sábado, 19 de abril de 2025

Youtube Automotive Vídeo: Um castelo de cartas chamado Fisker

A Fisker foi uma das muitas companhias que, na década que passou, tentou ser o "Tesla Killer", ou seja, a marca que iria, primeiro, seguir, depois, ultrapassar a companhia de Elon Musk. Ainda por cima a Fisker, fundada pelo desenhador e projetista Henrik Fisker, já tinha alguma experiência, porque tinha estado numa firma anterior e projetado o Karma, em sedan de luxo, algures em 2007.

Com um modelo lançado, o Ocean, e ideias para lançar mais quatro, pesquisas em baterias de estado sólido, e investimento da Catrepillar, por exemplo, parecia estar lançado para uma linha ambiciosa de modelos, desde os Todo-o-Terreno, até um Pick-Up, o Alaska, e um Coupé, o Ronin. Mas quando começaram a surgir as criticas automóveis, no Youtube, as coisas começaram a cair água abaixo, descobrindo que tudo aquilo não passava de um castelo de cartas. 

Veja o vídeo, acho que é bem interessante. 

Formula 1 2025 - Ronda 5, Jeddah (Qualificação)


A Formula 1 continua na Península Arábica, agora com o Mar Vermelho no horizonte. Do Bahrein, passamos para a Arábia Saudita, e apesar de continuar a ser tudo à noite, e não há tempo para respirar estes escassos sete dias foram suficientes para se falar de algumas coisas, especialmente a possibilidade de Max Verstappen já ter decidido que não ficará mais na Red Bull a partir do final de 2025. E - ou já oferecerem, ou irão oferecer - 100 milhões de euros por temporada na sua próxima equipa, a partir de 2026, o equivalente a metade do salário anual que é dado a Cristiano Ronaldo na sua equipa na Liga Saudita.

Mas quem irá tal soma de dinheiro? Os sauditas, claro! Através da Aston Martin, que tem como grande patrocinador a Aramco, a petrolífera nacional dessa monarquia do Golfo, e da PIF, o fundo soberano nacional. Claro, hoje é especulação, mas o que hoje é isso, amanhã será verdade. E estamos nesse limbo. Digo isso porque eu sei, no momento em que escrevo essas palavras, que isso será real.

Mas para além disso, outro sinal do estado das coisas foi ver, ainda no Bahrein, nas boxes de Sakhir, uma personagem que poucos conhecem, berrar aos ouvidos de Helmut Marko. Essa personagem é Raymond Vermuelem, o empresário de Max Verstappen, que não ficou feliz por ver o seu representante acabar em sexto lugar, depois de ter ganho em Suzuka, onde tudo correu mal, e ver distanciar os seus oponentes, os McLaren de Lando Norris, e sobretudo, Oscar Piastri

Claro, com estes rumores e atitudes de bastidores, a corrida saudita torna-se em algo bem mais interessante num campeonato que promete ser bem excitante, apesar da McLaren parecer estar na mó de cima. Mercedes e Ferrari tem uma palavra para dizer, e não convêm aos carros, quer de Woking, quer de Milton Keynes, não baixarem a guarda em relação aos outros. E é essa mais uma razão para todos aguardarem pelo pôr do sol para que comece a qualificação deste Grande Prémio, nas sinuosas curvas desenhadas na Corniche de Jeddah.


Sem preocupações meteorológicas, e com a noite a envolver a paisagem, a qualificação começa com Lando Norris e Charles Leclerc a serem os primeiros a irem para a pista, com os moles calçados. O primeiro a marcar tempo foi Alex Albon, antes de Lando Norris marcar 1.28,026, e ficar no topo da tabela de tempos. Leclerc marcou um tempo suficiente para ser o segundo.

Depois foi a vez de Max, que conseguiu 1.28,148, e ficou no segundo posto na tabela de tempos, seguido por Yuki Tsunoda, antes de Oscar Piastri ter arrancado 1.28,019 e ficado no topo da tabela. Russel furou entre os Red Bull, mais 263 centésimos do tempo do australiano, numa altura que apenas os Racing Bulls ainda não tinham marcado um tempo.

Nesta altura, os Haas, o Sauber de Gabriel Bortoleto, o Aston Martin de Lance Stroll e Fernando Alonso estavam fora da Q2, e com o último a um segundo e meio do primeiro. 

