sábado, 11 de abril de 2009

Formula Renault: Felix da Costa foi segundo em Zandvoort

António Felix da Costa, mais conhecido como "Formiga", começou bem a sua segunda temporada nos monolugares, ao ser segundo classificado na primeira corrida da ronda holandesa da Formula Renault NEC 2.0, disputada no circuito de Zandvoort. Depois de nos treinos ter sido o segundo classificado, sendo batido apenas pelo britânico Adam Quaife-Hobbs, o piloto português tentou superá-lo na corrida, mas apesar das tentativas, não conseguiu levar por diante os seus inetntos.

Sabia que tinha um carro bastante competitivo e assim boas hipóteses de vencer. Arranquei bem, tentei atacar de imediato a primeira posição, mas o Adrian Quaife-Hobbs estava por dentro para a primeira curva e conseguiu manter a posição." afirmou. Apesar de andar colado durante boa parte da corrida, não conseguiu aproximar-se do piloto britânico porque “senti que os pneus perderam alguma eficácia e o [Kevin] Magnussen, que rodava no terceiro lugar, conseguiu aproximar-se, permitindo que o Quaife-Hobbs assumisse uma ligeira vantagem na frente da corrida”, afirmou.

Magnussen tentou a ultrapassagem, mas não conseguiu, tendo até tocado no carro do português, fazendo um pião, algo que felizmente, não comprometeu a corida do "Formiga": “Felizmente, consegui segurar o carro e cortar a meta no segundo posto. Este Campeonato é muito longo, com muitas provas e, todos os pontos são importantes“, concluiu o jovem piloto de apenas 17 anos, em declarações captadas pelo blog 16 Valvulas.


Para a segunda corrida, que devido à Páscoa só será disputada na segunda-feira, Félix da Costa irá largar do sétimo posto, fruto da inversão da grelha, com os oito primeiros a inverterem as suas posições.

A1GP - Ronda 6, Portimão (Qualificação)

A qualificação desta tarde para as corridas de amanhã da A1GP, em Portimão, deu a Robert Doornbos e Vittantonio Liuzzi as pole-postitions das corridas Sprint e Feature, respectivamente. Quanto a Filipe Albuquerque, vai partir amanhã da quinta e sétima posição, respectivamente, e atrás dos seus maiores adversários: Adam Carrol, da Irlanda, e Neel Jani, da Suiça.


Na primeira sessão, para a Sprint Race, Liuzzi conseguiu usar o botão "push to pass" para conseguir algo inédito na curta história do A1GP: ser o primeiro piloto a conquistar a "pole-position" na sua corrida de estreia. Para além disso, e a estreia da Itália nestas lides. Ao lado de Liuzzi ficou o holandês Robert Doornbos, a 0.471 segundos do italiano. A segunda fila ficou a cargo de Mónaco (Clivio Piccione) e de Líbano (Daniel Morad), e só logo a seguir aparece Filipe Albuquerque, que ficou a 0.902 segundos de Liuzzi. O piloto de Coimbra vai ter vantagem em relação a outro adversário na luta pelo título, a Suiça, já que Neel Jani não marcou tempo e vai partir da última posição da grelha. Felipe Guimarães, do Brasil, vai partir da 14ª posição.


Na Feature Race, Doornbos vingou-se de Liuzzi e conseguiu a "pole-position", ficando à frente de Adam Carrol, da Irlanda, e de Neel Jani, da Suiça, todos adversários de Albuquerque no campeonato. O piloto português foi sétimo, depois de ter sido terceiro durante boa parte da qualificação. Felipe Guimarães cometeu a proeza de conseguir a quinta posição na grelha, igualando o resultado de Kyalami.

A1GP: É só elogios a Portimão!

Com a chegada a A1GP ao circuito português, neste fim de semana, e feitas as primeiras voltas ao circuito, os pilotos disseram de sua justiça sobre o novo Autódromo de Portimão. E adoraram!


"Parece uma montanha russa. Há muitas descidas e subidas mas gosto muito; existem muitas curvas cegas e isso torna-o difícil. É um dos melhores circuitos em que já competimos no A1GP. É como uma daquelas pistas antigas quando eram um pouco perigosas. Não do ponto de vista de que seja perigoso, mas sabem, parece-se assim porque tem muitas curvas desafiadoras", afirmou o neozelandês Earl Bamber ao site oficial da A1GP.

Outro piloto, o monegasco Clivio Piccione, confessou que "adoro a pista. Estava à espera disto pelo que vi no simulador e é verdade. Tem algumas curvas rápidas interessantes. Quando se sai da curva 8 e descemos, é como uma viagem, e sentimos que vamos levantar voo. É fantástico e fizeram um trabalho impressionante ao fazer a pista", acrescentou.

O bicampeão do mundo e duplo vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, Emerson Fittipaldi, resumiu o seu agrado pela pista algarvia numa só frase: "É um dos novos destinos do automobilismo internacional". Isto só demonstra que a cada evento que passa, os pilotos rendem-se cada vez mais aos encantos da pista, e a cada dia que passa, mais se aproxima do sonho de vltar a ter Formula 1 em Portugal...

O desabafo de Nelson Piquet Jr.

Nelson Piquet Jr. decidiu desabafar à imprensa, e não foi meigo. Falando esta semana à revista F1 Racing, o piloto brasileiro queixou-se pelo facto de a equipa só ter olhos para Fernando Alonso, deixando os restos para o filho de Nelson Piquet:


"Tenho um companheiro de equipa muito forte e a equipa só tem olhos para ele. Gostava que a equipa olhasse um pouco para mim também. O Fernando quis testar mais tempo e a equipa concordava pois são de opinião que ele pode evoluir o carro mais depressa. Para além disso, não tenho tido muita sorte, como por exemplo em Singapura o ano passado, quando a equipa chamou o Fernando no momento certo. Toda a merda se passa comigo e ele tem sorte. Como nos testes este ano.", referiu.


Piquet compara-se mesmo ao irlandês Eddie Irvine, que antigo companheiro de equipa de Michael Schumacher na Ferrari no final dos anos 90, e que foi sempre preterido a favor do piloto alemão, já que a sua equipa se concentrava somente nele, tal como acontece agora na Renault. Mas há um problema no meio disto tudo, como a maior parte dos meus amigos brasileiros referem: Piquet sempre teve material do bom e do melhor (cortesia do seu pai) e somente teve um título, que foi a da Formula 3 inglesa, em 2004. Um título prestigiado (Piquet Sr. e Senna já o ganharam, bem como Alvaro Parente), mas que já teve o seu tempo...


Por outro lado, como já repararam, Piquet decidiu fazer-se de "Barrichello II", ou seja queixa-se da sua sorte madrasta de ser segundo piloto de alguém. Alguém pode dizer a ele que o Rubinho faz isso há anos e não deu em nada? Em suma, pode ter toda a razão em desabafar, mas que é um momento infeliz, é. E se calhar, os seus dias na Renault podem estar contados...

GP Memória - Brasil 1999

Um mês depois da Austrália, a Formula 1 voltava à competição no Autódromo de Interlagos, no Brasil. A McLaren tinha demonstrado na Austrália que não só estava em forma, como era falível. E para isso, tinha que demonstrar toda essa superioridade, para não deixar ninguém em dúvida. E foi para isso que partiram para paragens sul-americanas, desta vez sem um prolongamento até à Argentina.


Não havia grandes alterações no pelotão, excepto na Minardi. Luca Badoer tinha-se lesionado numa mão em testes e não tinha recuperado a tempo, sendo substituído pelo piloto de testes da Prost, o francês Stephane Sarrazin. O francês iria ter aquela que viria a ser a sua única experiência na Formula 1.


Nos treinos de sexta-feira, um acidente marca o dia: o BAR de Ricardo Zonta bate forte, danificando bastante o chassis, e causando ferimentos no pé direito. Operado nesse dia, estava de fora do Grande Prémio. No dia seguinte, nos treinos de qualificação, a McLaren monopolizou a primeira linha, com Mika Hakkinen à frente de David Coulthard. Na segunda fila, Rubens Barrichello levava a Stewart ao terceiro posto e a multidão ao delírio, batendo o Ferrari de Michael Schumacher. Giancarlo Fisichella era quinto, no seu Benetton, e tinha a seu lado o vencedor de Melbourne, Eddie Irvine. A quarta fila era toda da Jordan, com Damon Hill a bater Heinz-Harald Frentzen, e a fechar o “top ten” ficava o segundo Benetton, de Alexander Wurz, e o segundo Stewart de Johnny Herbert.


Alex Zanardi continuava a desiludir, ao ser 16º na grelha, enquanto que Stephane Sarrazin ficava logo a seguir, na 17ª posição. O último era Jacques Villeneuve, que não tivera tempo para marcar um “crono” na grelha, demonstrando mais problemas no carro.


No dia da corrida, 11 de Abril de 1999, sob um céu limpo e muito calor, preparava-se para o começo do Grande Prémio do Brasil. Na partida, Coulthard deixa morrer o motor, que é aproveitado por Mika Hakkinen para disparar na liderança, seguido por Barrichello e Schumacher. As coisas são assim nas três primeiras voltas, quando no inicio da quarta volta, a caixa de velocidades falha quando tenta engrenar a quinta velocidade, e o finlandês não tem outro remédio senão deixar passar o brasileiro da Stewart e o alemão da Ferrari. A torcida delira, pois pela primeira vez em cinco anos, viam um brasileiro a liderar o Grande Prémio.


Nas 22 voltas seguintes, Rubens Barrichello aguenta Michael Schumacher, e coloca o carro de Jackie Stewart no topo da corrida, algo inédito na Formula 1. Mais atrás, outros incidentes de corrida acontecem: na volta 12, Damon Hill batem na Curva 1, e o inglês da Jordan abandona, e o Prost de Olivier Panis sofre uma paragem de 10 segundos por stop & go. Enquanto isso, o veterano Jean Alesi, no seu Sauber, depois de um mau arranque, faz uma recuperação sensacional e é quinto à entrada da volta 21.


Na volta 27, Barrichello entra nas boxes e sai na quarta posição, com o comando a cair nas mãos de Schumacher. O brasileiro tenta voltar aos lugares do pódio, ganhando segundos a Eddie Irvine. E na volta 32, o Minardi de Stephane Sarrazin perde o controlo na entrada da recta da meta, rodando sobre si mais de dez vezes…


Pouco depois, Barrichello volta à terceira posição, em troca com Irvine, e na volta 38, é a vez de Schumacher parar para o seu único reabastecimento, cedendo o comando a Hakkinen. Barrichello aproxima-se dos dois, mas na volta 42, o motor Ford cede, para desilusão dos espectadores presentes. Até ao final, da corrida não houve nada de relevante, e Hakkinen ganha a sua primeira prova do ano, seguindo por Schumacher e pelo Jordan de Heinz-Harald Frentzen. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Williams de Ralf Schumacher, o Ferrari de Eddie Irvine e o Prost de Olivier Panis.


Fontes:

Santos, Francisco – Formula 1 99/00 – 50 Anos de Formula 1, Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1999.


http://en.wikipedia.org/wiki/1999_Brazilian_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr632.html

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A1GP - Ronda 6, Portimão (Treinos)

Começou o fim de semana competitivo no Autódromo de Portimão. O primeiro dia de treinos da A1GP no traçado português começou com a Nova Zelândia e a Holanda a dominarem os treinos livres de hoje, quer nos "rookies", quer nos treinos a sério. Na primeira sessão, o neozelandês Chris Van der Drift liderou a tabela de tempos, batendo por mais de meio segundo o carro francês, conduzido por Nicolas Prost. Armando Parente foi apenas o oitavo classificado, a mais de cinco segundos do neozelandês.

Na segunda sessão dos "rookies", Parente foi ainda pior, tendo ficado com o 15º tempo, devido a problemas com a bomba de água do carro. Nessa sessão, o melhor foi Nicolas Prost, que bateu Van der Drift por pouco mais de três décimos de segundo.


Nos treinos livres desta tarde, destinados aos titulares, foi a vez da Holanda a liderar a tabela de tempos, com Robert Doornbos, piloto da IRL, a fazer o melhor tempo, batendo o segundos classificado, o jovem Earl Bamber, por 0.068 segundos (1.31,962 do holandês contra 1.32,030 do neozelandês). Clivio Piccione, do Mónaco, foi o terceiro, a 0.280 segundos, e Vittantonio Liuzzi, que se estreia este ano pela Itália, foi o quarto, à frente de Filipe Albuquerque, que ficou a 0.608 segundos de Doornbos, mas que ficou imediatamente á frente de Neel Jani, o actual lider do campeonato.

Adam Carrol, o outro candidato ao título, esteve modesto e fez apenas o 12º tempo, a 1.770 segundos do melhor tempo, enquanto que Felipe Guimarães, o piloto brasileiro, e o inglês Dan Clarke, piloto da IRL que está aos comandos do carro britânico este fim de semana, não marcaram tempos, devido a problemas: o carro brasileiro esteve a ser reparado devido a um acidente durante o rookie test causado por Bia Figueiredo (a Ana Beatriz na Indy Light)

O fim de semana competitivo de António Felix da Costa

No mesmo fim de semana que o Autódromo de Portimão conhece a sua primeira prova internacional do ano, com a ronda portuguesa da A1GP, um dos pilotos que rodou no carro português, António Felix da Costa, mais conhecido por "Formiga" prepara-se no circuito holandês de Zandvoort para começar a sua segunda temporada em monolugares, na Formula Renault 2.0. E se no ano passado, corria no campeonato NEC (North European Competition) , onde foi vice-campeão, este ano, vai competir a tempo inteiro nesse campeonato e no campeonato europeu, muito mais competitivo, tentando repetir o feito do seu compatriota Filipe Albuquerque em 2006.

Para já, tem um ponto a favor: manteve-se na motorpark Academy, a equipa mais competitiva do pelotão, e que albergou o campeão do ano passado, o finlandês Valtteri Bottas. Depois de um umtimo mês de intenso trabalho nos testes de pré-temporada, tendo rodado sempre entre os melhores, o piloto de Cascais está ansioso pelo início da temporada: "Foi um mês de muito trabalho, mas bastante produtivo. Estive sempre entre os mais rápidos e, no derradeiro teste em Hockenheim, consegui a melhor marca da sessão, pelo que estou bastante optimista para esta temporada. Espero lutar pela vitória, no entanto e tratando-se de um campeonato tão longo, é importante somar pontos em todas as corridas", referiu em declarações ao seu website http://www.felixdacosta.com/

Como as corridas se disputam no fim de semana da Páscoa, as corridas serão disputadas com dois dias de internvalo cada um, pois não as haverá no Domingo. Quanto ao campeonato NEC, para além do português, outros candidatos às vitórias são os ingleses Adam Quaife-Hobbs e Nigel Mekler, mas o pelotão de 26 elementos promete ser muito competitivo, com pilotos bastante jovens e com imenso "sangue na guelra".

Quanto ao Campeonato Europeu, este só começará no próximo fim de semana, no circuito de Barcelona.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Formula 1 em Cartoons - GP Series (Malásia)

De novo, estamos na Malásia, para saudar o regresso de Ralf "Half" Schumacher, desta vez como comentador no canal de TV alemã RTL, para substituir Niki Lauda. A foto foi tirada quando falavam com o prodigio alemão Sebastian Vettel, da Red Bull. Eis o diálogo entre os dois, devidamente traduzido pelo Marcos Antônio Filho...

Como NÃO guiar um Formula 1, por Mohammed Ben Sulayem




Mohammed Ben Sulayem é um multiplo campeão de Ralis no Médio Oriente, vindo do Dubai. Não tem tanta fama como o seu conterrâneo Nasser Al Attyah (um é do Dubai, outro é do Qatar), mas é o suficiente para que neste caso em particular, guiasse o Renault R28 num evento no circuito automóvel do Dubai.


Assim sendo, Sulayem decidiu fazer uma corrida estilo "drag race" com o piloto de testes Romain Grosjean, que ia a bordo de um Ford GT40, só para agradar aos anfitriões. Lá partiram, mas poucos metros depois, o árabe faz asneira... Quem NÃO tem unhas, NÃO toca guitarra, e creio que para os próximos 20 anos, não veremos árabes a guiar Formula 1 em competição, ou vai parecer que andamos a ser injustos perante as barbeiragens dos japoneses...

Como controlar um carro de turismos, por Jason Plato




O BTCC (British Touring Car Championship) é eventualmente o melhor campeonato de Turismos da Europa, superando talvez o DTM alemão. Talvez pelo facto dos carros serem parte peças unicas (Vauxhall Astra, Ford Focus) ou carros que vem do WTCC (Chevrolet Lancetti, BMW 320i, Seat Leon), as grelhas são preenchidas e as corridas disputadíssimas, ao milésimo.


Este Domingo aconteceu a primeira prova do campeonato, uma jornada tripla (!) no circuito de Brands Hatch, e numa delas, a terceira, o piloto veterano inglês Jason Plato, num Chevrolet Lancetti ex-WTCC é presionado por Jonathan Adam, no seu BMW 320i, e à chegada da famosa (e temida) Paddock Hill Bend, Adam toca em Plato e dá nisto...


No final, os Comissários decidem penalizar Adam em quatro segundos, retirando-lhe a vitória e dando-a a Plato, pois terminou a corrida na segunda posição. Na entrevista, um Plato divertido dizia que "a minha mulher tinha entrado em greve de sexo e só levantava quando voltasse a ganhar corridas". Esperemos que desta vez tenha dose reforçada, Jason...

"É tempo de eles se irem embora"

Quem fala assim não é gago. Norman Legaut, o antigo promotor do GP do Canadá, que este ano se vui excluido do campeonato, por força das exigências de Bernie Ecclestone, afirma que o tempo de ambos à frente dos destinos da Formula 1, já terminou e que devem ser "aliviados" das suas tarefas.

Numa entrevista publicada esta quinta-feira ao jornal canadiano La Presse, Legaut afirma que o tempo da Formula 1 centralizar o seu poder numa só pessoa já chegou ao fim e que a organização deveria ser feita pelas equipas, seguindo o modelo das Ligas Americanas, como a NHL (Hóquei no Gelo), NFL (Futebol Americano) ou NBA (Basquetebol). " Eu perguntei aos construtores 'porque é que não se organizam como se fosse uma liga desportiva americana?' Quando os Montreal Canadiens jogam contra os Boston Bruins, eles não pedem autorização á International Hockey Federation para arbitrar o jogo", afirmou.

Legaut afirma que a influência da FIA custa demasiado nos orçamentos das equipas. "Voltando ao modelo da NHL, o custo para organizar a Liga ronda os 50 milhões de dólares/ano, e as receitas anuais são de 1.8 biliões de dólares, o que prefaz 3 por cento do total. Na Formula 1, a pessoa que gere o negócio custa cerca 50 por cento das receitas.", declarou, defendendo que as equipas deveriam sair da FIA e criar uma liga própria: "No mundo das Ligas profissionais americanas, há cada uma delas tem um Conselho de Governadores, um Comissário e vice-presidentes que tomam conta dos aspectos do negócio - e são os próprios managers das equipas. As equipas podiam perfeitamente sair amanhã, e criar uma 'Grand Prix World Championship', por exemplo. Se lá tiver Ferrari, BMW, Williams, se tiver Lewis Hamilton, acho que o essencial está conseguido", concluiu.

5ª Coluna - Chuvadas e Pinóquios

Sejam bem vindos à terceira coluna desta bela série, e todos concordam comigo quando digo que a temporada de 2009 está MESMO ao rubro. Tivemos neste fim-de-semana uma excelente corrida que terminou a meio devido à chuva (agradeçam a Bernie Ecclestone) e mais cenas de bastidores em que, definitivamente, a Formula 1 está mergulhada este ano. Se há umas semanas achava que as coisas se iam acalmar, esqueçam. Comecem a pensar que isto que vivemos é a antecâmara da Revolução… pois, deixem-vos lembrar, ainda temos a decisão do dia 14, no Tribunal de Apelo em Paris, acerca dos difusores da Brawn GP, Toyota e Williams, contestados por Ferrari, Renault e BMW. Mas vamos por partes, pois todos os assuntos que aconteceram na semana que passou, merecem ser discutidos.

Sepang: Meia corrida e chuva!

Depois de Melbourne, todos queriam saber como é que a Brawn GP iria reagir numa pista mais convencional como Sepang, uma criação “tilkeana” que comemora em 2009 o seu décimo aniversário. Como fama de ser chata, verificou-se que os carros com as novas regras são fantásticos, pelo menos nas ultrapassagens. Adormecer a ver as corridas, só quem tem problemas de sono!

Mas tudo que é bom, acaba depressa. A ideia de Bernie Ecclestone de marcar a corrida para as cinco da tarde locais, numa zona equatorial como a Malásia, onde chove impreterivelmente no final da tarde, sempre forte e feio, era um convite ao desastre. E tudo para agradar às audiências. É certo que na Europa Central, começou às 11 da manhã, mas aí corrias o risco de ver a corrida acabar mais cedo. E assim foi. Pela quinta vez na história da Formula 1, foram atribuídos metade dos pontos aos pilotos que chegaram nos oito primeiros lugares. E o mais surreal disto tudo foi que, enquanto pilotos e máquinas estavam parados, com a chuva a cair a cântaros e a escuridão a instalar, foi ver Kimi Raikonnen fora do carro, vestido “à civil” e comer um gelado. “Keep it cool, man!”

