sábado, 24 de fevereiro de 2018

Rumor do Dia: Marchionne vai embora no final de 2021?

Sergio Marchionne, o todo-poderoso presidente da Ferrari, poderá estar a pensar na retirada em 2021. Quem diz é o jornal Gazzetta dello Sport, que alega que nessa altura, ele terá 70 anos de idade, quase uma altura para se reformar das suas funções.

Contudo, de acordo com fontes suíças, captadas pelo site formulapassion.it, Marchionne, no entanto, pode não ir já para a reforma, mas sim, dedicar sua atenção a Alfa Romeo, que como é sabido, regressou recentemente à Formula 1 como principal patrocinador da equipa Sauber, cuja fábrica fica a 20 km da residência do presidente da Ferrari. 

Contudo, este cenário é retratado como sendo "arriscado" pela própria Gazetta dello Sport, tanto porque na FCA (Fiat Chrysler Automotive) não comandam a equipa suíça e não se imagina que alguém com a estatura de Marchionne é dificilmente imaginável estar "confinada" numa equipa não líder como a Sauber-Alfa Romeo.

Italiano de nascimento, mas que viveu no Canadá por muitos anos, aos 65 anos de idade está na Fiat desde 2004, e em 2011 adquiriu a Chrysler, para três anos depois, se fundirem, criando o grupo FCA, que inclui a Ferrari, Alfa Romeo e Maserati, entre outros. 


Youtube Motorsport Movies: Operação Fangio


Passam agora mesmo sessenta anos que, em Havana, revolucionários do Movimento 26 de julho, ligados a Fidel Castro e aos revolucionários de Sierra Maestra, raptaram Juan Manuel Fangio para impedir que ele corresse no GP de Cuba, organizado pelo ditador Fulgêncio Batista para mostrar a imagem do país ao mundo.

O rapto do pentacampeão do mundo de Formula 1 agitou o mundo e durante um dia e meio, nada se soube sobre o piloto argentino, numa corrida que acabou à sexta volta, quando um piloto local, Armando Garcia Cinfuentes, mergulhou o seu carro contra a multidão, matando sete pessoas. No final, Fangio foi levado para a embaixada argentina sem ser beliscado pelos raptores, deteriorando ainda mais a imagem internacional de Batista. Menos de um ano depois, o ditador fugiu do país, para não mais voltar.

No ano 2000, um filme sobre esse rapto foi feito, "Operacion Fangio", uma co-produção cubano-argentina. Filmado em Havana, conta a história desse rapto e de como um herói automobilístico foi usado para fins politicos. Quer de um lado, quer do outro.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Youtube Automotive Teaser: Top Gear, temporada 25

Domingo vai começar a temporada 25 do Top Gear, com os nossos amigos Rory Reid, Chris "Monkey" Harris e o Matt "Joey" LeBlanc. E pelos vistos, neste primeiro episódio, do qual a BBC colocou aqui o seu "teaser", os três vão fazer uma homenagem aos V8, onde vão levar álcool ilegal até à fronteira, sendo perseguidos por um policial muito especial...

Veremos como vão ser todos estes episódios.

Apresentações 2018: o McLaren MCL33

Como seria de esperar, graças à foto de ontem, o novo McLaren MCL33 é um carro "Papaya Orange" com tons de azul, recuperando as suas origens, no final da década de 60. Com o novo motor Renault atrás do cockpit, espera que Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne possam ter melhores resultados daqueles que tiveram nas últimas temporadas com o motor Honda.

A equipa tem planeado a introdução de um pacote aerodinâmico novo para a primeira corrida e vai aproveitar os testes coletivos para testar a base do chassis.

Fernando Alonso, que já acelerou o novo carro em Navarra, ficou com boa impressão do novo chassis. “Os bons tempos estão chegando”, afirmou o bicampeão em entrevista à emissora britânica Sky Sports.

Senti-me muito bem. Sempre é um momento especial quando você pilota um carro pela primeira vez. Tudo parece bem. Estou ansioso por fazer uma volta de pé a fundo, mas, até agora, tudo bem”, continuou. 

Acho que vão ser dez voltas para mim e dez voltas para Stoffel Vandoorne. Andamos atrás de outros carros e das câmeras, gravamos, de modo que não andamos a toda velocidade. É bom para os patrocinadores ter imagens e também para nós, para termos as primeiras impressões no assento, com os pedais, para ficarmos mais à vontade e, talvez, para alguns ajustes no chassis. A parte boa disso é que é emocionante. Depois de meses trabalhando duro na fábrica, finalmente o dia chegou e o motor funciona”, concluiu.

Alonso ainda teve tempo para dizer que a nova temporada vai ser crucial para a equipa, agora que têm o motor Renault, do qual espera colocar a equipa nos lugares da frente.