Pouco depois, Norris reagiu e conseguiu 1.27,805, e ficou com o primeiro posto, sendo o primeiro a baixar do 1.28, enquanto Isack Hadjar se queixava de um toque no muro, mas sem consequências de maior. Depois, Max melhora o tempo para fazer 1.27,778, ao mesmo tempo que Gabriel Bortoleto cometeu um erro, quando tentava melhorar o seu tempo e evitar ficar na Q1. Como não conseguiu, acabou por fazer companhia a Jack Doohan, Lance Stroll, Nico Hulkenberg e o Haas de Esteban Ocon

Pouco depois, começou a Q2, com todos os pilotos a continuarem com os moles calçados, porque querem marcar o melhor tempo. Os primeiros a entrarem na pista foram gente como Pierre Gasly, Alex Albon e Oscar Piastri, entre outros. Cerca de três minutos depois, foram marcados os primeiros tempos, com Albon a conseguir 1.28,581, antes de Gasly melhorar com 1.28,474, e Carlos Sainz Jr conseguir 1.28,164. Mas depois, Piastri pulverizou, com 1.27,690. Max superou, com 1.27,529.

Mas Norris melhora com 1.27,481, fica no topo da tabela, tudo isto numa altura em que a temperatura do asfalto baixa um pouco.

A parte final começou com os cinco excluídos a serem Lawson - sem marcar tempo - Albon, Bearman, Alonso e Hadjar.

Max começou a queixar-se do seu fundo por causa de uma passagem mais "viril" pelas zebras da curva 4, e queria saber se não tinha ficado afetado. E depois de ter sido visto, passaram agora para os minutos finais, onde se na frente, não houve alterações, atrás foi a confusão habitual. E os que calharam a "fava" ficaram os Racing Bulls de Isack Hadjar e Liam Lawson, o Haas de Ollie Bearman, o Aston Martin de Fernando Alonso e, a 7 milésimos de Lewis Hamilton, o Williams de Alex Albon. E até teria dado jeito, já que Carlos Sainz Jr passou para a fase final, com o oitavo posto. 

E com isto, passamos para a Q3. 

Os principais pilotos tinham cada um um jogo de pneus novos para serem usados, porque a diferença entre um jogo de usados e um de novos, era a rondar os três centésimos de segundo. Ajuda e muito tê-los calçados para aquela volta mágica, que todos querem fazer e conseguir a melhor posição possível. Especialmente os McLaren, como já tinha dto antes, em cima, tinha a rivalidade do Red Bull de Max, o Mercedes de Russell e o Ferrari de Leclerc e Hamilton, entre o circulo mais alargado.


Piastri foi o primeiro a marcar tempo, conseguindo 1.27,560, imediatamente antes de Lando Norris... bater no muro e causar bandeira vermelha. Com o carro danificado, era o primeiro incidente da qualificação e o primeiro adversário a ser eliminado na luta pela pole. Com o décimo posto garantido, amanhã será uma corrida complicada para recuperar posição, para Norris.

Poucos minutos depois, o carro de Norris fora recolhido para as boxes, as barreiras foram reparadas e a sessão continuou, com Sainz Jr a ser o primeiro a ir para a pista. Nas primeiras passagens pela meta, Max consegue um tempo... um milésimo superior a Piastri: 1.27,559. Sim, é isto que a Formula 1 é capaz de fazer.

Na parte final, as coisas aqueceram bastante. Primeiro, Russell consegue 1.27,407, a seguir, Piastri reagiu com 1.27,304, mas Max vinha numa volta demoníaca e conseguiu 1.27,294, 10 centésimos melhor que o australiano, para conseguir a pole-position. Leclerc era quarto, a 376 centésimos, na frente de Antonelli. 

E foi assim que acabou a qualificação saudita: com todos a tirarem leite de pedra dos seus carros e com as diferenças a serem medidas por milésimos de segundo. Ou seja, centímetros. 

O automobilismo agora é assim. Agora resta saber como será amanhã, na corrida.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Noticias: Piastri confessa uma abordagem atacante


Uma semana depois da sua vitória no GP do Bahrein, que se tornou na sua segunda na temporada, um confiante Oscar Piastri afirma que a sua postura é atacante, agora que está a meros três pontos de Lando Norris na luta pelo comando do campeonato. E em Jeddah, palco do GP da Arábia Saudita, o piloto australiano referiu a sua capacidade mental como a razão pelo qual ter conseguido recuperar pontos depois do seu incidente na Austrália, onde acabou apenas na nona posição.

Acho que é uma das minhas forças, sim [a capacidade mental]. É algo que reconheci como um ponto de diferenciação e que tenho tentado trabalhar.”, afirmou o australiano.

Com a McLaren a demonstrar um forte potencial, Piastri e Norris têm sido questionados sobre como irão abordar a eventual, mas quase certa batalha interna pelo título. Piastri afastou qualquer ideia de mudar a sua abordagem, enfatizando que ainda faltam muitas corridas e que o seu objetivo é maximizar os pontos em cada fim de semana.

