sábado, 9 de outubro de 2021

Formula 1 2021 - Ronda 16, Istambul (Qualificação)


Há mais de trinta anos, a 16ª ronda do campeonato teria marcado o final da temporada. E se fossemos ver as coisas esta forma, estaríamos todos a roer as unhas porque ainda não saberíamos qual dos pilotos é que ficaria com o título, porque neste momento, meros dois pontos separam Max Verstappen de Lewis Hamilton, com vantagem para o piloto da Mercedes. 

Mas estamos bem dentro o século XXI e as coisas mudam. Podem dizer que tem a ver com o dinheiro, com a mudança de proprietários, com a busca de mais dinheiro, mais mercados, ou oura coisa qualquer, mas a Formula 1 caminha alegremente para uma "nascarização" mundial onde dentro em breve, metade dos fins de semana terão Grandes Prémios, e se calhar, quatro fins de semana seguidos, em nome das audiências, e em circuitos sem tradição histórica. Aliás, como era esperado, entre estas corridas, lá foi anunciado oficialmente o segredo aberto: o GP do Qatar, a 21 de novembro.

Com o tempo a anunciar chuva desde o inicio, à medida que se aproximava da hora, a grande novidade era algo que tinha sido anunciado ontem: a Mercedes decidiu trocar de motor no carro do Lewis Hamilton e este iria ter uma penalização de dez lugares. Ou seja, se fizesse a pole, iria largar de 11º. 


E as expectativas para a qualificação, especialmente depois da "torneira aberta" na FP3, afinal, acabou com a pista seca. Tanto que logo de inicio, as coisas estavam boas para colocar pneus slicks. A esmagadora maioria metiam moles para começar a sessão. 

O tráfego era imenso nos primeiros minutos, com alguns pilotos a expressarem dificuldades, especialmente Lewis Hamilton, que quando pisava fora da trilha, quase perdia o controlo do seu Mercedes. Algo que não aconteceu em Yuki Tsunoda, que saiu de pista, mas conseguiu voltar. 

Max Verstappen abriu as hostilidades com 1.26,692, antes de Hamilton responder com 1.26,520, e Bottas melhorar ainda mais. Mas os pneus melhoravam a cada volta, e cedo, foram superados por gente como Fernando Alonso, Charles Leclerc, e Pierre Gasly, este com 1.25,486. Atrás, Nikita Mazepin despistava-se e o seu fim de semana ficava por ali.

No final da Q1, os tempos voavam e alguém ficaria para trás. A grande surpresa, na realidade... eram duas. Primeiro, a passagem de Mick Schmuacher para a fase seguinte, e a não-passagem de... Daniel Ricciardo, o vencedor de Monza, que não conseguiu um tempo razoável. O australiano vai fazer companhia a Nicholas Latifi, Antonio Giovinazzi, Kimi Räikkönen e Nikita Mazepin. E claro, Carlos Sainz Jr.


Chegados ao Q2, a maior parte do pessoal meteu médios, para os usar e fazer funcionar, e os primeiros tempos foram marcados por Bottas, com 1.24,142, para depois ser batido por Verstappen, que depois colocou 1.24,002. Mas Hamilton decidiu ser melhor que todos eles e colocou 1.23,595, mais de meio segundo na frente de toda a gente. Pouco depois, Bottas deu a sua volta e colocou a menos de 0,2 segundos (197 centésimos). E era um 1-2 para os Flechas de Prata. Para melhorar as coisas para eles, Hamilton melhorou o seu tempo para 1.23,082.  

E atrás? Os Alpha Tauri conseguiam meter os seus carros para a Q3, mesmo o Yuki Tsunoda. Lance Stroll também metia o seu carro na Q3, fazendo companhia a Fernando Alonso e Lando Norris. Em contraste, Sebastian Vettel, Esteban Ocon, George Russell e Mick Schumacher ficavam de fora. 

