sábado, 22 de fevereiro de 2025

Formula 3: Domingues satisfeito com os testes


Ivan Domingues, o piloto de 18 anos que fará esta temporada a Formula 3 pela Van Amersfoort Racing, acabou ontem os três dias de testes coletivos da competição, em Barcelona, com boas impressões do carro - apesar de problemas insistentes na parte hidráulica - e da concorrência num campeonato que acredita ser competitivo.

Nas primeira impressões sobre o que aconteceu, começou por afirmar: "[Tivemos um] balanço positivo da adaptação ao carro e à exigência de uma das mais competitivas categorias de monolugares. [Tivemos também] bom processo de conhecimento do monolugar que se estreia na temporada 2025".

Num dia de ontem onde os problemas hidráulicos não deixaram de surgir, limitando a sua performance, para além do mau tempo que caiu nesse dia em Montmeló, afirmou: 

"Continuámos a ter problemas de hidráulica e rodámos sensivelmente a meio da tabela de tempos; logo na quarta-feira, tivemos igualmente questões com o DRS. São situações normais, sobretudo em carros novos que estão a ser levados ao limite pela primeira vez, mas que não nos desviam do essencial, que é cumprir o processo de adaptação e procurar aprender com todas a situações a que somos sujeitos. Vamos agora continuar a dar o máximo fora da pista, seja em torno do carro, seja na preparação individual, preparando o arranque em Melbourne. É este espírito de aprendizagem permanente que nos leva para a Austrália, em março, para continuarmos a evoluir nesta época de estreia na Fórmula 3", resumiu.

O primeiro fim de semana da Formula 3 acontecerá no fim de semana de 14 a 16 de março, em Melbourne, na Austrália. 

Youtube Formula 1 Video: Os carros dos títulos da McLaren

Este pequeno vídeo de introdução foi mostrado no dia da apresentação dos carros de 2025 em Londres, o F1 75: os carros vencedores da McLaren ao longo dos 60 anos de história na Formula 1. E em particular, quando mostraram o MCL39, o bólido para 2025, na frente dos carros abaixo referidos, na passadeira da O2 Arena, em Londres.  

Desde o M7A, o primeiro carro vencedor, em 1968 - a primeira corrida foi ganha por Bruce McLaren, aos MCL38, o carro que deu o campeonato de Construtores de 2024, passando por carros mais icónicos como o M23, que deu títulos a Emerson Fittipaldi e James Hunt, o MP4/2, que deu títulos a Niki Lauda e Alain Prost, o MP4/4, que deu o título da Ayrton Senna e ganhou 15 das 16 corridas da temporada de 1988, o MP4/13, que em 1998 deu o primeiro título a Mika Hakkinen, e o MP4/22, que deu o primeiro dos sete títulos a Lewis Hamilton

Resta saber se este também será um bólido vencedor, com Lando Norris e Oscar Piastri como pilotos. 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

WRC: Dez Rally1 inscritos para o Safari


A organização do rali Safari, no Quénia, divulgou esta sexta-feira os inscritos para a prova que acontecerá a meio de março. E serão dez os Rally1 presentes, divididos entre Toyota, Hyundai e M-Sport, que tem os Ford Puma Rally1.

Do lado da Toyota Gazoo Racing, eles trazem o líder do campeonato, o galês Elfyn Evans, que chega a terras quenianas com uma vantagem de 28 pontos sobre o francês Sebastien Ogier. A juntar-se a ele está Kalle Rovanpera, duas vezes vencedor do Safari, com o japonês Takamoto Katsuta, que terminou no pódio em três das suas quatro participações anteriores no Safari. Outro finlandês, Sami Pajari também alinha num GR Yaris Rally1 com a equipa de segunda linha da Toyota.

Do lado da Hyundai Motorsport, ela está determinada a quebrar a invencibilidade da marca japonesa no Safari desde o seu regresso ao WRC em 2021, com o belga Thierry Neuville, o estónio Ott Tänak e o francês Adrien Fourmaux a liderarem a esquadra de i20 N Rally1 da equipa.

