sábado, 18 de fevereiro de 2023

A imagem do dia


Custa a crer, mas se ainda andasse entre nós, Enzo Ferrari estaria hoje em Maranello a comemorar os seus 125 anos. O "Commendatore", que foi piloto e fundou uma marca, marcando uma página no automobilismo mundial, foi sempre uma personagem ao mesmo tempo intimidadora e enigmática, do qual a sua "persona" ajudou imenso nesse mito. 

E em muitos aspectos, ele mesmo ajudou a consolidar esses mitos. Um exemplo? Não costumava entrar em elevadores. E não existia um motivo aparente, apenas porque... sim. 

Também não era muito de entrar em aviões. Era muito excepcional. Uma das poucas ocasiões em que fez isso foi por absoluta necessidade. Foi em 1982, para as negociações que deram origem ao primeiro Acordo da Concórdia. De resto, quase nunca saiu de Itália, e ia a Monza nas qualificações do GP de Itália, durante os anos 50 e 60, deixando de ir a partir do final dessa década. E não recordo de ter ido alguma ocasião a Imola. À medida que a idade avançava, ficava em Maranello e pouco mais. 

A relação com os pilotos era, no mínimo, complicada. Pressionava-os para ultrapassar os seus limites. Em alguns aspectos, ele é o responsável moral pelas mortes de pilotos como Eugenio Castelloti e Luigi Musso. O primeiro, porque exigiu que estivesse em Modena numa sessão de testes, quando estava em Milão. Guiou a noite inteira e quando chegou estava cansado, e pegou num carro que não era facilmente controlável. Os seus reflexos estavam afetados quando perdeu fatalmente o controlo do seu carro. No segundo caso, foi um pouco a puxar pelo seu orgulho, contra o lobby britânico de Mike Hawhtorn e Peter Collins. E ainda por cima, os rumores de que devia muito dinheiro devido às suas dívidas de jogo ajudaram no seu fim, em Reims, ajudaram nisso. 

Muitos anos depois, Dan Gurney disse que essas pressões suas eram suficientes para que largasse o seu lugar na sua equipa, em 1959. 

Para colocar pilotos uns contra os outros, Ferrari conseguia ser fantástico. 

Um dia, muitos anos depois do final da relação, John Surtees visitou o "Vecchio" e passaram um tempo agradável. No final, Ferrari disse a ele que o melhor é ficar com as coisas boas. E era verdade: o final da relação, em 1966, foi acrimoniosa, por causa dos favoritismos de Dragoni, o diretor desportivo, sobre Bandini, e de ele ter sido preterido de guiar o carro nas 24 horas de Le Mans desse ano. Surtees guiou uma noite inteira até Maranello, onde ambos discutiram e ele decidiu ir embora da Scuderia, com efeito imediato. E isso, semanas depois de ter ganho uma corrida à chuva em Spa-Francochamps, com a sua equipa na Formula 1. E muitos afirmam até hoje que foi essa tempestade que impediu Surtees de lutar por um segundo título mundial contra Jack Brabham.  

Bem vistas as coisas, a Ferrari é, se calhar, a equipa mais mortífera do automobilismo. Para terem um exemplo, a Lotus "só" matou seis pilotos em toda a sua história: Alan Stacey, Ricardo Rodriguez,  John Taylor, Jim Clark, Jochen Rindt e Ronnie Peterson. Isso, a Ferrari conseguiu... em 10 anos, entre 1957 e 67: Castelloti, Musso, Collins, Alfonso de Portago, Wolfgang von Trips e Lorenzo Bandini. E em duas ocasiões, com Portago (nas Mille Miglia) e von Trips (no GP de Itália), espectadores foram envolvidos e essas fatalidades causaram consternação e condenação. 

Mas também sempre se gabou de ter dado chances a desconhecidos, nos anos 60 e 70. Foi ele que deu a primeira chance a pilotos como os irmãos  Rodriguez, Clay Regazzoni, Ignazio Giunti, Arturo Merzario, e especialmente, Niki Lauda e Gilles Villeneuve. No primeiro caso, o austríaco era um piloto pagante na BRM, mas tinha a capacidade de mexer nos carros, torná-los melhores. E sabia guiar. Regazzoni, seu companheiro de equipa nessa equipa, recomendou-o e graças a isso, pagou-lhe o que devia aos bancos - quase 50 mil libras - deu-lhe um bom salário, e retribuiu com dois títulos mundiais. E quase acabou vitima dos seus carros, em Nurburgring, regressando 40 dias depois. Mas isso, como sabem, deu filme.

O que poucos sabem é, em 1977, depois de ter sido atacado na imprensa e de ter sentido que Ferrari lhe "tinha feito a cama", por causa de contratação de Carlos Reutemann, Lauda conseguiu ser suficientemente pragmático para conquistar o bicampeonato antes de Monza. Depois. largou a bomba, sem avisar ninguém: ia para a Brabham. Ferrari foi o primeiro a ser avisado, com o "fait accompli", o que - alegadamente - ele respondeu com um espontâneo "Ebreo!" (Judeu!) 

Mas logo a seguir, fez o mesmo com Villeneuve. Inscreveu-o como terceiro piloto em Mosport - a última ocasião onde Ferrari inscreveu três carros - e a sua velocidade e carisma foram suficientes para ficar na Scuderia e ganhar o coração dos fãs. Mas quando aconteceu Imola, em 1982, quando Didier Pironi levou a melhor, o rumo iria ser semelhante ao de Lauda, se o Destino não interviesse.

Em suma, ame-se ou deteste-se, Ferrari é uma personagem fascinante. Não admira que Hollywood queira fazer filmes sobre ele. Michael Mann andou no verão passado a fazer um "biopic" sobre ele, e outro sobre a sua rivalidade com Ferruchio Lamborghini também foi estreado neste outono passado. 

É uma pessoa do qual ninguém fica indiferente.   

No Nobres do Grid deste Fevereiro...


Ken Block, piloto de ralis americano, morreu tragicamente no passado dia 3 de janeiro, aos 55 anos, na sua quinta no Utah, onde estava a passar uns dias com a família, depois do Ano Novo. Sofreu um acidente fatal enquanto andava a relaxar com amigos numa moto de neve. Esta escapou-lhe das mãos e caiu em cima dele, causando morte imediata.

E claro, as ondas de choque por este final abrupto e inesperado foram enormes. Todas as personalidades importantes do automobilismo deram as suas homenagens, realçando a pessoa e admirando as suas habilidades ao volante de um carro de ralis. (...)

(...) Mas faço a pergunta: que razão alguém como a FIA e o WRC decide tomar uma atitude destas, de um piloto que só conseguiu 18 pontos no total e como melhor resultado um sétimo lugar no Rali do México de 2013? Um piloto cuja carreira foi muito marginal, que começou muito tarde, nunca foi um piloto oficial de qualquer marca e sequer foi campeão nacional na América?

A resposta foi uma: impacto. Ou se preferirem ser especificos, as "Ghynkhanas". E os americanos sabem montar um espectáculo.


Como piloto de ralis, Ken Block foi modesto, mas no resto, os seus vídeos das "ghynkhanas" foram vistos por milhões. E para além disso, tinha uma equipa por trás que sabia montar um espectáculo sempre que ele sentava num carro e iria correr. O melhor exemplo disso é o vídeo-documentário da temporada de 2022 da Rally America, onde relataram as provas em que participou a bordo de um Hyundai i20 WRC do ano anterior. 

