sábado, 6 de junho de 2015

Formula 1 2015 - Ronda 7, Canadá (Qualificação)

O adepto normal da Formula 1 sabe que sempre que este vai ao circuito Gilles Villeneuve e ao GP do Canadá, vai ser uma corrida invulgar. Já disse há muitos anos - e estou convencido disso: que o espirito de Gilles Villeneuve desce ao circuito com o seu nome e ali, haverá sempre corridas invulgares, nada aborrecidas. E é verdade. Quase sempre a corrida canadiana é considerada como um dos melhores do campeonato. E mesmo em tempos de dominio dos Mercedes, as coisas tiveram a sua imprevisibilidade. Recordo que no ano passado, quem venceu foi Daniel Ricciardo...

Debaixo de céu azul e um dia agradável de primavera, a qualificação começou com algumas coisas interessantes, já a querer mostrar a invulgaridade da corrida canadiana. Para começar, os problemas na unidade de potência do McLaren de Jenson Button, que o impediram de marcar tempo, para além da noticia de que a Toro Rosso tinha trocado o motor do carro de Max Verstappen, que fez com que tivesse quinze lugares de penalização. Para algumas pessoas, parecia que o piloto holandês iria largar em Toronto...

Mas a sessão prometia mais surpresas, especialmente na Q1. Se Romain Grosjean mostrava que os Lorus até eram bons carros, o suficiente para interferir entre os Mercedes - mas estes não se esforçavam muito... - na Ferrari, Sebastian Vettel vivia o seu pequeno inferno, quando o seu motor falhava, não conseguindo entregar toda a potência que queria entregar. Chegou a um certo momento em que chegou a afirmar que estava a guiar um camião. Um quarto de século antes, isso fez com que outro piloto fosse despedido...

Ao mesmo tempo, outro piloto passava o seu drama pessoal, que era Felipe Massa. E pela segunda corrida consecutiva, o piloto brasileiro ficava de fora da Q2 e era superado por milhas pelo seu companheiro de equipa. Aliás, Valtteri Bottas iria acabar esta qualificação no quarto posto. Que contraste... é necessário acrescentar que no final da qualificação, Sebastian Vettel sofreu nova penalizado de cinco lugares... porque passou um Manor num lugar com bandeiras amarelas.

Na segunda parte, as coisas voltaram a uma espécie de previsibilidade, com os Mercedes na frente da tabela de tempos, mas os Lotus animavam sempre que iam à pista, com Pastor Maldonado até a fazer um pião depois de fazer um bom resultado numa das suas voltas de qualificação. Romain Grosjean tentava não ficar atrás, mas nesse fim de semana, os carro estavam tão bons como os Williams e os Ferrari dos finlandeses Kimi Raikkonen e Valtteri Bottas, e prometiam lutar pelo terceiro lugar.

E foi assim quando eles passaram para a Q3, que era algo que ainda era inédito naquela temporada, na companhia dos do costume, mais os Red Bull e os Force India, deixando de fora os Toro Rosso, os Sauber e o McLaren de Fernando Alonso, entre outros.

No final, foi o costume: Lewis Hamilton foi o poleman, num monopólio da Mercedes. Ainda por cima, no Canadá, o piloto do carro numero 44 conseguiu a pole numero... 44 da sua carreira, cada vez mais a mostrar-se como um dos melhores da sua geração, embora ainda a faltar mais alguns títulos do que a concorrência. Nico Rosberg voltou a ser o segundo, queixando-se do seu carro, especialmente da sua tração traseira, que o tinha deixado a desejar, enquanto que Kimi Raikkonen foi o terceiro, conseguindo superar Valtteri Bottas. Os Lotus ficaram com a terceira fila da grelha, na frente dos Red Bull e dos Force India, e parecem que têm tudo para conseguir o melhor resultado de sempre neste temporada.

Amanhã iremos ver até que ponto é que isto será mais uma corrida, ou teremos motivos para acreditar que não será uma corrida como os outros. Existe uma reputação para ser defendida... 

Rali dos Açores - Final

Craig Breen foi o grande vencedor do Rali dos Açores, na frente de Kajetan Kajetanovicz e de Ricardo Moura. O piloto da Peugeot conseguiu um avanço de um minuto e um segundo sobre o polaco Kajetan Kajetanovicz, no seu Ford Fiesta R5. Ricardo Moura ficou com o lugar mais baixo do pódio, a dois minutos e 18 segundos do vencedor, e foi o melhor português. Com este resultado, o piloto irlandês reforçou a sua liderança no campeonato, pois venceu pela terceira vez nessa temporada.

O último dia do Rali dos Açores começou com um novo ataque de Kajetanovicz à liderança, conseguindo ganhar 2,8 segundos a Breen, mas não foi o suficiente para o apanhar no comando, que o segurava por 0,5 segundos. Ricardo Moura mantinha o terceiro lugar, mas a partir dali, o irlandês reagiu e começou a distanciar-se, quase de modo definitivo em relação ao resultado final do rali. Numa das classificativas, a Tronqueira, o irlandês conseguiu um avanço de 16,3 segundos sobre o seu rival.


No final do dia, Breen foi o grande vencedor e consolidou a sua liderança no campeonato deste ano, com Kajetanovicz a gerir o avanço no sentido de ter mais pontos no classificação, apesar de não ter sido o piloto que venceu mais classificativas. Ricardo Moura foi o terceiro, mas tornou-se no novo lider do campeonato nacional, na frente de Bruno Magalhães, o quarto da geral e segundo melhor português.

Sobre este resultado, o piloto da Peugeot classifica-o como bom, no seu primeiro rali da temporada, com o seu Peugeot 208 Ti16, apesar dos problemas com o seu turbo no primeiro dia. "Gostávamos de ter ficado no pódio mas o primeiro dia de competição retirou-nos essa oportunidade. Contudo, estou muito contente na mesma. Foi um rali excelente, demos o nosso melhor depois de tantos meses sem competir. É sempre um prazer fazer este rali que proporciona momentos únicos de pilotagem", começou por referir.


