sábado, 26 de fevereiro de 2022

WRC 2022: Rali da Suécia (Dia 2)


O finlandês Kalle Rovanpera lidera o rali da Suécia com uma vantagem de 8,3 segundos sobre Elfyn Evans, noutro Toyota. Este já tem uma vantagem de 21,3 segundos sobre Thierry Neuville, no seu Hyundai, mas isso não implica que esteja fora da luta pela vitória, porque recuperaram um posição a Esapekka Lappi, quarto a 25,9, no terceiro Toyota.

Com a realização de seis especiais neste sábado, com passagens duplas por Brattby, Langed e Umea - e duas delas tinham sido canceladas dias antes por causa de... uma manada de renas! - o dia começou com Evans a triunfar, 0,4 sobre Esapekka Lappi e 0,7 sobre Kalle Rovampera. No final, foi o finlandês que conseguiu ir para a frente, 0,7 segundos na frente de Thierry Neuville, que tinha sido sexto, a 6,7.

Rovanpera venceu na especial seguinte, 0,1 segundos na frente de Ott Tanak, aumentando ligeiramente a vantagem, ganhando quatro segundos a Elfyn Evans, 4,1 sobre Neuville, e Lappi era quarto a 8,8. Breen ganhou na 11ª especial, a única vitória da Ford neste rali até agora, enquanto Rovanpera ganhava mais 0,8 segundos na liderança sobre Evans e Neuville.


Na especial seguinte, segunda passagem por Brattby, Evans atacou e conseguiu triunfar na especial, 1,7 segundos na frente de Neuville e a ganhar 3,6 sobre Rovanpera. O belga não consegue acompanhá-los e já está 13.2 segundos atrás do piloto da Toyota, no quarto posto da geral. Rovanpera contra-atacou e triunfou na segunda passagem por Langed, destacando-se ainda mais do resto do pelotão, 4,5 segundos na frente de Elfyn Evans e 5.3 sobre Thierry Neuville. 

Cada vez mais a luta pelo triunfo se cinge a Rovanpera e Evans, sendo que falta ainda muito rali, pelo que nada é certo a esse nível, muito menos entre os dois da frente.

E no final do dia, em Umea, Rovanpera volta a ganhar na especial televisiva, com mais 2,6 segundos sobre Evans, e 3,2 sobre Neuville.

Depois dos quatro primeiros, está Katsuta Takamoto, a 1.44,8, o quinto, e já distante em um minuto do sexto, Gus Greenmith, no melhor dos Ford, a 2.44,1. Oliver Solberg é o sétimo, a 5.19,9, no seu Hyundai, e não muito longe de Anders Mikkelsen, o melhor dos Rally2, a 5.33.5. Ole Veiby é o nono, a 5.44,1 e o russo Nicolay Gryazin fecha o "top ten", a 6.04.1.

O rali de Suécia termina amanhã, com a realização das últimas quatro especiais. 

Youtube Ficcional Hero Video: A história do Batmobile

Dos diversos carros existentes dos heróis de ficção, um dos mais marcantes é o Batmobile, o ultra-carro do Batman, o alter-ego de Bruce Wayne, de Gotham City. Desde 1966 que na televisão e no cinema que vemos diversos automóveis, independentemente de serem guiados por Adam West, Michael Keaton, George Clooney e outros até hoje.

Assim sendo, o pessoal do Donut Media decidiu fazer este video sobre a história deste veículo icónico.  

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

WRC 2022: Rali da Suécia (Dia 1)




O belga Thierry Neuville, no seu Hyundai, lidera o rali da Suécia, com 4,3 segundos de avanço sobre o Toyota de Kalle Rovanpera e 7,4 sobre o galês Elfyn Evans, também no seu Toyota. Tudo isto quando a diferença entre os quatro primeiros... é de menos de dez segundos. O quarto, já agora, é Esapekka Lappi, que já tem vinte segundos de avanço sobre Oliver Solberg, o quinto.

O grande evento do dia foi o abandono de Craig Breen, que saiu de estrada na segunda especial, acabando por ali neste dia. 

Com sete classificativas neste primeiro dia, na neve sueca, cinco de dia e dois mais tarde, o dia começou com os Hyundai ao ataque, graças a Ott Tanak, 0,4 segundos na frente de Kalle Rovanpera, no Toyota. Olivier Solberg foi o terceiro, a um segundo, ao mesmo tempo que Elfyn Evans passou por um buraco e perdeu 3.6 segundos, acabando apenas em sexto.

A segunda especial ficou marcada pelo despiste de Breen, suficiente para fazer interromper a realização da classificativa, pois a zona onde ele saiu de estrada é estreita. No geral, Lappi foi mais veloz, 2,5 segundos na frente de Rovanpera e 3,8 sobre Solberg. Ott Tanak caiu para quarto, a 5,9, perdeu a liderança. Lappi agora liderava, tinha um segundo de avanço sobre Rovanpera.

A seguir, na primeira passagem por Savar, Esapekka Lappi deixou o carro ir-se abaixo e perdeu 15 segundos, atrasando-se bastante na classificação.  “Deixei o carro ir abaixo no início e não recomeçou imediatamente. Depois, fui demasiado cauteloso e tentei ficar fora dos bancos, mas não funciona assim”, lamentou depois.

Assim sendo, foi Kalle Rovanpera que ficou com o melhor tempo e a liderança, mas apenas conseguiu um avanço de 0,7 segundos sobre Thierry Neuville. O jovem finlandês afirmou que estava a ser cauteloso e foi por isso que não foi mais veloz. “Estou a mudar algumas notas. Não tenho muita confiança com o carro neste momento. Estou a lutar com a dianteira, por isso é difícil comprometer-me e ser suave”, comentou. Já Ott Tanak perdeu tempo porque sofreu um toque e o para-choques caiu.