É um momento importante para a McLaren. Depois de alguns anos sem brigar pelo título, é hora de voltar para essa posição. Agora, nos testes de inverno, precisamos garantir que vamos melhorar esse pacote, mas, até agora, estou muito feliz e muito otimista. Acho que a equipe fez um trabalho incrível nos últimos meses”, começou por dizer.

Temos muito trabalho duro a fazer agora porque, com a unidade de potência da Renault, nossa maior mudança neste ano em relação à Honda, nós tivemos de fazer algumas mudanças no carro, então isso comprometeu a traseira do carro. Então, primeiramente, precisamos colocar o carro na pista. Precisamos testá-lo, precisamos garantir que vamos melhorar o pacote e depois vamos ver o quão rápido ele é”, concluiu.

Eric Boullier, chefe da equipa, enalteceu o trabalho de todos no processo de concepção da nova máquina para 2018, apesar de afirmar que tiveram pouco tempo para acomodar o novo motor francês no chassis britânico:

Os departamentos de design, engenharia e aerodinâmica fizeram um trabalho incrível, entregando um novo carro com uma nova unidade motriz num período de tempo extremamente curto. Nunca escolhemos o caminho mais  fácil, e o resultado é um carro limpo e bem resolvido. Dito isto, não temos ilusões de que será difícil acabar com a  hegemonia na frente, e que o meio da tabela estará cheio de equipas experientes, com muitos para provar”, começou por afirmar o francês.

Somos humildes com o desafio que temos pela frente, mas sentimos que nos preparamos bem, temos um pacote sólido que podemos explorar à medida que a época avança, e temos dois excelentes pilotos que farão a diferença nas corridas”, continuou.

Existem duas famílias de motores, o conceito Mercedes/Honda, com o compressor na frente do motor, a turbina  na parte de trás, o MGU-H no meio do bloco em “V” e  o conceito  Ferrari/Renault, onde o turbo está na parte de trás do motor, e o MGU-H sai para a frente no veículo“, explicou Tim Goss, diretor técnico da equipa.

A vantagem do layout da Renault significa que podemos colocar o motor um pouco mais para a frente, mas temos o compressor na parte traseira, o que leva a uma  colocação os tubos de saída sem afetar a aerodinâmica. Tivemos que redesenhar a parte de trás do chassis, a caixa da caixa de velocidades, a suspensão traseira e o sistema de refrigeração. Foram duas semanas de intenso esforço mas era algo para o qual estávamos preparados, porque sabíamos que isso poderia acontecer, e é incrível o que as pessoas fizeram em tão curto espaço de tempo”, concluiu Goss.

O carro já saiu para o "shakedown" no autódromo de Navarra, para ver se tudo está pronto para os testes coletivos, que vão começar no dia 26, em Barcelona. 

Youtube Video Interview: Juju Noda, a filha de Hideki que pode ser piloto

Todos os filhos de pilotos muitas das vezes acabam por ser pilotos. Contudo, até hoje, a história dos "filhos de pilotos que acabaram pilotos" eram todos rapazes. Mas dentro de alguns anos, poderá aparecer uma excepção.

Juju Noda é filha de Hideki Noda, um dos legendários pilotos japoneses dos anos 80 e 90 que fez três Grandes Premios em 1994, ao serviço da Larrousse. Tem apenas doze anos e anda no karting, mas ela já testou em carros como o da Formula 4 e mais recentemente, da Formula 3 japonesa, e até parece que tem capacidade para andar num carro como este. E já na primeira corrida, acabou por vencer.

O video vem do programa Samurai Wheels, da NHK World, o canal de língua inglesa da NHK. E como um dos entrevistadores está Ukyo Katayama, outro piloto que andou na Formula 1 entre 1992 e 97, por equipas como Larrousse, Tyrrell e Minardi, e claro, estava impressionado com a menina Noda...


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

A imagem do dia

É só amanhã, mas já sabemos a cor do McLaren MCL33. Vai ser laranja metalizado. A foto é desta tarde, no circuito de Navarra. 

Agora espera-se que o carro que Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne, que vai ter o motor Renault, seja mais eficaz.

Apresentações 2018: o Ferrari SF71H

Pouco mais de duas horas depois da Mercedes ter apresentado o seu chassis em Silverstone, em Maranello, a sede da Ferrari, o SF71H era mostrado ao mundo, perante a imprensa e os fãs. Sem o patrocínio do banco Santander, o carro ficou mais vermelho do que era dantes com a excepção da meia barbatana, que foi pintada com as cores da bandeira italiana.

Com uma grande distância entre-eixos, semelhante aos da Mercedes, os engenheiros decidiram apostar também na fiabilidade dos motores - agora são obrigados a ter apenas três motores ao longo da temporada - esperam que os problemas que tiveram no final do ano passado e que impediram de alcançar os títulos de pilotos e de construtores, que foram para a Mercedes.