"Depois deste rali estamos certamente mais preparados e com um melhor ritmo competitivo. O Peuget 208 T16 teve um excelente desempenho nestes últimos dois dias e tenho a certeza que assim se vai manter. Parece que está tudo no lugar certo para continuarmos a fazer boas provas", rematou.

Depois dos Açores, o Europeu de Ralis continua no final do mês, com o Rali de Ypres, na Bélgica.

Formula E: Piquet Jr foi o grande vencedor em Moscovo

Nelson Piquet Jr. foi o grande vencedor na ronda de Moscovo da Formula E. O piloto da China Racing foi o melhor do que o seu maior rival, Lucas di Grassi, poderá ter resolvido o título antes da ronda dupla de Londres, no final do mês, pois abriu uma vantagem de doze pontos sobre o seu compatriota.

Numa luta a três pelo primeiro título da Formula E, a qualificação foi decidida surpreendentemente pelo francês Jean-Eric Vergne, que com o seu carro da Andretti, conseguiu fazer a terceira pole-position da temporada, ficando na frente de Nelson Piquet Jr, Lucas de Grassi e Sebastien Buemi. E curiosamente, eles tinham sido os felizes contemplados do "fan boost" para esta corrida.

Diante da Praça Vermelha, e com tempo encoberto, máquinas e pilotos preparavam-se para a penultima ronda da competição, e onde se iriam resolver a luta pelo título. Na partida, Piquet conseguiu passar Vergne e ficou com a liderança da corrida, com Di Grassi e Buemi logo atrás do francês da Andretti.

Nas voltas seguintes, começou a abrir-se uma diferença entre os quatro primeiros e o resto do pelotão, liderado pelo alemão Daniel Abt. Piquet Jr. afastou-se de forma veloz, chegando a ter três segundos de diferença no final da sétima volta. Enquanto que as coisas estabilizavam na frente, as atenções focavam-se na luta pelo décimo posto, com o veterano Jarno Trulli a aguentar os ataques de António Félix da Costa. Trulli chegou a fazer "corta-mato" por duas vezes na chicane, mas conseguiu aguentar o décimo posto dos ataques do português da Amlin Aguri.

Na volta 18 começaram as trocas de carros, com Bruno Senna a tocar no muro e perder a asa traseira. Isso não impediu as trocas de carros, com Di Grassi a sair na frente de Vergne, e Buemi a perder muito tempo nas boxes, ficando com o quarto lugar. E na luta pelo décimo posto... Trulli aguentava Félix da Costa.

Na liderança, Piquet Jr. continuava a ser o líder, com Di Grassi à distância. Ambos os pilotos estavam tranquilos, pois as lutas estavam a acontecer mais atrás. Depois de muita insistência, Félix da Costa conseguiu passar Trulli e ficou na zona dos pontos, e pouco depois, aproveitou a penalização de Jaime Alguersuari para ficar com o nono posto e tentar apanhar Nicolas Prost. Atrás, Bruno Senna também recebia uma penalização.

Na parte final, Di Grassi tentou se aproximar de Piquet Jr, mas a distância era controlável e assim ele acabou por vencer pela segunda vez na temporada, enquanto que atrás, houve confusão, com Vergne a perder o terceiro posto para Buemi e Heidfeld, enquanto que António Félix da Costa conseguiu passar Nicolas Prost para ser oitavo classificado, naquela que teria sido a sua última corrida do campeonato.

Na geral, Nelson Piquet Jr. tem 128 pontos, com Lucas di Grassi no segundo posto, com 116. Sebastien Buemi foi o terceiro na geral, com 111 pontos. Agora a Formula E vai a Londres para a ronda final da temporada, uma ronda dupla no último fim de semana de junho.  

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Rali Açores - Dia 2 (Tarde)

A parte da tarde do Rali dos Açores mostrou que o rali se tornou num duelo entre Craig Breen e Kajetan Kajetanovicz, com o local Ricardo Moura a ser cada vez mais o terceiro classificado, no seu Ford Fiesta R5. Com a parte da tarde dedicado às segundas passagens pelos troços da manhã, no final do dia, o piloto irlandês da Peugeot conseguiu ficar com a liderança, passando Kajetanovicz por meros 2,3 segundos. Ricardo Moura é o terceiro, e já têm um minuto e 20 segundos de atraso face aos dois primeiros e é o melhor português, na frente de Bruno Magalhães.

Com o piloto polaco a ficar com o comando após a hora do almoço, as segundas passagens iriam ver como é que ambos os pilotos se comportariam neste duelo a dois. Breen esteve ao ataque, vencendo todas as especiais sobre Kajetanovicz, conseguindo reduzir a desvantagem de 5,1 segundos para uma vantagem de 2,3 segundos, que vai ter à partida para o último dia do rali dos Açores.

Já Ricardo Moura, esteve também constante, ao fazer o terceiro melhor tempo em todas as classificativas da tarde, conseguindo manter o terceiro posto, de forma tranquila. Apesar de ter já um minuto e vinte segundos de desvantagem sobre Breen, tem já uma vantagem de 48,2 segundos sobre Bruno Magalhães.

Nesse campo, o piloto do Peugeot até afirma que está a fazer um bom rali, apesar de confessar que está a ganhar ritmo competitivo: "O dia está a correr muito melhor face a ontem mas ainda estamos a ganhar ritmo competitivo depois de seis meses parados. O tempo perdido ontem não nos está a ajudar e face à distância para os líderes, será complicado conseguir chegar a um lugar no pódio. Mas vamos dar o nosso melhor. Amanhã ainda há muito rali e tudo pode acontecer", referiu.

Já José Pedro Fontes é o quinto classificado, a mais de um minuto e vinte segundos de Magalhães, e a ser assediado por Robert Consani, noutro Citroen DS3 R5, mas apesar de tudo, é um objetivo que está dentro das expectativas do atual líder do campeonato nacional de Ralis.
"[Estou] muito contente com a forma como o rali tem corrido, apesar de estar a sentir algumas dificuldades devido à minha falta de conhecimento da prova. Por outro lado, sei que não fizemos a melhor escolha de pneus para os quatro troços da tarde. Estamos dentro do objectivo que traçámos e não podemos esquecer que o último dia de rali vai ser novamente de grande exigência, com troços como Graminhais e Tronqueira, ambos muito duros e com mais de 20 quilómetros cada.", comentou.

O rali dos Açores termina amanhã com mais seis especiais ao cronómetro.

Conheçam a navegadora mais velha do mundo

A paixão pelo automobilismo não tem nem idade nem sexo. Nem tudo é Formula 1, mas os ralis de regularidade são bem interessantes, especialmente aqueles mais velhos e os de Clássicos, pois não só permitem ver carros bem raros e antigos - praticamente exemplares únicos - como também permite conhecer as histórias de pessoas que já em idade avançada se metem em aventuras automobilísticas.

E neste caso em particular, falamos de uma senhora de 97 anos, que se prepara para fazer um rali de duas semanas através do continente americano, de Halifax, na Nova Escócia canadiana, até São Francisco. A particularidade desta britânica são duas: ela vai navegar um Rolls-Royce, e o seu filho, atualmente com 73 anos de idade, é uma lenda do automobilismo.

Dorothy Caldwell é mãe de Alistair Caldwell, o diretor desportivo da McLaren nos anos 70 (campeão com Emerson Fittipaldi e James Hunt), e ambos vão fazer o Trans-America Challenge a bordo de um Rolls Royce Silver Cloud III de 1963, um carro que Caldwell costuma usar nos ralis que faz um pouco por todo o mundo. E o mais interessante é que Dorothy começou isto... em 2012, aos 93 anos. Desde então, já fez o Trans-America de 2012, mais um Rali de clássicos na Birmânia, sempre a bordo do Rolls-Royce.

O filho só têm a dizer bem dela: "Nunca tivemos qualquer desaguisado durante os ralis. É um esforço de equipa e trabalhamos muito bem juntos", afirmou. Quanto à mãe, ela admite que este poderá ser o seu último rali: 

"Sou agora a última da minha geração. Estou a começar a achar que é mais difícil. Preciso de óculos para a distância, e como agora eu estou no meio de mudança de casa, acho que talvez seja hora de aliviar um pouco." comentou. 

"Eu só viria se ele trouxesse o Rolls-Royce consigo. É mais confortável do que os carros desportivos que ele têm, e também tem ar condicionado", concluiu.

Contudo, o filho poderá estar a convencê-la a participar em mais um rali: "Alastair me diz que vai haver um na Nova Zelândia em breve, pode ser que volte para isso", acrescentou Dorothy, que já tem cinco netos e dez bisnetos.

Youtube Endurance Reaction: De jogador a piloto em menos de um ano


Esta vi no WTF1.co.uk. Quando falta uma semana para as 24 Horas de Le Mans, ainda há sonhos a serem concretizados. Especialmente, se falamos do caso de Gaetan Paletou, um piloto francês que a esta hora, no ano passado... era um jogador. E em 2014, ele foi o vencedor da GT Academy, dando-lhe a chance de ser um piloto a sério, guiando um carro de Endurance.

Pois bem, este ano, Paletou irá guiar um carro da LMP2 na clássica de La Sarthe (é o carro da SARD), e decidiram filmar as suas reações quando lhe deram a noticia. Naturalmente, ele ficou emocionado, e eis esse video.

Rali dos Açores - Dia 2 (manhã)

Craig Breen e Kajetan Kajetanovicz (na foto) disputam palmo a palmo a liderança do Rali dos Açores com Ricardo Moura a ser o melhor português, compridas estão as classificativas da manhã. A diferença entre ambos é de 2,6 segundos, enquanto que o piloto local consolida o terceiro lugar, a 19,1 segundos do piloto irlandês.

Depois das três classificativas de quinta-feira à noite, máquinas e pilotos preparavam-se para os seis troços deste dia no rali, três deles logo de manhã, com os pilotos muito juntos entre si, especialmente um duelo entre o polaco da Ford e o irlandês da Peugeot. Mas as duas primeiras classificativas da manhã, Breen foi o mais veloz, conseguindo abrir uma vantagem de um segundo na quarta especial, e de 3,5 segundos na quinta. O polaco reagiu na sexta especial, vencendo-a e conseguindo reduzir a vantagem para metade.

Já Ricardo Moura consolidava o terceiro posto, quer nas especiais, quer na classificação geral, apesar de afirmar que prefere “não correr riscos”, pois em termos de melhor português, ele têm um avanço superior a um minuto sobre o Citroen DS3 R5 de José Pedro Fontes. Mesmo assim, o terceiro lugar é um excelente resultado perante o pelotão ali presente.

Quem já tem os problemas resolvidos é Bruno Magalhães, que agora tem um atraso de 30,8 segundos e é sexto classificado, atrás de Moffat e José Pedro Fontes. O piloto da Peugeot foi o terceiro na quinta especial, mas foi a excepção em relação a Moura e Fontes.

O Rali dos Açores continua esta tarde, com a realização de mais três troços. 

A foto do dia

Algum dia tinha de acontecer, mas aconteceu agora no Canadá: a Manor Marussia mostrou nesta quinta-feira os seus primeiros patrocinadores na sua carenagem, nomeadamente a AirBnB, a firma que aluga apartamentos online, neste momento a maior do mundo. Bom, de hospitalidade, eles não terão falta...

Brincadeiras à parte, a firma falou em comunicado oficial sobre a aposta na equipa que têm Will Stevens e Roberto Merhi como pilotos (e anunciou terá Fabio Leimer como piloto de reserva até ao final da temporada).