E é por causa desse impacto que a reação da FIA é, de uma certa forma, justificada, especialmente por causa da história dos números fixos ser algo muito recente.

Sobre isso e mais falo neste mês no Nobres do Grid

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

WRC: Letónia junta-se ao calendário em 2024


O WRC anunciou esta sexta-feira que em 2024 o campeonato passará pela Letónia, num acordo feito com os organizadores. A prova, em gravilha, é considerada como das mais desafiantes do Europeu de ralis e este "upgrade" para o estatuto mundial irá colocá-los no mapa dos ralis. 

Por agora, nada se sabe sobre a sua data e se irá substituir alguma prova do calendário, ou se este será alargado. 

Sempre foi nosso objetivo manter pelo menos um lugar no calendário do WRC disponível para permitir que um evento pudesse mudar do ERC para o WRC”, disse Peter Thul, representante do Promotor do WRC à Autosport britânica.

Tet Rally Latvia torna-se no primeiro a receber esta vaga, e é um claro reconhecimento da sua excelência esportiva e promocional e o compromisso do governo letão com os ralis." continuou. 

"Esta decisão destaca a importância estratégica das regiões bálticas para o WRC. Temos um relacionamento de longa data com o parceiro de transmissão TV3 e esperamos expandir a colaboração com eles para o evento de 2024. Isso, assim como nossa rede cada vez maior de mais de 50 emissoras em mais de 150 países, torna o WRC um dos campeonatos de automobilismo mais vistos do planeta.”, concluiu Thul.

Do lado do organizador, a satisfação era mais que evidente. 

Este é um sonho tornado realidade. Nosso trabalho, que começou há muitos anos, finalmente foi concluído com um caminho claro para a Letônia sediar um evento do WRC em 2024”, afirmou Raimonds Strokss, diretor do Tet Rally Latvia.

"Para a RA Events como organizadora de eventos, este é um marco tremendo que carrega consigo uma enorme responsabilidade. Mas temos parceiros tão confiáveis no governo da Letônia, nossa cidade de rally Liepaja, nossa capital Riga e nosso patrocinador geral Tet - além de muitos mais. Atrás disto tudo existe uma equipa ainda maior de entusiastas, com quem podemos fazer isso e estamos prontos para enfrentar todos os desafios que temos pela frente.”, concluiu.

A chegada do rali da Letónia ao calendário apresenta novos desafios. Agora, o WRC têm 13 provas, nove dos quais na Europa - as exceções, em 2023 são o Safari, no Quénia, o México e Chile, na América do Sul, e o Japão, na Ásia - e sabe-se que a organização do WRC quer ralis nos Estados Unidos e Arábia Saudita, bem como se fala no regresso da Grã-Bretanha ao calendário, caso o organizador arranje financiamento para a corrida. 

Com a relutância das marcas em ter um calendário alargado, porque isso significaria "stress" para os seus orçamentos, resta saber se existirá um alargamento ou que ralis é que sairão para entrar a Letónia e outros ralis. 

Alpine: Gasly e Ocon falam do A523


A Alpine terá em 2023 uma dupla totalmente francesa, constituída por Esteban Ocon e Pierre Gasly, algo do qual já não tinha há muito tempo. Pilotos com potencial - cada um tem já uma vitória na Formula 1 - esperam que nesta equipa consigam alcançar os objetivos a que se propõem. E estão ansiosos por trabalhar no novo carro. 

Ocon, que está no seu terceiro ano com a Alpine, mais a temporada de 2020, com a Renault, espera acrescentar mais alguma coisa ao seu palmarés em 2023, para além do que já conseguiu, e afirmou estar entusiasmado pelo potencial do chassis na temporada que está à esquina.

Estou muito entusiasmado com a próxima temporada com a BWT Alpine F1 Team, o meu quarto ano com a família Enstone-Viry. Mostrámos alguns grandes progressos em 2022 e todos em França e no Reino Unido têm estado a trabalhar arduamente no desenvolvimento do carro para 2023. Mal posso esperar para iniciar a temporada para continuar a trajetória ascendente do ano passado, e estou ansioso por testar o carro no teste de pré-época.", começou por afirmar.

"A carroçaria está fantástica – sobressai mesmo – e tenho a certeza de que vai ser igualmente fantástica na pista. Tenho trabalhado muito durante o inverno para me preparar para o início da época, sinto-me em muito boa forma e, neste momento, estou pronto para correr”, concluiu.

Já Gasly, que é novato na equipa, depois do seu percurso na Toro Rosso e na Alpha Tauri, está naturalmente ansioso pela sua nova etapa na categoria máxima do automobilismo. E espera chegar ao topo com eles.

É fantástico ser oficialmente revelado como piloto da equipa de F1 Alpine BWT e estou muito ansioso por esta próxima etapa da minha carreira. Estou ansioso para ver o potencial e as capacidades do A523 nos testes de pré-época e para continuar a ficar mais confortável com a equipa. A experiência do A522 no final da época passada e os desenvolvimentos que a equipa está a trazer para o carro deste ano deixaram-me entusiasmado com o que está para vir com a Alpine. É ótimo ver a dedicação que todos em Enstone e Viry aplicam aos seus trabalhos diários em avançar de forma consistente e não posso esperar para começar a ajudar a equipa a alcançar os seus objetivos para o ano”, comentou na apresentação.

Formula 1 2023 (10) - O Alpine A523 Renault

A Alpine apresentou-se ao público nesta quinta-feira à noite em Paris. O A523 tenta ser uma evolução do carro do ano anterior, e os objetivos são bem claros: serem os quartos classificados no mundial de Construtores. Concebido por Pat FryMatt Harman, o monolugar de Enstone é uma evolução do A522, mantendo a forma de banheira no topo, tendência que foi lançada o ano passado pela Ferrari e que a Alpine adotou a meio da temporada passada.

A nova dupla de pilotos é cem por cento francesa. Fernando Alonso saiu e no seu lugar apareceu Pierre Gasly, vindo da Alpha Tauri. E encontrará Esteban Ocon.


Laurent Rossi, o CEO da Alpine, espera que  a equipa continue a manter a sua progressão ascendente rumo às equipas da frente.É sempre um sentimento de imenso orgulho quando revelamos oficialmente o nosso carro para a época seguinte. Desde que a Alpine chegou à Fórmula 1 em 2021, tenho estado ansioso por ver progressos contínuos e marcar passo em cada época e cada marco à medida que vão chegando.", começou por afirmar na apresentação do carro.

"Em última análise, nós na Alpine somos movidos por um desejo natural de correr e isso está gravado na herança da empresa e permanecerá no centro dos nossos projetos motorizados durante muitos anos. Gostaria de felicitar as equipas de Enstone e Viry – lideradas por Pat [Fry] e Matt [Harman] pelo seu trabalho excepcional na conceção e entrega do magnífico A523, que estamos todos muito ansiosos por ver em batalha na pista.", continuou

"Orgulho-me de ter confiado a Esteban [Ocon] e Pierre [Gasly] para serem a cara da marca Alpine como pilotos para 2023. Eles devem liderar a equipa profissionalmente tanto na pista como fora dela e contribuir para o sucesso da equipa na concretização dos seus objetivos. Alpine está a subir e vai continuar a subir, disso tenho a certeza”, concluiu.