Sebastian Vettel aproveitou a ocasião para elogiar os engenheiros presentes pelas alterações feitas no carro novo para melhorar a sua performance. Ao citar os detalhes, como por exemplo a função de aletas dos retrovisores, afirmou que contou com a ajuda de toda a equipe para entendê-los.

"É muito bom [apresentar o carro com a equipa presente]. Colocamos tantas horas e tanto trabalho nele desde a última temporada. É muito especial para todos nós. E acho que eles [a equipa] esperam que nós falemos as nossas sensações sobre o carro. Muita atenção nos detalhes, [aquilo que] eles me explicaram é impressionante", contou o tetracampeão do mundo.

Vettel revelou que "se sentiu bem" ao sentar no novo carro, mas está ansioso em testá-lo na pista. "Temos um bom assento, confortável, de primeira. Há algumas coisas mudam todo ano, o chassis dessa vez é mais perceptível. Mas isso não influencia, desde que você se sinta confortável, e eu me senti. Quero colocá-lo na pista e dar as minhas voltas", concluiu.

Kimi Raikkonen mostrou-se positivo com o novo carro e afirmou que não deverá ter dificuldades em adaptar-se a ele. E quanto ao Halo, afirma que não lhe faz qualquer diferença.

É um prazer ser parte disso aqui mais uma vez. Ele é bonito. Vamos ver se ele é rápido na semana que vem, nos testes”, começou por dizer. “Muito trabalho foi feito neste carro. Ontem à noite vi o carro pela primeira vez. Dentro de pouco tempo vamos poder pilotá-lo, de modo que logo vamos ver onde esse carro pode chegar”, complementou.

O Halo parece diferente, mas testamos no ano passado algumas vezes e não tem muita diferença. Você se acostuma e nem percebe mais. O carro é desenvolvido já com ele pensado, então não deve ser nem perceptível. O carro parece diferente, mas vamos nos acostumar rapidamente”, concluiu.

O SF71H começará a ser testado na semana que vêm no Autódromo de Montmeló, em Barcelona.

Apresentações 2018: O Mercedes W09

Foi esta manhã, em Silverstone, que foi mostrado o Mercedes W09. Numa apresentação simples, o chassis da equipa campeã do mundo das últimas quatro temporadas foi revelado para o seu "dia de filmagens", com Valtteri Bottas ao volante.

Na apresentação, Toto Wolff e Lewis Hamilton falaram sobre o novo carro e os desafios que terão pela frente, sem que o diretor técnico da Mercedes ter deixado de "alfinetar" o Halo, o novo dispositivo de segurança imposto pela FIA.

"Não estou impressionado com isto [o Halo]", começou por dizer Wolff. "Se você me desse uma motosserra, eu iria retirá-la. Precisamos cuidar da segurança dos pilotos, mas o que implementamos é esteticamente pouco atraente. Precisamos abordar isso e criar uma solução melhor", continuou.

"É um peso enorme em cima do carro, você estraga o centro da gravidade com essa coisa. Tanto quanto é impressionante olhar para as estatísticas [onde se diz que aguenta o peso de] um autocarro no topo, [mas] este é um carro de Fórmula 1", concluiu

Apesar das criticas, Wolff reconhece que o Halo tornou os carros mais seguros.

"A FIA realizou completamente todos os tipos de testes e possíveis cenários e, em geral, o halo torna muito mais seguro para o motorista", disse ele. "Se existem cenários onde um driver está preso, provavelmente esses cenários existem, mas, em geral, é mais seguro com o halo do que sem o halo".

Já Hamilton, o atual campeão do mundo, afirmou que ele e Bottas contribuiram significativamente para enfrentar as fraquezas do chassis do ano passado, apesar do novo Mercedes manter a mesma distância entre eixos do W08.

"O que vemos hoje é uma evolução de ambos os nossos ADN de condução fundidos num", começou por dizer Hamilton.

"Espero que [Bottas] esteja agora mais confortável nele. Isso só pode deixar de ser bom para a equipa. Definitivamente, não está afastado de mim. Meu trabalho é explicar as suas fraquezas, dar esse "feedback" em termos técnicos para que a equipa possa corrigi-lo. Estou realmente esperançoso de que este ano tenhamos limado todas as arestas", continuou.

"Há uma característica aerodinâmica diferente este ano em relação ao ano passado. Nós pegamos algo que estava bem do ano passado, mas havia circuitos onde não tínhamos muita vantagem, então espero que tenhamos encontrado um compromisso que nos favoreça na maioria dos circuitos do calendário. Tudo é novo, toda a suspensão, tudo foi reconstruído", concluiu o piloto britânico.