A Q3 começou com os pilotos a usarem os moles, para terem maior aderência, com a grande excepção a ser Tsunoda. E logo de inicio, Valtteri Bottas começou a marcar tempo para ser pole. Hamilton veio a seguir, e quando foi a vez de Verstappen, este não conseguiu fazer bem a última curva, ficou apenas com o terceiro melhor tempo. Gasly era o quarto. 

E a parte final começava com Hamilton a fazer 1.22,868, esmagando o recorde de pista, ao mesmo tempo que Tsunoda fazia 1.24,368. Os tempos não se alteravam e parecia que o poleman... iria ser um piloto que iria ser penalizado. Oficialmente, é Valtteri Bottas quem irá largar do primeiro posto, com Max Verstappen a seu lado. 


Amanhã não deverá chover. Mas nunca se pode garantir a vitória para os Mercedes, apesar de um circuito favorável, como todos viram esta tarde.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

A imagem do dia


Há precisamente 60 anos, a Formula 1 chegava pela primeira vez a Watkins Glen - e lá ficaria nos próximos 19 anos -  e naquele rescaldo de uma temporada de domínio da Ferrari, que tinha terminado em tragédia na corrida anterior, em Monza, com a morte de Wolfgang von Trips, a prova, sem os carros da Scuderia, foi vencida pela primeira vez por um carro oficial da Lotus, com Innes Ireland ao volante.

Contudo, a prova será marcada pelo pódio de Tony Brooks, pela BRM. O que não se sabia na altura, mas aquela era a última prova do "dentista voador" na Formula 1. Então com 29 anos, Brooks tinha passado pela Ferrari e Vanwall, para além de ter corrido num Cooper inscrito pela Yeoman Credit Racing Team, em 1960. Segundo classificado em 1959, depois de ter sido terceiro na temporada anterior, apenas atrás de Mike Hawthorn e Stirling Moss, Brooks estava a ter uma temporada modesta em 1961, apenas tendo pontuado no infame GP de Itália com um quinto lugar. 

Contudo, em Watkins Glen, as coias correram melhor, primeiro com um quinto posto na grelha de partida para a corrida do dia seguinte. A prova foi relativamente sem história, não se envolvendo muito nas lutas pela liderança, primeiro entre Jack Brabham e Stirling Moss, depois, quando este desistiu na volta 59 devido a uma queda na pressão de óleo, entregando a liderança a Innes Ireland, o perseguidor foi Roy Salvadori, que no seu Cooper privado, ameaçava o Lotus oficial. Mas na volta 96, o seu motor explodiu, e deixou Ireland à vontade, na frente de Dan Gurney, no seu Porsche. 

Brooks chegou ao terceiro lugar e ao primeiro pódio da temporada para a BRM por causa dos azares dos outros, mas sabia que era um sortudo. O seu estilo calmo e confiante, sem ser muito agressivo, fazia o difícil... fácil, fosse a guiar, fosse noutras coisas, especialmente numa competição onde o risco de morte era elevado. Em muitas medidas, era parecido com Juan Manuel Fangio.

Contudo, nesse final de 1961, Brooks estava desmotivado. A sua carreira tinha sido dedicada à Vanwall, e quando Tony Vanderwell decidiu retirar-se depois da morte de Stuart Lewis-Evans, no GP de Marrocos de 1958, Brooks queria ir embora junto dele. Mas decidiu ficar mais um tempo. Quando foi para a BRM, em 1961, já tinha decidido ir embora. E no final do ano, mesmo com melhores resultados, queria se dedicar ao seu negócio de montar uma garagem em Weybridge. E o desenvolvimento que se tinha aplicado ao longo do ano em desenvolver o motor V8 da BRM teve dividendos com outro piloto: Graham Hill

E quem conhece a história, sabe quem foi o campeão de 1962. Agora imagine-se com Brooks por perto. Motivado, teria sido um campeão muito tranquilo, com certeza. 

Noticias: Mais um filme de automobilismo a caminho


Enzo Ferrari vai ter um filme feito por Hollywood, isso é certo. Mas e se disser que um dos seus rivais também terá, acreditam? E mais: o filme já está a ser rodado.

