sábado, 20 de outubro de 2007

GP Brasil - Qualificação

Que engraçado: dos três candidatos ao título, o que ficou com a "pole-position" foi... nenhum deles! Quem levou a melhor esta tarde foi Felipe Massa, que correndo em casa (claro!) foi o piloto mais rápido. Um intruso na briga pelo título, excelente!

Quanto aos outros candidatos, digo-vos que Lewis Hamilton foi o melhor, ao ser segundo na grelha. Logo a seguir ficou Kimi Raikonnen, na Ferrari, e Fernando Alonso, na McLaren. Para o espanhol, a missão deve ser um pouco inglória, mas pode ser que tenha sorte amanhã...

Quanto ao "Best of the Rest", quem levou a melhor foi o australiano Mark Webber, que com o seu Red Bull, consegue a quinta posição, à frente dos BMW de Nick Heidfeld e Robert Kubica. Jarno Trulli foi oitavo, David Coulthard foi o nono e Nico Rosberg o décimo.

Rubens Barrichello foi 11º, à frente de Jenson Button, que foi 17º. Ralf Schumacher (provavelmente a fazer a sua última corrida da carreira) foi 15º e o estreante Kazuki Nakajima foi apenas 19º, tendo atrás de si apenas o Super Aguri de Antonhy Davidson e os Spyker (futura Force India) de Sutil e Yamamoto.

Amanhã, às 17 horas de Lisboa (14 em São Paulo) começa a corrida mais importante do ano!

WSR - Estoril

A primeira corrida do fim de semana das World Series by Renault, no circuito do Estoril teve de tudo: pilotos que perderam "poles" na secretária e pódios falhados por passagens nas boxes. Foi esta a sina dos pilotos portugueses no dia de hoje no seu circuito natal...



Alvaro Parente poderia ter partido hoje da "pole-position", caso ele não tivesse sido penalizado por excesso de velocidade na saída das boxes. Sendo assim, o seu melhor tempo foi-lhe retirado e caiu para a quarta posição, atrás do seu rival, o inglês Ban Hanley. Filipe Albuquerque foi oitavo na grelha.

Na corrida, a partida foi azarada: Parente viu-se envolvido com o seu rival Hanley e o francês Guilliaume Moreau. A "fava" saiu ao inglês, que capotou, acabando ali a sua corrida. Parente ficou com a direcção desalinhada, foi às boxes, e recuperou até à sexta posição final. Quanto a Filipe Albuquerque, uma falha na troca de pneus faz com que se atrasasse, terminando a corrida na quinta posição.

Apesar de todos estes problemas, Parente ampliou a sua diferença na liderança do campeonato de 15 para 20 pontos, enquanto que Albuquerque ficou mais próximo do terceiro lugar da classificação geral. O vencedor desta corrida foi o espanhol Miguel Molina, seguido pelo francês Juilen Jousse (companheiro de Parente na equipa Tech 1) e por outro espanhol, Alvaro Barba. A segunda corrida do fim de semana português acontece amanhã à tarde.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

GP Brasil - Treinos Livres

Já começaram a rolar as máquinas no circuito de Interlagos, para o Grande Prémio do Brasil, a prova que vai decidir quem vai ser o Campeão do Mundo de 2007. Nos treinos livres esta tarde, corridosa debaixo de chuva, os Ferraris ficaram na frente, com Kimi Raikonnen a ser o melhor, seguido por Felipe Massa. No terceiro lugar aparece o Renault de Heiki Kovaleinen (que faz hoje 26 anos), seguido pelo Williams-Toyota de Nico Rosberg.


Quanto aos McLaren, a prudência é lei: Alonso, para poupar o motor, só saiu para dar uma volta, enquanto que Lewis Hamilton foi quinto. Kazuki Nakajima, o novo recruta da Williams, foi apenas 17º, atrás de... Adrian Sutil, no Spyker-Ferrari.


Entretanto, em noticia de última hora, três pilotos estão a ser investigados pelos comissários de pista por terem infringido o artigo 25.3, que regula o uso de pneus de chuva. Aparentemente, Lewis Hamilton, Jenson Button e Takuma Sato usaram mais do que um jogo de pneus durante o treino livre. Os comissários só irão decidir se aplicam qualquer sanção depois do segundo treino de hoje.


Amanhã decorrerá a qualificação.

Os estreantes - Kazuki Nakajima

Não pensava que iria ver mais um estrante na Formula 1 antes do ano acabar, mas ninguém prevê o destino, não é? Pois bem, com a retirada, há duas semanas atrás, do austríaco Alexander Wurz, a Williams tem hipótese de estrear na Formula 1 o seu piloto de testes este ano, e mais um filho de ex-piloto de Formula 1. Mas não é um qualquer, é o filho de Satoru Nakajima.



