sábado, 24 de setembro de 2016

As imagens do dia





Este fim de semana acontece na minha cidade o "Leiria Sob Rodas", onde centenas de automóveis estão expostos perante a visão de milhares de pessoas. Carros de diversas marcas, de diversas proveniências, carros que marcaram uma época - e mais antigo é um Hotchkiss de 1909 - estiveram presentes, para deleite de garotos e adultos.

Eis aqui uma pequena amostra do que anda por ali até amanhã, no Estádio Municipal Magalhães Pessoa.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

ELMS: Portimão substitui Estoril em 2017

Saiu hoje o calendário provisório para a temporada de 2017 da European Le Mans Series, e há duas grandes novidades: Monza vai substituir Imola no campeonato, e o Autódromo de Portimão será o palco do seu encerramento, no lugar do Estoril.

Sobre o novo lugar, Gérard Neveu, o diretor da ELMS, afirmou que “esperamos criar novas tradições e histórias em pistas mais modernas como Portimão, com o sol e bom tempo do Algarve”.

Mantém-se o mesmo numero de provas, mas existirão corridas que vão acontecer no mesmo fim de semana que na Le Mans Series, como a de Silverstone, que vai acontecer no sábado, antes da corrida das Seis Horas, a contar para o Mundial.

A European Le Mans Series é uma competição europeia onde correm essencialmente os carros de LMP2 e LMP3, bem como os GTE. As corridas tem a duração de quatro horas.

Eis o calendário completo:

28-29 de março — Prologo (Monza)
14-15 de abril — Silverstone
12-14 de maio — Monza
21-23 de julho — Red Bull Ring
25-27 de agosto — Paul Ricard
22-24 de setembro — Spa-Francorchamps
20-22 de outubro — Portimão

O elemento certo para o local certo

Ao ver esta foto de um carro elétrico sobre esta paisagem, lembrei-me de um velho sonho de Bernie Ecclestone, e como está a ser irónico ver que todas as aspirações que o anãozinho tinha estão a ser concretizadas por uma outra categoria, que tem... no silêncio como arma para jogar com os organizadores.

Para quem não sabe muito bem do que estou a falar, Bernie sempre teve o sonho de ver a Formula 1 nos Estados Unidos. Não um Grande Prémio de Formula 1, mas uma categoria maioritariamente americana, com mais algumas corridas na Europa. Ao longo dos anos 80, concretizou alguns desses sonhos - Long Beach, Las Vegas, Phoenix, Dallas... - mas Bernie sempre quis ter uma corrida na baixa de Nova Iorque. Vê-los a andar em Manhattan, na Times Square, era algo que Bernie sonhou, e esteve bem próximo de acontecer em 1983. A corrida chegou a ser incluida no calendário, no lugar da corrida de Las Vegas, mas acabou por não acontecer, devido às burocracias locais. E foi por isso que começamos a ter os GP's da Europa.

E claro, mais recentemente, a ideia de haver um "GP de New Jersey", com o "skyline" de Manhattan como pano de fundo, que chegou a ser apresentado com pompa e circunstância e com corrida marcada no calendário de 2014, acabou por não acontecer devido aos mesmos problemas de há mais de 30 anos. Os novaiorquinos até gostariam de ter cisas dessas nas suas bandas, mas provavelmente é nos seus termos e não nos termos dele.

Mas ao ver a Formula E a expandir - e a explodir! - de dimensão, em apenas dois anos e pouco - a terceira temporada começa a 9 de outubro, com 14 provas, duas delas jornadas duplas na América do Norte - percebe-se que a Formula E vai conseguir aquilo que Bernie sempre quis, mas não conseguiu: automóveis a correr no o "skyline" da "Big Apple" como pano de fundo. Só que estes carros são silenciosos, por muito que os fanáticos do ruído não queiram admitir. Se calhar, é esse o elemento que faltava.

De uma certa forma, poderei dizer que Alejandro Agag faz um trabalho melhor do que o anãozinho octogenário, mas também temos de ver como anda a disposição das pessoas em relação ao futuro do transporte. Ter algo "limpo" está na moda, e cada vez mais os carros elétricos apresentam as óbvias vantagens que têm, e mais do que a (falta de) barulho, falamos de carros que na sua versão de estrada, tem menos peças quebráveis, e o seu custo de abastecimento é bem menor do que o veículo a gasolina. Ou seja, ele tem a vida facilitada nesse campo.

E se Bernie não tem (ou não gosta), ele retalia: há rumores de que a corrida de Montreal poderia usar partes do circuito Gilles Villeneuve, caso não consigam montar uma pista no centro da cidade canadiana, e fala-se que Bernie ameaçou retirar a pista do calendário. Como todos os rumores tem um fundo de verdade, podemos assumir que ele detesta concorrência, especialmente aquele que aumenta de tamanho, como a Formula E e o WEC, por exemplo. 

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A imagem do dia

Há precisamente vinte anos, a Formula 1 passava por Portugal pela última vez. Foi uma boa corrida, ganha por Jacques Villeneuve, numa dobradinha da Williams. O piloto canadiano brindou-nos com uma ultrapassagem que fazia lembrar as que o seu pai fazia, quase quinze anos antes. 

Ultrapassar Michael Schumacher por fora, na Parabólica, estava ao alcance de muito poucos, e ao longo da sua longuissima carreira, poucos conseguiram ultrapassar o alemão, e somente dois passaram de maneira espectacular. Jacques ultrapassou dessa forma, e quatro anos depois, em Spa-Francochamps, Mika Hakkinen conseguiu uma ultrapassagem tão boa como essa, que nos fez encher o olho.

Depois disto, foi o deserto. Construimos outra pista, mas muitos gostavam que a Formula 1 regressasse ao Estoril. Considero que a chance existe, mas apenas só poderá ser considerada uma vez que se mude completamente a politica de calendarização atual, onde se deixe de procurar dinheiro e comece a procurar por espectadores.  

WEC: Divulgado calendário provisório de 2017

Foi esta tarde divulgado o calendário da Endurance para a temporada de 2017. A grande novidade é que o Prólogo será mudando de Paul Ricard para o circuito de Monza, que vai decorrer nos dias 24 e 25 de março.

De resto, o calendário não muda: começa a 16 de abril, com as Seis Horas de Silverstone, seguido por Sopa-Francochamps, a 6 de maio, e as 24 Horas de Le Mans, no fim de semana de 17 e 18 de junho. Um mês depois, a Endurance voltará, em Nurburgring, seguido pela Cidade do México, Austin, Fuji, Xangai e Bahrein, que encerrará a 18 de novembro.

O calendário terá algumas colisões com a Formula 1, especialmente na coincidência entre Le Mans e o GP de Baku, apesar de não acontecer na mesma hora.

Formula E: Divulgado o circuito de Nova Iorque

Nova Iorque vai encerrar o calendário da formula E na temporada de 2016-17, a meio de julho, e vai ser em Brooklyn, ao pé do terminal de cruzeiros da cidade, anunciou esta quarta-feira a organização da competição.

Para além de ser localizada naquele sitio, o circuito vai ser feito no sentido anti-horário do termo, e não terá as chicanes dos quais esses circuitos começam a ser famosos.

A prova será uma das duas jornadas duplas que encerrará o campeonato, nos dias 29 e 30 de julho do próximo ano. Quando ao campeonato em si, este arrancará a 9 de outubro, em Hong Kong.

WTCC: Yvan Muller abandona o automobilismo no final da temporada

O francês Yvan Muller anunciou esta quinta-feira que vai pendurar o capacete no final desta temporada do WTCC. Aos 47 anos de idade, o tetracampeão da categoria afirmou que já é hora de fazer algo novo na sua vida e dedicar-se mais à sua estrutura como dono de equipa.

Não tem tanto a ver com a idade mas sim com o desejo e a motivação. Testes, simuladores, treino físico, as viagens, ser profissional de desporto motorizado requer um grau de empenhamento que já não estou preparado para dar sequência.", começou por dizer.  

"Por outro lado depois de 11 épocas no WTCC, estou numa fase da minha vida em que posso querer fazer outra coisa qualquer. Estou orgulhoso por ter ajudado a desenvolver o Citroën C-Elysée WTCC e a equipa, conheci excelentes pessoas. Pilotar sempre fez parte da minha vida, não me vejo a parar por completo, mas agora vou passar mais tempo com a minha equipa, a Yvan Muller Racing”, disse.

