sábado, 22 de junho de 2019

Formula 1 2019 - Ronda 8, França (Qualificação)

O grande defeito de Paul Ricard, situado na localidade de Le Castelet, no Var francês, próximo de Marselha, são as suas estradas de acesso. Foi pela sua escassez que a Formula 1 deixou de lá ir depois da edição de 1990 - embora Magny-Cours, no centro do país, tenha também poucas estradas de acesso ao circuito... - e agora, quando a Formula 1 voltou lá, parece que não construíram mais estradas para aliviar as inumeráveis filas de trânsito das dezenas de milhares de pessoas que lá vão para ver o Grande Prémio. Mesmo sabendo que serão os mesmos a vencer, o que lhes interessa é poderem ver as máquinas de perto, especialmente agora, neste regresso à Europa.

E neste regresso à Europa, o que se vê no pelotão da Formula 1 é que as decisões não são passiveis de recurso. Aliás, é mais uma formalidade, porque na prática, não há reversão. E foi esse o resultado daquilo que a Ferrari fez para contestar a decisão dos comissários em Montreal para retirar a vitória a Sebastian Vettel. Foi o que aconteceu na sexta-feira. Nada que não fosse esperado, mas mesmo assim, ainda se sente a capa de injustiça.

No meio da tempestade, achei interessante ouvir as declarações de Kimi Raikkonen sobre esse assunto. E ele falou sobre a tese do "lei them race" (deixem-os correr), daí eu falar na altura da "letra da lei" e do "espírito da lei". Tenho a sensação que os que defendem a aplicação estrita das regras não querem saber de corridas, mas sim que o seu ídolo vença a todo o custo. E curiosamente, quem defendia isso era o Charlie Whitting, depois de em 2016 ter dito que o excesso de regras estava a prejudicar a Formula 1. E de uma certa forma, isso estava a ser seguido, pelo menos até Montreal. E pelo meio, aconteceu algo importante: Whitting morreu.

E ao lembrar que ainda não foi escolhido um substituto permanente para ele - não era só um "starter", era o delegado da FIA e alguém que tinha a paciência de ir ter com a imprensa para explicar porque tomaram esta e aquela decisão. E tenho a sensação que, com ele morto, o espírito do "let them race" está morto. E se assim for, então haverá mais corridas onde este tipo de decisões mesquinhas aparecerão, e mais corridas serão decididas na secretaria. Resta saber se a FIA tem alguma inclinação.

Dito isto, a Formula 1 rumava para a qualificação com a sensação de "cumprir calendário". E claro, assim foi. Mas como há o dever de informar, vamos a isso.

Debaixo de um autêntico sol de verão, o que se sabia era que Vettel tinha alguns problemas na troca de marchas, mas pior, pior, ficou George Russell. Se o piloto tem uma má Williams, aqui em Paul Ricard os problemas mecânicos no seu FW42 fizeram com que perdesse 15 lugares na grelha de partida. O último lugar estava garantido. Outro que também teve de trocar de componentes foi Daniil Kvyat, que acabou punido com os mesmos 15 lugares.

Com os Mercedes a ficarem logo com a liderança - neste caso, Valtteri Bottas - no final, quem ficava com a fava foram o Williams de Robert Kubica, o Haas de Romain Grosjean e o Racing Point de Lance Stroll.

Na Q2, Bottas foi o primeiro a marcar um tempo, mas Hamilton fez melhor (1.30,024 contra 1.29,520 do inglês) e de uma certa forma, já estava decidido. Atrás é que existia competitividade. A Red Bull dava sinais de vida e Max Verstappen era 0,1 segundos atrás de Charles Leclerc. Já Pierre Gasly esteve mais aflito, chegando até a estar de fora da Q3. Mas conseguiu um bom tempo para ficar para a última parte, às custas do Alfa Romeo de Kimi Raikkonen. Quem também foi para a Q3 foram as McLaren, na melhor performance coletiva da marca este ano, em claro contraste com Alexander Albon e Nico Hulkenberg, que não foram.

Depois, na Q3, o expectável: Hamilton fez uma volta arrasadora e conseguiu mais uma pole-position, com diteito a monopólio na primeira fila dos Flechas de Prata. Charles Leclerc ficou com o lugar mais baixo do pódio, superando Max Verstappen, e provavelmente é essa a sua luta para o resto da temporada. Os McLaren ficam com a terceira fila, na frente até de Sebastian Vettel, que andou com problemas com a sua caixa de velocidades e apenas partirá de sétimo, na frente de Daniel Ricciardo, da Renault, de Pierre Gasly e de Antonio Giovinazi, da Alfa Romeo.