"A Marussia F1 Team Manor é efetivamente uma start-up. Claro, a Fórmula 1 é um ambiente incomum para operar, mas os nossos desafios são os mesmos, como muitas outras empresas de tecnologia em fase inicial. A Airbnb é uma história de sucesso fenomenal de uma empresa que tem completamente reinventado uma indústria", afirmou o seu proprietário Stephen Fitzpatrick. "Estamos muito satisfeitos em anunciar esta parceria com a empresa líder na comunidade de hospitalidade do mundo. Somos duas marcas com pensamento similar que estão comprometidos com a inovação e descoberta e têm ambições de forma positiva e proativa com impacto nas respectivas indústrias".

"Estamos entusiasmados nesta parceria com a Marussia F1 Team Manor e nós vamos torcer por eles como eles competem em corridas de F1 ao longo de seis continentes", disse Jonathan Mildenhall, Diretor de Marketing do Airbnb. "Assim como nós estamos animados para temos a equipa a fazer parte da nossa comunidade, sabemos que os nossos anfitriões darão as boas-vindas a fãs ansiosos de corridas um pouco por todo o mundo nas suas casas", concluiu.

Bom, não vai ser isso que os tirará do último lugar, mas parece que é um bom começo.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Rali dos Açores - Dia 1

Depois do especial de qualificação, aconteceram três especiais para terminar o primeiro dia do Rali dos Açores, onde Craig Breen conseguiu aguentar os ataques de Kajetan Kajetanovicz e de Ricardo Moura, os seus maiores adversários. No final do dia, a diferença entre os dois primeiros é de 1,8 segundos, favoráveis ao piloto irlandês.

A primeira classificativa do dia foi favorável a Kajeanovicz, com Ricardo Moura a ficar "colado" ao piloto irlandês, com uma diferença de 1,5 segundos entre os pilotos da Ford, com Breen a ser o terceiro, a três segundos. Atrás, Bruno Magalhães continuava a debater-se com os seus problemas com o Turbo, e sido apenas o sétimo classificado da especial. João Barros tinha ficado logo atrás, no sexto posto, mas sofreu uma penalização de 40 segundos porque... chegou quatro minutos atrasado no inicio da classificativa.

Na segunda especial, Breen conseguiu ser mais veloz do que Kajetanovicz, mas o polaco continuou na liderança do rali, enquanto que Ricardo Moura foi o segundo da especial, a 1,1 segundos, e ficou com o terceiro posto. No sexto lugar da especial ficou José Pedro Fontes, que foi 9,3 segundos mais lento do que Breen, enquanto que Bruno Magalhães era o oitavo, na frente de João Barros.

A última classificativa do dia deu a Breen a liderança, e terminando o dia com a vantagem acima referido ao piloto polaco. Ricardo Moura é o terceiro, a 6,2 segundos. Josh Moffet é o quarto, a 24,7 segundos do lider, enquanto que o quinto é Bruno Magalhães, a 31 segundos. E mesmo com os seus problemas com o turbo...

José Pedro Fontes é o sexto, na frente de Carlos Martins, no seu Skoda Fabia S2000 e de João Barros, no Ford Fiesta R5, que sofreu com a penalização de 40 segundos no inicio do rali.

O Rali dos Açores prossegue amanhã, com mais oito especiais de classificação. 

Rali dos Açores - Qualifying Stage

O rali dos Açores mal começou e já há ação... pelo menos no lado dos portugueses. A Qualifying Stage não correu de feição para Bruno Magalhães e para o herói local, Ricardo Moura, teve o seu quê de cómico... apesar de ter conseguido um excelente segundo tempo.


O piloto do Peugeot 208 Ti16 anda desde ontem com problemas com o seu Turbo (problemas com a válvula pop-off) e hoje, por alturas do Qualifying Stage, não estava resolvido, apesar dos esforços dos técnicos da Peugeot, o piloto português foi para a estrada sem pressão no seu Turbo.


O carro não tem força e só posso estar algo desapontado com esta situação pois sentia que podia fazer qualquer coisa de interessante em termos de classificação nesta prova. Vou tentar chegar ao final deste primeiro dia e esperar que o problema seja solucionável no último Parque de Assistência do dia”, comentou, em declarações à Autosport portuguesa.

Com isso por resolver, a Qualifying Stage acabou com Craig Breen a ser o vencedor, com uma diferença de 0,4 segundos sobre Ricardo Moura, que acabou... de marcha-atrás, após bater com o carro e furar o radiador. José Pedro Fontes, no seu Citroen DS3 R5, foi o quarto melhor, a quatro segundos, mas também a levar com um toque no carro e danificar o para-choques. Entre eles ficou o polaco Kajetan Kajetanowicz, no seu Ford Fiesta R5. Bruno Magalhães foi o sétimo.

O Rali dos Açores têm mais três especiais até ao resto do dia.

GP Memória - Mónaco 2000

Duas semanas depois de terem estado em Nurburgring, para o GP da Europa, máquinas e pilotos estavam no Principado para correrem a sétima prova da temporada. Nessa altura, o equilíbrio de forças no campeonato estava com quatro vitórias de Michael Schumacher, em seis corridas, o que lhe dava um avanço de dezoito pontos sobre Mika Hakkinen, mas os McLaren pareciam que iriam reagir ao avanço inicial do Ferrari do piloto alemão.


Sem alterações no pelotão, os treinos de quinta-feira e sábado foram dominados por Michael Schumacher, e assim foi natural o piloto alemão ficar com a pole-position, com um avanço de 271 centésimos sobre o Jordan de Jarno Trulli, que partilhava a primeira fila. David Coulthard era o terceiro, no seu McLaren-Mercedes, seguido pelo segundo Jordan de Heinz-Harald Frentzen. Mika Hakkinen largava do terceiro posto, tendo a seu lado o Ferrari de Rubens Barrichello. Surpreendentemente, o Prost de Jean Alesi era o sétimo na grelha, seguido pelo Benetton de Giancarlo Fisichella, enquanto que a fechar o "top ten" estavam o Williams-BMW de Ralf Schumacher e o Jaguar de Eddie Irvine.