Quanto à pintura rosa, a novidade é que ele será usado nas três primeiras corridas da temporada: Bahrein, Arábia Saudita e Austrália.  

Otmar Szafnauer, diretor da equipa, disse na apresentação que espera levar a equipa a mais sucesso, depois do quarto lugar na temporada passada. Ele afirma que a chave para o sucesso é a consistência e a regularidade.

Esta época do ano é muitas vezes preenchida tanto com entusiasmo como com antecipação antes de uma nova temporada de Fórmula 1. Foi uma sensação fantástica alcançar os nossos objetivos em 2022 ao terminar num merecido quarto lugar no Campeonato de Construtores; um marco saudável e significativo no nosso plano de 100 corridas, tal como delineado por Laurent [Rossi] no início da temporada. Restam-nos pouco menos de 80 corridas nesta missão e estou orgulhoso de liderar a equipa nesta jornada.", começou por dizer. 

"Para 2023, o objetivo é simples: no mínimo, devemos terminar em quarto lugar e de uma forma muito mais convincente. Com isso, significa, mais acabamentos, mais pontos e menos reformas não forçadas. Tenho grandes expectativas de todos os membros da equipa – nomeadamente Esteban [Ocon] e Pierre [Gasly] – que trabalharão em colaboração para proporcionar os melhores resultados possíveis para a equipa”, concluiu.


O carro agora ruma para o Bahrein, primeiro para os testes coletivos, depois para a primeira corrida do ano, a 5 de março. 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Youtube Formula 1 Vídeo: O trailer de Drive To Survive, temporada 5

O "Drive To Survive" chegou à sua quinta temporada e esta tarde, lançou o seu trailer daquilo que foi a temporada 2022 da Formula 1, escolhendo os seus melhores ângulos. 

Endurance: Pescarolo terá um Peugeot em 2024


A Pescarolo Sport e a Peugeot assinaram um acordo no sentido de terem um 9X8 na próxima temporada do WEC. Caso consigam o financiamento para poderem manter o carro, terão o direito de usar um dos seus chassis para todas as provas dessa temporada, o que inclui as 24 horas de Le Mans. O acordo foi hoje confirmado

A Pescarolo Sport manteve a Peugeot Sport como fabricante para o seu programa WEC Hypercar 2024 e iniciou extensas negociações com os principais parceiros com vista ao financiamento da temporada”, pode ler-se no comunicado de imprensa.

Contactada pelo site endurance-info, a Peugeot Sport confirmou a informação: “A Pescarolo Sport contactou-nos há alguns meses”, começou por responder o fabricante francês. "Depois de várias mansagens, a Pescarolo Sport decidiu montar um projeto para entrar no campeonato WEC com um Peugeot 9X8, e estamos orgulhosos que a Pescarolo Sport tenha escolhido o nosso Hypercar. O projeto está evoluindo rapidamente com os parceiros certos e pessoas experientes, e nós estão prontos para fornecer um 9X8 e o suporte técnico necessário. Esperamos que o projeto Pescarolo Sport tome forma já em 2024."

A Pescarolo Sport está a regressar à ativa, depois de quase uma década fora de competição, e já não conta com o envolvimento de Henri Pescarolo, um dos pilotos mais bem sucedidos da Endurance, vencedor de quatro edições das 24 horas de Le Mans. Agora, é Jocelyn Perdono o seu proprietário e Bruce Jouanny o diretor desportivo da equipa. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Youtube Formula 1 Vídeo: A trágica rivalidade de Villeneuve e Pironi

Há 40 anos, uma rivalidade terminava mal. Num espaço de três meses, a Ferrari, que tinha tudo para ganhar, viu desaparecer, de forma trágica, os seus pilotos. Mas antes disso, assistiu a um duelo emocionante na televisão e na pista de Imola, sem saber que tinha também assistido a uma traição entre pilotos. Que teve as consequências que conhecemos. 

A tragédia de Gilles Villeneuve e Didier Pironi é sobejamente conhecida, mas pouco contada. E agora, um documentário da Sky Sports conta a história de ambos os pilotos através das suas famílias, o que é inédito, ou seja, iremos ouvir os testemunhos de Joanne, a sua mulher, e Jacques, seu filho, mas também Catherine, a companheira de Didier em 1982, e mãe dos gémeos Gilles e Didier jr, que nasceram depois da morte do pai, num acidente náutico em 1987. 

Para além disso, temos os testemunhos de outros pilotos como Jackie Stewart e Alain Prost, este último testemunhou o acidente em Hockenheim, onde Pironi acabou abruptamente a sua carreira na Formula 1 quando ia a caminho de um título mais que certo. 

A homenagem de Alliot a Jabouille


Uma semana depois da morte de Jean-Pierre Jabouille, continuam as homenagens ao piloto e engenheiro falecido aos 80 anos, e que trabalhou na Renault e Peugeot, no primeiro, para desenvolver o motor Turbo na Formula 1, no segundo, para o seu programa na Endurance, que lhe deu dois títulos nas 24 Horas de Le Mans, em 1992 e 1993.

Desta vez calhou ser Philippe Alliot, que trabalhou com ele na marca do leão e correu a seu lado nas probas de Resistência e se tornou piloto de reserva na McLaren para a temporada de 1994, tendo corrido no GP de Hungria desse ano, em substituição de Mika Hakkinen, que tinha levado uma suspensão por causado a carambola na corrida anterior, em Hockenheim. 

O tributo de Alliot foi lido - e publicado - no dia do seu funeral, na passada sexta-feira, e devidamente traduzido, pode ser lido por aqui. 

"Jean Pierre,

Ou devo chamá-lo de Capitão Flame? O apelido que David Halliday e eu demos a você, quando dirigimos sob teu comando nos GT.

Todos os que tiveram a honra de cruzar na sua trajetória, partilharão meu ponto de vista, e minha inveja. Você era uma personagem completa e infinitamente cativante, um homem livre que viveu sua paixão por toda a vida. Você precisa de coragem para ser você mesmo e nunca teve medo. Você estava livre, porque assumiu o direito de não ceder sua amizade em dois minutos, como se produzisse uma volta rápida em uma pista. Não, eram necessárias longas sessões de testes e ajuste humanamente fino, antes de ter sucesso.

Aqueles que obtiveram a sua confiança descobriram então um amigo, excecional na gentileza e atenção. Lembro-me dos nossos primeiros encontros. Você não era fácil comigo, mas eu não tinha nada a me opor porque suas críticas sempre foram justificadas e bem explicadas. Nas entrelinhas, entendi o seguinte: “Você é tão idiota quanto rápido… mas, você é muito rápido mesmo!” E, em vez de aceitar mal, sorri por dentro.

E então um dia, sem você dizer uma palavra, eu entendi o quanto você gostava daquele “burro” que eu era. Este foi um dos troféus mais bonitos que eu poderia sonhar, porque eu sabia do teu valor excecional.

