sábado, 20 de agosto de 2022

Noticias: Michael Masi poderá regressar às corridas


Michael Masi poderá regressar ao automobilismo, num cargo diretivo na Supercars australiana. Rumores nesta semana sugerem que Masi será o novo presidente da Comissão de Supercarros no seu país de origem.

Depois dos eventos de Abu Dhabi, no final de 2021, que resultaram no campeonato para Max Verstappen, a FIA decidiu abrir um inquérito que resultou na sua substituição, com a garantia que seria oferecido uma nova posição dentro da FIA. Contudo, em julho, Masi decidiu que iria regressar à Austrália, para provavelmente, fazer o seu regresso nos Superscars australianos. 

Se tal acontecer, não seria a primeira vez que trabalharia na categoria, já que era anteriormente um dos responsáveis da competição quando em 2018 foi chamado pela FIA como diretor de corridas, trabalhando ao lado de Charlie Whitting. Quando este morreu, nas vésperas do GP da Austrália de 2019, substituiu-o como diretor de corridas, cargo que ocupou até ao final de 2021.

Youtube Rally Crash: O acidente de Craig Breen no Rali Ypres

Na Bélgica, naquelas estradas estreitas, um erro e significa acabares meio metro mais abaixo, na valeta. Foi o que aconteceu a Craig Breen esta manhã, quando perdeu o controle do seu Ford Puma Rally1 e acabou virado, com as rodas no ar. Carros parados, classificativa parcialmente neutralizada e mais um momento dos ralis neste sábado.

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

WRC 2022: Rali de Ypres (Dia 1)


Elfyn Evans, Ott Tanak e Thierry Neuville, estes são os três pilotos que lutam pela liderança do Rali Ypres, na Bélgica, e após a realização das primeiras oito especiais, o melhor é o piloto belga, que conseguiu um avanço de 2,5 segundos sobre Ott Tanak, seu companheiro de equipa na Hyundai, enquanto Elfyn Evans está mais distante, a 13,7 segundos. 

Mas o grande momento do dia foi o capotamento de Kalle Rovanpera, na segunda especial, que destruiu o seu Toyota Yaris WRC e o deixou a ver a concorrência a passar. Contudo, com o grande avanço que tem no campeonato, isto foi mais um golpe no seu orgulho, já que as suas ambições de ser o campeão mais novo de sempre no WEC mantêm-se intactas.


Foi numa zona de curva contracurva, e na segunda tinha uma nota demasiado otimista, pensava que era uma curva curta, mas não era e quando curvei saímos largo e fomos para a vala, e capotámos várias vezes”, disse o finlandês. 

Com passagens duplas por Vleteren, Westouter-Boeschepe, Mesen-Middelhoek e Langemark, o rali começou com Rovanpera ao ataque, 2,5 segundos na frente de Evans e três segundos sobre Tanak. Breen despistou-se e perdeu 14,2 segundos com o seu Ford.

Roanpera teve o seu acidente na segunda passagem... e foi a partir daí que tudo ficou baralhado. Neuville ganhou a especial, 0,3 segundos na frente de Evans, que estava agora no comando. Tanak era terceiro na especial, a um segundo. Tanak foi o melhor na terceira especial, 0,1 segundos sobre Neuville e 0,3 sobre Breen, enquanto Evans era quarto, a 0,6. Evans acabou a melhor a ser o melhor na primeira passagem por Langemark, 1,5 segundos na frente de Neuville e 1,7 sobre Tanak. Atrás, Katsuta Takamoto tinha problemas e perdia mais de dois minutos e 17 segundos, saindo fora do "top ten".

Ott Tanak arrancava o melhor tempo ao inicio da tarde, igualando-se a Thierry Neuville, na segunda passagem por Vleteren. Evans perdia 1,2 segundos e via os pilotos da Hyundai muito perto dele. Neuville foi o melhor na sexta especial, 3,3 segundos adiante de Elfyn Evans e 4,5 sobre Tanak, e voou na sétima, conseguindo um avanço de 2,6 segundos sobre Tanak e sobretudo, cinco segundos sobre Evans. Agora, os três primeiros estavam separados por meros... 0,7 segundos. O belga consolidou a liderança na última especial do dia, 1,9 segundos na frente de Tanak e dois segundos sobre Evans.

"Foi uma tarde totalmente diferente em termos de manobrabilidade do carro. Estou muito mais feliz agora. Sinto que vi algumas áreas em que podemos melhorar e obter um pouco mais de velocidade, mas com esta tarde podemos ficar muito felizes. Nossa equipa meteorológica fez um trabalho incrível com algumas informações muito precisas e me senti confiante em confiar em suas previsões. Isso é muito importante em um dia como este.", disse Neuville no final do dia.

