sábado, 29 de março de 2025

As imagens do dia





Este domingo passam 45 anos desde que aconteceu o GP de Lang Beach de 1980, quarta corrida do calendário daquela temporada. Muito se fala sobre o facto de ter sido ali que aconteceu a primeira vitória de Nelson Piquet, o último pódio de Emerson Fittipaldi e a última corrida de Clay Regazzoni. Mas o que não se fala tanto é que ali, em Long Beach, naquele fim de semana, foi onde aconteceu a única tentativa de Stephen South de se qualificar num Grande Prémio. Ainda por cima, num McLaren. 

Nascido a 19 de Fevereiro de 1952, e um campeão no karting, começou a correr na Formula Ford em 1973 e ganhou cinco corridas nessa temporada. No ano seguinte, tornou-se vice-campeão na mesma competição, antes de rumar para a Formula 3. Ficou lá até 1977, ano em que ganhou o BRDC Vandervell British F3 Championship (na altura, a Formula 3 britânica tinha dois campeonatos!) e foi segundo no BARC BP Super Visco British F3 Championship, tendo sido batido pelo irlandês Derek Daly, que no ano seguinte, foi pra a Formula 1.

Ele preferiu rumar em 1978 para a Formula 2, onde no ano a seguir, foi piloto da Project Four, para a temporada de 1979, onde foi sexto. Por essa altura, também andou na Can-Am, nos Estados Unidos. Ia tentar uma terceira temporada em 1980, a bordo dos carros da Toleman quando surgiu a chance de guiar algo melhor. 

No inicio de março, na qualificação para o GP da África do Sul, em Kyalami, Alain Prost despistou-se na qualificação e fraturou o seu pulso direito. Quando a McLaren procurou por um substituto, alguém se lembrou de South, e acabou por ser convidado para correr no lugar do francês na corrida seguinte, em paragens americanas, porque ele Prost não iria recuperar a tempo dessa corrida. 

A Formula 1 não era uma coisa totalmente virgem para South: no inicio desse ano, tinha testado na Lotus na pista de Paul Ricard, para preencher o lugar deixado aberto de Carlos Reutemann, que tinha rumado para a Williams. South andou bem, mas o assento ficou nas mãos de Elio de Angelis. Curiosamente, outros pilotos que também testaram naquela altura foram Eddie Cheever e Nigel Mansell

Contudo, quando se sentou no modelo M29, sofreu com a pouca competividade do modelo, numa altura em que a equipa estava numa espiral de decadência. A sua última vitória tinha sido em 1977 e tinha-se adaptado muito mal à era do efeito-solo. De 30 pilotos inscritos, South ficou com o pior tempo, pouco mais de seis segundos mais lento que o poleman, Nelson Piquet, e 3,3 do seu companheiro de equipa, John Watson, que conseguiu o 21º melhor tempo... e acabaria na quarta posição.

South pensou que a América poderia reabilitar a sua carreira. Pouco depois, foi correr na Can-Am, pela equipa de Paul Newman, e deu-se bem: segundo em Mosport, uma corrida dominante em Road America - onde partiu da pole - para desistir quando rodava em quinto. Contudo, tempos depois, numa corrida em Trois-Rivieres, no Canadá, um despiste, onde bateu fortemente nas barreiras de proteção, deixou-o com ferimentos sérios na perna esquerda, e tempo depois, desenvolveu gangrena e teve de ser amputado, acabando ali a sua carreira no automobilismo. 

Anos depois, em 2017, South escreveu a sua autobiografia, "Stephen South: The Way it Was", e no ano seguinte, foi a Donington para voltar a ver o seu March que guiou no campeonato de Formula 3 de 1978, quarenta anos depois de ter corrido na Formula 2.  

CPR 2025 - Rali do Algarve (Final)


Dois ralis, duas vitórias. Kris Meeke foi o vencedor do rali do Algarve, batendo Dani Sordo por 13.3 segundos, depois de ele ter recuperado o atraso que o tinha deitado fora do "top ten" depois do final do primeiro dia, por causa do Turbo. Gonçalo Henriques, no outro Hyundai i20 Rally2, ficou com o terceiro lugar e foi o melhor português, a 1.37,8, depois de ter batido por menos de um segundo o Skoda Fabia de Armindo Araújo., que ficou a 1.38,7 do vencedor. Ricardo Teodósio, que corria em casa no seu Toyota, terminou no quinto posto, a 1.45,9.

"Estou mais do que feliz por conseguir duas vitórias consecutivas. Coloca-nos numa posição muito boa. Sinceramente, gostei muito do carro este fim de semana”, começou por afirmar Meeke, na meta. 

O piloto afirmou que, apesar de liderar o campeonato, há ainda muita coisa a aprender no novo carro, mas entende que este é um processo natural:

"Ainda acho que temos mais a aprender. Só numa segunda passagem hoje, talvez a afinação pudesse ter sido diferente. A escolha dos pneus não foi correta e outras coisas, mas tudo bem. É assim, quando se tem um carro novo, temos de aprender a adaptar-nos, mas, de qualquer forma, estou muito, muito feliz pela Toyota Portugal e pela Sports & You”, concluiu.


Já Dani Sordo, apesar do grande dia de sábado que teve, recuperando os 50 segundos de atraso, afirmou que a vitória estava ao seu alcance.

Sinto que tínhamos ritmo para ganhar o rali hoje e demonstrámo-lo ao ganhar todas as etapas do dia” começou por afirmar o piloto da Team Hyundai Portugal. “Mas o Kris estava a 50 segundos e foi muito, muito difícil. Reduzimos ao máximo e terminamos a 13 segundos. Precisávamos de mais algumas especiais, mas demos tudo o que tínhamos e experimentámos coisas novas no carro. Perdemos 50 segundos por causa de um problema mecânico [na sexta], mas as corridas são assim, os problemas mecânicos são assim e não se pode fazer nada em relação a isso. Por isso estou contente com o bom dia que tivemos hoje. Conseguimos os pontos na Power Stage, o que também é importante no final do dia.”, concluiu.

Com sete especiais neste sábado, Dani Sordo estava bem atrasado na geral e tinha um objetivo: recuperar o mais possível, ganhando todas as especiais. E foi o que fez: ganhou todas elas, incluindo a Power Stage. Mas nas especiais da manhã, primeiras passagens por Silves, Messines e São Marcos, Sordo começou por recuperar 5,3 segundos a Meeke, enquanto Ricardo Teosódio era quinto, perdendo 16,6 segundos e já tinha 29,9 na geral, não longe de Pedro Almeida, a 30 segundos.

Já ali, Sordo subiu para oitavo, com 46,5 segundos de atraso para Meeke. 

Em Messines, Sordo ganhou mais 5,7 sobre o Meeke e 27,8 sobre Gonçalo Henriques, 32,5 sobre Armindo Araújo e 36,3 sobre Ricardo Teodósio. Com isso, Sordo subiu para segundo, a 40,8 de Meeke. No final da mamhã, em São Marcos, Sordo ganhou mais 5,8 segundos e reduziu a diferença para 35 segundos. Gonçalo Henriques era agora o terceiro, a 59,8.

Na parte da tarde, a mesma coisa: Meeke ganhou novamente, agora com 6,8 sobre Meeke - que estava a abrandar, controlando o andamento do espanhol da Hyundai - reduzindo para 28,4. Araújo foi o terceiro na especial, a 13,9, Teodósio em quarto, a 14,5.

Na segunda passagem por Messines, Sordo foi o melhor que Meeke, abrindo a vantagem entre os dois para 9,3, reduzindo a diferença para 19,1. Gonçalo Henriques foi o terceiro, a 26,1, na frente de José Pedro Fontes, a 27 segundos. 