A cena a seguir aconteceu nas 24 Horas de Le Mans de 1993, durante a qualificação. Eu tinha colocado nosso Peugeot 905 na pole, mas voltei para os boxes e pedi outro jogo de pneus novos, convencido de que poderia bater o recorde da pista… e destruí o carro!

Eu temia meu retorno às boxes e sua reação terrível, mas, em vez disso, você não me culpou. Você preferiu mobilizar a equipa e olhar mais longe, a corrida, com um carro dominador. Que lição! Nossos dois personagens, embora tão opostos, conseguiram se atrair, a ponto de se tornarem inseparáveis. Isso prova que as extremos ásperos oferecem a melhor aderência, não é?

Jean Pierre, você conseguiu fazer de sua paixão um trabalho, mas também sua lenda. Você sempre será o primeiro piloto a vencer ao volante de um carro francês, movido por um motor turbo. Não poderia ser diferente, já que você investiu tanto nesse projeto louco.

Agora, ao despedir-me de ti, meus pensamentos vão para teus dois filhos, Pierre e Victor, que o deixaram tão orgulhoso.

Adeus, meu amigo. Sempre vou valorizar a chance que tive de ter sido seu amigo.

Amen."

Formula 1 2023 (8) - O Mercedes W14


Já não falta muito para acabarem as apresentações, mas a Mercedes decidiu hoje mostrar um carro parcialmente negro. E digo "parcialmente" porque os flancos... não estão pintados. São fibra de carbono puro e simples. Essa é a primeira originalidade do Mercedes W14, a nova Flecha de Prata guiada por Lewis Hamilton e George Russell, que tentará colocar a marca no rumo das vitórias, depois de um mau 2022, com apenas um triunfo. 

Com um carro onde possivelmente se conseguiu ganhos de 10 cavalos devido à fiabilidade do motor, Toto Wolff afirmou que a equipa aprendeu bastante sobre o comportamento do carro na época passada e durante a pausa de inverno conseguiu colocar na produção do W14 essas lições. “Este ano, tentamos descobrir onde podemos reduzir cada grama”, salientou. 

As nossas esperanças e expectativas são sempre de sermos capazes de lutar pelo Campeonato do Mundo”, continuou. “No entanto, os nossos adversários foram muito fortes no ano passado, e nós estamos a tentar recuperar o atraso. Correr na frente exige resiliência, trabalho de equipa e determinação. Enfrentamos todos os desafios, colocamos a equipa em primeiro lugar e não deixaremos pedra sobre pedra na perseguição por cada milésimo de segundo. Este ano apostamos tudo para regressar ao topo”.

As dificuldades da temporada passada não foram esquecidas pelo CEO e chefe de equipa da Mercedes, na apresentação do W14 que mantém o conceito de ‘Zero sidepod’. “O ano passado foi difícil, mas aprendemos bastante. Espero que 2023 seja a prova de que compreendemos como desvendar os problemas e melhorar o carro. O W13 teve certamente um desempenho que nunca fomos capazes de desbloquear e colocar todo o downforce em pista. O nosso carro teve um desempenho muito bom no final da temporada.", concluiu.


Quanto a pilotos, Lewis Hamilton continua muito motivado a correr, apesar de um 2022 muito complicado, onde pela primeira vez na sua carreira, não conseguiu qualquer triunfo. 

Adoro fazer parte de uma equipa que está a trabalhar num objetivo comum. Continuo a amar as corridas, isso nunca irá mudar, fazem parte do meu ADN e acredito que posso melhorar”, explicou o piloto britânico. “Não é o mesmo carro todos os anos, está sempre a mudar, há sempre novas ferramentas, há sempre um novos desafios que temos de nos habituar e adoro isso. Por isso, estou a planear ficar um pouco mais. Estamos todos ansiosos por ir lá fora e ver como se comporta. E também para ver onde estão todos os outros”, concluiu.


George Russell, o único que ganhou corridas em 2022, afirma-se otimista em relação ao novo carro devido ao seu forte desenvolvimento que, por exemplo, fez com que o "porpoisioing" fosse muito diminuído, e assim os pilotos sofram menos com a sua performance. 

"Estou incrivelmente impressionado com a forma como a equipa desenvolveu o carro durante toda a época passada. Ao longo de 2022, temos vindo a ganhar dinamismo e estamos excitados por ver como foi o progresso durante o inverno”, começou por dizer. “Esteticamente parece fantástico! É ousado, agressivo e destaca-se”, continuou.

Tem sido um longo inverno e há muita ansiedade para ver se o W14 está à altura das nossas expectativas. Estou entusiasmado e, embora haja muito de conversa nesta altura da época, precisamos agora de ver qual é o nosso desempenho quando o carro for para a pista”, concluiu.


Resta saber no Bahrein se isso resultou ou não. Depois da apresentação, o carro foi para o "shakedown" na pista, para verificar se todos os sistemas estão em ordem. Na semana que vêm, irá estar presente nos testes coletivos da competição. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

A imagem do dia


No meio das noticias corridas das apresentações e do automobilismo, que nunca para, como sabem, na passada sexta-feira aconteceu, em St Pierre de Montfort, no centro de França, as cerimónias fúnebres de Jean-Pierre Jabouille, que morreu no passado dia 2 aos 80 anos, depois de alguns anos a debater-se com a doença de Alzheimer. 

Um exemplar do seu Renault RS20, o carro no qual deu à marca do losango a sua primeira vitória de um motor Turbo na Formula 1, no GP de França de 1979, esteve à porta da igreja onde decorreram as suas exéquias, e muitos dos mecânicos que serviram na marca no seu tempo. Mas também mecânicos que trabalharam na Peugeot e Matra, na Endurance, também lá estiveram a prestar a sua homenagem, bem como alguns dos seus amigos, desde ex-pilotos, como Philippe AlliotAlain ProstFrancois Mazet, Michel Leclere, Jean Louis Schlesser, Cyril Neveu, Jacques Laffite (seu cunhado, a propósito), Hugues de Chaunac, o fundador da ORECA, e até os pais de Pierre Gasly, que é, como sabem, o novo piloto da Alpine. 

Em suma, teve toda a fina flor do automobilismo de um tempo que, agora sabemos, está a acabar. 

No Nobres do Grid deste mês...

"Ainda me lembro bem de boa parte do pelotão quando comecei a assistir aos Grandes Prémios, na minha infância, como boa parte de vocês. Pilotos que, no inicio dos anos 80 do século passado, corriam em carros feitos em alumínio ou em fibra de carbono, com e sem Turbo, com capacetes de diferentes cores e padrões que ficavam para toda uma carreira – e não mudados 365 ocasiões por ano! – e correndo às voltas em pistas, na maior parte das quais na Europa e Estados Unidos. Claro, cheguei a assistir a corridas no parque de estacionamento de um casino, mas esses arranjos eram típicos do Bernie Ecclestone. Agora, fizeram da Península Arábica um novo ponto de paragem da Formula 1. 

Mas ainda recordo dos seus pilotos, desde os mais consagrados até aqueles que conseguiram comprar um lugar e estar na primeira fila para correr entre os consagrados. Não os chamarei de gentleman drivers porque não são amadores ricos, mas chamá-los de profissionais qualificados é algo que tende ser exagerado. (...)