Na luta pelo segundo posto com o Honda de Tiago Monteiro, Muller, de 47 anos (nasceu a 16 de agosto de 1969 em Altkirch, no Haut-Rhin francês), é o irmão mais novo de Cathy Muller, que teve uma carreira interessante nas formulas. Andou pela Formula 3 francesa, e em 1992 venceu a Formula 2 britânica, para no ano seguinte, estar na Formula 3000 internacional, alcançando dois pontos.

Depois passou pelas corridas de Turismos, primeiro na Super Touring francesa, e depois, em 1998, na BTCC britânica, correndo primeiro pela Audi, antes de passar para a Vauxhall, onde acabou por ser campeão em 2003, depois de ter sido vice-campeão em 2001 e 2002. Voltaria a ser vice em 2004 e 2005, antes de em 2006 passar para o WTCC, primeiro pela Seat, onde foi campeão em 2008. Em 2010 passou para a Chevrolet, onde foi campeão em 2010 e 2011, repetindo em 2013. Em 2014, passou para a Citroen, onde alcançou dois vice-campeonatos, em 2014 e 2015, sempre batido pelo argentino José Maria Lopez

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Formula 1 em Cartoons - Singapura (Cire Box)



O cartoon do "Cire Box" onde ele conta em quadradinhos a história do GP de Singapura não esqueceu de todos os incidentes que acontecerem no fim de semana que passou, incluindo, por exemplo, quando Daniil Kvyat segurou Max Verstappen (com aquele "gesto bacana" a dobrar) ou o Daniel Ricciardo que justificou a sua recuperação final com um gesto que faz lembrar o Asterix...

CNR: Divulgado o percurso do Rali Casino de Espinho

O Rali Casino de Espinho é daqui a quatro semanas - 15 e 16 de outubro - mas já é conhecido o seu percurso. Este foi hoje divulgado e o evento organizado pelo Targa Clube terá onze especiais, todas em asfalto, e terá logo no primeiro dia três especiais feitos no centro de cidades: as duas passagens pela Gaia Street Stage e a Super Especial de Santa Maria da Feira.

No doningo, o rali terá duplas passagens por quatro especiais (Ferreira de Castro, Burgães, Arestal e Rio Caima) antes de terminar em Espinho.

Este rali, o penúltimo do campeonato nacional de ralis, poderá ser o de consagração para José Pedro Fontes, pois ele já dispões de uma vantagem confortável sobe Pedro Meireles e Miguel Campos.  

terça-feira, 20 de setembro de 2016

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As várias imagens daquela que acabou por ser "a" imagem mais icónica dos anos 80, ou da era turbo da Formula 1, que faz hoje 30 anos. E uma delas, Bernie Ecclestone, o homem por trás da ideis, sempre atento para uma boa oportunidade de colocar a Formula 1 nas bocas do mundo.

Esta imagem marca toda uma geração: os quatro melhores pilotos da década de 80, quase todos no seu auge: os brasileiros Ayrton Senna e Nelson Piquet, o britânico Nigel Mansell e o francês Alain Prost. Todos estão aqui a posar, no muro das boxes do GP de Portugal, então no Autodromo do Estoril, por uma boa razão. É que o campeonato do mundo desse ano estava ao rubro, com quatro candidatos ao título, a três corridas do fim.

Nesse mundial, os Williams pareciam dominar, mas nem sempre chegavam ao fim, e era nessas alturas em que o McLaren de Prost e o Lotus de Senna aproveitavam. O mais jovem deles todos era um rei das "pole-positions" e aproveitava bem o motor Renault turbo para fazer tempos-canhão e ficar com o primeiro lugar da grelha. E ambos - Senna e Prost - tinham as suas equipas aos seus pés, pois os seus companheiros de equipa (Prost tinha... Keke Rosberg) não eram capazes de o acompanhar.

Aquela fotografia era o zenite de um campeonato sem vencedor definido, e capaz de agarrar os espectadores até ao fim. Mas a foto foi também tirada num momento ideal: na corrida, no dia seguinte, a falta de gasolina fez Senna perder um segundo lugar certo na última volta, e as suas chances de título tinham sido definitivamente perdidas. A partir dali, e até Adelaide, seria uma batalha a três. 