Por fim, na Power Stage, segunda passagem por São Marcos, Sordo conseguiu ser o melhor, 5.8 segundos na frente de Meeke, 11,6 sobre Armindo Araújo e 12,2 sobre Pedro Almeida. Gonçalo Henriques acabou apenas em sexto, mas manteve o lugar de pódio por muito pouco. 


Mas no final da prova, estava felicíssimo com o resultado, quer com a exibição, quer por ver o seu sonho tornar-se realidade:

Mais satisfeitos não podíamos estar. Foi um rally incrível, muito rápido, mas gosto deste tipo de troços. Sinto-me mais à vontade em troços rápidos e isso notou-se, especialmente no troço maior. Foi onde conseguimos fazer mais diferença. Sentimo-nos sempre bem no carro, depois de um excelente trabalho da equipa que nos deu um carro confortável de conduzir. Estamos muito orgulhosos daquilo que conseguimos atingir aqui e vamos trabalhar muito para conseguir no próximo fazer algo idêntico.", começou por afirmar.

Fica mal dizer isto, mas eu sonhava muito com isto. Eu acreditava que era possível. Claro que tinha os pés bem assentes na terra e não queria deixar-me levar pelas emoções. Mas acredito muito no nosso valor. Sabíamos que nos sentíamos confortável neste tipo de condições e que podia ser uma mais-valia começar aqui." continuou.

Conseguimos um bom setup, graças à grande ajuda do Dani Sordo e também da nossa equipa de assistência, a Sports & You. Conseguimos um compromisso muito bom com o carro. Não tenho experiência com este tipo de carros. Por isso, a ajuda do Dani foi uma grande mais-valia”, concluiu.

Depois dos cinco primeiros, sexto é Pedro Almeida, a 1.51,6, não muito longe de José Pedro Fontes, sétimo no seu Citroen C3 Rally2, a 2.05,2. Oitavo ficou Pedro Meireles, a 2.26,9 e a fechar o "top ten", estão Ruben Rodrigues, a 2.49,2, no seu Toyota Yaris Rally2, e Diogo Salvi, a 3.50,4. 

O CPR continua entre os dias 2 e 5 de maio no Terras D'Aboboreira, em Amarante, duas semanas antes do Rali de Portugal, que será entre oa sias 15 e 18 de maio. 

sexta-feira, 28 de março de 2025

A(s) image(ns) do dia











A Inteligência Artificial chegou há poucos anos, mas parece que está a dar pulos galácticos em relação a aqueles que tem dificuldade em se adaptar. Se muitos o vêm com ceticismo, ouros provam todos os dias os seus benefícios. Na Medicina, por exemplo, quando ajuda a descobrir de forma precoce tumores cancerígenos. 

Contudo, esta semana, soube-se que o ChatGPT lançou a sua versão 4.5, onde entre outras coisas, converte fotografias em desenhos de fama mundial. South Park, por exemplo. Mas o mais famoso, por estes dias, é a da japonesa Studio Ghibli, fundado por Hayao Miazaki.

Quando na terça-feira à noite, comecei a ver imagens baseadas nele na rede social Twitter - recuso a chamar aquela coisa de X - em diversos momentos famosos, bastaram poucas horas para aquilo pegar chama em gasolina. Todos começaram a fazer este tipo de imagens, e logo escrevi numa das redes sociais onde este blog tem conta: "Imagens de Formula 1 neste estilo em 5... 4... 3... 2..."

No dia seguinte, bastou uma pesquisa para encontrar as primeira imagens. Abri uma pasta no meu computador para recolher e guardar tudo o que pudesse encontrar. Não demorou muito para ter as suficientes para juntar e publicar em tudo que é rede social. E o impacto foi clamoroso: no Threads, por exemplo, bati o meu recorde pessoal como o mais gostado - mais de 1200 "gostos", e ganhei mais de uma centena de seguidores em 24 horas. E muitos me perguntaram se era eu que tinha desenhado. Não. Apenas fui procurar onde devia, e recolher o mais possível. É uma loucura, quem sabe ou quem tem acesso ao programa - é pago - faz isto, e claro, todos o fazem. Até a Autosport britânica se meteu no assunto! E falamos de ontem e hoje. 

Contudo, agora, que escrevo numa sexta-feira à noite, as coisas são diferentes. Até que ponto estas coisas mudam muito depressa. Aquilo que numa quinta-feira de manhã era descrito como algo parecido como a descoberta do Novo Mundo, agora, começa a ser um anátema. Porquê?

Primeiro, de forma irónica, Miazaki detesta a Inteligência Artificial. Corre pela Net uma declaração dele, num documentário de 2016 ou 2017, onde fala do seu desagrado pela IA porque, segundo ele, "retira a alma". E se ele não gosta, então o estúdio poderá não gostar de ver gente, que nunca desenhou na vida - ou desenha de forma amadora - aproveitar um programa de IA para fazer o que quiser, quebrar a magia, digamos assim, mesmo que eles estejam ali porque gostam e estarem a fazer uma homenagem aos desenhos do mestre japonês, quem aposto, encantou as suas infâncias.

E segundo, aposto o que quiserem que nem ele, nem o estúdio, deu autorização à ChatGPT para que o desenho do seu cão, do gato, do Ayrton Senna no GP do Brasil de 1991, possam ser convertidos. E se não deu, então tudo isto é o melhor cartão de visita para receber um processo em cima. E se calhar, algumas centenas de milhões de dólares à Studio Ghibli. Porque como em tudo na vida, há direitos de autor. E se não pagam, então são processados. Não os incautos que fizeram isto, mas a firma de Inteligência Artificial que disponibilizou isto.

Em conclusão, a tecnologia é ótima, mas isto mais parece com a velha frase: "o caminho para o Inferno está pavimentado de boas intenções." E isto virou os paralelepípedos desse caminho infernal. 

Assim sendo, coloco aqui mais alguns desenhos relacionados com a Formula 1. Serão os últimos. Não porei mais por aqui. Foi uma viagem curtíssima e bem alucinante, acreditem. E é claro, é o melhor exemplo daquilo que a tecnologia pode fazer. Preparem-se para o futuro. 

CPR: Rali do Algarve (Dia 1)


O britânico Kris Meeke lidera o rali do Algarve, liderando com 13,5 segundos sobre o espanhol Gil Membrado e 15,2 sobre o Hyundai do jovem Gonçalo Henriques, passadas que estão as suas primeiras especiais do dia. O rali está marcado pelos problemas no Turbo do Hyundai i20 Rally2 de Dani Sordo, que perdeu cerca de 50 segundos e ficou fora do "top ten". 

Com especiais em Lagos e Barão de São João, que aconteceram durante a tarde, o dia começou com Meeke em ação, ganhando na primeira especial, 2,9 segundos sobre Sordo e 5,5 sobre Ricardo Teodósio, no seu Toyota GR Yaris Rally2, Gil membrado foi o quarto, a 6,5. Pouco depois, na especial de Barão de São João, Meeke voltou a ganhar, 6,7 segundos sobre Pedro Almeida, sete segundos sobre Gil Membrado e 7,1 sobre Armindo Araújo. Ricardo Teodósio, o piloto local, tem o sexto tempo na especial, a 11 segundos.

Contudo, os tempos e as classificações podem ser vistas com algum cuidado, porque amanhã a ordem de partida é pela classificação de hoje, e pode ser considerada alguma estratégia por parte de algumas equipas para amanhã, por causa do estado dos troços.

