sábado, 15 de outubro de 2022

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Este fim de semana, é em casa. Um mês mais tarde que o habitual, o Leiria Sobre Rodas povoa o fim de semana na cidade onde moro. E aqui, entre todo o tipo de automóveis, uns mais exóticos - que nos fazem sonhar - e outros mais nostálgicos, de tempos que não regressam, e carros expostos para que todos apreciem. 

Mas também há mais: carros de ralis e perícias, para se exibirem num circuito desenhado ao redor do estádio, e dentro, existe uma feira de automobilia, com modelos de carros, de diversos tamanhos, bonés, t-shirts, e litografias, de diversos preços, suficientemente atraentes para que as pessoas que visitam possam levar algo para casa.

São dias de outono, mas com calor. Os lugares são muitos e os motivos de interesse são bastantes. E esta tarde apareceram como convidados, o francês Pierre Lartigue, lenda dos rally-raid, o espanhol Dani Sordo, atual piloto da Hyundai no WRC, e Pedro Matos Chaves, o segundo português na Formula 1 e que, entre muitas coisas, foi bicampeão nacional de ralis, a bordo de um Toyota Corolla WRC. 

Isto irá até amanhã, e claro, haverá mais fotografias. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Youtube Motorsport Vídeo: A história de Bathurst 2014, uma das melhores corridas de sempre

Uma das razões pelo qual adoro ver os vídeos do Josh Revell é a maneira como ele coloca emoção neles. E claro, sendo neozelandês, isso também ajuda um bom bocado. Amante de automobilismo, como 90 por cento da gente que visualiza os seus vídeos, nota que estas competições com quatro rodas e um volante vão muito para além da Formula 1. Há a Endurance, os ralis, as 500 Milhas de Indianápolis, mas existe algo do qual muitos já ouviram, mas poucos vêm, provavelmente por causa do fuso horário: Bathurst 1000, a corrida de endurance mais famosa da Austrália.

É uma corrida emocionante, com seis (!) horas de duração. Quem já viu na Europa - tive essa experiência em 2012, porque coincidiu com o GP do Japão - começas a assistir à meia-noite e acaba às oito da manhã, por causa das constantes paragens para o Safety Car, porque muitos batem contra o muro, capotam contra o mar de gravilha no final da Conrod Straight ou então atropelam os "Skippys" - cangurus, para quem não sabe - que fazem daquele lugar o seu parque de diversões.

Então para o Josh, ele decidiu fazer um vídeo sobre a edição de 2014, que teve 161 voltas, durou quase sete horas, teve acidentes e reparações na pista, porque esta se degradava, mas no final, decidiu-se... na última volta. É uma bela recordação, para ser honesto. 

WRC: Solberg quer correr com um Rally1 em 2023


O sueco Oliver Solberg quer continuar no WRC em 2023, num projeto de Rally1, e se tiver de ser, de forma semi-oficial. Numa entrevista que fez ao site Motorsport.com, o filho de Petter Solberg revelou que tem os seus apoios que lhe permitem ter esperança de montar um projeto para 2022, mas sempre com a perspetiva de um carro da categoria Rally1. Contudo, de fora da Hyundai e com a Toyota feliz com os seus pilotos, resta mesmo a Ford.

"A Hyundai deixou bem claro o que quer, por isso não vou voltar a eles. A Toyota tem tudo o que precisa, bons pilotos mas também o melhor carro e a melhor equipa. Será difícil entrar lá," explicou.

Sobra a M-Sport. Sobre isso, refere que seria positivo entrar na equipa, pela capacidade de Malcom Wilson tratar com os jovens, mas acha que o Puma Rally1 está pouco desenvolvido: "O carro deles é rápido, mas é certo que precisa de trabalho de desenvolvimento para continuar a lutar com os outros. Eles têm um dos melhores carros e equipa, é uma opção interessante. Malcolm Wilson tem muita experiência a trabalhar com pilotos jovens. Chegamos a falar há dois anos, mas depois entrei na Hyundai.", concluiu.