A melhor forma de tentar alcançar isso, especialmente nesta fase inicial do ano, é fazer o melhor trabalho possível a cada fim de semana e marcar o máximo de pontos que conseguir, e depois ver onde acaba no final do ano”, começou por explicar Piastri. “A defesa número um de um campeonato é atacar e, para mim, neste momento, tentar vencer corridas e qualificar-me na pole position é o que mais vai ajudar o meu campeonato.

Piastri concluiu dizendo que a sua abordagem ofensiva não só é a mais eficaz para o campeonato, como também é… a mais divertida.

O GP da Arábia Saudita acontece neste sábado, e será a segunda corrida do campeonato em embiente noturno. 

Youtube Formula 1 Vídeo: este é o ano de Oscar Piastri?

Este é um ano decisivo para a McLaren. Agora que regressou ao topo, depois de mais de uma década de travessia no deserto, tem dois pilotos capazes de lutar pelas vitórias: o australiano Oscar Piastri e o britânico Lando Norris. Com apenas quatro corridas nesta temporada, duas delas ganhas pelo piloto australiano, todos perguntam: é este o seu ano?

São essas e outras perguntas que o Josh Revell está a fazer nesta semana. 

Noticias: Norris confessa ter de mudar o seu estilo de condução com o MCL39


O desempenho de Lando Norris nas primeiras corridas da temporada não é aquele que esperava ter. Apesar de ser o líder do campeonato, ele revelou que está a ser ‘obrigado’ a adaptar o seu estilo de condução ao novo McLaren MCL39, confessando algumas dificuldades em igualar o recente desempenho do seu colega de equipa, Oscar Piastri, que ganhou as corridas da China e do Bahrein, sendo segundo classificado, não muito longe de Norris, que o atual líder do campeonato. 

Não estou satisfeito com os últimos fins de semana, não porque tenham sido necessariamente maus, mas porque não foram tão bons como deviam ser e como podem ser”, afirmou Norris, antes do fim de semana do Grande Prémio da Arábia Saudita. “O carro é definitivamente diferente do que tem sido, por isso estou a ter de me adaptar de forma desconfortável”, acrescentou.

Ainda em relação aos comentários feitos na semana passada no Bahrein, sobre o seu carro e o seu estilo de condução, Norris afirmou  que a sua honestidade é apenas parte da sua personalidade e que não afeta as suas capacidades de corrida.

Sou apenas honesto sobre os meus sentimentos, não estou a tentar rebaixar-me ou fazer-me sentir bem”, disse Norris. “Estou apenas a dizer a verdade sobre como me sinto. É isso que me faz atuar, é isso que me faz sentir confiante”, concluiu.


quinta-feira, 17 de abril de 2025

Adamastor pensa no futuro


A Adamastor, a marca portuguesa de supercarros, ainda está a desenvolver o seu primeiro modelo, o Fúria, e depois de um teste em dezembro, no Autódromo de Portimão, Ricardo Quintas, fundador e diretor-executivo da Adamastor, refere que o processo de evolução decorre a bom ritmo, focando-se agora na dinâmica e nas prestações para oferecer uma experiência de condução única. 

Mas também ele refere que os dados usados e compilados no desenvolvimento deste modelo poderão ser usados num futuro relativamente próximo para novos modelos, e para isso, eles pretendem não só arranjar financiamento para eles, como também alargar a força de trabalho até 130 pessoas na área da engenharia, com o objetivo de bater-se com as grandes marcas de superdesportivos mundiais, como a Ferrari, Lamborghini ou Aston Martin.  

O Fúria encontra-se na sua terceira fase de desenvolvimento. Como é sabido, estivemos no circuito de Portimão e, apesar de tudo ter corrido muito bem, descobrem-se sempre pormenores para corrigir, os quais foram ou estão a ser, revistos. Estamos agora à espera de ter uma vaga para podermos regressar à pista e validar as soluções implementadas. Caso tudo corra como o previsto, teremos, igualmente, um dia de testes já mais focado na performance do Fúria”, afirma, flando sobre o ponto da situação sobre este modelo.

Entre os pontos a melhorar, o responsável aponta, por exemplo, os intercoolers que “não tinham o desempenho esperado”, estando agora à espera de novos componentes de um outro fornecedor de forma a conseguir testar novamente o Furia. “É exatamente por situações como esta que os testes em ambiente de circuito são tão importantes. Testar, analisar, identificar e corrigir. Regressámos muito satisfeitos com o primeiro dia do Furia em circuito”, continuou.