É simples: Ferruchio Lamborghini vai ter o seu biopic. A vida do fundador da marca com o mesmo nome, primeiro a construir tratores, e a partir de 1963, a construir carros, depois de um desaguisado com Enzo Ferrari, está a ser filmada e terá Frank Grillo no papel do homem que viveu entre 1916 e 1993. Grillo não foi a primeira escolha, pois inicialmente seria Antonio Banderas que ficaria com o papel de Lamborghini. Gabriel Byrne será Enzo Ferrari - inicialmente, deveria ser Alec Baldwin, mas também recusou devido a outros compromissos - e Mira Sorvino vai ser Anitta Lamborghini, a segunda mulher de Ferruchio. 

O filme tem como base a biografia escrita pelo seu filho Tonino Lamborghini, e a rodagem está a decorrer em terras italianas. O realizador será Bobby Moresco, que foi um dos argumentistas de "Crash", o filme de 2004 realizado por Paul Haggis.

GP Memória - Japão 2006


Uma semana depois de Michael Schumacher ter triunfado em Xangai, o campeonato estava ao rubro: ambos os pilotos estavam empatados na classificação geral, com 91 pontos cada um, e Suzuka, que era uma prova desafiante, num circuito desafiante, costumava ser um local favorável aos carros vermelhos, e isso poderia significar um pulo de gigante para o alemão que já tinha anunciado a sua retirada. Mas Fernando Alonso - que já tinha dito há tempos que iria correr na McLaren em 2007 - não queria baixar os braços e iria dar de tudo para triunfar e assim sair da Renault com o bicampeonato.

Assim sendo, o GP do Japão, a penúltima prova do campeonato, seria uma prova decisiva para qualquer um dos lados. 

No final da qualificação, os Ferrari ficaram com a primeira fila da grelha, mas foi Felipe Massa a ficar com o primeiro posto, na frente de Schumacher. Ralf Schumacher e Jarno Trulli ficaram com a segunda fila, nos seus Toyotas, e na terceira fila, Fernando Alonso e Giancarlo Fisichella, nos seus Renaults. Jenson Button e Rubens Barrichello estavam na quarta fila, com os seus Hondas, e a fechar o "top ten" estavam o BMW Sauber de Nick Heidfled e o Williams-Cosworth e Nico Rosberg.

No dia da corrida, Massa largava na frente, mas na terceira volta, Schumacher passou-o para ver se conseguia ficar o mais à frente possível de Alonso. Este estava entalado na quinta posição porque os Toyotas faziam-lhe a vida negra. Mas na volta dez, já era terceiro, e cinco voltas depois, na primeira paragem para pneus, tinha passado Massa e era segundo, partindo na perseguição de Schumacher. 

A partir de então, era um jogo de gato e rato entre Alonso e Schumacher, Ora se aproximavam, ora se afastavam, porque a diferença entre ambos andava a rondar os quatro a cinco segundos. Alonso parecia não conseguir aproximar-se, mesmo depois de terem feito as suas paragens para reabastecimento.


Parecia que Schumacher ia a caminho de ganhar este "round" quando na volta 37, o seu motor cedeu e um grande coluna de fumo saia do seu carro. Alonso passou-o ao seu lado e viu o que aquilo significava. se cortasse a meta no primeiro posto. não só recuperava o comando, como era o principal candidato ao título. A Schumacher, era-lhe negado um octa e uma retirada por cima, como tinha acontecido a Juan Manuel Fangio e a Jackie Stewart.

E para Schumacher, era a sua primeira quebra de motor... em seis anos. Para mostrar até que ponto as coisas tinham evoluído. Para Alonso, agora na frente, apenas teve de levar o carro até à meta e comemorar a vitória, e provavelmente o campeonato. Apenas precisava de um ponto para revalidar o seu campeonato.


No cortar a meta. Alonso era o vencedor, e no pódio, foi acompanhado por Felipe Massa e Giancarlo Fisichella. Nos restantes lugares pontuáveis estavam o Honda de Jenson Button, o McLaren-Mercedes de Kimi Raikkonen, os Toyotas de Jarno Trulli e Ralf Schumacher e o BMW Sauber de Nick Heidfeld.   