E pronto, assim foi a qualificação. Amanhã, caso não haja uma catástrofe, Lewis Hamilton vencerá com folga sobre Valtteri Bottas. Resta saber se a tática de uma corrida compensará e até que ponto a Ferrari ficará com os restos. Da maneira como isto vai, ninguém quer saber: está tudo decidido, basta riscar o calendário até as coisas estarem matematicamente decididas.

Formula E: Vergne de novo o melhor em Berna

Jean-Eric Vergne venceu a prova de Berna, e conseguiu pontos decisivos na sua luta pelo campeonato. Agora com 32 pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o piloto francês poderá ir a Nova Iorque, na última jornada dupla do campeonato, num modo confortável. Quanto a António Félix da Costa, não conseguiu melhor que o 12º posto da geral, atrasando-se quase de modo definitivo na luta pelo título.

Com Vergne na frente no final da qualificação e alguns dos seus rivais no fim da grelha - Lucas di Grassi era 19º e António Félix da Costa um lugar atrás - o piloto da DS Techeetah tinha tudo para alargar a liderança do campeonato e ir para Nova Iorque com um pé e meio para o título mundial, numa pista que aparentemente era algo estreita para os carros elétricos. ao seu lado, tinha o Jaguar de Mitch Evans, com Sebastien Buemi no terceiro posto.

Na partida, Vergne consegue manter o primeiro posto, com Buemi a conseguir melhor que Evans, mas na primeira chicane, parte do pelotão... ficou por lá. Max Gunther e Pascal Wehrlein "encaixam-se" e boa parte do pelotão ficou preso no muro. Isso faz com que as bandeiras vermelhas fossem mostradas. Os carros conseguiram libertar-se - alguns deles passando pela escapatória - com André Lotterer a ir às boxes trocar de asa dianteira. Também Pascal Wehrlein foi às boxes, também para trocar a asa dianteira. Quem ficou definitivamente de fora foi Robin Frijns.

A corrida recomeçou atrás do Safety Car, com o cronometro congelado até ao recomeço, poucos minutos depois. E quando recomeçou, a organização decidiu que a classificação seria igual ao da grelha de partida, prejudicando os que ganharam posições passando pela escapatória.

Quando recomeçou a sério, não houve ultrapassagens, mas Evans pressionou Vergne pela liderança. O piloto da Jaguar era cada vez mais veloz e tentou a sua sorte, com ambos a afastar-se do pelotão. Pouco depois, Jerome D'Ambrosio acabou por ir às boxes para cumprir uma penalização por causa de um incidente de corrida. Tudo isto ao mesmo tempo que alguns pilotos começaram a ir para o Attack Mode, para tentar ganhar posições com os cavalos extra.

Por alturas da quinze minutos, Pascal Wehrlein acabou por andar lentamente e a parar na pista, vítima de problemas no seu carro. Nesta altura, Evans estava em Attack Mode, antes de Vergne ir à sua vida. O neozelandês andou a lutar pela liderança, mas teve de abortar porque  a organização decidiu colocar um Full Course Yellow por causa do carro de Wehrlein.

Quando voltou a bandeira verde, Evans e Vergne continuavam na luta, e o piloto da Jaguar voltou de novo para o Attack Mode, de modo a atacar o francês da Techeetah. Atacou, atacou, mas o francês sempre se defendeu até ele ir também ao Attack Mode. Depois foi um periodo onde os cinco primeiros estavam em Attack Mode, com Lotterer a passar Abt e Gunther até chegar ao quarto posto.

Na parte final, Evans começou a ser assediado por Sebastien Buemi e Andre Lotterer, nas caiu para quinto, passado por Bird. Tentou recuperar a posição, usando o Attack Mode, e conseguiu forçar o erro ao britanico, que conseguiu.

As últimas voltas tiveram emoção, com a chuva a marcar presença. Apesar das escorregadelas, Vergne teve nervos de aço e aguentou Evans e Buemi para conseguir o seu terceiro triunfo do campeonato. E com o quarto posto de Andreas Lotterer, a DS Techeetah deu um passo decisivo para a conquista do campeonato de Construtores. 

Com isto, Vergne conseguiu 130 pontos, contra os 98 de Lotterer e 97 de Di Grassi. Agora, a Formula E parte para a jornada dupla de Nova Iorque, nos dias 13 e 14 de julho.