Os objetivos que definimos para este primeiro teste foram todos cumpridos e, inclusivamente, superados bem acima do esperado. Não fizemos testes de performance porque o objetivo não era esse. Apenas numa próxima fase poderemos abordar essa vertente, bem como, por exemplo, a resistência dos materiais e as soluções encontradas. Só depois desses testes poderemos perceber quão perto estamos dos nossos objetivos em termos de desempenho. Mas acreditamos que ainda estamos muito longe de atingir o potencial máximo do Fúria”, adiantou.


De acordo com o responsável máximo da marca, ele afirmou que o trabalho feito no desenvolvimento do Fúria poderá ser aproveitado para outros esforços, nomeadamente numa ampliação da gama de automóveis deste fabricante sediado no Porto. 

Vamos continuar a trabalhar no ‘development prototype’ [do Fúria], sempre com o foco na otimização contínua. Ao mesmo tempo, com toda a informação que vamos recolhendo ao longo dos nossos testes, podemos igualmente começar a ponderar o desenvolvimento de novos modelos”, começou por afirmar.

"Esperamos, no início do segundo semestre deste ano, dar início aos trabalhos de construção para que, até finais de 2026, possamos ter a fábrica dotada dos equipamentos necessários, bem como dos recursos humanos exigidos para a execução dos nossos planos. Estimamos expandir a nossa força de trabalho para um total de 130 colaboradores, aproximadamente”, continuou.


Falando sobre as expectativas dos potenciais clientes, Ricardo Quintas afirma que o “interesse do mercado tem vindo maioritariamente da Europa, Estados Unidos da América e Médio-Oriente, quer através de clientes que fizeram uma pré-reserva, quer dos que, efetivamente, já assinaram um contrato com a Adamastor para a aquisição de um exemplar do Fúria”, concluiu.

Rumor do Dia: Opel poderá chegar à Formula E


A Formula E parece estar prestes a acolher mais uma equipa no seu pelotão, e esta poderá ser a Opel. O Grupo Stellantis, que esta semana escolheu o seu novo diretor, já decidiu qual será a marca que irá para a competição elétrica a partir de 2026-27, altura em que aparecerá os carros da Gen4.

Segundo conta esta semana o portal "The Race", a Opel poderia aparecer no lugar de uma de duas marcas: ou a DS, ou a Maserati. No caso da marca italiana, problemas de finanças estão a afetar a sua situação. Não conseguiu encontrar um comprador e vive do dinheiro da organização do campeonato. A DS aparece porque o Grupo quer saber se continuará com uma ou duas marcas presentes, embora a DS tenha uma parceria com a Penske.

Jean-Marc Finot, vice-presidente da Stellantis Motorsport, destacou o alinhamento natural da Opel com corridas elétricas, mas recusou confirmar oficialmente a sua entrada na Fórmula E. A decisão final está iminente, dado o início próximo da fase de desenvolvimento dos novos carros Gen4. 

Neste momento,  a marca alemã tem investido na competição elétrica com o Opel Corsa Rally Electric, no âmbito da ADAC Opel Electric Rally Cup, sob a liderança de Joerg Schrott, diretor da Opel Motorsport. Mas a marca alemã não investe a sério no automobilismo desde que participou no DTM, entre os anos 80 e início deste século, com modelos como o Calibra.

Resta esperar até meados da primavera para saber o que é que decidiram neste aspeto. 

quarta-feira, 16 de abril de 2025

A imagem do dia


Próximo dia 21 fará 40 anos a primeira vitória de Ayrton Senna na Formula 1. E por aqui haverá algumas manifestações de homenagem ao feito, que aconteceu no Autódromo do Estoril. A primeira delas será no... futebol.

Equipa da I divisão, o Estoril-Praia anunciou que apresentará uma quarta camisola no seu equipamento oficial, negra com as cores brasileiras, o negro pela cor do carro da Lotus em 1985, e as riscas horizontais do Brasil, que existia no capacete de Senna. Esse equipamento será usado no jogo caseiro contra o Sporting de Braga, no próximo sábado, pelas 18 horas.

Entretanto, o programa da próxima segunda-feira, dia 21 de abril, sofreu uma contrariedade: já não haverá as voltas à pista inicialmente prevista para o final da tarde, com o Bruno Senna ao volante. O carro rodou na semana que passou em Goodwood, no Festival da Velocidade, e uma avaria no sistema de óleo que alimenta o motor Renault Turbo obrigou a que o caro ficasse parado nas próximas semanas, inviabilizando a demonstração na pista portuguesa.

Contudo, o carro estará nas boxes - e na reta da meta - do Autódromo ao longo do dia, para que as pessoas o possam ver, com entrada gratuita. 