Depois dos três primeiros, Pedro Almeida é quarto, no seu Skoda Fabia Rally2, a 0,2 segundos do piloto da Hyundai com Ricardo Teodósio a cair para a quinta posição nesta especial, ainda assim na frente do Skoda de Armindo Araújo, a 22 segundos, e que perdeu tempo na primeira especial sem que tenha tido algum problema (a tal estratégia para sábado). Rúben Rodrigues, no seu Toyota, é oitavo, a meio segundo de Araújo, mas 7.9 segundos na frente de José Pedro Fontes, décimo da geral no seu Citroen C3 Rally2. Pelo meio está Diogo Salvi, nono a 23,6 no seu Skoda Fabia Rally2.

O rali do Algarve termina amanhã, com as restantes seis especiais.    

Formula 3: Domingues acabou de testar no Bahrein


Acabou esta sexta-feira a sessão de testes da Formula 3 que aconteceu no circuito de Shakir, no Bahrein. O piloto leiriense Ivan Domingues andou por lá durante estes dias, para se preparar para a próxima etapa do campeonato, que acontecerá de 11 a 14 de abril. Com 195 voltas realizadas, divididas em seis sessões, o piloto, que corre pela Van Amersfort, acredita que sairá dali com uma nova ideia do carro e de como tirar o melhor dele na próxima etapa da competição.   

"Chegámos à primeira prova da época, na Austrália, com poucas voltas realizadas em testes oficiais, sobretudo pelos problemas hidráulicos que tivemos em Barcelona, pelo que esta oportunidade no Bahrain foi muito importante, não apenas para acumular quilómetros em pista e conhecer melhor o carro, como também para ajustarmos algumas afinações a nível técnico. O balanço é muito positivo.", começou por afirmar. 

"As sensações com o carro são melhores, demos mais alguns passos no sentido de encurtarmos distâncias para os mais rápidos e agora vamos para a segunda corrida da temporada, daqui a duas semanas, na expectativa de colocar esta boa evolução em pista", conclui o piloto de 18 anos, fixando o seu melhor tempo em 1.49,251, a um segundo do mais rápido.

A Red Bull neste momento


Horas depois de ter sido substituído pelo japonês Yuki Tsunoda, Liam Lawson exprimiu nas redes sociais a sua frustração pela troca. Apesar disso, o jovem neozelandês de 23 anos também expressou gratidão nas redes sociais, afirmando que o seu sonho era correr pela Red Bull.

Ser um piloto da Red Bull Racing tem sido o meu sonho desde que eu era criança, foi para isso que trabalhei para toda a minha vida”, começou por escrever sobre a situação nas redes sociais. “É duro, mas estou grato por tudo o que me trouxe até aqui. Para cada um de vocês que esteve ao meu lado, obrigado por todo o apoio que significa o mundo. Obrigado à Racing Bulls pela calorosa receção, estou entusiasmado e pronto para ir trabalhar num dos meus lugares favoritos [Japão].”

Ao mesmo tempo que ele reagia por escrito, em Milton Keyes, sede da marca dos taurinos, ocorria uma reunião de emergência para abordar as dificuldades do RB21 face à McLaren, Mercedes e Ferrari. Ali esteve Christian Horner, Max Verstappen... mas não Helmut Marko. Pelo menos, fisicamente.

Segundo conta o site GPBlog, aparentemente, o piloto neerlandês está frustrado com toda esta situação, e está a pressionar a equipa para fazer melhorias urgentes no chassis. Ele quer passos de desenvolvimento significativos para o manter na luta pelas vitórias e garantir que a Red Bull continua a ser um concorrente de topo, tanto na temporada de 2025, como no seu futuro a longo prazo com a equipa.


Ainda antes da reunião, Marko falou ao jornal neerlandês De Telegraaf sobre o que se passa, e especialmente sobre as reações de Max ao carro e à troca de pilotos, no qual defende a decisão tomada. 

Sabemos que o Max não está contente”, revelou Marko. “Mas precisamos de dois carros na frente. Não só para o campeonato de construtores, mas também para ajudar o Max a conquistar o seu quinto título mundial. Depois, estrategicamente, podemos conseguir mais nas corridas. Podemos usar a experiência e a forma do Yuki agora. É isso que conta. No final do dia, isso é uma vantagem para a equipa. E isso será também a favor do Max”.

O Liam teve azar”, continuou. “Durante os dias de testes no Bahrein perdeu muito tempo devido a problemas mecânicos. E também durante o terceiro treino livre na Austrália perdeu um tempo importante. Depois começaram os problemas. A pressão sobre ele tornou-se cada vez maior. Ele perdeu a confiança, começou a forçar cada vez mais, mas acabou por cometer mais erros. Na China foi de mal a pior. Além disso, o nosso carro é muito difícil de conduzir e não é o mais rápido.

Também não foi uma decisão fácil”, insistiu. “Mas o Liam era como um pugilista ferido. E não o estamos a expulsar da Fórmula 1. Ele continua ativo na Red Bull e o Racing Bulls é um bom carro. Também tivemos de tomar decisões semelhantes no passado com Pierre Gasly e Alex Albon. Eles recuperaram e são pilotos de Fórmula 1 muito conceituados. Estamos numa posição única de poder fazer isto. Noutra equipa, ele teria deixado a Fórmula 1 imediatamente”, concluiu.


Apesar de Max não sofrer muito com o carro, dado que ele está adaptado ao estilo de condução do neerlandês, a equipa de Milton Keynes sabe que sofre com o fato de ser uma equipa de um só piloto, em contraste com a Ferrari, Mercedes e especialmente, McLaren, que ganhou as duas primeiras corridas do ano, um para cada um dos seus pilotos. Apesar de Max ter 36 pontos e ser segundo na classificação geral, estes são os únicos pontos que a Red Bull tem no Mundial de Construtores, que o relegam para a terceira posição, menos de metade do líder, a McLaren, que tem 78 pontos. 

A Formula 1 regressa dentro de uma semana, para o GP do Japão, em Suzuka, e será ali que veremos como é que Tsunoda reagirá a este presente... envenenado, ou não. 

quinta-feira, 27 de março de 2025

Youtube Formula 1 Vídeo: Que Diabo Aconteceu a Liam Lawson?

Agora que aquilo que esperávamos aconteceu - e é surpreendente, mesmo para quem está habituado às maluquices do Helmut Marko - o Liam Lawson foi substituído pelo Yuki Tsunoda, com efeito imediato, e a partir do GP do Japão. 

Há quem fale que isto é desespero - tem cada disso - o Max Verstappen está, alegadamente, zangado com esta decisão, mas no meio destas coisas todas, será interessante ouvir a reação de um compatriota seu sobre tudo isto: Josh Revell. E a abertura é... marcante.  

Formula 3: Ivan Domingues em nova sessão de testes no Bahrein


Depois de ter corrido na Austrália, na sua estreia na categoria, Ivan Domingues está agora no Bahrein, onde terá três dias de testes com o carro da Van Amesfoort, no sentido de se adaptar ao circuito de Shakir, a pouco mais de duas semanas da segunda rodada dupla da Formula 3, marcada para os dias 12 e 13 de abril, na pista barenita.

Nesta quinta-feira, o piloto de 18 anos fez 40 voltas numa sessão onde teve de poupar os pneus para os dias seguintes, e no final, fez um balanço do dia:   

Rodámos poucas voltas de manhã, devido à limitação de pneus, que a equipa tem de gerir para os três dias; pela tarde fizemos simulação de corrida e de qualificação, e demos mais um passo positivo no conhecimento do carro e na aproximação aos da frente. Vamos continuar a trabalhar”, afirmou.

Amanhã haverá nova sessão de testes, e o objetivo é o mesmo: conhecer melhor o carro. 