Ott Tanak também disse que o dia tem sido positivo para ele:

"O dia foi muito melhor do que esperávamos. Realmente não tivemos a sensação de ontem para estar na luta, e mesmo que esteja vindo da maneira mais difícil estamos em uma posição surpreendentemente boa. Tivemos sorte que o clima por aqui tem sido bastante consistente."

Elfyn Evans lamentou que o furo lento tenha prejudicado o seu ritmo. "É isso - não foi uma grande tarde. Tivemos um furo lento após a segunda etapa, então tivemos que usar um pneu de chuva nesta etapa, e não era o ideal."

Depois dos três primeiros, Esapekka Lappi é o quarto, a 37,3 segundos, seguido por Craig Breen, a 56,1. Gus Greensmith é o sexto, a 1.34,5, na frente de Oliver Solberg, a 2.01,2. Oitavo é Adrien Formaux, a 2.09,5 e a fechar o "top ten" estão o Citroen do francês Stephane Lefebvre, a 3.41,4, e o Skoda de Andreas Mikkelsen, a 3.56,9. 

Como nota de curiosidade, entre os participantes está Jos Verstappen, ex-piloto e pai do Max Verstappen. No final do primeiro dia, a bordo de um Citroen C3 Rally2, é 25º da geral, a 5.55,4 do líder.

Amanhã, o Rali de Ypres continua, com mais oito especiais.  

Youtube Rally Crash: O acidente de Kalle Rovanpera em Ypres

Mal começou o Rally Ypres, na Bélgica, e houve já um momento chocante, quando Kalle Rovanpera perdeu o controle do seu Toyota Yaris WRC e capotou. Eis o vídeo onde o finlandês, líder do campeonato, destrói o seu carro e fez "baralhar e voltar a dar" para a concorrência. 

Se ele e o Jonne Haltunnen, o seu navegador, estão bem, o orgulho deles deverá estar um pouco magoado.

Mais logo falarei com calma do primeiro dia do Rally Ypres, mas por agora, fiquem com este momento. 

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Youtube Formula 1 Video: As alterações nos regulamentos dos motores a partir de 2026

Já sabemos o que acontecerá nos motores a partir de 2026: uma maior hibridização, gasolina meio sintética, mais potência, mas maior sustentabilidade. Tudo para, aparentemente, fazer entrar a Audi e a Porsche na Formula 1, eles que são adeptos deste tipo de motorização, digamos assim.

Nestes dois vídeos, o pessoal da Formula 1 explica o que haverá de novo nos motores dentro de quatro temporadas, destrinçando os aspetos técnicos de uma forma simples para o espectador.

Uma série de desenhos animados a caminho?


Lembram-se no "Tooned", da McLaren? Pois bem, a série, que aconteceu há cerca de uma década, poderá ter continuidade, graças às ideias que o pessoal do Formula One Management, nomeadamente a Liberty Media, está a ter para atrair novos públicos. Quem diz isso é Ian Holmes, o diretor de conteúdos da empresa que gere os destinos comerciais da Fórmula 1, ontem em Londres, enquanto discursava no BlackBook Motorsport Forum.

"Essencialmente, queremos que as pessoas se envolvam com o nosso desporto da forma que quiserem", começou por dizer o britânico. "Queremos ter certeza de que a nossa oferta é a mais ampla possível.", continuou. 

"O Drive to Survive tem sido um pilar muito bem-sucedido disso, mas também queremos envolver-nos com crianças, por exemplo. Queremos fazer uma série de animação. Queremos fazer algo em viagens, ou seja lá o que for – tem de ter uma ligação com a Fórmula 1. Mas essencialmente queremos o maior número possível de pontos de contacto para a modalidade. Por isso, temos de ter a certeza, do ponto de vista do conteúdo, o que empurramos para fora – para além e para cima e para fora da Drive to Survive – que se envolve com os fãs que vêm dessa direção.", concluiu.

Apesar de ser ainda uma ideia, o sucesso do "Drive to Survive", que já vai na sua quarta temporada, mobilizou fãs, especialmente nos Estados Unidos, que fez com que a competição naquelas paragens alargasse para três corridas, algo que não acontecia desde 1982. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Youtube Formula 1 Video: A ascensão de Charles Leclerc

Charles Leclerc tem o talento e o carro para ser campeão do mundo... se a mecânica não falhar. Mas poucos já não se lembram como é que o piloto monegasco lá chegou. É verdade: passou pela Formula Renault, Formula 3, GP3, GP2 e uma temporada na Sauber Alfa na Formula 1 antes de em 2019 andar pela Ferrari. 

