sábado, 30 de janeiro de 2021

WEC: Glickenhaus já escolheu os seus pilotos


A Scuderia Cameron Glickenhaus anunciou esta semana os seus pilotos para a temporada de 2021 do WEC, e que irão correr nos seus novos carros. Assim sendo, os franceses Romain Dumas, Olivier Pla e Franck Mallieux, o brasileiro Pipo Derani, o australiano Ryan Briscoe, o americano Gustavo Menezes e o britânico Richard Westbrok são, para já, os pilotos escolhidos para correr nos dois chassis que irão ser construidos pelo milionário americano. 

Jim Glickenhaus, o fundador da equipa, está feliz com estas escolhas: “Estamos orgulhosos de cada um destes pilotos juntar-se à equipa. estamos numa situação de David contra Golias, mas a nossa história mostra que podemos lutar contra adversários mais fortes”.

Eles esperam que o carro esteja presente na ronda de abertura do WEC, em Portugal, no Autódromo Internacional do Algarve, a 4 de abril.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Formula E: Organizadores querem mais corridas... em 2021


Com o anuncio de oito corridas para a temporada que começará no mês que vêm, entre elas o regresso do ePrix do Mónaco, a organização afirma que haverá mais provas para além das que estão para já anunciadas. Segundo aforma Alberto Longo, co-fundador da competição, isso e o regresso do público às pistas serão os grandes desafios da temporada que aí vêm, que começará na Arábia Saudita com uma jornada dupla, à noite.

Temos um objetivo otimista e agressivo de fazer 15 corridas durante esta temporada. Será a temporada com mais corridas. Com a pandemia, será um grande desafio”, começou por dizer à motorsport.com. “As corridas que temos no calendário estão lá porque estamos confiantes de que poderemos ter público. É um fator importante e decisivo para nós. Ainda não temos confirmação em nenhum destes eventos, mas em princípio, com todas as medidas acordadas, adoraríamos ter público”, concluiu.

De acordo com a mesma publicação, a Fórmula E está em conversações para haver corridas em Londres, Nova Iorque, Berlin e Sanya (China), com Seul a ser adiada para uma data posterior. Assim sendo, uma destas poderá ser uma ronda dupla, para completar o objetivo colocado por Longo, e tirando a cidade balnear chinesa, todas estas cidades já acolheram uma ronda dupla da competição eletrica.

Youtube Motoring Ad: Hammond e o seu Oliver

Richard Hammond, um dos "Três Estarolas", fez este video para nos recordar do "Oliver", o seu Opel Kadett que comprou no Botswana em 2007 e decidiu trazer para casa, porque se afeiçoou a ele. Neste video, ele fala das virtudes do seu carro, como se fosse um animal de estimação, mas no final é surpreendido por outro. O filtro de outro, para ser mais preciso...

É publicidade? É, nas que se lixe. O que gosto é a maneira como trata o programa antigo e os seus companheiros de aventura. "Top Qualquer coisa", "companheiros idióticos", esses insultos que sabemos não serem levados muito a sério...

Youtube Motorsport Previsions: Como será a temporada de 2021?

O Josh Revell fez hoje um video sobre o que será a temporada de 2021. Não será durante os testes no Bahrein, mas nestes tempos imprevisíveis, onde nem saberemos muito bem como será o calendário definitivo, vale a pena observar como poderá ser uma temporada com muitas novidades, para depois no final, vermos qual foi a parte que acertou.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Youtube Motorsport Classic: A história da cisão CART-IRL (II parte)

Como prometido, guardei para hoje a segunda parte da série de videos sobre a cisão CART-IRL, que iria durar doze anos e acabaria com a absorção de um pelo outro. 

Nesta segunda parte, fala-se da temporada de 1996, e da separação que chegou a ser feia, especialmente com a regra que garantia aos 25 carros que fariam parte da IRL um lugar na grelha das 500 Milhas de Indianápolis, dando ao resto os restantes oito lugares. E isso teve como resposta o US500, na oval do Michigan, que aconteceu no mesmo dia que as 500 Milhas de Indianápolis, só para retirar prestigio à competição.