Agora, o mais incrível é que a aposta do Tio Bernie deu certo! As audiências matinais na Europa foram altas em sítios como a Inglaterra e a Alemanha. Mas não creio que em 2010, máquinas e pilotos queiram correr outra meia corrida na Malásia, pois não?

E para concluir, vamos aos factos: Jenson Button levou outra (meia) vitória para casa, e a Brawn GP é a líder destacada do campeonato. E Nick Heidfeld foi o melhor carro KERS, indo ao pódio na segunda posição. E o terceiro lugar de Timo Glock, no seu Toyota, sabe a pouco pelo potencial que aquele carro tem.

McLaren: Liar, liar!

Dias antes das máquinas e pilotos correrem em Sepang, o escândalo rebentou: Lewis Hamilton tinha deliberadamente enganado os comissários em relação à manobra de Jarno Trulli em Melbourne, durante a segunda entrada do Safety Car, e que, de inicio atribuíram 25 segundos de penalização ao italiano, e entregando o pódio do actual campeão do Mundo. Mas Hamilton contou uma história aos jornalistas, e outra aos comissários, e na Quarta-feira, a marosca foi descoberta. Resultado: Hamilton desclassificado, Trulli restaurado no pódio, e a FIA chama a McLaren para ser ouvida sobre a manobra. E a FIA, que nunca foi amiga da McLaren, está disposta a castigar a equipa com uma multa ou uma suspensão por algumas corridas, na pior das hipóteses. Hamilton, fortemente criticado por tudo e por todos, incluindo a famigerada imprensa inglesa, lá foi à conferência de imprensa de Sepang para humildemente pedir desculpa pelos actos, mas… que foi levado pela equipa a mentir.

Quanto à equipa de Martin Withmarsh, rapidamente arranjou um bode expiatório: Dave Ryan, um funcionário com 35 anos de casa, foi considerado como culpado e sumariamente despedido. Mas não é assim que se apagam os tiros no pé e demais asneirices da equipa: a Mercedes emitiu na terça-feira um sério aviso à McLaren: que pode rever tudo, caso a equipa não pare de mandar tiros no pé. Ainda mais quando tem um cliente seu que conta por vitórias todas as corridas em que participou…

Ferrari em Alerta… Vermelho!

O alarme soa a altos berros em Maranello. Duas corridas disputadas, zero pontos conquistados, e exibições confrangedoras de Kimi Raikonnen e Felipe Massa. Nunca desde 1992 tal coisa tinha acontecido na marca do Cavalino. Como é óbvio, o F60 não está a ter sucesso em pista, aliado às más decisões tomadas no muro das boxes. Qual seria a pobre alma que recomendaria a Kimi Raikonnen que metesse pneus de chuva (e extremos!) três ou voltas antes da chuva verdadeiramente cair? Aparentemente… Michael Schumacher. Em Sepang, muitos notaram a presença de um Schumacher muito interventivo no muro das boxes, dando sucessivas indicações a Chris Dyer e aos dois engenheiros de pista, passando por cima da autoridade de Stefano Domenicalli que já o chamam de “palhaço”, entre outros mimos. Luca de Montezemolo está obviamente preocupado com o que se passa: "Já avisei que não quero ver a equipa a ser parodiada em programas de comédia depois de cada corrida."

O clima é pesado, e exigem-se cabeças, até o próprio Domenicalli avisou de forma diplomática, após a corrida da Malásia: "Chegou a hora de certas pessoas assumirem as suas responsabilidades no seio da nossa equipa. Não vos vou dizer nomes, porque vamos tratar das coisas internamente, como sempre, mas espero que as pessoas assumam as suas responsabilidades e tomem as posturas adequadas nestas circunstâncias.", referiu. Digo “diplomática” um pouco atrás na frase, porque dentro das paredes de Maranello deve ser agora cada berraria…

Mas o próprio Kimi Raikonnen ainda acredita que nada está perdido: "Ainda não temos pontos após duas corridas e este é um momento muito difícil. Já passámos por momentos como este e sabemos como reagir e vamos fazê-lo já em Xangai". Esperemos que sim…

E agora, a Formula 1 para nas pistas por 15 dias, para depois regressar em força no autódromo de Xangai, na China, com eventualmente mais uma corrida dominante por parte da Brawn GP. Mas tudo pode ser diferente, caso as decisões do dia 14 no Tribunal de Apelo, em Paris, não sejam favoráveis à equipa de Ross Brawn. É isso que Ferrari, Renault e McLaren, os reis destronados, apostam...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Formula 1 em Cartoons - Laser Car Design (Hamilton)

Entre Austrália e Malásia, o azar de Lewis Hamilton foi tão grande que lá foi ele à bruxa, para saber, entre outras coisas, o seu futuro na Formula 1. E parece que de nada adianta esconder as coisas, pois ela descobre tudo na sua bola de cristal...


O cartoon é da autoria de Tony Costa, A.K.A Laserbombo, do seu blog Laser Car Design.

A1GP: Luis Vicente quer ganhar em Portimão

Na semana em que o A1GP visitará o Autódromo de Portimão, Luis Vicente, CEO da equipa portuguesa da A1GP, tem expectativas elevadas em relação a este fim de semana, e revela que o objectivo principal é a vitória. Em entrevista publicada esta segunda-feira no jornal "A Bola", declara as suas intenções:

"As nossas expectativas são altas para o Vodafone A1GP Algarve. Faltam seis provas para o final do campeonato e matemáticamente todos podem vencer. Mas sabemos que muito poucos tem sido constantes ao longo das provas até agora disputados. Queremos muito vencer frente ao nosso público e se possivel passar para a liderança do campeonato", afirmou.

O director desportivo, que ao serviço da equipa portuguesa já venceu este ano na prova de Chengdou, salienta a importância da ronda algarvia nas contas do campeonato: "Neste momento estamos a nove pontos da Suiça e a seis da Irlanda. Mas devido à natureza dos regulamentos da A1GP, temos de deitar fora o nosso pior fim de semana. Isto significa que neste momento, quer a nossa equipa, quer a Irlanda tem zero pontos no pior fim de semana [em Zandvoort] e a Suiça tem de retirar quatro pontos [também em Zandvoort], pelo que na realidade, os três primeiros do campeonato estão separados por seis pontos [Irlanda 70, Suiça 69, Portugal 64]", explicou o responsável.

Mas Luis Vicente tem também outro objectivo, mais ambicioso, e ainda inédito: "Também gostariamos de tentar bater o recorde mais antigo do A1GP, pois até hoje, e após 74 corridas, nenhuma nação conseguiu ganhar a Feature Race do seu país. Seria muito motivador consegui-lo. Em resumo, vencer é o objectivo, sem deixar de pensar em terminar sempre nos lugares cimeiros", concluiu. Veremos se este fim de semana o objectivo é alcançado...

