sábado, 4 de março de 2017

CNR: Hugo Mesquita vai a Castelo Branco

Hugo Mesquita ira participar no Rali de Castelo Branco. Depois de uma participação satisfatória no Rali Serras de Fafe, o piloto do Skoda Fábia S2000 decidiu participar na segunda prova do campeonato nacional de ralis como forma de adaptação ao carro e ao campeonato nacional.

Ao lado do navegador Valter Cardoso, Mesquita explicou sobre a razão de ter escolhido esta prova: "Um Rali bastante querido para os aficionados da modalidade, devido ao excelente trabalho da organização e foi isso que despertou em mim a vontade de o fazer”, começou por comentar.

Sobre quais serão os objetivos para este rali, ele afirmou que quer “ser competitivo e continuar a evoluir. Tenho noção da tarefa difícil que me espera, mas, como sempre gostei de desafios, aceitei mais um.

Vou única e exclusivamente para me divertir, sem qualquer tipo de pressão, já que o resultado continua a ser o menos importante neste percurso de aprendizagem. No entanto, o que eu poder fazer não vou deixar para os outros”, clarificou.

O rali de Castelo Branco, segunda prova do campeonato nacional de ralis, acontece entre os dias 11 e 12 de março.

sexta-feira, 3 de março de 2017

A imagem do dia

Há precisamente 25 anos, Milão, morria Maria Grazia "Lella" Lombardi. Dois dias antes, na África do Sul, uma compatriota sua, Giovana Amati, tentava - e não conseguia - qualificar-se para a corrida a bordo de uma Brabham no seu estertor final, depois de uma história gloriosa. Amati, tal como Lombardi, não partilhavam só o facto de serem italianas e terem corrido na Formula 1. A primeira foi a única que tinha pontuado num Grande Prémio, enquanto que a segunda foi a última que tentou a sua sorte num fim de semana de Grande Prémio, sendo despedida após a terceira corrida do ano, no Brasil, substituída pelo britânico Damon Hill.

Mas a carreira de Lombardi começou bem antes, quase vinte anos antes. Nascida a 30 de março de 1941 no Piemonte italiano, começou a conduzir a carrinha do seu pai, um talhante (açougueiro). Pouco depois, juntou o suficiente para correr na Formula 3 e depois a Formula 5000, num Eaglr-Chevrolet, e aos poucos, começou a ver que a chance da Formula 1 era bem possivel. A primeira chance teve-a durante o fim de semana do GP da Grã-Bretanha, em Brands Hatch, onde com o Brabham BT42 que este post ilustra, tentou a sua sorte, mas sem sucesso.

O numero no carro era forma criativa de publicidade: era a frequência em onda média da Radio Luxembourg, uma rádio muito ouvida na Grã-Bretanha e do qual os britânicos ouviam para contorar as estritas regras radiofónicas existentes um pouco por toda a Europa. E nos anos 60, a Radio Luxembourg era uma das infames "rádios piratas" que existiam um pouco por toda a Europa, alguns deles, com o a Radio Caroline, emitiam de... barcos ancorados no Mar do Norte.

Mas foi em 1975 que Lombardi teve o seu grande ano. Com o apoio dos cafés Lavazza, Lombardi aproveitou bem. Qualificava-se sempre do fundo do pelotão, mas quando o pelotão era dizimado, era das poucas sobreviventes, e foi por isso que estava no lugar certo, na hora certa quando a Formula 1 interrompeu o GP de Espanha na volta 29, após o acidente de Rolf Stommlen. Lombardi era a sexta classificada, a duas voltas do vencedor, mas mais do que suficiente para conseguir um ponto. Bom, na realidade... foi meio ponto. 

E por pouco, não voltou a pontuar, no GP da Alemanha. Largando do penúltimo lugar da grelha, acabou a corrida no sétimo posto, ainda na volta do vencedor, e sobrevivendo aos 23 quilómetros do Nordschleife.

Depois da Formula 1, andou na Endurance, sendo 11º na edição de 1977 das 24 Hotas de Le Mans. Correu até meados da década de 80, e tentou ser diretora de equipa, até que um cancro a matou, aos 50 anos de idade. Hoje em dia, ainda é recordada pelos seus feitos de há quase uma geração.

No Nobres do Grid deste mês...

Quem lê a lista de inscritos deste ano, pode ver entre os estreantes a presença de Lance Stroll. Este canadiano de 18 anos, filho de Lawrence Stroll, um dos homens mais ricos do país, bancou a carreira do seu filho desde muito cedo, no karting, chegando onde chegou à custa de algumas dezenas de milhões de dólares. Apesar de não ser acionista da Williams, ajudou a equipa em comprar um simulador de ponta e financiou os milhartes de quilómetros de testes que Lance fez desde meados do ano passado, num carro de 2014. E até poderá ter ajudado a convencer Felipe Massa em largar a aposentadoria por um ano, embora oficialmente, quem esteja a pagar o salário é a patrocinadora principal, a Martini.

Contudo, há mais um pormenor do qual pouca gente pensa nisso e que descobri quando fazia a minha leitura diária no sitio do jornalista britânico Joe Saward: o apelido Stroll é apenas a anglicanização do apelido Strulovich, trazido pelo avô de Lance, Leo, quando chegou ao Canadá no inicio do século passado, vindo da Rússia. Apesar de secularizados, Lawrence e Lance tem herança judaica, embora o pai tenha casado com uma não judia. E isso é interessante quando fazemos uma pesquisa num Google ou Wikipédia perto de si para responder à pergunta “Quantos judeus foram pilotos?”. E a resposta é surpreendente, para quem não sabe da história. É que falamos de pessoas que foram campeões do mundo e vencedores das 500 Milhas de Indianápolis. E até um ator de Hollywood! (...)

Quando tropecei nesta curiosidade, achei por bem começar a ver um pouco mais sobre isso e verifiquei que, depois de uma veloz pesquisa na Wikipédia, que houve a certa altura, em 1973, três pilotos de origem judaica no pelotão da Formula 1. E nem falamos dos que venceram em Indianápolis e noutras competições.

Para ler algo mais sobre essa curiosidade que escrevo neste mês, é ir ao site Nobres do Grid.

WRC: Mikkelsen volta ao WRC na Córsega

Sem lugar nas equipas oficiais de WRC depois da retirada da Volkswagen, Andreas Mikkelsen decidiu correr em algumas provas do WRC2 ao serviço da Skoda. Contudo, a entrada pessoal acabou por ser uma apoiada pela marca checa, que lhe pediu de novo para que corresse para eles no Rali da Córsega, a acontecer em abril.

"Vou competir na Córsega porque a Skoda me pediu. Monte Carlo é um rali clássico e eles queriam ganhar. O mesmo se passa na Córsega e é isso que eu vou tentar fazer. Neste momento a Córsega é o único evento que tenho planeado com a Skoda mas se eles me quiserem para o WRC2, por que não? Como disse, quero ser competitivo este ano”, contou à Motorsport.com

O piloto norueguês de 27 anos falou também sobre o próprio rali da Córsega, que o considera como "traiçoeiro", devido à extensão dos traçados e as mudanças constantes no tempo.

"Quando temos apenas algumas etapas no itinerário, é tão importante dirigi-las de forma competitiva", disse. "Não se trata apenas de conhecer as estradas e aprender as etapas, é saber quando mudar pneus entre essas etapas, coisas desse género. E este ano, a Córsega vai acontecer numa época diferente da temporada em relação aos últimos dois anos, então há mais para aprender lá", concluiu.

Mikkelsen conseguiu um sétimo posto no Rali de Monte Carlo, a primeira prova da temporada, vencendo na categoria WRC2.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Formula 1 em Cartoons: Os testes de Barcelona (Cire Box)

Esta semana foram os primeiros testes da Formula 1, em Barcelona, e a Mercedes está confiante de que tem o melhor carro do pelotão. Lewis Hamilton está tão confiante de que vai ser mais uma temporada de sucesso, que considera que a concorrência será uma... pescaria.