O video têm cerca de 20 minutos, mas serve para explicar o que foi esta cisão, de uma certa forma. Os outros dois videos que faltam serão colocados nos dois meses seguintes, e quando for a altura, colocarei por aqui.

Formula E: Novidades no calendário


Há novidades no calendário da Formula E, com a chegada do circuito Ricardo Tormo, em Valência, em substituição do ePrix de Paris, e encerrará com a jornada dupla em Santiago do Chile, que deveria ser realizado em janeiro, mas fora adiado. Ao todo, serão oito provas, duas jornadas duplas.

Para além da prova de Paris, a prova de Seoul também foi adiada para a próxima temporada. A corrida de Valencia será a primeira a ser feita em circuito completo, excluindo a da Cidade do México, que é realizado parcialmente no Autódromo Hermanos Rodriguez. O ePrix do Mónaco, a 8 de maio, será o primeiro a ser realizado no mesmo circuito da Formula 1.  

Eis o calendário completo:

Diriyah E-Prix: 26 de Fevereiro* 
Diriyah E-Prix: 27 de Fevereiro* 
Roma E-Prix: 10 de Abril** 
Valência E-Prix: 24 de Abril** 
Mónaco E-Prix: 8 de Maio** 
Marrakesh E-Prix: 22 de Maio 
Santiago E-Prix: 5 de Junho 
Santiago E-Prix: 6 de Junho

* à porta fechada
** sujeito à aprovação do circuito

The End: Adrian Campos (1960-2021)


O ex-piloto, fundador e dono de equipa, Adrian Campos, morreu esta noite aos 60 anos. A noticia foi comunicada pela Campos Racing através das redes sociais, e de acordo com o site Soy Motor, faleceu devido a um aneurisma da aorta.

Hoje é o dia mais triste da história da Campos Racing. Nosso Presidente e fundador, Adrián Campos Suñer, nos deixou. Seu coração deixou de bater, mas sua lembrança será o motor que manterá a todos nós lutando para seguir seu legado. Descanse em paz”, escreveu a equipa na sua conta do Twitter.

Nascido a 17 de junho de 1960, em Alzira, na região de Valencia, ele era descendente do fundador da marca de gelados Avidesa, que lhe fez herdar uma fortuna considerável, e que o ajudou na sua carreira de piloto. Começou nos monolugares em 1981 e dois anos depois, chegou à Formula 3. Em 1985, foi terceiro classificado no campeonato alemão, e depois rumou à Formula 3000, com sucesso modesto.

Por essa altura, já tinha testado na Formula 1, a bordo de um Tyrrell, e tentou a sua sorte ao aterrar num lugar em 1987, a bordo de um Minardi, ao lado de Alessandro Nannini. Nas 16 corridas, apenas terminou uma corrida, precisamente o "seu" Grande Prémio de Espanha, num modesto 14º posto, o último entre aqueles que ainda rolavam em pista, a quatro voltas do vencedor. Campos continuou em 1988, mas depois de três não-qualificações consecutivas, foi substituído por Pierluigi Martini após o GP do Canadá. Martini, que tinha estado na Formula 1 em 1985 pela Minardi, conseguiu um sexto lugar logo na sua primeira prova, em Detroit.

Passada a Formula 1, foi competir para os Turismos locais, onde foi campeão em 1994, e em 1997, depois de uma passagem pelos Sport Protótipos, entre os quais as 24 Horas de Le Mans, onde não terminou, pendurou o capacete e decidiu construir a sua própria equipa de automóveis, a Campos Racing. Essa era a sua segunda tentativa, depois e em 1992 ter ajudado na construção da equipa Bravo, que queria correr na Formula 1, mas acabou por abortar. 

