sábado, 11 de fevereiro de 2017

Youtube Formula 1 Classic: Roberto Moreno, Silverstone 1991

Roberto Moreno faz hoje 58 anos. O "Baixo", batizado carinhosamente pelo seu amigo Nelson Piquet, ou o "Super-Sub", que muitos lhe deram em reconhecimento das suas capacidades de condução quando muitos dos pilotos titulares se lesionavam, teve uma carreira bem eclética, fazendo o impossível com as piores máquinas que teve à mão, especialmente nos tempos da da Formula 1. Só não andou no carro da Life... porque por essa altura era piloto da Eurobrun!

Contudo, foi também piloto de testes por algumas equipas, especialmente da Ferrari, que ajudou a desenvolver o carro com a caixa semi-automática, que estrearam em 1989 com a vitória de Nigel Mansell no GP do Brasil, a sua primeira corrida ao serviço da Scuderia. Mas no meio desses azares, houve um oásis de sorte, quando Moreno substituiu Alessandro Nannini no final de 1990. Um pódio e algumas boas corridas em 1991 pareciam que ele iria dar o salto. Mas depois do final do GP da Bélgica, onde foi quarto e fez a volta mais rápida, foi despedido para dar lugar a um jovem alemão chamado Michael Schumacher.

Aqui, em Silverstone, Moreno faz uma das suas melhores partidas na Formula 1, mostrando o seu talento nos lugares da frente, pulando da terceira fila para ficar no terceiro posto no final da primeira volta, apenas atrás de Ayrton Senna e de Nigel Mansell, que iria vencer essa corrida... com a famosa cena de levar o brasileiro da McLaren no seu dorso até às boxes.

Youtube Formula 1 Classic: Pierluigi Martini, Minardi-Subaru, 1989


Pierluigi Martini foi um dos pilotos que ajudou a construir a mítica Minardi, a pequena equipa que todos aprenderam a amar, e que tem um enorme numero de seguidores, especialmente em Itália. Sobrinho de Giancarlo Martini, que andou num carro da Ferrari em algumas corridas extra-campeonato, em 1976, Martini correu com eles entre 1985 e 1995, com interrupções em 1986-87, voltando a correr em 1988, e ficando lá até 1991, altura em que foi correr para a Dallara, antes de voltar em 1993, ficando até meados de 1995, retirando-se para dar lugar a Pedro Lamy.

Estas imagens são interessantes. É um teste em Misano, onde Martini testou o Minardi-Subaru, basicamente um motor flat-12 de 3.5 litros construído por Carlo Chiti e com o dinheiro da marca japonesa, que queria entrar na Formula 1.

Pode-se ouvir o carro a circular pela pista italiana... e o cantar do motor é parecido com um daqueles aviões a hélice da II Guerra Mundial, e com uma "tosse" que quase nos faz pensar se ele não se "engasgará" a qualquer momento. Talvez seja por isso que a Minardi ter preferido andar um um mero Ford Cosworth na temporada de 1989... 

Formula E: Prova de Berlim volta a Tempelhof

A prova da Formula E vai regressar ao antigo aeroporto de Tempelhof, após um ano de ausência. A novidade foi dada hoje, poucos dias depois do conselho municipal da cidade ter chumbado o circuito que já existia na edição do ano passado, na zona da Karl Marx Allee.

A novidade foi dada pelo burgomestre de Berlim, Michael Muller: "O automobilismo elétrico é uma montra para tecnologias inovadoras e mobilidade urbana sustentável. A eletromobilidade é a chave para o transporte ecológico nas cidades do século XXI, incluindo Berlim. Por conseguinte, estou muito satisfeito pela Fórmula E continuar a correr por aqui. O evento emociona os fãs do automobilismo e prova - de forma espetacular, diante de um pano de fundo especial - e o desempenho dessa tecnologia para um público amplo", comentou.