Quanto ao Halo, Hamilton foi mais positivo:

"A equipa fez um ótimo trabalho para integrá-lo e torná-lo tão agradável quanto parece", começou por dizer. "Eu acho que, depois de algumas corridas, esqueceremos que está lá. Você sempre olha para o carro antigo e acha que está tão datado. Este é o novo mundo agora, e tenho certeza de que é apenas o primeiro passo da evolução e do desenvolvimento para este nível de segurança".

Contudo, ele reconheceu as implicações de peso, suscitando preocupações sobre a capacidade da tecnologia de travagem de acompanhar estes novos carros de Formula 1, agora mais pesados.

"Há partes dos carros mais leves e dos carros mais nítidos do passado que eu gosto, mais fáceis de ultrapassar, mais fáceis de manobrar em combate, enquanto os carros mais pesados, fica mais lento", acrescentou.

O W09 estará no final do mês em Barcelona, para os primeiros testes coletivos da nova temporada.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

O regresso de uma marca mítica

A Brabham está de regresso. Não à Formula 1, mas como marca de automóveis de estrada. Apesar de não haver muitos detalhes, parece que no dia 2 de maio a marca estará de volta em algo do qual a marca afirma ser "um novo capítulo de uma das marcas mais celebradas da nossa história".

Hoje surgiu uma placa, acompanhada da "hashtag" #Brabham70, significando não só os 70 anos do surgimento da marca, bem como os dias que irão passar até ao dia 2 de maio, altura em que... algo será apresentado. E que parece ser um automóvel.

"[O] lançamento anuncia o início de um novo capítulo na história de uma família, sinónimo de sucesso", afirmou a Brabham Automotive no seu comunicado de imprensa.

"Com base em vasta experiência de quatro décadas de competição em todos os níveis do automobilismo global, David Brabham combinou sua habilidade, paixão e entusiasmo para orientar esse projeto antes do seu lançamento".

David Brabham, filho mais novo de "Black Jack", é o diretor da marca, afirmou:

"Meu pai teve uma determinação incrível para ser bem sucedido, como ele, trabalhei incansavelmente para levar o emblemático nome de Brabham de volta ao cenário mundial.

"Este novo capítulo da história de Brabham continuará no mesmo espírito, mas com direção, foco e vigor renovados. Este anúncio me faz sentir incrivelmente orgulhoso ao entrar numa nova era para o lendário nome da Brabham", concluiu.

Para acompanhar a contagem decrescente, podem seguir por aqui em https://www.brabhamautomotive.com/

A imagem do dia

A Toro Rosso apenas vai mostrar o seu carro no dia 26, em Barcelona, mas hoje teve direito às suas voltinhas para... filmagens. Não há pormenores, mas parece que tirando o Halo, o carro que Brendon Hartley e Pierre Gasly vão guiar este ano deve ser quase igual... esperem, eles têm motor Honda!

Enfim, veremos.

Youtube Rally: As filmagens do Rali Serras de Fafe


São videos de duas das classificativas do Rali Serras de Fafe, que aconteceu este fim de semana, e onde passaram as máquinas e os pilotos, perante o aplauso dos entusiastas. Neste caso em particular, é a segunda passagem por Montim e a primeira por Ruivães, para poderem apreciar a velcidade que os concorrentes do Campeonato Nacional de Ralis faziam as curvas.

Já agora, os videos são do Pedro Figueiredo, que gosta de levar a "sua" galinha Matilde aos ralis. É uma jóia de pessoa...

Youtube Motorsport Testing: Os testes da Toyota em Portimão


A Toyota está a aproveitar esta semana para fazer testes no seu TS050 no Autódromo de Portimão, no Algarve. É um teste essencialmente fechado ao público, mas vão andar por trinta horas, que vai acabar esta quarta-feira, pelas 17 horas locais. 

E claro, todos os pilotos estão por lá, incluindo Fernando Alonso. Eis um video dos testes, especialmente a troca de componsntes nas boxes.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

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Não foram só os carros que foram apresentados, os pilotos também mostraram os capacetes que vão usar durante a temporada. Nico Hulkenberg e Marcus Ericsson mostraram os seus capacetes, e se o do alemão da Renault é elegante, mas mantendo as linhas dos últimos anos, já o de Ericsson é interessante.

E digo "interessante" porque é de Sean Bull. Ele tem andando pelas redes sociais com a quantidade de desenhos de carros e capacetes, em várias situações. Confesso que pensava antes que ele seria um entusiasta, mas ao ver um piloto a confiar o desenho do seu capacete, é diferente, já passou dessa fase. 

E o capacete de Ericsson é interessante, pois é uma recordação de Ronnie Peterson, precisamente 40 anos após a sua morte. As linhas de baixo do seu capacete são exatamente iguais ao que o "Sueco Voador" usou na sua carreira.