Como Campos, começou a competir na Open Fortuna by Nissan - aliás, foi um dos fundadores daquilo que mais tarde se tornou a World Series by Renault - e depois com pilotos como Marc Gené e Fernando Alonso, conseguiu os seus primeiros resultados de relevo na competição, ajudando a colocar ambos na Formula 1, pela Minardi. Em 2005, foi para a GP2, onde ficou até aos dias de hoje, mas em 2009, teve a grande ambição de ir para a Formula 1 com a sua própria equipa. Inscreveu e o seu projeto foi aprovado - tinha na sua estrutura gente como Alejandro Agag, o futuro diretor da Formula E - mas a meio do projeto, alguns dos apoios prometidos não apareceram devido à crise económica que atingiu fortemente a Espanha nessa altura. Assim sendo, vendeu a sua parte para José Ramon Carabante, que a rebatizou de Hispania Racing Team, que correu em 2010 com Bruno Senna e Karun Chandhok.

Passada a tentativa abortada, e equipa regressou às Formulas de promoção, primeiro na AutoGP - com Adrian Campos Jr, seu filho - para depois rumar à Formula 3 e Formula 2, que é onde está neste momento, e que em 2020 tee como pilotos o anglo-coreano Jack Aitken e o brasileiro Guilherme Samaia. Para a temporada de 2021, tinha acabado de confirmar o suíço Ralph Boschung

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

A imagem do dia


Eu deveria esperar isto, mas não me surpreende que o "novo visual" do Sebastien Vettel, visto hoje na fábrica da Aston Martin, em Silverstone, iria despertar atenções. É verdade que "Seb" já tem 33 anos e arranca a caminho da sua 14ª temporada de Formula 1 - e já agora, a sua quinta equipa, depois de Sauber BMW, Toro Rosso, Red Bull e Ferrari - mas vê-lo hoje, no chassis deste ano, e com novo visual, é algo chocante. E é sobre isso que as pessoas estão a falar.

Não irei dizer que a Ferrari te deixa a tua alma - já foi pior no passado, quase uma dezena de pilotos deixaram as suas vidas a guiar pelos carros de Maranello - e acho que até é uma vitória ele sair de lá com metade do cabelo que tinha. Sempre pode fazer um implante capilar, tem dinheiro para isso. 

Seria engraçado se ele fizesse uma promessa, do género "se ganhar, falo um implante capilar". Nos tempos que correm, não seria vergonha. Até lá, pode passar por filho de Gerhard Berger...  

Youtube Motorsport Classic: A história da cisão CART-IRL (parte 1)

Há 25 anos, Tony George inaugurava a sua própria série, a Indy Racing League, criando uma divisão que iria afetar a competição por mais de uma década e que ainda tem implicações nos dias de hoje, especialmente em relação à popularidade e à rivalidade com a NASCAR.

Contudo, o que poucos sabem é que as origens da cisão CART-IRL tem a ver... com outra cisão, essa que tinha acontecido em 1979, quando as equipas se zangaram com a USAC, que geria as corridas, especialmente as 500 Milhas de Indianápolis, sobe a tomada de decisões, regulamentos e outras coisas, e criaram a Championship Auto Racing Teams, a CART. Nos quinze anos seguintes, a série cresceu e prosperou... mas tornou-se cara, bem cara. E pior, apesar da CART e a USAC terem feito as pazes e esta ter sido incluída no calendário - afinal, era a prova mais importante do campeonato e a razão de ser do "open wheel" americano - a maneira de gestão das coisas criava tensões entre as equipas e os proprietários.

E pior: os custos cresciam fortemente, já havia uma elite de equipas como a Penske e a Newman-Haas, que abriam um fosso para a concorrência, e a quantidade de pilotos europeus - ex-pilotos de Formula 1, na sua maioria - impedia o acesso de pilotos americanos, habituados aos "dirt tracks", que foram a espinha dorsal a competição nos anos 50 e 60 e tinham feito surgir gente como Mário Andretti e A.J Foyt, entre outros.