Um desenho modificado daquele que recebeu os carros em 2015, onde Jarno Trulli fez a pole-position e onde Lucas di Grassi acabou por vencer, mas depois foi desclassificado devido a uma asa fora do regulamento, dando a vitória para o belga Jerome D'Ambrosio

WRC 2017 - Rali da Suécia (Dia 2)

O segundo dia do Rali da Suécia viu Thierry Neuville a consolidar a sua liderança nesta prova, mostrando que é não só um dos favoritos à vitória, como também poderia ser um dos pilotos que lutará pelo título mundial em 2017. Contudo, um despiste na última especial do dia, em Karlstad, viu esfumar as suas chances de vitória, e se calhar do campeonato, pois um embate contra um muro arrancou-lhe uma roda. No final deste dia, Latvala é o líder e poderá dar à Toyota a sua primeira vitória desde o seu regresso ao Mundial. Isto, se Ott Tanak não o conseguir alcançar.

Mas o dia começou com Sebastien Ogier a tentar recuperar o tempo perdido. Na nova especial, a primeira passagem por Knon, apesar de Tanak ter sido o vencedor, Ogier foi o segundo, a 2,6 segundos do estónio, e Neuville ficou a 3,8 segundos, no terceiro posto. Latvala foi o quarto, a 6,3 segundos, enquanto que Kris Meeke, piloto da Citroen, foi sexto, a 14,4 segundos. Isso foi mais do que suficiente para que Ogier e Meeke trocassem de lugar na quarta posição.

Hayden Paddon perdeu mais de minuto e meio na classificativa, por problemas com a sua direção assistida: “A direção assistida falhou logo no início, foi impossível de pilotar”, disse.

Tanak continuou a vencer na especial seguinte, a primeira passagem por Hagfors, e na seguinte, na primeira passagem por Vargasen. Aí, deu 3,4 segundos de vantagem sobre Latvala, e 3,8 segundos sobre Neuville, mas sobretudo, 4,7 segundos sobre Ogier. Contudo, o francês ganhou mais 1,2 segundos sobre Meeke, consolidando o seu quarto posto. 

Por esta altura, a organização decidiu anular a 12ª especial, a segunda passagem por Knon, por causa do excesso de velocidade na primeira passagem, o que poderia perigar os espectadores, em caso de acidente. Assim, passaram logo para a segunda passagem por Hagfors, na 13ª especial, onde Jari-Matti Latvala conseguiu ser o melhor, mas... a diferença para Neuville diminuiu para 1,2 segundos, sendo o belga terceiro, pois Ott Tanak ficou entre eles.

Contudo, só na 14ª especial - a segunda passagem por Vargasen - é que houve alterações significativas. Kris Meeke despistou-se, perdendo mais de oito minutos e a chance de uma boa classificação no rali. Ali, Neuville foi o melhor, 3,3 segundos de vantagem sobre Sebastien Ogier e 5,7 segundos sobre Ott Tanak, no segundo Ford. Jari-Matti Latvala é o quinto, a 11,3 segundos do vencedor.

E tudo esperava que a Super-Especial de Karlstad serviria para cumprir calendário. Contudo, foi precisamente ali que Neuville sofreu um toque... e perdeu uma roda. A troca foi feita no parque de assistência, mas o tempo perdido pelo belga - dez minutos - fez com que entregasse a liderança para Jari-Matti Latvala e caísse para a 13ª posição, perdendo de vez a chance de vencer este rali, quando tinha tudo para tal.

E no final do segundo dia, havia um duelo pela liderança: Latvala tinha 3,8 segundos de vantagem sobre Ott Tanak, enquanto que Sebastien Ogier era terceiro, a 16,6 segundos. Dani Sordo é agora o melhor dos Hyundai, no quarto posto, mas a mais de minuto e meio do líder do campeonato. Craig Breen é o quinto, a dois minutos e quatro segundos, seguido por Elfyn Evans, no seu Ford da DMACK. Hayden Paddon e Stephane Lefebvre são sétimo e oitavo, bem distantes - estão a mais de cinco minutos - enquanto que Pontus Tiedmand e Teemu Suninen são os melhores dos WRC2, e a fechar o "top ten", a mais de sete minutos e 50 segundos.