A M-Sport Ford conta também com um trio de carros Puma Rally1, guiados pelo luxemburguês Grégoire Munster, o irlandês Josh McErlean e o "gentleman driver" grego Jourdan Serderidis ao volante.

O rali da Suécia irá acontecer entre os dias 20 e 23 de março, com partida e chegada em Nairobi, e é um dos eventos mais exigentes do calendário. As equipas têm de enfrentar a implacável areia ‘fesh-fesh’, sulcos profundos e as famosas travessias de água, tudo isto enquanto enfrentam um tempo que pode passar de um calor abrasador para uma chuva torrencial em minutos.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

A imagem do dia


Passam os dias depois da apresentação geral no F1 75, em Londres, e os carros fazem agora o seu "shakedown", antes dos testes coletivos. E nesta quarta-feira foi a vez da Racing Bulls que colocou na pista de Imola o VCARB 02, guiado primeiro por Yuki Tsunoda, depois por Isack Hadjar.

O monolugar da Racing Bulls partilha com o Red Bull o máximo de componentes possível, suspensões e caixa de velocidades, e eles esperam nesta temporada que deem um salto competitivo, depois de no ano passado terem terminado no oitavo lugar do Campeonato de Construtores.

Num tempo onde as performances dos carros serão medidos e cronometrados ao milésimo de segundo, será interessante se as expectativas serão cumpridas... ou não. É que esta poderá ser, provavelmente, uma das temporadas mais competitivas dos últimos anos. 

Formula 3: Ivan Domingues começou os seus primeiros testes em pista


A Formula 3 começou esta quinta-feira os seus primeiros testes coletivos na pista de Montmeló, em Barcelona. E entre eles está Ivan Domingues, piloto da Van Amersfoort Racing, que se estreia na competição. A sua adaptação foi boa, conseguindo o sétimo melhor tempo na sessão da manhã, que deixou otimista, apesar de durante a sessão da tarde ter tido problemas com o DRS. Mas não é isso que importa, pois está mais interessado em evoluir na sua adaptação ao carro. 

"Vamos tentar retirar a máxima aprendizagem e evolução deste ambiente supercompetitivo na Fórmula 3", começou por afirmar, após o primeiro dia de testes. "Foi um ótimo dia de trabalho e de adaptação. As primeiras sensações no novo carro foram muito positivas e ensaiámos várias soluções de aerodinâmica e de pneus.", continuou. 

"Tivemos apenas um percalço técnico na sessão da tarde, em que rodámos sempre sem DRS. O primeiro objetivo não passa pelos tempos, queremos sobretudo evoluir, conhecer o carro e testar diversas soluções, mas obviamente, se possível, gostamos sempre de ir um bocadinho mais rápido...", brincou o piloto, que registou o 21º melhor tempo da sessão vespertina.

"Sabemos da competitividade extrema que temos pela frente na Fórmula 3. Cabem 20 pilotos em praticamente um segundo e um detalhe pode fazer a diferença entre estar a lutar pelo pódio ou estar nos últimos dez [lugares]. Vamos tentar retirar a máxima aprendizagem e evolução deste ambiente supercompetitivo, para continuar a crescer", concluiu.

Ivan Domingues enfrenta mais dois dias de testes esta quinta e sexta-feira. A temporada oficial arranca no Grande Prémio da Austrália, entre os dias 14 e 16 de março.

Noticias: Fernando Alonso confiante para a nova temporada


Fernando Alonso chega a 2025 com 400 Grandes Prémios no seu palmarés e na sua terceira temporada pela Aston Martin, ao lado de Lance Stroll. E num ano onde Adrian Newey chega à equipa para desenhar os carros da marca a partir de 2026, o piloto espanhol de 43 anos acredita que esta temporada será impactante para a Aston Martin, acreditando que a chegada do projetista é mais importante que a chegada de Lewis Hamilton na Ferrari, que também aconteceu em 2025.