O preço a pagar

Em 2017, Lance Stroll será piloto de Formula 1 ao serviço da Williams. Embora este não seja o anuncio oficial, eu posso dizer com enorme segurança que isso vai acontecer, provavelmente no final do ano. Não falo só no talento do piloto canadiano, atual líder da Formula 3 europeia, mas também nas fortunas que o seu pai, Lawrence, tem para poder financiar a carreira do filho. Ele que anda de kart desde os dez anos e em monolugares desde o final de 2014, quando tinha já 16 anos de idade.

Quando no final de outubro, Lance fizer 18 anos, terá provavelmente o título europeu de Formula 3, mas também os pontos necessários para obter a super-licença, agora com as novas regras impostas pela FIA, para evitar fenómenos como Max Verstappen. Mas o mais interessante no meio disto tudo nem é o que pode ser oficial, mas o que há nas entrelinhas. Ao ler hoje o Joe Saward, ele afirma que a Williams recebeu recentemente uma injeção de capital de cerca de 20 milhões de dólares, para ficar com uma parte minoritária da equipa. Essa parte pertencia antes da Toto Wolff - foi por isso que conseguiram motores Mercedes quase ao preço da chuva - mas agora, nas mãos de Stroll pai, poderá dar ao seu filho a oportunidade que desejava. 

E ele já se prepara para a nova aventura. Desde há algumas semanas que um carro de 2014 anda a rodar em alguns dos circuitos europeus, primeiro no Hungaroring, e agora, no Red Bull Ring. O carro é preparado por Gary Paffett, e o objetivo é ele ter cerca de dez mil quilómetros de rodagem num carro desses, principalmente em circuitos que ainda não conhece, o que é uma coisa impressionante, numa altura em que o papel do piloto de testes, num carro real, é inexistente...

Com tudo isto nas mãos, é uma questão de tempos até que o anuncio oficial seja feito. Provavelmente em Abu Dhabi, pois a corrida acontecerá já em novembro, quando o piloto tiver alcançado a maioridade...

Agora, que tipo de piloto ele será? Talento, já sabemos que tem, basta ver o que anda a fazer na Formula 3 europeia este ano. Mas será um Max Verstappen, ou seja, com material para ser campeão do mundo? E resistirá às pressões de um mundo bem duro, do qual os mais fracos serão destruídos sem dó nem piedade? Uma coisa é certa, o Canadá tem um excelente piloto em mãos, do calibre dos Villeneuve ou o Greg Moore, na CART...

Certamente que os vinte milhões que o Stroll pai está a gastar vão ser um excelente investimento.

Noticias: Félix da Costa abandona DTM para se concentrar na Formula E

O piloto português António Félix da Costa anunciou hoje na Hungria que abandonará o DTM no final da temporada para se concentrar na Formula E, como piloto oficial da Andretti. Para além disso, o piloto de Cascais também quererá correr nas corridas de GT, quer na IMSA americana, que na Blaincapain Series europeia.

"Sinto-me muito contente por ter representado a BMW no DTM nos últimos três anos num campeonato que é dos mais competitivos do mundo e onde o nível de pilotos é altíssimo. A verdade é que me adaptei muito bem ao DTM, senti-me confiante desde o início em 2014, onde obtive um dos melhores resultados de qualificação de sempre de um rookie. Tive grandes momentos no DTM, com uma vitória como ponto mais alto, mas também pole positions e alguns pódios e gostei muito de trabalhar com os meus companheiros de equipa, juntos conquistámos um título de marcas e estamos na luta por outro este ano" começou por dizer.

"No entanto sinto que este campeonato exige uma dedicação de 100% do meu tempo e em conjunto com a minha equipa de management decidimos colocar todos os meus esforços na Fórmula E e num futuro projecto Internacional da BMW, que me deixa muito orgulhoso por fazer parte e que vai também exigir muito do meu tempo. Estou feliz com a minha decisão e estou obviamente muito contente por continuar como piloto oficial da BMW" concluiu.

Jens Marquandt, o diretor desportivo da BMW, afirmou que respeita a decisão, mas espera que faça boas coisas no futuro: "Os fãs do DTM vão certamente sentir a falta do António nas corridas. Ele conseguiu ganhar a atenção dos adeptos com o seu estilo de condução espectacular. De qualquer forma ele vai continuar como piloto oficial da BMW e isso deixa-me muito contente, principalmente porque além de um piloto com um enorme talento, o António é um dos melhores pilotos em corrida que alguma vez vi. Tenho a certeza que ele tem um grande caminho pela frente e vai dar aos fãs e à BMW grande resultados no futuro."