O Rali da Suécia termina amanhã, com a realização da últimas três especiais do dia. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

WRC 2017 - Rali da Suécia (Dia 1)

Thierry Neuville lidera o Rali da Suécia, depois de cumpridas as primeiras oito classificativas. Com um avanço de 28,1 segundos sobre o Toyota de Jari-Matti Latvala, o piloto belga da Hyundai mostrou que está a ser um melhor piloto este ano e a sua máquina é capaz de o lutar pelas vitórias. Ambos já tem uma vantagem sobre o terceiro classificado, o Ford Fiesta de Ott Tanak, que já tem um atraso de cerca de 50 segundos. Já Sebastien Ogier é quinto, a cerca de 55 segundos, mas ele vai tentar aproximar-se de um lugar no pódio, pois foi prejudicado por causa de ser sempre o primeiro a sair da estrada.

A primeira etapa começou ontem à noite, na especial de Karlstad. Nessa zona-espectáculo, o mais veloz foi Jari-Matti Latvala, que conseguiu uma vantagem de 0,6 segundos sobre Thierry Neuville, no seu Hyundai, e 0,7 segundos sobre Dani Sordo. Com este resultado, não só Latvala consegue a primeira vitória em especiais para a Toyota, neste seu regresso, como também coloca o carro japonês na frente de um rali desde a Volta à Corsega de 1999, quando Didier Auriol conseguiu isso.

Com o raiar de um novo dia, os carros voltaram às estradas nevadas à volta de Karlstad. Neuville passou ao ataque, vencendo a segunda e terceira especiais, as primeiras passagens por Röjden e Hof-Finnskog. Em Röjden, o belga da Hyundai deu dois segundos de vantagem sobre Kris Meeke, mas sobretudo, deu 4,6 segundos sobre Jari-Matti Latvala. Já Ogier atrasou-se em 10,7 segundos, prejudicado pelo facto de ser o primeiro a sair da estrada. “Foi difícil, especialmente nas partes mais estreitas, em que estava muito escorregadio, mas não foi uma má especial”, contou.

Já em Hof-Finnskog, a diferença entre Neuville e Latvala foi de meros 0,6 segundos, mas o belga levou de novo a melhor. Ogier perdeu 3,1 segundos, enquanto que Tanak perdeu 8,7.

Contudo, na quarta especial, Latvala conseguiu ser mais veloz e regressou à liderança. A razão foi não só o finlandês ser o mais rápido, como também Neuville bateu numa raíz e perdeu 8,5 segundos. “Bati numa raiz, com muita força, com a frente direita e depois disso desacelerei com receio que o carro pudesse ter alguma coisa, e por isso perdi algum tempo” revelou o belga. Ogier perdeu 9,5 segundos, caindo ainda mais na classificação geral.

Contudo, como Neuville não teve estragos no seu carro, partiu de novo ao ataque na especial seguinte, a segunda passagem por Röjden, onde não só venceu, como deu 7,7 segundos a Latvala, voltando à liderança do rali, ainda que a diferença entre eles fosse de apenas 3,8 segundos. Mas na segunda passagem por Hof-Finnskog, Neuville alargou a liderança a Latvala, que ficou nos 2,3 segundos entre eles.

E na sétima especial, Latvala perdeu tempo, por causa de um excesso que lhe custou quase 18 segundos. “As condições eram difíceis, e excedi-me pois a trajetória ideal era estreita e por isso saí várias vezes muito largo, perdendo muito tempo”, comentou. E claro, quem aproveitou tudo isso foi Neuville, que desta forma passou a ter um avanço de 24 segundos para o finlandês, permitindo-lhe respirar um pouco neste rali.

Correu bem, o carro está cada vez melhor, mas houve zonas em que parecia já não ter pregos nos pneus”, comentou o belga da Hyundai.

No final da oitava especial, na primeira passagem por Torsby, Ott Tanak foi o melhor, mas Neuville ficou logo atrás e ainda ganhou mais algum tempo para Latvala, pois a diferença entre os dois ficou-se em mais quatro segundos.

No final deste primeiro dia, depois de Neuville, Latvala, Tanak (a 49,7 segundos) estão o Citroen de Kris Meeke, sem perder de vista o estónio da Ford (a 51,8 segundos), enquanto que Sebastien Ogier é o quinto, a 55,7 segundos. Hayden Paddon é o sexto e o segundo melhor Hyundai, seguiudo por Dani Sordo, o segundo Citroen de Craig Breen, o Ford de Elfyn Evans e o terceiro Citroen de Stephane Lefebvre.