Youtube Automation Vídeo: Quando James May andu num veículo autónomo

James May andou recentemente a viajar pela Califórnia para divulgar o seu gin, e por acaso, numa das suas andanças por lá, acabou a andar num veículo autónomo, nomeadamente um Jaguar I-Pace da Waymo. E como aconteceu no caso do Tesla Cybertruck, May aproveitou a ocasião para experimentar a sensação de ser conduzido... por ninguém.  

WRC: Salvi corre de Rally1 em Portugal


O piloto português Diogo Salvi irá correr o Rali de Portugal num Ford Puma Rally1. É o regresso de um piloto português à classe principal do Mundial de Ralis desde que Armindo Araújo correu com o WRC Team Mini Portugal em 2012, num Mini Cooper JWRC. Sabia-se desde o inico da semana, quando se encerrou o período de inscrições, que haveria 12 carros de Rally1 no rali de Portugal, mas não se sabia a sua distribuição. Agora sabe-se: cinco Toyotas, quatro Fords e três Hyundais.

No lado da marca japonesa, os carros serão para Sebastien Ogier, Kalle Rovanpera, Takamoto Katsuta, Sami Pajari e Elfyn Evans, o atual líder do campeonato. Na Hyundai, a marca coreana terá nas suas fileiras Ott Tanak, Thierry Neuville e Adrien Formaux, que antes de participar no rali, estará no Terras D'Aboboreira a bordo do seu Hyundai i20N Rally1. Já no lado da Ford, Salvi estará a acompanhar o luxemburguês Gregoire Munster, o irlandês Josh McErlean e o letão Martins Sesks

O rali de Portugal, quinta prova do campeonato WRC, acontecerá entre os dias 15 e 18 de maio.

terça-feira, 15 de abril de 2025

WRC: Ogier participará no rali de Portugal


O francês Sebastien Ogier estará presente no rali de Portugal deste ano. Apesar de ainda não ser uma confirmação oficial, o jornal português Autosport avança nesta terça-feira que ele estará presente, depois de ele participar no Rali das Canárias, que acontecerá três semanas antes. Com 12 Rally1 presentes na prova, a Toyota decidiu inscrever o piloto francês, porque esta é uma das suas provas favoritas. 

Desde que começou a correr em part-time, em 2022, apenas em 2023 é que ele não veio a terras portuguesas.  Com a sua sexta vitória em 2024, desempatando com Markku Alen o seu recorde de triunfos em terras lusitanas, e sendo também a primeira prova em terra no calendário - o rali canário é em asfalto - resta saber como será a armada japonesa neste rali, já que a Toyota não deverá abdicar de nenhum dos seus pilotos: Elfyn Evans, Sami Pajari, Kalle Rovanpera e Takamoto Katsuta

A lista de inscritos do rali de Portugal, que acontecerá entre os dias 15 e 18 de maio, será conhecida nos próximos dias. 

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Formula E: Félix da Costa afirma que pódio soube a derrota


Depois de uma corrida onde esteve brilhante, com uma tática que o poderia ter levado para o lugar mais alto do pódio, um safety car na parte final acabou por deitar por terra as aspirações de António Félix da Costa. Em pleno "Attack Mode" quando aconteceu, viu aqueles que ainda detinham serem favorecidos no regresso da corrida, e nas voltas finais. Cruzando a meta na sétima posição, foi beneficiado com a penalização de alguns pilotos, acabando por subir para o lugar mais baixo do pódio, quando tinha tudo para ganhar. 

Ainda assim, os pontos conquistados foram importantes no campeonato, especialmente na luta pela liderança.

Nas redes sociais, o piloto de Cascais falou sobre a corrida: 

"É estranho subir ao pódio mas sentir alguma deceção, mas hoje é esse o meu sentimento. Fizemos tudo bem, tanto na qualificação, como na corrida, onde tivemos uma estratégia perfeita, mas infelizmente a vitória fugiu-me sem que nada pudesse fazer, com aquele Safety Car na parte final da corrida. Enfim, as corridas são mesmo assim, no fundo o positivo é ter conquistado o meu 3º pódio em cinco corridas disputadas e ter-me aproximado da liderança do campeonato. Estamos fortes, a nossa performance mostrou isso, portanto vamos continuar a trabalhar para nos mantermos na frente do campeonato.", declarou.

Nas contas do campeonato, o britânico Oliver Rowland, apesar de não ter pontuado nesta corrida, segue na liderança da tabela com 68 pontos, com Félix da Costa agora na segunda posição, com 54 pontos, seguido do seu companheiro de equipa, o alemão Pascal Wehrlein, com 51 pontos, em igualdade de pontos com Taylor Barnard, piloto da Mclaren, que també não pontuou.