Depois da sua apresentação no F1 75, Alonso disse numa entrevista ontem ao diário espanhol AS, o que acha sobre a concorrência e o que espera nesta temporada:

Precisamos de ver os carros em pista no Bahrein e durante as primeiras corridas, porque há muitos tipos diferentes de circuitos na fase inicial do campeonato. Depois disso, teremos uma ideia melhor de onde estamos. O objetivo para nós é melhorar o que fizemos no ano passado. Tivemos duas épocas consecutivas no P5 do Campeonato de Construtores. Vai ser um desafio, o plantel vai ser muito equilibrado, por isso os pequenos detalhes vão fazer uma enorme diferença em termos de pontos e resultados.”, afirmou.

Sobre Newey e Hamilton, o piloto das Astúrias afirma que os designers de topo moldam o sucesso de uma equipa mais do que os pilotos, sublinhando que o historial de Newey na Williams, McLaren e Red Bull prova a sua influência. Em contraste, apesar da experiência de Hamilton, ele afirma que, apesar de se manter competitivo, o seu impacto na Ferrari será limitado, uma vez que terá de se adaptar ao SF-25 e correr contra Charles Leclerc, que conhece melhor o carro.

Adrian Newey terá sempre mais impacto do que qualquer outro piloto.", começou por afirmar. "Não sei o que Hamilton vai contribuir ou acrescentar à Ferrari, certamente será menos do que o que um designer pode contribuir. É mais uma questão de adaptação ao carro do que qualquer outra coisa”, continuou o bicampeão mundial. 

O Hamilton tem de ver como pilotar aquele carro, o [Charles] Leclerc tem mais experiência. Lewis também sofreu um pouco com o [George] Russell no ano passado, por isso também tem de ganhar confiança, mas sabemos a qualidade que tem e, como tem um bom carro, será um candidato seguro.”, concluiu.

WRC: Impacto económico do rali de Portugal atingiu números recorde


O impacto económico do Rali de Portugal está em crescimento e em 2024, atingiu números recorde. Segundo o estudo da Universidade do Algarve, divulgado esta quinta-feira, a prova a contar para o Mundial de ralis teve um impacto económico estimado de 183,3 milhões de euros, mais 18,6 milhões (11,29 por cento) em relação a 2023, tendo reforçado o relevo de Portugal como destino de referência no automobilismo mundial.

Prova organizada pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP), ao longo dos quatro dias que durou, entre 8 a 12 de maio, a prova atraiu, segundo o estudo, cerca de 1,2 milhão de assistências e a estadia média de 2,9 noites (3,2 noites para turistas estrangeiros) superou os valores habituais das regiões Norte (1,9 noites) e Centro (1,8 noites), contribuindo para a redução da sazonalidade do turismo e o prolongamento do impacto económico para além dos dias do evento.

Ainda segundo o estudo, em termos de receita fiscal, o Estado arrecadou 22,6 milhões de euros, dos quais 13,6 milhões resultaram do IVA e 9 milhões do ISP. Esta verba representa 24,1 por cento do impacto económico direto do evento, evidenciando a sua importância para a economia nacional.

Para além disso, o estudo afirma que uma muito elevada percentagem de pessoas estrangeiras que visitaram o evento classificaram de "bom" ou "muito bom" a estadia em Portugal. O destino foi classificado como bonito, verde, acolhedor, com destaque para a sua natureza e gastronomia. No que respeita à organização do rally, as palavras mais referidas foram espetacular, organizado, adrenalina, emoção e convívio. A maioria, cerca de 66 por cento, manifestou intenção de regressar no inverno nos próximos anos.

Comparado com 2007, o ano em que o rali de Portugal regressou ao WRC, o impacto é muito maior. Nesse ano, quando o rali tinha o seu centro nevrálgico no Algarve, o impacto económico foi de 78,7 milhões de euros, menos 107,4 milhões que aconteceu agora, numa constante evolução positiva do impacto do rali nas contas nacionais. 

O estudo conclui que o rali terá um impacto económico cada vez mais relevante, refletindo a sua importância no turismo, na promoção local e na dinamização de setores como hotelaria e comércio. A tendência de crescimento sugere que o evento continuará a ser um motor económico significativo nos próximos anos.