E então, como muitos já se esqueceram um pouco de como foi as coisas até ele chegar lá, o Josh Revell, que está cada vez mais admirado por ele, fez-nos o favor de recordar como foi a sua ascenção até à categoria máxima do automobilismo. Com perdas pessoais pelo meio e tudo. 

Formula E: Susie Wolff abandona a Venturi


Susie Wolff anunciou hoje que abandona a Venturi, onde foi a sua diretora. Poucos dias após acabar a temporada, em Seul, a ex-piloto escocesa, de 40 anos, e mulher de Toto Wolff, tomou o passo lógico depois da parceria que a equipa sediada no Mónaco fez com a Maserati, que irá entrar na Formula E a partir de 2023 como fornecedora de unidades motrizes.

Tudo isto depois de uma grande temporada onde Edoardo Mortara e Lucas di Grassi terem feito grandes feitos, lutando até quase ao final do campeonato pelo título mundial da competição elétrica. 

Nas redes sociais, Wolff escreveu, em jeito de despedida: 

Como a temporada mais bem-sucedida da história da Venturi Formula E chega ao fim, o mesmo acontece com a minha viagem pessoal com a equipa e com a Fórmula E. Parto com imenso orgulho dos sólidos alicerces que construímos juntos, à medida que a equipa começa um novo capítulo com a Maserati”. 

A última temporada de Wolff na Venturi acabou por ser a mais bem-sucedida, com a equipa a alcançar o segundo lugar no campeonato de Construtores, com cinco vitórias - quatro para Mortara, um para Di Grassi - enquanto em termos de pilotos, o suíço acabou na terceira posição do Mundial, com 169 pontos.

Noticias: FIA finaliza regulamentos para 2026


A FIA divulgou ontem os regulamentos dos motores que estarão em vigor a partir de 2026. Os motos continuarão a ser os mesmos desde 2014 - V6 Turbo de 1.6 litros - mas haverá mais híbridade, tirando o MGU-H, e reduzindo a dois MGU-K. Contudo, o ERS, o sistema de recuperação de energia terá a sua potência aumentada para 350 kW. E os combustíveis serão metade sintéticos, de forma a ser cem por cento sustentável.

As alterações terão afeito a partir do próximo dia 1 de janeiro, e o "cost cap" - o teto orçamental para este sistema de motores - está limitado a 95 milhões de dólares, para depois ser aumentado para 130 milhões em 2026. A FIA espera atrair novos construtores, mas nos bastidores, afirma-se que estes regulamentos foram feitos de forma a atrair o grupo Volkswagen para a categoria máxima do automobilismo. Audi e Porsche poderão estar na porta de entrada, com a marca de Estugarda a fazer um acordo para ficar com 50 por cento da Red Bull, enquanto a marca de Inglostadt poderá fazer o mesmo em relação à Sauber, quando acabar o seu acordo com a Alfa Romeo. 

As alterações foram aprovadas em Conselho Mundial e no final da reunião, o presidente da FIA, Mohamed bin Sulayem, elogiou a tomada de decisão da FIA rumo à sustentabilidade:

A FIA continua a caminhar [em direção] a inovação e a sustentabilidade - em todo o nosso portfólio do automobilismo - os regulamentos da unidade de potência (UP) da Fórmula 1 de 2026 são o exemplo mais importante dessa missão.", começou por dizer.

A introdução da tecnologia avançada de UP, juntamente com combustíveis sintéticos sustentáveis, alinha-se com nosso objetivo de oferecer benefícios para os usuários de carros de estrada e cumprir nosso objetivo de zero carbono líquido até 2030. A Fórmula 1 está atualmente desfrutando de um imenso crescimento e estamos confiantes de que esses regulamentos se basearão na emoção que nossas mudanças de 2022 produziram."continuou.

Quero agradecer a todos os gerentes e técnicos da FIA envolvidos neste processo por sua diligência e compromisso em trabalhar em conjunto com todas as partes interessadas da Fórmula 1 para entregar [estas conclusões]. Também quero agradecer aos membros do WMSC [Conselho Mundial de Automobilismo, sigla em inglês] por sua consideração e aprovação desses regulamentos.”, concluiu.

Para além disso, a introdução das novas unidades de potência será também acompanhada de uma alteração nos regulamentos desportivos. A partir de 2027, todos os pilotos continuarão a ter uma limitação a três motores de combustão interna durante toda a temporada, bem como três turbocompressores e duas unidades electrónicas de controlo e armazéns de energia. No entanto, os condutores serão limitados a três "conjuntos de escape" - abaixo dos actuais oito que estão a ser permitidos - e também serão limitados a apenas dois MGU-Ks, um a menos do que existe em 2022.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Youtube Formula 1 Video: A cabeçada de Mansell em Zeltweg

Há 35 anos, a Formula 1 corrida pela última vez em Zeltweg, que tinha mostrado que precisava de reformas depois de dois acidentes na largada, com os carros a baterem na reta da meta, sem chance de fugirem da confusão. 

E ainda por cima, foi um fim de semana complicado: Stefan Johansson sofrera um enorme susto quando ele colidiu com um cervo com o seu McLaren. Ele nada sofreu, mas o carro ficou muito danificado e o animal virou churrasco. 

Mas ao vencedor, Nigel Mansell, que derrotou Nelson Piquet e Teo Fabi para conseguir, ainda teve uma surpresa desagradável: um "galo" provocado por uma distração quando ia para o pódio no carro que os tinha transportado para a volta olímpica ao circuito. E claro, outra lenda automobilística, Murray Walker, não podia deixar passar o momento em branco. 

A(s) image(ns) do dia



Há precisamente 30 anos, Nigel Mansell atingiu aquilo que tinha sonhado por doze anos, quase desde a sua chegada à Lotus, a meio de 1980. Em terras húngaras, nem precisou de triunfar para conseguir os pontos suficientes para ser campeão do mundo a bordo de uma grande máquina que era o FW14. Deixou a vitória para as mãos de Ayrton Senna, e o segundo lugar serviu para os ingleses fazerem a festa. E como faltavam cinco corridas para o final da temporada, foi um recorde: nunca um título tinha sido comemorado tão cedo na temporada, nem mesmo nos anos 50, quando houve os domínios de Alberto Ascari, na sua Ferrari, e Juan Manuel Fangio, no seu Mercedes, ou nos anos 60, quando Jim Clark dominava as pistas com o seu Lotus, ou Jack Brabham tinha tudo controlado, guiando as suas próprias máquinas. 

Como sabem, foi Niki Lauda que afirmou se aprenderem mais com as derrotas do que com as vitórias. Tem razão: quando se ganha, o que se quer é festejar e descontrair. Quando lutas pelo título e perdes, analisas onde falhaste e tentas colmatar esses defeitos para melhorares o produto e na próxima temporada, esperas que tudo esteja bom e consigas superar os teus adversários. Foi o que fez a Williams e Adrian Newey, quando sabiam que tinham uma grande máquina e um excelente motor, no início de 1991, mas apareceu tarde demais para apanhar o avanço que Ayrton Senna tinha dado com o seu McLaren MP4/6. E logo em 1992, trataram de colmatar esses defeitos. Máquina perfeita, cinco vitórias seguidas do "brutânico" e o resto foi gerir o avanço até garantir que a matemática batesse certo. Foi na primeira chance, em Budapeste.

E Mansell, 39 anos completados uns dias antes, estava feliz. Era lutador e capaz do melhor em pista, mas puxava demasiado pelo carro ao ponto de este ficar destruído nas suas mãos. E perdeu dois títulos mundiais por causa de acidentes, embora, reconheça-se, que não foram causados por excessos seus. Foi uma luta enorme, do qual não desistiu. Contra adversários mais superiores que ele, contra céticos que não acreditavam nas suas capacidades, contra o seu próprio corpo - o desmaio de Dallas, em 1984, entrou na lenda - e ele, que demorou cinco anos para conseguir a sua primeira vitória, quando teve o carro que queria, explorou as suas capacidades de piloto veloz e capaz de grandes feitos, daqueles que faziam levantar estádios. E ele, triunfador por quatro vezes em terras britânicas, foi recompensado pelo público que o adorava. 

Era o título que merecia. Ele só queria um, e conseguiu-o. E depois disso, noutros lados, mostrou que tinha a capacidade de se adaptar e vencer. Um verdadeiro Leão.

MotoGP: Miguel Oliveira ainda não abre o jogo sobre 2023


Para onde Miguel Oliveira irá correr em 2023? Não há dúvidas que ele é um dos ativos mais interessantes da MotoGP neste momento, mas saber onde correrá na próxima temporada está a ser o assunto do momento. Desde noticias dizendo que irá para a Aprillia até a possibilidade de, afinal, ficar na KTM, tudo está a ser vinculado, oficial e oficiosamente. 

No programa ao vivo “Sport & Talk from Hangar-7”, da Servus TV, que desta vez foi transmitido a partir do KTM Motohall, o Red Bull Ring, ele não confirmou nada, e também não descarta nada.

Ainda não assinei com nenhum outro fabricante. Espero que isso seja feito dentro de algumas semanas, a boa notícia é que provavelmente vou ficar numa equipa competitiva. Gostaria de ter feito mais junto da Red Bull KTM, mas a porta continua aberta e veremos o que o futuro trará”.

Recorde-se que Miguel Oliveira não ficará na KTM em 2023 porque não aceitou a passagem da equipa Red Bull Factory para a Tech3, a secundária. Tem apalavrada a entrada na equipa-satélite WithU-RNF onde vai pilotar uma Aprilia RS-GP 22, isso foi dito por gente ligada à Ducati, que esteve interessado nos seus serviços. Segundo o pessoal da sote motorsport.com.pt, isso é praticamente certo, falta apenas a assinatura do piloto.

Quanto ao GP da Áustria e o novo traçado do Red Bull Ring, com a chicane na Curva 2, o português disse: “É uma conversão que nós, pilotos, apreciamos porque é para a nossa segurança. É definitivamente mais lento e vai mudar os nossos pontos de travagem. É importante que haja algo que nos atrase antes da curva 3. Tem sido uma curva perigosa até agora.

Na classificação geral, numa competição liderado por Fabio Quatararo, com 180 pontos, Miguel Oliveira é décimo, com 81.

Noticias: GP da Austrália já tem data


A Formula 1 começará na Austrália em 2023, e a data que a organização irá apresentar será o fim de semana de 31 de Março a 2 de Abril. Contudo, a confirmação terá de passar pelo crivo da FIA, através do Conselho Mundial da organização, em Paris. 

O GP da Austrália, que fez este ano o seu regresso, depois de duas temporadas de ausência, por causa da pandemia, poderá ter pela primeira vez provas de Formula 2 e de Formula 3.

O calendário completo de 2023, onde se fala da possível saída do GP da Bélgica - a saída do GP de França está confirmada - e a possível chegada da África do Sul, deverá ser confirmado mais tarde no ano.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

A imagem do dia (II)


Há 40 anos, em Zeltweg, a Formula 1 celebrava o regresso da Lotus às vitórias, quatro anos depois de Mário Andretti ter alcançado o primeiro lugar em Zandvoort, na frente de Ronnie Peterson. Mas para conseguir, Elio de Angelis teve de aguentar o assédio final de Keke Rosberg, que também procurava a sua primeira vitória na categoria máxima do automobilismo, a bordo do seu Williams. E claro, não sabíamos, mas estávamos a ver pela última vez Colin Chapman a comemorar, atirando o seu chapéu pelo ar. 

Ainda por cima, Chapman também comemorava porque saberia que, em breve, teria um motor Turbo no seu carro, pois tinha feito um acordo com a Renault para fornecer motores a partir de 1983.

Mas o que por fim aconteceu em Zeltweg foi que, pela primeira vez, assistimos ao primeiro reabastecimento moderno. Foi com Nelson Piquet, mas com Ricciardo Patrese, a bordo do seu Brabham-BMW Turbo, e que se provou que o princípio funcionava plenamente. E claro, mais uma ideia genial tirada da cartola de Gordon Murray e incentivada por Bernie Ecclestone.

Os Brabham assaltaram a concorrência na qualificação, monopolizando a primeira fila da grelha, com Piquet na frente de Patrese, e parecia que, se o motor se portasse bem, teriam tudo a seu favor, mas tinham de fazer provar a aposta do reabastecimento. Desde que a Formula 1 tinha chegado à Europa que todos sabiam da intenção da equipa fazer esse reabastecimento, visto pelo menos em Brands Hatch, Paul Ricard e Hockenheim, mas o motor ou outras coisas, não colaboravam com os planos. Para terem uma ideia, em França, o motor de Patrese explodiu na volta oito, enquanto Piquet ficou sem motor na 23, quando todos esperavam pela sua chegada às boxes. E na Alemanha, Patrese ficou sem motor na volta 13.

Na corrida, Piquet liderou, mas Patrese foi para o comando na volta seguinte, e na volta 22, o brasileiro parou nas boxes para o reabastecimento. Regressou à pista no quinto posto, atrás de Prost, De Angelis e Rosberg, mas três voltas depois, foi a vez de Patrese parar e fazer a sua parte. A sua liderança era tal que ele regressou ainda no comando.