"Esta temporada, com as novas regras aerodinâmicas e o potencial do W08, acho que a pescaria vai ser msmo muito boa..."

Formula 1: Vettel gosta dos novos carros

Sebastian Vettel está feliz pelo novo carro da Ferrari. Não só está feliz com o SF70-H, mas também com os novos regulamentos da Formula 1, quer em termos de aerodinâmica e de pneus.  “Do ponto de vista do piloto é melhor em tudo. É melhor a travar, tens mais aderência e fazes melhor as curvas. Apesar disto, é difícil comparar o monolugar de 2016 com este, são ‘animais’ bem diferentes", disse em declarações à Autosport britânica.

Apesar do bom início de testes, Vettel acha que podiam ter sido ainda melhores, “estão todos a trabalhar como malucos, há muito trabalho pela frente. Tivemos uns bons três dias, podia ter sido melhor, mas fizemos uma boa quantidade de voltas; também sabemos que ainda temos muito que melhorar. Estamos a tentar fazer o nosso trabalho, ainda temos uma lista muito longa pela frente”.

É melhor que o ano passado, acho que todos dizem isto. Podes pilotar mais rápido, o que dá sempre mais prazer. Vejo todos a olhar para os tempos por volta, mas é muito mais importante o que acontece durante o dia, isto é que é importante e bem mais difícil de ler”, disse, quando refere às séries longas de voltas feitas pelas marcas ao longo dos quatro dias de testes.

Quanto ao carro, Vettel ainda disse: “Corrigido em relação a 2016. Funciona como a aspirina, curam tudo”. Veremos como vai ser a partir de Melbourne...

CNR: Teodósio vai de Lancer em Castelo Branco

Ricardo Teodósio confirmou esta quinta-feira que estará no rali de Castelo Branco ao volante de um Mitsubishi Lancer EVO X. O piloto algarvio esperava andar nesta época ao volante de um R5, mas a falta de patrocinadores que o façam completar o orçamento faz com que recorra ao carro japonês. Contudo, ele avisa que esta é uma experiência limitada.

Esperava receber uma resposta por parte de dois potenciais patrocinadores, mas infelizmente por parte de um deles a resposta foi negativa. Face a isso não tenho outra alternativa senão ir a Castelo Branco nas mesmas condições em que fui a Fafe. Se a outra resposta não for positiva é bem possível que não faça mais provas”, explicou o piloto de Albufeira.

Recorde-se que Ricardo Teodósio foi sétimo classificado no Rali Serras de Fafe, o melhor num carro de Grupo N, e espera repetir o mesmo resultado em Castelo Branco, dentro de duas semanas. 

quarta-feira, 1 de março de 2017

A(s) image(ns) do dia (II)

Há precisamente 25 anos, a Formula 1 começava a sua temporada em paragens sul-africanas. Não era novidade, pois já tinha acontecido no período entre 1967 e 1971. Mas a grande novidade era o regresso do automobilismo a aquelas paragens, sete anos depois da última vez, e desta vez em circunstâncias mais benévolas.

Em 1985, a Formula 1 era o "mau da fita" pois furava o boicote desportivo que tinha sido colocado pelo resto do mundo contra o regime do apartheid, a minoria branca que não dava todos os direitos à maioria negra. Com esse governo a segregar todos os aspectos da vida, incluindo a desportiva, o resto do mundo decidiu que não iria conviver com eles, a não ser que fizessem equipas multi-raciais. Com essa recusa, eles acabaram por ser banidos da FIFA, do Comité Olimpico Internacional, e mesmo em modalidades onde eram uma potência, como o rugby e o cricket, eles não eram convidados a jogar, e mesmo quando eram, existiam multidões que iriam protestar nos recintos dos jogos, como aconteceu na Nova Zelândia em 1981.