O rali de Portugal acontecerá entre os dias 15 e 18 de maio, com partida em Coimbra e final em Matosinhos.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

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Se ontem, em Londres, foram mostradas pinturas, em Fiorano estava o carro que interessava ver: o SF-25. E esta manhã, com milhares de "tiffosi" a caminho da pista e gente alinhada ao longo do circuito ao ponto de laçarem foguetes para o ar e os bombeiros terem de cortar árvores porque... obstruíam a pista, Charles Leclerc deu os primeiros quilómetros da bólido desta temporada, que, prometem, ser 99 por cento diferente do anterior. A grande novidade, segundo eles, é que apresenta um novo "layout" na suspensão dianteira, passando a ser "pull-rod".

Euforia, como podem ver. 

E claro, tem todas as razões para acreditarem nisso. Afinal de contas, trouxeram Lewis Hamilton, a sua presença foi festejada, e acham que este é o ano. Num tempo como este, onde os carros tem performances semelhantes, esperam que eles tenham a diferença e deem a Maranello, um ou ambos os títulos que lhes escapam desde 2008, quando conseguiram o campeonato de Construtores. 

Claro, faltam os testes decisivos. Não falo dos testes coletivos do Bahrein, porque mesmo ali se escondem as cartas para as corridas, mas é no primeiro Grande Prémio propriamente dit, que só será em Melbourne, daqui a pouco mais de duas semanas. 

Mas, escondendo os ases ou não, regresso a ontem à noite para falar daquilo que ambicionam. E o Fred Vasseur disse isso mesmo: ambos os títulos.

"O lançamento deste novo carro é um momento muito emocionante e de orgulho para todos na equipa. Foram meses de trabalho árduo neste SF-25 graças aos esforços dedicados de todos os membros da equipa em Maranello e estamos entusiasmados por ver o fruto do nosso trabalho ganhar forma e preparar-se para entrar em pista.", começou por afirmar, ontem à noite, em Londres.

"Na época passada, lutámos pelo título de Construtores até à última curva e agora estamos determinados a continuar assim, partindo dessa base sólida com o objetivo de ganhar os dois títulos. Temos um novo alinhamento de pilotos com o Lewis a juntar-se ao Charles e sentimo-nos prontos, enquanto equipa, para dar o passo extra, necessário para sermos os melhores.", continuou.

"Estamos conscientes dos desafios que nos esperam, mas estamos prontos para dar o nosso melhor, para sermos competitivos ao mais alto nível, sabendo que também podemos contar com o apoio e o entusiasmo dos nossos fãs, que sempre nos inspiram. Agora é altura de nos concentrarmos no trabalho que temos em mãos e deixar que a pista fale por nós. Mal posso esperar pelo início da época”, concluiu.

Agora, resta contar os dias. Mas todos andam eufóricos em Maranello, isso é verdade.

Noticias: McLaren espera uma temporada competitiva


Depois do "shakedown" de sexta-feira, a McLaren mostrou as suas novas cores ontem à noite em Londres, no F1 75. Com Zak Brown e Andrea Stella no palco, ao lado do MCL39 e dos carros que deram títulos à equipa de Woking, a nova pintura tem ainda a cor laranja, com um pouco de azul petróleo, numa variante de desenho que, esperam eles, tragam mais títulos em 2025.

Estamos muito satisfeitos por termos revelado a nossa fantástica pintura 2025 para o MCL39, que o nosso entusiasmante alinhamento de pilotos, Lando Norris e Oscar Piastri, levará para a pista.", começou por declarar Zak Beown. "Isto marca um momento especial no ano em que começamos a defender o título do Campeonato de Construtores de Fórmula 1. Em linha com a tradição de longa data da McLaren, o nosso design 2025 é uma forte evolução da pintura vencedora do título. Estamos agora ansiosos por começar a época e estamos extremamente gratos pelo apoio contínuo dos nossos valiosos parceiros e fantásticos fãs. Vamos às corridas!”, concluiu.