Mas na quarta especial, a segunda passagem por Kroksjo, foi Evans que levou a melhor, pois Rovanpera, que abria a especial perdeu tempo - 16,3 segundos, sendo oitavo - e o galês sabe que ele deve ter passado mal por aquele lugar. “Foi muito difícil [para mim], tenho a certeza que foi um pesadelo para o Kalle”, comentou o piloto da Toyota. A passagem ficou marcada pelas dificuldades de Katsuta Takamoto, preso num banco de neve e retirado pelos espectadores.


Evans manteve-se no comando na quinta especial, a segunda passagem por Kamsjon, mas em termos de especial, foi Tanak o vencedor, 1,8 segundos na frente de Lappi. Evans perdeu 4,1 segundos, e Rovanpera 7,9.  Oliver Solberg cedeu algum tempo, e caiu para o quarto lugar, estando agora a seis segundos do líder.

A sexta especial, segunda passagem por Savar, acabou com Neuville ao ataque, ganhando 3,4 segundos a Rovanpera, numa altura em que os pneus começavam a ser decisivos nos tempos. Mas foi Ott Tanak quem se tornou no mais prejudicado. Por causa de um problema com o kit híbrido, o que desencadeou uma luz vermelha, pelos regulamentos da FIA, e como precaução de segurança, a equipa teve de o retirar da prova, para frustração do piloto estónio.

No final, uma prova sprint em Umea, Rovanpera acabou por ganhar 1,1 sobre Neuville, mas era o belga que ficava com o comando. 

Realizámos uma tarde inteligente. O carro funcionou perfeitamente hoje e as poucas alterações de afinações que fizemos na assistência funcionaram bem. No troço mais longo, preservamos os pneus e a estratégia funcionou bem”, afirmou o belga. 

Depois dos três primeiros, Lappi e quarto, a 28,8 segundos, e Solberg, o quinto, tem já um atraso de 28,1 segundos, Katsuta Takamoto é sexto, a 1.18,9, não muito longe dele está Adrien Formaux, o melhor dos Ford, a 1.32,9. Gus Greensmith é o oitavo, a 1.48,1 e a fechar o "top ten" estão os carros dos noruegueses Anders Mikkelsen (a 3.08,9) de Ole Christian Veiby (a 3.13,0)

O rali da Suécia prossegue amanhã, com a realização de mais seis especiais.

Noticias: GP da Rússia cancelado, Nikita Mazepin em dúvida


O GP da Rússia, marcado para o final de setembro em Sochi, foi cancelado esta manhã, como medida retaliatória da invasão da Ucrânia por parte das forças comandadas por Vladimir Putin. Isto vem na sequência de, por exemplo, a UEFA ter retirado ontem à noite a final da Liga dos Campeões de São Petersburgo para Paris. 

Há um possível substituto: o GP da Turquia, em Istanbul. Mas também o autódromo de Portimão poderá estar no pensamento dos organizadores da Formula 1, ou então que o calendário possa ser reduzido para 22 corridas. 

O Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA visita países de todo o mundo, com uma visão positiva para unir as pessoas, reunindo nações. Estamos a observar os desenvolvimentos na Ucrânia com tristeza e choque, e esperança de uma resolução rápida e pacífica da situação atual.

"Na noite de quinta-feira, Fórmula 1, a FIA, e as equipas discutiram a posição do nosso desporto, e a conclusão é, incluindo a opinião de todos os intervenientes relevantes, que é impossível realizar o Grande Prémio da Rússia nas circunstâncias atuais”, lê-se na missiva oficial.

Tudo isto no dia em que o carro da Haas correu em Barcelona sem as marcas identificativas quer do seu patrocinador, quer das cores que o identificavam como russo. 

Ainda sobre a Haas, eles afirmaram que na próxima semana, terão uma reunião com o patrocinador principal para saber sobre a sua continuidade. Se Gunther Steiner diz estar confiante que a equipa vai competir na Fórmula 1 normalmente, já o lugar de Nikita Mazepin começa a ser discutido. Rumores no paddock afirmam que ele poderá ser substituído por Antonio Giovinazzi, por causa da sua ligação com a Ferrari, que fornece os motores à Haas. 

Mazepin já falou nas redes sociais sobre o sucedido. Tentando estar o mais neutro possível, afirmou: "É uma altura dificil e não estou em controlo sobre muitas das coisas que tem sido faladas. Escolhe ficar-me em coisas que posso controlar, trabalhando no duro pela minha Haas. Agradeço pelo vosso apoio."

Contudo, o próprio Steiner já disse que o futuro do piloto russo “precisa de ser resolvido”, acrescentando que “não há garantias em lado nenhum, como eu disse antes, precisamos de ver como tudo isto se desenvolve. Há mais do que equipas de Fórmula 1 aqui, há governos envolvidos, por isso não tenho garantias”.

As coisas avançam a cada minuto que passa. É assim que se vê esta situação.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

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A invasão desta madrugada da Rússia sobre a Ucrânia teve efeitos colaterais na Formula 1. A Haas, cujo financiamento vem maioritariamente da Rússia, teve um dia em cheio em Barcelona, primeiro quando soube da invasão, noutro lado da Europa, e depois, quando as coisas se precipitaram co a quantidade de sanções contra as industrias russas. Uma delas é a petroquimica Uralkali, de Dimitri Mazepin, o pai e Nikita Mazepin, um dos pilotos que estão na equipa americana - o outro é Mick Schumacher, o filho de Michael Schumacher. 