Na volta de formação, o Sauber de Pedro Diniz foi incapaz de sair do seu lugar e foi forçado a começar a corrida das boxes. No momento em que todos se preparavam para partir, o piloto brasileiro teve mais problemas com o seu carro e a largada foi abortada. Quem também teve problemas foi Alexander Wurz, que acabou por largar do fundo da grelha, ao mesmo tempo que Diniz foi de novo autorizado a largar da sua posição original.

Quando o sinal verde acendeu para valer, Schumacher manteve o comando, com Trulli a seguir, mas momentos depois, a organização decidiu suspendar a corrida devido a... problemas informáticos. Contudo, a falta de informação fazia com que as bandeiras vermelhas apenas fossem agitadas na zona da meta, sem serem agitadas ao longo do circuito, fazendo com que os pilotos pensassem que a corrida ainda acontecia. Assim, Pedro de La Rosa acabou por ter um toque do Williams de Jenson Button, que acabou por causar um engarrafamento, com mais alguns pilotos afetados, como Ricardo Zonta, Nick Heidfeld, Pedro Diniz e Marc Gené. Esses pilotos acabaram pro trocar de carro, mas De la Rosa não o fez por falta de chassis disponivel.

Feitas as devidas reparações, à terceira, foi de vez. Schumacher ficou com o primeiro posto na primeira curva, seguido por Trulli e Coulthard. Barrichello perdeu dois lugares e Ralf Schumacher passou para o sexto posto, subindo três lugares. Nas voltas seguintes, o alemão da Ferrari começou a afastar-se do italiano da Jordan ao ponto de na 11ª volta, a distância já se situar em onze segundos. No inicio da vigésima volta, essa diferença tinha se aberto para vinte segundos.

Por esta altura, começavam os primeiros abandonos. Alex Wurz e Marc Gené bateram no muro nas voltas 21 e 22, respectivamente, enquanto que na volta 31, era a vez de Diniz parar por causa de um toque em Ste. Devote. Na volta 36, Hakkinen parava nas boxes, mas um problema eletrónico foi detectado e perdeu quase um minuto, caindo para o nono posto. Uma volta depois, Trulli parava de vez, com a caixa de velocidades quebrada, e na volta 38, foi a vez de Ralf Schumacher bater, quando seguia na quarta posição. Contudo, o acidente do irmão de Michael teve consequências, pois ele sofreu uma ferida na perna e teve de ser levado ao hospital.

Com isto, David Coulthard era o segundo, mas com um atraso de 36 segundos sobre Schumacher. As coisas não mudaram quando o alemão foi às boxes na volta 49, para reabastecer, mas na volta 55, o Ferrari sofreu uma rotura no escape e afetou a suspensão traseira, causando a sua retirada.

Com o escocês a herdar o comando, com Frentzen atrás, e Barrichello no terceiro posto. Mas na volta 71, Frentzen tocou nos rails em Ste. Devote e acabou por desistir, deixando o segundo lugar para Barrichello. E foi assim até ao fim, com a segunda vitória na temporada para o piloto escocês. O brasileiro da Ferrari foi o segundo, com o Benetton de Fisichella no lugar mais baixo do pódio. Nos restantes lugares do pódio ficaram o Jaguar de Eddie Irvine, o Sauber de Mika Salo e o McLaren de Mika Hakkinen. 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

A foto do dia

Não, não são "grid girls". São pilotos, e são gémeas. As polacas Julia Pankiewicz e Wiktoria Pankiewicz são duas das atrações da Formula 4 italiana deste ano. Correndo na RB Racing, e com experiência no karting, as garotas estão a estrear-se nos monolugares nesta temporada, e claro, estão a atrair as atenções. 

Mas é mais pela beleza do que pelos resultados, pois após duas corridas na categoria, o máximo que elas conseguiram foi um 16º posto na primeira corrida da temporada, em Mugello. Vamos a ver se elas aprendem rapidamente a guiar em monolugares e a superar os seus aguerridos adversários masculinos em pista.

Formula E: António Garcia volta em Moscovo

O espanhol Antonio Garcia voltará a correr para a China Racing na próxima corrida da temporada da Formula E, em Moscovo. O piloto de 34 anos (fará 35 nesta sexta-feira) substituirá Charles Pic, que correu nas últimas quatro corridas da categoria.

O piloto espanhol será uma das duas alterações que acontecerá na ronda russa, sendo que a segunda alteração será a do britânico Justin Wilson, que vai correr pela Andretti Autosport, no lugar de Scott Speed.

Garcia já correu pela China Racing na ronda uruguaia de Punta del Leste, no passado mês de dezembro, onde conseguiu o 11º posto. 

E no Nobres do Grid deste mês...

Quem acompanha o dia-a-dia da Formula 1 conhece as especulações sobre uma possível entrada da Audi na categoria máxima do automobilismo. Desde há mais de um ano que se fala que o construtor alemão, um dos mais poderosos do mundo, poderia abandonar a Endurance - onde ganhou tudo na última década e meia – bem como o DTM para apostar todas as fichas na Formula 1 através da Red Bull, da mesma maneira que a Honda fez à McLaren, a partir deste ano. E já havia números para uma coisa destas: duzentos milhões de euros, numa ofensiva chefiada por Stefano Domenicalli, antigo diretor desportivo da Ferrari, despedido da Scuderia no inicio de 2014.

Para melhorar as coisas, as noticias da saída de Ferdinand Piech do cargo de presidente e conselheiro do Grupo VAG, há cerca de duas semanas, seriam a noticia de que tinha sido removido o último obstáculo da marca em apostar na Formula 1, pois é algo que Piech sempre foi contra, preferindo apostar na Endurance e em Le Mans. Para terem uma ideia, foi Piech, atualmente com 73 anos, que teve a ideia de construir o modelo Porsche 917, em 1969, o primeiro modelo que construiu a reputação da marca de Estugarda nas corridas de linga distância e ajudou a fazer da Porsche a marca mais vencedora em La Sarthe.