Parecia que ia ficar tudo bem para o italiano, mas na volta 28, no miolo da pista, o Brabham de repente se despistou e acabou na berma da pista, quase apanhando um fotógrafo que estava fora do seu lugar. No final, foi algo na caixa de velocidades que o fez trancar o eixo traseiro e acabando o que poderia ter sido uma grande corrida para o piloto italiano. 

Mas por fim, o princípio do reabastecimento tiha sido provado. E no ano seguinte, o pelotão da Formula 1 iria explorá-lo em toda a sua força. 

A imagem do dia


Ontem passaram-se 45 anos sobre a primeira vitória de Alan Jones na Formula 1. Contudo, naquele dia na Áustria, um dos heróis daquele dia foi aquele que conseguiu segurar um dos Ferraris, e conseguira ali o seu último pódio na categoria máxima do automobilismo, embora fosse correr até 1979. 

A carreira de Hans-Joachim Stuck é enorme e bem variada. Ele é mais conhecido pelos seus feitos na Endurance, pela Porsche (campeão em 1985, vencedor das 24 Horas de Le Mans em 1986 e 87), na IMSA e DTM, pela Audi (campeão em 1990), e pelo seu enorme sentido de humor, fazendo dele um dos "palhaços" do automobilismo. E claro, é o filho da lenda Hans Stuck, que foi um dos pilotos de Grand Prix da década de 1930. Ao filho deram o nome de "Strietzel" e era um dos mestres em dominar o "Nordcschleife", ao ponto de ganhar as 24 Horas por três ocasiões, longe, porém do trio de maiores vencedores com sete: os alemães Timo Bernhard e Marcel Tiemann, e o português Pedro Lamy.

Mas de Hans-Joachim Stuck, um dos pilotos mais altos do automobilismo - 1.94 metros! - falo dele por causa da sua careira discreta na Formula 1, e da chance que teve quando foi correr pela Brabham em 1977. 

Infelizmente, os motivos foram trágicos: depois de correr pela March em Kyalami, pouco depois, foi chamado pela Brabham para substituir José Carlos Pace, morto num acidente aéreo em São Paulo. O carro, o BT45B, já tinha mostrado potencial, ao ser segundo na Argentina, nas mãos de Pace, e John Watson tinha conseguido liderar corridas e feito uma pole-position em Monte Carlo.

Em Zeltweg, Stuck tinha conseguido uma qualificação brilhante, ao ser quarto, mas com a seca da pista nas voltas após a partida, não conseguiu aproveitar muito bem a ocasião, pois foi passado por gente como Alan Jones, o vencedor da corrida, e Niki Lauda

Contudo, na parte final, aguentou muito bem os ataques de Carlos Reutemann, no seu Ferrari, que quis ficar com o lugar mais baixo do pódio, herdado depois do motor Cosworth de James Hunt ter explodido, e à sua maneira, conseguiu conter um argentino que estava em alta. E com o terceiro posto, conseguira dar à Brabham mais quatro pontos e um pódio, a mesma coisa que tinha acontecido na corrida anterior, em Hockenheim.

Apesar de mais algumas boas prestações no final da temporada, não ficou na Brabham porque Bernie Ecclestone queria Niki Lauda. E quando conseguiu, o divertido alemão seguiu para a Shadow, onde fez dupla com Clay Regazzoni, mas não conseguiu mais os bons resultados com o Brabham BT45B. Mas a sua carreira foi feita noutras categorias, e deu-se bem melhor que na Formula 1. 

Formula E: Felix da Costa corre na Porsche


Está confirmado: o português António Félix da Costa será piloto da Porsche na temporada de 2023 da Formula E. Já era esperado há algum tempo, o anúncio foi feito um dia depois do final da temporada da competição elétrica. No comunicado oficial à imprensa, o piloto de Cascais não escondeu o seu orgulho por representar uma marca tão prestigiante como a alemã, embora ainda não se tenha anunciado a sua participação na Endurance, através da Jota.   

"Representar oficialmente uma marca como a Porsche é um sonho que tenho desde criança, que se torna agora realidade. Desde pequeno que olho com muito respeito e admiração para a Porsche e este convite era impossível de rejeitar. Partilhamos cem por cento dos mesmos valores e ADN, uma mentalidade vencedora e acredito que juntos vamos elevar o nome Porsche bem alto. Estou muito contente com este desafio e desejoso de começar a trabalhar com os engenheiros e toda a equipa TAG Heuer Porsche, para prepararmos da melhor forma o início da temporada 2023, onde vamos estrear o novo carro Gen3 e queremos lutar por vitórias e títulos na Fórmula E", começou por referir o piloto luso.