Com as equipas a colocarem em dúvida a sua ida a Sochi, no final de setembro - Sebastian Vettel já disse que não irá - o pessoal da Haas já tomou medidas, sabendo que têm algo que é inconveniente. E tomaram logo: o patrocinador foi retirado de todos os lados da equipa - dos chassis, e como viram nas primeiras fotos, dos camiões e motorhomes da equipa. 

No final do dia, quando os carros pararam para ver os resultados, tiveram um trabalho a dobrar. Uns pintavam o carro de branco, outros viam os dados e os que jantavam, viam Joe Biden discursar (terceira foto, autoria de Adam Cooper), anunciando uma nova ronda de sanções contra o governo russo e os seus oligarcas. Se existiam algum americano na sala, de certeza que ficaria, no mínimo, embaraçado por ver isto tudo com os patrocinadores que têm.

Mazepin pai foi convocado pelo Kremlin, se calhar para solidarizar com o regime nesta altura. Não tinha muita escolha, provavelmente, mas ele sabe que o futuro não é claro. Há rumores de que provavelmente, Nikita Mazepin poderá estar de saída e Pietro Fittipaldi poderá entrar no carro como substituto. Veremos como isto acabará, mas pelos vistos, a temporada mal começou e coisas fora do seu controlo irão perturbar a tranquilidade do pelotão da Formula 1.

A Rússia invadiu a Ucrânia. E agora, Formula 1?


Como toda a gente sabe, a Rússia entrou esta madrugada em guerra com a Ucrânia. Não falarei dos detalhes maiores, porque como todos sabemos no jornalismo, "em tempo de guerra, a primeira vítima é a verdade". Haverão relatos desencontrados, acusações de parte a parte dos piores crimes, e só quando se calarem as armas é que saberemos verdadeiramente os estragos, as vitimas mortais e materiais e as consequências para o mundo.

Mas então, vamos para o que interessa neste lugar. Falei do assunto ontem por causa da participação russa na Haas F1 e de Nikita Mazepin, se quiserem ler, deixo aqui o link. Mas hoje, com os aviões e helicópteros sobre Kiev, Kharkiv, Odessa, Mariupol e outras cidades, em Barcelona, no meio dos testes, os pilotos começam a discutir isso mesmo, porque já sabem que a neutralidade não é suficiente.

Um exemplo do que falo foram os tweets do jornalista Chris Medland. Esta manhã, recolheu a opinião de Sebastian Vettel, sempre muito atento e agora muito politico, afirmando que a Formula 1 não deveria correr em Sochi este ano e que, por ele mesmo, não irá participar no GP russo. E logo a seguir, Max Verstappen, o campeão, deixou o seu recado: "Quando um país está em guerra, não deveríamos correr por lá."

Resultado? As equipas reunir-se-ão no final da tarde, após o dia de testes para discutir a situação. 

E tem de ser, por diversos motivos, dos quais destaco três. 

A primeira é que Sochi situa-se mo Mar Negro, e apesar de ser uma estância balnear, não fica muito longe da zona de conflito, no Mar de Azov, a pouco mais de duas horas de avião. E também faz fronteira com a Abkhazia, uma república rebelde da Georgia, do qual em 2008, as tropas russas invadiram parte dela para retalharem o país quer dessa região, quer da Ossétia, uma situação do qual o governo de Tiblissi teve pouco para se poder defender. A Formula 1 poderá dizer que correr nesses lados poderá não ser muito adequado e ter de arranjar uma maneira de quebrar os acordos sem ter de pagar muito dinheiro.

A segunda é saber quanto tempo é que isto durará. Semanas? A Ucrânia é grande, o segundo maior país da Europa. Em termos de superfície, é a Alemanha e a França juntas, embora com uma população de 40 milhões de pessoas. O governo mobilizou um exército de 250 mil homens para defender, e já declarou a lei marcial, onde entre recolheres obrigatórios e outros, implica que qualquer cidadão possa andar com armas. Mesmo que os russos se imponham, nunca terão paz. Poderá ser algo semelhante ao Afeganistão, com guerrilha a atacar cirurgicamente tudo que seja russo ou algum exército colaboracionista que apareça, por exemplo. O risco de uma guerra civil prolongada, ou desta incursão se transformar num inferno para os soldados russos, como aconteceu uma geração antes aos que foram para o Afeganistão virar "carne para canhão", é bem forte.

A terceira razão para agir é que há ações noutras modalidades. No futebol, por exemplo, a UEFA está a ser pressionada para deixe cair o palco da final da Liga dos Campeões, que está marcada para São Petersburgo. Há pressões nesse sentido, nomeadamente do governo britânico, que provavelmente poderá ver uma ou duas equipas suas nessa final. A possibilidade de pedir a eles para que não a joguem em território hostil poderá ser forte e há movimentações nesse sentido. E não ficaria admirado se na semana que vêm, eles decidam que a final seja jogada num outro palco, evitando este embaraço.

E o que impede de, mais tarde, os organismos desportivos não expulsem a Rússia? Bem sei que são organizações "neutras" - algumas delas tem sede na Suíça - mas sabem da pressão da população nestes dias e o impacto nas redes sociais se nada fizerem. 

Mas o que é certo é que as equipas de Formula 1 irão falar sobre o assunto logo à noite. E tudo está em cima da mesa. E a primeira consequência - do qual não tinha falado - está aí: o patrocinador russo da Haas já não aparece nos chassis... e não garanto que Nikita Mazepin corra por muito mais tempo.   