E se isso não bastasse, a Red Bull anda há meses a "implorar" para que a Audi entre por lá para evitar que eles abandonem a Formula 1. Quem o diz é o prório Helmut Marko, que já anda há tempos a dizer que não quer mais os motores Renault, que o fizeram com que este ano ante a lutar por posições pontuáveis... com a Toro Rosso.

"Se não tivermos um motor competitivo num futuro próximo, então, ou Audi chega ou estamos fora", disse Marko à BBC Sport no fim de semana de Barcelona.

"Há tantos rumores. Oficialmente não existem nem pedidos ou conversações. O Grupo Vokswagen primeiro tem que resolver quem será o novo chefe, e quando eles tiverem resolvido todas estas coisas talvez então eles podem pensar sobre o que estão a fazer no automobilismo", concluiu. (...)

Desde há alguns anos a esta parte que se fala na ideia da chegada do grupo VAG ou da Audi à Formula 1, seja por várias incarnações. Seja por uma marca do grupo, como a Audi ou a Volkswagen, ou pela Audi, ela mesma, mas essas ideias foram vetadas por Ferdinand Piech, o lendário CEO da Volkswagen e da Porsche, um dos netos do fundador e notório entusiasta da Endurance.

Contudo, com a saída de cena de Piech, as especulações aumentaram nesse campo, especialmente quando se sabe que há duas marcas do grupo na Endurance, a Audi e a Porsche, e muitos afirmam que uma delas deveria sair dali para rumar à Formula 1, ao serviço da Red Bull. Até Bernie Ecclestone queria que eles fossem correr para lá. Contudo, estas movimentações parecem que demonstram um desespero da categoria máxima do automobilismo de ter mais construtores a correr por lá perante outras categorias que começam a crescer a a atrair mais marcas, como a própria Endurance, que este ano já têm quatro construtores, com a entrada da Nissan.

Tudo isso e mais, no Nobres do Grid deste mês.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Noticias: IndyCar ajusta kit aerodinâmico para Texas


A oval texana é considerada como uma das mais velozes da IndyCar, e por causa disso, a organização decidiu colocar mais uma peça nos kits aerodinâmicos dos carros, para evitar os voos que aconteceram durante as qualificações das 500 Milhas de Indianápolis. A medida foi anunciada hoje pela organização.

"Este tem sido um esforço de colaboração com os fabricantes e eles têm estado a trabalhar sobre estes [kits aerodinâmicos] desde as qualificações das 500 Milhas de Indianápolis", disse Will Phillips, vice-presidente da IndyCar para a área da tecnologia. "Estes painéis de fechamento servirão como um bloqueador para que o ar não possa fluir através de recobrimento das rodas traseiras. Em última análise, isto irá aumentar o ponto em que os carros irão experimentar uma elevação quando [o ar] viajar para trás", concluiu.


A oval texana vai ser a primeira de três passagens que o pelotão da IndyCar irá passar durante a temporada, sendo as outras duas as ovais de Pocono e Fontana, ambos na Califórnia.

"Eu creio que eles encontraram uma forma eficaz de reduzir e eliminar a elevação que causou tantos problemas durante a qualificação em Indianápolis", disse Eddie Gossage, o presidente da Texas Motor Speedway. "Esta é uma abordagem lógica para atacar este problema e espero que não veremos esse problema aqui no Texas. Acho que este é um passo na direção certa", concluiu.

A IndyCar vai correr na oval texana neste fim de semana.

A foto do dia

Já lá vão 45 anos. E para mim, se alguém quer colocar os olhos num exemplo de que, com trabalho árduo se alcançam grandes resultados, este é um bom exemplo. Admiro-o há muito tempo, pelo que fez, pela sua facilidade em fazer as coisas, pela sua capacidade de perceber o que estava à sua volta, mas um dia, quando lia uma entrevista do americano Tyler Alexander, um dos fundadores da equipa com o seu nome, fiquei ainda mais admirador das suas qualidades.

"Se tinha um ego, nunca o mostrou. Mas era o líder, sem dúvida alguma, e confiávamos nele totalmente. Se ele viesse ter contigo numa manhã e dissesse 'OK pessoal, alinhem numa unica fila, porque hoje vamos marchar no deserto do Sahara', nós nem perguntávamos porquê, simplesmente seguiamo-o."

Teve tempo para grandes feitos. Querem saber? OK, foi o primeiro vencedor da sua equipa na Formula 1. Ganhou corridas e campeonatos na Can-Am. Venceu as 24 Horas de Le Mans com um compatriota seu, Chris Amon. O dominio dos seus carros na competição americana era tal que a imprensa começou a apelidar de "The Bruce and Denny Show", sendo que o outro nome era outro compatriota seu, Dennis Hulme.

Bastaram apenas 32 anos. Mas também, para marcar o seu lugar na história, não é preciso muito mais. Os que morrem mais jovens brilham muito mais no céu, quais estrelas cadentes. E têm o seu lugar garantido na História.

As ambições de Bruno Magalhães e José Pedro Fontes

O rali dos Açores vai arrancar no final da semana em Ponta Delgada, e um dos favoritos à vitória é Bruno Magalhães, que já venceu este rali por duas vezes (2008 e 2010), e pretende fazer um bom resultado nesta primeira competição de uma temporada que vai estar concentrada no Europeu de ralis.

O piloto de 34 anos, que vai alinhar com um Peugeot 208 Ti16, entende "que um lugar no pódio é um resultado viável e para o qual vou lutar. Estou muito motivado para conseguir um bom resultado logo no primeiro rali e sobretudo numa prova em 'casa' e que conheço bem", afirmou. 

Apesar de ele não ser o único português entre os favoritos à vitória - temos Ricardo Moura, por exemplo - para este desafio o piloto esteve nas últimas semanas a fazer testes com a sua máquina, e ao todo fez “cerca de 50 quilómetros e parece que está tudo bem e apostos para o rali. O carro voltou a mostrar a sua boa performance. Apesar de estar afastado da competição há vários meses estou confiante que tudo vai correr pelo melhor", concluiu.