É sobre isso que o canal de Youtube "nascarman History" anda a fazer esta semana, com uma série de vídeos sobre a cisão de 1996, que durou doze anos e fez com a NASCAR saísse vitoriosa. Hoje, coloco a primeira parte, e amanhã, a segunda.

Rumor do dia: Rali Safari cancelado?


O rali Safari já se fala do seu regresso desde o ano passado, mas ele foi adiado para 2021 devido à pandemia do coronavirus. Contudo, através de uma fonte improvável, se calhar não haverá a edição deste ano. E a razão disso tem a ver com o Rally Ypres, a prova belga que se vai estrear no WRC em 2021, depois de uma primeira tentativa no final de 2020 não ter acontecido devido à pandemia.

Thierry de Bournonville, burgomestre de Stavelot, a localidade onde se situa o circuito de Spa-Francochamps, confidenciou esta semana durante uma sessão do Conselho Municipal da cidade que a data inicial da prova, marcada para os dias 13 a 15 de agosto, iria ser alterada, provavelmente antecipada devido aos inúmeras alterações ao calendário.

"Tenho bons contactos com a organização que não posso revelar, mas é muito possível que a data de 15 de Agosto volte a mudar. O calendário irá evoluindo," revelou Bournonville. "E o Rali do Quénia não se vai realizar. Isso posso vos assegurar.", continuou.

Que o calendário do WRC anda sempre a ser modificado, isso é um facto. O Rali do Ártico, que acontecerá no mês que vêm, foi uma adição de última hora devido ao cancelamento do Rali da Suécia, devido às complicações da pandemia, e apesar de já haver vacinas, vai demorar o seu tempo até a maioria das pessoas estar imunizada. Alguns falam que lá para o verão, as coisas tenderão a normalizar-se, mas até lá, poderá haver diversas modificações nos calendários, e este poderá ser um deles.

Caso haja o cancelamento do rali Safari, e antecipar o rali Ypres, é provável que se arranje outro rali europeu para ter um calendário de 12 provas, que é o acordado para esta temporada.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Noticias: Grosjean pensa no futuro


Cerca de dois meses depois do seu acidente no Bahrein, Romain Grosjean já pensa no seu regresso às pistas, e encara com bons olhos uma ida à IndyCar - fala-se que poderá correr pela Dale Coyne - mas apenas nas pistas convencionais, excluindo ovais como o de Indianápolis. É que segundo ele, o acidente mudou um pouco a maneira como encarava as corridas.

O acidente mudou a minha vida – agora não posso ir ao supermercado às compras”, disse o piloro de 34 anos numa entrevista ao jornal francês "L’Equipe". “Costumava ter 900.000 seguidores, e alguns dias após o acidente cheguei aos 1,4 milhões. E os detratores acalmaram-se um pouco. Deixaram de falar de mim de forma tão negativa”, começou por dizer.

Durante um mês, continuei a dizer a mim mesmo que iria saltar esta época e não ia correr de todo, mesmo que não gostasse disso. Há coisas que não farei. Como na Indycar, que não é uma má opção para mim, não vou correr em ovais – nem mesmo na Indy 500. Pelo menos este ano, não. Mas não sei o que o futuro me reserva. Antes do acidente, eu teria corrido em ovais sem qualquer problema, mas agora vou esperar para ver”, continuou.

Agora tratam-me como o tipo que saiu do incêndio porque sou um piloto que tenta tudo. Sim, fiz coisas estúpidas e corri muitos riscos, mas nunca tive um carro rápido como um Mercedes. Tive sempre de atacar. Aprecio essa mudança na perceção. Nem sempre foi assim. As pessoas começaram a compreender que o nosso trabalho é a nossa paixão. Eu quase dei a minha vida para ganhar três posições enquanto lutava pela 19ª posição. Aqueles que me criticaram antes não compreenderam que estamos sempre a arriscar as nossas vidas”, concluiu.