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Wolff já disse quantos quer


Não sei se ali, a palavra de Toto Wolff é lei, mas ele á capaz de ter uma palavra a dizer sobre quantas equipas quer na Formula 1. E se depender dele, e apenas dele, então, já temos as ideais e não precisam de mais ninguém. E digo isto porque esta semana surgiu uma entrevista que fez à Auto Motor und Sport, onde disse que dez equipas está bem, muito obrigado. 

É certo que agora, se colocou o teto orçamental que limitou os gastos das equipas, depois de alguns anos de luta, mas agora com o pedido da Andretti, e de Michael Andretti em especial, de participar na Formula 1 a partir de 2024, aliado a novos patrocinadores, especialmente vindos da área das criptomoedas, a Formula 1 poderá passar por um período de prosperidade que já pediam desde há algum tempo. E isso, claro, poderá fazer atrair mais gente. E claro, as coisas parecem avançar nesse sentido.

Toto Wolff, na entrevista, está contra equipas ditas "garagistas": "Penso que dez equipas são suficientes. Mais apenas dilui a receita [das equipas]", explicou. 

Aqui, explica-se esta frase da seguinte forma: dos mais de 1700 milhões de euros que a FOM recebe dos patrocinadores e daquilo que pede aos estados para receber as suas corridas, entre os 20 e os 50 milhões de euros, dependendo se for na Europa ou no Médio Oriente, metade vão para as equipas, ajudando nos seus orçamentos, com uma fatia crescente dependendo da classificação geral. A diferença entre um lugar e outro poderá ser de entre 35 a 50 milhões de euros, e isso fazia doer os orçamentos, no tempo em que não havia limites nos gastos. Agora que começa a haver, e as equipas começam a ser lucrativas - a Red Bull vai receber 150 milhões de euros da Oracle, por exemplo - ter uma 11ª equipa implica menos receitas, e isso eles não querem.

Mas claro, há excepções. E o próprio Wolff admite isso. "Que equipa mereceria participar na ‘Liga dos Campeões’ do automobilismo? Se fosse um construtor automóvel, certamente teríamos que discutir o assunto. Mas ainda nenhum candidato credível bateu à porta", enfatizou o austríaco.

Ora, dentro de algumas semanas poderá haver um acordo de fornecimento de motores da parte de uma marca do Grupo Volkswagen à Red Bull a partir de 2026. Duas dessas marcas - Audi e Porsche . estão, aparentemente, com ideias em entrar. Até poderão já ter decidido. Não haverá conflito de interesse - ambas já foram rivais na Formula E e serão na Endurance, com as suas máquinas na categoria LMDh a partir de 2023 - logo, a ideia de somente participar como fornecedora de motores - a Audi poderia ir para a McLaren, segundo se consta, mas não se descarta a Porsche, reavivando uma parceria bem sucedida entre 1983 e 1987 - isso é algo do qual a Formula 1 estaria disposta a aceitar. Aliás, é provavelmente a única maneira que eles aceitam para fazer entrar equipas. Daí que peçam 200 milhões de dólares a qualquer um que tenha essas ambições de entrar na "Liga dos Campeões do automobilismo" (Wolff dixit).

Em suma, Wolff está na Formula 1 há tempo suficiente para dizer quem quer ou não a acompanhá-lo. Apesar da América começar a ter um maior peso em termos de corridas - Miami entra este ano, Las Vegas talvez em breve - ter uma segunda equipa americana não seria vista com bons olhos, a não ser que a Ford dissesse que iria entrar. Ora, esses tempos já lá vão, e quando estiveram por lá, ficaram conhecidos por deitar dinheiro janela fora - estamos a falar de ti, Jaguar...

Vamos a ver o que este episódio dará. Andretti quer entar, Wolff não o quer por ali. Quem levará a melhor? 

O GP russo está em perigo... ou nem por isso?


Todos sabemos que, por muito que amemos automobilismo e não queiramos saber o que se passa lá fora, o mundo nos irá bater à porta. É inevitável. E com Vladimir Putin, o novo czar russo, a querer mandar na Ucrânia, e o Ocidente a impor sanções para evitar que entre até Kiev e derrube o governo legitimo, o desporto poderá ser afetado com tudo isto. 

A UEFA, organismo máximo do futebol europeu, já disse que poderá retirar a final da Liga dos Campeões de São Petersburgo, e a Formula 1 anda a monitorizar os eventos para saber se viabiliza ou não o GP da Rússia, que se disputa em Sochi, mas em 2024, será em Igora Park, nos arredores de São Petersburgo. A corrida será em setembro, mas poucos acreditam que o conflito se arraste até lá.

A Fórmula 1 está a monitorizar a situação na Rússia e na Ucrânia”, disse Craig Slater, repórter da Sky UK. “De momento, a corrida em Sochi aparentemente vai acontecer, já que não é até setembro. Essa é a situação no momento”, acrescentou.

Só que nestas coisas, há alguns problemas. Por exemplo, o futebol depende do dinheiro da Gazprom, a gigantesca firma russa de petróleo e gás, do qual boa parte da Europa está dependente, especialmente nos meses de inverno. Por agora, não está incluída no pacote de sanções, mas é provável que esteja na mira da Europa mais adiante, caso haja uma escalada na guerra. Se assim for, os interesses russos serão afetados.

E a Formula 1 tem uma equipa que é bem apoiada por russos. O pai de Nikita Mazepin, Dimitri Mazepin, é um homem muito rico (a sua fortuna pessoal ronda os 1,5 mil milhões de dólares) e a sua firma, a Uralchem, é o maior complexo químico do país e claro, patrocina a Haas. Não há conhecimento direto das suas relações com o presidente Putin, mas os seus negócios ao longo dos últimos vinte anos, desde os mais visíveis até aos mais polémicos, aconteceram com o beneplácito do governo, logo, apoia-os. E isso poderá ser um possível alvo de sanções mais tarde, caso a Europa persiga os oligarcas que enriqueceram desde o final da União Soviética, em 1991, e desde que Putin chegou ao poder, no ano 2000.