Kazuki Nakajima nasceu a 11 de Janeiro de 1985 (tem agora 22 anos) em Aichi, no norte do Japão. Começou a sua carreira competitiva em 1996, no karting, tendo ganho três anos depois o Suzuka Formula ICA Karting Championship. Logo depois, Nakajima foi recrutado para a "Toyota Young Drivers Program" um claro contraste com o seu pai, que foi sempre apoiado pela rival Honda...

Em 2002, entra nos monolugares através da Formula Toyota, tornando-se campeão no ano seguinte. Em 2004, muda-se para a Formula 3 japonesa, node se clasifica na quinta posição do campeonato, vencendo duas corridas. No ano seguinte, torna-se vice-campeão.



Em 2006, muda-se para a Europa, onde compete na Formula 3 Euroseries. Ganha uma corrida, mas acaba em sétimo na clasificação geral, numa série ganha pelo inglês Paul di Resta. Contudo, as suas prestções foram as suficientes para que a Williams o nomeasse no final do ano como um dos pilotos de testes da equipa, juntamente com o indiano Narain Kathikayean.



Este ano, Nakajima subiu mais um degrau na carreira, ao correr na GP2 Series, a bordo da equipa francesa DAMS, onde se tornou no "Rookie do Ano", conseguindo o quinto lugar na classificação geral, com 44 pontos, seis pódios e uma "pole-position". Para além disso, correu mais de 7 mil quilómetros a bordo do Williams-Toyota, quer em várias sessões de testes como nos treinos livres de sexta-feira, como terceiro piloto.



No passado dia 9, logo após o GP da China, o austriaco Alexander Wurz anunciou a sua retirada, e no dia seguinte, a Williams chamou-o para correr em seu lugar na prova final do campeonato, no circuito de Interlagos. É uma boa oportunidade para Nakajima Jr, pois pode provar, quem sabe, que é um piloto de futuro...

A imagem do dia

Esta imagem estava ontem no Blog do Ico, tirada de um dos monitores da Formula 1 em Interlagos. Vendo as coisas, será que a FIA está muito preguiçosa para mudar os nomes ou o programa de computador só permite um novo "reboot" no final da época? Não sei responder, mas que o monitor anda desactualizado, anda...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

GP Memória - Japão 1999

Continuando a saga das temporadas resolvidas na última corrida do Campeonato do Mundo de Formula 1, recuo alguns anos no tempo para falar de um duelo a dois no ano em que Michael Schumacher ficou de fora por boa parte da temporada devido ao seu acidente em Silverstone. Pois é, falo do Grande Prémio do Japão de 1999, a ultima prova da temporada e a unica chance que Eddie Irvine teve de alcançar o título mundial... mas não conseguiu.

Quando a Formula 1 chegou à sua etapa final, a Ferrari e a McLaren disputavam entre si o Mundial de pilotos, enquanto que em termos de construtores, a marca do Cavalino Rampante tinha alcançado pela primeira vez desde 1983 o título mundial de marcas, batendo a equipa de Ron Dennis.

Mika Hakkinen, o actual campeão, tinha como grande rival Eddie Irvine, e ambos estavam próximos um do outro. Na corrida anterior, na Malásia, a Ferrari tinha tido uma polémica dobradinha, pois os comissários tinham desclassificado os carros devido a uma quebra do regulamento, devido ao comprimento das asas laterais. Mais tarde, no Tribunal Arbitral da FIA, essa desclassificação foi retirada. Sendo assim, antes da corrida de Suzuka, Irvine tinha 70 pontos, contra 66 por parte de Mika Hakinnen. O irlandês tinha que estar à frente do finlandês no final da corrida para ser coroado Campeão do Mundo.

Nos treinos, a pole-position foi para a Ferrari, mas não para Irvine. O regressado Michael Schumacher partia na frente, tendo a seu lado Mika Hakkinen, enquanto que na segunda fila, o segundo McLaren de David Coulthard tinha a companhia do alemão Heinz-Harald Frentzen, na sua Jordan-Honda. Eddie Irvine era apenas quinto, tendo a seu lado o Prost-Peugeot de Olivier Panis. O título de Irvine começava a escapar aqui...


Na partida, Schumacher era surpreendido por Mika Hakkinen, que se punha a salvo de qualquer "má intenção" do piloto alemão, enquanto que Irvine era quarto, atrás de Schumacher e Panis. Poucas voltas depois, Irvine subia ao terceiro posto, depois de ver avariar o alternador do Prost guiado pelo piloto francês.