GP Memória - Long Beach 1979

Um mês depois da dobradinha da Ferrari em Kyalami, a grande expectativa que existia, quando máquinas e pilotos chegaram a Long Beach, para a quarta prova do ano, o GP dos Estados Unidos Oeste, era saber se a Ferrari continuaria com o seu domínio, ou a Ligier iria reagir e retomar às vitórias como tinha acontecido nas duas primeiras corridas do ano, em paragens sul-americanas.


Não havia novidades nem na lista de inscritos, nem máquinas novas na grelha. Sendo assim, a qualificação mostrou uma batalha entre Ferrari, Ligier e Lótus. No final dessa qualificação, o melhor foi Gilles Villeneuve, que conseguiu colocar o seu Ferrari á frente de Carlos Reutmann, no seu Lótus, e do seu companheiro Jody Scheckter, no outro Ferrari. Patrick Depailler e Jacques Laffite, nos seus dois Ligier, foram quarto e quinto classificados, respectivamente, e Mário Andretti, correndo em casa, era o sexto na grelha. A fechar o “Top Ten” estavam o Tyrrell de Jean Pierre Jarier, o Wolf de James Hunt, o Arrows de Riccardo Patrese e o Williams de Alan Jones.


Um pouco atrás, os Brabham e a McLaren estavam em maus lençóis. Niki Lauda era 11º da grelha, à frente de Nelson Piquet, o 12º, e na equipa comandada por Teddy Mayer, John Watson e Patrick Tambay eram 18 e 19º na grelha, respectivamente. Entre eles, na 16ª posição, estava Emerson Fittipaldi, no recuperado Fittipaldi F5A.


Mas a fava tinha saído à Renault. No Sábado de manhã, Jean-Pierre Jabouille teve um acidente forte, quando o eixo do volante se quebrou, fazendo-o despistar e bater no muro. O francês ficou magoado no braço e não conseguiu a qualificação. O seu companheiro, René Arnoux, sofreu o mesmo tipo de acidente na manhã seguinte, e a equipa decidiu retirar-se da corrida, permitindo ao Ensign de Derek Daly, que não tinha conseguido um tempo suficientemente rápido para alinhar por mérito próprio.


No dia da corrida, mais de cem mil pessoas estavam alinhadas ao longo do circuito para assistir á corrida. Na volta de aquecimento, Reutmann teve problemas para arrancar, pois o motor tinha morrido, e os mecânicos ajudaram-no a colocar de novo em funcionamento mas segundo as regras, ele tinha que arrancar do fundo das boxes, algo que deixou Colin Chapman muito furioso…


Mas mais confusão iria acontecer a seguir. O “poleman” Gilles Villeneuve, que ia para o seu lugar na partida, agora na Shoreline Drive, falhou o seu lugar, o que deixou toda a gente confusa, pensando que a corrida tinha verdadeiramente começado! Alguns carros param, outros continuam a andar, sem saber o que fazer, e Jacques Laffite acaba por despistar-se, devido a um excesso no acelerador. Assim, todos voltam às boxes, esperando por nova partida.


Vinte minutos depois, nova volta de aquecimento, e Jacques Laffite volta à corrida no carro de reserva. Na partida, com uma vaga ao lado de Villeneuve, o canadiano vai para a frente, com Scheckter, Depailler e Andretti nas posições seguintes. No gancho, Patrick Tambay trava tarde demais, sobe para cima de Jan Lammers, no seu Shadow, e arranca a asa traseira de Niki Lauda. O austríaco e o francês ficaram logo pelo caminho, e o holandês não foi muito mais longe…


No final da primeira volta, Depailler era segundo, tentando suster os ataques de Scheckter, mas na sexta volta, quando o francês da Ligier falhou uma mudança, o sul-africano aproveitou para passar, e partir ao alcance do seu companheiro. Contudo, ele tem de travar para evitar bater na traseira do francês, e Jean-Pierre Jarier aproveita para passar à frente deles, ficando no segundo posto.


Entretanto, Villeneuve estava num dia dominador, controlando a corrida como queria e bem apetecia, sem os excessos do ano anterior, que lhe tinham custado a vitória, quando ultrapassava um atrasado Clay Regazzoni, no seu Shadow. Aproveitando as lutas lá atrás, nomeadamente a partir da volta 25, quando Jarier tinha problemas num dos rolamentos de roda,este aumentava a diferença para perto de 30 segundos. Com o tempo, Scheckter, Depailler, Jones, e Andretti livraram-se de Jarier, mas quando isso aconteceu, Villeneuve estava terrivelmente longe e a vitória estava nas mãos do canadiano, caso este não fosse afectado por nenhum problema…


E assim foi. Gilles Villeneuve alcançava a sua terceira vitória nas últimas cinco corridas do campeonato, tornando-o no piloto do momento, e mostrando que o Ferrari era uma máquina a bater no campeonato. Scheckter foi o segundo, repetindo o resultado da Africa do Sul, enquanto que o terceiro no pódio era o Williams de Alan Jones. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Lótus de Mário Andretti, o Ligier de Patrick Depailler e o Tyrrell de Jean-Pierre Jarier.


Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/1979_United_States_Grand_Prix_West
http://www.grandprix.com/gpe/rr317.html

Speeder Questiona... Alexandre Carvalho (Almanaque da Formula 1)

No regresso deste espaço de entrevistas, após um curto interregno, decidi trazer um excelente convidado. Actualmente com 36 anos de idade e jornalista de profissão, Alexandre Carvalho é o homem por detrás do blog Almanaque da Formula 1. Casado com outra jornalista, o automobilismo é o único desporto que adora, um claro contraste com o futebol, que “não acompanha nem mesmo durante Copa do Mundo”.

Começou a trabalhar no jornalismo há quase dez anos, no Rio de Janeiro, cobrindo eventos como o Formula Petrobrás, corrida com carros da antiga Formula Ford brasileira, a Formula Chevrolet e o Campeonato Carioca de Turismo. Em 2002 decide escrever sobre tecnologias de informação, primeiro como repórter, e depois como editor. A partir de 2005, data em que se muda para São Paulo, é assessor de imprensa para várias empresas de tecnologia, e actualmente, tem o mesmo trabalho, mas para a organização da Formula 3 sul-americana.


1 – Olá, é um prazer ter-te aqui, neste humilde blog, a responder às minhas perguntas. Queres explicar, em poucas linhas, como surgiu a ideia do teu blogue?

Desde quando comecei a usar a Internet, em 1996, sempre tive vontade de ter um espaço onde pudesse expressar meu conhecimento e minhas opiniões sobre a Fórmula-1. Naquela época, os fanzines já estavam saindo de moda e eram complicados para produzir. Então, a Internet veio em boa hora para mim. Já com planos de me tornar jornalista, a vontade de me expressar para o maior número possível de pessoas era natural. Daí, em 1997, pus no ar um site que chegou a fazer algum sucesso, apesar do nome óbvio e horrível: Fórmula-1 Homepage.