Resta saber qual será a ação da Formula 1, nomeadamente, a Liberty Media, sobre este caso. Como tem muitas maneiras de receber dinheiro, desde os sauditas até às criptomoedas, os rublos poderão ser algo do qual eles não se importam de sacrificar, só para estarem de bem com o mundo. Mas os exemplos do passado - furar o boicote desportivo do regime do apartheid na África do Sul até 1985, por exemplo - não abonam nada a favor da competição...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

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E tudo isto por causa de um perfume, acreditam? 

Fora de Portugal, o nome de Miguel Oliveira não deve dizer nada - e se calhar, muitos irão confundir com o piloto português de MotoGP - mas neste retângulo à beira-mar plantado, este médico de formação fez imenso para os ralis por quase uma década, especialmente com a equipa que criou, a Diabolique, e a sua ligação a duas entidades: à Ford, e ao piloto Joaquim Santos.

A sua criação começou em 1981, com um Ford Escort 1800 de ralis, e estreou-se não muito longe do sítio onde moro, no Rali Rota do Sol, na Marinha Grande. As coisas correram relativamente bem, com Joaquim Santos ao volante, e a dupla deu-se perfeitamente, com ele como navegador... mas também a alma do projeto. E logo rendeu frutos, quando se tornou campeão nacional em 1982, repetindo em 1983 e 84, sempre numa estrutura privada, bem organizada, contra, por exemplo, outro Joaquim, o Moutinho, que tinha um Renault 5 Turbo 2 apoiado pela estrutura da marca em Portugal.

E quem cresceu nos anos 80 - como eu - e começava a seguir competições neste país, através do então "monolito" da RTP (e de um programa chamado "Rotações") e lia jornais como o Autosport e o Volante, via e adorava ver este duelo de "Joaquins". Logo, o que aqui se escreve não tem muita lógica, mas é mais o desfilar de memórias de infância, como muitos de vocês, distantes de uma meia-idade de onde estamos agora, eu incluído.   

O mais espantoso é que Joaquim Santos fez o seu melhor com um carro que começava a ficar obsoleto perante os carros do Grupo B que tinham começado a aparecer, primeiro nos ralis mundiais, depois nos nacionais, quando, por alturas de 1985, apareciam um Lancia 037 nas mãos de Carlos Bica, e havia rumores de gente com interesse em ter um Audi Quattro, por exemplo. Sabendo que não evoluir era morrer, quando soube do projeto do RS200, o Dr. Miguel Oliveira arranjou forma de ter um o mais cedo possível. Foi o primeiro carro de Grupo B puro em Portugal. E, sem nenhum de nos saber, ele tinha acabado de enterrar na terra a primeira pazada no funeral dos Grupo B.

O aviso tinha sido dado umas semanas antes, em Espinho, no Rali Sopete. O carro não andou muito e acabou numa valeta, sem poder continuar. Era uma máquina difícil de domar, mas pensavam que com o tempo lá iam. Só que o próximo rali era o de Portugal, que começava sempre com três passagens pela Serra de Sintra, cheia de gente - 500 mil pessoas era a média...

O inevitável aconteceu na segunda passagem. Três pessoas morreram, 40 ficaram feridas, a prova foi interrompida, os pilotos de fábrica resolveram boicotar o resto do rali, e o caminho ficou aberto para que Joaquim Moutinho pudesse triunfar, no seu Renault 5 Turbo2. Anos depois, num programa da BBC sobre o final dos Grupo B, ele contou - e tenho a certeza que o fez com dificuldade, porque recordar episódios dolorosos não é tarefa fácil - o relato do acidente na classificativa da Lagoa Azul, algo que nunca tinha assistido nem antes, nem depois.

O resto da temporada não foi boa, e ainda por cima, com o final do Grupo B, lá tinham de arranjar um substituto. Acabou por ser um Sierra Cosworth de Grupo A, no qual voltaram aos triunfos, é certo, mas não aos dias de gloria. A equipa encerrou as suas atividades no final de 1990, mas não sem antes ter brilhado nas estradas da nossa nação.

Para além disso, foi ele que esteve por trás de iniciativas como "Onde Está o Ás?", um Troféu monomarca, com Toyotas Startlet, e um dos que ajudou a implementar a Formula Ford em Portugal, em 1985, com a ajuda de muita gente, que convenceu Udo Kruse, o então presidente da Ford Lusitânia, a reavivar a competição mononarca que deu a conhecer gente como António Simões, Pedro Matos Chaves, Pedro Lamy, Diogo Castro Santos e Pedro Couceiro, entre outros.

O Dr. Miguel Oliveira, um senhor dos ralis e que marcou uma era do automobilismo português, morreu hoje, aos 83 anos de idade. E toda a gente deste meio sabe que agora estamos a curvar-nos em respeito a aquilo que fez e ao legado que deixou. Ars longa, vita brevis

O apelo de Lewis Hamilton


A coisa aconteceu na sexta-feira e passou um pouco desapercebida. Na apresentação do Mercedes W13, o carro da marca para 2022, e a reaparição oficial de Lewis Hamilton em público, depois do GP da Abu Dhabi, em dezembro, ele teve a oportunidade de falar sobre os eventos após a corrida e a pressão social que houve sobre Nicholas Latifi. Revelou que falou com ele nas semanas seguintes, onde o canadiano falou das ameaças que teve à sua vida, e disse que as redes sociais deveriam colocar alguns travões para evitar este tipo de situações no futuro.