António Felix da Costa aproveitou a oportunidade para dar uma palavra de agradecimento à sua ex-equipa DS Techeetah: "Sem dúvida que foram três anos espetaculares, onde trabalhei com excelentes profissionais, alguns deles que se tornaram amigos. Obtivemos grandes feitos, em especial o meu título de Fórmula E e guardo grandes momentos para sempre, mas agora é altura de seguir um novo caminho, um novo desafio para mim!"

Também Thomas Laudenbach, vice-presidente da Porsche Motorsport, deu as boas-vindas a António Félix da Costa: “Estou muito contente com a vinda do António para a Porsche. Ele é um verdadeiro piloto de corridas e demonstrou muitas vezes que é um vencedor, não apenas na Fórmula E. Nós sempre olhámos para o António como um excelente piloto, mas também como uma pessoa muito positiva, que se encaixa muito bem na família Porsche Motorsport. Estou confiante que juntos vamos lutar por vitórias e títulos nos próximos anos.”

Por fim, Florian Modlinger, também da Porsche, director da equipa de Formula E, referiu o desejo de trabalhar com Félix da Costa: “Estamos muito ansiosos para começar a trabalhar com o António. Conheço-o há muitos anos, de várias categorias e tenho muito respeito por ele, tanto como piloto como a nível pessoal. É incrível o que ele já conquistou na Fórmula E. Do nosso lado tudo faremos para lhe dar um carro da Gen3 competitivo, que ele possa lutar por vitórias e títulos. Todos na equipe Tag Heuer Porsche estamos ansiosos para o receber e começarmos a trabalhar juntos.

Agora, equipas e pilotos irão trabalhar para se adaptar aos carros da Gen3, porque a nova temporada começa a 14 de janeiro na Cidade do México e será a mais longa de sempre, com 18 provas.

Youtube Motoring Video: Umas voltas no Aptera

O Aptera poderá ser estranho, mas tem o potencial de revolucionar os transportes. Um projeto com mais de uma década, a sua bateria de 100 kW, combinado com a sua leveza - e alguns painéis solares - poderá ter o potencial de fazer 1600 quilómetros - as mil milhas imperiais - numa só carga.

E o preço? Querem vender nos EUA por cerca de 20 mil dólares, independentemente dos incentivos.

O carro já tem cerca de 25 mil encomendas, e os fabricantes esperam começar a fabricar em 2023, porque ele ainda está em fase de protótipo. E enquanto está nesse caminho, o pessoal do Fully Charged foi visitá-los e experimentar.

domingo, 14 de agosto de 2022

Formula E: Felix da Costa despede-se da DS


A temporada de António Félix da Costa na DS tornou-se na última na Formula E, dado que ele provavelmente irá para a Porsche, em paralelo com o seu programa na Endurance. O piloto português, que fez a pole-position e ia a caminho do pódio quando Jake Dennis lhe tocou e o colocou no fundo do pelotão, fez um resumo do que foi o final de semana e aproveitou para fazer um balanço no seu tempo na equipa que lhe deu o campeonato em 2020.

"[Foi] duro perder este pódio desta forma, principalmente porque queria fechar este ciclo com um pódio. Fizemos a pole e tínhamos andamento para terminar em segundo, mas enfim, é um pouco frustrante, mas corridas são mesmo assim.", começou por dizer, frustrado com o resultado final. 

"Hoje é um dia muito emocional para mim, depois de três anos com a DS Techeetah. Despeço-me da equipa para abraçar um novo projeto, um grande desafio que aí vem. Vivi aqui grandes momentos, em especial o título Mundial que ganhámos juntos em 2020, trabalhei com excelentes profissionais, muitos deles que se tornaram amigos. É um fim de um ciclo e estou muito grato por estes três anos, obrigado DS, obrigado a todos os engenheiros e staff da equipa e obrigado Mark Preston pela confiança. Obrigado, equipa, nunca me esquecerei do que vivemos juntos e estou certo de que nos encontraremos em pista já em 2023 para mais batalhas, agora como adversários. Quero ainda dar os parabéns ao Stoffel [Vandoorne] pelo título Mundial, é um justo Campeão pelo excelente trabalho que fez ao longo do ano!" concluiu, em jeito de despedida.

