Ali, ao lado de Emerson Fittipaldi, consegue os seus primeiros pontos na segunda corrida do ano, em Interlagos, ao lado dos brasileiros José Carlos Pace e Emerson Fittipaldi. Era o primeiro pódio de um piloto alemão desde 1961, com Wolfgang won Trips. Pontuou na corrida seguinte, em Kyalami, quando acabou na sexta posição. 

Quando a competição chegou a Barcelona, Mass não conseguiu uma qualificação de destaque. Enquanto Emerson Fittipaldi decidia boicotar a corrida, Mass não foi muito longe, ao ser 11º na grelha. Mas depois, ao ter conseguido fintar os asares dos outros, a sua corrida foi uma combinação de estar no lugar certo, à hora certa. Primeiro, não pisando na manha de óleo causado pelo motor rebentado do carro de Jody Scheckter, que, por exemplo, causou o acidente de James Hunt, e depois, ficar no quarto lugar, atrás do Lotus de Ronnie Peterson. Na wolta 24, quando ele tentawa passar o BRM de Francois Migault, ambos se deram mal e bateram, dando o terceiro lugar, enquanto na frente, o Hill de Rolf Stommelen era assediado pelo Brabham de Carlos Pace. 

Estão a ver ele à espera da má sorte dos outros enquanto lutavam pela liderança? Pois é... quando a corrida foi parada de forma definitiva, Mass e o outro Lotus de Jacky Ickx eram os únicos que estavam na 29ª volta quando aconteceu. O alemão tornou-se no primeiro vencedor em 14 anos. Mas para o mundo voltar a ver outro alemão a ganhar, tiveram de esperar... mais 17. Mas isso é outra história.

Youtube Automotive Video: O Telo M-T1, pickup elétrico

Este domingo, dia 27 de abril, Jay Leno fez 75 anos. O comediante, apresentador de televisão e grande apreciador de automóveis, dono de uma apreciável coleção de automóveis antigos - e muita outra memorabilia - continua a andar com os seus carros nos arredores de Los Angeles, e também a apresentar alguns dos carros que andam por aí, muitos deles novos e... projetos automobilísticos.

O mais recente dele é o Telo M-T1, um pickup elétrico feito por uma firma formada em 2022 por três indivíduos, e o projeto é interessante por mostrar um jipe que não é de um tamanho monstro, tem uma autonomia de até 700 quilómetros, e aparenta ser confortável e rápido. 

Aqui está o vídeo de apresentação, e, como ele fala, não passa de um protótipo em estado avançado de projeto.  

  

WRC 2025 - Rali Islas Canárias (Final)


O finlandês Kalle Rovanpera acabou como vencedor do Rally Islas Canárias, que acabou esta tarde em Masopalomas, numa prova onde ele e a Toyota dominaram. Como acontecia desde o primeiro dia, os carros japoneses ficaram com os cinco primeiros lugares, com Rovanpera a ganhar, 53,5 segundos de avanço sobre Sebastien Ogier, e 1,17,5 sobre Elfyn Evans, todos na frente de Takamoto Katsuta, a 2.02,9. Adrien Formaux foi o melhor do resto, na quinta posição, a 2.31,0.

Pior ficaram os Ford, com Gregoire Munster de fora dos dez primeiros, e Josh McErlean a bater neste dia, ficando de fora.

Num rali onde Kalle Rovanpera acabou por ganhar 15 das 18 classificativas do rali - Ogier confessou que “estou velho demais para ir à luta”, o que diz bem do andamento que Rovanpera impôs - o dia de hoje tinha cinco especiais, passagens duplas por Aguimes - Santa Lucia, Masopalomas e a 16ª especial, passagem única por Costa Canaria. 

Rovanpera, como de costume, começou o dia a ganhar, 1,2 segundos de vantagem sobre Ogier, 2,3 sobre Evans e 3,3 sobre Neuville. Apesar da vitória, o finlandês disse que o dia iria ser duro: "Vai ser um dia difícil. Vamos tentar o nosso melhor para somar pontos.", afirmou, na final da especial. Rowanpera continuou a ganhar, na primeira passagem por Masopalomas, 2,6 segundos sobe Evans e 4,1 sobre Neuville.

Formaux triunfou na especial de Gran Canária, empatado com Sebastien Ogier e Yohan Rossell, num Rally2, e logo a seguir, na segunda passagem por  Aguimes - Santa Lúcia, a normalidade regressou com Ogier a ganhar, 0,6 sobre Evans e um segundo sobre Rovanpera.

No final, na Power Stage de Masopalomas, Rovanpera acabou por ser o melhor, dando quatro segundos a Ogier e 4,6 a Evans, num absoluto domínio, mostrando que se dá muito bem neste tipo de superfície. Formaux conseguiu ser apenas quarto, a 5,7, e a ser o melhor dos não-Toyota.

Depois dos cinco primeiros, Ott Tanak foi o sexto, a 3.11,4, na frente de Thierry Neuville, a 3.40,1, noutro Hyundai. Oitavo foi o Citroen C3 Rally2 de Yohan Rossel, a 7.10,7. Nono acabou por ser Alejandro Cachón, no seu Toyota Yaris Rally2, a 7.40,2, na frente de Nikolay Gryazin, a 7.58,4. 

No campeonato, Elfyn Evans tem 109 pontos, conta os 66 de Kalle Rovanpera, os 59 de Thierry Neuville e os 58 de Sebastien Ogier.  

Agora, é arrumar as tralhas, porque o rali de Portugal acontecerá dentro de três semanas.