A próxima corrida do mundial de Fórmula E te lugar no Mónaco, no fim-de-semana de 3 e 4 de Maio, numa jornada dupla muito esperada, num dos circuitos mais míticos do automobilismo internacional.

domingo, 13 de abril de 2025

As imagens do dia






No fim de semana do GP do Bahrein, houve um carro especial a rolar na pista, para uma causa especial. E um piloto especial, com um capacete especial. Falo do Tyrrell 006, de 1973, guiado pelo próprio Jackie Stewart, com o seu capacete assinado por todos os campeões do muno ainda vivos, vinte ao todo. 

Sim, todos. Até Michael Schumacher o assinou.

Claro, todos desejam saber se aconteceu algum milagre. Na realidade, não. Ate se pode afirmar mais: isto é uma janela para a sua atual condição. Basta comparar com as assinaturas que tinha feito antes do acidente. E é para verem até que ponto a sua condição ficou deteriorada. E até que ponto eles são ferozes na defesa da sua privacidade. Os alemães, que sempre foram fechados e privados por natureza, então no caso dos Schumacher, sendo uma personalidade famosa, todos sabem que no dia em que um dos paparazzi conseguir uma foto dele, estará no centro das atenções, para o bem e para o mal. Será o inferno para ele, por muito dinheiro que peça pelas fotos que tirou. 

Mas para além disso, há outra coisa por trás deste carro e deste capacete. Primeiro que tudo, Stewart está a caminho dos 86 anos, e a idade não poupa ninguém. É muito provável que tenha sido a última demonstração pública do escocês por trás do seu carro. E se assim for, posso afirmar que durou mais que Stirling Moss, que participou em demonstrações públicas até aos seus 80 anos, que comemorou em 2009 - Moss morreu em 2020, aos 90 anos.

Segundo, o escocês, o mais antigo campeão do mundo ainda vivo - conseguiu o seu primeiro título mundial em 1969, quando tinha 30 anos - está a fazer em nome da organização de caridade que fundou, o Racing Against Dementia, para ajudar a financiar pesquisas para a cura de diversas demências cerebrais, para além do Alzheimer. E tudo isto porque a sua mulher, Helen, está doente com uma demência cerebral e está relegada para uma cadeira de rodas. No final da volta que Stewart deu, o capacete foi leiloado e os fundos iriam para essa fundação. 

De uma certa maneira, é um momento único. E tudo por uma boa causa. 

GP Bahrein: Brown acredita num duelo entre os seus pilotos, Max lamenta resultado


Depois da corrida no Bahrein, o ambiente entre duas equipas era contrastante. Se na McLaren, o ambiente é de euforia. Zak Brown colhe os frutos de um excelente trabalho ao leme da equipa, e a vitória de hoje é a terceira em quatro corridas, no lado da Red Bull, os dirigentes decidiram reunir-se depois da corrida para discutir a performance de Max Werstappen, e também alguns dos maus momentos do Grande Prémio, apesar de ambos os pilotos terem pontuado na corrida. 

Do lado de Woking, Brown falou dos seus pilotos, que foram ao pódio no final de um fim de semana onde também conseguiram a pole-position, graças a Oscar Piastri, e Lando Norris mantêm a liderança do campeonato. 

Ontem perguntei-lhe [Piastri] o que tinha comido ao pequeno-almoço, porque acho que todos precisamos de comer o mesmo” começou a falar aos microfones da Sky Sports. “Ele estava em forma, como está sempre em forma, mas este fim de semana foi dominante e controlou totalmente a situação. O Lando fez uma mega corrida e foi ótimo ter saído com os pontos. O George também fez uma grande corrida, o Mercedes é claramente muito rápido.”, continuou.

O chefe da McLaren está ciente que é apenas uma questão de tempo até que a sua dupla tenha uma luta mais acesa em pista, mas tal não lhe tira o entusiasmo:

Eles são competidores ferozes. Tenho a certeza que vamos ter alguma emoção ao longo do ano, mas eles correm de forma muito limpa e são livres de correr, como já discutimos. Penso que ainda não vimos aquela batalha épica entre os dois – é uma questão de tempo. Eles estão a puxar toda a equipa para a frente. Estou entusiasmado.”, concluiu.

Do lado de Max e da Red Bull, tudo correu mal. Ele descreveu a corrida como uma "catástrofe", e o sexto lugar - o pior resultado da temporada, até agora foi o contrário do que aconteceu na corrida anterior no Japão, onde ganhou. Entre as diversas criticas, o desempenho dos pneus duros foi referido, embora reconheça que, mesmo com os médios, os resultados provavelmente poderiam não ter sido muito diferentes.  