Outro dos pilotos presentes neste rali dos Açores vai ser José Pedro Fontes, o atual líder do campeonato nacional de ralis. A bordo do seu Citroen DS3 R5, o piloto quererá defender a liderança, após as duas vitórias nos últimos dois ralis do campeonato: Guimarães e Castelo Branco.

A nossa aposta é estar na luta pela vitória, mas de olhos postos no campeonato, que é o principal objetivo desta época. Reconheço que se trata de um rali complicado e no qual eu não participo há já vários anos. É conhecido o valor dos nossos rivais que, paralelamente, têm um conhecimento muito profundo deste rali e isso representa claramente uma vantagem. Porém, é uma prova de que gosto muito, que tem um ambiente fantástico e que me dá muito prazer disputar”, afirmou.

O rali dos Açores, quarta prova do europeu desta temporada, irá ter duas etapas e 17 especiais de classificação num total de 226 quilómetros. A prova irá para a estrada nesta quinta-feira com a 'qualifying stage" e terminará no Sábado.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

A foto do dia

Há precisamente 35 anos, em Jarama, o australiano Alan Jones comemorava a vitória uma corrida... que não existiu. Nessa altura, a Formula 1 viveu uma crise de poder. De quem mandava em quem, entre Jean-Marie Balestre e Bernie Ecclestone.

Por essa altura, o dirigente francês já queria impor as suas regras aos pilotos e às equipas, algo que era contestado por Ecclestone, o patrão da Brabham. Os detalhes que levaram a este acontecimento podem ser lidos com detalhe por aqui, na matéria que escrevi hoje para a Vavel Portugal.

O assunto foi resolvido dias depois com uma espécie de solução de compromisso, onde nenhuma das duas partes quis perder a face. As equipas queriam ter a sua parte nas receitas televisivas, que começavam a ser enormes, e a FISA não queria perder esse filão. Mas a distribuição de dinheiros era a parte mais complicada, e as personalidades de ambos colidiam. Cada um adorava ser arrogante e tinha tiques ditatoriais, querendo impor a sua vontade. As colisões eram inevitáveis, e em 1980, foram muitos.

Mas o que se pensava que foi um mau momento, não passou mais do que o primeiro episódio de algo mais grave ao automobilismo, e o risco de cisão foi muito forte. Balestre quis impor regras contra as equipas, como por exemplo o banimento das saias laterais e uma diferença de seis milímetros entre o chão e o chassis, para diminuir o efeito-solo. Ecclestone chegou a pensar em criar uma competição própria, só com motores Cosworth e sem equipas de fábrica, sem turbos e sem a Ferrari. Chegou a haver mais uma corrida "pirata", o GP da África do Sul de 1981, mas cedo se chegou à conclusão de que isso prejudicaria a Formula 1, ao ponto de fabricantes de pneus e outros patrocinadores ameaçarem abandonar a competição, caso as duas partes não chegassem a acordo.

Teve de ser um terceiro "GP pirata", em Imola, em 1982, que assentou as coisas naquilo que hoje em dia chamamos de Acorod da Concórdia. E todos tem seguido desde então.

Youtube Racing Demonstration: Max leva Jos a uma volta em Spa


Uma semana depois de Max Verstappen ter guiado com o seu pai ao seu lado, nas ruas do Mónaco, ambos estiveram este domingo em Spa-Francochamps em mais uma demonstração, desta vez do Renault RS01 de Sport, durante o fim de semana da World Series by Renault, que teve lugar no circuito belga.

E parece que desta vez, Jos Verstappen esteve mais calmo enquanto que era guiado pelo filho pelo mitico circuito belga, onde em 1996 teve um acidente bem forte...

Esta, quem mo mandou foi o Julio Cezar Kronbauer.

Youtube Motorsport Presentation: O Nissan LMP1 na garagem de Jay Leno

Em mês de Le Mans, toda a gente já sabe sobre o projeto da Nissan na categoria LMP1 e as expectativas que existem sobre ele. Há quem diga que vai ser um fracasso espectacular, e há quem afirma que até terá um desempenho decente. Mas no meio disto tudo, o carro esteve presente em mais um episódio do "Jay Leno's Garage", o programa que o apresentador americano tem na Net, ele que é um notório "petrolhead".


Ali, o carro é exibido e há uma entrevista com Zak Eakin, o engenheiro-chefe da marca, onde ele mostra as características de um carro que, em muitos aspectos, é revolucionário. Mas como muita gente sabe, revolucionário nem sempre significa eficaz.

Sentem-se e tirem 25 minutos do vosso tempo para verem o programa, que vale a pena.

Youtube Video Tribute: A "carreira" de Pastor Maldonado


Este fim de semana também soube que apareceu um video feito por um fã sobre a carreira de Pastor Maldonado. E em meros doze minutos, podemos ver um verdadeiro tributo sobre como não ser piloto de Formula 1, e como as suas prestações na pista parecem inspirar toda uma geração. Basta verem as asneiras desde fim de semana na ronda da Formula 3 em Monza...

Enfim, deixo-vos o video. Espero que gostem.

Youtube Movie Trailer: A história não contada de Niki Lauda

Esta vi ontem. Parece que o filão automobilístico está em força nos cinemas, e contar a história de Niki Lauda ainda vale a pena, quase dois anos depois de "Rush". Este documentário, que tem o previsível título de "A História não contada de Niki Lauda", fala sobre a sua carreira, o seu acidente de Nurburgring, e claro, aquilo que a Formula 1 passou em termos de segurança desde os anos 60 até chegarmos onde estamos.

Eis o trailer. Parece que o filme anda por aí, tenho de o procurar.

domingo, 31 de maio de 2015

A foto do dia (III)

Recordado Andrea de Cesaris naquilo que melhor sabia. Neste caso, no GP da Austria de 1985. 