Já Andrea Stella, o diretor de equipa, ele afirma esperar que em 2025, o pelotão seja ainda mais competitivo que na temporada anterior, mas que isso não os impeça de lutar por vitórias e campeonatos. 

A revelação da nova pintura MCL39 é outro marco importante na nossa jornada para as corridas desta época e vem no seguimento do incrível trabalho árduo e empenho da equipa no nosso concorrente de 2025. Embora esperemos ver um aumento da competitividade a montante e a jusante da grelha à medida que entramos no último ano dos atuais regulamentos, trabalhámos arduamente para nos prepararmos e operarmos a um nível elevado em tudo o que fazemos. O objetivo é continuar a competir por pódios e vitórias em corridas no Campeonato de Fórmula 1 da FIA de 2025.”, afirmou.

Dentro de alguns dias, o carro irá para o Bahrein, para os testes coletivos da competição, ainda antes de irem a Melbourne, para a primeira corrida do ano. 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

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Bom, foi uma noite interessante. Vimos dez pinturas, pilotos e dirigentes a declararem algumas palavras de circunstância, alguns dos carros de 2025 que já foram mostrados anteriormente em Silverstone, por exemplo, muita gente num lugar apinhado, gente que cantou e passou musica. Muitos pilotos e dirigentes do passado estiveram lá a abrilhantaram o momento. 

E até vimos algumas cenas novas do filme que aparecerá em junho, com um carro de Formula 1 fora da pista. Claro, os receios de um "Driven 2" subiram em flecha... 

Houve as luzes da ribalta, mas novidades? Nenhumas. Os chassis novos já se conheciam - Williams, McLaren e Haas já os mostraram antes - e os pilotos, bem como os diretores de equipa, disseram coisas de circunstância. Os dirigentes decidiram falar do espetáculo que é a Formula 1, apareceram alguns ex-pilotos, chassis campeões (McLaren) recordar o fundador de uma equipa (18 de fevereiro é o dia de aniversário de Enzo Ferrari) e... não muito mais. 

Não há substância. Mas temos de ser honestos, não podemos esperar por algo que quebre as regras, as imagens, que tenha um "unfaiar advantage". Não em 2025, no ano em que a Formula 1 está no seu 75º ano. Onde até Bernie Ecclestone apareceu na festa, agora como adereço de um tempo já longínquo, e também como alguém que começa a ser um fenómeno humano. Afinal de contas, está quase a chegar ao seu centenário...

Mas é esta a geração que temos. A geração do "Drive to Survive", que apenas mergulha a superfície, como se fosse a piscina de um hotel de cinco estrelas, indo para sitio de outros palcos cheios de lantejoulas e luzes. São os tempos que vivemos. Nós, os mais velhos, os que pescaram em águas bravas, que respeitamos o passado, que sabemos que o automobilismo não nasceu nem na semana passada ou no ano passado, nem começou com Ayrton Senna, sabemos que há muito mais que isto. Bastante mais.  

Noticias: Albon quer Williams focada em 2026


Depois do shakedown de sexta-feira, em Silverstone, do seu novo chassis, o FW47, a Williams encara com mais otimismo a temporada de 2025, agora que tem um grande patrocinador - 25 milhões de euros por temporada - e Carlos Sainz Jr como piloto. Contudo, Alex Albon, o outro piloto da equipa, afirmou que 2025 tem de ser um ano de transição e a grande aposta terá de ser a temporada de 2026, com os novos regulamentos em vigor. 

Porque penso que todas as equipas estão sempre a dizer que [20]26 é o ano importante’”, começou por afirmar Albon. “Acho que quando olhamos de um ponto de vista geral, vemos como a Red Bull acertou no início destes regulamentos e teve a vantagem durante três anos, quatro anos. Só agora é que a McLaren conseguiu recuperar o atraso. O ano de 2026 é muito importante. Se começarmos com o pé atrás, é muito difícil recuperar o atraso. Penso que ainda estamos numa posição muito boa, mas queremos estar numa posição ainda melhor para 2026. Não quero estar sempre a dizer que estamos a sacrificar este ano pelo próximo, mas este ano é definitivamente uma altura para o fazer”, continuou.