Apesar de protestos e ameaças, a corrida aconteceu, mesmo sem a presença de Ligier e Renault. Mas depois a FISA não lá foi até que o regime foi mudado de forma pacifica. Um novo presidente, Frederik de Klerk, decidiu legalizar o Congresso Nacional Africano (ANC, a sua sigla inglesa) e libertou o seu líder, Nelson Mandela, após 27 anos de cativeiro. O regime foi desmantelado, mas em 1992, a situação ainda era de transição quando a Formula 1 decidiu ir para Kyalami correr o GP sul-africano.

Contudo, era uma pista diferente daquela com quem tinham andado sete anos antes. Em 1988, a pista foi reconstruida, e na parte a partir da curva Crawthorne, um novo traçado foi desenhado. A pista perdia velocidade a favor da sinuosidade, mas não deixou de atrair multidões.

A corrida não foi espectacular. Nigel Mansell dominou de ponta a ponta, começando ali o dominio dos Williams FW14 e uma cavalgada que iria acabar em agosto, no Hungaroring, com o "brutânico" a sagrar-se campeão do mundo, poucos dias depois de completar 39 anos. 

Quanto a Kyalami, só voltaria a acolher mais uma corrida no ano seguinte. O promotor faliu e a Formula 1 saiu de lá, não voltando mais até aos dias de hoje.

A(s) image(ns) do dia


Estas imagens foram tiradas há uns minutos do circuito de Barcelona. Mostram os camiões-cisterna a despejar água para a pista, no sentido de a preparar para os testes com pista molhada, que vão acontecer amanhã.

A ideia começou por ser uma piada, mas agora vai ser real. É claro que o objetivo é ver como é que esses pneus funcionam dessa maneira e não é virgem: basta ir a qualquer centro de testes de qualquer marca de automóveis e verão que há uma zona onde o asfalto está permanentemente molhado, para que se possam testar os carros em situação de chuva. Agora... uma coisa destas é inédito, isso é verdade.

Só espero que não usem a ideia que o titio Bernie lançou certo dia, que era de regar a pista com água, para atrapalhar a condução dos pilotos. Teria a sua graça, para o espectáculo, mas no final seria artificial. Tão artificial quanto certos tilkódromos...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

WEC: Ginetta vai meter motores Mechachrome no seu LMP1

A Ginetta vai montar o seu chassis para a classe LMP1 e anunciou esta terça-feira que a francesa Mechachrome será a fornecedora dos seus motores a partir de 2018. O motor, um V6 Turbo, é um derivado do mesmo motor que irá abastecer os carros da GP2 a partir do ao que vêm, mas com um novo sistema de injeção redesenhado para a Endurance.

Bruno Engelric, o diretor desportivo da Mechachrome, afirmou: "A Mecachrome está muito ansiosa para trabalhar com a Ginetta enquanto fazem o seu chassis de LMP1. Tendo passado algum tempo com a equipa no Reino Unido e na França, é claro que nós dois temos algum pessoas fantásticas trabalhando no projeto e estamos ansiosos para o futuro".

Do lado da Ginetta, o seu diretor técnico, Ewan Baldry, comentou: "Estamos muito satisfeitos por trabalhar com Bruno e com a Mecachrome no motor do Ginetta LMP1. Ambas as partes vêem isto como a oportunidade perfeita para se envolverem no projeto e estamos ansiosos para um muito emocionante 2017."

A apresentação do novo chassis, que está na fase final do seu desenvolvimento, será feita, em principio, no mês que vêm, e esperam que logo a seguir apareçam potenciais interessados em comprá-lo.

A Ginetta não tenciona competir nos LMP1 como equipa de fábrica mas sim como fornecedora de carros a clientes (a ideia é fornecer três equipas com dois carros cada). Os primeiros testes do carro devem acontecer após as 24 Horas de Le Mans, no final de junho, e a Manor já se mostrou interessada em ter um chassis.