Com o tempo, via-se que Irvine não era capaz de ir buscar quer Schumacher, quer Hakkinen, pois tinha que ganhar para confirmar o primeiro lugar que tinha em mente. O finlandês estava a fazer uma corrida excepcional, provando que tinha estofo de campeão, e somente se Schumacher o apanhasse e ganhasse a corrida é que Irvine poderia sonhar com esse título...

No final, Hakkinen ganha a corrida com cinco segundos de vantagem sobre Schumacher, e conquista o bi-campeonato mundial. Irvine é um pálido terceiro, a mais de minuto e meio, e a perder a melhor oportunidade da sua vida em alcançar o titulo mundial. Os pilotos que completam os lugares pontuaveis são o Jordan de Heinz-Harald Frentzen, o Williams de Ralf Schumacher e o Sauber de Jean Alesi.

Esta corrida vai ser marcante por mais três razões: vão ser as últimas corridas de Damon Hill e Alex Zanardi na Formula 1, bem como da equipa Stewart de Formula 1, que no ano seguinte se tornou na Jaguar... e já agora, foi também a última oportunidade de pontuar para o canadiano Jacques Villeneuve, no seu BAR-Supertec. Terminou na nona posição.

Só mesmo a espanholada...

A poucos dias da decisão de Interlagos, a espanholada quer fazer tudo para que o seu piloto seja campeão. Até nem se importam de furar o pneu de Lewis Hamilton para que Fernando Alonso ganhe. Pelo menos virtualmente...

Assim sendo, vejam o mais recente feito: um site chamado "fura a roda do Hamilton". Se a coisa for levada com humor, tem a sua graça. Agora, se for a sério, só digo que esta espanholada não sabe ver Formula 1. Só o seu piloto.


No dia em que ele for embora, vou ter pena do canal de televisão que transmitir a Formula 1 em Espanha...

Extra-Campeonato: o país que tem vergonha da sua Selecção

Ontem à noite foi dia de jogos para a qualificação para o Euro 2008. Se para algumas equipas, a qualificação foi alcançada (Alemanha, Rep. Checa), para outros, esta está quase lá (Portugal, Polónia, Croácia). Mas desde o inicio que sabiamos que havia dois países qualificados: os organizadores do evento, Austria e Suiça. Sendo assim, ambos os países estão isentos de participarem na fase de qualificação (tal como nós, quando organizamos o Euro 2004)



Ora bem, parece que para uma das equipas, a Austria, as coisas andam mal, muito mal. Parece que a preparação está a ser um desastre, e muitos dos adeptos estão tão incomodados com as exibições, que anda a circular uma petição para que a Austria... desista da sua participação no Euro 2008. A noticia apareceu na edição de ontem do jornal português "Diário de Noticias" e decidi reprodizi-la na sua íntegra:


"Já são 10 mil os austríacos desejosos de ver a sua selecção de futebol excluída do Europeu 2008, que o próprio país organiza, juntamente com a Suíça. Passado quase um mês desde a sua criação, a associação de adeptos autodenominados "salvadores do futebol austríaco" conseguiu reunir, pela internet, 10 mil assinaturas (que representa 0.125% da população) a subscrever a petição que pede a retirada da equipa.


O objectivo da iniciativa, segundo um dos seus mentores, Michael Kriss, filho de um ex-internacional austríaco, é mesmo "evitar que os amantes de futebol entrem em depressão" ao verem a Áustria a jogar. "As actuações de qualidade da equipa comandada por Josef Hickersberger são tão raras quanto a aterragem de meteoros na Terra", argumenta o grupo, que se afirma preocupado com os fracassos consecutivos. É que este ano a equipa ainda não conheceu qualquer vitória e, para piorar o cenário, no passado sábado igualou o recorde negativo de nove derrotas consecutivas, que tinha 33 anos, ao perder frente à Suíça, por 3-1 .

Kriss pretende que esta iniciativa, intitulada "por um Europeu sem Áustria", consiga um milhão de assinaturas para serem entregues à Federação do país, que o assunto seja debatido entre os grupos de decisão da Áustria e que a televisão estatal renuncie à transmissão televisiva dos jogos da selecção.

Indignado com iniciativa, o seleccionador nacional Josef Hickersberger considera estar perante um "desatino absoluto que não pode ser levado a sério". Mais cáustico foi o comentário do ex-internacional Andreas Herzog: "Ignorava por completo que na Áustria existissem 10 mil idiotas". Já Michel Platini, presidente da UEFA, diz estar perante a "ideia mais tonta" que alguma vez ouviu."