(...) Quem não sabe, [Slim Borgudd] foi um piloto sueco que teve uma carreira invulgar, primeiro como musico – era baterista de grupos locais no inicio dos anos 60 – e amigo pessoal de Benny Andersson e Bjorn Ulaevus, dois dos membros da banda ABBA. Seguindo a sua carreira automobilística, chegou à Formula 1 em 1981, aos 34 anos de idade, com o apoio dos seus amigos, e arranjou um lugar na ATS. E em Silverstone, com uma corrida de atrito, acabou no sexto lugar, conseguindo um ponto. No ano seguinte, correu em três provas pela Tyrrell, antes do dinheiro acabar e ser substituído pelo britânico Brian Henton. 

Pois bem, depois de uma longa carreira, Borgudd decidiu ir morar em Coventry, na Grã-Bretanha, onde se encarregou de montar uma preparadora, a Slim Racing. E recentemente, dei por mim a ler um apelo numa entrada de um amigo meu nas redes sociais, onde fala que Borgudd, agora com 76 anos, sofre do mal de Alzheimer, e precisa de ser cuidado de forma permanente. Essa pessoa tinha feito uma angariação de fundos, no sentido de arranjar 10 mil libras para fazer a sua vida mais agradável. À altura em que escrevo estas linhas, conseguiu cerca de 8600 libras, através da plataforma de crowdfunding justgiving.com. Alguns já deram 750 libras, o que é um feito, mas esta é uma doença sem cura e o melhor que se pode fazer é tornar a sua vida mais confortável.

E depois, começo a pensar nessa geração. Nem todos acabaram a sua existência com uma bola de fogo e pedaços a voar por todos os lados. Lembro dos últimos dias de Niki Lauda, enfermo com uma doença nos rins que o fazia entrar e sair do hospital, para além dos plumões, os mesmos que ficaram afetados pelo seu acidente no Nordschleife, em 1976. O facto de ter vivido mais de 40 anos com orgãos danificados foi um feito, mas no final, apesar das cicatrizes físicas e psíquicas, ficou enfraquecido e sofreu bastante até morrer. (...)


Este é de janeiro (atrasou-se a data da sua divulgação, é verdade), mas como quero ser honesto, coloco aqui o que escrevi há quase mês e meio, porque... primeiro, na altura, não estava divulgado o deste mês, mas agora lá está, e será mostrado nos próximos dias.

Contudo, há outro bom motivo para falar deste artigo neste mês. Como é sabido, outro dos pilotos do passado acabou por morrer, Jean-Pierre Jabouille, por causa de outra das doenças que estão a ser associadas à velhice, que é o Alzheimer, a mesma doença que afeta Borgudd. Portanto, mais um motivo para ler no Nobres do Grid o que andei a escrever. 

Até mais!

Formula 1 2023 (7) - O Ferrari SF-23


E hoje foi o momento da Ferrari mostrar o seu chassis. O SF-23 é apresentado esta manhã em Maranello numa altura de novo ciclo, onde a cúpula substitui Mattia Binotto por Frederic Vasseur, que chega com a missão de levar a Ferrari ao topo, uma missão sempre espinhosa, e nem sempre bem sucedida.

O carro aparenta ser uma evolução do SF-75, o carro anterior da marca, segue a filosofia de flancos largos, mas aparentemente mais curtos, ao passo que as entradas para os radiadores são mais pequenos. E espera-se que a unidade de potência tenha resolvido os seus problemas que o afetaram ao longo da temporada passada, que deixaram os seus pilotos em situações embaraçosas, que comprometeram na sua luta pelos campeonatos de pilotos e construtores. 

As unidades motrizes foram congeladas desde o ano passado, incluindo fluidos, petróleo e combustível, e as únicas modificações permitidas são as relacionadas com a fiabilidade, que foi o nosso calcanhar de Aquiles na época passada”, começou por afirmar Enrico Gualtieri, chefe do departamento de unidades motriz da Ferrari. 

Concentrámo-nos no motor de combustão interna e nos motores elétricos. Simultaneamente, tentámos capitalizar a experiência adquirida nas pistas na época passada e analisámos todas as reações e sinais de fraqueza dos componentes da unidade que utilizámos. Também revimos os nossos procedimentos de montagem. Tentámos compreender as causas profundas dos problemas que encontrámos na pista e utilizámos todas as nossas ferramentas disponíveis para tentar resolvê-los. Envolveu todas as áreas, desde a conceção à experimentação para tentar e testar novas soluções num espaço de tempo muito curto. O trabalho nunca termina, com base na melhoria contínua dos componentes para tentar alcançar o nível de fiabilidade exigido”, concluiu.


Quanto ao carro, Enrico Cardile, designer chefe da Ferrari, referiu que a equipa conseguiu encontrar mais downforce no novo desenho, que julgam ser mais radical que no SF-75.

No lado aerodinâmico, aumentamos o downforce, para nos adaptarmos mais às novas normas e alcançar as características de equilíbrio desejadas. A suspensão também foi redesenhada, para apoiar a aerodinâmica e aumentar a gama de ajustes que podem ser feitos ao carro na pista. As mudanças mais óbvias encontram-se na área da suspensão dianteira, onde temos agora uma barra de direção mais baixa. A asa dianteira também difere, tal como a construção do nariz, enquanto a carroçaria é uma versão mais extrema do que vimos na época passada”, afirmou.


Já entre os pilotos, Charles Leclerc fala positivamente do carro, apesar de só o ter experimentado no simulador, antes de o levar à pista em Fiorano, e espera que as melhorias sejam suficientes para desafiar o carro da Red Bull na luta pelos títulos.

No simulador as sensações são positivas – há algumas diferenças comparado com o carro anterior, por isso precisamos de adaptar um pouco o estilo de condução – mas no geral a sensação é boa. Parece que as fraquezas que tivemos no ano passado são menos evidentes este ano, que é o objetivo, mas ainda precisamos de esperar. Queremos melhorar – o ano passado foi um bom passo em frente, precisamos de fazer o mesmo este ano e esperamos conseguir o campeonato, que é o alvo para toda a equipa e é o alvo para mim também. Precisamos conseguir mais vitórias, esperamos ser mais consistentes desde a primeira até à última corrida”, disse o monegasco.

Depois da apresentação, o carro foi para a pista em Fiorano, e os pilotos aparentemente ficaram felizes por andar nele. Depois, seguirá para o Bahrein, primeiro para os testes coletivos, depois para a primeira corrida do ano, a 5 de março.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Formula 1 2023 (6) - O Aston Martin AMR23


E depois da McLaren, a Aston Martin. A equipa britânica apresentou o Aston Martin AMR23 esta noite, na sua sede, com Fernando Alonso e Lance Stroll como pilotos. Para além deles, estiveram Mike Krack, o diretor de equipa, e Lawrence Stroll, o patrão da equipa. 

A equipa espera que mantenham ou melhorem o desempenho que tiveram na segunda metade da temporada passada, onde conseguiram 37 dos 55 pontos obtidos em 2022, e onde os seus pilotos, que antes tinham lutado algumas vezes pelo único ponto possível, passaram a ocupar lugares mais acima na tabela classificativa.