Solberg, de 21 anos, é piloto da Hyundai WRT, e está classificado na 12ª posição do campeonato, com 33 pontos. O seu melhor resultado foi um quarto lugar em Ypres, na Bélgica, para além de ter sido quinto no rali da Nova Zelândia. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Formula E: DS alia-se à Penske e anuncia Vandoome


O belga Stoffel Vandoome será piloto da DS Penske em 2023, correndo ao lado de Jean-Eric Vergne. Numa nova temporada, onde a DS sai da chinesa Techeetah e se alia com os americanos de Jay Penske, eles esperam não perder a competividade dos anos anteriores. Para obelga, atual campeão do mundo, juntar-se com o bicampeão da competição em 2018 e 2019 será um novo desafio. 

Estou muito feliz por me juntar à DS Penske na próxima temporada”, começou por dizer Vandoorne. “É uma grande mudança para mim depois de quatro anos na Mercedes, mas estou muito animado para começar a trabalhar com a equipa", coninuou.

"A DS alcançou excelentes resultados no passado, conquistando os títulos de Pilotos e de Equipas [por] duas vezes: é um bom recorde e espero poder somar em breve! Também é um grande prazer estar associado ao único bicampeão do Fórmula E. Acredito que JEV e eu formaremos uma das equipes mais fortes para a 9ª temporada.", continuou. "Estamos agora em modo de preparação total com o carro Gen3 e estou apenas começando essa história com minha nova equipa, então esses são dois desafios emocionantes para os próximos anos! Uma coisa é certa: mal posso esperar para voltar na pista, lute para defender meu título mundial e conquiste muitos troféus!”, concluiu.

Já em relação à parceria entre a Penske e a DS, ambos os lados se mostram entusiasmados e esperando que seja o início de uma parceria triunfadora.

Estamos entusiasmados com a parceria com a DS Automobiles, uma marca automotiva icônica que compartilha nossas ambições em busca da excelência”, começou por afirmar Jay Penske, fundador e proprietário da Penske Autosport.

"Este é um marco importante para nossa equipa e algo do qual esperamos há anos. Juntos, vamos ultrapassar os limites tecnológicos em nossa busca por desempenho e vitórias. Com o piloto campeão mundial da grelha e o bicampeão Jean-Eric, estou confiante de que temos uma das formações mais fortes da grelha!”, concluiu.


Do lado da DS Performance, Thomas Chevaucher acredita que esta parceria seja o início de mais páginas douradas na história da marca na competição elétrica.

O início de uma nova associação é sempre um grande momento, e todos nós da DS Performance estamos ansiosos para começar esta nova aventura com a Penske Autosport”, diz Chevaucher.

"Estamos iniciando esta parceria da melhor maneira possível com dois campeões na equipe! Graças a Stoffel e Jean-Eric, provavelmente temos uma das melhores formações e também a dupla mais rápida da grelha. Com o powertrain e experiência em software da DS Performance, agora estamos em uma posição ideal para continuar nossa busca por vitórias e títulos.”, concluiu.

Agora, testa-se para se poder adaptar os pilotos ao carro da Gen3, que fará a sua estreia competitiva em janeiro, na Cidade do México. 

Youtube Automobile Presentation: Conheçam o Citroen Oli Concept

Este carro é um conceito, ou sejam não o veremos nas ruas, mas a Citroen garante que tem formulas que irão colocar nos modelos futuros, desde o logotipo - que se estreia aqui - até a coisas como pneus ultra-duráveis, até meio milhão de quilómetros, um pouco para combater o desperdício. O Oli Concept parece ser maior que o Ami que anda por aí nas ruas, barato, compacto e plastificado, mas também quer ser reciclável, o que importa, nestes tempos que correm.

Assim sendo, eis o vídeo de apresentação deste conceito, através do canal do Youtube Razão Automóvel.


quarta-feira, 12 de outubro de 2022

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Agora que a poeira assentou acerca das circunstâncias do bicampeonato de Max Verstappen, é altura de dizer o que isto significa, não tanto por causa dos eventos do Japão - sobre isso, merece um artigo à parte - mas falar o que foi isto e o que foi esta temporada. O que ele mostrou, o que foram estas novas regras e o que estão a mostrar, mesmo para aqueles que não querem aceitar que estamos numa nova era. 

