
Nestes dias de aniversário, os presentes que mais gosto são os que têm um cunho inesperado. E até acho que o resultado final não ficou mal. Havia uma parte de mim que temia ficar "lost in translation", mas não. Se quiserem ver, sigam este link.
Nestes dias de aniversário, os presentes que mais gosto são os que têm um cunho inesperado. E até acho que o resultado final não ficou mal. Havia uma parte de mim que temia ficar "lost in translation", mas não. Se quiserem ver, sigam este link.
Hirvonen partiu para as classificativas da manhã com pouco mais de quatro segundos de vantagem sobre o Citroen C4 de Löeb, logo, teve de se defender de inicio das investidas do heptacampeão francês. Contudo, a partir da tarde, com melhores pneus, começou a ganhar uma pequena, mas significativa vantagem, chegando ao final do dia com 16,6 segundos de distância sobre Löeb, apesar dos seus pneus já estarem no limite da sua capacidade.
Quanto ao francês da Citroen, também se debatia com problemas de pneus, pois os que estavam montados na sua traseira não funcionavam correctamente nas classificativas geladas: "Não resultou. Tínhamos bons pneus na frente, mas os traseiros estavam destruídos e o carro incontrolável. Eu não consegui andar mais depressa, apenas pude seguir a estrada e nem ataquei. A parte traseira simplesmente não acompanhava a frente do carro - mesmo depois de eu ter tentado desgastar propositadamente os pneus da frente", confessou Loeb. "Ter dois pneus novos na frente e dois destruídos atrás foi pior do que ter os quatro destruídos".
Atrás do duo da frente, Jari-Matti Latvala conseguiu ser consistente e conseguiu apanhar Dani Sordo e ficar com o terceiro posto do rali. O catalão chegou a parar durante um minuto para retirar neve acumulada na grelha do seu carro, que tinha causado um principio de sobreaquecimento do seu motor. Apesar disto, Latvala recusa entrar em euforias: O finlandês da Ford recusou, no entanto, entrar em excesso de confiança: "Temos de ser cautelosos amanhã e na super especial desta noite", admitiu.
Sebastien Ogier é o quinto, mantendo uma vantagem confortável sobre Henning Solberg, Matthew Wilson e Mads Ostberg. Já Petter Solberg, depois do acidente na primeira especial, está a fazer uma corrida de recuperação, chegando agora ao nono lugar da classificação geral. Outro que está a recuperar tempo é Kimi Raikonnen, embora ainda esteja fora do "top ten".Quanto aos portugueses, Bernardo Sousa continua a sua adaptação ao Ford Fiesta S2000, estando no 19º lugar da geral, e sexto na sua categoria. Contudo, fez um brilharete, ao terminar uma das classificativas com o segundo melhor tempo da geral, batido apenas por Martin Prokop. "É uma sensação indescritível obter uma marca dessa envergadura. Apesar de ser uma classificativa-espectáculo, nem por isso tem menos significado para mim e para o Nuno[Rodrigues da Silva]", explicava, satisfeito, no final da classificativa.
"Foi um dia muito difícil mas também muito compensador, dada a nossa maior adaptação aos troços e aos resultados obtidos, com tempos entre os especialistas do terreno", referiu. "Ao mesmo tempo que nos temos de concentrar no rali, temos de pensar em chegar ao final e garantir o máximo de pontos, pois não podemos desiludir ninguém", afirmou.Quanto a Armindo Araujo, resolvidos os problemas de afinação do seu Mitsubishi Lancer EVO X, está agora no 22º lugar da geral, mas é o terceiro na categoria PWRC, construindo uma vantagem de 15 segundos sobre o seu principal adversário na luta pelo pódio, o checo Martin Semerad.
"Tivemos dificuldades com os pneus em especiais onde havia muita terra e isso condicionou-nos bastante. Decidimos não fazer grandes alterações no carro e concentrarmo-nos principalmente em recuperar a terceira posição e acabamos por consegui-lo. Apesar de difícil, este acabou por ser um dia positivo para os nossos objectivos", referiu na chegada a Karlstad o piloto tirsense. "Vamos dar o máximo para conseguirmos manter esta posição pois encaixa perfeitamente no que delineamos para esta prova. Faltam cinco especiais e ainda muitos quilómetros para percorrer", concluiu.
O Rali da Suécia termina amanhã.
Antes disso, oito personalidades canadianas levaram a bandeira olimpica para ser erguida no mastro, depois de no inicio da cerimóna, outros oito elementos da Policia Montada do Canadá terem levado a "Maple Leaf" para o seu devido lugar. E as oito que levaram a bandeira olimpica não eram umas quaisquer: o actor Donald Sutherland, a astronauta Julie Payette, outra lenda do hóquei no gelo, Bobby Orr, Betty Fox, a mãe de Terry Fox, o rapaz que em 1980 tentou atravessar o Canadá com uma perna artificial para chamar a atenção para a pesquisa do cancro, Romeo Dallaire, o comandante das Forças de Paz das Nações Unidas no Ruanda, aquando os massacres de 1994, e por fim, o nosso conhecido Jacques Villeneuve.