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

WRC: Lappi corre na Toyota em 2022


O finlandês Esapekka Lappi será o sucessor de Sebastien Ogier na temporada de 2022 na Toyota Gazoo Racing, ao lado do galês Elfyn Evans, do finlandês Kalle Rovanpera e do japonês Katsuta Takamoto. Apesar de tudo, Ogier continuará a pilotar pela Toyota, mas em tempo parcial, e com novo navegador, porque o habitual, Julien Ingrassia, anunciou esta quinta-feira a sua retirada.

Para o finlandês de 30 anos, é um regresso, pois correu para eles entre 2017 e 2018, para rumar à Citroën e ganhar mais dinheiro na temporada de 2019, mas cedo arrependeu-se, pois a equipa estava em claro declínio e o finlandês ficou apeado no fim dessa temporada, para rumar à Ford em 2020, e também ficar sem lugar numa equipa oficial no final dessa temporada.

Parece que estou a voltar para casa”, disse Lappi, entusiasmado. “Tenho ótimas lembranças do passado e foi muito bom trabalhar com pessoas da equipe novamente no Rally da Finlândia. Assim que voltei para o Yaris WRC, senti novamente como se este fosse o meu carro."

Claro que no próximo ano teremos um carro novo e embora ainda não o tenha conduzido, parece que vai ser muito diferente com os novos regulamentos. Mas será interessante fazer parte disso e estou muito animado com o futuro.”, concluiu.

Ele provou connosco que pode vencer e, desde então, acho que tem crescido muito”, disse Jari-Matti Latvala, o diretor desportivo da Toyota Gazoo Racing. “A motivação dele é muito grande e ele mostrou sua velocidade no retorno no último fim de semana. Acredito que ele seja o piloto perfeito para dividir o assento com Séb, para nos ajudar no campeonato, mas também para lutar pelas vitórias.”, concluiu.

Youtube Formula 1 Video: Será Lance Stroll um piloto amadurecido?

Toda a gente sabe que o Josh Revell tem uma relação de amor-ódio para com o canadiano Lance Stroll. É verdade que pavimentou o caminho graças aos dólares do pai, mas depois disso, o canadiano mostrou que é um bom piloto, pois já alcançou pódios e uma pole-position, na Turquia. E já tem um palmarés melhor que Hector Rebaque...

Contudo, em 2021, Stroll tem uma temporada pior que Sebastian Vettel, não só em termos de resultado - é o alemão que têm o único pódio da temporada - logo, as pessoas pensam se ele será, em termos medianos, inferior a muita gente. E é por isso que o Josh fez este video.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

As alterações da Ferrari


Carlos Sainz Jr. vai ter o seu motor trocado em Istambul e terá de largar do fundo da grelha, anunciou a Ferari nesta quarta-feira, numa altrua em que também anunciaram que Mattia Binotto não estará presente em Istambul.

A troca de motor irá acontecer depois do quinto pódio conquistado pelo piloto espanhol em Sochi, numa prova onde até chegou a liderar, em contraste com Charles Leclerc, que também teve a sua unidade motriz trocada, mas por causa das vicissitudes da prova, ficou fora dos pontos, na 15ª posição.

Através do seu comunicado oficial, a Scuderia referiu que, “como foi o caso de Charles Leclerc na Rússia, na Turquia Carlos Sainz terá uma unidade motriz completamente nova, equipada com o novo sistema híbrido. Em resultado, começará na parte de trás da grelha com o objetivo de subir na ordem para tentar ganhar alguns pontos”.

Quanto a Binotto, a razão da sua ausência em Istambul tem a ver com o desenvolvimento do carro do próximo ano. A Scuderia confirmou que ele seguirá todas as sessões e a corrida a partir da Remote Garage, com uma ligação permanente à equipa no circuito turco.

Neste momento, a Scuderia é quarto no campeonato de construtores, com 216,5 pontos, enquanto Sainz Jr é sexto na geral, com 112,5 pontos, resultantes de três pódios, sendo que o segundo lugar no Mónaco o seu melhor resultado da temporada.