As mudanças feitas em 2024 fizeram parte de uma fase de aprendizagem e Albon espera que o desenvolvimento adicional deste ano posicione a Williams fortemente para a próxima mudança regulamentar.

Continuamos a querer ter um bom desempenho. Mudámos a filosofia, tenho a certeza que vocês sabem, falei sobre isso antes do ano passado e mudámos bastante o carro. Mudámos bastante o ADN do carro. Melhorou muitas áreas, mas também expôs e criou algumas fraquezas. Este ano, explorámos essas áreas e tentámos corrigi-las. Penso que se conseguirmos perceber isso este ano e compreender as sensibilidades do carro e as áreas em que temos de colocar todos os nossos recursos – em termos de um ponto de vista concetual – isso vai colocar-nos numa posição muito boa para o próximo ano.”, concluiu.

O FW47 irá ser mostrado na noite desta terça-feira, em Londres, no O2 Arena, e depois seguirá para o Bahrein, para os testes coletivos, antes da estreia no campeonato, no inicio de março, em Melbourne.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

As imagens do dia






Há uns tempos, a FIA, na figura do seu presidente, Mohammed Ben Sulayem, decidiu que as asneiras e os palavrões dos pilotos lançados em direto tinham de ser penalizados. Primeiro em dinheiro, depois, em pontos na Super-Licença. Neste final de semana, no final do rali da Suécia, o francês Adrien Formaux, piloto oficial da Hyundai, foi multado em dez mil euros, com mais 20 mil suspenso, enquanto não cometesse outra falta, ou seja, não pode dizer asneiras em direto para as câmaras. 

O palavrão acontece como desabafo depois do piloto se ter despistado na última etapa e acabado por desistir. Afinal de contas, quem fica contente por sair da estrada por acidente? Enfim...

Claro, não deixo de comentar com os meus amigos nas redes sociais. E afirmei isto: "Preparem-se, não falta muito para o Kyalami desta geração". Não poderia fazer ideia que essa resposta fosse gostada por imensa gente, como fogo em palha seca. E passadas algumas horas, a resposta continua popular.

Para quem não sabe, por já não se lembrar ou por não ser nascido em janeiro de 1982, eu explico: a meio de janeiro desse ano, na prova de abertura do mundial de Formula 1, ocorrido nessa localidade dos arredores de Joanesburgo, na África do Sul, os pilotos, chefiados pelo regressado Niki Lauda, decidiram fazer greve por causa das condições impostas pela FISA para poder ter a Super-Licença. Entre outras clausulas, havia contratos com o mínimo de três temporadas, e em caso de despedimento, não correriam mais nessa temporada. 

Lauda leu os novos regulamentos e achou um abuso, e felou com os seus colegas. Ele afirmou que os seus direitos tinham de ser defendidos e falou com o presidente da GPDA, Didier Pironi. E de imediato, colocou-os no autocarro e os levou para o hotel, onde os barricou por dia e meio, ameaçando que não iriam participar. Jean-Marie Balestre e Bernie Ecclestone, respetivamente presidentes da FISA e da FOCA, a associação de Construtores, ameaçam os pilotos de despedimento e retirada das licenças, mas eles fazem finca-pé, até que eles cedem e os pilotos voltam aos seus carros. foram uma vitória dos pilotos e estes dias ficaram na memória de muitos, dando um sentido de união entre eles. A GPDA extinguiu-se pouco depois, reativando-se em 1994, depois dos eventos do GP de San Marino, em Imola.

Agora, em 2025, temos esta lei algo discriminatória e até anti-democrática. Penalizar fortemente por um desabafo, para controlar aquilo que os pilotos afirmam nas conunicações de rádio - já foi proposta a proibição da sua publicidade - reclamar por aquilo que é justo parece ser um ato de rebeldia, com forte penalização. E com gente como Max Verstappen, que não tem problema algum em afirmar o que pensa, estas penalizações são desnecessárias, e em vez de educar a acalmar, fará o contrário. Ainda por cima, uma lei dita por alguém cujos poderes dentro da Formula 1 são equivalentes aos do Rei de Inglaterra: chefia, mas não manda.