São ambos agressivos, vamos a ver se isso será o suficiente para que melhorem as suas prestações... 

Apresentações 2018: O Renault RS18

Poucas horas depois da apresentação do Sauber-Ferrari, a Renault mostrou o seu RS18, a máquina que pretende chegar ao "top cinco" do campeonato de Construtores e dar uma chance de pódio a Nico Hulkenberg e Carlos Sainz Jr. 

Com cores mais elegantes do que o carro anterior, preto com detalhes em amarelo, os responsáveis esperam que em 2018 a trajetoria continue a ser ascendente.

"O ano passado foi bem sucedido de várias maneiras", começou por dizer Cyril Abiteboul, o diretor de equipa. "Foi o segundo ano da nossa reconstrução e um passo adiante para nossos planos e objetivos a longo prazo. 2016 começou por ser sobre recrutamento, investimento, incorporação de novos patrocinadores, novos talentos e construção de nossa marca. Foi uma progressão quantificada para o que queremos tornar e desafiar as melhores equipas", continuou.

"Nosso objetivo principal [para 2018] é mostrar uma progressão contínua através dos resultados. Queremos ser capazes de mostrar nossa progressão em todos os aspectos, unidade de força, chassis, operações, pilotos. Tudo deve melhorar e devemos continuar a crescer".

"Queremos demonstrar isso de muitas maneiras diferentes, desde as equipes às quais competiremos diretamente, até a lacuna para os líderes, incluindo também nossa base de fãs e o respeito que nossa equipa irá inspirar à nossa maneira, e como nos comportamos fora da pista", concluiu.

O RS18 começará a andar em pista em Barcelona, no final do mês, nos testes coletivos da Formula 1.

Apresentações 2018: O Sauber C37

O Sauber-Alfa Romeo C37 foi apresentado esta manhã ao mundo, com o monegasco Charles Leclerc e o sueco Marcus Ericsson como pilotos. Para a equipa de Hinwill, esta é a esperança de um futuro melhor, depois da parceria que alcançaram com a Ferrari no final do ano passado, onde colocarão a marca de Varese nos seus flancos, marcando um regresso à competição, 33 anos depois de terem estado na Formula 1 pela última vez.

Joerg Zander, o responsável pelo desenho do carro, afirmou que o conceito aerodinâmico da máquina foi completamente revisto e será muito diferente do que existia no chassis anterior: “Estamos confiantes que a nova filosofia nos abrirá mais oportunidades e nos permitirá melhorar muito ao longo do ano”, afirmou.

"O motor Ferrari de 2018 também nos dará um impulso em termos de nosso desempenho. Esperamos que possamos avançar com o C37 e que sejamos mais competitivos em relação a 2017", continuou.

Frederic Vasseur, o chefe de equipa, afirmou que está ansioso para que comece a nova temporada para ver as performances dos seus pilotos e ver até que ponto eles estão em relação à concorrência.

"Estou muito expectante para a temporada de 2018 e para ver Marcus [Ericsson] e Charles [Leclerc] no caminho certo", começou por dizer.

"Nós colocamos muito esforço e trabalho no C37 nos últimos meses, e é fantástico lançar o novo carro hoje. Estou convencido de que Marcus e Charles formam a dupla de pilotos perfeita, com um sendo um piloto experiente e [outro] um novato promissor." 

"O regresso da Alfa Romeo à Fórmula 1 é outro marco na história da equipa, e estou orgulhoso de que essa marca histórica nos tenha escolhido para o seu regresso ao automobilismo", concluiu.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

A(s) image(ns) do dia









Discretamente, a Red Bull apresentou o seu RB14, na sua sede em Milton Keynes, e mostrou também fotos do "shakedown" que andou a fazer neste fim de semana, com Daniel Ricciardo ao volante. A coisa interessante no meio disto tudo é que a pintura... é provisória. E até ficou engraçada, pois sabemos que em Barcelona, vai aparecer a pintura definitiva.

O que é pena: acho que esta fica melhor do que a habitual. Talvez mantenham os padrões.

Parece que há algumas inspirações de outros carros, como o Mercedes W08 ou o Ferrari SF-70 H, mas não interessando de onde é que vem a inspiração, desde que funcione é o que interessa. E com o motor Renault que têm ali montado, a aerodinâmica têm de funcionar, se quiserem apanhar Mercedes e a Scuderia, não é?

Veremos os outros, como serão. É esta semana que veremos o resto do pelotão.

Daqui a onze anos...

Como sabem, no passado dia 12, este canto comemorou mais um aniversário. Neste caso, o 11º. Custa-me a crer que uma coisa destas, feita para combinar a minha paixão pelo automobilismo pela minha prática da escrita jornalistica, fosse tão longe e durasse tanto tempo. E com vontade de prolongar.

