sábado, 30 de abril de 2016

Ralis: Acidente em Santo Tirso fere seis

O rali de Santo Tirso, prova a contar para o campeonato de ralis norte (CRN), terminou mais cedo devido ao despiste de um dos participantes. Do acidente, que aconteceu na sexta e última classificativa, a de Assunção/Valinhas, resultaram em seis feridos ligeiros.

Segundo conta o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto, o acidente ocorreu pelas 14.50 desta tarde, em Monte Córdova, perto de Santo Tirso. Para o local foram chamados os Bombeiros Tirsenses e os de Vila das Aves, tendo transportado os feridos para o hospital de Vila Nova de Famalicão. O percurso foi neutralizado, mas o rali não foi cancelado.

No comunicado oficial, a autarquia esclarece que o acidente ocorreu "quando uma das viaturas que participava na prova se despistou, tendo ido embater contra o perímetro de segurança".

"Face à situação, os espetadores que se encontravam no local fugiram e entraram em pânico. Registaram algumas quedas que levaram a ferimentos ligeiros de seis espetadores, com pequenas escoriações. Registou-se, ainda, um ferido com suspeita de fratura do maxilar", refere.

Garantindo que "todas as condições de segurança foram estabelecidas para a realização da prova", a Câmara Municipal e o Clube Automóvel de Santo Tirso dizem que "os sete feridos foram de imediato assistidos no local, graças ao plano de segurança da prova, e conduzidos para o Centro Hospitalar do Médio Ave", sendo que "nenhum espetador ficou, aparentemente, com ferimentos graves".

Já não é a primeira vez que acontecem despistes em ralis do norte de Portugal. Em setembro de 2014, nos arredores de Guimarães, três pessoas morreram e outras duas ficaram feridas após o despiste de um carro (na foto) no Rali Sprint de Guimarães. 

Formula 1 2016: Ronda 4, Rússia (Qualificação)

A quarta ronda da temporada de 2016 traz a primeira das modificações do calendário deste ano. Sete meses depois da última vez, a Formula 1 está na cidade olimpica de Sochi, onde vai correr o GP da Rússia, o palco onde a Rússia "putinista" mostrou todo o seu esplendor ao mundo. E o mais interessante ainda, é que vai ser a quinta vez que vai correr no fim de semana do 1º de maio, o famoso dia dos Trabalhadores na "Mãe Rússia", e que nos tempos da União Soviética, era o segundo feriado mais importante do ano, e onde mostrava todo o seu poder militar na Praça Vermelha...

Aqui não há Praça Vermelha, mas a Formula 1 neste circuito, desde que anda por aqui, no outono de 2014, tem sido um verdadeiro desfile de carros, sem nada de interessante para contar. Pode ser que nesta terceira edição, haja algo diferente, mas num tilkódromo destes, pedir por mais milagres como no Bahrein é um pouco como abusar da sorte. Mas como a ilha do Golfo Pérsico se tornou mais interessante desde que se tornou numa prova noturna, pode ser que essa seja a esperança, ao colocar na primavera.

Mas Sochi já foi palco de algo interessante, quando se viu os Red Bull de Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat com os novos protetore para a cabeça. À parte as criticas de Lewis Hamilton - que parece sonhar em correr com o W196 de 1955... - muitos acharam que foi encontrado um vencedor, e provavelmente é algo do qual faz lembrar a história da caneta especial da NASA e o lápis que os russos usavam para escrever no espaço: por vezes, a melhor solução é a mais simples.

Dito isto, não havia muitas expectativas em relação à qualificação. Sebastian Vettel iria ser penalizado em cinco lugares por causa da troca na caixa de velocidades, depois de ter ficado parado numa das sessões de treinos livres de ontem, e no máximo dos máximos, irá largar do oitavo posto. A qualificação começou sem grandes incidentes até que... a organização avisou que iria investigar Lewis Hamilton por ter aparentemente feito a Curva 2 fora dos regulamentos. Resultado final? Hamilton iria ter uma conversinha com os comissários de pista...

Mas enquanto nada se decidia, acabava a Q1, com os Sauber, os Manor e os Renault fora da Q2. Marcus Ericsson iria ser o último de grelha, atrás dos carros de Pascal Wehrlein e Rio Haryanto. Mas o mais interessante é que Felipe Nasr era meio segundo mais veloz do que Marus Ericsson. Contudo, isso não impedia que a Sauber continuasse nas ruas da amargura.

Na Q2, houve alguns incidentes, como por exemplo, um espelho no carro de Daniel Ricciardo que ganhou vida própria e foi nadar para o Mar Negro... mas no final, foi um pouco mais do mesmo: os Haas de Romain Grosjean e Esteban Gutierrez, os McLaren de Fernando Alonso e Jenson Button, o Force India de Nico Hulkenberg e o Toro Rosso de Carlos Sainz ficaram pelo caminho. Isto queria dizer que o outro Toro Rosso de Max Verstappen, o outro Force India de Sergio Perez, para além dos Red Bull, Williams, Ferrari e Mercedes, iriam para a Q3. Algumas das expectativas, especialmente por parte dos McLaren, acabaram por não acontecer.

E nesta Q2, havia algo incrivel: a diferença entre Nico Rosberg e Sebastian Vettel, que tinha o terceiro melhor tempo, era de... 1,2 segundos! Não deveria ser aquela corrida em que os Ferrari iriam mostrar que estavam mesmo ao lado dos Flechas de Prata?

Mas pouco depois, Lewis Hamilton tinha problemas no seu carro e ficava de fora da Q3. Aparentemente, um problema no seu ERS fazia com que o carro ficasse parado e não alinhasse na fase final desta qualificação. Era a segunda qualificação com problemas para o inglês e parecia que o azar não fugia a ele neste seu inicio de temporada.

Parecia que seria mais uma pole-position para o filho de Keke Rosberg. E foi. Até teve o luxo de sair do carro a um minuto e meio do fim da qualificação, já que a sua concorrêmcia mais próxima estava eliminada. Restaria saber quem alinharia ao lado dele e acabou por ser... Valtteri Bottas. Na realidade, foi terceiro, atrás de Sebastian Vettel, mas como o alemão foi penalizado em cinco lugares - na realidade, sairá de sétimo - o grande beneficiado foi o finlandês da Williams. Com outro finlandês atrás de si, Kimi Raikkonen. Felipe Massa foi o quarto, na frente de Daniel Ricciardo e o Force India de Sergio Perez. Daniil Kvyat foi o oitavo "em casa".

Amanhã é dia de parada do 1º de maio... oops, corrida, e não se crê que ela seja emocionante. Mas nestas coisas nunca há certezas, pois afinal de contas, se não fossem as penalizações, esta qualificação teria sido ainda mais aborrecida, não é?

IndyCar: Ronda de Boston cancelada

A corrida de Boston da IndyCar Series, que deveria acontecer a 4 de setembro e que deveria ser a estreia da IndyCar naquele canto a nordeste dos Estados Unidos, foi cancelada esta noite. A noticia vem da imprensa local e a razão apontada tem a ver com divergências entre a entidade promotora e a câmara municipal da cidade.

