


Incrivel, mas verdadeiro. As fortes chuvas que cairam este fim de semana no emirado, algo raro naquela zona, causaram inundações em algumas partes da pista, fazendo com que os comissários desportivos, após uma vistoria exaustiva, decidido que não estavam reunidas as condições de segurança até à hora da corrida, marcada para as 13 horas locais. Sendo assim, o cancelamento foi inevitável.
Agora resta saber o que vai acontecer a esta corrida por realizar, e que tinha o japonês Sakon Yamamoto na "pole-position". Os organizadores ponderam adiá-la para outra data, caso seja necessário, ou então deixar tal como está. Mas ver uma prova de automobilismo cancelada devido à chuva, num local onde tal é raro, é um feito!
A personagem que trago esta semana para a entrevista é alguém que constrói um blog de automobilismo, no mínimo original. Tem 23 anos, é originário de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, mas mora agora no Rio de Janeiro. Quer seguir o sonho de ser jornalista, apesar de ter sido, segundo as palavras do próprio “um menino com sérios problemas com o Português, mas que com o passar do tempo, vai melhorando”. Aos 19 anos, teve um grave acidente de viação, do qual andou muito tempo em convalescença. Mas isso não o deixou baixar os braços e gozar com a vida.
E como “o seu sonho era correr de Formula 1 na década de 70, mas como nasceu na época errada, resolveu falar sobre a tal.” E assim nasceu a Formula 1 Nostalgia. Senhoras e senhores, o homem por detrás desse blog, o “soviético” Rianov Albinov.
1 - Oi Rianov, é um prazer ter-te aqui a responder às minhas perguntas. Queres explicar, em poucas linhas, como começaste o teu blogue?
Bom, o F1 Nostalgia começou por "culpa" do Capelli. Assim que ele começou um tópico no Blog dele chamado "Do Baú", eu comecei a mandar algumas sugestões para ele (bem fracas, eu assumo) e vi que tinha um bom material "obscuro" em mãos. Tanto é que, hoje, o F1 Nostalgia se baseia em fatos pouco conhecidos do público.
8 - As fotografias que tu colocas, muitas das vezes, não se vêm em mais lado algum. Tu vais a algum fórum, ou tens alguém que te fornece as fotografias?
Pois é, gosto de mostrar o "novo". Todo tempo livre que tenho vasculho sites e fóruns obscuros. Tipo sites da Rússia, Hungria... e fóruns que nunca ouviste falar. Consegue-se várias raridades por lá.
Os que não dispenso uma visita diária são os que estão no meu "Blogroll": Blig do Gomes, Blog do Groo, Blog do Capelli, Blog do Fábio Seixas, Blog do Ico, BlogSport, Bruno Mantovani, Continental Circus (claro), Pandini GP, A mil por hora, Velocidade Máxima Total e Voando Baixo. E tem inúmeros outros que toda semana eu dou uma passadinha.
Sinceramente? A última. Das que vi pela TV, esse GP Brasil de 2008 vai entrar para história.
12 - Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais te agrada, e porquê?
Puxa, agora você me apertou sem me abraçar. Cada um tem um espaço diferente no meu coração. Mas fico com Senna, pois, como disse antes, foi com ele que comecei a me apaixonar pela Formula 1.
Tem chances. O grupo de pilotos da época actual tem um nível muito parelho. Excluindo-se a diferença dos carros, temos no mínimo 10 pilotos que estão no mesmo patamar, então, se tiver um carro melhor, tem grandes chances de sagrar campeão.
Pergunta difícil. Acho Massa bem arrojado, e se encaixa mais no estilo de Senna.
15 - Achas que o título de 2008 foi bem entregue?
19 - O que é que tu alcançaste, em termos de prémios e convites, desde que tu iniciaste o teu blogue?
Recentemente fui entrevistado por Lucas Pretti, um dos jornalistas do Estadão. Ele fez uma matéria sobre blogues de automobilismo e citou o F1 nostalgia lá. Para mim foi uma honra ver meu nome e o Blog estampados em grandes jornais do Brasil (Estadão e Jornal da Tarde - JT)
20 - "Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma espera." Esta frase é dita pelo Steve McQueen, no filme "Le Mans". Concordas com o seu significado? Sentes isso na tua pele, quando vês uma corrida?
Verdade, sinto sim. A tensão que me tomou, por exemplo no último GP Brasil foi algo inexplicável, soberbo.
21 - Tens alguma experiência automobilística, como karting? Se sim, ficaste a compreender a razão pelo qual eles pegam num carro e andam às voltas num circuito?
Quando me mandaste este e-mail, não tinha, mas hoje já tenho. A convite do Germano Caldeira, do Blog 4x4, andei de Kart indoor aqui no Rio. E para um estreante me dei muito bem. Dos 12 pilotos que competiram, larguei em 5º e cheguei a ficar em 2º na prova, mas, num acidente de corrida, um piloto me fez rodar e perder posições. Mesmo assim cheguei em 4º, no melhor estilo Alesi.