Ao continuar a ser piloto da marca bávara nos próximos anos, isto poderá querer dizer que, caso a marca queira ir para a Endurance, ele poderá ser um dos seus pilotos oficiais.

A passagem de Félix da costa pelo DTM até foi interessante, com o seu auge a acontecer em 2015, no fim de semana de Zandvoort, quando venceu uma corrida e conseguiu uma pole-position e uma volta mais rápida. Para além disso, conseguiu mais um pódio, acabando a temporada na 11ª posição, com 79 pontos. Este ano, está na 18ª posição, com 16 pontos.   

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Rumor do dia: Lappi e Hanninen na Toyota?

O rumor vêm hoje da Finlândia, com a Toyota Gazoo Racing a afirmar que já escolhido a sua dupla para a temporada de 2017, e é totalmente daquele país: o jovem Esapekka Lappi (na foto) e o mais velho, Juho Hanninen. Segundo conta Martin Holmes, na Autosport portuguesa, o anuncio oficial, bem como a apresentação do novo Yaris WRC, poderão acontecer no próximoa dia 28, no Salão do Automóvel de Paris, mas nada está confirmado.

O Yaris já fez mais seis mil quilómetros de testes em terra, na maior parte das vezes na Finlândia, mas necessita de fazer mais rodagem no asfalto para saber como é que se irá comportar.

A ser confirmada esta dupla de pilotos, a contratação de Hanninen, que tem 35 anos, seria uma recompensa pelo trabalho que tem desenvolvido ao longo deste ano, enquanto que Lappi, dez anos mais novo, seria uma contratação mais sonante, dado o potencial que tem desenvolvido ao serviço da Skoda, quer no IRC, quer no ERC, onde foi campeão em 2014.

Já Hanninen, mais velho, também tem um palmarés rico, pois foi campeão do Intercontinental Rally Challenge em 2010, e venceu a classe SWRC no ano seguinte. Em 2012, venceu o campeonato europeu, a bordo de um dos Skodas oficiais.

domingo, 18 de setembro de 2016

A(s) image(ns) do dia



Ver o comissário de pista... no meio da pista de Singapura no momento em que foi dada a bandeira verde foi assustador, é certo. Agora podemos gozar com o assunto e compará-lo com o lagarto dos treinos livres, mas as coisas poderiam ter acabado muito mal. Mas mesmo muito mal...

A FIA fez uma espécie de "mea culpa" ao afirmar que: “Nós levamos isso muito a sério. Não queremos colocar a culpa em uma só pessoa. Tomaremos as medidas necessárias para ter certeza de que isso não aconteça de novo”, disse.

Formula 1 2016 - Ronda 15, Singapura (Corrida)

A primeira corrida do resto do campeonato, em paragens da cidade-estado de Singapura, acontece numa altura em que os pilotos da Mercedes desejam resolver a questão entre si. Quem assiste a este campeonato sabe que houve uma fase Nico Rosberg, depois houve a reação de Lewis Hamilton, que durou até às férias de verão, e agora vemos o alemão a reagir, vencendo as duas últimas corridas até agora, numa altura em que Hamilton lutava para não perder a liderança. O inglês ainda mantinha a dianteira, mas agora o pelotão da Formula 1 estava num circuito urbano onde Hamilton este ano não tem andado muito bem, excepto no Mónaco. Rosberg venceu com autoridade em Baku, e aqui, depois do que fez na qualificação, tinha tudo a seu favor.

E para melhorar as coisas, a concorrência tinha aqui uma boa chance de levar de vencida os Mercedes. Daniel Ricciardo meteu-se entre os Flechas de Prata, e Kimi Raikkonen até andou um pouco melhor do que o habitual, contrastando com o mau resultado de Sebastian Vettel, que largaria de último. E ainda tínhamos de pensar dos Toro Rosso e o Red Bull de Max Verstappen, que poderiam ter uma palavra a dizer.

Mas a corrida começava com algumas modificações: Sergio Perez teve de mudar a caixa de velocidades e tinha de ser penalizado em cinco lugares, pra além de cumprir uma penalização por ter passado em bandeiras amarelas, ou seja, de décimo, iria ser o 18. Mas pior ficou para o Haas de Romain Grosjean: um grave problema nos travões o impediria de alinhar na corrida. 