E pergunto: tudo isto para quê? E quando acontecer uma daquelas situações-limite, do qual um dos lados gritar "chega!", como reagirá a atual GPDA, liderada por George Russell? E como reagirá a Liberty Media, que neste momento aparenta ter uma atitude neutral, porque acima de tudo, está mais preocupada com o dinheiro que entra e sai? Como é que este "circo" - é o que veremos amanhã, quando os carros forem apresentados - quando o dono se zangar com os acrobatas, trapezistas e domadores, não porque os paga mal, bem pelo contrário, mas porque os decidiu tratar abaixo de cão, espiolhando que abre a boca e diz asneira?

Em jeito de conclusão: isto é uma polémica evitável. E o grande culpado é o dono desta entidade, cujo poder todos sabem que é virtual. 

Yotube Formula 1 Video: Os primeiros dias de Lewis Hamilton na Ferrari

Lewis Hamilton chegou há cerca de um mês à Ferrari, mas neste final de semana a Scuderia deixou um vídeo no Youtube falando da sua receção em Maranello e como tem sido a sua adaptação, que resultou nele a ver o carro, a fazer testes em Fiorano e a preparar-se para a temporada que aí vem. 

Com milhões de pessoas a invadir as redes sociais no dia em que chegou, e com gente que até desenhou o fato que ele usou nesse dia - quase um momento na história do automobilismo, a Ferrari não deixou passar essa chance e temos estes nove minutos para assistirmos, nas vésperas da apresentação coletiva da Formula 1, no O2 Arena.  

domingo, 16 de fevereiro de 2025

A imagem do dia


Depois de McLaren e Williams, o chassis Haas VF25 já rodou em Silverstone. Aconteceu esta manhã para o "shakedown" antes da apresentação oficial, mas apesar da imprensa não ter tido acesso, circularam desde cedo imagens desse teste nas redes sociais.

O carro, que será pilotado por uma dupla totalmente nova, constituída pelo francês Esteban Ocon e pelo britânico Oliver Bearman, foi experimentada para saber se tudo está bem, antes de revelar oficialmente a sua pintura no evento F1 75 Live na terça-feira, no O2 Arena, em Londres.

Para uma equipa que em 2024 conseguiram 58 pontos e o sétimo lugar da geral - a segunda melhor temporada da sua história - as expectativas parecem ser grandes, especialmente de uma nova dupla onde a juventude e a velocidade parece ser interessante.

WRC 2025 - Rali da Suécia (Final)


O galês Elfyn Evans conseguiu aguentar os ataques da concorrência e acabou no lugar mais alto do pódio. O piloto da Toyota superou o japonês, seu companheiro de equipa, Takamoto Katsuta, e o piloto da Hyundai, o belga Thierry Neuville. E foi bem apertado: 3,8 para o japonês, 11,9 a diferença para o belga. 

"Infelizmente não consegui encontrar a vitória desta vez, o Elfyn fez um grande tempo de etapa na última. Desta vez queria manter-me na estrada.", confessou, algo desapontado, Takamoto Katsuta, que mesmo assim, igualou a sua melhor posição de sempre no WRC. 

Mas para Evans, que conseguiu a sua décima vitória no WRC, aos 34 anos, isto é um grande momento, pois para além da vitória, é o líder do campeonato após duas provas do campeonato.

"Foi um fim de semana muito intenso, lutando o tempo todo pela vitória no final. Foi uma grande luta entre muitos pilotos e foi muito emocionante fazer parte dela! Sair do fim de semana com o máximo de pontos é incrível.

O Taka [Takamoto Katsuta] também teve uma prestação incrível, foi um resultado de equipa muito forte, parabéns ao Taka e a todos os elementos da equipa.", concluiu.