Formula E: Vergne fez a pole-position em Berna

Jean-Eric Vergne pode ter dado um passo decisivo para a renovação do seu título na Formula E. O piloto da Techeetah fez a pole-position no ePrémio de Berna, onde conseguiu superar o Jaguar de Mitch Evans e o Nissan de Sebastien Buemi. António Félix da Costa, piloto da BMW Andretti, não conseguiu melhor que o vigésimo tempo, um lugar atrás de Lucas di Grassi, e apenas na frente dos pilotos da NIO, e a sua vida poderá estar bem mais complicada nas contas para o título.

Numa prova que é uma estreia para o pelotão da Formula E, em paragens suíças, o campeonato já está uma fase decisiva, apesar de ainda faltar a jornada dupla de Nova Iorque, e como esta pode dar 50 pontos em potencial, as coisas tem mais chances de serem resolvidas por lá.

Logo no Grupo 1, com os pilotos da frente do campeonato - Vergne, Félix da Costa, Di Grassi, Lotterer e Frijns - o brasileiro da Audi e o português da BMW Andretti foram os primeiros a marcar pontos, mas logo a seguir, Vergne pulveriza a concorrência, conseguindo 1.19,232, 0,8 segundos mais veloz que ambos os pilotos, e tendo um tempo potencial para entrar na SuperPole. Já Lotterer e Frijns conseguiram um tempo na casa dos 1.19,5.

No segundo grupo - que tinha Daniel Abt, Oliver Rowland, Sébastien Buemi, Jérôme D'Ambrosio e Mitch Evans - Rowland teve um ligeiro erro que o fez que fizesse o oitavo tempo provisório. que foi aproveitado por Mitch Evans, para fazer um tempo abaixo do 1.18, liderando a tabela de tempos. Sebastien Buemi seguiu-o, fazendo o terceiro melhor tempo, seguido por Daniel Abt.

Para o terceiro grupo de pilotos, que tinha Sam Bird, Stoffel Vandoorne, Pascal Wehrlein, Alexander Sims, Felipe Massa e Edoardo Mortara, começou com Bird e Wehrlein a fazer tempos que os colocaram na SuperPole de modo provisório. De resto, nem Felipe Massa, nem Alex Sims e Edoardo Mortara conseguiram um tempo suficiente para ir para a fase final.

Por fim, o Grupo 4, com Tom Dillmann, José María López, Alex Lynn, Maximilian Günther, Oliver Turvey e Gary Paffett, as coisas não correram bem para os carros da NIO, que ficaram piores que Félix da Costa. Em contraste, Max Gunther conseguiu o quinto melhor tempo, que deu para ir na SuperPole, mas Alex Lynn só foi o décimo.

Assim, para a SuperPole foram Evans, Vergne, Wehrlein, Buemi, Günther e Bird.

Ali, Bird foi o primeiro a sair, e com a volta que fez, de 1.19,536, foi conservador e parecia que teria o pior tempo dos postulantes. E isso provou-se quando Max Gunther fez um tempo 170 centésimos melhor que o britânico da Virgin. A seguir, veio Sebastien Buemi e fez um tempo de 1,19,164, menos quatro milésimos que Pascal Wehrlein, quando ele fez a sua volta na pista.

Por fim, Jean-Eric Vergne foi à pista e fez 1.18,813 e fez o melhor tempo. Com apenas um piloto para marcar tempo, o neozelandês da Jaguar, este não conseguiu bater o francês, mas ficou com um lugar na primeira fila da grelha de partida, com um tempo 307 centésimos mais lento.

Assim sendo, o piloto francês vai ter uma chance de marcar pontos decisivos no campeonato, numa prova que começará pelas 17 horas de Lisboa.

A imagem do dia

Esta é uma imagem pouco conhecida: Piers Courage, com capacete integral, no fim de semana do GP da Holanda de 1970, aquele em que veio a morrer devido a um despiste do seu De Tomaso-Williams feito de magnésio.

Normalmente faço isto quando os números são redondos, mas este ano lembro isto por causa desta foto e também por causa das circunstâncias desta corrida e as suas consequências.

Caso não saibam, os GP's da Holanda normalmente aconteciam aos sábados, porque os domingos eram mais sagrados do que são agora, e aquele 21 de junho de 1970 coincidia com o dia da final do campeonato do mundo de futebol, no México, entre o Brasil e a Itália. E a corrida tinha de acontecer um pouco mais cedo porque, por causa do fuso horário, o jogo iria acontecer pelo meio-dia local, oito da noite na Europa central.