Noticias: Tsunoda na Red Bull, Lawson na Racing Bulls


A Red Bull anunciou esta manhã que o japonês Yuki Tsunoda substituirá Liam Lawson a partir do GP do Japão, com efeito imediato. O neozelandês será rebaixado para a Raging Bulls e correrá ao lado do franco-argelino Isack Hadjar

Os rumores corriam fortes desde o inicio da temporada, especialmente depois das desastrosas performances de Lawson na qualificação das duas primeiras corridas do ano, na Austrália e na China. Em Xangai, ele partiu de último na grelha, enquanto os Red Bulls foram sempre um carro na Q3, especialmente o de Tsunoda. De uma certa forma, também é uma admissão de culpa por parte de Christian Horner e Helmut Marko em terem preterido o piloto japonês, que foi colocado pela Honda na equipa porque são eles que deram os motores à equipa. 

Curiosamente, em termos de resultados, se o japonês se dá muito bem nas qualificações, nas corridas, só tem um sexto posto na Sprint Race de Xangai, conseguindo três pontos na ocasião.   

Christian Horner, diretor e CEP da Red Bull, afirmou: “Tem sido difícil ver o Liam ter dificuldades com o RB21 nas duas primeiras corridas e, como resultado, tomámos coletivamente a decisão de fazer uma troca antecipada. Entrámos na época de 2025 com duas ambições, manter o Campeonato do Mundo de Pilotos e recuperar o título Mundial de Construtores e esta é uma decisão puramente desportiva."

"Reconhecemos que há muito trabalho a fazer com o RB21 e a experiência do Yuki será muito benéfica para ajudar a desenvolver o carro atual. Damos-lhe as boas-vindas à equipa e estamos ansiosos por o ver ao volante do RB21.", continuou.

"Temos o dever de proteger e desenvolver o Liam e, juntos, vemos que depois de um início tão difícil, faz sentido agir rapidamente para que o Liam possa ganhar experiência, enquanto continua a sua carreira na Formula 1 com a Visa Cash App Racing Bulls, um ambiente e uma equipa que ele conhece muito bem.”, concluiu.

Isso é a declaração oficial, mas nos bastidores, segundo a imprensa neerlandesa, Max Verstappen está muito zangado com a decisão. Ele considera que Lawson é mais uma vitima que réu, e o ex-piloto Giedo van der Garde, nas redes sociais, criticou fortemente a Red Bull, descrevendo a decisão como uma “jogada de pânico” e comparando-a ao bullying, argumentando que Lawson teve muito pouco tempo para provar o seu valor. E quem deu "gosto" a esta declaração foi... Verstappen. 

Agora é ver como será isto daqui a diante. A primeira experiência será no fim de semana de 4 a 6 de abril, com o GP do Japão. 

quarta-feira, 26 de março de 2025

Noticias: Horner afirma ainda não ter baixado os braços no campeonato


Com a troca iminente na Red Bull, entre Yuki Tsunoda e Liam Lawson, Chistian Horner veio a público afirmar sobe a situação da equipa, e porque é que precisa de ter um piloto que traga resultados, algo do qual Liam Lawson não estava a conseguir, pelo menos nestas duas corridas desta temporada. Ao contrário da Mercedes e da McLaren, que tem duas duplas consistentes, a Red Bull parece ser uma equipa centrada em Max Verstappen, que parece ser o único que sabe andar naquele carro. 

Apesar dos gestos e das conversas poderem querer passar a ideia de que podem ter perdido o título de 2025, ou ter um "handicap" impossível de alcançar, Horner fez questão de sublinhar que o título ainda não está fora de alcance, após os dois primeiros fins-de-semana dececionantes de Lawson com a equipa: “Nunca se diz nunca,” começou por afirmar Horner depois de ser questionado se as honras da equipa já estavam fora de alcance.

Acho que uma coisa que a McLaren provou a toda a gente no ano passado é que se pode ter um início de ano atribulado e ainda assim ser muito competitivo. Estamos a oito pontos de distância no Campeonato de Pilotos.", começou a afirmar.

O Campeonato [de Equipas] é uma tarefa muito difícil e temos de fazer progressos significativos com o carro para podermos lutar por ele. É preciso ter dois carros a pontuar, o que obviamente nos prejudicou muito no ano passado. Temos de ter dois carros a pontuar e, mesmo para competir pelo Campeonato de Pilotos, temos de ter outro carro em jogo. É de importância vital para a equipa garantir que temos os dois pilotos a correr o mais perto possível da frente.” continuou.

No final, há 400 engenheiros na nossa equipa que estão todos a analisar os 600 sensores que estão no carro, por isso há muita informação que temos”, concluiu.

Liam Lawson ainda não pontuou no campeonato, comparado com os três que Tsunoda já tem, resultado de um sexto posto na "corrida sprint" do GP da China. 

CPR: Ruben Rodrigues positivo depois dos testes


O campeão açoriano de ralis, Ruben Rodrigues vai tripular pela segunda vez nesta temporada o Toyota GR Yaris Rally2, contando com Hugo Magalhães no banco do lado. Depois de um início de campeonato bem atribulado, com a inexperiência misturada com o mau tempo em Fafe, resultou numa desistência a poucas especiais do final.

Com isso, a equipa esteve a fazer alguns dias de testes no carro para ganhar quilometragem no carro e a dupla piloto-navegador está confiante que agora, no Algarve, eles façam melhor que em Fafe, especialmente que o tempo estará melhor.  

Essencialmente queremos melhorar aquilo que fizemos e ganhar quilómetros com o Toyota. Gostei bastante do teste realizado e, até adorei o carro. Tivemos uma boa preparação para esta minha estreia no Algarve. O Toyota Yaris é muito sensível, mais difícil de afinar, mas muito eficaz. O nosso objetivo é evoluir de troço a troço e terminar com uma boa pontuação. Vamos seguramente dar o nosso melhor, com o apoio do público, para prestigiar o nome dos Açores”, concluiu o piloto açoriano.

Com nove especiais de classificação, nos dias 27 e 28 de março, o Rali Casinos do Algarve é a segunda corrida do Campeonato de Portugal de Ralis.  

terça-feira, 25 de março de 2025

A imagem do dia




Há 35 anos, a Formula 1 regressava a Interlagos. A altura poderia ser de festejo, mas na realidade, a situação financeira estava apertada. O governo do novo presidente da República, Fernando Collor, decidiu sequestrar as poupanças que a população tinha nos bancos, obrigando-os a tirar apenas um determinado valor, para tentar conter a inflação - sem grande resultado - ao ponto de haver manifestações.

Claro, Jean-Marie Balestre, o então presidente da FISA, e novo "inimigo público número 1" no Brasil, sorria com a situação. E numa conferência de imprensa, tirou uma "bicada" monumental sobre toda esta situação:

É que tenho o perverso prazer de enfrentar um público em delírio. Gostaria de informar o público brasileiro que este é o nosso campeonato mundial, da FIA. Já tivemos problemas na Córsega com o Campeonato Mundial de Ralis e tivemos de lhes lembrar que se não tomassem as medidas necessárias, ficariam sem o campeonato. E, olhem que eles são mais bravos do que os brasileiros. Não nos atiram com tomates, mas bombas. E de qualquer forma, os brasileiros agora nem dinheiro têm para comprar tomates…

Senna competia pela primeira vez na sua cidade natal. E tirando o "karting", nunca tinha corrido competivamente em qualquer outra categoria que não a Formula 1, era esta a sua estreia na catedral do automobilismo brasileiro, que recebia novamente a Formula 1, depois de uma década de ausência. Poucos eram os sobreviventes dessa última vez, em 1980, um deles era Alain Prost. Nesse ano era um estreante na Formula 1, pela McLaren. Agora, era tricampeão do mundo, e a fazer a sua segunda corrida pela Ferrari. 