A renovação do título do neerlandês era algo que se anunciava há muito tempo, e de uma certa forma não era algo que se esperava logo no início da temporada, especialmente depois das desistências no Bahrein e na Austrália. Aliás, nessa altura, muitos acreditavam que Charles Leclerc ia a caminho de um título mundial que daria à Ferrari o seu primeiro campeonato desde 2007, como Kimi Raikkonen. E aos "antis", só alimentariam a tese de que ele tinha sido "levado ao colo" pelos eventos de Abu Dhabi, em 2021, e do qual ele só foi campeão por interferência de Michael Masi, o então diretor de corrida da competição.

Esta é a coisa boa de uma longa temporada: se os problemas acontecem no início, quando tem tempo para recuperar, pode-se corrigir, e se o carro for superior à concorrência, basta esperar que eles escorreguem para poder aproveitar. E foi o que aconteceu: os erros de Leclerc em lugares como Imola e sobretudo, Paul Ricard, bem aproveitados por Max, fizeram com que a diferença, que chegou a ser de 46 pontos, acabasse com uma vantagem de 114, após este GP japonês. Ou seja, ao contrário de 2021, o título de Max iria ser comemorado na mesma. Era uma inevitabilidade. 

E ele dominou. O carro foi o melhor do pelotão, superior à Ferrari e à Mercedes, que dominava desde 2014, e as pessoas tendem a esquecer que Max, 25 anos de idade, está na Formula 1 desde... os seus 17. Ou seja, já é bem veterano. E é altamente provável que ele seja o piloto que desafiará as vitórias e os títulos de Lewis Hamilton, se entretanto, os regulamentos não mudarem pelo caminho, para impedir... novo domínio na Formula 1. Parece que não leem História. se lessem, sabiam que é isso mesmo que marca no automobilismo: os domínios de determinada marca, não os duelos entre equipa X e equipa Y. Isso é mais do domínio do mito. 

Bem sei que as pessoas não são muito fãs dele, ou então, que gostariam de uma consagração mais pacifica, e não uma corrida que apenas foi cumprida por pouco mais de metade, e do qual a interpretação do regulamento fez com que tivessem todos os pontos, em vez de uma parte. Mas mesmo que não fosse neste domingo, seria em Austin, ou na Cidade do México. Só uma catástrofe impediria o bicampeonato do filho de Jos Verstappen

Ou seja, ele mereceu plenamente este campeonato.

Portanto, glória a Max, o campeão do mundo de Formula 1 de 2022, que guiou o melhor carro do campeonato.   

Noticias: Alpine discuriu o regresso de Ricciardo à equipa


A Alpine conversou com Daniel Ricciardo acerca de um possível regresso. Quem o afirmou foi Otmar Szafnauer, que afirmou ter conversado com ele durante o mês de julho, mas a resistência de alguns membros da diureção da Renault acerca da maneira como ele saiu da equipa em 2020 fez com que a ideia caísse por terra e apostassem em Pierre Gasly, depois da chance Oscar Piastri ter saído pela culatra.  

Tivemos discussões com alguns pilotos, incluindo Daniel”, começou por dizer Otmar Szafnauer após o anúncio de Gasly como companheiro de equipa de Esteban Ocon em 2023. “Mas Pierre satisfaz os critérios. É experiente, rápido e jovem. Assim, quando se tornou evidente que Pierre era uma possibilidade, tornamos a nossa lista de possibilidades ainda mais curta”.

Recorde-se que Ricciardo foi piloto da Renault em 2019 e 2020, alcançando como melhor resultado um quinto lugar em 2020, com 119 pontos, para além de dois pódios e duas voltas mais rápidas. 

Em relação ao teste no Hungaroring, onde alinharam Nyck de Vries, Jack Doohan e Antonio Giovinazzi, e do qual nenhum deles foi escolhido, Szafnauer disse que este era um teste marcado com antecedência, com os pilotos a usarem o carro de 2021, e só foram considerados porque ainda não tinham certezas sobre se conseguiriam que Gasly corresse para a equipa. 

Esses são testes que são planeados com bastante antecedência em relação à realização efetiva do teste”, explicou Szafnauer. “Não era muito claro sobre Pierre, embora ele estivesse, como eu disse, na lista, mas ainda estava sob contrato. Por isso, testamos com os três [pilotos] em Budapeste para avaliar a sua capacidade e todos eles fizeram um excelente trabalho. Aprendemos definitivamente com o teste”.