Foi uma corrida interessante, pois foi a primeira de Clay Regazzoni (Ferrari), Francois Cevért (March) e Peter Gethin (McLaren). Jochen Rindt, o poleman, dominou a corrida num Lotus 72 que por fim superou os seus problemas de juventude e deu a primeira das quatro vitórias seguidas ao piloto austríaco. Mas foi o acidente mortal de Courage que mudou tudo. O estrago foi tal que causou um incêndio nas matas circundantes, do qual os bombeiros tiveram alguma dificuldade em extinguir.

Courage e Rindt eram amigos pessoais. No ano anterior, em Clermont-Ferrand, Courage tinha emprestado um capacete ao austríaco durante os treinos, e quando soube no pódio do seu acidente mortal, encarou seriamente a ideia de abandonar a competição no final da temporada. Há quem diga que depois voltou atrás com a ideia, mas seja como for, o destino impediu-o de sair da Formula 1 pelo seu próprio pé.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

CNR: Armindo Araújo quer vencer em Castelo Branco

Como se sabe, o Rali de castelo Branco é o primeiro de cinco provas do Campeonato de Portugal de Ralis onde o asfalto será rei. E nesse campo, Armindo Araújo sabe que é importante triunfar por aí, para ter fortes hipóteses de renovar o título na competição, a bordo do seu Hyundai i20 R5. 

É muito importante começar a fase de asfalto com um bom resultado e com o maior número de pontos possíveis. O equilíbrio entre as principais equipas que lutam pelo título é evidente e, por isso, esperamos um rali muito disputado. Estamos bastante confiantes com o trabalho que realizamos nos testes e queremos, tal como os nossos adversários, lutar pela vitória”, disse o piloto do Hyundai i20 R5, de novo navegado por Luis Ramalho.

O rali de Castelo Branco, com dez especiais, correrá no fim de semana - sábado e domingo - nas estradas da cidade albicastrense.

Youtube Rally Testing: Alen e Rovanpera num Skoda Fabia R5

Duas gerações dos ralis finlandeses: Markku Alen, quase 68 anos de idade, com Kalle Rovanpera, de 18, filho de Harri Rovanpera, e ambos a andarem no Skoda Fabia R5, que domina no WRC2 Pro, onde Kalle já alcançou 14 pontos nesta temporada.

O video, filmado na Chéquia (ou República Checa, como queiram) veio do programa finlandês Teknavi, a apesar de falarem o incompreensível finlandês nativo, há legendas em inglês.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

A imagem do dia

Ontem, muitos recordaram o GP dos Estados Unidos de 2005 e a decisão bizarra de ter apenas seis carros na pista, os da Bridgestone, a alinhar na corrida. Hoje trago a capa de um jornal da minha terra, a "celebrar" o feito do Tiago Monteiro, de ser o primeiro - e até agora, único - português no pódio. E recordar o que andava a fazer por esses dias desse verão.

Por coincidência, tinha entrado em férias nesse mesmo dia, e esperava pelo transporte que iria levar ao local onde iria tirar uma semana de merecido descanso. E recordo de ver o Telejornal a comemorar o feito, com um direto da conferência de imprensa pós-corrida, onde o Tiago, de uma certa forma, aproveitava o momento, apesar da bizarria do momento. O resto estava, no mínimo, embaraçado. E no dia seguinte, as capas dos jornais estavam divididas entre si: por um lado, a comemoração de um feito, por outro, os incidentes que tinham acontecido e deram nos seis carros que partiram - e chegaram ao fim - da corrida. E a indignação do público americano, para ver uma desgraça daquelas no "Brickyard", menos de um mês depois das 500 Milhas. E se calhar poderá ter sido o momento em que Tony George decidiu não renovar o acordo com Bernie Ecclestone depois de 2007, e colocar os Estados Unidos fora da Formula 1 até à construção do Circuito das Américas, em 2012.

No final disto tudo, da discussão entre a FIA, a Formula 1 e a Michelin, decidiu-se que a partir de 2006, com a retirada da firma francesa, a Formula 1 teria um monopólio no fornecimento de pneus, para evitar mais surpresas desagradáveis como esta. 

O jornal? Comprei no dia seguinte, no lugar de destino das minhas férias. Guardei-a na minha mochila até ao final, e quando voltei, foi para o meu arquivo, onde está até hoje, e espera que fique por muitos e bons anos. 

CNR: Afinal, João Barros vai estar ausente

Afinal de contas, João Barros não participará no Rali de Castelo Branco. O piloto, que fazia um regresso ao Campeonato de Portugal de ralis, a bordo de um Skoda Fabia R5 da ARC, tinha confirmado a sua presença na prova de abertura das provas de asfalto, acabou por anunciar a sua ausência nas vésperas da prova, sem dar grandes justificações. 