Se estivesse vivo, teria hoje 56 anos. E temos saudades desse mito!

A foto do dia (II)

Colin Chapman deve ser dos construtores mais notáveis da segunda metade do século XX. Mais do que ter feito uma marca de automóveis que levou à pratica o seu mantra de "simplicidade adicionada à leveza", os seus carros de competição, especialmente na Formula 1, lhe deram oito títulos mundiais entre 1963 e 1978. E no meio disto tudo, ninguém teve maior impacto na história do que o escocês Jim Clark. Mais do que a relação de pai-filho entre os dois, mais do que os dois títulos mundiais na Formula 1, em 1963 e 1965 - vencidas de forma dominante - o momento mais importante dessa relação foi a que aconteceu a 31 de maio desse ano, faz hoje 50 anos: as 500 Milhas de Indianápolis.

Desde 1958 que a Formula 1 tinha-se convertido ao motor traseiro graças aos Cooper, mas no inicio da década de 60, quando todos na Europa já usavam, os Estados Unidos ainda estavam agarrados aos carros de motor dianteiro, que eram limitados, comparados com os carros de motor traseiro.

Desde 1963 que Chapman queria vencer Indianápolis por um motivo: era a corrida mais rica do campeonato. Era o equivalente a vencer um campeonato do mundo e claro, vencer ali seria muito importante para vender mais carros da sua marca no mercado americano. Clark esteve para vencer em 1963 e 1964, mas problemas mecânicos o impediram de alcançar esse feito, em corridas vencidas por carros com motor à frente.


Em 1965, tudo mudou: Chapman desenhou o modelo 38, com a ajuda de Len Terry, e com motor Ford nas suas costas, Clark qualificou o carro tranquilamente na primeira fila (A.J. Foyt fez a pole-position) e dominou em 190 das 200 voltas que constituíram essa corrida e assim fez história, sendo o primeiro carro de motor traseiro a vencer no "Brickyard", mas também o primeiro estrangeiro a vencer desde 1946, com o canadiano Geroge Robertson. Mas o mais interessante é que isso foi "mais um feito" para o escocês, que abdicou de participar no GP do Mónaco, mas isso não impediu de vencer o mundial de Formula 1, com cinco vitórias no campeonato.

E a partir dali, nunca mais um carro de motor frontal venceu em Indianápolis. Hoje em dia, os americanos reconhecem que é um dos carros marcantes da história do automobilismo do seu país. E temos de entender que eles raramente aceitam génios de outras paragens...

Youtube Motorsport Crash: Mais acidentes na Formula 3 em Monza

O fim de semana da Formula 3 em Monza foi tudo menos pacifico. Pensava-se que acidentes como o de Lance Stroll, como vieram ontem, não iriamos ver na corrida de hoje, mas parece que as coisas não poderiam ser pior. É que hoje, o carro de Michele Beretta deu mais unas cambalhotas a caminho da primeira chicane, acabando com o carro todo destruído.

Definitivamente, parece que adoram destruir carros...

Youtube Rally Presentation: Os japoneses da Toyota WRC


A Toyota prepara-se afincadamente para entrar no WRC em 2017. E se toda a gente saber que o monegasco Olivier Camili, o finlândes Teemu Suninen e o francês Stephane Sarrazin estão nas estradas europeias a testar os componentes do modelo Yaris WRC, a casa japonesa afirmou que ainda haveria pilotos nipónicos a ajudar nesse quesito, como pilotos de desenvolvimento.

E eles são jovens, com grande margem de progressão. Daiki Arai têm 21 anos e é o filho de Toshi Arai, enquanto que Takamoto Katsuta, de 22 anos, estão na Europa para aprenderem técnicas de pilotagem com Tommi Makkinen e Mikko Hirvonen, no sentido de melhorarem as suas prestações para o futuro. E isso vai passar por participações no WRC, mais concretamente nos Ralis da Polónia e da Finlândia, bem como nos ralis que constituem o Europeu de Ralis.

Até lá, eis um video dos treinos destes pilotos em paragens finlandesas. Interessantemente, eles treinam em... Subarus.

A foto do dia

Já esperava por este dia há muito tempo, apesar de não seguir o motociclismo como sigo o automobilismo. Mas como sou amigo pessoal do Duarte Cancela de Abreu, que trata da acessoria de imprensa do piloto de vinte anos, creio que a primeira vitória de Miguel Oliveira na Moto3, em Mugello, merece o seu destaque.

Hoje, ele concretizou o seu sonho. E era expectável desde que se tinha transferido para a Red Bull KTM Ajo, depois de duas temporadas na Mahindra. As ameaças já tinham sido feitas, especialmente com a pole-position em Termas de Rio Hondo, na Argentina, e hoje, depois de partir da 12ª posição na grelha, conseguiu segurar os ataques de Danny Kent, depois de alcançar a liderança, a pouco mais de doze voltas do fim.

É um feito incrivel e inédito para o motociclismo português, mas poderia ter acontecido há mais tempo. Um exemplo que dou é que há cinco anos, ele dividia rodas com o espanhol Maverick Viñales para o campeonato de Espanha de 125cc, vencido pelo último por meros dois pontos (creio) e agora, Maverick divide a grelha com Jorge Lorenzo e Valentino Rossi na MotoGP, embora este seja o seu ano de estreia na categoria principal.

Mas agora, creio que ele esteja suficientemente maduro para estar nos lugares da frente e lutar pela vitória. Tem as melhores condições que poderia ter desde que começou esta aventura na Moto3, em 2011. E desde então, conseguiu cinco pódios, duas pole-positions e cinco voltas mais rápidas. Pode ter demorado, mas chegou. Agora falta o resto: mais bons resultados e a melhor temporada de sempre. É agora quarto no campeonato, mas está a meros doze pontos do segundo classificado, pois parece que Danny Kent é inalcançável (tem 124 pontos, contra os 66 do português).

Mas independentemente do futuro que o reserva, este está a ser um dos dias mais gloriosos do motociclismo português.