22 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?
Claro, a era Turbo!
23 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o "Gran Turismo", o "Formula 1", ou jogos "online", como o BATRacer ou o "Grand Prix Legends"?
Super Mônaco GP para Mega Drive serve? (risos). Jogava Gran Turismo, era muito bom por sinal (novamente… Que modéstia, hein?), mas já faz dois anos que não sei o que é um jogo de vídeogame.
24 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?
Lembro que foi o primeiro vídeo de Formula 1 que baixei para meu computador. Voltas antológicas, aquelas últimas! A briga roda a roda, curva a curva foi um colírio para meus olhos. Acho que já vi este vídeo mais de 500 vezes, e não me canso em nenhuma.
25 - Eu sei que não é a tua secção, mas gostaria de ter uma opinião tua: Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Se sim, qual?
Gosto muito do Di Grassi, fez óptimas corridas na GP2. Mas acho que os 3 vão estar juntos na Formula 1 daqui a algum tempo. O Brasil está bem servido de pilotos.
Já agora, se quiserem ver as entrevistas anteriores, carreguem nos respectivos links:
22 de Novembro - Marcos Antônio Filho (GP Series)
26 de Novembro - Vick, Ludy, Tati e Lu (Octeto Racing Team)
29 de Novembro - Hugo Becker (Motor Home)
3 de Dezembro - Fabio Andrade (De Olho na Formula 1)
O grande vencedor foi o japonês Kamui Koboyashi, numa luta feroz contra o russo Vitaly Petrov e o espanhol Roldan Rodriguez. Partindo da pole-position, Koboyashi comandou na primeira parte da corrida, altura em que foi às boxes para a paragem obrigatória, caindo para a terceira posição, atrás de Petrov e Rodriguez. Empenhado em recuperar a sua liderança, o nipónico ultrapassou os seus dois adversários em grande estilo para segurar uma vitória muito importante.
O piloto russo debateu-se com alguns problemas na parte final da corrida, caindo da segunda para a quinta posição, fazendo com o italiano Davide Valsecchi herdasse o lugar mais baixo do pódio. o holandês Gierdo van der Garde acabou na quarta posição. A segunda corrida da ronda árabe terá lugar amanhã.
"A Honda chegou à conclusão de que iremos cessar todas as actividades relativas à Fórmula 1, fazendo de 2008 nosso último ano como competidores. Esta difícil decisão foi tomada devido à forte quebra sentida nos nossos negócios, que tem como causa principal a crise financeira global, que como se sabe é motivada pelo grave problema económico que os EUA enfrentam".
"A empresa precisa garantir a sustentabilidade do seu core business, a construção e venda de automóveis. A recuperação deverá levar tempo e, por isso a Honda decidiu tomar medidas que sirvam para reagir face à crise. Entre elas, está o final da nossa participação na F1."
Fukui disse que caso não fizessem nada, a marca tinha orçamento operacional para manter a equipa a correr no início de 2009, mas devido à escalada dos custos no meio da presente crise financeira internacional, a Honda poderia ter de encerrar a equipa antes de concluída a temporada, um cenário que não era do agrado dos nipónicos.
Sendo assim, a Honda decidiu que precisava de se concentrar totalmente no seu negócio principal, que é a fabricação e venda de carros comerciais, e uma recuperação dos seus negócios deve levar algum tempo para ser alcançada, pois na véspera, tinha anunciado uma queda de 25 por cento nas vendas de automóveis nos Estados Unidos. A decisão parece ter sido ainda mais difícil de ser tomada, quando o dirigente se lembrou da única vitória da equipa, conquistada em 2006, e também da quantidade de dinheiro já investido na construção do carro da próxima temporada.
Quanto às suas operações em Brackley, sede da equipa de Formula 1, a Honda deu três meses a Nick Fry e Ross Brawn, dirigentes da equipa, patra encontrarem comprador, caso contrário, fecharão as suas portas. Ambos viajarão para o Japão na próxima segunda-feira para discutir o seu futuro, pois caso contrário, a Fórmula 1 terá uma equipa a menos quando a temporada começar em 2009, na Austrália, e Jenson Button e Rubens Barrichello ficarão sem emprego...
Hà bocado, lembrei-me de uma frase do Adrian Campos, da Campos Grand Prix, da GP2, numa matéria que coloquei na semana passada, sobre a hipótese de ir para a Formula 1, e que era esta: "A ideia de ter uma equipa de Fórmula 1 continua sempre na minha cabeça, mas o fecho da Super Aguri mostra que agora não é a altura indicada. A Fórmula 1 chegou a um colapso e é certo que vai mudar muito, veremos o que se passa a partir de 2010." Pergunto: será que ele sabia de alguma coisa, ou foi uma simples prenomonição?