Contudo, hoje dei por mim a pensar sobre o que poderá ser o mundo em 2029, e acho que o que irei escrever por aqui poderá ser aquilo que não consegui escrever naquele dia porque a minha mente não permitiu isso, por bloqueamento ou algo mais, não sei.

Então aqui vai: dentro de onze anos...

- metade da energia captada virá de fontes renováveis, sejam elas solares, eólicas ou em menos grau, energia das ondas. E custarão muito menos do que uma central nuclear e captarão muito mais energia do que todas essas centrais. E terão baterias que acumularão energia durante o dia e a disponibilizarão na grelha quando quiserem, sem a sobrecarregar.

- os carros serão autónomos, oitenta por cento deles serão elétricos. Existirão dois tipos de carros: os que terão baterias de lítio, que serão usadas para carros mais acessíveis, com autonomia de 400 a 500 quilómetros, enquanto que os modelos de luxo terão baterias sólidas, essencialmente supercapacitadores de grafeno, que terão entre o dobro e duas vezes mais a autonomia - cerca de 1200 a 1500 quilómetros. E por causa dos automatismos, os acidentes na estrada reduzir-se-iam em 80 por cento.

- a condução partilhada entre pessoas faria com que existissem cada vez menos carros na estrada. Há quem diga que dentro de vinte anos poderia haver menos 80 por cento de automóveis que existe em 2018, logo, os engarrafamentos poderão estar à beira da extinção. 

- certas coisas que temos como garantidos hoje passarão a ser do passado: noventa por cento das oficinas mecânicas iriam ser encerradas, e as que se mantinham abertas iriam especializar-se em coisas especificas, como reparação de clássicos. E a profissão de mecânico quase seria algo em extinção, a não ser que se especializasse nos clássicos. 

- os seguros automóveis seriam menores e mais baratos que são agora.

E eu só falo de coisas específicas dos automóveis. Não falo de outras coisas que andam a ser discutidas, como por exemplo, a legalização das drogas leves como a cannabis - legal em dez estados americanos neste momento - do rendimento básico incondicional ou da robotização do trabalho, cada vez mais robôs a fazer muitos dos trabalhos indesejáveis e repetitivos, especialmente na industria. A ideia de ter uma fábrica na vossa vizinhança como garantia de criação de centenas - ou milhares - de empregos poderá ter os dias contados, porque boa parte desses empregos podem ser substituídos por robôs que fazem tudo melhor, mais rápido... e sem reclamar.

E nem falo que provavelmente em 2029 estaremos em Marte, e que viagens até ao Espaço serão tão baratas que a elite, a troco de alguns milhares de euros, poderá passar alguns minutos no Espaço a ver que a terra é redonda, para cólera da "Sociedade da Terra Plana"...

Sei perfeitamente que algumas destas coisas podem não acontecer, mas quis ser o mais realista possível nestas previsões. Não falei sobre Formula 1, IndyCar, Formula E, Ralis, ou outra categoria em particular, porque não sei o que vai acontecer nessas categorias. E claro, sei do "backlash" que as pessoas estão a ter sobre as coisas que estão a ser implementadas nessas categorias, como o "Halo" e outros.

Aprendi algumas coisas com o tempo: uma delas é que a grande maioria das pessoas não pensa mais além do que o que vai comer ao jantar, e tirando uma ou duas coisas, não faz ideia do que o futuro o reservará. E pior: quando sabe, tem um medo horrível. Daí se agarrar ao passado, na ilusão de que "era bom", e daquelas coisas "de raíz", em contraste com os "de Nutella". Não ficaria nada admirado se em 2029, essas "Nutelices" serão elevadas a "raíz" pela nova geração. Seria uma ironia risível...

Mas, como sabem, essa gente não olhará para trás, porque nessa altura, não se lembrarão destes dias de hoje. Já disse isto na altura da polémica das "grid girls": daqui a seis meses, a discussão termina e tudo aquilo que eles lamentaram e se zangaram se manterão. Não é o "admirável mundo novo" de Aldous Huxley, mas o mundo muda a uma velocidade incrível. E apenas temos de nos adaptar, quer queiramos, quer não.

E quem se lembra o que discutíamos em 2007? Alguém poderia imaginar carros elétricos a entrarem no "mainstream"? Nessa altura, muitos falavam desses carros como uma piada, porque ficaram com uma ideia que demora a sair das suas mentes, de serem lentos e terem uma escassa autonomia. Só que esqueceram que as baterias eram de ácido, como temos nos carros a gasolina. Agora, as baterias são outras, e outras aparecerão. E todos os dias, num "drag strip" de arrancada, um Tesla Model S sem bancos come "muscle cars" ao pequeno almoço, dando calendários de avanço em mãos mais capazes...