"É com muita pena minha que vos anuncio que infelizmente não vou estar presente no Rali de Castelo Branco. Obrigado à equipa ARC e a todos que se esforçaram nos diversos momentos. Boa sorte a todos os participantes.", disse o piloto na sua página oficial do Facebook.

Assim sendo, o regresso do piloto poderá ser no Rali Vinho da Madeira.

Formula E: Félix da Costa quer lutar em Berna

Depois de três semanas de ausência, a Formula E está de volta para mais uma prova, desta vez em Berna, a capital da confederação suíça. Com um traçado de 2750 metros de perímetro, tem um total de quatorze curvas, oito delas para a esquerda e seis para a direita, e para as equipas, é obviamente uma novidade. Contudo, pelas indicações retiradas em simulador, é de acreditar que seja um traçado difícil de ultrapassar, logo, a posição de largada poderá ser de extrema importância.

Com a luta do campeonato estar reduzida a cinco pilotos, que se encontram separados por 21 pontos, António Félix da Costa, atual quarto classificado, sabe que terá de entrar agressivo em pista de forma a superar os seus rivais nesta luta, nomeadamente Jean-Eric Vergne e Lucas di Grassi. E partir do Grupo 1 na qualificação, normalmente não é fácil: 

Tenho estado sempre no grupo 1 da qualificação e isso tem obviamente prejudicado a minha posição de largada nas corridas, ainda assim temos recuperado muito nas corridas e feitos boas provas. Este fim-de-semana trata-se de um circuito novo para as equipas e todos os pilotos que estão na luta do titulo estarão no grupo 1 portanto será fundamental batê-los na qualificação e depois na corrida adotar uma estratégia agressiva para conseguirmos recuperar bons pontos face ao Vergne, Lotterer e Di Grassi. Quero definitivamente levar esta luta pelo titulo para Nova Iorque e serei mais agressivo que o costume nas lutas em pista”, analisou o piloto oficial da BMW.

A corrida tem lugar na tarde deste sábado, a partir das 17 horas de Lisboa e terá a duração de 45 minutos, acrescidas de uma volta.

Youtube Formula 1 Video: Gilles Villeneuve, ícone automobilistico

Eu sei que agora estamos no fim de semana do GP de França, mas não posso deixar de escapar este video feito pelo Will Buxton sobre Gilles Villeneuve e a sua carreira no automobilismo e a sua elevação para ícone.

Youtube Automotive Video: A transformação de um carro para uma pickup

A americana Simone Giertz é mais uma das muitas mecânicas DIY (Do It Yourself) que decidiram converter carros para as suas necessidades. E numa América que deseja ardentemente duas coisas que por agora não existem - uma "pickup" e um carro elétrico, ela decidiu fazer isso mesmo: uma pickup elétrica, a partir de um Tesla Modelo 3 totalmente novo, que ela diz ser mais barato que comprar uma em segunda mão. Bizarro, mas real.

Assim sendo, eis o video da sua transformação para um "Truckla". Dura meia hora, mas vale a pena ver. 

quarta-feira, 19 de junho de 2019

CNR: João Barros volta aos ralis

Depois de uma longa paragem na competição devido a compromissos profissionais, João Barros volta aos ralis este final de semana em Castelo Branco, a bordo de um Skoda Fabia R5 e navegado pelo experiente António Costa. Nestas vésperas de rali, o piloto afirma estar confiante na equipa e no seu navegador para um regresso em pleno, ainda por cima num rali em asfalto como é este.

O Rali de Castelo Branco vai ser essencial para voltar tudo ao de cima. Vai ser o início de uma nova etapa e estamos muito empenhados em trabalhar para o futuro. Para já, estamos apostados nos próximos cinco ralis do campeonato. O João esteve muito tempo parado e nós temos muito poucos quilómetros com o Skoda, o que não implica que a equipa deixe de encarar esta prova com grande dose de otimismo”, disse o seu navegador.

Diga-se de passagem que esta não é a primeira prova de Barros este ano. No inicio do mês, correu no Rali Ourense, em Espanha, onde andou no "top ten" até se despistar na quarta especial, danificando o seu carro.

Com dez especiais de classificação, o rali, que decorrerá nos dias 22 e 23, é a etapa inaugural da fase de asfalto do campeonato nacional de ralis.


Youtube Motorsport Interview: Uma entrevista com Jean Alesi

Por estes dias, Jean Alesi fez 55 anos de idade, e no inicio do mês que vêm, passarão trinta anos sobre a sua estreia na Formula 1. Em 202 Grandes Prémios, corridos entre 1989 e 2001, em equipas como Tyrrell, Ferrari, Benetton, Sauber, Prost e Jordan, apesar ter ter 32 podios, apenas conquistou uma vitória, para além das duas poles e quatro voltas mais rápidas. 