Todos pensavam que seria um passeio no parque para Senna. Ele até tinha colaborado na renovação da pista - fora ele que idealizou o S de Senna - e como teria o melhor carro do pelotão, era fazer a pole-position e acelerar até à meta, no primeiro posto, e dar uma moral num povo que sofria. Sim, ele já era o ídolo que o povo torcia, porque o Brasil desejava heróis e o futebol não era suficiente. Só que existia um problema. Até 1990, Senna nunca tinha ganho no Brasil. O seu melhor resultado tinha sido um segundo em 1986, nos tempos da Lotus, batido por Nelson Piquet.

E a sua fama de apressado quando dobrava pilotos muitas vezes o traía.

Até foi uma corrida competitiva. Escapou da carambola na primeira curva, quando Jean Alesi, Riccardo Patrese e Andrea de Cesaris se envolveram, com o piloto da Dallara a ficar em pior estado, e aproveitava dos problemas dos outros, fossem por causa do carro ou por causa dos outros - Nigel Mansell teve problemas com um rollbar quebrado, Thierry Boutsen teve uma paragem na boxe desastrosa na sua Williams, Patrese tinha problemas com a pressão do óleo - mas o único que se safava era Prost. Adaptado à caixa de velocidades semi-automática, era segundo e tentava apanhar Senna, que por alturas da 40ª volta, tinha um atraso de 10 segundos sobre o brasileiro.

E depois aparece Satoru Nakajima. O japonês da Tyrrell iria perder uma volta, mas o brasileiro o apanhou na parte lenta do circuito, entre o Pinheirinho e o Bico de Pato. Não se entenderam, e a asa da frente ficou partida. Da surpresa, passou para a decepção, e depois, alguém tinha de ser o culpado. Afinal, alguém interferiu na caminhada vitoriosa. E logo ele, o mais inocente deles todos... 

Senna foi às boxes, trocou de asa, mas o downfornce não era o mesmo e não conseguiu apanhar Prost, que naquele dia... fez tudo bem.

E foi mesmo. Sexta vitória no Brasil, um recorde que já era seu, o primeiro vencedor no Interlagos novo, e mais um número redondo para as estatísticas: 40 vitórias na Formula 1. Balestre deve ter saído de São Paulo com um enorme sorriso na cara... 

Mas independentemente do resultado, todos sabiam que iria ser uma temporada competitiva. E um duelo Ferrari-McLaren, como muitos gostam.         

CPR (II): Meeke está confiante para o Algarve


Triunfante em Fafe, prova inicial do Campeonato de Portugal de ralis (CPR) Kris Meeke e o seu navegador, Stuart Loundon, encaram o Rali Casinos do Algarve, segunda prova do campeonato, como um dos candidatos à vitória. Ele e o seu carro, o Toyota GR Yaris Rally2 da Toyota Caetano Portugal, estão em estreia nas estradas algarvias, e apesar do seu favoritismo e a sua vasta experiência, Meeke alerta que cada rali tem a sua história e que a concorrência está forte, bem preparada e pronta para aproveitar qualquer oportunidade. 

Assim, apesar do otimismo, Meeke e a equipa mantém uma abordagem cautelosa:

Não podia estar mais animado para esta segunda prova do ano. O Rali Casinos do Algarve é uma prova que já conhecemos e onde tivemos sucesso no ano passado. A estreia com o GR Yaris Rally2 não podia ter corrido melhor, mesmo com troços muito difíceis. Adorei cada metro com o carro e estou ansioso por voltar a pilotá-lo. No entanto, não podemos facilitar. Sabemos que a concorrência é forte e nos ralis tudo pode acontecer. Assim, vamos motivados, com uma boa dose de otimismo, mas com a noção de que será certamente uma prova renhida” disse Kris Meeke.

Ainda falando sobre Fafe, onde triunfou, e o seu novo carro, as suas impressões são positivas, apesar de alguns problemas pontuais.

 "É um carro fantástico em todos os detalhes, a Toyota Gazoo Racing fez um excelente trabalho. Por exemplo, nesse fim de semana [de Fafe] tivemos muita água a cair e muita água nos troços, os limpa vidros foram perfeitos, a sofagem esteve perfeita, não tivemos embaciamento e não tivemos uma gota de água que tenha entrado no carro. Num fim de semana tão difícil todos estes pequenos detalhes contam.

"[Estou] 70 por cento adaptado em relação ao que consigo fazer com o carro. Este carro é um enorme passo em frente no que respeita a suspensão e chassis. O tamanho dos amortecedores neste carro é incrível.", concluiu.

O rali Casinos do Algarwe acontecerá entre os dias 27 e 29 de março e terá 69 pilotos inscritos, que percorrerão nove troços cronometrados.

CPR: Sordo espera ser mais competitivo no Algarve


Depois da sua estreia em Fafe, onde teve de se adaptar ao carro ao longo da prova, agora Dani Sordo, acompanhado pelo seu navegador, Cândido Carrera, irá encarar o rali Casinos do Algarve, segunda prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), em modo de ataque, determinado a discutir a vitória no seu Hyundai i20 N Rally2, ao serviço da equipa oficial da marca coreana.

Estou na expetativa do que iremos encontrar nesta segunda prova do ano. De qualquer modo, claro que o objetivo é andar mais rápido do que em Fafe, de modo que possamos ter opções de levar o Hyundai i20 N Rally2 à vitória. Temos vindo a trabalhar nesse sentido e estou confiante de que vamos ser mais competitivos”, declarou.

O rali do Algarve acontecerá entre os dias 27 e 29 de março, com 69 pilotos inscritos, e contará não só para o CPR, como também para o Campeonato Sul de Ralis e também para a Peugeot Rally Cup Portugal.

Endurance: Wehrlein e Felix da Costa competirão em Le Mans


Depois de uma temporada onde os pilotos da Porsche na Formula E não puderam competir em Le Mans porque a direção da marca lhes pediu para se concentrarem na competição elétrica, este ano, eles regressarão a La Sarthe para a maior competição de Endurance. Se Pascal Wehrlein, o atual Campeão do Mundo de Fórmula E, completa a formação de pilotos da Porsche Penske Motorsport, ao lado do brasileiro Felipe Nasr e do britânico Nick Tandy, já António Félix da Costa, que já tem seis participações nesta competição, correrá num Oerca-Gibson na classe LMP2, numa equipa ainda por definir.

"A formação de pilotos da Porsche é absolutamente de topo e extremamente talentosa. Faz todo o sentido aproveitar os nossos elementos mais fortes da equipa oficial de Fórmula E para a terceira entrada da Porsche Penske Motorsport em Le Mans", começou por explicar Thomas Laudenbach, Vice-Presidente da Porsche Motorsport. 

"O desempenho de Pascal Wehrlein nos testes e na sua participação nas 24 Horas de Daytona convenceu-nos plenamente. Sendo o atual Campeão do Mundo de Fórmula E, conquistou com mérito a sua estreia em Le Mans ao volante do Porsche 963. António Félix da Costa, que fará a sua sétima participação em França, estará certamente entre os pilotos mais rápidos da classe LMP2 novamente.", concluiu.

Competir pela Porsche Penske Motorsport em Le Mans é um sonho tornado realidade para mim”, insiste Wehrlein. “Estou ansioso por este grande desafio porque, ao contrário da Fórmula E, tenho de partilhar tudo no Porsche 963 que normalmente adaptaria especificamente a mim: posição de assento, afinação, estratégia e muito mais. O meu principal objetivo é fazer um bom trabalho para a equipa e aprender o máximo possível.”, concluiu.

Quando a Félix da Costa, está contente pelo regresso, depois de um ano de ausência, e espera repetir o resultado de 2022:

Na minha última participação em LMP2, ganhei a classe. É esse o meu objetivo este ano. Mal posso esperar para atacar ao lado dos meus colegas de equipa em junho", afirmou.

segunda-feira, 24 de março de 2025

CPR (II): José Pedro Fontes quer alcançar o pódio no Algarve


Na semana do Rali do Algarve, José Pedro Fontes, e a sua navegadora, Inês Ponte, olham para este rali como uma excelente oportunidade para regressar ao pódio. A bordo do seu Citroen C3 Rally2, Fontes, que não teve um grande resultado em Fafe, espera que as coisas corram melhor neste rali, e nesta temporada do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR).