O mundo muda, cada geração faz a sua revolução. E alguns dos nossos sonhos "impossíveis" tornam-se "possíveis". Tememos ou abracemos esse mundo, depende de nós.

Youtube Rally Video: O Rali Serras de Fafe

O Rali Serras de Fafe já acabou, com a vitória do açoriano Ricardo Moura, que levou a melhor sobre Miguel Barbosa e José Pedro Fontes. Foi essencialmente um duelo entre Moura e Barbosa, que deram "calendários" à concorrência, já que o terceiro classificado ficou a mais de um minuto e vinte segundos do vencedor.

Aqui coloca-se um video dos melhores momentos deste rali a contar para o campeonato nacional, que colocou vinte carros da categoria R5... e apenas dois eram estrangeiros! 

domingo, 18 de fevereiro de 2018

A imagem do dia


Enzo Ferrari, algures nos anos 60, ao lado do chassis 1512 que deu o título mundial de 1964 a John Surtees


Confesso que ao longo deste tempo nunca dei a devida atenção ao Commendatore, apesar da sua enorme importância no mundo do automobilismo. Foi piloto nos anos 20, diretor de equipa nos anos 30, construtor nos anos 40 e o único que está na Formula 1 desde 1950, a primeira temporada da competição. De "Il Drake" pode-se dizer tudo: intimidava pilotos e engenheiros para construir os melhores carros, puxava-os ao limite, muitas vezes com resultados desastrosos, não se importava de cortar com o passado e abraçar o futuro, se isso significasse triunfo para a "casa di Maranello".

Sobre os pilotos, é interessante - e recomendo bastante que leiam "Piloti, che gente", a sua biografia sobre os muitos pilotos que se cruzaram, quer na sua equipa, quer no pelotão da Formula 1, sempre atualizado até 1987, o ano anterior à sua morte, aos 90 anos.

É interessante ver que este ano, as comemorações vão ser redondas: os 120 anos do seu nascimento, que recordamos hoje, e os 30 do seu desaparecimento, que lembraremos a 15 de agosto. E como uma personagem, ora enigmática, ora intimidadora, ora reclusiva, ora apaixonada, criou um fascínio enorme para todo e qualquer "petrolhread" que se preze.

WRC 2018: Rali da Suécia (Final)

Thierry Neuville conseguiu levar a melhor sobe a concorrência no último dia do Rali da Suécia e deu à Hyundai a sua primeira vitória do ano, na frente de Craig Breen e de Andreas Mikkelsen. Foi uma vitória merecida, mas puxada, e que aproveitando a classificação modesta de Sebastien Ogier, acabou por o colocar agora na frente do campeonato, passadas que estão duas provas deste Mundial.

Com apenas três especiais para cumprir neste último dia, apenas um acidente é que iria mudar a classificação de forma dramática, apesar dos três primeiros rodarem relativamente próximos um do outro. Tanak venceu a primeira especial do dia, a primeira passagem por Likenas, 1,3 segundos na frente de Esapekka Lappi, enquanto que Thierry Neuville, mais descansado, era apenas 11º, a 16,2 segundos, apesar de ter perdido oito segundos para Breen, quarto na especial.

Na segunda passagem pela mesma classificativa, Lappi foi de novo o melhor, mas Neuville foi o segundo, a 1,9 segundos, praticamente garantindo a vitória, já que Breen foi o terceiro, a 3,3 segundos. Agora só faltava ver quanto recolhia no Power Stage.

Ali, Lappi voltou a ser melhor e recolheu cinco pontos extra pela vitória. Sebastoien Ogier foi o segundo, a 1,3 segundos, na frente de Andreas Mikkelsen, a 1,9 segundos, e Thierry Neuville, a 4,2.

No final, Neuville venceu sobre Breen por 19,8 segundos. Para o irlandês, foi a sua melhor classificiação de sempre num rali onde ele não era nada "nórdico", na frente de outro mais familiarizado com este tipo de superfície, Andreas Mikkelsen. Esapekka Lappi foi o quarto e o melhor dos Toyota, a 45,5 segundos do vencedor, na frente de Hayden Paddon, a 54,4. Mads Ostberg foi o sexto, e o segundo melhor dos Citroen, a um minuto e 15 segundos.

Jari-Matti Latvala foi o sétimo, a dois minutos e cinco segundos, e o segundo melhor Toyota deste rali, na frente de Teemu Suninen, da Ford, e a fechar o "top ten", o Toyota de Ott Tanak e o Ford de Sebastien Ogier.

No campeonato, Neuville é o novo líder do campeonato, com 41 pontos, dez a mais do que Ogier. O WRC volta à ação em terras mexicanas, entre os dias 8 e 11 de março. 