Neste podcast, o carismático francês - muitos o consideram como um digno sucessor de Gilles Villeneuve - fala da sua carreira de forma bem humorada, sobre um período bem interessante da história da categoria máxima do automobilismo. 

terça-feira, 18 de junho de 2019

As colisões entre a Formula E e a Endurance

A revelação do calendário de 2019-20 da Formula E mostra que existem pelo menos três colisões de datas entre o mundial de carros elétricos e o de Endurance, o que poderá prejudicar os programas de alguns dos pilotos que participam nas duas categorias, como Sam Bird e António Félix da Costa, entre outros

Segundo consta, a segunda corrida do calendário, que em principio será em Marrakesh, colidirá com as Seis Horas do Bahrein, a 14 de Dezembro, enquanto a proa na China, a 21 de março, acontecerá um dia depois das Mil Milhas de Sebring. Quanto às Seis Horas de Spa-Francochamps, esta acontecerá ao mesmo tempo que a ronda da Formula E em Seoul, na Coreia do Sul.

Estas colisões de calendário, não sendo todas coincidentes, colocam contudo um grande desafio logístico, dado que os pilotos não andarão em corridas um a seguir ao outro.

Jean Todt, o presidente da FIA, justificou estas coincidências como sendo o resultado de "equívocos" e já pediu para que se tente encontrar uma solução para esta situação.

Para dizer a verdade, tenho outras coisas para fazer na minha agenda do que olhar cuidadosamente para os calendários. Percebi quando o calendário foi proposto que há algumas sobreposições. Fiz uma comissão, onde as pessoas deviam sentar-se e trabalhar em conjunto. Se temos uma comissão e as pessoas não se encontram, lamento.”, começou por afirmar.

Provavelmente há alguns desentendimentos e algumas dificuldades com os calendários. É algo que eu tenho expressado com muita frequência. Temos 52 fins de semana no ano e infelizmente, há algumas datas sobrepostas entre alguns eventos e alguns campeonatos.”, continuou.

Claramente, sabemos que há interesse em certos pilotos em participar em ambas as competições. Então agora, à luz do que aconteceu, já pedi ao meu pessoal para ver se algumas soluções poderiam ser encontradas. Devo dizer que não é fácil – porque cada campeonato tem suas próprias necessidades e problemas para resolver. Mas se for algo que possamos melhorar, faremos isso. É tudo o que posso dizer.”, concluiu.

Contudo, Todt mostrou desagrado pelo facto da comissão responsável pelos calendários não se ter reunido antes da divulgação deste calendário provisório:

Sinto-me um pouco insatisfeito por esta comissão não se ter reunido para tentar resolver o problema antes. Mas nunca é tarde demais para tentar.”, concluiu.

CPR: Teodósio quer ganhar em Castelo Branco

Com o Campeonato Português de Ralis a entrar na fase de asfalto, a começar com o Rali de Castelo Branco, Ricardo Teodósio, o atual líder, deseja continuar nos triunfos e na liderança do campeonato. Para o piloto algarvio, que ganhou aqui em 2018, apesar da mudança de superfície para este ano, o objectivo é o mesmo.

Estamos muito motivados para o início da fase de asfalto e o Rali de Castelo Branco pode ser um ponto importante na nossa época”, começou por afirmar o piloto da Guia, que ai competir com um Skoda fabia R5. 

Depois da fase de terra, vamos testar esta segunda-feira no asfalto e tentar encontrar um bom set up, já que o campeonato deste ano está muito competitivo e é importante estarmos confiantes no carro para atacar. Estou convencido que estaremos novamente na luta pela vitória”, concluiu, ele que continua a ser navegado por José Teixeira.

O rali de Castelo Branco, que acontecerá nos dias 22 e 23 de junho, terá dez provas especiais de classificação e quase 130 quilómetros de troços que serão corridos contra o cronómetro. 

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Youtube Motorsport Video: O Toyota GT Concept

Regulamento anunciado no sábado, carro mostrado no domingo. O video tem alguns meses, foi filmado em Fuji, e parece mais ser um concept. Mas com a Toyota a ter uma palavra a dizer nos regulamentos para os hipercarros a partir de 2020 - do outono de 2020, diga-se - não ficaria admirado se isto ser a base do hipercarro da marca.

Em suma, já andam a fazer o "trabalho de casa" desde há muito, com o objetivo de continuar como estão agora: dominar a Endurance e continuar a triunfar nas 24 horas de Le Mans. 