O resultado da primeira prova do ano não foi o que queríamos, mas os mais atentos perceberam que houve uma evolução significativa em termos de andamento, no que foi um início de época no Serras de Fafe. Os contratempos que nos afetaram não permitiram, depois, capitalizar esse bom andamento inicial, mas eu, a Inês e a equipa sentimos que demos alguns passos na direção certa, resultado de um trabalho que já vem sendo feito desde o final da época passada. Isso dá-nos, assim, mais confiança para o Casinos do Algarve, uma prova que nos agrada bastante, designadamente nos troços desenhados a sul do país, pelo que será o palco certo para o nosso regresso aos lugares do pódio.”, começou por comentar.

Quanto à competitividade do CPR em 2025, Fontes vê isso com bons olhos. O espetáculo melhora, o público adere mais e os pilotos são levados ao limite: 

Qualquer piloto gosta de se ver desafiado. O CPR 2025 promete ser muito renhido e competitivo, mas depois do que sentimos em Fafe, acredito que temos tudo para lutar pelos lugares da frente. Tenho de enaltecer o apoio do público português, que torna este campeonato num dos melhores da Europa. Temos visto sempre muitos fãs nos troços, um apoio que serve de ‘combustível’ e que é muito sentido dentro do carro. É também para eles que queremos dar o nosso melhor, dando um excelente espetáculo e proporcionando lutas emocionantes, como o CPR nos tem habituado.”, concluiu.

O rali do Algarve acontecerá a 27 e 28 de março, com nove especiais de classificação.

CPR: Teodósio conta com o terreno para conseguir um bom resultado


Com o Rali do Algarve a acontecer no próximo fim de semana, Ricardo Teodósio confia no seu conhecimento do terreno para conseguir um bom resultado. O piloto, mais o seu navegador, José Teixeira, que nesta temporada correm no Toyota Yaris Rally2, depois a estreia em evolução aos comandos da viatura nipónica Serras de Fafe, espera um melhor resultado na próxima etapa para o Campeonato de Portugal de ralis.

Queremos fazer melhor do que na estreia e sabemos que somos capazes disso. Com o feedback e experiência de Fafe conseguimos trabalhar durantes estes dias em 'backoffice' para, já esta semana, nos testes pré-rali, metermos em prática todas as otimizações e adaptações necessárias no GR Yaris. O carro tem muito potencial e o nosso conhecimento do terreno pode ser fundamental para um bom resultado. Estamos motivados e contamos com o apoio de toda a família 24”, explicou.

A segunda ronda do CPR 2025 arranca a 28 de Março, e terá nove especiais de classificação.

domingo, 23 de março de 2025

As imagens do dia




O "shitshow" que está a acontecer por estes dias na América com os Teslas, que estão a ser boicotadas - as vendas estão a cair a pique, carros e "suprchargers" a pegarem fogo, sem querer ou de propósito, policia a proteger concessionários, a administração e prometer fazer dos ataques a esses concessionários crimes federais ao ponto de os "vândalos" poderem ser condenados a 20 anos de prisão, e nem se fala do "meltdown" que o Elon Musk está a ter por estes dias - está a colocar muita gente com um sorriso na cara. E um deles, insuspeitadamente, é Jeremy Clarkson, que na sua coluna de opinião publicada esta semana no "The Times" de Londres, disse de sua opinião sobre Musk, afirmando que se sente vingado, porque foi dos primeiros a sentir a ira do bilionário sul-africano.   

Eis um excerto da sua mais recente coluna de opinião:

"O chefe da Tesla é tão sensível que interpôs um processo quando lhe fiz uma má avaliação. Então, como é que ele vai lidar agora que os hippies ecológicos que costumavam idolatrá-lo se viraram contra os seus carros?

Gostaria de lembrar a todos os condutores da Tesla que avisei há 17 anos que nada de bom viria da sua escolha de compra. Mas não ouviu. Você escolheu acreditar no Sr. Musk.

E agora, por causa da multidão, irá estacionar o seu carro numa garagem trancada, usar os transportes públicos e habituar-se ao facto de que, enquanto faz fila neste mundo cada vez mais histérico e desagradável, algumas pessoas vão passar por si nos seus carros reais”, concluiu. 

Explica-se: quando o Roadster, o primeiro modelo da marca, foi ao Top Gear para fazer um teste, no final de 2008, o carro ficou sem energia muito antes dos quilómetros anunciados (89 km, depois de muito uso). O teste foi filmado e mostrado para o mundo. Musk, claro, não gostou e processou a ele e ao programa... três anos depois, em 2011. O caso seguiu para tribunal, que deu razão ao Clarkson e à BBC, pagando 100 mil libras pelos custos judiciais.   

Clarkson pode andar a cantar vitória, e tem alguma razão em fazê-lo. Ele mostrou, cedo na vida -  volto a recordar, tudo isto aconteceu em 2008 - alguma da má face do Musk perante as criticas, mas este é só uma razão num mar de razões erradas. A primeira razão errada tem a ver com... essa gente está a queimar carros, "superchargers" e concessionários por causa das suas convicções politicas, não por causa dos carros em si, cuja qualidade tem declinado consideravelmente. Os Cybertrucks não podem circular na Europa porque não passam nos "crash-tests" daqui.

A segunda razão errada é que, quando as pessoas se livram dos Teslas, irão comprar outros elétricos. Os Polestar, a divisão elétrica da Volvo, estão a ter vendas "record", os carros chineses (BYD à cabeça) vendem-se como pães quentes, acabados de sair do forno, e os construtores ditos de "legado", estão a ver os seus elétricos a serem vendidos à mesma velocidade dos seus carros a combustão.

Se a ideia do "orangotango" é pensar que isto significa o ressuscitar dos carros a combustão interna... lamento, não estamos mais em 1986. A tecnologia está muito adiantada, investiu-se imenso dinheiro e neste momento, o país que mais investiu neste campo se prepara para ser o número um nas vendas mundiais. O tempo não volta para trás, Jeremy. 

Em suma, apesar desta vitória, é como os relógios parados: acertam duas vezes ao dia. E ele continua a ser um velho amargurado de 64 anos que não se quer adaptar aos novos tempos. É a vida. 

Noticias: Lawson afirma não ter tempo para se adaptar ao carro


O inicio da temporada de Liam Lawson está a ser um inferno para o piloto neozelandês. Más qualificações - na China fez o pior tempo! - que levaram a partir das boxes em ambas as ocasiões e claro, no final, a ficar sempre fora dos pontos. Os críticos já afirmam que ele tem na mão o bilhete da porta de saída - há quem fale que Yuki Tsunoda estará no carro na próxima corrida, no Japão! - mas o neozelandês afirma que  não tem tido o tempo necessário para se adaptar corretamente ao chassis Red Bull RB21.

Sabíamos que ia ser difícil e começámos a partir das boxes para tentar algo com o carro e, infelizmente, não funcionou como queríamos”, começa por afirmar Lawson. “O que era realmente um fim de semana difícil, hoje foi um pouco mais difícil. Infelizmente, não tenho tempo para me habituar ao carro, mas tenho de o resolver rapidamente. Não tenho tempo para testar o carro e habituar-me a ele, mas já estamos na época, por isso a cada corrida estamos a perder pontos. É mais ou menos isso que quero dizer quando digo que não tenho tempo. Mas também não sou estúpido e sei que, obviamente, estou aqui para ter um bom desempenho – e se não o fizer, não vou estar por cá. Estou apenas concentrado em habituar-me ao carro o mais rapidamente possível.”, concluiu.

Sobre as especulações entre ele e Yuki Tsunoda, que afirmou estar pronto para correr quando quiser, o neozelandês não está intimidado: "Corri com ele durante anos, corri com ele nas categorias juniores e venci-o – e também o fiz na Formula 1, por isso ele pode dizer o que quiser”, afirmou.

Do outro lado das boxes, e comentando sobre o assunto, Christian Horner afirmou: 

Tomámos a decisão de o tirar da grelha para tentar algumas mudanças radicais na afinação, porque estamos muito limitados nos testes com estes carros, por isso fazia sentido dizer ‘vamos começar lá atrás, vamos tentar aprender alguma coisa’. Temos 56 voltas de informação com uma afinação radicalmente diferente no carro. Isso dá-nos uma enorme informação para a fábrica e para o sistema, à medida que procuramos melhorar o nosso desempenho”.

O Liam é um ótimo piloto. Ele dá o máximo, mas neste momento está a com dificuldades para encontrar o limite deste carro e tirar o máximo partido dele. Como equipa, estamos a tentar apoiá-lo da melhor forma possível. Procuramos sempre o máximo desempenho. Os carros rápidos nunca são fáceis de conduzir, mas sabemos que há um desempenho que temos de encontrar. Precisamos de ambos os pilotos lá em cima se quisermos ter alguma hipótese de lutar pelo Campeonato de Construtores e, no mínimo, pelo Campeonato de Pilotos, é preciso ter um segundo carro em jogo. Não se pode fazer isso com uma perna só”.

A Formula 1 regressa dentro de duas semanas, em Suzuka, e ele terá mais um desafio para se adaptar com o novo carro.

Noticias: Ferrari desclassificada do GP da China


De formula surpreendentemente, os Ferrari de Lewis Hamilton e Charles Leclerc foram desclassificados do GP da China, após terem passado pela meta. Ambos os carros tiveram os seus pontos retirados por motivos diferentes: o monegasco por ter o carro abaixo do peso mínimo, e no caso do britânico, a razão tem a ver com excesso desgaste  da prancha do fundo do carro. 

Para além disso, Pierre Gasly, da Alpine, também foi desclassificado, e também pelo mesmo motivo do monegasco: abaixo do limite do peso. 

No comunicado oficial, a FIA falou das razões da desclassificação de Charles Leclerc.

Os Comissários Desportivos ouviram o representante da equipa do Carro 16 (Charles Leclerc).

O carro 16 foi pesado pelo Delegado Técnico da FIA dentro e fora da balança, com ambas as balanças a mostrarem o mesmo resultado de 799 quilos, após o habitual esvaziamento de combustível e a substituição de uma asa dianteira partida. A calibragem de ambas as balanças foi confirmada e testemunhada pelo concorrente.

Durante a audiência, não houve qualquer contestação às medições da FIA, que são consideradas corretas e que todos os procedimentos exigidos foram corretamente executados.

Não existem circunstâncias atenuantes e a equipa confirmou que se tratou de um erro genuíno da sua parte.

Os Comissários Desportivos determinam que o artigo 4.1 do Regulamento Técnico da FIA para a Fórmula 1 foi violado e que, por conseguinte, a sanção normal de desclassificação deve ser aplicada a esta infração”, concluiu.


Já no caso de Hamilton, aos comissários, a razão foi diferente da de Leclerc: 

O conjunto da prancha do fundo do carro 44 foi medido e constatou-se que tinha 8,6 milímetros [lado esquerdo], 8,6 milímetros [linha central] e 8,5 milímetros [lado direito]. Este valor é inferior à espessura mínima de 9mm especificada no Artigo 3.5.9 dos Regulamentos Técnicos.

Durante a audiência, o representante da equipa confirmou que a medição está correta e que todos os procedimentos necessários foram executados corretamente. A equipa também reconheceu que não existiam circunstâncias atenuantes e que se tratava de um erro genuíno da equipa.

Os Comissários Desportivos determinam que o artigo 3.5.9 do Regulamento Técnico de Fórmula 1 da FIA foi violado e, por conseguinte, a sanção normal de desclassificação deve ser aplicada a esta infração." concluiu.

Sem pontos, houve gente que foi muito beneficiada com esta dupla desclassificação. Esteban Ocon subiu ao quinto posto, Alex Albon agora acabou na sétima posição, Oliver Bearman ficou com os pontos do oitavo lugar e Carlos Sainz Jr. conseguiu o seu primeiro ponto do ano, ao subir para décimo.


A Ferrari reagiu a esta dupla desclassificação, não só acatando com os resultados, mas também afirmando que não tinha, qualquer intenção de conseguir alguma vantagem nesta situação. 

Na sequência das inspeções pós-corrida da FIA, verificou-se que ambos os nossos carros não estavam em conformidade com os regulamentos por diferentes razões. O carro 16 estava com menos 1 kg de peso e o desgaste da traseira da prancha do fundo do carro 44 estava 0,5 mm abaixo do limite.

Charles estava a usar uma estratégia de uma paragem hoje e isso significou que o seu desgaste de pneus foi muito elevado, fazendo com que o carro estivesse abaixo do peso. No que diz respeito ao desgaste de do conjunto da prancha do fundo do carro e dos ´skid blocks’ do Lewis, avaliámos mal o desgaste por uma pequena margem. Não havia qualquer intenção de ganhar qualquer vantagem.

Vamos aprender com o que aconteceu hoje e certificarmo-nos de que não voltamos a cometer os mesmos erros. Claramente, não era assim que queríamos terminar o fim de semana do GP da China, nem para nós, nem para os nossos fãs, cujo apoio é inabalável.

A Formula 1 regressa dentro de duas semanas, com o GP do Japão.  

WRC 2025 - Rali do Quénia (Final)


Elfyn Evans é o vencedor do Rali do Quénia, tendo conseguido alargar a sua liderança nesta temporada do WRC. O piloto galês levou a melhor sobre Ott Tanak (a 1.38,3) e Thierry Neuville (a 4.09,3), ambos em Hyundai, num rali onde os que chegaram ao fim foram os verdadeiros vencedores. 

No final do rali, e quebrado o boicote,  o piloto galês da Toyota disse de sua justiça perante o resultado:

É fantástico ter ganho este rali. Ainda não me apercebi completamente, mas o Rali Safari é um evento especial para ganhar.", começou por afirmar. "Um enorme bem-haja à equipa, que trabalhou arduamente para nos dar um carro fantástico, e estou orgulhoso por fazer parte da grande história da Toyota neste rali.", continuou. 

"Foi um fim de semana extremamente exigente, provavelmente o Safari mais extremo que já vimos desde que aqui viemos, e as condições climatéricas deram um toque extra no sábado. Não foi fácil gerir o último dia, com uma grande vantagem e a necessidade de a trazer para casa. Havia a tentação dos pontos extra para disputar no domingo, mas, dadas as circunstâncias, era importante levar o carro até ao fim e estou muito feliz no final”, concluiu Evans.


Com cinco especiais para acabar o rali - segunda passagem por Mzabibu, passagem dupla por Oserengoni e Hell's Gate - e a enorme vantagem que o galês tinha conseguido nas especiais do dia anterior, Evans decidiu adotar uma estratégia mais conservadora para levar o carro até ao fim. E foi por isso que Ott Tanak foi o melhor na primeira especial do dia, 1,8 segundos na frente de Thierry Neuville, enquanto Kalle Rovanpera acabava em terceiro, a 3,8 mesmo com um furo e a roda frente-esquerda sem pneu.