WRC: FIA quer que as equipas fiquem por muito tempo

A FIA deseja que as equipas que participem no Mundial de ralis façam compromissos de longo prazo, afirmou o seu representante, Jarmo Mahonen. Estas declarações surgem no rescaldo da saída da Volkswagen do WRC, que fez o seu aviso bem tarde na temporada anterior, deixando desprevenida a entidade reguladora do automobilismo.

Mahonen lamentou a saída da equipa alemã, mas afirmou que aconteceu por causa da turbulência que se vive dentro da marca alemã devido ao escândalo das emissões adulteradas nos seus motores Diesel.

É mais reconfortante saber que a saída da Volkswagen se deveu a fatores externos aos ralis, ao contrário da Subaru em 2008, que saiu pela falta de valor do campeonato, mas hoje tudo está diferente", comentou.

Contudo, ele avisou que tem de haver maiores garantias dos construtores para que haja um compromisso conjunto no sentido de que “se possa construir algo melhor; isto só é possível se soubermos que as equipas vão continuar no ano seguinte”, concluiu.

Na temporada de 2017, a FIA conta com Toyota, Citroen, Hyundai e a M-Sport, que prepara os Ford Fiesta para o WRC.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Youtube Autonomous Racing: O recorde de Austin... sem condutor

O NextEV Nio EP9 é o carro elétrico construído pela marca que compete na Formula E. Este supercarro, revelado no final do ano passado, anda a fazer testes em vários circuitos espalhados pelo mundo, e ultimamente esteve no Circuit of Americas, em Austin, e bateu dois recordes. O primeiro foi de um carro de produção, com 2.11,30 segundos, com condutor. 

Mas há um segundo recorde que foi feito... e é desse que falamos por aqui. É que o Nio EP9 fez um recorde de 2.40,33 num carro... sem condutor. Apesar de ser menos meio minuto do que com piloto, é algo do qual temos de tirar o chapéu, pois mesmo assim é algo veloz, só com sensores a funcionar.

Num dia como este, em que vimos por fim o carro que estará presente na Roborace, podemos ver que o pessoal da NextEV está cheio de trabalho nesse campo...

Formula 1: Wehrlein pode estar presente em Barcelona

A evolução das lesões que o alemão Pascal Wehrlein sofreu na Race Of Champions, em Miami está a ser positiva. Tão positiva que ele poderá participar nos segundos testes em Barcelona, que começarão no dia 7 de março, dentro de uma semana. 

Segundo conta o site motorsport.com, os exames médicos que o piloto de 22 anos tem andado a fazer demonstram que ele esta praticamente curado das lesões que sofreu, e estará apto dentro em breve. Contudo, a luz verde será dada apenas pela equipa, que irá ver esses exames e dará uma resposta na devida altura. 

Até lá, o italiano Antonio Giovanazzi  - piloto de testes da Ferrari - estará a testar o carro enquanto Wehrlein recuperar, e andará sempre por perto, caso ele se ressinta das lesões.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Apresentações 2017: O Toro Rosso STR12

Foi o último a ser apresentado, mas provavelmente, deverá ter o desenho mais surpreendente do pelotão. O Toro Rosso STR12 foi esta tarde apresentado em Barcelona, perante os jornalistas especializados, e o seu desenho de azul e cinzento, com faixas vermelhas, surpreendeu todos os que estavam por lá. Daniil Kvyat e Carlos Sainz Jr vão ser os pilotos este ano, numa máquina do qual se vai ver se consegue se manter no meio do pelotão.

Quanto ao desenho, sem bicos de mamilo, o nariz é muito tradicional, semelhante ao Mercedes, e claro, tem a barbatana. Um projeto simples, do qual se espera que seja eficaz. 