Como é sabido, De Vries será piloto da Alpha Tauri em 2023, enquanto Jake Doohan, filho da lenda do motociclismo Mick Doohan, irá ocupar o lugar de piloto reserva e desenvolvimento da Alpine que pertencia a Oscar Piastri, e por fim, Antonio Giovinazzi será piloto de desenvolvimento da Ferrari. 

Já Daniel Ricciardo não correrá em 2023, sendo provavelmente piloto de desenvolvimento de, provavelmente, a Mercedes. 

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Os recordes das vendas dos elétricos


Sabiam que em setembro, 50 por cento dos carros novos vendidos em Portugal foram elétricos? Para ser mais preciso, 50,31 por cento. Não é a Noruega, onde já chegam perto dos cem por cento, mas para lá se caminha. Em setembro de 2022 foram vendidos 2307 carros na categoria BEV – Battery Electric Vehicle, ou Veículos de Bateria Elétrica, e 1524 veículos híbridos ditos plug-in (PHEV – Plug-in Hybrid Electric Vehicle), num total de 3831. 

Segundo conta o site da UVE - https://www.uve.pt/ - em setembro alcançou-se um novo recorde de venda deste tipo de veículos. A isso não é alheio as preocupações ambientais, aliadas ao preço da gasolina e do gasóleo nas bombas de combustível - que esta semana sofreram um novo aumento, 11 cêntimos só na gasolina - que faz com que se acelere a transição energética, pelo menos no campo dos automóveis. 

"A três meses do final do ano, o país prepara-se para assinalar mais um recorde anual nas vendas, uma vez que – mantendo este ritmo –, seguramente será ultrapassada a fasquia dos 30.000 mil VE vendidos (relembrando que o mercado dos veículos elétricos usados importados também regista grandes valores de vendas).", lê-se no artigo.

Claro, se formos a ver o parque automóvel português, a quota continua a ser pequena: 10,7 por cento de carros a circular. Mas quero afirmar que a média de vida destes carros é superior a 15 anos, ou seja, há muitos carros que poluem imenso, são pouco eficientes e não há a capacidade dessas pessoas de trocarem por alterativas mais limpas e mais baratas na carteira. Quem tem um automóvel com mais de 20 anos, por exemplo, é pobre e não tem capacidade de aquisição. Estão numa armadilha do qual é de saída muito difícil. E os incentivos para o abate desses carros poluentes e a troca por alternativas elétricas não existem.     


Há uns quatro anos, contava em média quatro ou cinco carros elétricos por dia a circular nas estradas da minha cidade, que é mediana - cerca de 50 mil habitantes. Lembro-me bem do dia em que olhei, espantado, o meu primeiro Tesla, um Model S cinzento-escuro. Agora, desisti de contar os carros elétricos, porque, lentamente, mas inexoravelmente, são cada vez mais a circularem nas nossas ruas e estradas. E mais marcas aderem à eletricidade nesses carros, e o preço destes carros, novos, são cada vez mais acessíveis. O Dacia Spring é o mais barato, com preços que partem dos 19.600 euros. 

Quer queiram, quer não, estão aqui para ficar. E claro, há metas: em 2035, todos os carros novos na União Europeia terão de ser elétricos. Aos relutantes, tem duas opções, ou adaptam-se, ou morrem. 

Como no videocast que coloquei ontem por estas bandas, nem sequer há alternativas no campo do hidrogénio, porque para além de ser caro de produzir esse "hidrogénio verde", há o risco de ser ainda mais poluidor que a energia fóssil, especialmente na parte do metano, que é bem mais perigoso do que se julga. Ou seja, "mais do que trocar seis por meia dúzia", o perigo poderá ser maior. Neste campo, o que acho mais promissor é a capacidade de os carros produzirem a sua própria energia, ou seja, deixá-lo ao sol e carregar as baterias por ele próprio. Uma "nanonização" dos painéis solares, no sentido de captar o máximo possível, armazenar nas baterias, evitando assim gastar dinheiro nos carregamentos nos postos que estão a aparecer cada vez mais nas nossas cidades, das diversas marcas. 