Já agora: A Austria jogou ontem com a Costa do Marfim, que esteve no último Mundial, na Alemanha, e ganhou por 3-2. Portanto, acho que a ideia da exclusão pode amainar um pouco...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

GP Memória - Europa 1997

Daqui a dez dias, vai fazer 10 anos que esta corrida aconteceu. Na semana em que o título mundial de pilotos será decidido a três, na última corrida do campeonato, em Interlagos, apresento mais uma em que as coisas se decidiram na prova final da temporada. E foi numa manobra polémica que Jacques Villeneuve levou a melhor sobre Michael Schumacher, e também foi aqui que Mika Hakkinen ganhou a sua primeira corrida da carreira... Bem-Vindos ao Grande Prémio da Europa de 1997, que decorreu no Circuito espanhol de Jerez de La Frontera!



Esta prova foi o recurso que a FIA teve para substituir o Grande Prémio de Portugal, no Circuito do Estoril, cancelado depois de verificaram que se tinha tornado demasiado pequeno para acolher o "paddock"... no seu lugar veio o Circuito de Jerez, e a prova se tornou num "Grande Prémio da Europa". Em termos de competição, a temporada de 1997 era uma luta a dois entre o Ferrari de Michael Schumacher e o Williams-Renault de Jacques Villeneuve, filho do mítico Gilles Villeneuve (1950-1982).



O final da temporada não estava quente: era mais a escaldar. Villeneuve tinha sido desclassificado no Japão, depois de um incidente nos treinos, quando ultrapassou sob bandeiras amarelas. Como estava sob vigilância da FIA devido a um incidente semelhante em Monza, corria o risco de não correr em Jerez, mas a FIA autorizou-o, depois da Williams ter deixado cair o apelo que tinha feito ao Tribunal Arbitral do Desporto. Sendo assim, Schumacher estava na frente do campeonato, com 78 pontos, e o canadiano era segundo, com 77.


Assim sendo, quando pilotos e máquinas chegaram para a etapa final, as contas eram simples de se fazer: se Villeneuve ficasse à frente de Schumacher, o canadiano era campeão, e vice-versa. E mesmo em caso de empate (só aconteceria se Schumacher desistisse e Villeneuve fosse sexto), o canadiano seria campeão, pois tinha mais vitórias que o alemão (sete, contra cinco do piloto da Ferrari)



Nos treinos de qualificação, assitiu-se a algo de inédito até então: três pilotos a fazerem exactamente o mesmo tempo: 1.21.072 segundos. O primeiro a fazer foi Jacques Villeneuve, aos 14 minutos após o inicio da sessão de qualificação. Exactamente 14 minutos depois, Michael Schumacher fez o mesmo tempo, igualzinho! E a nove minutos do fim, foi a vez de Heinz-Harald Frentzen fazer o mesmo tempo. como o critério era de que o primeiro a fazer era o que ficava com a posição, foi o canadiano que deteve a "pole-position", seguido por Schumacher e Frentzen. O quarto foi Damon Hill, no seu Arrows-Yamaha, que ficou a 0,058 segundos do trio.



O dia da corrida amanheceu seco e limpo, e havia expectativa no ar, para saber como é que aquele campeonato iria acabar. Havia muita expectativa em Itália, pois pensava-se que 18 anos depois, a seca de títulos por parte da Ferrari iria acabar. Havia também o receio que Schumacher pudesse usar a mesma manobra que tinha feito três anos antes, em Adelaide, para alcançar o seu primeiro título mundial.



Na partida, Schumacher foi melhor que Villeneuve, e ficou na liderança. Villeneuve era terceiro, atrás de Frentzen, mas poucas voltas depois, o alemão deixou passar o seu companheiro na Williams-Renault, pois o título mundial estava em jogo. Até à volta 48, a história resume-se a Villeneuve a tentar apanhar Schumacher, enquanto que este tentava conseguir uma distância segura para poder controlar o seu adversário e conseguir aquilo que almejava: o título mundial. Enquanto isso, Frentzen ficava para trás, sendo ultrapassado pelos McLaren de Mika Hakkinen e David Coulthard.


Contudo, nessa volta, Villeneuve estava a ser muito mais rápido do que o piloto alemão. Na verdade, depois do segundo reabastecimento, quatro voltas antes, o jogo de pneus do Williams respondia melhor que o da Ferrai, logo, o canadiano conseguia recuperar a desvantagem que tinha sobre o alemão. E nessa volta, no final de uma longa recta, a curva Dry Sac tornou-se no epicentro de toda uma época. Tudo graças a uma manobra arriscada de Jacques Villeneuve, pela direita, e a consequente reacção de Michael Schumacher!



No embate, o Ferrari foi para a gravilha e ficou por lá, enquanto que o Willams tinha danos no radiador, que apesar de permitir que continuasse a corrida, teria que o fazer a um ritmo mais baixo. Mas a polémica estava lançada, pois para muitos, Michael Schumacher voltava a fazer das suas! E tudo isto quando faltavam 22 voltas para o fim da corrida...