Vende-se: Carro supersónico Bloodhound


A saga do Bloodhound continua. Depois de em 2019 ter feito diversos testes, onde andou até aos 628 milhas por hora - 1010 km/hora - e de terem dito que o carro, por ele mesmo, poderá chegar calmamente às 800 milhas por hora (cerca de 1260 km/hora), o seu proprietário e financiador, Ian Warhurst, decidiu colocar o projeto a leilão por não ter o financiamento suficiente para fazer as modificações necessárias para que a máquina seja o primeiro objeto a alcançar as mil milhas por hora, ou seja, 1609 km/hora. E claro, ser o carro mais veloz do mundo.

"Eu fui o mais longe que pude com isso", disse Warhurst à BBC News. "Não posso colocar mais meu próprio dinheiro no projeto, então é hora de passar o bastão para outra pessoa para concluir o trabalho. E eu estarei torcendo do lado de fora."

Segundo ele, precisa de oito milhões de libras para colocar o projeto nos eixos para tentar esse recorde de velocidade. E a única condição que ele coloca é que o carro não seja desmantelado.

"Não vou deixar isso acontecer [o desmantelanento]. No mínimo, o Bloodhound irá para um museu para que todos possam admirar e se inspirar. Mas, realmente, o recorde está lá para ser batido", disse Warhurst.

A ideia inicial era de tentar o recorde em 2020, no Hakskeen Pan, na África do Sul, mas a pandemia adiou os planos, e claro, esticou o orçamento a Warhurst, que colocou o seu investimento pessoal num projeto que começou há mais de dez anos, em 2009.

Netflix vai produzir um filme com Formula 1


A Netflix tornou-se na grande produtora de séries e filmes, já que os tempos mudam e as pessoas vêm cada vez mais em casa - agora, em tempos de pandemia, ainda mais... - e parece que todos os projetos do mundo estão a caminho dessa plataforma para ver se têm a sua sorte. E um dos mais recentes envolve a Formula 1. E não, não é "Drive to Survive". É outra coisa.

O site WTF1 conta hoje que os produtores do filme "The Irishman" querem fazer uma pelicula cujo enredo passa pela história de um piloto de Formula 1 que é obrigado a ser um condutor de fuga "para salvar a única familia que têm". O diretor será Gerard McMurray e terá como atores John Boyega - o Flynn de Star Wars - e Robert de Niro, que se fala desde há uns anos que irá fazer o papel de Enzo Ferrari numa produção italo-americana.

O título provisório do filme é "The Formula".

É incrível ver essa ideia na minha cabeça finalmente ganhar vida, [ideia do qual] estou escrevendo, dirigindo e produzindo”, escreveu McMurray na sua conta no Instagram.

Minha nova produtora, a Buppie Productions, uniu-se à Tribeca Films e à Netflix para trazer a vocês um filme original incrível em breve chamado A FÓRMULA, estrelado por dois de meus atores favoritos, John Boyega e Robert De Niro. É a história de um jovem de Detroit que se torna uma estrela do automobilismo internacional no mundo da Fórmula 1 sob a tutela de seu mentor com antigos laços com a Máfia.", concluiu.

Ainda não se sabe quando começam as filmagens e a data de estreia nos ecrãs.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Endurance: Red Bull e Oreca assinam parceria para um chassis a hirogénio


A ACO e a FIA pretendem ter um carro a hidrogénio a partir de 2024, e parece que vão ter uma parceria para acelerar isso. Red Bull e a Oreca anunciaram esta segunda-feira que assinaram um acordo de colaboração no sentido de construir um chassis para apresentar nas 24 Horas de Le Mans dentro de três anos. A ideia é que a marca austríaca possa colaborar nas áreas da aerodinâmica, dinâmica de veículos, tecnologia de simulação e recuperação de energia para um projeto firmemente focado no futuro sustentável das corridas de Endurance.