Com três especiais a completar neste domingo, com passagens duplas por Vastervik e a Power Stage em Umea, o dia começou com Takamoto ao ataque, ganham a especial com 0,9 segundos de vantagem sobre Ott Tanak e 2,5 sobre Kalle Rovanpera, enquanto Elfyn Evans perdera 7,5 segundos, suficiente para o japonês liderar o rali. "Luto para ter confiança na frente [do carro] e depois não mantive a velocidade. Não sei porquê.", interrogava Evans. Atrás, Josh McErlan despistava-se e ficava pelo caminho.


Evans respondeu ganhando na segunda passagem por Vastervik, conseguindo 6,7 segundos sobre Neuville e 8,2 sobe Tanak e Takamoto. Isso fê-lo recuperar a liderança por 3,7 segundos, deixando tudo em aberto para a Power Stage, para saber quem sairia vencedor. 

E ali, o melhor foi... Evans, batendo Takamoto pela margem mínima: 0,1 segundos. Neuville foi o terceiro, a 0,8, na frente de Rovanpera, a 1,8.

Depois dos três primeiros, no pódio, Ott Tanak foi o quarto, a 16,8, seguido por alle Rovanpera, quinto a 32,8. Já mais distante ficou Martins Sesks, a 2.09,4, superando Sami Pajari, sétimo, a 2.27,0. Oitavo foi Gregoire Munster, a 4.08,6, com o "top ten" a ser fechado por Oliver Solberg, no seu Toyota GR Yaris Rally2, a 8.23,1, e Roope Korhonen, noutro Toyota GR Yaris Rally2, a 9.05,6.


O WRC prossegue dentro de um mês, em paragens quenianas.   

Formula E: Felix da Costa frustrado com os acidentes de Jeddah


Não foi um fim de semana fácil em Jeddah para António Félix da Costa. Duas colisões em ambas as corridas, no qual foi sempre a vitima, fizeram que apenas conseguisse um nono lugar na primeira corrida e uma desistência na segunda, quando partia de quarto na grelha, numa pista onde os Porsche saíram muito mal, foi o resultado.   

Contudo, se conseguiu algumas coisas positivas, com um nono posto na primeira corrida, depois de danos sérios causados pelo carro de Nico Muller - que desistiu - e ter mostrado competitividade na qualificação da corrida 2, sendo o melhor Porsche e quarto lugar na grelha de partida, a batida na curva 3 com Max Gunther deixou-o frustrado e o piloto de Cascais viu o seu esforço comprometido, com os seus adversários diretos a escaparem na luta pela liderança.

Frustrado no final desta jornada dupla, desabafou:

Não tenho palavras para descrever esse fim de semana. Estive sempre no lugar errado, na hora errada. Na primeira volta da corrida, mais uma vez, uma pancada enorme por trás. Hoje, infelizmente, foi o suficiente para partir a suspensão traseira, e desistimos na primeira volta sem culpa nenhuma. É uma pena. Largamos em quarto, tínhamos tudo para lutar pela vitória. Foram 25 pontos perdidos para o Rowland, e é frustrante quando a culpa não é nossa. Mas é uma temporada longa, isso torna-nos mais fortes. Já tive momentos complicados no passado e sei bem lidar com isso.


No entanto, tanto Muller como Gunther foram no final das corridas pedir desculpas ao piloto pelos acidentes que cometeram. Félix da Costa aceitou e entendeu os erros dos adversários:

Tanto o Nico como o Max vieram pedir desculpa. Embora doa muito e estes pontos perdidos sejam valiosos no futuro, eu respeito verdadeiramente um pedido de desculpas honesto de um concorrente. Somos todos humanos a ultrapassar os limites e os erros acontecem. Temos uma longa temporada pela frente. Foi um erro dele, mas não altera o meu resultado. É inglório, pois acredito que hoje poderia ter tido uma palavra na luta da vitória.”, disse.

Com os 39 pontos que tem agora, Félix da Costa é agora terceiro no campeonato e passarão oito semanas até  à próxima corrida da competição, em Miami, na Florida, que é uma jornada única.