Até ao final, Villeneuve esteve sempre na frente, mas a volta e meia do fim, foi apanhado pelos McLarens. Sabendo que não era importante ganhar, pois bastava um sexto lugar para ser campeão do mundo, dexou ultrapassar os dois McLaren, com Hakkinen na frente. E foi assim, de forma consentida, que o finlandês alcançou a sua primeira vitória, depois de sete temporadas ao mais alto nível... Depois dos McLarens, Villeneuve foi terceiro, tendo logo atrás o Benetton de Gerhard Berger (no seu último Grande Prémio da sua carreira), o Ferrari de Eddie Irvine e o Williams de Heinz-Harald Frentzen, que ficou com a volta mais rápida.




Claro, a corrida contininuou depois, nos bastidores. A 11 de Novembro, depois de ouvir as partes em conflito, a FIA decidiu excluir Michael Schumacher do seu vice-campeonato, com 78 pontos. Contudo, ele manteve as suas vitórias e os seus pódios. Max Mosley afirmou que "Apesar da acção ter sido propositada, esta foi mais uma reacção imtempestiva do que deliberada". As reacções em Itália e na alemanha foram de tristeza, mas também de indignação. Um exemplo foi o jornal "La Stampa", propriedade da familia Agnielli, dona da FIAT (e da Ferrari): "A sua imagem de campeão foi quebrada"

Extra-Campeonato: Até ao fim do Mundo... para ganhar!

Hoje foi dia de Selecção Nacional, e Portugal teve que ir até quase à China para jogar as suas cartadas decisivas na qualificação para o Euro 2008, a realizar na Austria e Suiça. Depois de dar 2-0 ao Azerbeijão, no Sábado (golos dos portistas Hugo Almeida e Bruno Alves), hoje deslocou-se a Almaty, no Cazaquistão (sim, é a terra do Borat...) para arrancar mais uma vitória decisiva, desta vez por 2-1 (golos de Cristiano Ronaldo e Makukula) Com isto, a caminhada para a quarta qualificação consecutiva para o Europeu de Futebol é cada vez mais uma certeza.

Este post nem têm grande razão de existir, a principio, mas as circunstâncias dos últimos jogos tornaram aquilo que devia ser um pro-forma em algo tão importante como se fosse uma final europeia. Afinal de contas, os dois últimos jogos, contra a Polónia e Sérvia, jogados em casa, resultaram em empates, e o jogo sérvio acabou com o já famoso murro de Luiz Filipe Scolari ao sérvio Dragutinovic, que já mereceu até "sketch" por parte dos Gato Fedorento...

Agora que esta parte está resolvida, esperam-nos mais dois jogos decisivos, contra a Arménia e contra a Finlândia, a 17 e 21 de Novembro, respectivamente. Estes seis pontos são decisivos a dobrar, não tanto por aquilo que os nossos adversários podem fazer, mas sim pelo facto de ser jogado em casa (o jogo com a Arménia vai ser na minha terra...). A responsabilidade é muita, e espero que eles não falhem.

E já agora, fixem este nome: Arziza Makukula. Joga no Marítimo, emprestado pelos espanhois do Sevilha, e acho que seria o avançado ideal para pegar de estaca no "meu" Benfica. Aproveitem agora, antes que o Porto fique com ele!

50 mil, minha gente!!!

Eu julgava que iria escrever este post quando nós estariamos a comemorar o Natal e a falar sobre o Lisboa-Dakar de 2008. Afinal de contas, no momento em que escrevo estas linhas, estamos a discutir a prova final do Mundial de Formula 1 de 2007, no circuito brasileiro de Interlagos, para saber quem o vencerá. Pois é: hoje é um dia especial, pois oito anos e poucos dias depois de começar, e no mesmo dia em que o finlandês Kimi Raikonnen faz 28 anos, chego à ilustre marca das 50 mil visitas!


É certo que por estes dias ando a meter menos posts (o trabalho obriga a isso...), mas tento meter os mais interesantes, e fugir um pouco ao "fait-divers" que a actualidade obriga. E estamos em dias decisivos para o título mundial... Mas enfim, quero agradecer, obviamente, aos meus fiéis companheiros da blogosfera por passarem aqui e darem a sua sentença sobre aquilo que eu coloco e especialmente, quando remexo os arquivos do passado (o que só faz bem, especialmente quando estamos a viver o campeonato mais polémico da década).


Entretanto, vou descobrindo novos amigos e excelentes blogs. Há dois que quero destacar nos últimos tempos: o blog Savio Machado e um que descobri ontem: o Folha de Seu Paulo (um óbvio trocadilho com o jornal), mas as noticias são quase as mesmas, ditas de uma forma menos séria...