Franz Tost aproveitou o comunicado oficial da marca para dizer sobre as esperanças da equipa nesta temporada: "Para todos os fãs de Formula 1, 2017 deve ser um ano animador e incerto, já que o regulamento técnico passou por grandes mudanças do que temos visto nos últimos anos. Em termos simples, os carros são maiores, mais longos, mais baixos, mais rápidos, mais barulhentos e usam pneus mais largos, o que promove mais aderência, maior velocidade nas curvas e esperamos que provas mais competitivas", começou por dizer.

"Todos na equipa trabalharam duro para ter a certeza de que teríamos um carro competitivo neste ano. Nosso chassis está acoplado no motor, que possivelmente é o mais competitivo que tivemos até o momento na era híbrida, uma vez que estamos novamente com a Renault", concluiu.

Em relação à dupla de pilotos, Tost elogia a experiência e a juventude deles, afirmando que pode ser a melhor dupla desde a sua criação. 

"Daniil Kvyat está em seu quarto ano como piloto da Formula 1 e Carlos Sainz caminhando para sua terceira temporada conosco. São uma dupla muito talentosa e trabalharam duro durante o inverno para estarem preparados fisicamente para os desafios que envolvem pilotas esses novos carros. A equipa que irá observar os carros em pista também está muito preparada. Enfim, gostamos muito da nossa primeira grande mudança em 12 anos dentro da categoria", comentou.

James Key, o diretor técnico e projetista do STR12, fez uma análise sobre todas as melhorias em relaçao ao ano passado, e afirmou que o chassis será o elemento a ter em conta neste período de tempo.

"Com continuidade dos pilotos e uma unidade de força que deu um grande passo à frente no ano passado e deve se desenvolver muito fortemente neste ano, isso deixa o chassis como um elemento desconhecido", começou por analisar.

"Sempre nos impusemos metas ousadas para esse ano, estamos a assumir uma avaliação de longo prazo para 20 corridas, bem como uma longa lista de desenvolvimentos planeados durante a temporada. Suspeito que será um ano onde iremos ter muita performance", finalizou.

Depois de um "shakedown" em Misano, durante a semana que passou, o carro rodará a partir de amanhã em Barcelona, para ver como é que se situa em relação à concorrência.

Apresentações 2017: o Red Bull RB13

Brincando com a superstição, a Red Bull apresentou esta tarde o seu carro para 2017, o Red Bull RB13. Com os novos regulamentos, o carro é mais agressivo em relação ao carro do ano anterior, tem a barbatana dorsal, mas o mais interessante é o carro tem uma entrada de ar na ponta do nariz, algo diferente em relação aos outros carros do pelotão.

Ver o novo carro é um momento empolgante. Acho que o RB13 é um dos carros mais bonitos que já desenhamos. A geometria do carro parece certa em razão das novas regras. Parece que vai ser rápido”, começou por dizer Christian Horner

E de uma certa forma, é verdade: apesar de não haver diferenças no desenho do Red Bull - pintura fosca, mostrando a força do touro vermelho - mantêm o desenho elegante que tem mostrado até agora.

Adrian Newey, o projetista do RB13, acredita que a combinação entre o motor e o chassis poderá fazer com que conjunto seja mais veloz do que a concorrência. “Acho que a Renault está, definitivamente, numa direção muito boa neste momento. Há dois anos nós terminamos numa posição onde eles não fizeram qualquer progresso ao longo do inverno — no muito, eles decaíram um pouco em comparação com o primeiro ano com o híbrido. [Agora] eles têm trabalhado muito duro ao longo do inverno. Eu conheço os números deles para este ano, é um bom passo à frente. Como sempre, é o mesmo com a gente. O que nós não sabemos é o que nossos rivais vão fazer”, comentou o aclamado projetista britânico.

Em relação aos pilotos, Daniel Ricciardo e Max Verstappen estão confiantes de que o novo carro poderá ser a tal máquina que os poderá colocar na frente do pelotão, permitindo bater os Mercedes. 