Mike Krack falou disso mesmo na apresentação:

A segunda metade de 2022 mostrou sinais reais de progresso à medida que trabalhávamos arduamente no desenvolvimento do carro. Para este ano, o nosso objetivo deve ser a construção de um carro que possa cumprir plenamente o seu potencial de desempenho desde o primeiro momento em que atinge a pista. É necessário dar um forte início ao ano, e depois manter esse impulso, se quisermos fazer mais progressos em direção à frente da rede.", começou por afirmar. 

"E, como organização, estamos a trabalhar arduamente para o conseguir, e para reforçar ainda mais todas as áreas da equipa. Já conhecemos os pontos fortes comprovados dos nossos departamentos – a chegada de Fernando [Alonso], em parceria com Lance [Stroll], sublinha ainda mais a enorme profundidade e alcance do nosso pelotão de pilotos. Parece que cada elemento desta organização está realmente a trabalhar bem em conjunto.”, concluiu.

O pai de Lance Stroll avisou durante o evento de apresentação do AMR23: “Quando fico excitado com alguma coisa, fico muito apaixonado. E quando fico apaixonado, ganho”.


Já Fernando Alonso, que chega este ano em substituição de Sebastian Vettel, que se retirou no final da temporada passada, afirmou que o carro ainda não deverá ser possível lutar por vitórias, mas está otimista para a segunda parte da temporada.

A Aston Martin está a dar os passos necessários para vencer num futuro próximo”, começou por dizer Alonso, na apresentação do novo bólido. “A equipa está determinada a tornar-se um concorrente do campeonato e fará tudo o que for preciso para lá chegar. É uma questão de tempo até que Aston Martin esteja a ganhar corridas e campeonatos”, continuou. 

O experiente piloto espanhol - agora, aos 41 anos, é o mais velho do pelotão - salientou que crê em vitórias nesta temporada. “Sou honesto quanto a isso”, começou por dizer, mas “ao mesmo tempo, queremos ter, como eu disse, um bom carro para começar a trabalhar e desenvolver esse carro durante toda a temporada. Talvez na segunda parte do ano, possamos chegar mais perto [da frente] se houver uma oportunidade. [Se] existirem condições variáveis, se a oportunidade aparecer não a vamos perder”, concluiu.


Já Lance Stroll, afirmando sobre o novo carro da equipa, fala sobre o que aí vêm e o que espera que as novidades possam fazer na temporada que aí vêm. 

Olhando para o AMR23, posso ver muitos novos conceitos e algum trabalho agressivo em torno de todo o carro e aerodinâmica que nos deve realmente ajudar ao entrarmos no segundo ano deste novo regulamento [técnico]”, começou por dizer.
 
Sobre o facto de ir trabalhar pela primeira vez com Fernando Alonso, o piloto canadiano disse estar “ansioso por trabalhar com Fernando. Tenho-me dado sempre muito bem com ele e será fantástico correr ao seu lado”, garantiu.

A equipa fará nos próximos dias um shakedown do seu carro, antes de rumar para o Bahrein, primeiro para os testes coletivos, e depois para a primeira corrida do ano, a 5 de março. 

Formula 1 2023 (5) - O McLaren MCL60



E hoje, chegou o McLaren MCL60. O carro de 2023, cujo nome de código serve para homenagear os 60 anos da fundação da equipa, é uma evolução do MCL36, esperando que seja bem melhor que esse chassis. Lando Norris continua, mas este ano terá a companhia de um novato com muito potencial, o australiano Oscar Piastri.   

Na apresentação, em Woking, Zak Brown afirmou que 2022 foi desafiante, mas com a entrada em cena de Andrea Stella como diretor de equipa, do novo túnel de vento e do novo simulador de corridas, esperam que seja o inicio de uma recuperação que os leve novamente ao topo, numa altura em que se fala de conversações para terem os motores Honda, que neste momento estão na Red Bull. 


Temos o prazer de lançar a nossa equipa de Fórmula 1 para 2023 com Lando [Norris] e Oscar [Piastri] ao volante, quando celebramos os 60 anos da McLaren Racing. O alinhamento de pilotos deste ano é extremamente entusiasmante, uma vez que o Lando, um piloto inteligente, confiante e com excelente ritmo, acompanhado por um dos maiores talentos do desporto motorizado, o Oscar.", começou por dizer Brown.

2022 foi uma época desafiante no nosso esforço contínuo de levar a equipa para a frente da grelha. Aprendemos muito e isso foi levado para o desenvolvimento do carro, uma vez que toda a equipa trabalha arduamente para se preparar para mais um ano. Sob a orientação do Andrea Stella, que se mudou para a posição de Team Principal em dezembro de 2022, temos uma excelente equipa e podemos esperar ver a nossa jovem dupla de pilotos continuar a fazer crescer a sua parceria durante a próxima época.”, continuou.

Ser uma das equipas mais antigas da grelha de Fórmula 1 e marcar o nosso 60º aniversário como equipa de corrida é uma excelente conquista. Temos uma riqueza de história que remonta a quando Bruce McLaren formou a McLaren Racing pela primeira vez em 1963, portanto, é apropriado honrarmos as últimas seis décadas através do nome do nosso concorrente de 2023, o MCL60. Este é o início de várias comemorações de aniversário que serão exibidas ao longo do ano. Estamos agora ansiosos por voltar a estar no caminho certo no Bahrein. Será óptimo ver o MCL60 em ação antes da época de 2023. Vamos às corridas!”, concluiu.


Em relação aos pilotos, uma mistura de talento e juventude está presente. Se o patrão está entusiasmado com isso, os pilotos são outra história. Norris, que apesar da sua juventude - tem 23 anos - já está a começar a sua quinta temporada e tem talento de sobra para alcançar pódios e vitórias. Na apresentação, afirmou que quer colocar o potencial do novo carro na pista.

Estou ansioso por voltar à pista e ao volante do MCL60 pela primeira vez. O novo carro parece ótimo, e todos os envolvidos na construção desempenharam um papel importante”, começou por afirmar o piloto britânico. 

Este é o meu quinto ano na Fórmula 1 e espero continuar o bom momento positivo para a nova temporada, após um ano de corridas sob a nova era de regulamentos. Tem sido um bom desafio adaptação a essas alterações e sinto que estou numa boa posição para continuar a melhorar como piloto. Tenho apreciado a minha viagem com a equipa até agora e estar envolvido no 60º aniversário da McLaren é um privilégio. Continuarei a trabalhar arduamente ao lado de Oscar ao longo deste ano memorável, enquanto procuramos maximizar as oportunidades de somar pontos”, concluiu.


Já o novato Piastri, que substitui o seu compatriota Daniel Ricciardo, tem um desafio pela frente, conseguir aliar o seu talento ao carro que irá ter. Já afirmou que está “satisfeito por começar com a McLaren e fazer a minha estreia na Fórmula 1 esta temporada”, acrescentando que a pré-temporada serviu para trabalhar “arduamente para me preparar para o próximo ano. O tempo que passei na fábrica e o simulador tem sido agradável e produtivo, e todos na equipa têm sido acolhedores”.

Quanto à máquina nova, o MCL60, Piastri afirmou: “O MCL60 é impressionante e vai ser um ano memorável, não só para mim, na minha época de estreante, mas também para a equipa que celebra os 60 anos. O desafio que se avizinha é emocionante e estou ansioso por conduzir com Lando enquanto trabalhamos muito para somar pontos ao longo da temporada”.