Bom, não tenho muito mais para dizer. Só espero que no Domingo, a corrida seja emocionante, mas limpa, e que ganhe o melhor. Gostaria que fosse o Hamilton, mas isso é a minha perferência pessoal! Obrigado a todos os que me visitam e espero que dentro de seis meses esteja a comemorar a visita numero 100 mil. Até lá!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

GP Memória - Portugal 1984

Continuando a semana das decisões do passado, depois de ontem ter falado sobre o bi-campeonato de Nelson Piquet, que ontem comemorou o seu 24º aniversário, hoje falo de uma decisão que vai fazer no próximo Domingo 23 anos. Trata-se do Grande Prémio de Portugal de 1984, a corrida que marcou o regresso da Formula 1 ao nosso país, e que deu o tri-campeonato a Niki Lauda, pela diferença mais curta de sempre... meio ponto!

O ano de 1984 marcava o dominio da McLaren nas pistas: Alain Prost e Niki Lauda ganharam 12 das 16 provas da temporada, e desde o meio da temporada que se via que o conjunto chasis MP4/2, com motor TAG-Porsche iria ficar com o título de construtores, dando um grande avanço sobre os rivais Lotus e Ferrari.

A última prova do campeonato tinha o seu aliciante: qual dos dois pilotos iria ficar com o ceptro? Antes da prova do Estoril, o austriaco Lauda era o líder, com 66 pontos, seguido pelo francês com 62,5 pontos. Prost só poderia ser campeão se ele ganhar e Lauda não chegar na segunda posição. A aposta do francês era essa, mas nada indicava que tal iria acontecer, pois o austriaco, agora mais velho, era muito mais regular e terminava mais vezes nos pontos do que Prost, que tinha mais vitórias, mas tinha mais desistências.

Assim sendo, as coisas estavam assim naquele fim de semana em que a Formula 1 regressava a Portugal, 24 anos depois da última edição, no Circuito da Boavista, na Cidade do Porto. Nos treinos, o campeão Nelson Piquet faz a sua nona pole-position do ano, ao volante do seu Brabham-BMW, enquanto que tinha a seu lado Alain Prost, que fazia a sua parte para alcançar o título mundial. Na segunda fila estavam o novo menino prodígio da Formula 1: o brasileiro Ayrton Senna, que tinha levado o seu modesto Toleman-Hart à terceira posição, tendo a seu lado o finlandês Keke Rosberg, num Williams-Honda. Niki Lauda era apenas 11º, muito distante do seu objectivo do tri-campeonato.

Domingo, 21 de Outubro de 1984. Um dia normal de Outono, o autódromo cheio de espectadores sedentos de ver os seus ídolos ao vivo, assistia-se a um Grande Prémio que se afigurava emocionante. Na patida, Prost foi para a frente, seguido de Piquet, Senna, Mansell, Alboreto, Rosberg e De Angelis. Lauda patia da 11ª posição, mas à medida que a corrida prosseguia, o piloto austríaco subia posições, até que a pouco mias de meio da corrida estava atrás do Lotus de Nigel Mansell, no terceiro posto.

Nesta altura, Prost era o virtual campeão mundial, por... um ponto e meio. Bastava que as coisas mantivessem assim, e o Lotus de Mansell resistisse aos ataques de Lauda. entretanto, Ayrton Senna, depois de ter caido para a quinta posição, recuperava posições. Beneficiou do despiste de Nelson Piquet, que caiu para as últimas posições, mas recuperou até ao sexto posto e dos problemas de Michele Alboreto, e agora rolava num seguro quarto lugar.



Contudo... a 18 voltas do fim, e depois de um ameaço, os travões do Lotus de Nigel Mansell cedem e o britânico acaba na caixa de brita. Em consequência, Lauda sobe para o segundo posto e torna-se no virtual campeão do mundo... por apenas meio ponto. Neste momento, Prost nada podia fazer senão levar o carro ao fim e ganhar a sua 17ª prova da sua carreira, que seria certamente uma das mais amargas...

No final, uma multidão rejubilante comemorava a dobradinha da McLaren, com Niki Lauda a ser coroado campeão do Mundo, aos 35 anos, e três épocas depois do seu regresso á Formula 1. A acompanhá-los no pódio ia um jovem Ayrton Senna, que ainda não se sabia, mas estava a começar uma relação de amor com a pista do Estoril e o nosso país... nos restantes lugares pontuáveis, ficaram o Ferari de Michele Alboreto, o Lotus-Renault do italiano Elio de Angelis e o Brabham de Nelson Piquet.

A foto do dia

A Spyker, apesar de ser uma equipa do fundo do pelotão, tem sempre tempo para mandar umas piadinhas, especialmente quando foi noticia no GP de França, graças a aquela "bela" manobra do Christian Albers na "box", onde sai de lá com a mangueira agarrada e tudo...