A minha primeira impressão é de que o carro é bem bonito e, definitivamente, parece elegante. Esses carros parecem os mais rápidos do mundo! Essa é a impressão que eu tenho”, começou por dizer o piloto australiano de 27 anos, que vai usar o carro no primeiro dia de testes.

Eu não sou nada supersticioso. Acho que superstições são apenas uma desculpa para as coisas darem errado. Nunca fui ligado nisso, então estou feliz que o time tenha mantido a tendência geral e seguido com o ‘13’, que vem depois do ‘12’”, prosseguiu.

Sobre o piloto holandês, seu companheiro de equipa, Ricciardo acredita que a competição entre eles vai ser positiva. “Acredito que é positivo ter um companheiro tão competitivo. Pessoalmente gosto de ter alguém que possa me pressionar ao máximo. Bater o seu próprio companheiro é uma sensação muito boa. Max e eu temos um tratamento igual dentro da equipe. Temos mostrado que podemos ser competitivos e espero que nesta temporada possamos repetir o que foi visto em 2016”.

Já Verstappen aceita que haja corridas tediosas... desde que seja ele o líder. “Tomara que tenhamos um bom início e permaneçamos na liderança por toda a corrida”, começou a dizer. “Tomara que seja uma corrida realmente aborrecida. Isso seria perfeito”, comentou.

Contudo, ele evitou fazer qualquer previsão sobre o carro antes de entrar com ele na pista. “Primeiro quero ver se o carro é competitivo, só depois quero estabelecer minhas metas. Estamos a começar de novo, tudo do zero. Espero que tenhamos construído um carro competitivo, estamos muito otimistas. Espero que o novo regulamento mexa na grelha de partida”, concluiu.

O Red Bull RB13 andará na pista a partir de amanhã. 

Veremos mais do mesmo?

Daqui a algumas horas, máquinas e pilotos começarão a testar os seus novos bólidos de uma nova temporada, que está a usar novos regulamentos. Os carros são mais velozes, mais agressivos. E as equipas esperam que os seus chassis e os motores que usam sejam a combinação perfeita para chegarem ao topo. A Mercedes espera ficar no topo, a Red Bull e a Ferrari desejam lá chegar, e o resto espera que os tempo por volta diminuam entre si, para que possam competir entre si ao centésimo, ao milésimo de segundo.

Contudo, todas essas esperanças podem ir por água abaixo. É verdade que Christian Horner espera que o Red Bull RB13 seja "o" carro que baterá a Mercedes, graças ao motor Renault que foi redesenhado e que poderá ter conseguido ganhos no banco de ensaios, mas a concorrência não andou a dormir. Na apresentação da Force India, na quarta-feira, Andy Green, o seu diretor técnico, disse que a Mercedes fez um bom trabalho no inverno: “Prometeram-nos mais potência e isso faz parte da ‘informação’ que colocamos no simulador. A Mercedes HPP (High Performance Powertrains) realizou um fantástico trabalho durante o inverno e deu outro passo sem precedentes. É impressionante” disse Green ao site Motorsport.

Este é um ano onde tudo foi mexido: a Renault diz que conseguiu 0,3 segundos no seu motor. A Honda reconstruiu o seu motor, de modo a ser não só eficiente, como também para apanhar a concorrência. E a Ferrari também deve ter feito o seu trabalho de casa, apesar da "purga" que houve no ano passado em termos de projetistas. Mas se a Mercedes anular a diferença para a concorrência - pior, ganhar ainda mais segundos - é provável que vejamos mais do mesmo. E se calhar, todas estes alterações tenham feito com que a Formula 1 seja ainda mais aborrecida do que era dantes.

É que temos de pensar nesta ideia: com tanta tecnologia, os milhões gastos para tirar o máximo destes carros, com os materiais mais exóticos possível, as horas passadas em túneis de vento, simulações, só para bater a equipa que está à frente, e no final ficar tudo na mesma, ou até pior... o que restará?