Atenção: o facto que não ser fã do hidrogénio é apenas nos automóveis. Noutros meios de transporte, como barcos, comboios ou autocarros, creio que é uma tecnologia que deve ser experimentada e incentivada na transição energética. Um navio de cruzeiro polui muito mais que alguns milhares de automóveis, e se a União Europeia afirma que há uma redução da poluição nas nossas estradas em cerca de 15 por cento - sinal de que isto resulta - colocar versões não poluentes ajudaria imenso na redução da poluição atmosférica e poderíamos combater melhor as alterações climáticas, e claro, deixaríamos de, definitivamente, estar dependentes de petromonarquias do Golfo Pérsico e autocracias que nos ameaçam deixar-nos tremer de frio no inverno se interferirmos nos seus planos expansionistas.


Estamos em transição, dê por onde der. Aliás, toda esta discussão só mostra que, no início da terceira década do século XXI, ainda há gente que julga estar na sexta, sétima ou oitava década do século anterior, e acha que foi ali que o mundo começou.          

Youtube Formula 1 Vídeo: As melhores comunicações do GP do Japão

O fim de semana japonês foi bem agitado, com a chuva no domingo a atrasar - e a agitar imenso - as coisas, ao ponto de ninguém saber se o Max iria ser campeão depois de cortar a meta porque a corrida não chegou aos 75 por cento da sua realização (pouco mais do que 60 por cento). E foi por causa disso que, nos bastidores do pódio, depois de sair do carro, ele soube que tinha ganho o campeonato. E depois de uma penalização a Charles Leclerc, que fez corta-mato ao defender-se. 

Assim sendo, eis o vídeo desta semana nipónica. 

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Noticias: W Series prematuramente terminado


A W Series anunciou esta segunda-feira que as suas corridas em Austin e Cidade do México foram canceladas, levando ao final prematuro depois de cumpridas sete das dez jornadas do campeonato. Segundo a organização, a razão tem a ver com a capitalização de recursos para a próxima temporada.

Com isso, Jamie Chadwick tornou-se tricampeã da categoria, com 50 pontos de avanço que a segunda classificada, a neerlandesa Beitske visser. O anúncio era, de certa forma inevitável, depois das dificuldades reveladas no fim de semana do GP e Singapura, há cerca de 10 dias. 

É com grande tristeza e frustração que anunciamos que nossas tão esperadas três corridas finais da temporada 2022 em Austin e na Cidade do México não serão realizadas." começou por dizer Catherine Bond Muir, a CEO da competição, no comunicado oficial da categoria. "Como start-up em apenas nossa terceira temporada de corridas, estamos sempre trabalhando duro para garantir a regularidade do financiamento à medida que continuamos a expandir nossos negócios, mas devido a circunstâncias imprevistas recentes fora do controle da W Series, não recebemos dos fundos contratados devidos a nós. Portanto, fomos forçados a tomar a infeliz decisão de não completar nosso calendário programado nesta temporada.", continuou.

Sobre o futuro da competição, Bond Muir afirma que espera ter fundos suficientes para uma temporada de 2023 sem sobressaltos. 

Embora ainda não estejamos em posição de fazer um anúncio formal, estamos a ter muitas conversas positivas em andamento e todas as partes compartilham a nossa paixão e crença na nossa missão de fornecer ao nosso incrível campo de mulheres-pilotos uma plataforma para mostrar seus talentos e corrida na frente de fãs entusiasmados em todo o mundo. Estamos a fazer todo o possível para garantir a saúde financeira de longo prazo de nossos negócios e esperamos o crescimento e o sucesso contínuos da W Series.", concluiu.

A competição começou em 2019, com uma interrupção em 2020 devido à pandemia, e em 2021 e 2022, a competição tornou-se numa das corrias que compõem o fim de semana da Formula 1, começando nesta temporada na ronda de Miami.

Noticias: Ricciardo não correrá em 2023


Daniel Ricciardo decidiu tirar um ano sabático para 2023. O anúncio foi feito neste final de semana em Suzuka, depois dos anúncios de Pierre Gasly na Alpine e Nyck de Vries na Alpha Tauri. Apesar de ainda haver lugares por confirmar na Haas F1 e na Williams, o australiano de 33 não está interessado e prefere ficar de fora em 2023, sem qualquer interesse, também, em correr noutras categorias, como a Endurance, a IndyCar ou até a NASCAR. 

Recorde-se, o australiano foi liberto do seu contrato um ano antes do seu término, sendo o seu lugar ocupado pelo seu compatriota Oscar Piastri.