Noticias: Tempo instável em Istambul


A alguns dias do GP turco, o boletim meteorológico apresenta instabilidade ao longo do final de semana. Se as coisas na sexta-feira irão estar calmas em Istambul, já para sábado e domingo, as coisas alterar-se-ão bastante por causa da precipitação, que aumentará na madrugada de sábado e serão constantes ao longo desse dia, podendo mexer com a qualificação. 

Mais de 50 por cento de hipóteses de chuva estão previstas à hora do almoço, altura em que se definirá a grelha de partida.

Quanto ao domingo, haverá muita chuva de manhã, mas pela hora da prova, as chances de precipitação diminuirão, logo, a prova poderá acontecer com pista seca ou a secar, o que poderá condidionar um pouco a corrida, numa altura em que Lewis Hamilton e Max Verstappen estão separados por meros dois pontos.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Youtube Offroad Video: As qualidades do Rivian

As qualidades do RivianR1T, o jipe elétrico, estão a deixar muita gente espantada. Recentemente, um desses carros resolveu enfrnetar o Hell's Gate, em Moab, no Arizona, uma passagem bem complicada para carros de todo o terreno, e este exemplar, com tudo vindo de fábrica, conseguiu superar este obstáculo, graças ao seu torque - tem um motor em cada uma das suas rodas, por exemplo.

domingo, 3 de outubro de 2021

A imagem do dia


Faz agora meio século que a Formula 1 chegava ao final da temporada no circuito de Watkins Glen, depois de... 11 corridas. Menos de metade das 23 que temos agora, para terem uma ideia. É que naquele tempo, entre as corridas 1 - em Kyalami, África do Sul - para a ronda 2, em Montjuich, em Espanha, durou... sete semanas. Outros tempos. 

Naquele ano, a Formula 1 acabou em Watkins Glen, depois da saída de cena do circuito do México, por causa da morte de Pedro Rodriguez e as confusões do ano anterior, devido ao excesso de espectadores. E os organizadores decidiram renovar o circuito, acrescentando uma grande quantidade de pista. Com uma nova camada de asfalto, parecia ser um circuito moderno. Mas... tudo ficou pronto na semana do Grane Prémio, e sempre que os carros passavam em cima da terra fresca, esta levantava-se e fazia os carros deslizarem-se.

Era verdade que os Tyrrell tinham dominado a temporada, graças ao feitos de Jackie Stewart, que também ajudou a que a equipa alcançasse o seu único título mundial de Construtores. Mas o escocês tinha um escudeiro, o jovem francês Francois Cevért, que na sua primeira temporada completa, conseguindo quatro pódios e uma volta mais rápida. Mas o seu grande feito foi o que aconteceu neste dia, em Watkins Glen, e o que isso representou ao automobilismo francês.

Quinto na qualificação, Cevert segue o seu mestre, depois de ter passado Dennis Hulme pouco depois da partida. Mas a partir da 11ª volta, os pneus de Stewart não funcionavam no asfalto americano, e o francês aproximou-se, mas não o tentou passar. Quando o escocês sinalizou para que o passasse, na volta 14, ele aproveitou e foi para a frente. Stewart acabaria no quinto lugar, enquanto Cevért tinha de lidar com Ickx e Hulme. E foi isso que aconteceu na volta 47, quando ambos se aproximaram dele, e o Ferrari do belga teve problemas devido a uma fuga de óleo. O belga desistiu, e o neozelandês, quando paddou por ali, bateu contra os guard-rails, danificando o seu McLaren. E quando Cevért passou... também escorregou no lugar, mas saiu incólume.

Quando cortou a meta, conseguia algo do qual a França procurava desde 1958: uma vitória na Formula 1. A última vez tinha sido com Maurice Trintignant, no seu Cooper da Rob Walker Racing, e o país vivia um deserto, do qual lentamente, estavam a sair. Primeiro, com a Matra, depois com pilotos como Jean-Pierre Beltoise, Johnny Servoz-Gavin e o próprio Cevért. E quando ele alcançou o triunfo, este foi celebrado como se fosse a final de um campeonato do mundo. E ele, na equipa campeã do mundo, viram-no como alguém que poderia ter material para tal.