O rali da Suécia prossegue amanhã, com a realização de mais sete especiais.

Youtube Formula 1 Classic: Um testemunho de Imola 1994

Por estes dias, no Youtube, esta filmagem está a causar sensação. E a razão está bem à vista: são as filmagens de alguém que estava na tribuna principal em Imola, durante o GP de San Marino de 1994, um dos mais negros fins de semana da história da Formula 1. Thomas Gronvold, norueguês, tinha 21 anos quando foi a Itália com o seu pai Alf, para visitar a fábrica da Ferrari e claro, ver o Grande Prémio. Só captou filmagens de sábado e domingo, mas são mais do que suficientes para ter uma ideia desse fim de semana que ficou na mente de toda uma geração.

Numa entrevista ao site italiano "Passione a 300 a l'ora", Gronvold contou o que foi esse fim de semana:

"Eu tinha 21 anos, e eu viajei com meu pai Alf para assistir a corrida e apoiar a Ferrari. Infelizmente Jean Alesi não corria por causa de um acidente de testes em Mugello, algum tempo antes. No verão, voltei para a Itália, para um curso de condução de carros da Ferrari, chamado de "Pilota Ferrari".

Dirigimos de Ski, uma cidade ao sul de Oslo, na Noruega, até Riccione, onde ficamos por toda a semana. Tínhamos amigos por lá, e em San Marino, que nós fomos visitar durante esses dias, e por isso não participamos nos treinos de sexta-feira, onde Barrichello sofreu o seu acidente.

No sábado houve o acidente fatal de Ratzenberger: não tivemos nenhuma informação sobre a pista e descobrimos o que tinha acontecido apenas quando voltamos ao nosso alojamento. No domingo, fomos cedo na pista para tirar proveito do dia. Lembro-me que um dia antes estávamos sentados no mesmo lugar onde alguns espectadores ficaram feridos pelos destroços do acidente da partida entre o J.J. Lehto e o Pedro Lamy. Nós olhamos e dissemos que tivemos muita sorte de não estarmos sentados no mesmo lugar.

Durante a corrida, houve muito pouca informação, tanto sobre as condições de Senna, quando ao geral. Quando chegou a noite, ao nosso hotel, descobrimos a verdade. Pedimos como estava Senna e a resposta foi curta: 'morto'. Nós nos sentimos exaustos [fisica e mentalmente] e nem fomos jantar naquela noite.

Foi um fim de semana horrível: ao mesmo tempo, no entanto, eu sinto que fiz parte, ainda que pequena, de um evento histórico do qual nunca vou esquecer".

Gronvold recebeu muitas mensagens, uma das quais marcou-lhe na memória:

"Depois de publicar o vídeo eu recebi um email de um amigo da família Ratzenberger, que tem me perguntado sobre os eventos. Não há muitas imagens de Roland desse fim de semana. Nós nos sentamos no Skype e eu dei-lhes os que tinha na minha posse. A família dele realmente gostou do fato de que tinha novas imagens nunca antes vistas".

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Youtube Rally Testing: Carlos Vieira em ação

Falta cerca de uma semana para o começo do campeonato nacional de ralis, e os pilotos já andam desde há algum tempo a testar para o Rali Serras de Fafe. E um deles é Carlos Vieira, que no ano passado se estreou "a sério" nos ralis, mostrando rapidez, principalmente nas classificativas em asfalto, mas sem resultados que permitam mostrar esse potencial.

Este ano, ele continua a correr com o Citroen DS3 R5, e esteve a treinar no Norte para o Rali Serras de Fafe, e eis o video dos seus testes.

CNR: Miguel Barbosa vai se dedicar aos ralis

Depois de uma primeira temporada de aprendizagem, Miguel Barbosa vai se dedicar em exclusivo aos ralis em 2017. De novo a bordo de um Skoda Fábia R5, andou a preparar-se por estes dias para o rali Serras de Fafe, que acontecerá no próximo fim de semana.