Estou muito satisfeito que a Red Bull Advanced Technologies tenha sido escolhida pela ACO, juntamente com nossos parceiros da ORECA para desenvolver o conceito de um carro de corrida de resistência movido a hidrogênio para Le Mans.", começou por dizer Christian Horner, diretor da Red Bull.

"As tecnologias avançadas da Red Bull estão bem equipadas para enfrentar o desafio definido pelo ACO, tendo acesso a muitas das ferramentas usadas para projetar e desenvolver [os nossos] carros de Formula 1, juntamente com uma experiência significativa em outros programas de veículos de ponta. A Classe Hidrogénio em Le Mans oferece uma visão empolgante do futuro do automobilismo sustentável e promete avançar no uso do hidrogênio no transporte e também proporcionar corridas emocionantes”, concluiu.

Estamos orgulhosos que o Automobile Club de l'Ouest nos tenha escolhido para trabalhar ao lado da Red Bull Advanced Technologies neste projeto ambicioso e voltado para o futuro. E estamos entusiasmados por trabalhar com os outros parceiros do projeto, entre eles Plastic Omnium e Green GT.", afirmou Hughes de Chauanac, o dundador da ORECA. "A colaboração é vital se quisermos ter sucesso na introdução de uma classe de hidrogênio nas 24 Horas de Le Mans de 2024. A ORECA gosta de desafios e mudanças pioneiras e podemos expressar plenamente nossos talentos em uma empresa tão envolvente. Com as classes LMH e LMDh, as corridas de resistência estão entrando em uma nova era fascinante. Do ponto de vista técnico e esportivo, isso vai nos deixar na ponta dos nossos assentos.”, concluiu. 

Pierre Fillon, o presidente da ACO, não poderia estar mais feliz com este anuncio.

Este anúncio emocionante confirma o apelo da Missão H24 e oferece um futuro promissor para as corridas de carbono zero e protótipos de hidrogênio.", começou por dizer. "Graças à ORECA, um pilar das 24 Horas de Le Mans desde há muitos anos, e à Red Bull Advanced Technologies, [que tem] um negócio de automobilismo de sucesso, o ACO se beneficiará de uma extensa experiência em corridas de resistência combinada com tecnologia de ponta para garantir um desempenho excepcional na classe hidrogénio nas 24 Horas de Le Mans em 2024.", continuou. 

"Esta parceria confirma que o ACO tomou as decisões certas para o futuro do desporto motorizado e sublinha a nossa ambição de corridas de carbono zero para as gerações futuras. Temos o prazer de dar as boas-vindas à ORECA e à Red Bull Advanced Technologies, juntamente com a Plastic Omnium, fabricante do tanque de combustível da classe de hidrogênio. Ter essas empresas automotivas de primeira linha a bordo provavelmente atrairá ainda mais interesse dos fabricantes de automóveis, especialmente daqueles que contribuem regularmente para nosso grupo de trabalho sobre hidrogênio. Estamos vivendo em tempos difíceis, mas o ACO está buscando resolutamente sua rota em direção às corridas neutras em carbono e à mobilidade.”, concluiu.

Extreme E: Jenson Button monta a sua própria equipa


Jenson Button
, ex-piloto da McLaren e campeão do mundo em 2009, anunciou hoje que montará a sua própria equipa na Extreme E, a série elétrica de veículos de todo o terreno. Button, de 41 anos, e que andou na Endurance e dos Super GT japoneses após ter encerrado a carreira em 2018, pela McLaren, vai-se aplicar a um novo desafio desportivo. 

Ainda não se sabe quem estará a seu lado na aventura da Jenson Button Extreme E, mas será certamente uma mulher, devido à competição ter de ser igual em termos de sexos.

Estou ao mesmo tempo encantado e orgulhoso de anunciar a entrada no Campeonato inaugural Extreme E da JBXE . Apanhei o gosto do off-road há alguns anos, o que me levou a entrar com a minha própria equipa em algumas corridas, incluindo a Mint 400 e até a Baja 1000, e adorei! Foi por volta da mesma altura que ouvi falar pela primeira vez dos planos para o Extreme E que segui com grande interesse e o que Alejandro Agag, Ali Russell e a equipa conseguiram criar é nada menos do que incrível, e graças a eles e aos nossos parceiros Apater Capital e Pipt conseguimos fazer parte dele.”, começou por dizer.