E pela terceira vez na sua história, Watkins Glen acolhia um estreante nas vitórias, depois de Jochen Rindt, em 1969, e Emerson Fittipaldi, no ano seguinte. Para Cevért, Watkins Glen tornou-se no seu lugar favorito. O que não sabia era que, dois anos e três dias depois, iria ser o local da sua sepultura automobilística. 

WRC 2021 - Rali da Finlândia (Final)


Elfyn Evans foi o grande vencedor do Rali da Finlândia, e com o quinto lugar de Sebastien Ogier, relançou a sua candidatura ao campeonato do mundo, a duas provas do final. O piloto da Toyota conseguiu levar a melhor sobre Ott Tanak e Craig Breen, num muito movimentado rali.

Com quatro especiais para o final, duas passagens duplas por Laukaa e Ruuhimäki, e com Evans e Tanak separados por 9,1 segundos, com Craig Breen è espreita, a 19,5 segundos, Tanak começou o dia ao ataque, vencendo a primeira passagem por Laukaa, mas apenas tirou 0,4 segundos a Evans. E quando o galês triunfou na primeira passagem por Ruuhimäki, ele tirou 3,5 segundos ao estónio, e praticamente deve ter confirmado a vitória na prova. E na 18ª especial, Evans melhorou ainda, vencendo e açargado a vatagem para 12,4 segundos.


Na Power Stage, Evans foi o melhor, 1,7 segundos n frente de Tanak e 2,9 sobre Esapekka Lappi. E no final, o galês estava feliz com o resultado.

"Este [resultado] parece bom da maneira como o conseguimos fazer. Lutámos muito na Estónia e fizemos algumas alterações ao carro no teste e encontrámos alguma confiança desde o início. Tivemos uma boa posição na estrada na sexta-feira e assumimos a liderança no sábado, e estou muito feliz por poder dar à equipa uma vitória no rali caseiro. Sempre disse desde o início que o objetivo era fazer o melhor em cada rally que nos restava. Temos que apenas nos concentrar em dar o nosso melhor na Espanha e nos preocupar com o resto mais tarde.", comentou.

Com Esapekka Lappi em quarto, a 58,8 segundos, Sebastien Ogier garantira há muito o quinto lugar, a 2.54,4, bem tranquilo, porque Gus Greensmith, o sexto, tinha uma desvantagem de 5.02,3 sobre a liderança. Adrien Formaux foi o sétimo, a 6.22,9, mais de três minutos e meio na frente do melhor dos Rally2, o Volkswagen Golf GTi de Teemu Suninen, a 9.52,1. E a fechar o "top ten" estavam o norueguês Mads Ostberg, a 10.07,8, e o local Emil Lindholm, a 10.52,8.

O WRC continua entre os dias 14 e 17 de outubro na Catalunha.

Youtube Formula 1 Testing: Derek Warwick, Donington Park, 1986

Esta imagem é rara de se ver, mas vale a pena pelo histórico. Estamos em meio de 1986 e a Brabham precisava de um substituto, semanas depois do acidente mortal de Elio de Angelis, em Paul Ricard. Vários pilotos ligaram para Bernie Ecclestone para saber que estavam disponíveis, mas ele escolheu Derek Warwick, sem lugar desde que a Renault fechou as portas na Formula 1, no final do ano anterior, porque... ele não tinha - ou não ligou - para o patrão da Brabham.

Warwick tinha tentado a sua sorte na Lotus no final do ano, mas Ayrton Senna vetou-o, afirmando que os recursos da equipa iriam se dispersar se o contratassem, e ele queria lutar pelo título mundial. Assim sendo, foi para os Sport-Protótipos, e lá estava todo feliz até à chamada de Bernie e ele a experimentar o radical Brabham BT55. Não pontuou na temporada, mas deu à sua carreira na Formula 1 uma segunda vida, primeiro na Arrows e por fim... na Lotus, onde ficou até 1990.