Tudo correu mal”, afirmou Verstappen à Sky DE. “Um grande problema e depois a paragem nas boxes – também não sei o que correu mal. Foi uma catástrofe. Além disso, os pneus duros não funcionaram de todo. Os médios foram ligeiramente melhores. No entanto, o sexto lugar era o máximo que poderíamos ter alcançado, quer tivéssemos usado um ou dois conjuntos de médios. O resultado teria sido o mesmo”, concluiu.

Por causa disso, a equipa reuniu-se no final da corrida num gabinete de crise, porque na corrida aconteceu um pouco de tudo, até problemas nos procedimentos básicos como as paragens nas boxes. Entre os presentes estavam Christian Horner, Helmut Marko e a equipa técnica. Marko considerou a situação “muito alarmante”.

É um dia muito difícil para a Red Bull, isso é óbvio para todos nós”, começou por afirmar Marko citado pelo autosport.com, após as conversações. “Temos de recuperar, o mais rapidamente possível, o desempenho do carro e também o nível. As paragens nas boxes, têm de funcionar. O carro não é o mais rápido e as paragens nas boxes não estão a funcionar. Isso não é aceitável”, continuou.

Muito alarmante. Sabemos que não somos competitivos e que vão chegar peças para as próximas corridas e esperamos que tragam melhorias. Temos muitos problemas. O principal problema é o equilíbrio e a aderência. E por isso, acho que surgiram os problemas com os travões. E depois o procedimento normal, como uma paragem nas boxes, não está a funcionar, por isso um [problema] vem a seguir ao outro.”, concluiu.

E é mesmo alarmante. A Red Bull teme perder Max no final da temporada e para piorar as coisas, Raymond Vermeulen, o empresário do piloto neerlandês, fez valer a sua opinião a Helmut Marko, tendo sido visto a gritar com o austríaco, tendo este escutado passivamente. E claro, os rumores sobre a sua saída no final de 2025, são cada vez maiores. 

A Formula 1 continua na próxima semana, em Jeddah, e nas próximas corridas, a Red Bull tem ideias de introduzir novos componentes no RB21, na esperança de que a sua performance seja melhorada o quanto antes. Resta saber se funcionará.

Formula 1 2025 - Ronda 4, Sakhir (Corrida)


Já passaram três corridas e caminhamos para a primeira corrida noturna da temporada, e primeira de cinco. O mais interessante é que as duas primeiras serão... agora, porque semana que vêm lidaremos com a corrida da Arábia Saudita, no sinuoso circuito de Jeddah.

Toda a gente sabe que a razão porque tivemos uma abertura no Extremo Oriente foi por causa das obrigações religiosas da Península Arábica, que teve o Ramadão no inicio de março, e por isso, pediu para trocar com a Austrália, China e Japão, do qual eles agradeceram. Mas tirando a modorra de Suzuka - a culpa não é da pista, são dos carros - até que este campeonato está a ser bem interessante, com os McLaren a ganhar boa parte das corridas, mas Max já respondeu e conseguiu a sua primeira vitória na temporada.

Contudo, o que se espera em Sakhir, depois do pôr do sol, será uma de duas coisas: ou agitação, ou uma procissão. Pelo menos, é isso que quase todos têm em mente. E tudo isso com duas paragens previstas, e as primeiras paragens aconteceriam por alturas da 17ª volta, se começassem com médios - calçados pelos Ferrari de Carles Leclerc e Lewis Hamilton - por exemplo. Se fossem com moles, seriam pouco menos voltas, a partir da décima passagem pela meta.


Tempo de calor, mesmo num final de dia como aquele, e mesmo na primavera, e com o sol a desaparecer e a noite a se instalar, os carros e pilotos se preparavam para a partida. E quando as luzes se apagaram, Piastri conseguiu aguentar os ataques, primeiro, de Charles Leclerc, depois de George Russell. O monegasco perdeu lugares para Russell e Lando Norris, para ser quarto no final da primeira volta. Os Red Bull eram oitavo e décimo, e na segunda volta, havia um mau aviso para Norris: uma possível falsa partida, logo, a penalização seria inevitável. Cinco segundos, foi o que acabou por acontecer.