A nossa ideia é concentrarmos-nos nos ralis e continuar a evolução que fizemos em 2016. O mind-set vai ser continuar a evoluir. Estou preparado para alguns dissabores ao longo da época porque acho que faz parte desta aprendizagem e, em 2016, isso não aconteceu. Obviamente que sabemos que estamos mais rápidos, estamos cada vez mais próximos dos nossos adversários, mas sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer”, começou por dizer Miguel Barbosa em declarações captadas pela Autosport portuguesa.

A ideia é de evoluir, mas ele espera vencer ralis já em 2017. Por agora, o seu objetivo é de ter o carro pronto para o rali Serras de Fafe, que vai acontecer no próximo fim de semana.

Choveu bastante durante a noite e de manhã quisemos testar algumas soluções para a chuva. No último teste consideramos bastante tudo o que está relacionado com a parte traseira do carro. Vamos agora continuar para tentar corrigir um bocadinho a frente para tentar ter o carro mais equilibrado. Mas já demos passos importantes, cada vez tenho mais o carro a meu gosto”, concluiu.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

WRC: A antevisão do Rali da Suécia

O rali da Suécia está prestes a começar, mas alguns pilotos estão a antever a competição, nomeadamente Sebastien Ogier, o líder do campeonato, depois da sua vitória em Monte Carlo, Kris Meeke, que não teve assim tanta sorte nas classificativas monegascas, e Tommi Makkinen, o líder da Toyota Gazoo Racing, que viu o carro de Jari-Matti Latvala a ficar bem classificado, com um segundo lugar em Monte Carlo.

Começa-se por Ogier, que parece que a cada vez que se senta no carro, começa a ficar mais à vontade a guiá-lo, o que é bom para todos, numa fase em que pretende consolidar a sua liderança no campeonato. “Os testes foram bons, tenho agora quatro dias na neve, e sinto-me bem melhor preparado antes da Suécia do que estava em Monte Carlo. O feeling do carro é bastante bom, não é ainda possível julgar a performance, tudo é novo neste piso, mas tenho um bom feeling com o carro” disse o piloto da M-Sport.

Já do lado da Toyota, que faz esta temporada o seu regresso ao WRC, o seu diretor, Tommi Makkinen, afirma-se um pouco mais confiante com os progressos feitos até agora. Para este rali, ambos os pilotos - Latvala e Juho Hanninen - terão chassis novos e esperam que a adptação aos troços suecos seja a mais tranquila possivel, embora não esperem a repetição do resultado de Monte Carlo.

O Rali da Suécia já encerra menos questões para nós porque já temos agora uma ideia melhor onde estamos em termos de performance. Testámos muito na neve e em pisos de terra, é onde para já estamos mais à vontade, até porque as afinações de neve e terra não são muito diferentes. Este é um rali muito rápido, mais rápido que na Finlândia em algumas zonas, mas testámos em locais parecidos pelo que penso que estamos bem preparados. Sabemos que temos que trabalhar na fiabilidade, pois tivemos alguns pequenos problemas em Monte Carlo mas em termos gerais estou muito feliz com a fiabilidade atual. Sabemos que temos ainda muito para aprender e o objetivo na Suécia é progredir…”, comentou Tommi Makkinen, o diretor da Toyota.

Já Kris Meeke, chega à Suécia numa situação periclitante. Não terminou o rali de Monte Carlo, e nas semanas que antecederam o Rali da Suecia, foi vitima de um capotamento que, embora não o tenha ferido, causou danos consideráveis ao seu Citroen C3 WRC. Assim sendo, as suas prestações irão estar sujeitas à prova, e Meeke quer provar que o mau momento já passou: 

Depois de um Monte-Carlo desapontante é difícil estar totalmente confiante, mas aprendemos as lições de Monte Carlo, e vamos voltar mais fortes. A época é longa, e se em teoria chego aqui com o objetivo de vencer, sabemos que a performance vai depender das condições dos troços. Se nevar antes do rali, a minha ordem de partida para a primeira etapa será a ideal, se não nevar, com a neve a derreter, perderei tempo. Vamos dar o nosso melhor…”, comentou Meeke.