No Extreme E criaram um produto que irá oferecer corridas e entretenimento de primeira classe aos fãs, mas que também serve para realçar o impacto das alterações climáticas. Enquanto competiremos, naturalmente, para ganhar na pista, como coletivo trabalharemos também para maximizar a consciência enquanto corremos em locais que foram danificados ou afetados pelas alterações climáticas ao longo dos anos.", continuou.

Em pista, tenho o prazer de dizer que há alguns adversários de classe mundial com quem se pode correr roda com roda e o Extreme E é o primeiro do mundo que vemos uma verdadeira igualdade com os condutores masculinos e femininos, tanto como colegas de equipa como como adversários em pista.

A esse respeito, ainda tenho a excitante tarefa de nomear e anunciar o meu co-piloto o que terá lugar nas próximas semanas e, em seguida, todo o foco se voltará para a corrida de abertura na Arábia Saudita”, concluiu.

Alejandro Agag, Fundador e CEO da Extreme E, disse: “Estou entusiasmado por receber outro nome importante no mundo dos desportos motorizados como Jenson Button. É um dos piloto mais populares no ramo e o Extreme E dar-lhe-á a oportunidade de viver uma das suas paixões de longa data, de competir ao mais alto nível em corridas todo-o-terreno."

A competição, que arranca em abril, verá SUV elétricos a competir em ambientes extremos em todo o mundo que já foram danificados ou afetados por questões climáticas e ambientais. A viagem global de cinco corridas destaca o impacto das alterações climáticas e da interferência humana em alguns dos locais mais remotos do mundo e promove a adoção de veículos elétricos na busca de um futuro com menos carbono para o planeta.

domingo, 24 de janeiro de 2021

A imagem do dia


No inicio de 1981, o panorama dos ralis estava prestes a mudar. Algumas semanas antes, no canto sul da Europa, a Audi estreou discretamente um carro revolucionário, o Quattro, e todos tinham altas expectativas para saber qual dos seus pilotos iria triunfar, porque parecia que as quatro rodas motrizes iriam ser superiores ao resto do pelotão, que era vasto e variado, desde os Sunbeam Lotus até aos Opel Ascona 400, passando pelos velhos Lancia Stratos, Ford Escort RS 1800 ou os Fiat 131 Abarth.

Mas alguns estavam de olho a outro carro que também fazia a sua estreia nas estradas geladas dos Alpes franceses, o Renault 5 Turbo. O carro tinha sido estreado no verão passado, e o motor Turbo, com mais 120 cavalos de potência da versão mais... domesticada, parecia ser um "bicho", um "mutante" cheio de hormonas, pois o motor estava na traseira do carro e para o controlar naquelas estradas, só mesmo alguém com sensibilidade para fazê-lo. 

Pois bem, a Renault parecia ter um bom piloto nessa parte: Jean Ragnotti. "Jeannot", com o seu nariz inconfundível, já tinha experiência em guiar em tudo que fosse quatro rodas e um volante da marca do losango, excepto a Formula 1, e aos 35 anos, Monte Carlo seria mais um rali que iria fazer ao serviço da sua marca de sempre, numa longa carreira.

Como seria de esperar, o primeiro líder foi Hannu Mikkola, no seu Quattro, mas quando saiu de estrada, o rali ficou decidido entre franceses: Jean-Luc Therier e Ragnotti. Só que Therier tinha um "pecado": conduzia um Porsche 911, também um carro de motor traseiro. Mas o pessoal queria ver um francês vencendo numa máquina francesa, e Therier, que liderava desde a especial 12, parecia não abrandar, ou então, que Ragnotti não o apanharia. 