CNR: Meireles e Barbosa penalizados

O Rali Serras de Fafe terminou hoje, mas os resultados só forma confirmados... na secretaria. É que a organização decidiu hoje que Miguel Barbosa e Pedro Meireles foram penalizados em dez segundos por queimarem a partida no Fafe Street Stage... ontem à noite. Isso fez com que existissem alterações na classificação final, já que Meireles perdeu o terceiro posto a favor de José Pedro Fontes, no seu Citroen.

Assim sendo, a diferença de Ricardo Moura e Miguel Barbosa alargou-se para 11,7 segundos, não se alterando a classificação final entre os dois primeiros.

CNR: Moura foi o vencedor em Fafe

Ricardo Moura foi o grande vencedor em Fafe, na prova de abertura do Nacional de ralis. Sacudindo os azares das últimas duas temporadas, o piloto açoriano conseguiu bater Miguel Barbosa por meros 1,7 segundos. E o duelo foi de tal forma que o terceiro classificado, Pedro Meireles, ficou a mais de um minuto e 42 segundos. 

Porém, o campeão de 2014 ficou na frente de José Pedro Fontes, que no seu regresso aos ralis, depois de meio ano a recuperar do seu acidente no Rali de Portugal, foi o quarto classificado. Armindo Araújo, também de regresso aos ralis após cinco anos de ausência, foi o quinto no seu Hyundai i20 R5.

No final, Moura não escondia a sua satisfação: "Foi um ali muito disputado, sem dúvida. O Miguel está de parabéns, foi uma prova extremamente competitiva, estou muito feliz por dar à nossa equipa, a ARC, esta vitória", começou por dizer em declarações captadas pelo 16 Valvulas. "Foi um rali duríssimo, disputado ao segundo, é ótimo para os Açores estarem aqui representados em primeiro lugar numa prova do Nacional de ralis", concluiu.

Com as restantes seis especiais pela frente, máquinas e pilotos tinham de encarar passagens duplas por Montim, Confurco e Gontim. Na primeira especial do dia, Moura passou ao ataque, tentando recuperar a liderança a Barbosa, e o que conseguiu foi vencer por meros 0,2 segundos, enquanto que Pedro Meireles perdia 5,6 segundos, Armindo Araujo 7,2 segundos e Carlos Vieira 7,3. O piloto do Skoda ficava na frente, mas apenas com uma vantagem de 1,4 segundos.

Moura continuou ao ataque na especial seguinte, no Confurco, ganhando mais três segundos a Carlos Vieira, com Miguel Barbosa a perder 3,5 segundos. Com isso, Moura conseguia passar à liderança, agora com 2,1 segundos sobre o piloto da Skoda. Barbosa reagiu em Gontim, e conseguiu tirar 4,9 segundos a Moura, voltando à liderança com 2,8 segundos de vantagem.

"Estamos os dois ao ataque, está tudo em aberto. Estamos com diferenças mínimas, pensei que tinha furado na segunda especial e decidimos atacar forte para recuperar aquilo que tinamos perdido. Correu bem, agora está tudo em aberto", disse Barbosa à chegada a Fafe.

Na segunda passagem por Montim, Moura atacou e venceu, mas apenas conseguiu recuperar 0,2 segundos a Barbosa, enquanto que Ricardo Teodósio era o terceiro na especial, a 2,7 segundos, na frente de Armindo Araújo, a 5,7 segundos. Atrás, Carlos Vieira foi quarto na especial e aproveitou o facto de João Barros ser apenas oitavo, a 9,9 segundos do primeiro, para ascender ao sexto posto da geral, trocando com Barros.

Moura atacou decisivamente na segunda passagem pelo Confurco, ganhando a especial e conseguindo tirar 4,3 segundos a Miguel Barbosa, que foi apenas quinto na especial, atrás de dos Hyundais de Araújo e Vieira, e o Skoda de Teodósio. Moura passou à frente por 1,7 segundos, e foi aí que ganhou o rali, pois na última especial, ambos fizeram o mesmo tempo!

Com os três primeiros definidos, José Pedro Fontes foi o quarto, a um minuto e 50,6 segundos, enquanto que Armindo Araújo foi o quinto, a dois minutos e 12 segundos, no seu Hyundai. Carlos Vieira ficou a seguir, a doze segundos de Armindo, mas a dois minutos e 24 do vencedor. João Barros foi o sétimo, a dois minutos e 48 segundos, no seu Ford, na frente do espanhol Alexander Villanueva, do Hyundai de Paulo Meireles e do Citroen DS3 R5 do britânico Harry Hunt.

Agora, o Nacional prossegue dentro de um mês, nos Açores, uma prova que também conta para o Europeu de Ralis.