O Rali da Suécia começa amanhã, com o "shakedown".

Noticias: Albuquerque alinha na European Le Mans Series

Filipe Albuquerque vai ser piloto da United Autosports, e vai lutar pelo título na European Le Mans Series. O piloto português de 31 anos vai alinhar ao lado do americano Will Owen e do suíço Hugo de Sadeleer, no Ligier JS P217 de LMP2.

A United Autosports é a atual campeã da LMP3 e tem como proprietário Zak Brown, este ano pretende lutar pelo título uma categoria mais acima, para provar a sua competividade com os seus companheiros bem mais novos. Sadeleer tem 19 anos (nasceu a 16 de julho de 1997) e correu nas últimas três temporadas na Formula Renault 2.0, onde conseguiu como melhor resultado um oitavo lugar em 2016. Já Owen, de 21 anos (nasceu a 23 de março de 1995), começou a correr em monolugares aos 15, em 2010, e em 2016, esteve na Pro Mazda Series pela Juncos Racing, onde foi quarto classificado na competição. 

"Estou muito contente por me juntar à United Motorsports. É uma equipa experiente e que sabe exactamente o que quer e o que deve fazer. Esta será a minha terceira época no ELMS e como diz o ditado, espero que à terceira seja de vez e que finalmente consiga alcançar o título e poder festejá-lo na última corrida em casa e na frente do meu público", começou por explicar o piloto de Coimbra no comunicado oficial.

Em relação aos seus companheiro de equipa, Albuquerque espera que o seu trabalho conjunto traga bons resultados: "Apesar de jovens sei que são muito bons pilotos. Já fiz um teste com o Will e pude comprovar a sua rapidez. Vai ter de conhecer todos os circuitos mas acredito que será um processo rápido com a ajuda de todos. Quanto ao Hugo, vem da Formula Renault, já conhece as pistas e terá de se adaptar às corridas de endurance mas não vejo isso como um problema. O trabalho de equipa certamente nos levará ao lugar onde queremos estar, no lugar mais alto do pódio, corrida após corrida. Sei que vai ser um ano duro e muito competitivo mas acho que temos um carro e uma equipa óptima para superar qualquer adversidade", concluiu.

A European Le Mans Series começará a 15 de abril com as 4 Horas de Silverstone, e terminará a 22 de outubro em Portimão.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

CNR: Miguel Campos não corre em Fafe

Miguel Campos vai participar no campeonato nacional de ralis... mas não em Fafe. O piloto, campeão nacional em 2002, afirmou que está a montar um projeto para esta temporada, do qual implica a mudança de carro, ou seja, trocar o Skoda Fabia R5 que usou em 2016 por outro modelo. O projeto está na fase final de conclusão, dependente de um patrocinador, e o rali Serras de Fafe está demasiado perto para que esse projeto se conclua em tempo útil.

Só devemos arrancar noutro rali mais à frente, já este em Fafe não. Tudo vai depender duma negociação com um patrocinador que fará inclinar para uma determinada marca”, começou por revelar numa entrevista à Autosport portuguesa. "Ir a Fafe não era impossível, mas o projeto que estou a tentar viabilizar, para Fafe, era muito em cima da hora, não teria tempo para testar, e eu quero fazer bem feito. O objetivo passa por lutar pelos três primeiros lugares das provas em que participar”, concluiu.

Em 2016, Campos fez boas prestações em alguns dos ralis em que participou - Fafe e Madeira - a bordo de um Skoda Fabia R5, mas não venceu qualquer rali. Este ano, a ambição é de ficar nos três primeiros postos do campeonato, mas como não vai participar em todas as provas, é provável que esteja afastado da luta pelo título.

TCR: Opel não pretende correr no Ibérico

A Opel não pretende colocar o seu modelo Astra OPC no TCR ibérico, pelo menos em 2017. Quem o dia é o seu representante em Portugal, que alega razões estratégicas da marca. "A GM Portugal não tem planos para participar nas provas de Turismo", disse o Miguel Tomé, Director de Comunicação da Opel Portugal ao site sportmotores.com.