Outros rumores andei a ler agora no Flávio Gomes e no Fábio Seixas: David Richards e Paul Stoddart podem estar a considerar a compra da estrutura de Brackley, eventualmente com toda a gente lá dentro, no caso de Richards. Ou seja, caso acontecça pode ser o regresso de algo semelhante à BAR, ou a Minardi. E quem fala destes dois, pode falar de mais gente...
Nesse inicio de 1981, a Renault tinha contratado, no lugar do veterano Jean-Pierre Jabouille, um jovem e promissor piloto, vindo da sua temporada inaugural na competição máxima ao serviço da McLaren. Era Alain Prost. Tinha um estilo de pilotagem mais calculista e mais suave, em contraste com a agressividade do seu companheiro René Arnoux. Para além disso, ajudava muito no desenvolvimento do carro, e as suas apreciações eram melhor entandidas pelos engenheiros do que as vindas de Arnoux...
Contudo, os atrasos no desenvolvimento do carro fizeram com que este só estivesse pronto no GP do Mónaco. Até lá, Arnoux e Prost tinham que andar no RE20, que não lhes deu mais do que seis pontos ao todo, sendo o melhor resultado um terceiro lugar para Prost na Argentina.
Mas quando entrou o RE30 em acção, as coisas modificaram-se, e muito. Prost conseguiu a sua primeira das suas 51 vitórias da sua carreira, no circuito de Dijon-Prenois, seguido de uma "pole-position" na Alemanha ( e um pódio) e mais duas vitórias na Holanda e Itália. Por momentos, colocou-se na posição de "outsider" na luta pelo campeonato, mas uma desistência no Canadá deitou tudo a perder. No final desse ano, Prost conseguira três vitórias e mais dois pódios com o RE30, e o quinto lugar do campeonato, com 43 pontos (menos oito que Nelson Piquet). No campeonato de Construtores, a Renault foi terceira, com 54 pontos.
Para 1982, a Renault decidiu evoluir o RE30, fazendo uma versão B, com algumas modificações no chassis, como uma nova frente e uma nova asa traseira, e incrementos na potência do motor, que agora debitava cerca de 590 cavalos, bem como um novo sistema de injecção electrónica. que lhes iria provocar inumeras dores de cabeça... O anos de 1982 iria provar se a evolução do carro estava no caminho certo.
E o inicio de 1982 foi fabuloso para Alain Prost. Na Africa do Sul, aproveitou o facto dos Turbo evoluirem bem em altitude (Kyalami fica a 1500 metros acima do nível do mar), para dominar a corrida (e num um pneu furado impediu disso acontecer), e no Brasil, aproveitou o facto de os dois primeiros classificados, Nelson Piquet e Keke Rosberg, terem sido desclassificados por irregularidades no carro, para herdar a vitória. à chegada a Long Beach, Prost tinha uma liderança confortável, com 18 pontos possiveis.
Contudo, para Prost, foram as suas unicas vitórias do ano, pois nas sete provas seguintes, não conseguiu pontuar. E muitas das vezes (excepto na Belgica e Mónaco) foram problemas mecânicos os grandes culpados das suas desistências... E quando teve hipótese de ganhar, como em França, o seu companheiro René Arnoux estragava tudo. Nessa altura, ambos os pilotos já não se falavam, e Arnoux sabia que era preterido a favor de Prost. E quando os Renault estavam em forma, como aconteceu na corrida de Paul Ricard, Arnoux desobdeceu às ordens da equipa para deixar passar Prost, e ficou com a vitória na prova. Arnoux eventualmente ganhou mais uma prova, em Monza, e contribuiu para que a Renault conseguisse de novo o terceiro lugar no campeonato de Construtores. Mas o quarto lugar de Prost na classificação geral mostrava que caso não fosse a pouca fiabilidade do carro, o título seria dele.
Em 1983, a FISA tinha banido o efeito-solo, e os Turbo eram reis. Mas o novo RE40 não estava pronto para o primeiro Grande Prémio da temporada, no Brasil, e a Renault teve que fazer uma versão C do seu RE30, para ele e para o americano Eddie Cheever, que tinha substituido René Arnoux, que tinha ido para a Ferrari. O novo carro estreou-se em Long Beach, apenas com Prost, mas Cheever ainda conduziu o RE30C na prova americana.
No final, o Renault RE30 tornou-se, devido ao seu uso durante mais de duas épocas, no mais bem sucedido chassis da Renault, até à chegada do RS25 e RS26, os carros que deram o bi-campeonato ao espanhol Fernando Alonso. Caso não sofressem da crónica pouca fiabilidade, provavelmente "Le Professeur" poderia ter mais um, ou dois títulos, no seu palmarés, do que os quatro detidos actualmente...