Depois do "shakedown" e das filmagens, o carro seguirá para o Bahrein no final do mês, no sentido de participar nos testes coletivos e para a primeira corrida do ano, a 5 de março.

Felix da Costa: o pódio no seu centésimo ePrix


António Félix da Costa estava radiante no final da sua corrida em Hyderabad. Logo no seu centésimo ePrix, e com uma modesta posição na grelha, o piloto português da Porsche conseguiu fazer uma corrida consistente, evitando as confusões do pelotão e subindo paulatinamente até um quarto lugar que virou pódio por causa da penalização de Sebastien Buemi.

No final do dia, com o troféu na mão, e satisfeito por alcançar o seu primeiro grande resultado pela Porsche, deu as suas impressões sobre a corrida e a temporada, até agora. Ele que ajudou a marca alemã a chegar à liderança do campeonato de construtores. 

Foi um dia emocionante. Olhar para as 99 corridas que já fiz neste campeonato ajudou-me a fazer esta corrida. Ganhámos 10 posições, depois de largar do 13.º lugar. Não tem sido um início de temporada fácil, mas vejo quem me continua a apoiar. É uma questão de tempo até começarmos a andar nestas posições de forma mais regular”, disse Félix da Costa.

Agora, a Formula E segue para paragens sul-africanas, onde dentro de duas semanas acontecerá o ePrix da Cidade do Cabo. 

WRC 2023 - Rali da Suécia (Final)


Ott Tanak conseguiu o que queria: triunfar pela Ford. Conseguiu bater Craig Breen e Thierry Neuville, os pilotos da Hyundai, e Kalle Rovanpera, o melhor dos Toyota, que não foi além do quarto posto e perdeu a liderança do campeonato. Apesar de tudo, os quatro primeiros ficaram separados por uma curta margem: 25,7 segundos.

Significa obviamente muito para mim, entrar num carro novo e entregar à M-Sport esta vitória”, começou por dizer Tänak, depois de cortar a meta. “É um grande esforço para eles, lutarem contra fabricantes tão grandes. Tenho a certeza de que estão a receber um pouco de pressão vindo de mim, mas enquanto estiver a conseguir resultados, então estamos todos a ganhar. É ótimo fazer parte desta equipa”, concluiu.

Craig Breen, mesmo sem triunfar, e com uma penalização na parte final, encarou este resultado como um alivio. "Honestamente precisava disto para o meu próprio equilíbrio," começou por referir na conferência de imprensa final. "Foram meses muitos duros, praticamente um ano. Não digo que perdi a confiança em mim, mas foi difícil manter a ideia de que ainda era competitivo.", concluiu.

Com três especiais para terminar neste domingo, uma passagem dupla por Västervik, antes a Power Stage em Umea, começou com Kalle Rovanpera a triunfar, 1,5 segundos na frente de Ott Tanak e 2,7 sobre Thierry Neuville. Craig Breen perdia 4,5 segundos e via Neuville bem perto de si. O belga carregou e triunfou na segunda passagem pela mesma especial, 3,8 segundos na frente de Breen, e seis segundos sobre Rovanpera, que tentava chegar ao pódio. Tanak perdia 6,9, mas parecia que o irlandês seria penalizado em 10 segundos, o que fazia Neuville subir para a segunda posição.

No final, na Power Stage de Umea, Esapeka Lappi triunfou, ficando com os pontos extra, 0,6 segundos na frente de Elfyn Evans, e Ott Tanak era terceiro, a 0,7. Breen ficou na frente de Neuville, suficiente para recuperar o segundo posto. 

Depois dos quatro primeiros, Elfyn Evans aparece num distante quinto, a 1.24,0, muito distante de Pierre-Louis Loubet, sexto a 5.59,0. Esapekka Lappi foi o sétimo, a 7.42,4, na frente de Oliver Solberg, o melhor dos Rally2, a 7.48,1. Ole Christian Veiby foi o nono, a 8.30,4, na frente de Sami Pajari, que fechou o "top ten" a 9.03,2. 

Na geral, Tanak lidera com 41 pontos, mais três que Kalle Rovanpera e mais nove que Thierry Neuville. O próximo rali acontecerá no México, entre os dias 16 e 19 de março.    

domingo, 12 de fevereiro de 2023

A imagem do dia


Foi ontem, as este fim de semana assinalou-se algo que é importante: há meio século, em Interlagos, acontecia o primeiro GP do Brasil a contar para o Mundial de Formula 1. E num autódromo cheio, a vitória "ficou em casa", graças a Emerson Fittipaldi.

Desde que Emerson foi para a Europa, teve a ascensão arrepiante até ao topo - do inverno de 1969 até meio de julho de 1970, ele passou da Formula Ford para a Formula 1 - começou a triunfar contra uma concorrência muito forte. Também as sortes que teve na Lotus, especialmente com a morte de Jochen Rindt, e a vitória no GP dos Estados Unidos de 1970, mostrou que tinha estofo de campeão.

Os brasileiros não perderam tempo. Tinham um excelente circuito, Interlagos, e poderiam fazer uma temporada sul-americana graças ao tempo bom que tinham no início do ano. Em 1972, fizeram uma proba de ensaio - na altura, era obrigatório - e as coisas correram bem. E ter uma corrida na América do Sul, depois da Argentina, era mais um motivo para escapar ao inverno no hemisfério Norte.

A 11 de fevereiro de 1973, tudo estava pronto para receber máquinas e pilotos. E ainda tinha algo melhor: Emerson era campeão e tinha ganho a corrida anterior, em Buenos Aires, depois de passar os seus maiores rivais, os Tyrrell de Jackie Stewart e Francois Cevért

Estava um dia de muito calor, e os bombeiros acalmavam a multidão com mangueiradas nas bancadas enquanto não começava a corrida. A pole tinha sido de um Lotus, mas o de Ronnie Peterson, com Emerson a largar de segundo, em 20 carros inscritos, um deles o de Luiz Pereira Bueno, o "Peroba", que faxia a sua única corrida de Formula 1 num Surtees TS9B, a quatro voltas do vencedor. Mas na partida, o brasileiro largou bem, e manteve o primeiro posto até à bandeira de xadrez, para delírio dos locais, e de Colin Chapman, que largou o chapéu no ar, para comemorar mais uma vitória de um dos seus carros.  E melhor ainda: Emerson saia dali com a liderança reforçada, oito pontos na frente de Stewart. 

Parecia que estava imparável, rumo a novo título. Parecia... mas isso é uma história que será contada ao longo deste ano.

Formula E: Vergne foi o melhor nas ruas de Hyderabad


O francês Jean-Eric Vergne foi o triunfador na corrida de Hyderabad, na India, quarta prova do campeonato de Formula E. O piloto francês da DS Penske levou a melhor sobre Nick Cassidy, da Envision Racing, e o Porsche de António Félix da Costa, para conseguir a sua primeira vitória da temporada, aproveitando a penalização de Sebastien Buemi. O piloto português superou Pascal Werhlein, que apesar de tudo, manteve a liderança do campeonato.

Numa estreia na Formula E, a primeira corrida no subcontinente indiano, a competição elétrica correu nas ruas de uma das maiores e mais tecnológicas cidades do país. 