Nas voltas seguintes, a luta era entre Andrea Kimi Antonelli e Pierre Gasly pelo quinto posto, com lutas entre curvas, e o piloto francês da Alpine era o melhor perante o "rookie" da Mercedes. Na frente, Piastri alargava a sua liderança para três segundos e na volta 11, com as primeiras paragens de pneus, Max, que era sétimo, meteu duros, esperando que ficasse mais tempo na pista, se calhar, evitando uma segunda paragem. E logo que foi para a pista, tornou-se no piloto mais rápido da pista, fazendo tempos cada vez mais baixos.

Russell foi às boxes na volta 14, metendo médios, e na volta seguinte, foi a vez de Piastri. A liderança foi entregue aos Ferrari, ao mesmo tempo que Max já estava nos pontos, na décima posição. Albon só foi às boxes na volta 17 e trocou para duros, talvez com a ideia de fazer a corrida numa só paragem. Ao mesmo tempo, os Ferrari foram às boxes, um atrás do outro, e mantiveram os médios, apesar dos protestos de Leclerc, que queria sair com duros. Mas eles tinha ouvido as mensagens que Max, que apesar de ter subido para sétimo, se queixava dos pneus, que escorregavam e colocavam-mo em dificuldades. Na volta 20, foi assediado por Kimi Antonelli e o piloto da Mercedes conseguiu passar, apesar da defesa do neerlandês. 

Na volta 22, Hamilton estava colado a traseira de Max, tentando o oitavo posto, e o conseguiu com a ajuda do DRS. Mas na frente, havia uma luta pelo terceiro lugar, entre Norris e Leclerc, com o piloto da Ferrari a tentar passá-lo na volta 24, sem sucesso. Tentou de novo na volta seguinte, agora a ser bem sucedido. Tudo porque trocaram mais tarde e a conseguirem conservar melhor os pneus médios que calçaram desta vez. Atrás, Hamilton era o piloto mais rápido na pista e passou Antonelli e Ocon para ser sexto.

Max regressa às boxes na volta 27, colocando médios, com ele a regressar a última posição, esperando que esse carro, com esse jogo de pneus, possa funcionar melhor. Era o inicio de uma série de paragens nas boxes, com Ocon e Antonelli a virem logo depois do neerlandês, na volta 28. O italiano meteu moles, ou seja... três paragens, pelo menos! Gasly apareceu na volta seguinte.


De repente, na volta 33, a organização colocou um Safety Car em pista! Tudo por causa dos destroços de asas partidas espalhados pela pista, e para evitar algum furo a alta velocidade. Para os quatro primeiros, foi o ideal, pois meteram pneus, especialmente os Mercedes de Russell e Antonelli, que meteram moles, e Leclerc, que meteu duros. Norris meteu médios, e a ideia de três paragens parece ser cada vez real. Na pista, Russell disse pela rádio que "24 voltas com moles é audacioso". 

A corrida regressou ao normal na volta 36, com Piastri a ser pressionado por Russell, mas o australiano aguentou. Norris foi passado por Hamilton, para ser sexto, mas o britânico reagiu, voltando a passar, mas como o fez fora dos limites da pista, acabou por devolver a posição. Poucas voltas depois, o piloto da McLaren voltou a apanhar o da Ferrari e o passou para ser quarto. 

As coisas regressaram a uma normalidade nas voltas seguintes, mas a 10 voltas do final, Carlos Sainz Jr. tornou-se na primeira desistência da corrida, vitima de danos num dos "sidepods" do seu Williams. Tudo isto depois de um toque com o Red Bull de Yuki Tsunoda. Na frente, Norris aproximava-se de Lecelrc para assaltar o terceiro lugar que parecia estar ao alcance. Houve ataques entre as voltas 50 e 52, e foi ali que o britânico da McLaren levou a melhor. E a duas voltas do final, Norris encostou á traseira de Russell, tentando apanhar o piloto da Mercedes e conseguir uma dobradinha para a McLaren. Russell aguentava com os moles, e era assim que iam para a meta, com Piastri como vencedor. Foi audacioso, George. 

Atrás, na última volta, Max conseguiu passar o Alpine de Pierre Gasly, que conseguiu fazer uma corrida honesta, ficando na frente de boa parte do pelotão. O sexto posto parece ser um controlo de danos, ainda por cima, com Tsunoda a obter um nono posto, entalado entre os Haas de Esteban Ocon, oitavo e vindo do fundo do pelotão, e Oliver Bearman, que conseguiu mais um ponto na sua primeira temporada completa.


Em suma, não foi uma corrida fantástica. Foi emocionante, deu para passar, e houve incerteza até ao final. E tudo à noite. Semana que vêm, em terras sauditas, haverá mais, certamente. Mas o campeonato está bem interessante: Norris com 77 pontos, na liderança, Piastri 74, Max 69 e Russell 63. Conseguem pregar-nos ao sofá!