Para ser honesto, as notícias sobre Gasly, já tinha conhecimento”, começou por dizer Ricciardo, na conferência de imprensa que deu no circuito japonês.Eu sabia que eles estavam conversando desde há um tempo e sabia que eles estavam muito interessados ​​em Pierre, então eu diria que estava preparado para isso e [o anúncio não é] nenhuma surpresa. Estávamos tentando contornar isso e descobrir o que viria a seguir, mas acho que a realidade agora é que não estarei na grelha em [20]23."

Acho que agora estou apenas tentando me preparar para [20]24, onde acho que pode haver algumas oportunidades melhores, então é isso que agora onde as vistas estão definidas.”, prosseguiu.

Certamente, o plano ainda é estar envolvido na Formula 1, e isso é como fazer uma pausa [de certa maneira]. É assim que vejo a minha carreira na Formula 1. A intenção é [voltar a correr] em 2024. Claro que poderia abrir oportunidades para talvez fazer algumas dessas coisas, mas se eu sentir que vai se desviar do meu alvo, eu ainda diria que não é realmente para onde estou olhando."

Por mais fantástico que pareça competir noutra coisa, a verdade é que mentalmente ainda não cheguei lá. Ainda estou tão engajado nisto, e acho que um pouco de tempo livre ou fora de um assento provavelmente me fará bem, então provavelmente usaria isso em vez de tentar pular em outra coisa e ficar ocupado em uma categoria diferente. Então eu ainda diria de forma bastante convincente que isso não aconteceria em nenhum outro lugar.”, concluiu.

Segundo se comenta, a chance de ser piloto de desenvolvimento da Mercedes está em cima da mesa.

Youtube Transport Vídeo: Até que ponto o hidrogénio é limpo?

As pessoas falam muito na chance do hidrogénio como combustível do futuro, alterativa à eletricidade e às baterias de lítio. Muitos, até, desejam esse combustível, porque querem uma verdadeira alterativa porque detestam a eletricidade, quaisquer que sejam os seus preconceitos.  

Então, por estes dias, reparei no Fully Charged Show, que decidiu colocar um vídeocast sobre as células de hidrogénio, com alguém que sabe da matéria, e ele fala de algo que poucos pensam: o hidrogénio, no limite, poderá ser mais prejudicial que o metano! Claro, não na emissão dos carros que tem esse tipo de combustível, mas no processo de conversão do gás para o hidrogénio, a parte onde se consume combustíveis fósseis.

E antes que falem que a personagem é uma charlatã, o Prof. David Cebon, que é professor de Engenharia Mecânica na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e autorou - ou co-autorou - mais de 150 teses na área da dinâmica na circulação de transportes nas diversas vias: rodoviárias, ferroviárias e marítimas. Ou seja, ele sabe do que fala.

O videocast tem cerca de uma hora, logo, tirem tempo para o ouvir. A conversa é fascinante.

domingo, 9 de outubro de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 18, Suzuka (Corrida)


E pronto, chegou o dia que todos esperavam que fosse o da consagração. Aquele onde Max acabou por ser bicampeão do mundo, a cinco corridas do final da temporada. E o lugar é fantástico, porque é Suzuka, no Japão, lugar onde gente como Senna, Piquet, Prost, Hakkinen, Michael Schumacher e Damon Hill foram coroados campeões. E o circuito é fantástico. É desafiante, parece ter-se encaixado perfeitamente na paisagem. E todos gostam dela. Tirando a pandemia, e as edições de 2007 e 2008, a Formula 1 corre lá há 35 anos. 

E claro, a última vez que coroaram um campeão do mundo foi há onze anos, quando Sebastian Vettel conquistou ali, pela Red Bull, o seu... segundo campeonato. E também com um avanço de "calendário" sobre a concorrência. 

Mas neste domingo, o dia amanheceu e as nuvens negras já se viam no horizonte, e à medida que a hora da corrida se aproximava, já todos tinham consciência de que a chuva iria cair mais. E claro, todos pensavam: ficaram à espera de melhores momentos? Andariam 53 voltas atrás do Safety Car? As pessoas ainda pensavam dos eventos de 2014, com trágicas consequências.