Pois bom: depois da zanga, ainda há tempo para brincar com isso. Ora reparem no capacete à vossa direita...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

GP Memória - Africa do Sul 1983

Começando a semana mais decisiva do ano, lembro-vos de outras corridas decisivas que ocorreram num passado mais ou menos recente da Formula 1. A minha primeira lembrança faz hoje 24 anos, e havia três contendores ao título: dois franceses contra um brasileiro. E o brazuca ganhou! Já repararam que hoje vou falar do Grande Prémio da Africa do Sul de 1983, a corrida que deu o bi-campeonato a Nelson Piquet.


Antes do Grande Prémio final, no circuito sul-africano de Kyalami, nos arredores de Joanesburgo, o francês Alain Prost, num Renault, era o líder do campeonato, com 57 pontos, mais dois que o brasileiro Nelson Piquet, num Brabham. O piloto brasileiro tinha ganho as duas corridas anteriores, em Monza e Brands Hatch, enquanto que o francês apenas tinha sido segundo na corrida inglesa: 18 pontos contra seis.


Ainda com possiblidades (matemáticas) para o título estava o francês René Arnoux, com 49 pontos, mas a última vez que pontuou tinha sido em Monza, onde tinha terminado em segundo. Neste aspecto, o brasileiro Piquet estava na mó de cima. Mas... (nesta altura ninguém sabia), o Brabham-BMW estava a ser abastecido com gasolina que estava... um pouco fora do normal.


Na corrida final, disputada na altitude de Kyalami, os Ferrari mostraram-se nos treinos, com o francês Patrick Tambay na "pole-position", enquanto que Nelson Piquet ficou ao seu lado na primeira fila. Na segunda linha ficou o segundo Brabham de Riccardo Patrese e o segundo Ferrari, de René Arnoux. Alain Prost foi o quinto, tendo a seu lado o Williams do finlandês Keke Rosberg, que estreava aqui o motor Honda Turbo.


Na partida para a corrida, Piquet e Patrese tomaram logo a liderança a Tambay, enquanto que Prost ficava na quarta posição, atrás de Arnoux. Na volta nove, as magras hipóteses de Arnoux ganhar o título desapareceram: um motor rebentado encostava-o à box. Alain Prost sobe para a terceira posição, mas precisava de apanhar Patrese e Piquet para ser campeão, pois mesmo que ficasse na segunda posição, e Piquet ganhasse, o brasileiro tinha vantagem por um ponto (63 contra 64).


Prost tentava alcançar os Brabham, que pareciam imparáveis, mas na volta 35, tudo estava acabado para ele e para a Renault: o motor falhou e o piloto francês via fugir a primeira oportunidade da sua carreira em ganhar o título. Quando Piquet soube disso, decidiu que o mais importante era acabar a corrida, e decidiu tirar o pé, sendo ultrapassado pelo seu companheiro Patrese, pelo McLaren de Niki Lauda e pelo Alfa Romeo de Andrea de Cesaris.




O quarto lugar era mais do que suficiente para ser campeão do mundo, mas na volta 67, o motor TAG-Porsche Turbo do piloto austríaco foi à vida, e Piquet herda a terceira posição. No final da corrida, Riccardo Patrese ganha a sua segunda vitória da sua carreira, uma despedida em grande, pois no ano seguinte iria para a Alfa Romeo, substituindo... Andrea de Cesaris, o segundo classificado. O outro italiano alcançava o segundo pódio do ano, depois de ter sido segundo em Hockenheim. Nelson Piquet levava a medalha de bronze, mas este... sabia a ouro! A completar os lugares pontuáveis ficaram o Toleman-Hart do inglês Derek Warwick, o Williams-Honda de Keke Rosberg e o segundo Renault do americano Eddie Cheever.


Esta corrida teve consequências: poucos dias depois, a Renault corre com Alain Prost da equipa, que é logo aproveitado por Ron Dennis, para ser parceiro de Niki Lauda na McLaren, com os novos motores TAG-Porsche Turbo. Ainda não se sabia, mas o fim da Renault como construtor tinha começado...

A capa do Autosport deste semana

Esta semana, o Autosport faz 30 anos de vida. Sendo assim, coloca esta semana a sua edição especial de aniversário, com uma capa interessante, pois afinal de contas, estamos na semana do último Grande Prémio da temporada, no Circuito de Interlagos, no Brasil.