Félix da Costa acabou a temporada no oitavo lugar, com 116 pontos, uma vitória e duas pole-positions, algo frustrante, quando antes da jornada dupla de Seoul tinha o quarto lugar do campeonato ao seu alcance e poderia ter ajudado a consolidar o terceiro lugar da DS no campeonato de Construtores. 

Agora resta saber a confirmação - ou não - da sua passagem para a Porsche, e começarem a treinar para andar no Gen3, cuja nova temporada começará em janeiro de 2023, na Cidade do México.

Formula E: Mortara triunfou em Seul, Vandoorne campeão


O suíço Edoardo Mortara, no seu Venturi, foi o vencedor da última corrida do ano, em Seul, na frente do Mercedes de Stoffel Vandoorne, que com este resultado se tornou campeão do mundo, na última temporada dos carros da Gen2. Jake Dennis foi o terceiro, ficando com o lugar mais baixo do pódio na segunda corrida coreana.

Quanto a António Félix da Costa, depois da pole-position, ia a caminho de um lugar no pódio quando foi empurrado para fora. Mesmo assim, o décimo lugar foi um consolo mínimo, mas para piorar as coisas, o fez cair na classificação geral, acabando a temporada no oitavo lugar.

Numa corrida bem mais seca do que tinha acontecido ontem, a Formula E comemorava um marco históricos, com a realização da sua centésmia corrida na sua história, desde que começou, em 2014. 

Esta começou com Felix da Costa a manter a liderança, mas logo de imediato a ser pressionado por Mortara, com Vandoorne a ser terceiro, esperando tranquilamente por algum desenvolvimento, porque o seu objetivo era o de chegar ao fim e assim comemorar o campeonato, mas observando o seu potencial rival, Mitch Evans, o piloto da Jaguar, que tentava recuperar de um 13º posto na grelha. Na terceira volta, Mortara ficou com a liderança, e afastou-se até cruzar a meta no primeiro posto. Mas o belga da Mercedes continuou tranquilamente no seu ritmo, enquanto era pressionado no seu lugar por Jean-Eric Vergne.

Atrás, Lucas di Grassi sofria um furo e tee de ir às boxes, perdendo qualquer chance de chegar aos pontos, tendo parado depois da primeira desistência da corrida, o carro de Dan Ticktum, que parou na terceira volta. Pouco depois, Vandoorne passou Felix da Costa, e este começou a ter de se defender dos ataques de Jake Dennis, mo seu Andretti. Ele passou-o, mas quando ele tentou inverter a manobra, ambos colidiram e o piloto português caiu na geral. Dennis foi penalizado em cinco segundos, mas para ele, o seu lugar no pódio estava assegurado. 

Mais atrás, a mesma coisa acontecera com Pascal Wehrlein e Nyck de Vries, com o piloto alemão a acabar a corrida por ali. 

No final, Mortara deu à Venturi a sua quinta vitória da temporada, e Vandoorne comemorava o seu primeiro título na categoria, com 213 pontos, contra os 180 de Mitch Evans - que foi sétimo nesta corrida - e 169 de Edoardo Mortara.

A nova temporada da Formula E começa em janeiro do ano que vêm na Cidade do México com os novos Gen3. 

Formula E: Giovinazzi não corre a última corrida do ano


António Giovinazzi acabou prematuramente a sua temporada devido a lesão numa mão. O evento aconteceu durante a corrida de ontem, quando colidiu com o DS Techeetah de António Félix da Costa, e a lesão na não é suficientemente grave para não poder paeticipar neste domingo, na segunda corrida em solo coreano. No seu lugar correrá Sacha Fenestraz, que antecipará a sua estreia na Formula E, já que será piloto da Nissan em 2023, substituindo Sebastien Buemi, que sairá da equipa depois de oito anos de participação e será piloto da Envision.  

Ficamos felizes em ajudar nossa equipa com a Dragon Penske liberando nosso piloto reserva Sacha Fenestraz para correr hoje em Seul”, começou a dizer a Jaguar, onde Fenestraz é piloto de testes, num comunicado oficial. “Desejamos a Gio uma rápida recuperação e um dia positivo ao volante para Sacha.

Giovinazzi acaba a sua participação na Formula E sendo o único piloto que disputou toda uma temporada na competição sem conseguir qualquer ponto, apesar de ter conseguido algumas performances interessantes. Em princípio, poderá continuar na competição em 2023, apesar de recentemente, ter sido falado para um possível regresso à Formula 1, e agora, para a equipa da Ferrari no seu regresso à Endurance, também na próxima temporada.