É o risco que se corre nesta temporada de 2017, onde os carros se tornaram mais velozes e onde os pilotos começam a ser mais rijos e duros para poderem aguentar os G's que vão ter de fazer em curva, dezenas de milhares de curvas que vão ter de fazer de pedal a fundo. É que no final, todo este esforço, todos os milhões gastos, todos os milésimos de segundos ganhos... e provavelmente, o campeão do mundo será o mesmo?

Essa é uma sombra que arrisca a aparecer em 2017. Veremos.

Apresentações 2017: o Haas VF-17

Depois de ter sido visto a rolar em Barcelona, antes de tempo, o Haas VF-17 foi hoje mostrado para o mundo. Com uma barbatana dorsal multicolorida, muitas modificações em relação ao ano passado, onde alcançou 29 pontos e o oitavo posto no Mundial de Construtores, o novo carro de Gene Haas, construído pela Dallara, pretende continuar com o bom trabalho de 2016.

Com um novo piloto, o dinamarquês Kevin Magnussen - que substitui o mexicano Esteban Gutierrez - a Haas pretende crescer em 2017, com os novos regulamentos e o novo carro, depois de uma boa temporada inicial, e esperam que este chassis os ajude nessa missão. 

Ser uma equipa de Formula 1 dá-nos um grande nível de credibilidade, que não se consegue através da publicidade tradicional” começou por dizer Gene Haas, o fundador e proprietário da equipa. "As pessoas [que lidamos] são do tipo que querem ver tudo o que você pode fazer e então, a partir daí, elas acreditam em você. Esse é o conceito inicial, convencer as pessoas de que somos capazes de fazer o que os outros não conseguem", continuou.

Questionado sobre as diferenças em relação ao carro do ano passado, Guenther Steiner, chefe da Equipa, começou a gracejar: “Acho que pedal do acelerador é o mesmo… tudo o resto é muito diferente do ano passado. Sempre se tentam fazer carros mais rápidos, e normalmente isso significa mais leves, mas com o novo ajuste no peso, agora será possível colocar algum lastro e conseguir uma melhor distribuição de pesos. A aerodinâmica é completamente nova, também os pneus, portanto precisamos de nos ajustarmos um pouco. Em termos estéticos o carro é mais agressivo, naturalmente, é mais leve e muito mais eficiente em termos aerodinâmicos. Tudo o que aprendemos do primeiro ano, foi agora aplicado”, disse. 

Sobre o que vão fazer durante estes testes em Barcelona, Steiner foi bem direto: “Não há descanso noturno obrigatório, de modo que vamos ter um turno de dia e outro à noite. O turno da noite chega às 18 horas, janta com o diurno para comentar o que se passou durante o dia, e em seguida vai trabalhar até o amanhecer. Depois, tomam café juntos, o turno diurno faz o teste e o noturno vai dormir”, comentou.

Uma vez que temos apenas um carro, temos uma equipa completa para um teste e outra equipa para o segundo. Isso nem sempre vai ser fácil porque alguns deles não desejam voltar para casa, mas é importante que eles tenham um fim de semana livre antes da viagem para a Austrália. Depois do segundo teste, os carros vão ser desmontados e logo serão levados para Melbourne. É preciso ter muito cuidado, ou, caso contrário, acabamos por cansá-los”, concluiu.

No primeiro dia, a equipa escolheu o dinamarquês Kevin Magnussen para rodar com o carro novo, uma escolha surpreendente, dado que é o recém-chegado à equipa. Por sua vez, ele não vê a hora de pilotar um Formula 1 pela primeira vez em quase três meses. “Espero conseguir muita quilometragem. Estou muito ansioso para voltar ao carro, foi um inverno longo. Você sente saudades de pilotar já nas primeiras semanas. Vai ser bom conseguir algumas voltas, sentir e aproveitar o carro. Espero não ter muitas interrupções, para que possamos aprender e acumular o maior número possível de dados”, completou.

O Haas começa este domingo a fazer as suas primeiras voltas no circuito de Barcelona.