O site ficava hospedado no antigo GeoCities e eu fazia ao menos uma ou duas atualizações por semana. E desde aquela época sempre buscava fazer o que é minha principal característica: resgatar o passado da Fórmula-1, mostrando um conteúdo que dificilmente se via na imprensa especializada, pelo menos aqui no Brasil. A Fórmula-1 Homepage durou exatamente três anos. Em 2000, tomei conhecimento dos blogs, e em 2002 criei um genérico, onde escrevia sobre qualquer assunto. Mas só em 2006 lancei um com foco apenas na Fórmula-1, o hoje também extinto F1 Tales, que sofreu com a falta de atualização, por causa do meu trabalho, até que no ano passado resolvi acabar com isso e fazer as coisas de forma mais séria. E foi assim que o Almanaque da Fórmula-1 veio ao mundo.


2 – O nome que ele tem, foi planejado ou saiu, pura e simplesmente, da tua cabeça?

O nome foi planejado, sim, pois refere-se a um outro projeto que tenho em mente, sobre o qual não posso comentar agora. De qualquer forma, eu queria um nome forte, que ficasse guardado na mente das pessoas e me permitisse aparecer quase sempre nas primeiras páginas do Google, o que tem sido até bem fácil e me surpreendeu.


3 – Antes de começares este blog, já tinhas tido alguma participação em outros blogues ou sites?

Como expliquei antes, tive apenas um site e um outro blog sobre Fórmula-1, ambos já extintos. Fora isso, ajudei o João Paulo Cunha, do Forix, a lançar a versão brasileira do portal, na época em que ele só tinha as versões em inglês e em português lusitano. Cheguei a colaborar com alguns textos também, mas faz muito tempo. De qualquer forma, ainda pretendo fazê-lo, pois considero o Forix um dos melhores projetos que existem na web referentes ao automobilismo esportivo e é algo que me dá prazer.


4 – Em que dia é que começaste, e quantas visitas é que já teve até agora?

Foi exatamente à meia-noite do dia 1º de janeiro deste ano. Mas de forma automática, pois nessa hora certamente eu estava no terraço do prédio onde moro, vendo os fogos do Réveillon da Avenida Paulista, em São Paulo. Mesmo a loucura pela Fórmula-1 tem seus limites. :-) Quanto aos acessos, até agora tive 7800 visitas, com média de dois mil por mês, o que considero normal, uma vez que não actualizo o conteúdo todos os dias.


5 – De todos os posts que já escreveste, lembras-te de algum que te orgulhe… ou não?

Sem dúvida alguma, as entrevistas que fiz com o ex-piloto Fritz d'Orey, que surpreendentemente não teve nenhum comentário, e com o Sebastian, filho do saudoso Harald Ertl, um dos bravos pilotos que salvaram o Niki Lauda daquele terrível acidente em Nürburgring. Devo publicar mais uma com um ex-piloto francês bem conhecido pelos brasileiros que acompanharam a temporada de 1989 (não é o Alain Prost). Estou apenas aguardando as respostas que ele se comprometeu a me enviar por e-mail, o que espero que seja em breve.


6 – Em que é que tu, escrevendo sobre Formula 1, consegues ser diferente dos outros blogs?

Pelo conteúdo diferenciado, coisa que todo blog deveria buscar. No meu caso, procuro sempre apresentar histórias curiosas, de pouco conhecimento do público, como aquele episódio em que o Zé do Caixão benzeu a Simtek do Roland Ratzenberger em Interlagos, e que por uma infeliz coincidência foi o mesmo carro com o qual ele sofreu o acidente em Ímola. Destaco também as entrevistas com ex-pilotos e personalidades ligadas à Fórmula-1, que obviamente são mais difíceis de fazer, mas que depois de prontas me dão aquela sensação gostosa de dever cumprido. Minha única frustração é perceber que a maior parte das pessoas que hoje acompanham a Fórmula-1 não dá muita importância ao passado da categoria, visto que os comentários que recebo no blog são bem poucos. Posso estar enganado ao fazer esse julgamento, é claro, mas é a impressão que eu tenho.


7 – Daqueles blogues que conheces sobre automobilismo, qual(is) dele(s) é que tu nunca dispensas uma visita diária?

São vários, cada um por um bom motivo. O teu é um deles, por causa das excelentes homenagens que você faz aos ex-pilotos, sempre aproveitando alguma data marcante, mas também incluo na lista Pandini GP (Luiz Alberto Pandini), A Mil Por Hora (Rodrigo Mattar), Blog do Ico (Luis Fernando Ramos), Quatro Rodinhas (José António), Histórias da Fórmula 1 (cujo autor usa um pseunônimo intrigante: Monocromático), entre outros. Recentemente, comecei a acompanhar também o F1 Around, do Becken Lima, que merece destaque por apresentar algo que anda muito em falta na blogosfera brasileira: opinião, e não uma simples repetição do que sai no noticiário. Por meio dele também conheci o excelente blog do jornalista James Allen. E, claro, não poderia deixar de incluir o Blog do Capelli, cuja identidade eu não revelo aqui nem por decreto. :-)


8 – Falamos agora de Formula 1. Ainda te lembras da primeira corrida que assististe?

Da primeira corrida, não, mas sei que foi em 1978, quando eu tinha seis anos de idade. Lembro que nessa época falava-se tanto em Fittipaldi que eu acabava confundindo o sobrenome do Emerson com o conceito do carro. Bastava eu entrar em uma loja de brinquedos e já pedia à minha mãe para comprar um Fittipaldi para mim. A partir de 1980 é que comecei a acompanhar as corridas com regularidade. Daquela época, minha lembrança mais marcante são as Brabham do Piquet com o enorme patrocínio da Parmalat.


9 – E qual foi aquela que mais te marcou?

Foram várias, mas em uma resposta relâmpago eu posso citar o GP de Portugal de 1985, com a bela vitória do Senna; o GP do Japão de 1988, onde ele conquistou o primeiro título de campeão, os GPs do Brasil de 1991 e 1993, com vitórias do Senna; o GP da Hungria de 1997, quando torci feito louco pelo Damon Hill (mais pela Arrows do que por ele); o GP da Alemanha de 2000, com a primeira vitória do Barrichello; e, finalmente, os GPs de San Marino de 1994 e o GP do Brasil do ano passado, por motivos óbvios. Esta última corrida, inclusive, foi uma das poucas que me fizeram assistir as últimas voltas em pé, em absoluto silêncio, com o coração quase saindo pela boca e os olhos grudados na tela da TV.


10 – Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais agrada, e porquê?

Nelson Piquet, por seu talento inquestionável nas pistas, por sua extrema criatividade para acertar um carro e pela irreverência e total despreocupação com qualquer tipo de protocolo, coisa que infelizmente não vemos mais na Fórmula-1. E ele foi justamente o primeiro piloto de Fórmula-1 que entrevistei. Foi em 1999, durante uma prova da extinta Fórmula Petrobras, em Jacarepaguá.


11 – E achas que algum dia, Felipe Massa vai fazer parte deste trio de campeões?

Potencial para ser campeão ele tem, mas não acredito que seja este ano. Por mais que a torcida brasileira esteja ansiosa por isso, acho que ela vai ter de esperar mais um pouco.


12 – Comparando-o aos três pilotos acima referidos, Massa é mais parecido com quem, e porquê?