"Não é uma questão de falta de interesse. Trata-se de orientação estratégica a nível local. A competição automóvel não faz parte dos nossos planos de marketing", concluiu.

A Opel teve o modelo Astra OPC, mas por causa das dificuldades de desenvolvimento do seu carro, decidiu "congelá-lo". Em Portugal, houve um Astra OPC no campeonato, nas mãos da equipa Ventilações Moura Laser, guiados por Gustavo Moura e João Baptista. E após a ronda de Vila Real, ambos os pilotos não voltaram a conduzir o carro germânico.

WRC: FIA não autoriza Polo R em 2017

A esperança de ver o Volkswagen Polo nas classificativas de 2017 esfumou-se hoje quando a FIA decidiu não autorizar a sua presença no Mundial. A noticia surgiu esta terça-feira, afirmando que o prazo para a homologação do carro já tinha sido ultrapassada, e que as outras equipas apresentaram o seu veto para uma autorização especial, para ser usado por equipas privadas.

Sven Smeets, diretor da Volkswagen Motorsport, afirmou que foi proposto um aluguer a equipas e pilotos privados, mas que isso “não é possível à luz dos atuais regulamentos do WRC”, começou por dizer em declarações à Autosport britânica. "Aceitamos o resultado, mas ao mesmo tempo lamentamos, nos interesses dos nossos consumidores. Agradecemos à FIA pelas discussões muito construtivas", continuou.

Resta agora saber se irão desenvolver o carro com vista a uma possível entrada no Mundial de 2018, em aliança com um privado, ou então poderão construir carros para privados, mas baseado no carro de 2016.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

CNR: Magalhães considera um regresso

Bruno Magalhães pretende regressar aos ralis. Suspenso desde agosto do ano passado, devido ao incidente durante o Rali Vinho da Madeira, onde foi acusado de ter provocado um incidente durante o rali, o piloto de 36 anos terá a sua suspensão terminará alguns dias antes do Rali Serras de Fafe, prova de abertura do campeonato nacional de ralis. E Bruno Magalhães afirma que deseja voltar a correr, mas a sua prioridade é montar um projeto para correr toda a temporada, apesar de não ter mito tempo para a planear.

Vontade tenho sempre, como sabem sou um grande apaixonado pelos ralis. Quanto às perspectivas, é verdade que estive a tentar montar projeto para fazer ralis este ano, e ainda existe a possibilidade de ir a Fafe, pois a resposta, positiva ou negativa, pode surgir a qualquer momento. Se a resposta for positiva é possível, ainda que estejamos muito em cima da prova, pois os reconhecimentos são já no próximo fim de semana e isso levanta-me alguns problemas” revelou Bruno Magalhães em declarações à Autosport portuguesa.

A ideia passa por alugar um carro, que me permita lutar pela vitória em Fafe. É uma prova única, com uma atmosfera muito boa e bons troços, mas a verdade é que o que se passa neste momento não é diferente do que aconteceu nos anos anteriores, pois se tivesse tido dinheiro, tinha ido. Não há mudança de paradigma, tenho feito o que os meus patrocinadores pretendem e se puder ir a Fafe com um carro bom lutar pela vitória, gostava de ir”, concluiu.

As criticas de Max Mosley

Max Mosley quebra de quando em quando o seu silêncio. O antigo fundador da March e presidente da FIA, agora com 76 anos, decidiu voltar a falar, desta vez sobre os novos proprietários da Formula 1, a saída de Bernie Ecclestone e as novas regras da categoria. E foi critico em relação a todos eles.

No lugar da Liberty teria mantido Bernie a tratar dos assuntos, porque ele era bastante bom em coisas como lidar com os promotores e organizadores. Todo esse aspeto da modalidade”, começou por defender Mosley. “Claro que eles adquiriram um negócio e têm todo o direito e decidirem como querem gerir todo o negócio, e por isso vamos ver o que sucede”, continuou.

O britânico - amigo pessoal e antigo advogado de Bernie - disse depois que os novos proprietários irão descobrir por eles mesmos que gerir a Formula 1 poderá ser um negócio mais complicado que imaginavam a principio.