A chuva era muita quando chegou a hora da corrida, e a visibilidade era pouco mais que nula. Alguns arrancaram das boxes, como Pierre Gasly, mas na frente, Charles Leclerc tentou passar Max Verstappen, mas apesar da boa partida do monegasco, o neerlandês ficou com o primeiro posto na curva 1. Mas em poucas curvas se viam que as condições eram pouco mais que não existentes, e quando Carlos Sainz Jr bateu nas barreiras de proteção, os comissários não tiveram outra chance senão parar a corrida no início da terceira volta. 

Depois, com tudo parado, começamos a ver os perigos de correr à chuva. Os tratores, sempre eficientes, mas a sair com pouca visibilidade, apareceram no momento em que Pierre Gasly ia a mais de 230 km/hora, só não batendo porque estava do outro lado da pista. Reclamou da situação e... o que aconteceu? Foi convocado pelos comissários da FIA!

Hora e meia parados nas boxes, esperando pela melhoria das condições de tempo, foi suficiente para assistir a reclamações - os pilotos estavam furiosos com o trator na pista, mais o comissário a rebocar o carro de Sainz Jr, com os carros a voar metros a seu lado! - e quando se avisou que o tempo iria melhorar um pouco, eles regressaram, atrás do Safety Car, e com pneus de chuva. Algumas curvas e os pilotos começaram a dizer que... não estava muito mau. 

E foi o suficiente para que duas voltas depois, o Safety Car recolheu-se e a corrida recomeçou. Segundo os cálculos, havia 40 minutos de visibilidade compatível pela frente. E quase ao mesmo tempo, Vettel e Latifi arriscaram e meteram intermédios. Norris apareceu a seguir. Na frente, Max lidera, com Leclerc em segundo. E em poucas voltas, se viam que a diferença entre andar de chuva e de intermédios era de dois segundos. A favor destes últimos. 

Foi o suficiente para todos começarem a trocar de pneus, com aquela dança que todos esperávamos. E com a classificação toda misturada, tinham de esperar que... o spray assentasse para saber quem estava realmente na frente. No final, Max mantinha a liderança, na casa do 1.45, e adaptando-se bem nestas condições. Leclerc mexeu-se, marcando 1.44,489. Atrás, Pérez era o terceiro, na frente de Ocon e Hamilton. Latifi era oitavo, mas atrás de Seb, sexto.


Com o tempo a esgotar-se, Max afastava-se de Leclerc e notava-se que aquele carro estava equilibrado para a chuva. Afastava-se do monegasco e quando faltavam cerca de 15 minutos para o limite definido, já havia 14 segundos de vantagem. E os pilotos já buscavam as partes mais molhadas porque... já se desenhava uma linha na pista! E no meio disto tudo, o segundo carro da Red Bull já estava bem perto do Ferrari de Leclerc. O monegasco não tinha pneus.

Sabendo disso, uma volta antes, Alonso foi às boxes para ver se aproveitava a melhoria das condições. Caiu para décimo, mas começou a apanhar alguns pilotos, não suficientes para chegar ao lugar que tinha antes. 

E pelo meio, o tempo esgotava e a corrida estava a meio. Com Max a conseguir 19 dos 25 pontos que deveria receber, os cálculos foram rápidos: não chegava. Pérez teria de passar Leclerc e ainda fazer a volta mais rápida.

No final, parece que foi Leclerc que decidiu tudo. A culpa não foi dele, foi dos pneus que tinham desgastado mais que deveria - pelo menos, os pneus do Max estavam com melhor aspeto, e tinham sido trocados na mesma volta - e como não cedeu o lugar para o mexicano, os comissários foram lestos em penalizar em cinco segundos, dando a dobradinha para a Red Bull.  


Parecia um grande dia, e aparentemente, era insuficiente para o Mundial para o neerlandês. Mas no final... os regulamentos diziam que, afinal de contas, como tinham passado dos 50 por cento e caminhavam para os 75, os pontos contariam por inteiro! E com Leclerc relegado na secretaria para o terceiro posto, Max era por fim campeão do mundo. Mas foi a FIA que lhe disse que tinha os pontos necessários para comemorar o bicampeonato, e no pódio, é celebrou. 

Feliz, é verdade. E claro, sem culpa das asneiras da tarde, Mas para ser franco, este é mais um dia onde a Fórmula 1 não sai muito bem na foto.