Com nenhum dos três. Cada um tem uma característica própria, que em nada se assemelha com as dos outros. Emerson era do tipo que corria com cautela, buscando resultados consistentes para depois colher os frutos no final. Piquet era do tipo que fazia o seu melhor e, quando era possível, partia para o tudo ou nada, como fez na Hungria em 86, naquela belíssima ultrapassagem sobre o Senna. Para ele, o campeonato era uma conseqüência, e não o único objetivo. Já o Senna era um obcecado pela vitória, e não media esforços para isso. E Felipe Massa não é parecido com nenhum deles, mesmo que venha a ser campeão.


13 – Achas que o título de 2008 foi bem entregue?

Com certeza. Apesar de achar que Lewis Hamilton ainda precisa provar muita coisa na Fórmula-1, ele fez por merecer o título do ano passado. E não concordo com quem tenta desvalorizar sua conquista alegando que ele correu em Interlagos sem se preocupar com a vitória. Isso é papo de perdedor que não consegue aceitar a vitória do adversário. Se a situação fosse inversa e o Felipe estivesse no lugar dele, fazendo uma corrida convencional e assim conquistando o título, a maioria estaria aplaudindo de pé, elogiando sua "cautela".


14 – Tirando os brasileiros, qual é para ti o piloto mais marcante da história da Formula 1, e por quê?

É difícil citar um nome com tantos pilotos espalhados em quase seis décadas de história. Vou citar três, ok? Niki Lauda, Ayrton Senna e Michael Schumacher, pois foram nomes que, na minha opinião, melhor representaram a idéia de ter o automobilismo correndo nas veias. Somados, são 13 títulos mundiais, o que não é pouca coisa.


15 – Para além de Formula 1, que outras modalidades de automobilismo que tu mais gostas de ver?

As categorias européias, principalmente a GP2 (incluindo a asiática) e a WTCC. E aqui na América do Sul, a Fórmula-3 Sul-Americana, categoria da qual sou assessor de imprensa no Brasil.


16 – E achas que vale a pena falar sobre ele no teu blogue?

Não. Meu foco sempre foi e sempre será a Fórmula-1. Para escrever sobre outras categorias, eu precisaria ter um dia que durasse 48 horas.


17 – E miniaturas de carrinhos, tens algum?

Tenho poucas, pois aqui no Brasil são muito caras. Fazem parte da minha coleção a McLaren MP4-8 do Ayrton Senna, a Sauber C13 do Karl Wendlinger, a Ferrari F310 do Michael Schumacher, a Jaguar R3 do Eddie Irvine e a Pacific PR01 do Bertrand Gachot. Tenho também uma Ferrari F-50 e o famoso Mach 5 do Speed Racer. Uma que há muito tempo pretendo comprar é a Simtek S941 do Roland Ratzenberger, um dos carros mais bonitos que já passaram pela Fórmula-1, na minha opinião. Meu acervo de miniaturas é bem pequeno, o que acabo compensando na coleção de livros, revistas e DVDs, como você pode ver aí na foto (e isso é apenas uma parte bem pequena dela).


18 – Passando para a actualidade: em Dezembro, a Honda anunciou de repente a sua retirada da Formula 1. Como sentiste isso?

Foi um misto de sentimentos. Primeiro, aquela sensação de choque, pois ali é que deu para perceber realmente que todo mundo estava vulnerável à crise mundial. Mas ao mesmo tempo tive uma sensação de alívio por saber que não veria mais no grid uma equipe sem nenhuma tradição na Fórmula-1, e que só fez apenas papel de figurante. A única preocupação mesmo era a incerteza em relação ao grid deste ano, por não saber se teríamos 18 ou 20 carros disputando as provas. Nem mesmo com o futuro de Rubens Barrichello eu estava preocupado.


19 – Ficaste satisfeito na altura com a solução arranjada pela Honda, de uma Brawn Grand Prix, e pela escolha de Rubens Barrichello em detrimento de Bruno Senna?

Sem dúvida, pois toda equipe nova é sempre bem-vinda. E a escolha de Barrichello em detrimento de Bruno Senna foi mais do que acertada, ao contrário do que pensam as viúvas de Ayrton Senna. Uma equipe precisa, sim, de um nome forte em termos de marketing. Só que apenas o marketing não garante resultados (Giovanna Amati é uma prova disso) e aí é que a experiência de Rubens Barrichello contou e muito para que fosse ele o escolhido. O Ross Brawn sabe muito bem o que está fazendo ali.


20 – Agora temos uma briga entre a FOTA e a FIA, sobre coisas como o sistema de pontuação e os custos controlados na Formula 1. Achas que esta briga será algo parecido com o que aconteceu em 1980, ou poderemos correr o risco de ver uma cisão na Formula 1, como aconteceu nos Estados Unidos?

Ainda é cedo para emitir uma opinião. Depois que a FIA decidiu voltar atrás quanto ao sistema de pontuação, parece que as coisas deram uma acalmada. O que acho que vai acontecer é a desunião entre as equipes. Um indício são os atritos iniciados por Flavio Briatore com Ross Brawn, o que poderá ser muito desgastante no futuro. Mas vamos ver como será ao longo do ano e, principalmente, em 2010, já que o Bernie Ecclestone, que a cada ano fica mais velho e mais bobo, afirmou que o sistema que define o campeão pelo maior número de vitórias passará a valer no ano que vem. Vamos ver.


21 - O que achaste até agora dos novos carros de 2009?

Quando vi as imagens pela primeira vez, achei bem estranhos, mas agora já estou acostumado.


22 – O que pensas sobre a polémica dos difusores? Tem razão ou foram apanhados “com as calças na mão”, como disse Nigel Mansell?

Uma bobagem. Coisa de quem não soube enxergar as brechas no regulamento e tirar proveito delas, o que sempre aconteceu em outras temporadas. Se no dia 14 de abril os difusores forem considerados legais, as outras equipes logo passarão a usá-los também para diminuir a desvantagem em relação aos rivais.


23 - Que ideia é que ficaste dos dois primeiros grandes prémios da época? Os testes de pré-época tinham te dado uma ideia ou nem por isso?

Antes dos primeiros testes da Brawn GP, minha opinião era semelhante a de outras pessoas, tendo McLaren e Ferrari como principais favoritas e alguma outra despontando com possível postulante à disputa do título: Red Bull, BMW-Sauber e Renault. Mas depois de três dias vendo a Brawn GP marcando o melhor tempo, comecei a pensar seriamente que este ano veria uma situação com a qual não estaríamos acostumados, o que, sem dúvida, é excelente para o campeonato. E quer saber? Estou adorando ver a Ferrari sem pontos na tabela de classificação de Lewis Hamilton com apenas um ponto.

Quanto às corridas, gostei do que vi até agora, embora tenha lamentado o que aconteceu na Malásia, por culpa da teimosia de Bernie Ecclestone em mudar o horário para atender os interesses do público europeu, sem dar a mínima para a opinião dos pilotos. Foram boas disputas, tanto em Melbourne como em Sepang, que estão dando um tempero muito bom à categoria. Espero que continue assim por um bom tempo.


24 - Com isto tudo, quem é o teu favorito ao título mundial?