Youtube Motoring Show: O volante do Tesla Roadster


Quando se mostrou a segunda versão do Tesla Roadster, em 2017, mostrou-se também o seu volante, que era fora do vulgar. O carro, que começará a ser comercializado em 2020, e que poderá ter uma velocidade máxima de 450 km/hora e uma aceleração de 0 aos 100 em menos de dois segundos, afinal, vai ter o tal volante invulgar. Pelo menos é o que poderemos ver neste video do site electrek.


WRC 2019 - Rali da Sardenha (Final)

Quando tudo parecia que o triunfo iria cair nas mãos de Ott Tanak... a sua direção assistida deixou-o mal em pleno Power Stage, e o lugar mais alto do pódio acabou por ficar, de forma inesperada, nos braços da Hyundai e de Dani Sordo, que conseguiu assim a sua primeira vitória do ano. Ainda assim, o quinto lugar de Tanak, que foi final, tornou-se suficiente para sair da Sardenha com o comando do campeonato. Mas como já aconteceu no passado noutras categorias, ver a vitória alterar-se à vista da meta ainda é algo inesperado.

Com 25,9 segundos de diferença entre Tanak e Sordo, o dia de domingo começaa com duas passagens por Cala Flumini e Sassari - Argentiera, uma delas como Power Stage. Andreas Mikkelsen entrou o dia a ganhar, talvez para apanhar Elfyn Eans no quarto posto. Contudo, aqui, a diferença entre ambos foi de 0,2 segundos, com Tanak a ser terceiro, 3,5 segundos atrás e com uma toada conservadora. A mesma coisa aconteceu nos três especiais seguintes, mas só deu certo na última especial quando o norueguês apanhou o piloto galês da Ford. Mas essa recuperação ficou ensombrada pelos eventos do Power Stage, que lhe deu um inesperado terceiro lugar final.

"É inacreditável. Eu não tenho palavras para descrever isso. Mesmo com o erro de Tanak, é incrível ganhar. Sinto muito pelo Ott.", disse Sordo no final do rali, com esta vitória a cair ao seu colo. E é verdade: antes da Power Stage, o estónio tinha 26,7 segundos de vantagem sobre Sordo, e tinha tudo para ganhar. E ali perdeu mais de dois minutos e doze segundos, devido a uma falha na direção, algo do qual também Jari-Matti Latvala também sofreu, na sexta-feira.

Parece que Jari-Matti Latvala e o Ott Tanak tiveram o mesmo problema. Não é algo que já tenhamos visto antes. Tudo o que sabemos é que os componentes que vieram a este rali eram todos do mesmo grupo. Vamos investigar, mas hoje é difícil dizer o que é. Precisamos de verificar tudo”, disse o engenheiro-chefe da Toyota, Tom Fowler.

No final, a diferença entre Sordo e Suninen, o segundo classificado, foi de 13,7 segundos, com Mikkelsen a ser terceiro, a 32,6 segundos, mais 0,9 sobre Elfyn Evans. Tanak era quinto, a um minuto e 32 segundos, na frente de Thierry Neuville, a dois minutos e 16 segundos. Esapekka Lappi foi o sétimo, a dois minutos e 59 segundos, na frente de Kris Meeke, a quatro minutos e 40. E a fechar o "top ten" ficaram os Skoda do finlandês Kalle Rovanpera e de Jan Kopecky, respectivamente, a oito minutos, 24,6 segundos e oito minutos, 49,2.

Agora, o WRC descansa por mais de um mês, até à Finlândia, onde decorrer o rali local entre os dias 1 e 4 de agosto.

domingo, 16 de junho de 2019

As imagens do dia


E chegou ao fim mais uma edição das 24 Horas de Le Mans. Já se sabia quem iria ganhar, mas o mais interessante seria saber se os triunfadores de 2018 seriam os mesmos de 2019. Afinal, acabaram por ser, logo, será interessante falar dos três que acabaram por repetir o lugar mais alto do pódio e serem campeões do mundo da Endurance.

A vitória de Fernando Alonso seria esperada, especialmente depois do fracasso que foi a sua participação nas 500 Milhas de Indianápolis, no mês anterior, mas vê-lo a acabar como campeão do mundo de Endurance, doze anos e meio depois de ter sido campeão na Formula 1, até foi bom para o seu rico palmarés no automobilismo. Depois de ter conseguido esse feito, vai abandonar a equipa da Endurance para fazer outras coisas na vida, mas ele já disse que pretende regressar, para competir na nova classe dos Hipercarros, categoria do qual a Toyota já disse que participará.