Então, tomaram o assunto nas suas próprias mãos: na 24ª especial, colocaram neve na estrada, apanhando Therier desprevenido e despistando-se, dando a liderança a Ragnotti, que não mais largou até final. Era verdade que a Renault marcava história, com o seu triunfo em Monte Carlo, o mais prestigiado dos ralis, mas observar que tinham sido os espectadores a decidir quem triunfaria, mostrava que o nacionalismo bacoco levou a melhor sobre o fair-play. E claro, manchou a importância histórica da ocasião.

O Renault 5 GT Turbo acabou por ganhar mais alguns ralis do campeonato do mundo, até 1986, altura em que terminou a era dos Grupo B. Foi um ator menor - a Renault nunca apostou a sério no Mundial de Ralis, pois os seus recursos tinham sido canalizados para a Formula 1 - mas marcou uma geração de seguidores, que ficaram fãs do carro e do piloto.      

WRC 2021: Rali de Monte Carlo (Final)


Sebastien Ogier
acabou por triunfar nas estradas ao redor de Monte Carlo, e pela oitava vez na sua carreira. O piloto francês conseguiu o lugar mais alto do pódio a bordo do seu Toyota, na frente de Elfyn Evans e do Hyundai de Thierry Neuville, que conseguiu superar no último dia do rali o carro de Kalle Rovanpera

No final, Ogier estava para lá de contente com o resultado: “O carro esteve espantoso, foi um enorme prazer guiá-lo. Quase tenho lágrimas nos olhos e penso que foi uma boa decisão fazer mais um ano. A Toyota é uma equipa fantástica, quero endereçar um agradecimento muito grande a todos eles. Jari-Matti [Latvala], bem-vindo chefe às vitórias”, disse o francês.

As quatro especiais que faziam parte deste último dia de rali serviram essencialmente para consolidar o domínio de Ogier nas estradas geladas, e triunfou em três das quatro especiais deste dia, com Neuville a ser o melhor na 13ª especial, batendo Evans por 4,5 segundos. Nas outras especiais, incluindo a Power Stage, Ogier foi o melhor. 

Neuville conseguiu subir para o terceiro posto devido ao seu comportamento na 12ª especial, onde aproveitou o azar de Kalle Rovenpera, que perdeu um minuto devido a um furo. Mas apesar de tudo, o jovem piloto finlandês - apenas 20 anos de idade - afirma estar contente com o seu andamento num rali tão traiçoeiro como o Monte Carlo. “Foi um bom bom de semana, guiei de forma inteligente, mas o bom resultado foi-se com o furo. Durante o rali tivemos vários pequenos azares, mas globalmente estou contente com a minha condução”, disse o filho de Harri Rovanpera.

Depois dos quatro primeiros, Dani Sordo foi quinto num rali que não aqueceu, nem arrefeceu. Muito mais distante ficou Katsuta Takamoto, sexto a 5.13,8, mas conseguindo a sua melhor posição de sempre numa prova do WRC. 

E claro, estava feliz com o que tinha alcançado: “Foi o melhor resultado da minha carreira com um WRC, mas o mais importante é o facto de ter ganho muita experiência nestas condições muito difíceis. A velocidade foi aumentando ao longo da prova e com isso a confiança. Agradeço também aos bons batedores que teve aqui”, disse.

Andreas Miklelsen, sétimo num Skoda Fabia Evo2, foi a grande surpresa, por ter alcançado um lugar tão alto num carro que é do WRC2. Ficou a 6.09,9 minutos do vencedor, na frente dos Ford Fiesta WRC de Gus Greensmith (a 6.46,0) de de Adrien Formaux (a 8.10,5) e a fechar o "top ten" estava o Citroen C3 R5 de Eric Camili, inscrito pela preparadora portuguesa Sports & You. Ficou a 8.19,4 do vencedor.

O Mundial WRC vai agora para o Circulo Polar Ártico para correr entre os dias 26 e 28 de fevereiro.