Chego a 2010, "O Ano do Contacto" retratado por Arthur C. Clark onde no seu livro, Jupiter se transforma num novo Sol. Mas neste ano tão simbólico, o panorama do automobilismo mundial neste último ano tornou-se emocionante. Tivemos uma briga por protagonismo, tivemos uma Formula 1 que esteve à beira do precipício e de ter uma série paralela, vimos Kimi Raikonnen a trocar a Formula 1 pelos ralis, vimos Michael Schumacher a regressar ao cockpit, Luca Badoer como novo condutor de Domingo (para não dizer chicane móvel) da Formula 1...
E vimos também o aparecimento de novas equipas e a retirada de outras. A temporada ainda não começou, mas sabemos que existe uma Virgin, uma Campos e uma USF1, e vimos a BMW desaparecer para dar lugar à Sauber, vimos a Renault "limpar o escritório", mas a manter o nome, vimos a Toyota desaparecer e entregar tudo a uma misteriosa "Stefan GP", e vimos também Max Mosley a sair pela "porta pequena", para ver entrar Jean Todt, como candidato do sistema, batendo Ari Vatanen, o homem que todos gostariam de o ver como presidente. Isso foi o que aconteceu em 2009.
Quanto a mim? Bom... meti-me num projecto jornalistico que deu barraca ao fim de três meses. Quando se começa "pelo telhado", sem orçamento para aguentar os primeiros tempos. Claro, no final, toda a boa vontade inicial termina com enormes dividas a tudo e todos, incluindo a mim mesmo. Sim, fiquei "a arder" em dois mil euros. A unica coisa positiva que posso ter nisto foi a experiência. Mais nada.
Mas deixei o melhor para o fim. Por uma agradável coincidência, hoje vai ser a apresentação do primeiro Lotus de Formula 1 em 15 anos. Achava de inicio que o projecto malaio não seria mais do que uma apropriação indevida de um nome construido ao longo de muitos anos por colina Chapman, mas a cada dia que passa, vejo que foi muito melhor pensado que muitas das equipas ditas... sólidas. E também, eles querem e desejam respeitar essa herança, implantando não só o simbolo na carenagem, como também adoptaram as cores da marca: "british racing green" com uma faixa amarela. Agora só falta saber se vão seguir a mesma sequência de numeros no seu novo chassis. Seria fenomenal mesmo. Parece que ao fim de dezasseis anos vou olhar para a Formula 1 com outra visão.
O Mundial WRC é essencialmente um duopólio Citroen C4/Ford Focus, onde existem mais do que uma equipa e varios pilotos privados, o mais importante dos quais o norueguês Petter Solberg, o campeão do Mundo de 2003, irão tentar brilhar nos vários ralis espalhados pelos cinco continentes, desde os antipodas da Nova Zelândia até aos rápidos saltos da Finlândia, passando, claro, pelo Rali de Portugal, que este ano será disputado no final de Maio, em paragens algarvias.
Este Mundial, que ontem foi confirmado que será pontuado com o mesmo esquema da Formula 1 (nada de novo, nos anos 80 tinha pontos até ao 12º classificado) terá maior atenção mediática, por dois nomes: Ken Block e Kimi Raikonnen.
O primeiro nome é o de um milionário acrobata. Americano de 42 anos, fundador da marca desportiva DC, é um entusiasta dos ralis. Vencedor no panorama americano, decidiu em 2010 dar o salto para o palco mundial, parecendo que já se fartou de brincar às "ginkhanas", que graças ao Youtube, se tornou famoso fora dos Estados Unidos. Parece ser velho demais para correr por aqui, mas de certeza trará muitos curiosos para o ver nas classificativas um pouco por todo o mundo. E vai construir a sua própria equipa, como a Stobart ou a Munchi's, pois vai correr com um Ford Focus WRC em 2010.
Ao ver a foto, fico contente por uma coisa: respeitaram o legado que tinham em cima. O carro está num verde escuro, tipico "British Racing Green", com a faixa amarela que os carros de Colin Chapman tinham nos anos 60, quando as suas máquinas eram conduzidas por pilotos míticos como Jim Clark e Graham Hill. Quanto ao desenho do Mike Gascoyne, acho engraçado ver que não segue as linhas do Red Bull RB5 do Adrian Newey, mas segue mais as da Force India, cujo projecto inicial era dele.
Espero que seja eficaz. Agora veremos como vai se comportar em pista. Mas digo isto: com osd problemas sentidos pelas outras duas equipas, a Campos e a USF1, convenço-me que para "paraguaio", são muito profissionais... e convenço-me que com o tempo e dinheiro, tornar-se-ão num caso sério.
"Há uma cláusula no novo Pacto da Concórdia que pode permitir às equipas ficarem de fora no máximo de três Grandes Prémios de Fórmula 1. Eu penso que não vamos ver a Campos e os americanos da USF1 à partida do Mundial e eles deverão pedir para ficar de fora as tais três corridas.", revelou Ecclestone.
Uma coisa engraçada que vale a pena referir: toda a gente sabe que foi assinado um novo Pacto de Concórdia até 2012, mas poucos, fora da área da Formula 1, viram o conteúdo desse pacto. Esta hipótese que agora é referida nunca foi falada como fazendo parte desse até que o próprio Bernie a disse. E também há algo que merece ser referido: apesar da sua provecta idade, as declarações de Ecclestone devem ser levadas a sério, nem que seja pelo detalhe de ele ser o verdadeiro "insider" da Formula 1...