“[Estive] em contato com Nicholas. Tem todo o meu apoio e sei o quão difícil pode ser nessas situações e acho importante ele saber que tem apoio das pessoas em seu redor. Por outro lado, podes ver que há muita paixão neste desporto. Isso é o que realmente torna este desporto tão bom – há tanta paixão. Mas temos que canalizar isso de uma maneira positiva e não negativa.”, começou por dizer.

Em última análise, não acho que tenha havido uma grande mudança ou mudança, ou trabalho suficiente feito por essas plataformas”, continuou Hamilton, dando eco a diversos problemas neste sentido nos últimos quatro anos. “Ainda temos que os pressionar para que façam mudanças. A saúde mental é uma coisa real e nessas plataformas sociais as pessoas estão a sofrer abuso de uma maneira que ninguém merece, então não deve ser tolerado. Eles são capazes de fazer mudanças, mas não parecem fazê-lo suficientemente rápido. Por isso, precisamos de continuar a pressionar.", concluiu.

As redes sociais são um fenómeno dos últimos quinze anos. O Facebook é de 2003, dois anos antes do Youtube e quatro antes do Twitter e do Instagam, para falar dos mais populares. Agregaram milhares de milhões de contas, e a sua movimentação rende dezenas de milhares de milhões de dólares. Não admira que Mark Zuckerberg, por exemplo, seja um dos homens mais ricos do mundo.

Contudo, há muito tempo que se sabe que estas redes sociais permitem que certos abusos aconteçam, em nome do lucro. Campanhas de ódio contra minorias, surgimento de "bots" e contas falsas, alimentados por políticos e estados hostis no sentido de espalhar a divisão e o ódio porque "é lucrativo", mais as coisas que os usuários mostram, muitas vezes inconscientemente - a refeição que eles comem, o carro que andam, o lugar onde viajam, a roupa que vestem - fizeram despertar graves problemas de saúde mental porque nem todos tem essa capacidade para comer quatro refeições ao dia, ter um Lamborghini, uma casa com dez quartos ou viajar para as Seychelles no seu próprio jato privado. 

Ou então, tem a cor errada, o peso errado, a carteira vazia e o facto de, para chegarem lá, teriam e viver algumas centenas de milhares de anos... vivemos num mundo desigual, e o Facebook cava ainda mais essa desigualdade, pelo menos na cabeça. E muitos não aguentam essa pressão. 


A história de Abu Dhabi foi mais um episódio de um longo rol de queixas sobre estas redes sociais e os seus maus usos. Agora... serão que estes apelos acabarão em algum lado? Não creio, não no curto prazo. Isto tem duas vias. Os famosos precisam das redes sociais para falarem sem filtros, e cortar esse caminho significa o equivalente a uma amputação. Estão viciados - aliás, estamos todos um pouco viciados - e o afastamento temporário de Hamilton das redes sociais significou isso mesmo: sanidade mental. Tentou desligar-se do mundo por uns tempos, o que não é fácil. 

As redes sociais precisam de ter algum controlo parental ou governamental. Contudo, como são americanas, "a terra dos livres" e "a pátria do anarco-capitalismo", onde qualquer intenção nesse sentido é visto como "tentativa comunista" - teve de haver um ataque ao Capitólio para expulsar um presidente americano da rede social Twitter depois de vários anos a destilar odio! - não creio que tal ideia tenha sucesso. Mais rapidamente acontece uma terceira guerra mundial ou uma segunda Guerra Civil americana, ou até alguns homicídios de famosos, que uma tentativa de regulamentação dessas redes. 

Infelizmente, são os tempos que vivemos. E a única coisa que se pode pedir é que as pessoas desliguem as redes sociais por mais algumas horas por dia - para além de ir dormir - para manter a sua sanidade mental. E esperar pelo melhor. 

W Series: Chadwick fica uma terceira temporada


A W Series anunciou esta terça-feira que Jamie Chadwick irá ficar uma terceira temporada, depois de ter conquistado os títulos de 2019 e 2021. Ela será piloto da Janner Racing, uma equipa formada pela americana Caytlin Jenner, e a mudança, que à partida poderia dar mais protagonismo á competição... arrisca mais a ser um embaraço.

Por agora, a reação de felicidade pela entrada de Chadwick na série e a chance de ser tri-campeã, algo que seria mesmo inédito. “Estou realmente entusiasmada por regressar à W Series para defender o meu título”, afirmou, citada pela Sky Sports. “Não pensei duas vezes quando fui convidada pela Jenner Racing. Estamos concentradas em fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ganhar o título número três. Falei com a Caitlyn Jenner e a sua visão para a equipa é espantosa. Tenho zero dúvidas de que ela poderá ajudar a levar a minha carreira ao próximo nível e abrir-me portas a nível internacional”, continuou.

Este é um grande ano de desenvolvimento para mim. Tenho planos para fazer um programa de corridas de apoio e não escondi o meu desejo de competir em Formula 3 e Formula 2. Mas o timing é tudo e a oportunidade que a W Series me dá de ter mais experiência competitiva em circuitos de classe mundial é um passo fundamental na minha jornada em direção a competir na Formula 1”, concluiu.

Para a CEO da competição, Catherine Bond Miur, a permanência de Chadwick na competição é uma enorme mais-valia. 


"Jamie é um talento excecional que elevou o talento e o perfil da W Series e inspirar a próxima geração de pilotos graças às suas performances em pista - que a consagrou como bicampeã da competição - e fora dela articulou a nossa missão de forma apaixonada, como a nossa competição merece. Estamos gratos por ela ter decidido ficar e defender o título e estamos ansioso por vê-la correr de novo em circuitos icónicos, incluídos no calendário da Formula 1, com a Jenner Team", afirmou.