Ainda é cedo para afirmar, mas aposto minhas fichas em Robert Kubica, Felipe Massa e Sebastian Vettel. Veremos no final do ano se acertei algum.


25 - “Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma longa espera.” Esta frase é dita pelo actor americano Steve McQueen, no filme “Le Mans”. Concordas com o seu significado? Sentes isso na tua pele, quando vês uma corrida, como espectador?

Não concordo, pois todo piloto, independentemente de ele ter talento ou não, corre porque considera o automobilismo importante para sua vida. Não é apenas para quem "o faz bem". É sua maior paixão, algo que, salvo raras exceções, carregam consigo desde a infância. Muitos não suportam viver longe do automobilismo, como o Willy Mairesse, que não agüentou e tirou a própria vida quando se viu obrigado a abandonar a carreira depois de um grave acidente nas 24 Horas de Le Mans de 1968.


26 – Já agora, tens alguma experiência automobilística, como karting? Se sim, ficaste a compreender melhor a razão pelo qual eles pegam num carro e andam às voltas num circuito?

Sim, de kart indoor. Apesar da evidente diferença de velocidade em relação a um kart de competição, a sensação é indescritível. Só mesmo experimentando para saber como é. Minha primeira vez foi em 1997, onde fui um completo desastre, chegando em último. Foi aí que me apelidaram de Huub Rothengatter do kart. Um ano depois, participei de um torneio amador e ainda assim cheguei a cometer algumas loucuras dignas de Andrea de Cesaris. Depois parei, voltando em 2003, quando passei a andar direitinho e comecei a vencer, a marcar a pole... Hoje, é algo que não pratico sempre apenas por pura preguiça.


27 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?

Sem dúvida alguma os anos 70. Mas, felizmente, tenho conseguido gravações daquela época, na íntegra, e dessa forma consigo saber todos os detalhes de corridas que ficaram para sempre na memória dos fãs. Recentemente, por exemplo, assisti ao famoso GP da Áustria de 1976, onde o John Watson venceu pela primeira vez e, por conta de uma aposta com o Roger Penske, teve de tirar a famosa barba. A partir dos anos 80, tenho quase tudo gravado, e de vez em quando assisto alguma para relembrar uma época que, infelizmente, não volta mais.


28 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?

Várias vezes. Aquilo é automobilismo puro, digno de quem leva o esporte às últimas conseqüências em busca de uma ultrapassagem. Essa é mais uma que, felizmente, faz parte da minha coleção.


29 – Jeremy Clarkson, o mítico apresentador do programa de TV britânico “Top Gear”, disse que Gilles Villeneuve foi “o melhor piloto que alguma vez sentou o rabo num carro de Formula 1”. Concordas ou nem por isso?

Não concordo. Ele sempre foi um dos meus pilotos prediletos, mas nem por isso posso classificá-lo como o melhor que já sentou em um carro de Fórmula-1. O máximo que se pode dizer de Gilles Villeneuve é que ele foi um piloto espetacular, pelo show que dava na pista, misturando talento e ousadia, o que nem sempre resultava em bons resultados. Gilles era rápido e ousado, mas ao mesmo tempo inconseqüente, e por isso mesmo é que está morto, o que lamento profundamente, pois sei que ele poderia ter ido ainda mais longe. Não fosse sua teimosia em querer provar a si próprio e a mais ninguém que era mais rápido do que Pironi naquele treino em Zolder, hoje poderia estar curtindo sua velhice tranqüilamente ao lado da Johanne.


30 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o “Gran Turismo”, o “Formula 1”, ou jogos “online”, como o BATRacer ou o “Grand Prix Legends”?

Jogava muito o antigo Grand Prix 2, mas depois parei. Tentei uma vez o Grand Prix Legends, mas achei extremamente difícil, pois sequer conseguia manter o carro em linha reta, mesmo em Monza.


31 – Eu sei que começaste há algum tempo, mas… que é que tu alcançaste, em termos de prémios, convites, referências, desde que iniciaste o teu percurso na Blogosfera?

O blog ainda é novo e por isso mesmo ainda não teve tempo de receber qualquer tipo de prêmio. De qualquer forma, não dou importância para isso, visto que muitos dos selos criados com essa finalidade não têm nenhuma relevância para quem lê os blogs. O prêmio maior, para mim, seria o reconhecimento dos leitores.


32 – E se fosses o Max Mosley, o que preferias ter na Formula 1? Uma grelha só de montadoras ou de “garagistas”?

Sem dúvida alguma, os garagistas, principalmente agora, em que a meta é reduzirem os custos drasticamente, pois são eles que se envolvem com o automobilismo por puro amor ao esporte, e não por enxergá-lo como ferramenta de marketing. Se antes a Fórmula 1 sobrevivia dessa forma, hoje é perfeitamente possível fazê-lo. Basta um pouco de boa vontade e disposição das equipes em parar com essa mania de querer sempre o máximo dos máximos da alta tecnologia.


33 – Já agora, que impressão é que ficaste do novo Autódromo de Portimão?

Do pouco que li e das imagens que vi, pude perceber que é um belíssimo autódromo. Infelizmente ainda não pude ver imagens em movimento com algum carro na pista para saber como é o desempenho lá.


34 – Vamos falar do futuro próximo: Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Se sim, qual?

Nenhum deles. O Nelsinho eu descarto completamente, pois já está claro que o casamento entre ele e a Fórmula 1 não deu certo, em parte por culpa do pai, que o acostumou mal nas outras categorias. Já Bruno Senna e Lucas di Grassi, não importa o que eles tenham feito em outras categorias. Se um dia chegarem à Fórmula 1, terão muito o que provar, passando uma borracha em tudo o que fizeram antes disso.


35 - Que impressão é que ficas do novo projecto de Ken Anderson e Peter Windsor, a USF1? Achas que deve ser levado a sério?

A idéia é bem-vinda, mas vejo com desconfiança. Justamente agora, no meio de uma crise econômica mundial, os caras aparecem do nada e dizem que têm quase tudo pronto para estrear na Fórmula-1? E a verba necessária para isso? O Peter, por exemplo, é jornalista. Mesmo um jornalista na Europa ou nos Estados Unidos não deve ganhar tanto assim a ponto de bancar uma estrutura dessas. A não ser que seja de família rica.


36 – Tens algum plano para o blogue, no futuro próximo? Novas secções, meteres-te num podcast ou videocast?

Por enquanto, quero organizar melhor meu tempo para preparar alguns textos com antecedência, sempre buscando resgatar o passado da Fórmula-1. Alguns leitores já me cobraram por mais textos sobre a temporada atual, mas isso, infelizmente, não tenho como garantir. Do contrário, eu me tornaria escravo do blog, tendo de atualizá-lo todos os dias, o que é impossível em função do meu trabalho. Pretendo também iniciar um podcast, mas para isso preciso encontrar alguém realmente muito bom e que queira não só dividir o microfone comigo, mas que fale bem e esteja em sintonia com o que acontece na categoria. Sem isso, seria apenas mais um podcast, coisa que eu não quero fazer. E o mais importante: dividir boa parte do conhecimento que adquiri em meu acervo, espalhado em livros e revistas, muitas delas bem antigas.