A partida começou com um incidente, quando o Force India de Nico Hulkenberg bateu forte na reta da meta depois de um contacto com o Toro Rosso de Carlos Sainz Jr. Max Verstappen, que tinha feito uma má partida, teve sorte no azar, quando o Force India atravessou à sua frente a metros do seu carro. O Safety Car era inevitável e os carros tiveram de passar pelo pitlane para que os comissários pudessem limpar a pista. Atrás, Valtteri Bottas teve um furo e teve de trocar de pneus.

A corrida recomeçou na terceira volta, com Hamilton a tentar atacar Ricciardo, sem sucesso. Atrtás, Alonso era quinto, seguido por Daniil Kvyat, que estava a ser atacado por Max Verstappen. Na sexta volta, as partes soltas do carro de Sainz Jr fizeram com que os comissários mostraram a rara bandeira preta com circulo laranja. 

Os primeiros começaram a parar na volta 16, com Ricciardo e depois Hamilton, com Nico Rosberg a parar na volta seguinte. Claro, com isto, Kimi Raikkonen era o líder, mas ele acabaria por parar nas boxes na volta 18, voltado o comando para o alemão da Mercedes. Atrás, Max Verstappen tinha Daniil Kvyat na sua frente, lutando pelo nono posto. E ali, o russo quis mostrar que ele merecia o lugar que tinha antes. E o que fez, defendeu-se do seu lugar como se defendesse a sua vida. Depois de duas voltas e luta, com ambos a estarem lado a lado, o holandês ficou-se para trás para ver se tentaria mais tarde.

Na volta 25, Vettel parava nas boxes e descobriu-se que o único que ainda não tinha parado era Sergio Perez, o Force India sobrevivente. E era quinto classificado! Mas na volta seguinte, parou de novo, e foi passado por Vettel no resultado dessa paragem. Os pneus novos de Vettel foram-lhe úteis, ao chegar aos pontos na volta 27, depois de passar Sainz Jr. e Gutierrez em duas curvas - e causar alguns arrepios na bancada - e ao mesmo tempo que Max Verstappen estava nas boxes pela segunda vez.

Nos lugares da frente, nova ronda de paragens começou na volta 33, com Ricciardo, enquanto que Kimi Raikkonen conseguiu passar Lewis Hamilton para ficar com o segundo posto. Na volta seguinte, Nico Rosberg foi para as boxes, seguido por Kimi Raikkonen. Atrás, Valtteri Bottas tinha problemas com o cinto e atrasava-se. E na volta 34, Hamilton ia às boxes para fazer também a sua troca. No fim disto tudo, Rosberg estava na frente de Ricciardo, e Hamilton ficava atrás de Kimi, enquanto que Vettel era quinto. Ao inglês, restava a hipótese de fazer mais uma nova paragem, para ser o mais veloz do que o finlandês da Ferrari.

Na volta 46, Lewis Hamilton foi à boxe uma terceira vez, para tentar superar Kimi Raikkonen com um novo set de pneus, mas o finlandês contra-atacou, parando na volta seguinte, mas perdeu o terceiro posto para o inglês. Ricciardo parou na volta 48, e todos esperavam que Rosberg pararia. Mas não parou. E quando na volta 49, começou-se a olhar para a tabela de tempos, a diferença entre primeiro e segundo era de vinte segundos, mas o australiano "comia" 2,5 segundos por volta! E como a Red Bull pensava que ele poderia apanhar Rosberg a quatro voltas do fim, parecia que o final poderia ser emocionante!

O australiano lá se aproximou do alemão nas voltas finais, mas quando chegou a quatro voltas do fim, ele ainda tinha pouco menos de cinco segundos para apanhar o alemão, o que poderia ser o suficiente para que Rosberg pudesse aguentar até à meta. No final, menos de um segundo separaram Rosberg e Ricciardo, mas o alemão era o vencedor na sua corrida numero 200. Lewis Hamilton era o terceiro, na frente de Kimi Raikkonen, enquanto que Sebastian Vettel conseguia um digno quinto posto, começando de último.

Agora, com o alemão na frente do campeonato, a parte final do campeonato está a ficar cada vez mais interessante para seguir, apesar de ser um duelo privado entre os Flechas de Prata.