Apesar de toda esta apreciação com a permanência de Chadwick na W Series, há um problema, que toda a gente começou a notar. Depois de 2021, se esperava que ela subisse na categoria, mas pelos vistos, isto poderá ser sinal de que o seu talento não foi suficiente para abrir um lugar numa Formula 2, por exemplo. Isto, se o seu objetivo for a Formula 1, do qual parece que começa a não ter muito tempo e poucos pontos - tem 23 anos e nem pontos suficientes para uma sessão de treinos livres ao serviço da Williams.

Logo, regressar a uma competição do qual não tem nada a provar - tem seis vitórias - demonstra que a essência da competição, que é levar as mulheres a outros patamares no desporto motorizado, para já, não está a acontecer. 

Para piorar as coisas, a alemã Sophia Florsch, sempre critica da competição, veio ao Twitter para criticar fortemente a criação da equipa Jenner, não entendendo os critérios de uma competição com máquinas iguais que vai acolher uma equipa... diferente.  

"A Jenner Racing é uma equipa? A W Series poderia explicar como definem [as suas] "equipas"? Todos os setups, os carros, as trocas de motores, são determinados centralmente pela organização. O organizador decide tudo. Então equipa significa apenas "autocolantes" no carro? Apenas marketing. Segregação.", comentou na sua conta no Twitter. 

Portanto, a chegada de Chadwick pode ter sido ao mesmo tempo, uma mais-valia... e uma maldição. 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Apresentações 2022 (9): O Alpine 522


O Alpine A522, o carro da marca para a temporada de 2022, foi apresentado esta tarde em Paris para o mundo. Com um novo patrocinador, que alterou um pouco as cores da marca para este ano, e com Fernando Alonso e Esteban Ocon como pilotos principais, com Oscar Piastri como piloto de testes, a marca espera subir mais um pouco na classificação geral, depois de terem conseguido uma vitória com o francês e um pódio com o espanhol. 

A apresentação foi surpreendente. A equipa colocou dois "showcars", uma no exterior, com cores rosa, do patrocinador austríaco BWT, e no interior, durante a apresentação, com o azul a dominar, com elementos rosa nos flancos e algum preto na parte da frente. Mas mais tarde na apresentação, revelou-se que nas duas primeiras corridas do ano, no Bahrein e na Arábia Saudita, o carro andará de rosa em predominância, trocando de posições quando chegarem à Europa.


O carro verdadeiro já está em Barcelona, onde os pilotos deram o seu "shakedown", antes de regressarem no dia seguinte para a cidade condal, para os testes de pré-temporada. 

Para Laurent Rossi, o CEO da Alpine, ele afirma que o objetivo mínimo para a equipa este ano é repetir o quinto lugar de 2021, mas espera que a equipa possa melhorar em 2022.

Temos múltiplas ambições”, disse Rossi, na apresentação, no canal do Youtube da marca. “O quinto posto é o mínimo que precisamos de atingir após o desempenho do ano passado. Até agora, atingimos os nossos objetivos e estamos satisfeitos com o progresso que estamos a mostrar, mas temos de ser realistas porque este ano ninguém tem trunfos. Não sabemos onde vamos estar até chegar à pista. Contudo, o que todos temos de ter em mente que não é onde começamos o mais importante, é onde terminamos. Precisamos de continuar a mostrar melhorias, visando a excelência operacional e o progresso ao longo do ano”.

Otmar Szafnauer, o novo chefe de equipa da estrutura francesa, depois de deixar a Aston Martin no inicio do ano, fez aqui a sua primeira aparição pública ao serviço da Alpine, afirmou acreditar no trabalho de equipa para atingir o sucesso da equipa.

Trago o meu espírito de liderança colaborativo. Ouvi o Luca [de Meo] dizer que é preciso que a ‘cola’ que nos mantém juntos é muito importante. Eu também acho que a ‘cola’ que nos mantém apontados na mesma direção é a chave”, começou por dizer. 

Acredito firmemente na paixão, no trabalho de equipa e no respeito pelo indivíduo. Temos de ser apaixonados pelo que fazemos, qualquer que seja a tarefa. A chave do sucesso de uma equipa de alto desempenho é, e sempre será, o trabalho de equipa. Controlaremos o que somos capazes de controlar, desfrutaremos da nossa viagem, e desfrutaremos das corridas porque é isso que estamos aqui para fazer. Com esta paixão e trabalho de equipa, o sucesso virá”, concluiu.


Quanto aos pilotos, apareceram depois de uma sessão de testes em Barcelona, Fernando Alonso estava feliz com a nova geração de monolugares, e que isso possa resultar em corridas mais emocionantes. 

É bom estar de volta e tenho trabalhado arduamente para estar pronto para a nova temporada. A ansiedade é muita depois das mudanças no regulamento terem sido adiadas devido à pandemia. O carro está fantástico com as novas regras em vigor e eu gosto da nova pintura. Temos um novo motor e estamos confiantes de que tivemos um bom desenvolvimento para esta nova geração de carros”, começou por dizer. 

Não saberemos onde todos estão até ao Bahrein, mas estamos entusiasmados por levar o carro para as suas primeiras voltas nos testes desta semana. Espero que os novos regulamentos funcionem e que este ano consigamos mais emoção nas corridas com lutas roda a roda”, concluiu. 

Já Esteban Ocon, que triunfou na Hungria, afirma estar entusiasmado com o A522 e pronto para a temporada que se avizinha.