Segundo conta a americana Racer, o promotor da corrida de Boston, John Casey, admitiu numa entrevista ao jornal Boston Globe que a relação com os representantes municipais deteriorou-se e que considerar correr noutro local. "A relação entre nós e a cidade não está a funcionar", comentou, afirmando que as propostas do conselho municipal são "crescentemente irrealistas", nomeadamente a obtenção de mais licenças devido à passagem dos carros por zonas classificadas, pois têm edifícios com mais de cem anos de idade.

Assim sendo, Casey decidiu que não iria mais correr no centro da cidade e sim, arranjar um local alternativo no noroeste americano, para não perder a vaga existente no calendário, já que a primeira semana de setembro é o "Labour Day", um importante feriado americano. 

"Esta corrida vai acontecer", afirmou Casey. "O calendário foi estabelecido antes de nós. Haverá sempre obstáculos, feitos pelo homem ou pela natureza. Com um grande evento como este numa grande cidade metropolitana como esta, já conhecemos todos os obstáculos, conquistamos todos esses obstáculos, e qualquer coisa que surja entre agora e o dia 2 de Setembro, iremos vencer porque temos o apoio do estado, da cidade e da maioria da população", concluiu.

A organização da IndyCar já manifestou o seu desapontamento pela decisão, e espera que a questão seja resolvida o mais atempadamente possivel. "Estamos obviamente desapontados com estas noticias vindas da imprensa e estamos no processo de recolha de dados adicionais. Iremos responder em conformidade no momento apropriado", disse o comunicado. "Nesta fase, a IndyCar acha prematuro fazer mais comentários sobre a situação de Boston ou a perspectiva de um evento alternativo", concluiu.

A corrida de 4 de setembro seria a penúltima ronda do campeonato deste ano. 

TCR: Peugeot escolheu os seus pilotos

Os franceses Gregory Guilvert e Jimmy Clariet são os pilotos escolhidos pela Peugeot para correr com o modelo 308 na ronda belga da Touring Car Racing, no próximo fim de semana, e será a estreia do carro na competição. Os automóveis, preparados pela Sebastien Loeb Racing, serão entregues a pilotos relativamente desconhecidos fora de França.

Guilvert, de 34 anos, é piloto de testes da Peugeot, tendo participado no desenvolvimento do CZ Racing Cup, no Pikes Peak, e mais recentemente no 308 Racing Cup. O francês tem no seu currículo também vitórias nos GT's e no Supertourisme francês. Por seu lado, Clairet, de 25 anos, foi o vice-campeão do troféu francês 208 Racing Cup na temporada de 2014. 

Para além do TCR International, a Peugeot Sport tem também planos para participar este ano no ETCC europeu e no VLN, o campeonato de Endurance alemão.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

A(s) image(ns) do dia


Depois de vermos o carro nas boxes, agora foi a vez de o ver na pista. Claro, os detractores começaram a gozar com o aspecto do carro, mas é o que temos quando as coisas acontecem. E quando vês que as justificações começam a roçar o ridículo, é porque já falamos de gostos, e gostos, como sabem... não se discutem.

Os tempos foram secundários nestes treinos livres (apesar de tudo, Daniel Ricciardo foi sexto, e Daniil Kvyat o oitavo) mas o carro até não ficou mal de todo. Contudo, sou da geração onde até aos eventos de Imola, o piloto só tinha o capacete a protegê-lo e nada mais. Nem HANS, e até os ombros ficavam relativamente destapados. Mas como já tinha dito ontem, no passado, os carros tiveram viseiras relativamente altas, e eram relativamente eficazes.

Mas o que já aprendi com o tempo é que quando as pessoas se queixam por tudo e por nada, o problema não é do assunto em si, mas das pessoas em si. E sobre isso, é melhor seguir em frente e fazer o que é correto.

Equipas e Formula 1 chegaram a acordo sobre os motores até 2020

As equipas de Formula 1 chegaram esta semana a acordo sobre o regulamento dos motores até ao final da década. Segundo conta a Autosport britânica, o novo acordo tem a ver com o custo, o ruído, a disponibilidade, desenvolvimento e a performance dos motores V6 Turbo de 1.6 litros. O anuncio foi feito esta tarde em Sochi, durante o fim de semana do GP da Rússia.

"A FIA tem o prazer de anunciar que, após um extenso trabalho feito em conjunto com os quatro fabricantes de unidades de energia envolvidas na Formula 1, e com o apoio do detentor dos direitos comerciais, chegou-se a um acordo global sobre as unidades de energia para o período de 2017-2020", disse a FIA, no seu comunicado oficial.

"O acordo foi aprovado por toda a estrutura da Formula 1, incluindo o Conselho Mundial de Automobilismo. Vai agora ser incluído nas regras técnicas e desportivas dos campeonatos de 2017 e 2018. O acordo global sobre as unidades de energia abrange quatro áreas-chave relacionadas com o preço de custo e da oferta, fornecimento, a convergência desempenho e o som das unidades de potência", concluiu.

Aparentemente, aquilo que as equipas e a FIA fizeram foi de reduzir para três o numero máximo de motores por ano, com algumas peças "standard" para todas as equipas, baterias e controlo eletrónico comuns, entre outros, para reduzir os custos de desenvolvimento. Os custos serão fixos para todas as equipas, ou seja, vão baixar bastante dos 15 milhões de dólares que a Mercedes pedia para ter as suas unidades de propulsão. E isso quer dizer que ideias como um propulsor independente, ao melhor estilo Cosworth, foi abandonado, e isso era uma ideia que Bernie Ecclestone queria adoptar.

Também vão mexer nos Turbos, que serão de uma certa forma, "nivelados por baixo" para que as performances entre as equipas fiquem mais próximas.  

quinta-feira, 28 de abril de 2016

CNR: Carlos Vieira vai ao Rali de Ferrol

O piloto Carlos Vieira vai alinhar na semana que vêm no Rali de Ferrol, no norte da Galiza, quarta prova do Campeonato de Espanha de Rali de Asfalto. O anuncio foi feito esta quarta-feira pelo próprio piloto na sua página do Facebook: "Agora é tempo de pensar em Ferrol, rali que não esperamos qualquer resultado de relevo mas que vai contribuir e muito para a minha adaptação aos Ralis", começou por dizer.

Ainda no post, Vieira falou também das suas dificuldades nesta adaptação aos ralis, no contexto de um início de ano complicado e de uma ainda curta carreira na competição. "Com muitos erros cometidos e ainda muitos por cometer, acredito que este é o caminho, e que dentro do devido tempo os erros vão diminuindo e os sucessos aumentando," afirmou.

Vieira tem feito algumas boas prestações a bordo do seu Citroen DS3 R5, mas os resultados não tem sido bons, pois não terminou nem o Rali Serras de Fafe, nem o de Castelo Branco. Pelo meio, esteve o Rali Sierra Morena, no campeonato espanhol de ralis de asfalto, onde também andou bem, antes de desistir.

A(s) image(ns) do dia


O novo "halo" apresentado pela Red Bull, esta quinta-feira, em Sochi. Parece ser mais prático que o apresentado pela Ferrari, e pelas fotos, Daniel Ricciardo não teve grandes dificuldades em sair do carro.

Não é uma novidade absoluta, pois nos anos 70, os carros tinham "para-brisas" relativamente grandes, e até havia uma espécie de pilar na frente dos carros, quase como que para permitir que o piloto escapasse relativamente bem do carro, em caso de capotamento. Basta ver os McLaren desse tempo, por exemplo.

Será prático? Deverá ser. E quanto às duvidas sobre se os pilotos não ficariam sufocados em caso de capotamento, é simples: basta regressar ao passado, onde os pilotos tinham linhas de oxigénio ligadas aos seus capacetes, que os permitissem respirar em caso de capotamento e fogo. Medidas essas que foram implementadas após os acidentes mortais de Jo Siffert, em 1971, e de Roger Williamson, dois anos depois.

Claro, haverá sempre detratores. Lewis Hamilton já chamou ao sistema da Red Bull de "escudo de choque" e prosseguiu: "Se eles vão fazer isso, então que fechem o cockpit de uma vez. Não façam as coisas pela metade. Ou faz direito, ou não faz. Essa tela é horrível, parece uma porcaria de escudo de choque. Aí teremos um carro de Formula 1 futurista, elegante, com um escudo de choque por cima".

Depois, mais calmo, justificou: "Quando eu entro no carro, eu sei que há um perigo. É um risco que quero assumir e é assim com todos os pilotos. Quando criança, você vê um carro de Formula 1 e pensa 'essa gente é louca, podem morrer a qualquer momento'. Todos, quando começam a ver Formula 1, vem dizer que é perigoso. É uma grande parte da razão pela qual pessoas gostarem [disto]", defendeu.

Portanto, a ideia de poder proteger os pilotos de objetos voadores é possível. Basta ser prática, e o resto é conversa. 

As corridas no 1º de maio

Pela primeira vez desde 1994, teremos uma corrida no 1º de maio. Parece que há certas datas que eram sagradas mas que o deixaram de ser, pelo menos, para esta geração. Mas vistas as coisas em termos de calendário, é apenas a sexta vez que tal acontece na Formula 1, e em quase todas estas ocasiões, aconteceu em Imola, palco do GP de San Marino.

Contudo, nos anos em que houve corridas nesta data, houve um pouco de tudo: aborrecimento, emoção, "humilhação", corridas no fio da navalha com resultados imprevisíveis. E curiosamente em duas delas, houve vitória brasileira. Conheça então as corridas que aconteceram nesse dia, uma delas não-oficial.


1 - Siracusa 1966


Esta corrida extra-campeonato aconteceu como aquecimento do GP do Mónaco, que iria acontecer dali a duas semanas, e que iria ser o arranque da temporada. Apenas 14 carros alinharam na corrida, com os Brabham e a Ferrari a inscreverem dois carros, com a Rob Walker Racing a colocar um Brabham e um Cooper para Jo Bonnier e Jo Siffert, respectivamente.

Jack Brabham e Dennis Hulme não conseguiram marcar tempos e alinharam no fundo da grelha. E a corrida não lhes correu tão bem, pois ambos desistiram devido a problemas de motor. Quem não teve problemas de espécie alguma foram os Ferrari de John Surtees e Lorenzo Bandini, que ficaram com as duas primeiras posições, e com David Hobbs a ser o terceiro no seu Lotus-BRM da Reg Parnell Racing, a uma volta dos carros vermelhos. 


2 - Espanha 1972


O Grande Prémio de Espanha desse ano era a primeira etapa europeia da temporada de 1972, depois da Formula 1 ter estado na Argentina e na África do Sul, com Jackie Stewart e Dennis Hulme a dividiram no numero de vitórias, mas com o neozelandês a liderar, graças à segunda posição conseguida na corrida argentina. Contudo, a procissão ainda ia no adro, pois outros pilotos eram candidatos à vitória, como o belga Jacky Ickx e o brasileiro Emerson Fittipaldi, que tinha sido segundo classificado em Kyalami.

Ickx foi o poleman, com Hulme em segundo, Fittipaldi em terceiro e Stewart em quarto. Na corrida de 90 voltas, Hulme (caixa de velocidades) e Stewart (acidente) tiveram problemas e desistiram, enquanto que Fittipaldi superou Stewart para vencer pela primeira vez na temporada, e conseguir ali a primeira das suas cinco vitórias, que lhe deram o seu primeiro título mundial. E foi aqui que José Carlos Pace conseguiu o seu primeiro ponto no Mundial, com um sexto posto, a bordo de um March. 

A corrida completa pode ser lida aqui


3 - San Marino 1983


A primeira de três corridas que aconteceram nesse dia em Imola foi marcada pela emoção. Quinta prova do Mundial daquele ano, era a primeira vez em que os Ferrari corriam ali após o desaparecimento de Gilles Villeneuve. Um ano (e uma semana) antes, Didier Pironi tirou a vitória ao canadiano numa manobra que ele próprio classificou como "traidora". Os acontecimentos dessa corrida levaram ao trágico desaparecimento do canadiano, duas semanas depois, nos treinos do GP da Bélgica, em Zolder.

Em 1983, no lugar de Villeneuve estava um dos seus melhores amigos, o francês Patrick Tambay. Este se qualificara na terceira posição, exatamente o lugar onde Villeneuve partira um ano antes. Os "tiffosi", no dia da corrida, pressionaram o francês para que honrasse o seu amigo, escrevendo no seu lugar no asfalto coisas como "corre per Gilles" ou "vince per Gilles". 

Na corrida, Riccardo Patrese liderou na maior parte da corrida, mas a seis voltas do fim, o italiano escorregou na curva Acquae Minerale, dando a liderança ao francês. O autódromo foi abaixo quando isso aconteceu, demonstrando que prefeririam um piloto na Ferrari do que um italiano na frente da corrida. Tambay chegou ao fim, conseguindo a sua segunda vitória na carreira, numa vitória emocional.

A corrida completa pode ser lida aqui.


4 - San Marino 1988


Em 1988, Imola era a primeira corrida em solo europeu depois da prova de abertura, no GP do Brasil, em Jacarépaguá. Na McLaren, Ayrton Senna queria mostrar que os problemas que tinha sofrido na corrida brasileira - ficou parado no arranque e depois foi desclassificado - não representavam aquilo que era. 

Senna conseguiu bater Prost na luta pela pole-position, mas ambos pareciam ser de outro mundo, pois tinham dado mais de três segundos à concorrência, espantando toda a gente acerca do McLaren MP4/4. A "humilhação" continuou na corrida, com ambos a darem uma volta à concorrência, com Senna a ganhar e a conseguir a sua primeira vitória ao serviço da McLaren. 

Nelson Piquet, no seu Lotus, ficou com o lugar mais baixo do pódio, na frente do Benetton de Thierry Boutsen. A corrida completa pode ser lida por aqui

O assalto chinês à Formula E

A Formula E vai apenas na sua segunda temporada, e apesar dos seus altos e baixos, parece atrair muita gente ligada à industria automóvel, especialmente da China. Apesar de ser o maior poluidor do mundo (ou se calhar por causa de ser o maior poluidor do mundo) está a apostar fortemente nas energias limpas, nomeadamente na eólica, na solar e na hidroelétrica. As suas várias marcas de automóveis estão a construir carros elétricos - ou a investir fortemente nessa área, em protótipos funcionais - e a Tesla já tem ali o seu segundo maior marcado para os seus carros. E parece que pode haver concorrência nesse campo.

Na Formula E já há uma equipa chinesa no meio, a NEXTEV, que tem Nelson Piquet Jr ao volante. Apesar dos seus resultados modestos, o pessoal por trás da NEXTEV sabe que é uma aposta de futuro e a firma que está por trás disto, a TCR, afirma ter cerca de mil milhões de euros só para investir na área. Não vai investir tudo no carro ou na equipa, mas quer construir carros de estrada, provavelmente numa parceria com alguma marca chinesa. Mas desde a semana passada, poderá haver outra marca chinesa na Formula E. Segundo conta o Joe Saward, a Aguri foi comprada por fundo de investimento chinês, a Chinese Media Capital (CMC), no sentido de investir na equipa. E é por isso que se justifica a chegada de Ma Qinghua à equipa na etapa de Paris, que vai ficar até ao final da temporada.

Os primeiros planos para os novos donos da Aguri são interessantes: comprar o sistema elétrico que o pessoal da e.dams tem nos seus carros - leia-se, a Renault - e instalar nos carros deles, para além de mudar o nome para Venucia, a marca elétrica criada pela Dongfeng. Que tem um acordo de parceria com... a Renault.

E com a possibilidade de ter uma corrida em Hong Kong no final deste ano, para acrescentar à jornada de abertura em Pequim, parece que os chineses pretendem dominar a Formula E, ou então, para aproveitar toda a tecnologia dos carros elétricos para fazer as suas próprias marcas e quebrar a ideia de que estes são para endinheirados. É certo que Elon Musk deseja concorrência, e que muita gente no mundo automóvel ainda está relutante sobre a eficácia do carro elétrico, mas parece que o Império do Meio não quer saber disso para nada e poderá fazer disto um meio de massa.

Contudo, pergunta-se porque a Formula E e não a Formula 1? Bom, há uma frase no post do Saward que explica tudo: "Os chineses têm muito dinheiro no momento e, portanto, é interessante perguntar por que eles estão comprando na Fórmula E quando eles podem ser capazes de adquirir equipas de Formula 1? Parece que a resposta a esta pergunta está no estado deste desporto neste momento. A tecnologia é obviamente interessante, mas a política e demografia [atual] não são"

Talvez os chineses poderão pensar na ideia depois da desaparição de certos obstáculos humanos...

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Rumor do dia: Formula E em Moscovo pode ser cancelada

Já se falava no fim de semana passado, quando a Formula E estava a correr nas ruas de Paris, e as dificuldades tinham sido confirmadas pelo próprio Alejandro Agag, mas esta quarta-feira parece que a corrida da Formula E em Moscovo irá ser cancelada. Apesar do anuncio ainda não ser oficial, é quase oficiosa, segundo conta o site Motorsport

Aparentemente, a razão pelo cancelamento tem a ver com divergências entre os vários promotores dentro da cidade de Moscovo, e a organização da Formula E está a ver que com a dificuldade que eles têm para saber a quem falar, decidiram que o melhor será não realizar a prova. 

Caso o cancelamento aconteça, o calendário será reduzido para dez corridas (uma delas dupla), como também faltará apenas três rondas para acabar o campeonato: a corrida de Berlim e a ronda dupla de Londres, que vai acontecer entre os dias e 2 e 3 de julho.

O mal-entendido de Julien Ingrassia

Poucos dias depois do Rali da Argentina, parece que rebentou uma polémica dentro do mundo dos Ralis. Julien Ingrassia, navegador de Sebastien Ogier, decidiu "desancar" nos pilotos locais, defendendo que eles não deveriam participar, pois prejudicam o andamento dos pilotos de fábrica, como o de Ogier. 

É antidesportivo e não muito engraçado, que estejamos à espera de terminar em terceiro ou quarto nas segundas passagens por que alguns ‘potes de iogurte’ (no caso em particular, um Ford Ka) de duas rodas motrizes, que correm sob as regras nacionais, não criam as mesmas linhas que um WRC. Por isso, ao sermos o primeiro carro nas segundas passagens, temos de fazer novas linhas ao longo das etapas (como nas primeiras passagens)”, contou o piloto francês à cadeia belga RTBF.

Curiosamente, Ogier e Ingrassia começaram a correr (e ganhar o Junior WRC) em 2008 a bordo de um Citroen C2, que basicamente era o "pote de iogurte" do qual ele reclama tanto...

Contudo, poucas horas depois, Ingrassia escreveu na página de Facebook do grupo "Doidos por Rally" e esclareceu o que ele queria dizer na realidade, afirmando que respeita sempre os pedidos da organização de colocarem os pilotos locais nos seus ralis, e que apenas estava a comentar sobre a prioridade dada a esse tipo de carros em relação aos "carros largos e com quatro rodas motrizes como o Polo".

"Não tenho nada contra qualquer tipo de carros no WRC - e seria muito estupido se pensasse assim, pois não há muitos anos andava num "205 GTi" ou num "206 Cup", gastando as minhas energias e divertindo-me muito", comentou. 

"Foi uma situação totalmente fora do contexto numa entrevista - sim, chamei de 'pote de iogurte' a um Ford Ka, lamento se magoei alguém - mas foi apenas para construir uma imagem de comparação com um "Polo de quatro rodas motrizes". Se forem ler a entrevista completa, não tenho nada contra esses carros, apenas sou contra a sua ordem de largada!", concluiu.

Como podem ver, tudo não passou de um mal-entendido, e é sempre bom ver alguém que esteja disposto a esclarecer tudo, como o próprio navegador do piloto tricampeão do mundo de ralis... 

O piloto do dia - Peter "Possum" Bourne

Por estes dias, a Nova Zelândia comemora a primeira vitória de Hayden Paddon, piloto da Hyundai que conseguiu resistir aos ataques de Sebastien Ogier e subir ao lugar mais alto do pódio no Rali da Argentina. Contudo, muito antes de Paddon, a Nova Zelândia teve o seu herói nos ralis que foi um dos maiores na Oceania, e fiel à Subaru. Vencedor por várias vezes de campeonatos nacionais e regionais, era presença frequente no Mundial de Ralis, fazendo performances dignas de registo, sempre num Impreza. 

Pelo meio, sofreu um desgosto pessoal que fez repensar tudo, mas regressou aos ralis para poder sair condignamente. Mas o seu fim, numa subida de montanha em 2003, comoveu o país. Hoje falo de Peter “Possum” Bourne, o homem que colocou o seu país no mapa muito antes de Hayden Paddon. 

Peter Raymond George Bourne nasceu a 13 de abril de 1956 em Pukekohe, nos arredores de Auckland. Amante da velocidade, um certo dia à noite, quando ia para casa num Humber 80 da sua mãe, sofreu um acidente ao desviar-se de um animal, evitando o seu atropelamento. O animal era um “possum”, uma espécie de roedor, e a lenda desse seu acidente fez com que ficasse com o apelido do animal para a sua carreira.

Começou a correr no final dos anos 70 com um Ford Cortina, acabando no terceiro posto num rali local. O gosto ficou. “Foi nesse momento que decidi tentar a minha sorte e ser um dos melhores neozelandeses nos ralis”, contou anos depois ao site rally.com.au.

Contudo, o seu grande momento foi em 1983, quando conseguiu o apoio da Subaru New Zealand, que lhe providenciou um modelo RX para correr no campeonato nacional. No Rali da Nova Zelândia desse ano, a contar para o Mundial, terminou na sexta posição. No ano seguinte, foi oitavo no mesmo rali, e em 1986, participou em três ralis do Mundial, sendo oitavo no Olympus Rally. Em 1987, Bourne participou em mais três ralis e conseguiu o seu melhor resultado de sempre, um terceiro lugar no Rali da Nova Zelândia.

Com o passar dos anos, e o maior envolvimento da Subaru no mundo dos ralis, Bourne passou a fazer parte da equipa, especialmente na zona da Asia-Pacifico. Em 1990, com o novo modelo Legacy, Bourne foi quarto na Austrália e quinto no seu rali natal, conseguindo assim a sua melhor classificação de sempre, no 14º posto da geral. E no ano seguinte, conseguiu o seu primeiro grande título, o de campeão neozelandês de ralis, num Legacy.

Por esta altura, Bourne tinha como navegador Roger Freeth. Doutorado em Fisica, Freeth já tinha navegado pilotos como Pentti Airikkala ou Neil Allport, antes de em 1987 começar a navegar com Bourne, no Rally RAC britânico. Cedo se tornaram bons amigos, e foi com ele que conseguiu alguns bons resultados no Mundial de Ralis, nomeadamente o quarto posto no Rali da Austrália de 1990. Freeth também era um piloto experimentado, especialmente nos Turismos neozelandeses.

Em 1993, Freeth e Bourne iriam andar juntos nos ralis da Nova Zelândia e Austrália. Na sua terra natal, andaram bem e acabaram na sexta posição, mas a 18 de setembro, no primeiro dia do Rali da Austrália, aconteceu o desastre. O Impreza perdeu o controlo e acabou contra uma árvore, matando Freeth e ferindo Bourne. A recuperação física foi rápida, mas a mental durou algum tempo, pois sentia-se algo culpado pelo acidente que matou o seu navegador e amigo. Talvez por isso ele não tenha saboreado muito bem o seu título no campeonato Ásia-Pacifico desse ano, repetindo a proeza no ano seguinte.

Em 1996, recuperado dos ferimentos e encorajado pela família de Freeth em continuar (a matricula do seu carro de ralis tinha as letras “ROJ” em sua honra), correu no campeonato australiano e vencendo-o. Seria o primeiro de sete títulos seguidos, que continuaria até 2002. Pelo meio, no ano 2000, voltaria a ser campeão no troféu Ásia-Pacifico. E ainda iria haver participações na equipa oficial da Subaru, nos ralis da Australia e Nova Zelândia, sendo quinto classificado na edição de 1999 do rali neozelandês e sexto na edição de 2000 do mesmo rali.

Bourne, por esta altura, já tinha uma legião de seguidores no seu país, e o seu nome ficou indissociado à Subaru. Tanto que a marca lhe deu um carro personalizado para ele, e a sua garagem fazia parte da rede de preparadores da marca asiática.

Em 2003, Bourne iria competir no Grupo N do Mundial de Ralis, e iria participar em sete ralis dessa competição a bordo de um Subaru Impreza WRX. Tinha sido quarto na sua categoria no rali da Suécia, ao lado do seu navegador Mark Stacey.

A 12 de abril daquele ano, véspera do seu 47º aniversário, Bourne estava na sua Nova Zelândia natal para ensaiar no Race to the Sky, um percurso de montanha situado na zona de Dundein no sul do país. Bourne não era estranho ao percurso de 14,5 quilómetros, todo feito em gravilha e com 145 curvas, pois tinha ganho ali em 2001, num Subaru Impreza. 

Nesse dia, Bourne guiava um Subaru Forrester para memorizar o percurso quando, numa curva, surgiu um Jeep Cherokee guiado por outro piloto, Mike Barltrop. O choque foi frontal, com Bourne a sofrer graves ferimentos na cabeça. Após dezoito dias nos cuidados intensivos, a família decidiu desligar os aparelhos de suporte de vida, acabando por morrer aos 47 anos de idade.    

Dois anos depois da sua morte, o tribunal de Dundein declarou Barltrop como culpado de "condução perigosa" e o multou em dez mil dólares neozelandeses, suspendeu a sua carta de condução por 18 meses e o condenou a cumprir 300 horas em trabalho comunitário.

O legado de Bourne continua forte na Nova Zelândia. Quando morreu, tinha acabado de lançar a sua autobiografia, e depois disto, a familia e amigos decidiram fazer um fundo para cuidar da educação dosa seus três filhos ainda crianças, e existe um Possum Bourne Memoral Rally, que se realiza todos os anos na sua Pukekohe natal. A partida é feita na praça principal da cidade, onde está instalada uma estátua do piloto.

terça-feira, 26 de abril de 2016

A imagem do dia

Daniil Kyvat faz hoje 22 anos, na semana em que irá disputar o GP da Rússia pela segunda vez na sua carreira, e numa altura em que está em "estado de graça" por ter subido ao pódio pela primeira vez nesta temporada, com o terceiro lugar no GP da China. 

O franzinho piloto russo, da cidade de Ufa, na Rússia central, procura ainda o seu lugar ao sol na Red Bull, após uma primeira época onde esteve mais a aprender do que a tentar bater o seu companheiro de equipa, Daniel Ricciardo. Até agora, não deslumbrou, mas o pódio de Xangai pode ser considerado como um incentivo, apesar do australiano ser mais consistente - só tem quartos lugares até agora.

Potencial para ser campeão? Até pode ter, afinal de contas, foi ele que ficou com o lugar que muitos julgavam que seria de António Félix da Costa, no final de 2013. E não se pode dizer que daquilo que fez, ainda não deslumbrou, nem desiludiu. Afinal de contas, vivemos um dominio da Mercedes, embora parece que alguns dizem que as coisas em 2016 poderão ser um pouco mais equilibrados.

O grande problema para Kvyat é que nestas coisas da Red Bull, eles têm de meter em 2017 o rapaz da Toro Rosso. E parece que o novo rapaz da equipa é melhor do que temos visto até agora. Max Verstappen é o tal rapaz que a Red Bull queria desde os tempos de Sebastian Vettel, e um deles vai ter de ir. É verdade que o pódio em Xangai é um bom principio, mas Ricciardo é mais consistente até agora, e ele precisa de mais pódios para ficar no lugar.

E esse é o seu grande desafio. Veremos como será em Sochi. Até lá, parabéns, Danill!

Dakar: Apresentada a edição de 2017

Foi hoje apresentado em Paris o Dakar de 2017, e a grande novidade é que o Paraguai será inserido no rali. Este vai arrancar a 2 de janeiro de Assuncion, a capital paraguaia, para depois percorrer a Argentina e a Bolivia, para depois regressar e terminar no dia 14 de janeiro em Buenos Aires, tal como aconteceu este ano.

A inclusão do Paraguai vai fazer com que este seja o quinto país sul-americano a ser incluido no lote, depois de Argentina, Chile, Bolivia e Peru. A prova sairá de Assuncion - ainda não se sabe se haverá alguma etapa em solo paraguaio - para depois se dirigir para o norte da Argentina e passar pelo Salar de Uyuni, no sul da Bolivia, e pelo Lago Titicaca, antes de um dia de descanso na capital, La Paz. Depois, voltarão para a Argentina, descendo dos Andes e rumando para Buenos Aires, num percurso que os organizadores dizem que será próximo daquele que tiveram em 2016.

O percurso completo será apresentado em maio, em Barcelona.


"Fair play" automobilistico

Manifestações de "fair play" são raras, ainda por cima quando vivemos numa era de fanatismos, onde se mata por ter a "camisola" errada. Bem têm razão quando os adeptos de rugby dizem aquela velha frase: "O rugby é um desporto de brutos praticado por cavalheiros, enquanto que o futebol é um desporto de cavalheiros praticado por brutos..."

O automobilismo não é o desporto-rei, mas por estes dias tem-se visto manifestações de desportivismo, com adversários a elogiarem-se mutuamente pelas suas prestações. E hoje, calharam na mesma modalidade, o rali.

Nas nossas bandas, tivemos o Rali de Castelo Branco, e os pilotos que estiveram na luta pela vitória, João Barros e José Pedro Fontes, elogiaram-se um ao outro pelas suas performances. Fontes, o piloto derrotado, deixou uma mensagem de apreço no Facebook do seu adversário:

Parabéns João, temos tido grandes lutas e sempre a desfrutar da paixão que temos, conseguimos criar uma amizade! Se há alguém que merece esta vitória és tu, por todo o investimento e paixão que pões no nosso desporto! Precisamos de ti no CNR!”, escreveu.

Ao mesmo tempo, lá fora, Sebastien Ogier teve um elogio semelhante ao vencedor do Rali da Argentina, o neozelandês Hayden Paddon, afirmando que o piloto da Hyundai mereceu o triunfo pela competitividade que demonstrou no rali. “Tenho de dizer que sou um piloto competitivo e não gosto de ser segundo, mas é muito mais fácil aceitar ser batido desta forma. A diferença foi feita pelo trabalho ao volante. Eles estiveram bem e merecem o triunfo”, comentou francês, bicampeão mundial do WRC.

Só lhes ficam bem. E o automobilismo só tem a ganhar.

Vimeo Motorsport Documentary: Senna vs Brundle

Senna vs Brundle from Mario Muth on Vimeo.

Em mais uma semana que se assinala o desaparecimento de Ayrton Senna, saiu hoje um documentário sobre a temporada de Formula 3 de 1983, onde o brasileiro teve um duelo titânico com o britânico Martin Brundle pelo título na mais prestigiada competição de acesso no automobilismo mundial, que até então já tinha consagrado nomes como Jackie Stewart, Emerson Fittipaldi, Roger Williamson e Nelson Piquet.

Realizado por Mario Muth, tem entrevistas por parte do próprio Brundle, dos diretores das equipas em que ambos corriam, Dick Benetts (da West Surrey Racing, de Senna), Eddie Jordan (da sua própria equipa, de Brundle) e jornalistas como Simon Arron, David Tremayne e Murray Walker, e o fotógrafo Keith Sutton.

O documentário completo está disponível no site e pode ser comprado por 7,49 euros.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

A imagem do dia (II)

Michele Alboreto desapareceu faz hoje 15 anos, um acidente que aconteceu durante os testes que fazia para a Audi no circuito de Lausitzring.

O italiano, então com 44 anos, tinha vencido no mês anterior as 12 horas de Sebring, e de uma certa maneira, já tinha recuperado boa parte da imagem que tinha ficado algo danificada com a sua passagem pela Formula 1, onde depois de Tyrrell e Ferrari, regressou à equipa de Ken Tyrrell por seis meses, e depois, passou por Larrousse, Arrows, Lola e Minardi, saindo pela porta pequena aos 37 anos de idade.

A Endurance foi a sua reabilitação, e curiosamente com um velho amigo seu da Formula 1, o sueco Stefan Johansson, que foi seu companheiro na Ferrari e Arrows, que aliado com um dinamarquês que tinha andado bem na Formula 3000, mas não tinha espaço na Formula 1, decidiu a sua sorte ao volante de um BMW. O resultado foi a vitória nas 24 horas de Le Mans de 1997, que recolocou todos na ribalta até esse jovem dinamarquês, que descobriu na Endurance a sua casa. O seu nome era Tom Kristensen, e iria vencer ali mais nove vezes.

Alboreto depois foi para a equipa oficial da Audi e voltou a ser feliz no automobilismo, até ao seu fim, e de uma certa maneira, teve o destino do seu ídolo, e inspirador do seu capacete azul e amarelo, Ronnie Peterson. Deixou a sua marca e uma legião de fãs, que ainda hoje, sentem saudades dele.

A imagem do dia

Felipe Massa faz hoje 35 anos de idade. Parecendo que não, já é um dos veteranos da Formula 1, pois está a fazer a sua 15ª temporada na categoria máxima do automobilismo. Piloto da Sauber, Ferrari e agora da Williams, prometeu e teve desilusões. Quase venceu e sofreu um grade desgosto, andou nos limites e esteve à beira da morte.

Sei que muitos esperavam que ele fosse um digno sucessor dos brasileiros campeões, como Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, mas alguns apontam mais para Rubens Barrichello, outro veterano com 21 anos de carreira, sem alcançar títulos. Houve exemplos disso, especialmente no famoso episódio do GP da Alemanha de 2010, em que cedeu perante Fernando Alonso às exigências da sua equipa, a Ferrari. E parecia que na Scuderia, passa a ideia de que os pilotos brasileiros são bons para secundar e não para liderar.

Talvez não tenha estofo de campeão, mas colocá-lo como perdedor é redutor, para não falar num insulto. Após este tempo todo, quem já dizia que iria ter uma despedida melancólica da Formula 1 na Williams, está a ver que não é bem assim. Em muitos pontos, está a par, batendo frequentemente Valtteri Bottas, oito anos mais novo do que ele e que muitos dizem que tem material de campeão. O problema é que Bottas não consegue "esmagar" o veterano nestas três temporadas em que tem corrido juntos, o que até poderá prejudicar a sua ascensão na carreira.

Poderemos dizer que Massa tem uma carreira digna e mereceu estar na Formula 1 neste tempo todo, ganhando o respeito dos entendidos na questão.

Falta a Massa voltar a ganhar nesta sua nova vida na Wiliams. Aliás, essa vitória até poderia ser uma vingança contra aquele que diziam que ele estava acabado depois do seu acidente no GP da Hungria de 2009, com a mola que o atingiu no seu capacete, não acabando a sua carreira por muito pouco. Já não dá para voltar a ser campeão do mundo, mas seria um final de carreira digno para ele. 

Até lá, desejemos-lhe um feliz aniversário e que goze bem este dia. Parabéns, Felipe!

Youtube Formula 1 Classic: Brands Hatch 1970


Descobri isto esta tarde e posso não estar longe da verdade quando digo que este é provavelmente a mais antiga gravação a cores de um Grande Prémio de Formula 1, e provavelmente a única dessa temporada dessa forma, pois todos os outros são a preto e branco, e conheço as gravações das corridas alemã, austríaca e italiana, pelo menos.

Esta foi a corrida onde Emerson Fittipaldi se estreou na Formula 1, e foi ganha por Jochen Rindt, batendo o carro de Jack Brabham. Mas nestas imagens das primeiras voltas, o piloto que estava na frente era o Ferrari de Jacky Ickx. A transmissão televisiva foi feita pela ITV, pois não era como agora, onde se compravam temporadas inteiras. Era corrida a corrida.

Mas mesmo assim, são imagens raras. Espero que gostem.

CNR: As declarações dos três primeiros

No dia seguinte à realização do Rali de Castelo Branco, João Barros, José Pedro FontesMiguel Campos deram as suas impressões sobre as suas prestaões. Se João Barros era um homem feliz pela sua prestação, José Pedro Fontes estava conformado pelo segundo posto, graças ao erro que deu em pião e se tornou decisivo para o rali. No caso de Miguel Campos, que ficou com o lugar mais baixo do pódio, ele manifestava a sua satisfação com um Skoda Fabia R5 que ainda não está no seu melhor, pois acabou a mais de 30 segundos do vencedor, João Barros, e nunca esteve suficientemente próximo de interferir na luta pela vitória, apesar de rodar em tempos relativamente próximos.

Desde o princípio que sabia que havia três pilotos que condições para vencer: Eu, o Fontes e o Campos. Acabei por ser eu e o José Pedro a discutir o rali até ao derradeiro troço. Ele deu-me uma grande luta. Tinha a noção que um erro ditaria a vitória no Rali de Castelo Branco e acabou por pender para o meu lado. Esta é uma prova muito bonita de que eu gosto bastante. A luta foi espectacular porque nos fez andar sempre no limite”, afirmou o piloto do Ford Fiesta R5, que provavelmente com esta vitória, irá fazer todo o campeonato nacional de 2016.

Já Fontes não escondia a desilusão pelo resultado, mas teve fair play suficiente para dar os parabéns ao vencedor e elogiar a luta que teve pela liderança.

Na primeira curva da oitava especial do rali fiz um pião. Foi um erro meu. Sabia que tinha de dar o máximo e acabei por ultrapassar os limites. Mas o resultado foi bom para o campeonato. Quero dar os parabéns ao João porque foi um justo vencedor.”, comentou.

Já o piloto do Skoda Fabia R5, que voltou este ano aos ralis a tempo inteiro, o piloto de Guimarães exprimiu no seu Facebook as suas impressões sobre como correu a segunda prova do campeonato de 2016: 

Estou satisfeito com a nossa prestação. Antes da prova, fizemos um breve teste mas não tínhamos termo de comparação com a concorrência. Sentimos que os nossos adversários estão num patamar de evolução acima e trabalhámos ao longo de toda a prova no sentido de melhorar. Fizemos várias alterações de afinações e reunimos informações importantes para sermos mais competitivos nas próximas jornadas de asfalto”, começou por explicar.

De manhã fiz alterações que resultaram e que melhoraram o carro. À tarde voltámos a mexer e fazer pequenas mudanças. Mas não foram positivas e como não era possível sermos tão rápidos optámos por gerir o terceiro lugar. Nas zonas mais encadeadas não conseguimos acompanhar o Citroën e o Ford”, concluiu.

O campeonato regressa no inicio de junho para o Rali dos Açores.

domingo, 24 de abril de 2016

CNR: João Barros vence em Castelo Branco

João Barros foi o grande triunfador esta tarde do Rali de Castelo Branco, depois de um aceso duelo com José Pedro Fontes, que ficou decidido num pião prejudicial a este. O piloto do Ford Fiesta R5 triunfou com 6,3 segundos de vantagem sobre o piloto da Citroen, num rali eletrizante. Miguel Campos, num Skoda Fabia R5, foi o terceiro classificado, a 31 segundos do vencedor.

Depois de José Pedro Fontes ter feito um arranque de sonho ao vencer as duas primeiras classificativas do rali e assegurar um avanço de dez segundos sobre João Barros e 14,3 sobre Miguel Campos, o dia de hoje tinha muitos motivos de interesse por causa das duplas passagens por São Domingos, Fonte Longa e Alvito.

As hostilidades começaram na primeira passagem por São Domingos. com Barros a vencer Fontes e encurtando a distância para 8,5 segundos. Miguel Campos era o segundo melhor na classificativa, relegando Fontes para o terceiro posto. Pedro Meireles era o quarto, mesmo tendo alguns problemas de motor no seu Skoda Fabia R5, com Carlos Vieira a ser o quinto nesta especial.

Na classificativa seguinte, a primeira passagem por Fonte Longa, Fontes reagiu e venceu, aumentando em 1,3 segundos a sua distância para Campos, enquanto que Miguel Campos voltava a ser terceiro, mas perdia tempo para os dois, alargando-se os 16,1 segundos a diferença para a liderança. Fontes voltaria a ganhar no terceiro troço do dia, e a diferença entre os dois alargaria-se para os 11, 1 segundos, enquanto que Campos continuava a ser o terceiro, mas a diferença para a liderança tinha-se alargado para os 24 segundos.

"O carro continua a esgotar as mudanças”, explicou José Pedro Fontes à entrada do reagrupamento. Apesar de tudo, estava confiante para os troços da tarde.

Atrás, Pedro Meireles, apesar de ter problemas no seu motor, aguentava o quarto posto e observava o andamento de Carlos Vieira, enquanto que Diogo Salvi era o sexto, depois de beneficiar com o abandono de Carlos Martins, vitima de problemas de direção no seu Skoda Fabia R5. Miguel Barbosa, ainda a adptar-se ao mundo novo dos ralis, era o sétimo, a mais de dois minutos e 46 de Fontes.

O espanhol Francisco Cima era o oitavo e o melhor nas duas rodas motrizes, com Diogo Gago bem atrás, a 20 segundos de distância, e Ricardo Teodósio continuava a recuperar posições, fechando o "top ten". Já Fernando Peres, penalizado por causa de problemas de motor, partiu esta manhã do 21º posto da geral e já recuperou cinco posições.

Pela tarde, era a vez da segunda passagem pelas classificativas anteriores, e foi aqui que se deu o momento decisivo. Na segunda passagem por São Domingos, José Pedro Fontes deu um toque e fez um pião, perdendo cerca de vinte segundos e a liderança do rali para João Barros. Miguel Campos beneficiou também dos azares de Fontes, mas não o suficiente para o desalojar do segundo lugar.

Fontes tentou recuperar tempo, e conseguiu reduzir a diferença para cinco segundos, mas na última especial do dia, Barros foi o vencedor, tirando um segundo ao tempo de Fontes e coloca o resultado final em 6,3 segundos a favor do piloto da Ford. Miguel Campos ficou com o lugar mais baixo do pódio.

Pedro Meireles, mesmo não tendo o carro no seu melhor, minimizou os prejuízos e foi o quarto, a um minuto e meio, 17,4 segundos à frente de Carlos Vieira, o quinto classificado da geral, no seu Citroen DS3 R5. Miguel Barbosa acabou no sexto posto, beneficiando dos problemas sofridos por Diogo Salvi, enquanto que Francisco Cima venceu o duelo das duas rodas motrizes com Diogo Gago, sendo oitavo e nono classificados, respectivamente, e outro espanhol Surhen Penya, fechou o "top ten".

O próximo rali do campeonato será o Rali dos Açores, entre os dias 2 e 4 de junho. Mas antes, alguns dos pilotos poderão andar no Rali de Portugal, entre os dias 22 e 24 de maio.

WRC 2016: Rali da Argentina (Final)

Hayden Paddon resistiu até onde pode aos ataques de Sebastien Ogier no Rali da Argentina e conseguiu vencer o seu primeiro rali WRC da sua carreira, e entrar na história como o primeiro neozelandês a conseguir isso. Paddon deu à Hyundai a sua segunda vitória desde o regresso da marca coreana ao WRC e posicionou-se para ser o principal adversário dos Volkswagen na luta pelo campeonato.

Com três especiais de classificação até ao final, e com Jari-Matti Latvala de fora da luta pela vitória, restava saber se Hayden Paddon iria resistir aos ataques de Sebastien Ogier à liderança, já que a diferença entre ambos não era grande. 

As coisas começaram bem para o francês, que conseguiu recuperar segundos atrás de segundos ao neozelandês, apesar de, por exemplo, Ott Tanak ter vencido na 16ª especial, a primeira passagem por El Condor. Paddon foi apenas quinto, com Ogier no segundo posto. Depois, Ogier passou ao ataque, na segunda passagem por Mina Clavero - Giulio Cesare, onde conseguiu reduzir a diferença para... 2,6 segundos! Ogier tinha ganho a especial, com 13, 6 segundos de diferença para o segundl classificado, Dani Sordo, enquanto que Paddon era o terceiro, perdendo 19,8 segundos na especial de 22,6 quilómetros.

Reduzido a quase mínimo para a Power Stage, a segunda passagem pelo mitico El Condor. Ali, os 16,32 quilómetros da especial iria decidir tudo neste rali, e Paddon conseguiu sacudir a pressão para ir a caminho da vitória na especial, e claro, no rali. No final, conseguiu uma vantagem de 11,2 segundos sobre Dani Sordo e 11,7 sobre Sebastien Ogier, para vencer o rali da Argentina, acabando com uma vantagem de 14,3 segundos sobre o piloto francês.

No final, Paddon era um piloto extremamente feliz com o que tinha alcançado: "Eu quase não posso acreditar! Eu dei absolutamente tudo nesta fase. Agradeço enormemente  a todos! Especialmente as pessoas que me seguem em casa, na Nova Zelândia, venho me preparando para isto nas últimas três semanas", afirmou. 

Já Ogier estava mais conformado: "Foi muito difícil, não consegui dar o máximo. Qualquer que seja o resultado, tem sido uma grande semana para nós e ótimo andar aqui", comentou.

Na geral, Anders Mikkelsen ficou com o lugar mais baixo do pódio, com um minuto e cinco segundos sobre o vencedor, e mais doze segundos sobre Dani Sordo, o quarto classificado. Mads Ostberg foi o quinto, mas já a quatro minutos e 56 segundos do vencedor, e na frente de Thierry Neuville, o sexto classificado. O local Marcos Ligato foi o sétimo, na frente do francês Eric Camili, de Henning Solberg e do melhor WRC2, o do peruano Nicolas Fuchs.

No campeonato, Ogier lidera com 96 pontos, contra os 57 de Paddon e os 52 de Mads Ostberg. A próxima prova do campeonato acontecerá entre os dias 20 e 22 de maio, com o Rali de Portugal.

WTCC: Bennani e Lopez triunfam na Hungria

O marroquino Mehdi Bennani e o argentino José Maria Lopez foram os grandes triunfadores esta tarde nas duas corridas do WTCC no Hungaroring. Em duas corridas marcadas pela chuva, a Citroen levou a melhor, enquanto que Tiago Monteiro, o líder anterior do campeonato antes de chegar à jornada húngara, teve sortes diferentes, ficando fora dos pontos na primeira corrida e sendo quarto na segunda, conseguindo mais doze pontos para o campeonato.  

O tempo já ameaçava chover quando os pilotos se preparavam para a primeira corrida. Com isso, muitos apostaram em colocar pneus "slicks" antes de prova, acabando prejudicados, e isso incluiu os dois pilotos na frente da classificação geral, "Pechito" Lopez e Tiago Monteiro. Em contraste, Gabriele Tarquini aproveitou a volta de aquecimento para colocar pneus de chuva no seu Lada e compensou. Quem também foi às boxes na volta de aquecimento foi Norbert Mischelisz, mas a razão fora diferente: o seu turbo tinha-se quebrado e acabou por não sair mais dali.

Mehdi Bennani também tinha colocado pneus de chuva e foi compensado, com uma liderança praticamente assegurada no inicio, enquanto que atrás, o Lada de Nicky Catsburg e o Citroen de Tom Chilton entraram em duelo pelo segundo posto, ao longo da corrida, com tudo a ser decidido na última volta, a favor do inglês. O sueco Frederik Ekblom foi o quarto e o melhor dos Volvos, na frente de Tarquini, que fez uma excelente corrida de recuperação e foi o quinto. 

Quanto aos pilotos da frente que decidiram manter os pneus secos, todos ficaram com uma volta de atraso. Robert Huff foi o melhor deles todos, mas apenas o 11º, na frente de Tiago Monteiro. José Maria Lopez, o "poleman", foi o 14º. 

A segunda corrida continuou com chuva, e as condições estavam a degradar-se lentamente. Depois de uma partida algo confusa, com Gregoire Demoustier a bater no final da reta, e Hugo Valente a colocar Norbert Mischelisz fora da pista, José Maria Lopez era o líder, com o Safety Car a ser chamado na terceira volta, para tirar o Citroen do piloto belga.

Quando o SC saiu de pista, Lopez começou a ser pressionado por Muller e os Honda de Robert Huff e Tiago Monteiro, numa altura em que as condições de aderência pioravam. Tarquini abandona na sexta volta, depois de um toque em Thed Bjork, ao mesmo tempo em que Muller falha a travagem e deixa escapar José Maria Lopez. Mas isso durou pouco tempo e o francês chegou-se à traseira do argentino.

Contudo, Muller não só não passava como Robert Huff já estava na traseira dos dois Citroen. Na volta 10, o inglês passou o francês e foi buscar o argentino. Contudo, na volta 12, os comissários de pista classificaram a ultrapassagem de Huff como "fora da lei" e ele teve de passar pela via das boxes, fazendo com que Tiago Monteiro subisse ao terceiro posto.

Contudo, por esta altura, ele era pressionado pelo Volvo de Thed Bjork. O sueco pressionava-o, e houve alturas em que ele esteve lado a lado, mas o português defendia-se. Atrás, Mischelisz subia até ao sexto posto, depois de ter passado Tom Chilton.

No final, o argentino voltava a vencer, dando uma dobradinha à marca francesa, com Muller a ser o segundo. Tiago Monteiro conseguia o quarto pódio da temporada em seis corridas, com Bjork no quarto lugar, e Mischelisz ia a caminho do quinto posto quando a suspensão traseira se quebrou. Mesmo assim, acabou nos pontos, na décima posição. Huff conseguiu subir até ao sexto posto, na frente de Bennani, o primeiro vencedor do fim de semana.

Na classificação geral, Lopez era o líder com 104 pontos, contra os 96 do piloto português. O WTCC volta à ação a 8 de maio, nas ruas de Marrakesh, em Marrocos.