Quanto a Kazuki Nakajima, é ótimo voltar a ver num nome tão famoso no Japão no lugar mais alto do pódio e ser campeão, algo que nem o seu pai, nem o seu irmão Daisuke conseguiram, mas Kazuki mostrou que é muito mais que um mero funcionário exemplar da marca, saber ser veloz sem atrapalhar, como também é o seu compatriota, Kamui Kobayashi.

Sebastien Buemi, continua a enriquecer a tradição automobilística suíça, e de uma certa forma, compensa a temporada modesta que está a fazer este ano na Formula E ao serviço da Nissan... rival da Toyota, mas não competem juntos na Endurance. Claro, não saberemos bem como será no futuro, com a tal classe de Hipercarros, mas com a tradição japonesa de competir na Endurance, nunca se sabe.

De resto, foi fantástico ver os carros da classe GTE Pro. Todos aqueles carros, em carreiro, na reta das Hunaudriéres, a rolar a mais de 350 km/hora, juntos a competir por uma posição, ao fim de horas e horas de corrida, é um feito. Os desenvolvimentos técnicos, a resistência dos materiais e os erros feitos pilotos que são logo corrigidos por causa das escapatórias de asfalto, fazem com que esta corrida de resistência seja cada vez mais longas corridas de "sprint", durando oito, dez, doze, catorze e mais horas. Na hora final da corrida, havia quatro ou seis carros na mesma volta do vencedor, demonstrando que as coisas evoluíram muito.

De resto, gloria aos vencedores - com três brasileiros a vencer, cada um na sua categoria! - e parabéns aos que chegaram ao fim. Muitas das vezes, chegar à banderia de xadrez é a maior das vitórias. E ano que vêm, haverá mais.

WRC 2019 - Rali da Sardenha (Dia 2)

Ott Tanak lidera no segundo dia do Rali da Sardenha, num rali marcado pela sua dureza. Pilotos como Jari-Matti Latvala e Thierry Neuville tiveram avarias e despistes, caindo bastante na geral, deixou o estónio mais à vontade. O piloto da Toyota tem agora 25,9 segundos sobre Dani Sordo e 42,9 sobre o Ford de Teemu Suninen, após 15 especiais de classificação.

Com Sordo a liderar no final do primeiro dia, 10,8 segundos na frente de Teemu Suninen, as coisas para o segundo dia prometiam ser fortes e duras. E foi o que aconteceu, começando o dia com Tanak ao ataque, vencendo na primeira passagem por Colliuna-Loelle e reduzindo a diferença para com Sordo, que foi segundo, a 6,5 segundos. No Monti di Allá, Tanak tornou a triunfar, tirando mais 2,1 segundos a Sordo, e reduzindo a diferença para 2,6. 

Atrás, Ogier parava de novo, com danos na suspensão traseira direita, e parecia que a sua recuperação não iria lá muito longe...

A manhã acabou com Tanak ao ataque e a vencer em Monte Lerno, dando noe segundos a Dani Sordo e a ficar com o comando do rali. Suninen foi o terceiro, a 12,3 segundos, consolidando o mesmo lugar. No final, o estónio deveu este resultado à escolha de pneus.  "Tivemos que nos esforçar muito. Neste tivemos um erro, perdemos algum tempo, mas está tudo bem. Definitivamente [tivemos] a escolha certa nos pneus."

A tarde continuou a tendência da manhã, com Tanak novamente a triunfar na segunda passagem por Colliuna-Loelle, ganhando 3,4 segundos sobre Sebastien Ogier, mas sobretudo, 3,9 sobre Teemu Suninen e 4,2 sobre Dani Sordo. O estónio alargou a liderança na especial seguinte, triunfando em Monti di Alá, dando 6,8 segundos a Teemu Suninen e 7,1 sobre Dani Sordo. E a mesma coisa aconteceu na segunda passagem por Monte Lerno, conseguindo uma vantagem de 5,1 sobre Suninen e Elfyn Evans.

Depois dos três primeiros, Evans era o quarto, noutro Ford, a um minuto e 18,4, mas tem Andreas Mikkelsen não muito longe, a 1 minuto, 33,3 segundos. Thierry Neuville é o sexto, a dois minutos, 32,4 segundos, com Esapekka Lappi no sétimo posto, a dois minutos e 58,3 segundos. Com mais um minuto de atraso está Kris Meeke, noutro Toyota, e a fechar o "top ten" estão os Skodas de Kalle Rovanpera e de Jan Kopecky.

O rali da Sardenha termina este domingo, com a realização das restantes quatro especiais.