O título "Trio de Ataque" até é jeitoso, dado os concorrentes em disputa, mas isso significa aqui, no meu país, um programa de futebol, que vai para o ar nas Terças-feiras à noite, na RTP N, onde três personagens, cada qual defendendo um dos "Três Grandes" do futebol (F.C.Porto, Benfica e Sporting), discutem a semana futebolistica. É o futebol a influênciar o automobilismo...

domingo, 14 de outubro de 2007

Bruce McLaren vai a filme

Quando há uns tempos atrás publiquei a biografia de Bruce McLaren neste blog, falei que estaria a ser preparada na sua terra natal um filme sobre a sua vida. Pois bem, tenho novidades a esse respeito.


O filme tinha sido anunciado no inicio deste ano, quando a A1GP foi ao novissimo circuito de Taupo, no Norte da Nova Zelândia, não muito longe do sitio onde ele cresceu. O filme terá um orçamento de 140 milhões de dólares neo-zelandeses, angariados por um conjunto de investidores privados. O produtor do filme vai ser Barrie Osborne, que ganhou um Óscar em 2003 com "Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei", e está a ser escrito por Matthew Granger.


Basicamente, este filme vai usar muitas das coisas que já vimos na triologia "Senhor dos Anéis", nomeadamente os feitos especiais, que vão ser criados pela mesma firma, a Weta Digital, que Granger e Peter Jackson, o realizador da triologia, é um dos fundadores.


A ideia do filme é, obviamente, falar sobre a sua vida, nomeadamente, as suas vitórias na Can-Am e Formula 1, bem como a fundação da sua equipa e a sua vitória nas 24 Horas de Le Mans em 1966, a bordo de um Ford GT40. Ainda não se sabe nem quem será o actor principal ou o realizador do filme, mas a expectativa é que seja um grande nome de Hollywood.


Quanto à estreia do filme, prevê-se que seja nos finais de 2008 ou no inicio de 2009. Espero que valha a pena! Até lá, podem ver aqui o site oficial do filme, que ainda não tem nome.

WRC - Rali da Córsega, Final

Como previsto, o francês Sebastien Löeb ganhou o "seu" Rali da Córsega, reduzindo a diferença para o seu rival, e actual líder do campeonato, Marcus Gronholm, para quatro pontos, quando faltam três provas para o final da temporada 2007 do Mundial WRC.


O dia final do rali foi normal: Löeb consolidou a liderança que tinha sobre Gronholm, que pura e simplesmente foi o possivel para levar o carro até ao fim e perder o mínimo de pontos para o francês.


Daniel Sordo ficou só no terceiro posto, pois desta feita não teve Mirko Hirvonen a disputa-lo, pois estava muito atrasado desde o final da primeira etapa, quando arrancou a roda e a suspensão traseira direita do seu Focus.


A luta pelo quarto lugar ficou resolvida apenas no derradeiro troço, a favor do finlandês Jari-Mari Latavala. Depois da desistência de Francois Duval, vítima de um despiste, o finlandês da Stobart disputava o lugar com o Subaru do norueguês Petter Solberg partiram para a derradeira etapa separados por sete segundos. Na derradeira especial, Latvala realizou-a de “faca nos dentes” e aproveitou um pequeno erro de Solberg para repetir o quarto lugar da Argentina.

O próximo rali será no Japão, uma prova que se corre em terra, o que permitirá ao finlandês oferecer outra réplica a Löeb, pois curiosamente, os dois últimos vencedores da prova japonesa foram precisamente, Gronholm e Löeb.

A1GP - Brno

Este fim de semana, a A1GP teve a sua segunda prova do campeonato no circuito checo de Brno, onde 22 máquinas, de outros tantos países, se degladiam pelo melhor posto, e pelo orgulho nacional.

Nos treinos, o melhor foi Jeronen Bleekmolen, da Holanda, que se superiorizou a Johnny Reid, da Nova Zelândia, e a Adrian Zaugg, da Africa do Sul. João Urbano, o representante português, lagou da oitava posição para a Sprint Race.


Nessa corrida, feita em partida lançada, quem se lançou para a frente foi Reid, enquanto que Urbano perdeu um lugar para o francês Nicolas Lapierre. No final das 10 voltas, não houve grandes mudanças, e a Nova Zelândia foi a melhor, seguido por Robbie Kerr, da Grã-Bretanha, e Adam Carroll, da Irlanda. Zaugg foi quarto, e João Urbano foi nono.


A segunda corrida, a Feature Race, a Nova Zelândia repetiu a dose, subindo ao lugar mais alto do pódio, seguido pelas formações da Holanda e da Suiça, com Neel Jani ao voltante. Quanto a portugal, João Urbano partiu da 16ª posição, mas uma má escolha de pneus fez com que acabasse a corrida no 18º lugar. Quanto ao Brasil, através de Sergio Jimenez, foi sétimo nesta segunda corrida, marcando os três primeiros pontos da época.


A próxima prova irá decorrer no dia 25 de Novembro, no Circuito de Sepang, na Malásia.