Takamoto triunfava na especial seguinte, 3,5 segundos na frente e Adrien Formaux e 4,7 sobre Neuville, ao mesmo tempo que Rowanpera sofria um avaria e era definitiva. Takamoto saiu de estrada, mas conseguiu continuar. A seguir, na primeira passagem por Hell's Gate, Adrien Formaux foi o melhor, 2,8 sobre Thierry Neuville e 4,5 sobre Takamoto Katsuta. Jan Solans acabou a especial sem vidros na janela do seu carro. 

Takamoto acabou a ser o melhor na segunda passagem por Oserengoni, 0,6 segundos na frente de Formaux e 4,5 sobre Neuville, numa especial marcada po diversos engarrafamentos que causaram o atraso do começo da especial. 

Por fim, a Power Stage, que foi a segunda passagem por Hell's Gate, acabou com o triunfo de Formaux, 1,3 segundos na frente de Neuville, 4,9 de Tanak e 9,3 sobre Munster, numa especial onde Takamoto capotou, e apesar de regressar à estrada e ter cortado a meta, teve problemas de motor e acabou por abandonar na ligação ao parque fechado.   

Nos lugares restantes, Sami Pajari conseguiu o quarto posto, a mais de sete minutos do vencedor (7.18,7), muito na frente de Gregoire Munster, no seu Ford, a 11.35,3 segundos. Gus Greensmith foi o melhor dos Rally2, e sexto na geral, a 14.11,6. No sétimo lugar ficou Jan Solans, a 17.26,6, na frente do Ford de Jourdan Sereridis, a 28.45,5. A fechar o "top ten" ficou o paraguaio Fabrizio Zaldivar, a 25.38,8, e o carro de Joh Erlean, a 37.15,8. 


No campeonato, Elfyn Evans tem agora 88 pontos, contra os 52 de Thierry Neuville e os 49 de Ott Tanak e os 35 da Takamoto Katsuta.

O WRC regressa dentro de um mês, à Europa, mais concretamente às ilhas Canárias, segundo rali do campeonato em asfalto, que acontecerá ente os dias 24 e 27 de abril.

Formula 1 2025 - Ronda 2, Xangai (Corrida)


Daquilo que o fim de semana nos mostrou até agora é que temos de esperar... o inesperado. Um exemplo? Ver um Red Bull na última posição, sem que tenha acontecido por causa de um acidente, é tão inesperado que mal isso aconteceu, as câmaras foram à procura de Helmut Marko para ver a sua expressão. As especulações abundam e o piloto, Liam Lawson, tem a cabeça em perigo - alguma vez não esteve? 

E se alguém pensar que "pode ser o pior dia da Red Bull", lembro sempre do sketch d"Os Simpsons" em que o Bart diz essa frase para que o seu pai, Homer, lhe responder " é o pior dia da Red Bull... hoje". Porque irá piorar. Eu sei que 2026 poderá ser uma catástrofe para eles. Mas isso é a médio prazo. 

Porque no curto, Lewis Hamilton ganhou a corrida "sprint", Oscar Piastri conseguiu a sua primeira pole-position, ao lado terá George Russell e os Racing Bulls entraram na Q3. E há quem ache que não está suficientemente equilibrado...


Tempo cinzento em Xangai, com possibilidades de duas paragens entre os pilotos. Todos largavam com pneus médios, pensando em parar cedo na corrida, e também tentando ficar até ao final da prova, se a temperatura do asfalto ajudasse. A hipótese era tentadora...

A partida foi normal: Piastri na frente de Russell, apesar de este o ter tentado passar nos metros iniciais, com Hamilton a chegar a quarto. Depois das suas primeiras curvas, Norris ganhou um lugar ao piloto da Mercedes, e os três já tinha, alguma vantagem sobre o britânico da Ferrari. Max perdia posições para os Ferrari, acabando em sexto no final da primeira volta. Por essa altura, tinha-se descoberto que o monegasco tinha a asa danificada por um toque do seu companheiro de equipa, mas aparentemente, o seu ritmo continuava normal em relação ao resto do pelotão.

Na quarta volta, Fernando Alonso tinha problemas de travões e andava lento na pista, acabando por abandonar. Iria ser a primeira desistência - e a única desta corrida. Por esta altura, os McLaren aguentavam Russell, numa corrida que lentamente se tornava numa procissão. 

A partir da décima volta começaram as paragens nas boxes, mas Piastri e Russel apenas lá foram na volta 15, para colocarem os seus duros. Norris e Leclerc, que eram os dois primeiros naquela altura, foram às boxes na passagem seguinte pela meta, dando a liderança provisória... ao Williams de Alex Albon! há quanto tempo é que já não viam isso? 

Entretanto, na saída das boxes, Russell saiu melhor e conseguiu passar Norris quando ambos se viram atrás do carro de Lance Stroll. O piloto da Mercedes saiu melhor, e ficou com o segundo posto. Mas o da McLaren não desistiu e duas voltas depois, partiu para o ataque e numa manobra bem ousada, ficou com o segundo lugar a Russell. Tudo isto no final da reta da meta.  

Pela metade da corrida, os McLaren estavam na frente, não muito longe um do outro, e por esta altura quem ia para as boxes, trocava para médios. Russell, o terceiro, aguentava as investidas de Leclerc, e Hamilton não estava muito longe. Todos na frente de Max, o sexto. E tirando as paragens nas boxes, onde estavam a ver se levavam os duros até ao final - alguns sim, outros nem por isso - o resto era uma... procissão. Piastri era o melhor, mantendo a sua corrida de forma adulta, mantendo a distância para Lando Norris.


Contudo, por essa altura, enquanto houve aos pilotos avisos de chuva para a parte final, Max aproximava-se de Hamilton, mas quando se esperava que o apanhasse, o britânico foi às boxes, para trocar, mantendo duros. Isto na volta 38. 

Entretanto, quem passava piloto atrás de piloto, e com médios calçados, era o Haas de Oliver Bearman. Sempre que fazia isso, dizia "ciao". Contudo, quando quer passar Pierre Gasly, este vendeu cara a derrota, porque era por um lugar nos pontos. Independentemente das estratégias, a Haas estava a dar-se bem em Xangai. Afinal, nessa altura, Ocon é sétimo, apostando na conservação dos pneus - tinha duros - o mais longe possível.  

Na volta 46, as imagens televisivas mostravam uma asa danificada no carro de Tsunoda, e ele atrasava-se na luta por um lugar pontuável. De uma certa forma, a sua corrida estava acabada. 

Perto do final, enquanto os McLaren ficaram congelados nas suas posições, Max estava colado na traseira de Leclerc, para o passar na volta 53, umas voltas antes, Jack Doohan, que quando se tentava defender de Isack Hadjar, o colocou fora da pista, acabaria com uma penalização de 10 segundos. O francês ainda tentou passar o piloto da Alpine, mas...nada, mesmo com penalização.


Na última volta, Norris teve de aguentar as investidas de Russell - o piloto da McLaren tinha problemas de travões - mas ele tinha um problema com os travões. Aguentou-se bem e o segundo lugar até foi uma vitória. Atrás, Hamilton tentou apanhar Leclerc, que tinha os pneus no limite, mas o resultado foi o mesmo: o monegasco foi quinto, na frente do britânico. Os Haas saíram de Xangai felixes, com o sétimo posto de Ocon, numa estratégia excelente, e Oliwer Bearman conseguiu o ponto do décimo posto, atrás do Williams de Alex Albon, depois dos médios do seu carro terem dado o que tinham a dar. 

Ah... e Liam Lawson foi quarto... a contar do fim. Sem incidentes. Marko o deixa a pé antes de chegaram à Europa?

E assim foi a corrida chinesa. Sem estórias para contar, em contraste com a corrida australiana da semana anterior. A não ser que os McLaren tem tudo controlado. Agora são duas semanas até Suzuka.