A primeira volta não teve incidentes, com Mitch Evans, o poleman, conseguir aguentar os ataques de Vergne. Felix da Costa também partiu bem, entrando nos pontos logo nos primeiros metros, passando de 13º para décimo. As coisas ficaram assim até que Nick Cassidy, outro que subiu na classificação depois de uma boa partida, perdeu lugares depois de um toque por parte do Maserati de Edoardo Mortara.

Na volta sete, aproveitando a potência extra do Attack Mode, Sébastien Buemi alcançou a liderança, ultrapassando Vergne na mesma altura em que Evans passava no local de ativação do Attack Mode. Assim, Buemi estava na frente do pelotão, enquanto Vergne tentava manter Evans no terceiro posto, ele que tinha a potência extra. Na volta seguinte, Buemi passou pelo Attack Mode e conseguiu manter a liderança, assim como Vergne fez com Evans.

A 13ª volta foi de azar para a Jaguar. Sam Bird tentou ultrapassar o carro de Sacha Fenestraz, mas excedeu-se e não conseguiu travar no momento certo, batendo na traseira do seu companheiro de equipa, Mitch Evans, que seguia no terceiro posto. O neozelandês acabou por desistir, e Bird arrastou-se, até abandonar cinco voltas mais tarde. 

No meio disto tudo, com as passagens pelo Attack Mode, as posições eram voláteis. Félix da Costa conseguiu subir até ao sétimo posto, passando Oliver Rowland.

Na 23ª passagem pela meta, o Safety Car entra pela primeira vez por causa de Jake Hughes, que bateu o seu McLaren nas proteções da pista depois da curva 4 e obrigou a desistir. Por esta altura, Pascal Wehrlein tinha conseguido recuperar posições e rodava no nono posto, com a volta mais rápida da altura.

Quando recomeçou, mais confusão: René Rast, no seu McLaren, bateu com violência na traseira do Andretti de Jake Dennis, levando à desistência de ambos, beneficiando Félix da Costa, que subia para quinto classificado, atrás de Oliver Rowland, que tinha sido penalizado com cinco segundos adicionados ao seu tempo final. Depois, o português passou Rowland e foi atrás de Buemi, tentando um pódio.

Na volta final, Jean-Éric Vergne aguentou a liderança da corrida dos ataques de Nick Cassidy e Sébastien Buemi, com Felix da Costa a espreitar e Wherlein a chegar a quinto, atrás do seu companheiro de equipa. E foi assim que todos cruzaram a meta. 


E claro, a corrida prosseguiu depois da bandeira de xadrez. Os comissários decidiram penalizar Buemi em 17 segundos por exceder a potência máxima permitida durante a corrida. Por causa disso, perdeu o terceiro lugar para Félix da Costa, e o suíço ficou até fora dos pontos!  

Na classificação, Wehrlein continua na frente, com 80 pontos, contra os 62 de Jake Dennis, que não pontuou, e Jean-Eric Vergne, com 31, empatado com Sebastian Buemi. Felix da Costa subiu para nono, com 21.   

O campeonato prossegue dentro de duas semanas, nas ruas da Cidade do Cabo, na África do Sul. 

WRC 2023 - Rali da Suécia (Dia 2)


Ott Tanak acabou o segundo dia do Rali da Suécia na liderança, depois de um duelo com Craig Breen. O piloto da Ford conseguiu uma vantagem de 8,6 segundos sobre o piloto irlandês da Hyundai, enquanto Thierry Neuville está um pouco mais distante, a 23,7 segundos, depois de conseguir passar na última classificativa do dia o Toyota de Kalle Rovanpera, que está a 27,5. 

Com sete especiais a serem disputadas ao longo deste sábado, o primeiro a atacar foi Neuville, que triunfou na primeira passagem por Norrby, 1,1 segundos na frente de Rovanpera, 1,4 sobre Breen e 2,9 sobre Evans. Breen reagiu na primeira passagem por Floda, triunfando, 0,8 na frente do finlandês da Toyota e um segundo sobre o belga, companheiro de equipa na Hyundai. Robanpera acabou por triunfar na última especial da manhã, a primeira passagem por Sävar, enquanto Breen perdia 4,1 segundos e Tanak aproveitava, chegando-se a três segundos do irlandês. 

"Infelizmente, é um daqueles casos em que nunca consegui fazer esta etapa no ano passado e esta foi a primeira vez que ando a descobrir. Houve lugares em que fui um pouco cauteloso e hesitante, mas está tudo bem. O carro funcionou bem na segunda passagem ontem, então estou absolutamente cheio de confiança.", disse Breen, no final desta especial.

A tarde começou com Rovanpera ao ataque, ganhando na segunda passagem por Norrby, 0,2 segundos na frente de Tanak e um segundos sobre Lappi e Neuville. Breen perde 1,5 segundos e a sua liderança fica por um fio.

Elfyn Evans sofre um pião e perde 19,4 segundos, caindo para sexto, em troca com Neuville. 

O belga acelera na segunda passagem por Floda, ganhando 2,9 segundos sobre Tanak, 3,4 sobre Rovanpera e 4,1 sobre Craig Breen. Mas foi uma especial complicada para muita gente: Breen sofreu um furo, Esapeka Lappi perdeu mais de sete minutos porque colocou o seu carro num banco de neve, e Rovanpera sofreu um pião.  

Neubille continuou ao ataque e tornou-se no melhor na segunda passagem por Sävar, 0,2 segundos sobre Lappi, mas mais 0,8 sobre Tanak e 3,6 sobre Breen. Foi o suficiente para Tanak passar para a frente do rali, 2,3 segundos sobre o irlandês da Hyundai. Neuville chegou ao terceiro posto da geral, empatado com Rovanpera. 

No final do dia, máquinas e pilotos passaram por Umea, para a super-especial do final do dia. Neubille foi o melhor, três segundos sobre Lappi e 3,6 sobre Katsuta Takamoto. Tanak perdeu quatro segundos e Breen 10,3.

No final, Tanak lamentou o que aconteceu, afirmando que tebe de andar com um slick para poder competir, por causa da limitação de pneus. "Foi uma pena o que aconteceu. Tinha planeado estas duas etapas e perdemos um pneu cheio na anterior, por isso tivemos um slick completo para esta. Não foi fácil.", comentou.

 Breen falou do que foi a sua tarde:

Na segunda especial da tarde perdemos o sistema híbrido, depois foi uma questão de limitação de danos. Foi desapontante, mas é o que é. Agora, vamos ver, nunca digas nunca. A margem é relativamente grande, mas vamos manter um olho na vitória. Como um todo, tem sido um bom fim de semana. Vamos ver como acaba.", finalizou o irlandês. 

Depois dos quatro primeiros, Elfyn Evans é o quinto, a 57,7 segundos, na frente de Pierre-Louis Loubet, já bem distante, a 2.28,1 minutos, no seu Ford. Oliver Solberg é o sétimo, a 5.55,0 e o melhor dos Rally2, algo distante de Ole Christian Veiby, oitavo a 6.46,6. Sami Pajari é o nono, a 7.08,9, na frente do russo Nikolay Gryazin, a 7.20,0.

O rali da Suécia termina nesta domingo, com a realização das últimas três especiais.