Estou muito entusiasmado, claro, não só por ver o A522 pela primeira vez, mas também por conduzi-lo pela primeira vez esta semana. É sempre um privilégio pilotar um novo carro de Fórmula 1 pela primeira vez, pois sabemos todo o trabalho árduo que se tem desenvolvido nos bastidores de ambas as fábricas em Enstone e Viry, de todas as muitas pessoas talentosas que trabalham nos diferentes departamentos. Esse sentimento e responsabilidade são verdadeiramente únicos e muito especiais. Sinto-me preparado, sinto-me fisicamente preparado, por isso, vamos à pista e ver o que temos nas nossas mãos este ano”, comentou.

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Youtube NASCAR Video: Porque vale a pena ver Daytona 500

Hoje é dia de Daytona 500, um dos "troféus" da NASCAR, e claro, a prova de abertura do campeonato. Embora eu não seja enorme da competição, e ontem vi a prova de aquecimento acabar com gente a rasgar redes de proteção e arrancar motores, vale a pena ver o que é isto, a sua história e como ganhou popularidade nacional. 

Sim, a prova de 1979 está bem documentada neste video...

Já agora, o anfitrião é o Josh Revell.

A FIA não vai deixar entrar a Andretti?


Toda a gente soube na sexta-feira da inscrição da Andretti na Formula 1, a partir de 2024. E há rumores de que um segundo grupo está a trabalhar nos bastidores também nesse sentido. Eles sabem que as coisas estão a compor-se, com o "cost cap" entre as equipas, a entrada de alguns patrocinadores milionários e a descoberta deste mundo por parte das firmas de criptomoedas. 

Mas um artigo do Scott Mitchell, escrito no sempre bem informado site the-race.com, poderá deitar água na fervura. Segundo o site, uma fonte dentro da FIA afirma "não estar em posição de analisar entradas de novas equipas", e isso inclui a equipa Andretti Global, do Michael Andretti. Ainda por cima, segundo diz a fonte, em termos formais, nada chegou à sede da FIA, em Paris.

A FIA não está atualmente em posição de considerar ou comentar quaisquer manifestações de interesse ou solicitações recebidas de potenciais novas equipes em relação ao Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA.” disse a tal fonte ao the-race.com.

Apesar da Formula 1 não receber novas equipas desde 2016, quando chegou a Haas, esta apareceu depois desta ter sido convidada pela competição para apresentar um projeto, o que acedeu. E foi a única equipa que avançou, algo que não acontece agora. E também há outros obstáculos: a Formula 1 pede 200 milhões de dólares a novas equipas para entrarem na categoria máxima do automobilismo, pois a FOM distribui parte das suas receitas pelas dez equipas, e é o máximo que pretende distribuir. E o plano futuro da Liberty Media é fazê-las crescer e ser atrativas e lucrativas, segundo o modelo dos "franshisings" usados nas diversas competições americanas, desde o futebol americano até ao futebol mundial, passando pelo basket, baseball e hóquei no gelo, entre outros.

Contudo, há outra razão porque podem não estar muito interessados em ter a Andretti por ali. Com falatório insistente de que duas marcas do grupo Volkswagen a caminho da categoria máxima do automobilismo, Audi e Porsche - os anúncios de acordo entre a Audi e a Red Bull podem estar por dias - nada garante que a Formula 1 possa estar a apostar em duas entradas de fábrica para 2026, altura em que haverá modificações nas regras dos motores, o que faria ter o pelotão com 24 carros. E se tivesse a Andretti por lá, seria 26, e encheria a grelha no máximo que eles pretendem ter. Logo... isto pode ter a ver com a estratégia atual da Liberty Media. 

Claro, nada indica que esta proposta esteja condenada ao fracasso, mas precisa do consentimento das outras equipas para poder entrar em 2024, que é a temporada que pretendem estar prontos. É observar no que dará esta novela. 

Noticias: Steiner queria corridas alternadas no calendário


Gunther Steiner, o patrão da Haas, falou sobre o calendário e tem algumas opiniões interessantes. Para ele, apesar de um calendário grande, com 23 corridas, acha que algumas delas têm de aparecer com as opiniões dos fãs tidas em conta. E acha que uma variação nos circuitos, de forma alternada, seria uma boa alternativa.

O calendário, 23 corridas, é muito, mas se existe procura por parte dos fãs, se eles nos querem ver, temos de o fazer. Penso que devemos dar aos fãs o que eles querem, para que se mantenham leais”, começou por afirmar.  “Este ano temos o regresso de algumas corridas, algumas corridas muito, muito emocionantes: a corrida noturna em Singapura, voltar à Austrália, que é sempre uma das minhas corridas favoritas, e depois uma nova corrida em Miami, nos Estados Unidos, que é muito emocionante”, continuou.

Steiner ainda falou dos circuitos novos que entraram à custa do cancelamento de outras por causa da pandemia, como Istambul, Mugello e Portimão, elogiando a Formula 1 por ter encontrado uma solução, e pensa que, se a competição fizesse uma alternância em alguns dos circuitos, traria maior variedade ao calendário.

Eu diria que nos últimos anos tivemos coisas boas. Tivemos circuitos, que não estavam no calendário há muitos anos e regressamos e alguns dos circuitos que eram novos, como Portugal há dois anos, mas agora mudando um pouco, penso que dá um novo estímulo em vez de ter um calendário fechado, todos os anos o mesmo. É mais do mesmo. O que a pandemia fez e o que surgiu para a contornar, penso que foi muito bom. E agora voltando a algumas destas corridas, que realmente gostamos, penso que é excitante”, concluiu.

Falta um mês para o começo do campeonato, no Bahrein.