Parece sempre fácil por fora. É como pensar que se pode consertar corridas de cavalos. Mas se tentar e fazê-lo vai encontrar mais problemas com que nunca sonhou. Talvez sejam bem sucedidos e consigam fazer o trabalho”, sublinhou.

Já en relação às novas regras, Mosley foi critico delas, afirmando que esta não está a seguir uma direção certa, pois acredita que uma menor diminuição da carga aerodinâmica nos carros seria o ideal. 

Se fosse eu a tomar as decisões optaria por um caminho com menos carga aerodinâmica e talvez maior aderência mecânica. Do meu ponto de vista a Formula 1 está a optar por um caminho errado. Tornar os carros mais rápidos é uma medida questionável. Todas as medidas tomadas pela FIA nos últimos 40 ou 50 anos tiveram como objetivo tornar os carros mais lentos porque rapidez é sinónimo de perigo”, concluiu.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

A esperança espanhola no automobilismo

Tem 16 anos, teve boas prestações no kart e no ano passado, estreou-se na Formula 4 espanhola, com resultados interessantes. Contudo, há um detalhe: falamos de uma mulher. Chama-se Marta Garcia e é de Alicante. E claro, o seu objetivo é chegar à Formula 1 e seguir as passadas de Fernando Alonso.

Começando no karting com nove anos de idade, cedo entrou em competições internacionais, em em 2015, foi selecionado pela comissão das mulheres no automobilismo da FIA para o CIK-FIA Karting Academy Trophy... acabando por vencer. Para além disso venceu no mitico Trofeo delle Industrie, ficando ao lado de vencedores do passado, como Lewis Hamilton e Giancarlo Fisichella.

No ano seguinte, participou no campeonato europeu, terminando no quarto lugar do campeonato, mesmo com um mau fim de semana em Genk, na Bélgica, onde tinha chances legitimas de alcançar o campeonato.

Quando chegou aos monolugares, pouco depois de fazer o seu 16º aniversário, foi para a Formula 4 local, desconhecendo saber que tipo de concorrência iria ter. A adaptação não foi fácil, mas deu-se bem. "A transição para carros foi um pouco difícil, porque há grandes diferenças. Fiz alguns testes com a Koiranen GP, mas não por muito tempo e quando fiz a primeira corrida eu não tinha estado no carro há três meses", disse, em entrevista ao site Motorsport. 

"Mas acho que foi bom fazer as últimas quatro etapas porque agora eu tenho mais experiência em carros, então em 2017 eu posso fazer melhor", concluiu.

Garcia teve cinco quintos lugares como melhor resultado, acabando o campeonato na oitava posição. Em termos de regularidade, ela cumpriu os objetivos. E em 2017, quer voltar para fazer a temporada completa, mas quer um campeonato mais competitivo. "A ideia é correr Formula 4, mas depende do orçamento", disse ela. "Se tivermos um bom orçamento, poderemos competir na série francesa, na espanhola ou na do norte da Europa. Eu não acho que vamos conseguir o orçamento para fazer a alemã ou a italiana, as equipas lá são mais caras", concluiu.

Durante o inverno, Garcia recebeu um convite da Ferrari para participar um programa de três dias onde foram mostrar as suas competências ao volante.

"O primeiro dia foi de trabalho físico. Então no segundo estávamos no simulador, que foi realmente bom, e fizemos alguns jogos para testar nossos reflexos. Em seguida, no terceiro dia, estávamos na pista. Fizemos quatro sessões cada um. Foi uma experiência muito agradável", contou.

Garcia acredita que chegará à Formula 1 em quatro anos, e quanto a ídolos, ele aponta Max Verstappen como referência. Mas também gosta de Fernando Alonso: 

"Eu gosto do Max Verstappen. Para mim, ele é o melhor piloto da F1. Gosto da maneira como ele guia e de sua agressividade. Quando comecei no kart, Fernando Alonso era o meu grande herói. Eu ainda acho que ele é um bom piloto, mas agora na McLaren, ele não está indo tão bem", comentou. 

"Eu ainda gosto dele, mas eu gosto mais de Max, também Lewis Hamilton e de Danica Patrick, ela é muito boa", concluiu.