quinta-feira, 17 de abril de 2025

Adamastor pensa no futuro


A Adamastor, a marca portuguesa de supercarros, ainda está a desenvolver o seu primeiro modelo, o Fúria, e depois de um teste em dezembro, no Autódromo de Portimão, Ricardo Quintas, fundador e diretor-executivo da Adamastor, refere que o processo de evolução decorre a bom ritmo, focando-se agora na dinâmica e nas prestações para oferecer uma experiência de condução única. 

Mas também ele refere que os dados usados e compilados no desenvolvimento deste modelo poderão ser usados num futuro relativamente próximo para novos modelos, e para isso, eles pretendem não só arranjar financiamento para eles, como também alargar a força de trabalho até 130 pessoas na área da engenharia, com o objetivo de bater-se com as grandes marcas de superdesportivos mundiais, como a Ferrari, Lamborghini ou Aston Martin.  

O Fúria encontra-se na sua terceira fase de desenvolvimento. Como é sabido, estivemos no circuito de Portimão e, apesar de tudo ter corrido muito bem, descobrem-se sempre pormenores para corrigir, os quais foram ou estão a ser, revistos. Estamos agora à espera de ter uma vaga para podermos regressar à pista e validar as soluções implementadas. Caso tudo corra como o previsto, teremos, igualmente, um dia de testes já mais focado na performance do Fúria”, afirma, flando sobre o ponto da situação sobre este modelo.

Entre os pontos a melhorar, o responsável aponta, por exemplo, os intercoolers que “não tinham o desempenho esperado”, estando agora à espera de novos componentes de um outro fornecedor de forma a conseguir testar novamente o Furia. “É exatamente por situações como esta que os testes em ambiente de circuito são tão importantes. Testar, analisar, identificar e corrigir. Regressámos muito satisfeitos com o primeiro dia do Furia em circuito”, continuou.

Os objetivos que definimos para este primeiro teste foram todos cumpridos e, inclusivamente, superados bem acima do esperado. Não fizemos testes de performance porque o objetivo não era esse. Apenas numa próxima fase poderemos abordar essa vertente, bem como, por exemplo, a resistência dos materiais e as soluções encontradas. Só depois desses testes poderemos perceber quão perto estamos dos nossos objetivos em termos de desempenho. Mas acreditamos que ainda estamos muito longe de atingir o potencial máximo do Fúria”, adiantou.


De acordo com o responsável máximo da marca, ele afirmou que o trabalho feito no desenvolvimento do Fúria poderá ser aproveitado para outros esforços, nomeadamente numa ampliação da gama de automóveis deste fabricante sediado no Porto. 

Vamos continuar a trabalhar no ‘development prototype’ [do Fúria], sempre com o foco na otimização contínua. Ao mesmo tempo, com toda a informação que vamos recolhendo ao longo dos nossos testes, podemos igualmente começar a ponderar o desenvolvimento de novos modelos”, começou por afirmar.

"Esperamos, no início do segundo semestre deste ano, dar início aos trabalhos de construção para que, até finais de 2026, possamos ter a fábrica dotada dos equipamentos necessários, bem como dos recursos humanos exigidos para a execução dos nossos planos. Estimamos expandir a nossa força de trabalho para um total de 130 colaboradores, aproximadamente”, continuou.


Falando sobre as expectativas dos potenciais clientes, Ricardo Quintas afirma que o “interesse do mercado tem vindo maioritariamente da Europa, Estados Unidos da América e Médio-Oriente, quer através de clientes que fizeram uma pré-reserva, quer dos que, efetivamente, já assinaram um contrato com a Adamastor para a aquisição de um exemplar do Fúria”, concluiu.

Sem comentários: