sábado, 15 de agosto de 2020

Formula 1 2020 - Ronda 6, Espanha (Qualificação)

Nesta temporada atípica, com praticamente todas as corridas a acontecerem um fim de semana após o outro, porque estivemos parados por toda a primavera, ver um GP de Espanha em Agosto só mesmo em tempos destes. Chegou a haver dúvidas por causa do aumento do número de casos na Catalunha, com a obrigatoriedade da máscara em espaços públicos e a proibição de fumar, mas como Montemeló é longa do centro da cidade, e a Formula 1 vive numa bolha - fala-se que poderá haver público em Mugello, para um conjunto de selectos escolhidos pela Ferrari - isso não é um problema. Recorde-se que na Formula 1, só se adia ou cancela no último dos últimos recursos. Sem isso, o espectáculo continua.

E antes do espectáculo continuar, a Mercedes tinha dúvidas sobre a sua capacidade dos seus pneus no calor espanhol. Os eventos de duas semanas antes, em Silverstone, ainda estavam presentes, e sabendo que têm uma "kryptonite" em mãos, queriam saber se isso variava de pista para pista ou era mais permanente, por causa de algum defeito no carro. E isso queriam saber agora, num circuito de Barcelona que normalmente é dos mais aborrecidos do calendário, a par de Sochi.   

Com todos em moles, os Mercedes foram para a frente, mas foi Hamilton o primeiro a marcar, com 1.17,0, na frente dos Racing Point de Sergio Perez e Lance Stroll, na frente até de Valtteri Bottas, mas estes eram os primeiros tempos, enquanto atrás, Kevin Magnussen e Daniil Kvyat foram envolvidos num incidente que deu ocupação aos comissários de pista. 

No final da primeira parte da qualificação, com Hamilton a melhorar para 1.16,872, e Bottas entre os Racing Point, os que ficaram de fora da Q2 foram os Haas, Williams e o Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi. Em contraste, Kimi Raikkonen entrava na segunda parte da qualificação no seu carro, pela primeira vez na temporada.

 Interessante ver os Mercedes a começar logo na pista na Q2, para marcar tempos com os moles. Bottas marcou 1.16,152, depois Hamilton melhorou para 1.16,013. Verstappen era terceiro, mas a meio segundo dos Flechas Negras. Aliás, eles tinham dado mais de um segundo para o meio do pelotão, desde os Ferrari até aos que estavam no fundo do pelotão provisório, onde Raikkonen tinha 2,3 segundos de desvantagem.

Na parte final, de novo com os moles, e sem os três primeiros na pista, o resto lutou para ver se passava para a fase final. Vettel falou por meros... dois milésimos de segundo, depois de ter sido superado por Pierre Gasly nos últimos momentos, ao fazer o quinto melhor tempo. O alemão, que tinha um chassis novo, iria fazer companhia dos Renault, Kimi Raikkonen e o Toro Rosso de Daniil Kvyat.

A Q3 começou com os todos de novo com os moles, com os Racing Point a marcar tempo, antes que Lewis Hamilton fazer 1.15,584, 89 décimos melhor que Valtteri Bottas. Max Verstappen era terceiro, a 708 centésimos dos Mercedes, uma quase eternidade, e na frente dos Racing Point. De uma certa maneira, era o que esperávamos, mas em Barcelona era quase uma humilhação.

A parte final, era mais para saber se qual dos Mercedes ficaria com a pole, e se a humilhação seria grande ou muito grande. Não houve alterações nem na posição, nem nos tempos, e claro, Lewis Hamilton fazia a sua 92ª pole-position na sua carreira, a quinta em Montemeló com Valtteri Bottas a seu lado, e com ele a dizer que iria tentar ficar na frente na primeira curva.  

Amanhã haverá mais.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Youtube Motorsport Video: O que faz mexer Sean Gelael?

Dentro dos aspirantes à Formula 1, há alguns que tem mais dinheiro que talento. mas esforçam-se. Contudo, há os que depois de algumas temporadas de Formula 2, parece que ainda não saibam que já não tem capacidade para subir ao patamar mais alto, por muito que se esforcem.

E o Josh Revell hoje fala sobre o indonésio Sean Gelael, cujo pai é um entusiasta automobilístico, mas também o presidente do franshise do KFC na Indonésia. 

Youtube Motorsport Crash: O acidente de Fernando Alonso em Indianápolis

Fernando Alonso está a aprender da pior maneira como é correr em Indianápolis este ano. Apesar do bom ritmo nestes dias, com tempos entre os cinco primeiros, não evitou esta tarde uma colisão contra o muro quando fazia a curva 4. Felizmente, não houve consequências fisicas e só espera que o carro seja arranjado para poder continuar a tentar um lugar na grelha de partida. 

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Formula E: Vandoorne o melhor na última corrida do ano

Stoffel Vandoorne foi o vencedor na última corrida da temporada da Formula E, em Berlim. O piloto da Mercedes foi superior a Nyck de Vries, seu companheiro de equipa, dando aos Flechas Negras não só a sua primeira vitória, como também à primeira dobradinha na competição elétrica. Sebastien Buemi ficou com o lugar mais baixo do pódio, enquanto os Techeetah, partindo do fundo da grelha, conseguiram pontuar, com Vergne em sétimo e Felix da Costa em nono.  

Depois de nove dias de loucos na pista desenhada no ex-aeroporto de Tempelhof, a corrida final do campeonato prometia ser uma onde, com os seis primeiro do campeonato todos no fundo da grelha - Félix da Costa era o melhor de todos... na 19ª posição - parecia ser um grande dia para Stofel Vandoorne e Sebastien Buemi, que tinham nenhum obstáculo para conseguir um bom resultado.

Na partida, todos mantiveram as posições, com Vandoorne a liderar sobre Buemi e De Vries. As coisas mantiveram assim nos primeiros minutos, até que no nono minuto da corrida, Nyck de Vries foi para o Attack Mode. Ele passou Rast para ser terceiro, ao mesmo tempo que Stofel Vandoorne também foi ao Attack Mode, perdendo a liderança para Buemi. Mas foi por pouco tempo, pois o belga voltou à liderança da corrida. De Vries passou também Buemi, para ser segundo.

A 28 minutos do fim, foi a vez de René Rast a ir para o Attack Mode, perdendo temporariamente o terceiro posto para Robin Frijns. Logo a seguir, De Vries foi para o Attack Mode... pela segunda vez. Rast passou Frijns para ser quarto, A mesma coisa fez Vandoorne, que perdeu de novo o primeiro posto para Buemi, mas recuperou depois. O suíço reagiu, passando também pelo Attack Mode, perdeu o terceiro posto para Rast, mas voltou ao mesmo posto.

Na frente, continuavam as trocas de posições, Buemi era segundo, depois de passar De Vries. Mas a menos de vinte minutos do fim, acabaram-se o Attack Mode para os três primeiros. Frijns foi à sua vez no Attack Mode, na frente de Di Grassi... que ainda não tinha usado nenhum. Pouco depois, Di Grassi fez a sua parte e passou Lynn para ser sexto. Di Grassi depois atacou Frijns, tentou passá-lo, mas o holandês teve uma defesa musculada, e as posições se mantiveram.

De Vries tentou o Fanboost para passar Buemi, mas o suíço defendeu-se bem, e a nove minutos, o Oliver Rowland ficou sem peças no seu carro, levando-o às boxes e a largar a prova. Atrás, António Félix da Costa estava a usar o Attack Mode pela segunda vez e ficava à porta dos pontos.

Na frente, Vandoorne já tinha uma pequena vantage sobre Buemi, que por sua vez, era assediado por De Vries. Di Grassi andava em Attack Mode e passava Frijns para ser sexto.

A parte final não teve grande história, depois de De Vries passar Buemi passar para ser segundo. Frijns e Gunther colidem e caem na classificação, mas na frente, os pilotos da Mercedes iam a caminho da sua primeira vitória - e dobradinha - na Formula E. Buemi ficou com o terceiro posto.

E assim acaba a temporada 2019-20 da competição elétrica. Em janeiro há mais. 

Formula E: Vandoorne é pole na última corrida do ano

O belga Stoffel Vandoorne deu à Mercedes o primeiro lugar da grelha na última qualificação do ano, que aconteceu no inicio desta tarde em Berlim. O ex-piloto da McLaren na Formula 1 superou Sebastien Buemi na luta pela pole-position, com René Rast, da Audi, a ser terceiro. António Félix da Costa, o novo campeão, não teve uma grande qualificação e largará de 21º.

Aliás, o primeiro grupo não conseguiu fazer uma qualificação decente, pois todos os seus pilotos - Felix da Costa, Oliver Rowland, Jean-Eric Vergne, Mitch Evans, André Lotterer e Max Günther acabaram no fundo da grelha. Apesar de terem largado no último instante e marcarem voltas, não conseguiram fazer algo decente em termos de tempos. Quando Max Gunther conseguiu 1.16,134, 42 centésimos mais veloz de António Félix da Costa, toda a gente viu que por ali, não iria haver bons tempos para a SuperPole.

No Grupo 2, com Lucas Di Grassi, Sebastien Buemi, Stofel Vandoorne, Robin Frijns, Sam Bird e Alexander Sims, e também começando tarde as voltas cronometradas, Buemi mostrou que ele era bastante melhor, fazendo 1.15,660, 57 centésimos mais veloz que o belga da Mercedes. Aliás, todos os integrantes desse grupo foram mais velozes que o grupo anterior expulsando-os da luta pela SuperPole.

O terceiro grupo, que tinha Nyck De Vries, Edoardo Mortara, Jerome D’Ambrosio, René Rast, Alex Lynn e Neel Jani, começou a sair da pista e beneficiar da aderência da pista, maior à medida que circulavam mais carros. Rast marcou um tempo que lhe dava de imediato o segundo posto, 28 centésimos mais veloz que Buemi, com De Vries a conseguir o quarto melhor tempo, colocando-se no grupo que poderia passar à fase final.

Os últimos a saírem para a pista na primeira fase - Daniel Abt, Felipe Massa, Oliver Turvey, Nico Müller, Tom Blomqvist e Sergio Sette Câmara - não conseguiram alterar muito as coisas. O melhor foi o brasileiro Sette Câmara, com o nono tempo, e os outros ficaram atrás, mas não muito.

Para a SuperPole: Buemi, Rast, Vandoorne, De Vries, Frijns, Mortara.

Ali, Mortara foi o primeiro, fazendo 1.16,055, sem ser brilhante, e dando espaço para outros melhorarem. Frijns aproveitou e fez 1.15,867 e foi para a frente. De Vries foi ainda mais competitivo, fazendo 1.15,738, mas foi Vandoorne que fez as contas finais ao fazer 1.15,468 e ficar com o primeiro lugar, resistindo às tentativas dos que faltavam para o desalojar, como René Rast e Sebastien Buemi, este último a fazer 1.15,527 e a ficar a seu lado na primeira fila da grelha de partida. 

A última corrida da Formula E acontece este final de tarde, pelas 18 horas de Lisboa, e pode ser visto na Eurosport.  

Noticias: Perez pode correr

As autoridades sanitárias deram a luz verde para o regresso de Sergio Perez ao cockpit do seu Racing Point, com efeito a partir desta corrida em Barcelona. Contudo, Nico Hulkenberg ainda fica ligado à equipa neste Grande Prémio, atento ao desenrolar da situação e disponível. 

Sobre a doença, do qual o piloto mexicano teve sintomas ligeiros, Szafnauer explicou como a equipa inicialmente recebeu uma ampla gama de opções para quando Perez testasse negativo.

Consultamos muitos especialistas, incluindo o laboratório que usamos para todos os nossos funcionários em Silverstone, e também consultamos os especialistas da Eurofins [o laboratório europeu que faz os testes]”, disse Szafnauer. “É preciso lembrar que este coronavírus é um vírus novo, o que significa que as pessoas não sabem muito sobre ele.", continuou. 

Os especialistas deram um intervalo tão grande para quando o Checo tivesse negativo, que valeu a pena. Eles nos deram um intervalo de uma semana a quatro ou cinco semanas. Eles disseram que a qualquer momento nessa data, ele poderia testar negativo, e tudo dependia de quando ele foi infectado pela primeira vez, o que ninguém pode prever. Fazia sentido para nós tentar colocar o nosso piloto contratado em vez de um substituto [Hulkenberg, para a corrida do 70º aniversário]. Acho que fizemos a coisa absolutamente certa para continuar a testá-lo, para ver o que iria acontecer.”, concluiu.

O GP de Espanha acontece neste final de semana em Barcelona.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Formula E: Rowland vence em Berlim, AFC fica pelo caminho

A penúltima prova da Formula E nesta temporada trouxe Oliver Rowland como vencedor da corrida que aconteceu nesta quarta-feira, numa pista desenhada no aeroporto de Tempelhof. A Techeetah, que queria conseguir mais pontos para ser campeã de construtores, acabou por levar zero, primeiro, por causa dos problemas na qualificação, depois por causa da penalização de Jean-Eric Vergne e de António Felix da Costa, que estava à porta dos pontos, mas na última volta, ficou sem energia e não cruzou a meta. 

Na terceira pista diferente no circuito alemão, com 2,5 quilómetros e mais algumas curvas para os pilotos lidarem, a organização esperava que esta prova fosse tão excitante como as outras quatro. Com tanto calor como nas quatro outras corridas, 

Na partida, Rowland saiu bem, seguido por Frijns e Jani, enquanto atrás havia batidas em alguns pilotos. Felix da Costa subia para 16º devido a ter escapado a esses incidentes, e no inicio da segunda volta, Gunther, um dos carros envolvidos no acidente na primeira volta, caiu para o fundo do pelotão devido aos danos sofridos no seu BMW.

Na frente, Frijns tentava apanhar Rowland, mas era complicado. Cinco minutos depois, Nico Muller foi o primeiro a usar o Attack Mode, antes na volta seguinte, Neel Jani ter ido também ao Attack Mode e tentar superar os dois primeiros. Frijns foi a seguir, reagindo ao Attack Mode de Jani, para não perder o segundo posto. Quando Rowland foi ao Attack Mode, Frijns reagiu, mas o britânico conseguiu defender-se.

Nos minutos que passaram, havia mais ritmo, mas não muitas ultrapassagens. Di Grassi acabou com um furo depois de tentar passar Felix da Costa, e caiu ao final do pelotão. O incidente foi investigado, numa altura em que o português voltou ao Attack Mode, e subir para 12º, antes de ser passado por Sims.

Na frente, Rowland aguentava Frijns e os Porsche. Jani foi ao Attack Mode e perdeu o terceiro posto para Lotterer, Lynn e Rast. Faltavam 17 minutos para o final da corrida, e aproveitaram para os da frente irem para conseguir mais energia para superarem uns aos outros. O alemão da Audi ficava com o terceiro posto, na frente dos Porsche e os aguentava, pois estavam em Attack Mode. Pouco depois, foi passado por Lotterer.

Na parte final da corrida, Buemi foi o primeiro dos pilotos que saíram do fundo do pelotão a chegar aos pontos, enquanto Rast atacava Lotterer para ver se conseguia um pódio para a Audi, pois estava em Attack Mode. A briga acabou com o alemão da Audi a levar a melhor, ultrapassando-o na última volta, depois de alguns toques. Mas na frente, Rowland levou a melhor, vencendo para a Nissan, na frente de Frijns. 

Amanhã, a Formula E termina a sua saga em Berlim.

Formula E: Oliver Rowland é pole numa estranha qualificação

O britânico Oliver Rowland fez a sua primeira pole-position desta temporada na penultima corrida do campeonato da Formula E, que decorre em Tempelhof, nos arredores de Berlim. Ele levou a melhor sobre a concorrência depois de uma SuperPole... muito invulgar, onde António Félix da Costa, Jean-Eric Vergne, Sebastien Buemi e Lucas di Grassi não marcaram tempo.

Com o campeonato decidido, agora esta jornada dupla final serve para cumprir calendário. Para a Techeetah, campeã do mundo de pilotos pela terceira vez consecutiva, desta vez com Antóinio Félix da Costa, a tarefa agora é de assegurar o título de Construtores e o segundo lugar para Jean-Eric Vergne, que anda igualado nessa posição, pois a concorrência é forte. Ainda por cima, a organização modificou o circuito para uma versão mais complicada para os pilotos, no sentido de reservar energia até ao final da corrida.

Contudo, no Grupo 1, onde os pilotos da Techeetah estavam na companhia de Max Günther, Lucas Di Grassi, Sebastien Buemi e Mitch Evans, a desconcentração foi fatal. Primeiro, os três brigaram para ter a distância necessária para fazer uma volta limpa, sem verem que o tempo estava a esgotar para eles todos. No final, quatro pilotos não marcaram tempo, enquanto Gunther e Evans ficaram separados por um milésimo de segundo, desconhecendo se tinham tempo para a SuperPole.

No segundo grupo, com André Lotterer, Stoffel Vandoorne, Oliver Rowland, Sam Bird, Alexander Sims e Nyck De Vries, estes pilotos iam para a pista sabendo que haveria, pelo menos, quatro boas vagas para eles. Mas por pouco não iriam cometer os mesmos erros do primeiro grupo, quando andaram lentos para ter a chance de uma volta limpa. Felizmente, tiveram tempo.

Rowland começou com 1.16,191, com Lotterer a reagir, 50 centésimos mais lento. De resto, todos fizeram tempos mais lentos, com os Mercedes a levarem o pior.

Ou seja, para o Grupo 3 - que tinha Robin Frijns, Edoardo Mortara, Jerome D’Ambrosio, Daniel Abt, Felipe Massa e Alex Lynn - mais vagas que o normal estavam presentes. Alex Lynn fez 1.16,158, com Frijns a fazer 29 décimos pior, seguido de Massa e Mortara, com tempos que poderiam pensar em ir à SuperPole desde que o quarto grupo fizesse pior.

E as expectativas estavam nesse grupo, que tinha René Rast, Neel Jani, Oliver Turvey, Nico Müller, Sergio Sette Câmara e Tom Blomqvist, que fazia esta jornada dupla no lugar de James Calado na Jaguar. Por esta altura, a pista começava a ficar com mais borracha, logo, poderiam melhorar os seus tempos.

Jani fez um tempo que forçou os outros a fazerem melhor, senão ficariam de fora. Essa pressão fez Rast e Blomqvist a fazerem tempos que os colocavam na SuperPole, e Sette Câmara não ficou longe, fazendo o nono tempo.

Para a SuperPole entraram Rast, Lynn, Frijns, Rowland, Blomqvist, Jani. Um sexteto invulgar.

Jani foi o primeiro a sair, com 1.16,052, um pouco como tinha feito pouco antes, deixando os outros a terem de dar o seu máximo para terem chances na primeira fila da grelha. E foi o que fez Rowland, ao fazer 1.15,955. Frijns apareceu a seguir, mas deu uma volta 49 centésimos mais lenta. Lynn e Resta tiveram a sua chance, mas a parte final das suas voltas não foi grande coisa e deram a pole ao piloto da Nissan, a sua primeira na temporada. 

A corrida acontecerá pelas 18 horas de Lisboa e dará na Eurosport.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Portimão: Haverá testes antes da corrida?

A Autosport portuguesa fala esta terça-feira da chance de haver um teste da Pirelli previsto para meados de setembro, após o reasfaltamento do circuito, que acontecerá no final do mês. Esse teste, que esta marcado um mês e meio antes do Grande Prémio, serviria para saber do nível do desgaste dos pneus no novo asfalto e claro, apareceriam alguns carros de Formula 1 no caminho, embora é mais provável serem carros mais antigos, pois não é um teste de meados de temporada, e qualquer carro que leve o seu chassis, só serviria para dia de filmagens.

Daquilo que agora temos programado, iremos ter algumas equipas a treinar sempre depois do reasfaltamento que está previsto para 8-9 de setembro. A partir daí temos alguns dias de testes, que ainda não estão completamente fechados, mas será na janela de 10 a 17 de setembro, que teremos alguns testes com equipas de Fórmula 1”, afirmou Paulo Pinheiro ao programa 16 Valvulas, do Gonçalo Sousa Cabral.

Numa altura em que o Autódromo de Portimão receberá as duas mais importantes provas de duas e quatro rodas, para além da European Le Mans Series e de ter recebido as Superbikes, o autoódromo português está a ter um verão em cheio, com as chances que a pandemia proporcionou, e quer aproveitar da melhor maneira possivel.

Noticias: Carey afirma ter calendário finalizado

Chase Carey ainda está a lidar com o calendário de 2020, mas o de 2021 já está mais ou menos composto. Ele afirma que será um pouco semelhante ao que era o calendário deste ano, antes da pandemia baralhar tudo, sem grandes alterações ou se alguma das novas corridas poderão entrar de forma mais definitiva.

Não anunciamos [ainda] 2021 apenas porque o nosso foco está em 2020”, começou a dizer Carey a analistas de Wall Street.Mas estamos bem próximos de finalizar 2021. Temos alguns contratos para concluir, onde temos os termos de negócios acordados e temos que colocá-los no papel.", continuou.

Essas são, obviamente, discussões que teriam começado bem antes do vírus e certamente não tiveram nenhum impacto negativo. E eu acho que, de certa forma, é importante voltar ao mundo como o conhecemos e recarregar baterias. A conversa e o interesse, não vimos nenhum negativo, dado o nosso calendário para 2021. Estamos planeando uma temporada que se parece muito com o que esperávamos que fosse no início deste ano. E então, obviamente, qualificamos que não temos melhor visibilidade do que ninguém sobre como esse vírus vai se parecer à medida que avançamos."

Eu acho que é preciso perceber que estamos há cerca de cinco meses [a passara pela crise do] vírus, e ainda falta sete meses para a nossa nova temporada, em março. Portanto, há muito tempo, e as conversas sobre vacinas, tratamentos, testes e coisas semelhantes obviamente continuarão a evoluir.

Obviamente, também corremos em 22 países, por isso lidamos com uma mistura muito maior de problemas ao longo disso, mas estamos planeando 2021 que se parece com o que esperávamos, que provavelmente será um calendário de 22 corridas.”, concluiu.

Sobre o calendário, há algumas dúvidas no ar. Com o regresso de grande parte das corridas canceladas, caso as coisas estejam melhor em termos de saúde pública, a grande dúvida reside no GP do Brasil, cujo contrato acaba no final deste ano. Conversas para continuar em São Paulo estão a acontecer, apesar da tentativa do atual governo de levar para o Rio de Janeiro, apesar de não haver nenhum autódromo permanente na cidade.

MotoGP: Portimão encerra a temporada de 2020

Esta confirmado: o MotoGP encerra a sua temporada a 22 de novembro no Autódromo do Algarve. O anuncio foi feito esta tarde em Portimão e acontecerá quase um mês depois do Grande Prémio de Formula 1, que acontecerá no mesmo local. Já se ouvia isto desde a semana passada, quando a etapa final, prevista para a Argentina, tinha sido cancelada, e o acordo entre a Dorna e a FIM tinha sido accionado, com a ideia do Autódromo português ser o primeiro substituto, em caso de alguma queda de algum circuito devido à pandemia. 

Assim sendo, o evento de hoje foi recebido com satisfação pelas autoridades.

É um grande feito para a nossa equipa finalmente ter MotoGP na nossa pista!" começou por dizer Paulo Pinheiro, o presidente e CEO do Autódromo do Algarve. "O MotoGP é o pináculo do desporto de duas rodas, e estamos muito entusiasmados por o receber. Foi um longo processo com a Dorna, tínhamos um acordo desde 2017 e, finalmente, todo o trabalho árduo valeu a pena. Além disso, ter o Miguel Oliveira na grelha de MotoGP, poder lutar pelo pódio, será um complemento incrível para esta prova, e esperemos que o Campeonato seja decidido aqui.”, continuou.

Para Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna Sports, Portimão era uma grande novidade para ele e falou da longa história de Portugal no MotoGP. “É uma grande novidade para nós, assinámos um acordo em 2017 com Portimão para ser o circuito de reserva para qualquer tipo de cancelamentos, e temos estado em contacto com eles todo este tempo. Estivemos em Portimão com a Superbike e achamos que é uma possibilidade incrível para nós, e também está no acordo que a pista será reasfaltada após a ronda de Superbike. Quando explicámos isto aos pilotos, eles ficaram entusiasmados porque viram a pista na televisão, mas nunca lá estiveram.

Portugal tem uma longa história no nosso desporto e tem havido algumas batalhas históricas no Estoril. É algo muito bom para nós ter a possibilidade de voltar a Portugal, especialmente com Miguel Oliveira a participar, pois é ótimo ter um piloto português capaz de competir no seu próprio país. Estamos extremamente felizes por estarmos a correr em Portimão no final do ano.

Miguel Oliveira, atual piloto da KTM, ficou contente com o anuncio da prova de encerramento do campeonato em terras algarvias. “É inacreditável, estou a delirar, é um sonho! Obviamente já lá corri duas vezes, um ano nas 125 e outro em Moto3, e é super-especial, sendo eu o único português no Mundial e agora na categoria de MotoGP, o sentimento de voltar a correr lá é muito especial…”. começou por dizer na conferencia de imprensa

Poder regressar e correr no meu país é incrível, estou mesmo, mesmo, a antecipar o prazer, e ser a última prova ainda mais, porque posso andar ao máximo e dar tudo em frente da multidão local… esperemos que tudo corra bem, vamos preparar uma boa época para chegar lá fortes e acabar em grande! Estou pronto para conseguir um bom resultado!”, concluiu.

Paulo Pinheiro diz que tentará trabalhar para ter pelo menos 30 mil fãs no complexo algarvio durante esse final de semana, caso haja autorização da Direção Geral de Saúde e não haja algum aumento enorme de novos casos por essa altura.

Youtube Motorsport Video: Os bons rapazes chegam em primeiro

Um dos aspectos menos conhecidos, na euforia do campeonato conquistado pelo António Félix da Costa, foi o video que fizeram em tributo a ele pelo pessoal da Formula E, mostrado pouco depois de ter alcançado o "caneco". Até ficou bom não acham?

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Endurance: 24 Horas de Le Mans fechados ao público

As 24 Horas de Le Mans vão acontecer sem público. A decisão foi comunicada esta segunda-feira pela FIA e o ACO, que toma conta dos eventos na pista de La Sarthe. Já tinha sido adiado para o fim de semana de 19 e 20 de setembro, e agora a organização decidiu que não teria público nos quase cem anos da sua realização.

"Proteger a saúde de competidores, parceiros e espectadores sempre foi uma preocupação primordial para o ACO e a FIA.", começa por dizer o comunicado oficial da entidade máxima do automobilismo. "Os fãs, é claro, poderão acompanhar a corrida na segurança de seu próprio ambiente. Graças à nova plataforma digital, eles terão uma visão exclusiva do que se passa nos bastidores das 24 Horas de Le Mans.", continua.

Pierre Fillon, o presidente da ACO, expressou a sua tristeza por não poder ter gente numa das provas mais populares do automobilismo, depois de tentativas em abrir portas num número limitado de espectadores, mas o aumento de casos em França fizeram-o tomar tal decisão. 

As 88ª 24 Horas de Le Mans ficarão nos anais da história, pois, infelizmente, a maior corrida de resistência do mundo será disputada este ano sem espectadores na pista. Nas últimas semanas, vimos muitas maneiras de realizar nosso evento em setembro com os fãs presentes, embora em um número limitado. No entanto, dadas as restrições envolvidas na organização de um evento à escala de um festival ao longo de vários dias na situação atual, optamos com as autoridades governamentais locais por realizar a corrida à porta fechada.", começou por dizer. 

"Sabemos que nossos fãs ficarão tão decepcionados quanto nós com esta decisão, mas, com a saúde pública em jogo, realmente não foi uma decisão difícil de fazer. Você não compromete onde a segurança está em causa. Os fãs não vão perder tudo. Eles podem não estar em Le Mans, mas nossas equipes de mídia e provedores de serviços levarão Le Mans até eles! Temos certeza de que podemos contar com o apoio e compreensão de todos neste momento.”, concluiu.

A prova irá contar para o Mundial de Resistência, o WEC.

domingo, 9 de agosto de 2020

A imagem do dia

Conta a lenda que o apelido "Formiga" foi dado pelo pai de um dos pilotos que estavam numa corrida de kart, quando viu aquele rapaz franzino e pequeno a bordo de um potente kart, tinha ele cerca de dez anos. Isso ficou até à altura em que ele tomou os monolugares, sempre sendo dos pilotos mais velozes da sua geração. E assim ele demonstrou, quer na Formula Renault 2.0, na World Series by Renault 3.5, na Formula 3, no DTM. Sempre foi veloz e venceu corridas.

Depois de ter assinado um "pacto com o Diabo" com a Red Bull, que mostrou ter velocidade, e o "traiu" dando o lugar ao russo Daniil Kvyat, não baixou os braços e rumou a uma nova competição, a Formula E. Logo na terceira corrida, teve um triunfo caído ao colo, nas ruas de Buenos Aires, e nos anos seguintes, primeiro na Aguri e depois na Andretti, apesar de ficar no meio do pelotão, havia algo bom nele: ganhava sempre a competição com o seu companheiro de equipa. E entre eles, passaram pilotos como Robin Frijns e Alexander Sims. E ganhar ao companheiro de equipa é o primeiro passo.

Quando foi para a Techeetah, todos julgavam que iria ser "esmagado" ou "comido" por Jan-Eric Vergne, o bicampeão da competição nas últimas duas temporadas. Poucos davam o favoritismo e havia quem tivesse dito que ficar na BMW teria sido a melhor escolha. Mas sabia da história da luta interna com o companheiro de equipa, ele vencia sempre.

E depois de Santiago do Chile, após um mau fim de semana em Ad Diryah, mostrou isso mesmo: cinco pódios seguidos, três vitórias seguidas, três pole-positions seguidas, a vitória dupla em Berlim, mostrava que com uma máquina competitiva nas mãos, e se fizesse a sua parte, com calma e cabeça fria, o campeonato era dele. E mostrou isso mesmo. Mostrou o estofo de campeão, provavelmente o título mais importante da sua carreira e um dos mais importantes do automobilismo.  

Quem viu o pódio desta tarde, havia algo em comum: os três pilotos passaram pela Red Bull Driving Academy, com dois deles a acabarem na Formula 1, como pilotos da Toro Rosso, sem subir para a "divisão principal". E curiosamente, ambos são veteranos: alinharam em todas as temporadas da Formula E, embora não tenham feito todas as corridas. E naquela tarde, naquele pódio, estavam quatro dos seus títulos já atribuídos na competição. Também se mostra que, mesmo rejeitados, a Red Bull consegue tirar o melhor deles.

Parabéns ao António. Quem o acompanhava a sua carreira desde o inicio, sabíamos que tinha estofo de campeão. Hoje confirmou-o.

Formula E: Vergne vence a quarta corrida de Berlim, AFC pontua e é campeão

Jean-Eric Vergne venceu esta tarde a quarta das seis corridas que serão disputadas em Berlim, numa dobradinha da Techeetah, a primeira do ano. António Félix da Costa foi segundo, mas conseguiu os pontos suficientes para, a duas jornadas do fim, comemorar o título de campeão, a primeira do piloto português de 28 anos. E a Techeetah também alcançava aqui o Mundial de Construtores.

Depois de uma qualificação onde a Techeetah monopolizou a primeira fila da grelha de partida, com Vergne na frente de Felix da Costa, parecia que bastava ao piloto português pontuar e ficar na frente dos seus adversários para ter os pilotos suficientes para ser campeão. Dependia dele para isso, pois o segundo classificado, Max Gunther, iria ter de fazer uma prova de trás para a frente, porque teve uma qualificação desastrosa e partia em 21º, um lugar na frente de Stoffel Vandoorne, outra desilusão na qualificação. Lucas di Grassi não largava muito melhor, pois era 12º. E Frijns nem sequer largava na prova.

Na partida, Vergne manteve o primeiro posto, seguido de Felix da Costa, mas nos metros adiante, Gunther chocou na traseira de Oliver Turvey e acabava por ali. O Safety Car entrou para os comissários poderem limpar os destroços. A corrida recomeçou quando faltavam 36 minutos, com os Nissan a pressionar os Techeetah, mas não havia ataques.

René Rast foi o primeiro a passar pelo Attack Mode, passando Evans para ser oitavo, ao mesmo tempo que começavam a cair alguns pingos de chuva. Esta começou a cair mais ao longo das voltas, e aos 31 minutos, os Nissan iam ao Attack Mode ao mesmo tempo, deixando Alex Lynn no terceiro posto. Na volta seguinte, foram os Techeetah, com Vergne a manter o primeiro posto, mas Felix da Costa a cair para quarto. Mas o português passou Alex Lynn, e depois atacou Rowland para tentar ficar com o segundo lugar. Pouco depois, quando quase acabava a energia, passou Vergne e ficou com o comando do campeonato. Faltavam 26 minutos para o final.

Nesta altura, parou de pingar na pista, mas os Techeetah pareciam não se afastar dos Nissan, que estavam na sua traseira, em expectativa. 

Quando faltavam 17 minutos, Nyck de Vries e Alex Lynn passavam pelo Attack Mode pela segunda vez. Atrás, Di Grassi usava o seu Fanboost para passar Alex Lynn e ser oitavo. Rowland era terceiro, já em Attack Mode, com Buemi em quinto, perdendo um posto para Lynn. Dois minutos depois, os Techeetah iam também ao Attack Mode ao mesmo tempo, para manter os lugares da frente, com o português a comandar. Atrás, Di Grassi subia para sétimo, depois de passar Mitch Evans.

A oito minutos do fim, troca no comando: Vergne ia para a frente, com Felix da Costa a ser pressionado pelos Nissan e pelo quinto classificado, o Mercedes de Nyck de Vries, e ambos estavam afastados do sexto, Lucas di Grassi. A três minutos do fim, Buemi passou Rowland e de Vries pressionava-o fortemente.

A duas voltas do fim, Buemi tentou aproximar-se dos pilotos da Techeetah, mas sem efeito. Eles faziam a dobradinha, e claro, o português comemorava o seu primeiro título mundial na Formula E, agora com 156 pontos, contra os 80 de Vergne e 69 de Max Gunther. 

A Formula E volta na quarta e quinta-feira para a jornada dupla de encerramento do campeonato.

Formula E: Techeetah monopoliza primeira fila em Berlim

Na quarta corrida das seis provas que estão a acontecer em Berlim, para o encerramento da temporada da Formula E, Jean-Eric Vergne superou António Félix da Costa para dar à Techeetah a sua quinta pole-position consecutiva, segunda de seguida para o piloto francês, num claro domínio sobre a concorrência. Apesar do segundo posto da grelha e ter perdido no duelo interno, basta ao piloto português pontuar na frente da concorrência para se sagrar campeão nesta tarde de domingo.

Já se sabia que os Techeetah estavam num nível acima da concorrência, apesar da vitória de ontem de Max Gunther, no seu BMW, que superara Vergne. Mas com Felix da Costa bem destacado na frente, se fizesse boa qualificação, praticamente teria o título na mão neste domingo. Mas tinha de mostrar ali o seu estofo de campeão. 

No Grupo 1, com Max Günther, Lucas Di Grassi, Mitch Evans, Stoffel Vandoorne e Andre Lotterer, Felix da Costa conseguiu 1.06,708 e conseguiu liderar com folga. Em contraste, Max Gunther fez 1.07,103 e fez o pior do grupo, arriscando a ser uma catástrofe. A seguir, entrava o segundo grupo, com Sam Bird, Sebastien Buemi, Jean-Eric Vergne, Alexander Sims, Oliver Rowland e Robin Frijns. E ali, como fizera no Grupo 1, Vergne fez o melhor tempo, com 1.06,484, com os outros pilotos a fazerem tempos inferiores. Por essa altura, apens Felix da Costa e Mitch Evans eram os únicos que estavam na corrida pela SuperPole.

Para o Grupo 3, com Edoardo Mortara, Nyck De Vries, Jerome D’Ambrosio, James Calado, Daniel Abt e Felipe Massa, De Vries fez um bom tempo com o seu Mercedes, a 91 centésimos do primeiro tempo, mas Felipe Massa arranca um tempo 190 centésimos superior, quarto na geral e com capacidade de ir à SuperPole. Agora, era Felix da Costa que estava em perigo.

O grupo final que saiu à pista, com René Rast, Alex Lynn, Neel Jani, Oliver Turvey, Nico Müller e Sergio Sette Câmara, começou com um erro de Jani, que acabou com o pior tempo, mas os outros, especialmente René Rast, superou Lucas di Grassi, e esteve quase a entrar na SuperPole.

Para a fase final, entraram Vergne, Rowland, De Vries, Massa, Buemi e Felix da Costa.

Foi o português o primeiro a entrar na pista, fazendo 1.06,247, e o tempo intimidava o resto que o tentava superar. Nem Buemi, nem De Vries, que tinham dificuldade na aderência ao piso de Tempelhof, conseguiram superá-lo, com tempos 0,3 décimos piores que o português. Oliver Rowland também andou por lá, mas não conseguiu. Só faltava Jean-Eric Vergne... e ele conseguiu uma volta perfeita, 140 centésimos superior a Felix da Costa.

No final, era a quinta pole seguida da Techeetah, segunda para o piloto francês. Contudo, o segundo posto do piloto português era a melhor para ele, pois tinha toda a concorrência atrás de si, e alguns dos seus rivais na cauda do pelotão.

Logo, pelas seis da tarde, será a corrida. 

Formula 1 2020 - Ronda 5, GP dos 70 anos (Corrida)

Como disse ontem, este "GP dos 70 Anos" faz-me lembrar aquelas corridas extra-campeonato que havia nos anos 70 em Silverstone e Brands Hatch, onde alguns pilotos iriam fazer alguma coisa para dar nas vistas perante os fãs britanicos. Mas como disse, estes são tempos invulgares, logo, denominações invulgares para estas jornadas duplas da Formula 1, para preencher um calendário com 15 ou 17 corridas, quase todas na Europa, o único sitio onde podem fazer provas com restrições.

Uma semana depois do final de cortar a respiração, graças aos pneus, que chegaram ao seu limite precisamente na última volta, havia rumores devido a isso mesmo, aliado com o calor que se fazia sentir hoje na zona. O asfalto estava a cerca de 45 graus Celsius, com uma temperatura do ar de 32ºC, diferente da semana passada, e a grande estratégia era saber quantas trocas de pneus teria de acontecer até à meta. Entre duas a três paragens, a Pirelli previa, mas cabia às equipas saber qual seria a melhor para superar, especialmente as Mercedes, o "sonho impossivel" do momento. Mas a Red Bull descobriu a pólvora, e mostrou que as "Flechas Negras" tinham uma "kriptonite"... 

Com boa parte dos pilotos a largarem com duros, por causa do calor, e os mais acima da grelha de médios, mo momento da partida, Bottas aguentou os ataques de Hamilton para manter a liderança, enquanto atrás, Verstappen passava Hulkenberg e Ricciardo perdia um lugar para Stroll. Atrás, Vettel fazia um pião depois de ter exagerado na primeira curva e caia para o fundo do pelotão. 

Nas voltas seguintes, enquanto os Mercedes tinha um segundo entre eles, ambos se afastavam de Verstappen, que no final da quinta volta tinha um atraso de quase quatro segundos, e dos Racing Point, com Hulkenberg na frente de Stroll. Na Ferrari, Leclerc era um pálido décimo, e Vettel já tinha recuperado um lugar. Contudo, a partir da volta sete, os que tinham pneus médios trocaram para duros, como a marca tinha previsto, que iriam às boxes nas primeiras dez voltas. Contudo, apenas três pilotos passaram pelas boxes, e os Mercedes, por altura da volta 12, já tinham os seus médios esfarelados e Hamilton era ameaçado por Verstappen.

Na volta 14, Bottas vai às boxes, trocando de pneus a caindo para quinto. Uma volta depois, foi a vez de Hamilton, cedendo a liderança para Verstappen e cindo para sexto. Depois foram os Racing Point, com Hulkenberg primeiro, na volta 16. Três voltas depois, Stroll, que seguia em segundo, ia trocar de pneus. Lelcerc trocou na volta 20, enquanto na frente, Verstappen andava melhor que os Mercedes... e ainda não tinha ido às boxes! E pior, parecia que os pneus da Mercedes não se portavam melhor!

Por alturas da volta 25, já era óbvio: o holandês ia para apenas uma paragem. E se os Flechas Negras iam para uma segunda paragem, poderiam ser mais espertos. Na volta 27, Verstappen trocava para médios e perdia para Bottas. Mas algumas curvas depois, entre Lutfield e Woodcote, o holandês voltava para o comando, com o finlandês ainda a lutar com os pneus.

Na volta 31, Albon e Hulkenberg iam para as boxes uma segunda vez, numa altura em que Ricciardo fazia um pião, caindo para o final do pelotão. Na volta 33, Bottas e Verstappen iam às boxes, deixando Hamilton no primeiro posto. E eles saíram na frente de Charles Leclerc, que foi às boxes na volta seguinte.

Depois disto tudo, com Hamilton aflito com o desgaste dos seus pneus, e Verstappen a aproximar-se, ainda havia mais coisas, com Leclerc a aproximar-se de Bottas, o terceiro. Mas o que ninguém parecia estar a ver era que Hamilton iria levar o carro até o mais tarde possível para depois atacar Verstappen, ou então ficar até à meta e vencer, mas a estratégia era arriscada e a contrariar a da Red Bull. Acabou por ir na volta 42, a dez do fim, deixando-o no quarto posto. 

Na frente, Verstappen estava a ir veloz no comando, com Bottas e Leclerc a seguir e Hamilton a tentar chegar ao pódio, fazendo volta mais rápida, uma atrás da outra, para apanhar o Ferrari do monegasco. Conseguiu fazê-lo na travagem para a curva Stowe, na volta 45, mas tema-se que o tempo perdido poderia ter sido decisivo para deixar escapar. Contudo, ele continuava num grande ritmo para apanhar o finlandês quase ao ritmo de um segundo por volta. Na volta 49, o britânico estava na traseira de Bottas, para apanhá-lo na volta seguinte, na travagem para Brooklands.

Na frente, Verstappen estava imparável, num carro que se dava bem no calor, e atrás, Alex Albon chegava a quinto, passando Lance Stroll. Mas é na frente que estavam as atenções, com Max a mostrar que os Mercedes não eram imbatíveis. E claro, merecia a vitória.

Agora, perante todos, a Mercedes tinha uma fraqueza: não funciona no calor. E como estamos no pico do verão...