sábado, 24 de janeiro de 2009

Mais umas descobertas na Blogosfera

Como o fim de semana está a ser um pouco mais calmo, posso dar-me ao luxo de passear pela Blogosfera fora e falar sobre as descobertas mais recentes, a saber:

- Porta do Autódromo. É o blog de uma "designer" que se auto-intitula "Criador". Descobri via Octeto, e fala sobre a actualidade da Formula 1. Como começou há pouco tempo, vão dizer-lhe "olá" e dar força para continuar, OK?


- Pole Position Sutil. Este é espanhol, de um rapaz de 15 anos que se auto-intitula de "Adrian Sutil" (onde é que já vi isto?), e como a "Porta..." está a dar os seus primeiros passos. Vão lá e desejam-lhe também boa sorte.


- Auto Olhar. É o novo blog de um velho conhecido dos primórdios das minhas andanças na Net. O jocasipe, dono do "parado" Castelo de Beja, decidiu fazer este onde coloca somente as fotos das suas idas aos circuitos nacionais, para todo o tipo de eventos. Espero que continue assim, pois para começar, colocou um filme a as fotos da sua ida a Portimão...


- Para terminar, uma descoberta do Pandini. Chama-se "Blogs do Além", e é um excelente exercício de humor negro feito por Vitor Knijnik, do Carta Capital. Basicamente, pode-se ler os "blogs póstumos" de personagens como Andy Warhol, Adolf Hitler, John Lennon, Fernando Pessoa, Pedro Alvares Cabral, D. Pedro I do Brasil (e IV de Portugal), entre outros.


Enfim, já tem algo para se divertir neste fim de semana. Enjoy!

GP2 Asia - Ronda 3, Bahrein (Corrida 2)

O mexicano Sergio Perez foi o grande vencedor da segunda corrida do fim de semana da GP2, cuja ronda dupla se disputou no circuito barenita de Shakir. O piloto da Campos Racing, que largava da 'pole position', teve a sua tarefa facilitada depois de Giedo Van der Garde, que ocupava a segunda posição na grelha, ser forçado a iniciar a corrida das boxes devido a um problema de embraiagem.


No inicio da corrida, Perez "fugiu", para não ser mais visto, enquanto que mais atrás, o italiano Davide Valsecchi aguentava as investidas de pilotos como o alemão Nico Hulkenberg, os espanhois Javi Villa e Roldan Rodriguez e o lider do campeonato, o japonês Kamui Kobayashi. no final, Valsecchi foi o segundo, e Jerôme D'Ambrisio foi o terceiro, depois de fazer uma corrida "da frente para trás", ultrapassando o alemão Nico Hulkenberg na última volta da prova.

Quanto aos pilotos da portuguesa Ocean Racing Technology, Yelmer Buurman, que largou do último lugar, conseguiu recuperar até ao 13º posto final, um lugar à frente do seu compatriota Gierdo Van der Garde. Já o outro piloto da equipa, o italiano Fabrizio Crestani, não foi além do 17º posto.



A próxima jornada dupla será no circuito qatari de Losail, numa ronda que será disputada... à noite.

Um novo testemunho pessoal de Portimão

O Tony Costa, do Laser Car Design, também aproveitou a semana de testes no Algarve e tirou uns "bonecos" ao lado dos pilotos que lá andaram: Nico Rosberg, Nelson Piquet Jr. e com actual campeão do mundo, Lewis Hamilton, embora ache que este foi uma foto "à la Emplastro"...


O Tony justificou a sua expressão na cara, afirmando: "(...) fica-se com muita adrenalina e com cara de parvos quando temos chance de tirar fotos com eles." Acredito plenamente, Laser, acredito!

Em tempo de crise, FIA aumenta Superlicenças

É uma medida polémica, e tem potencial para virar crise. a FIA decidiu aumentar o preço das Super Licenças para a temporada de 2009, numa altura em que a grelha de partida pode ser a mais pequena em 40 anos.

De acordo com o site britânico Autosport, a Super Licença este ano passa a custar 10.400 euros por piloto, mais 2.100 euros por ponto conquistado, acrescido de 2.720 euros do seguro obrigatório. Isto significa, por exemplo, que o actual campeão do Mundo, Lewis Hamilton, teria pago em 2008, 230 mil euros para disputar esse campeonato. Pedro de la Rosa, actual piloto de testes da McLaren e presidente da GPDA, a entidade que defende os interesses dos pilotos, está revoltado com esta situação, e já pediu aos pilotos para que atrasem o pagamento em pelo menos três semanas, para que o assunto seja discutido na reunião da FOTA, marcada para essa altura.

"É um assunto muito sério. Não é justo que de um ano para outro o preço cresça tanto", afirmou o espanhol Fernando Alonso. Max Mosley, o presidente da FIA, justificou no mesmo site que o aumento das Super-Licenças se deve á inflação e aos esforços que a FIA faz para aumentar a segurança dos circuitos: "Gastamos uma fortuna em segurança e para garantir a integridade dos pilotos. Muitos que estavam tendo que lidar com essa conta perceberam que vinham gastando muito, enquanto os pilotos ganhavam bastante dinheiro. Daí veio o aumento no preço da Super Licença", explicou Mosley, em declarações captadas pelo site brasileiro Pitstop.

Contudo, Mosley disse também que estaria disposto a negociar a GPDA, desde que todos os pilotos do actual pelotão declarem publicamente quanto ganham por ano. Vamos a ver se isto vai chegar a bom porto, embora confesse que não veja a repetição de Kyalami 1982. Acreditam ver 18 egos juntos no quarto de um hotel bor uma "boa causa"? Seria o bom e o bonito...

A1GP - Ronda 4, Taupo (Qualificação)

A Irlanda dominou nos treinos, mas Portugal não ficou atrás. Aliás, as grelhas da Sprint e Feature Race, a serem corridas na próxima madrugada, terão exactamente a mesma ordem: Adam Carrol na "pole-position", Robert Doornbos, da Holanda, no segundo lugar da grelha, e Filipe Albuquerque no terceiro posto.


Sob um sol radioso no Verão austral neozelandês, onde participaram somente 19 dos 23 carros inscritos (faltaram a Alemanha, o Canadá, a Coreia e o Paquistão) a qualificação para ambas as corridas foi bem disputada, entre Carrol e Albuquerque, sempre com Doornbos à espreita. O ex-piloto da Red Bull na Formula 1 e na CART conseguiu um tempo "in extremis" em ambas as qualificações para a jornada dupla de amanhã.


Apesar destas posições na grelha de partida, e do relativo desconhecimento do traçado neozelandês, o piloto português estava satisfeito com o resultado e acredita que "apesar da Irlanda ter dominado ambas as sessões de qualificações eles podem ser batidos. Eu fui rápido e consistente, mas o Adam também. O primeiro a cometer um erro vai perder a corrida amanhã", referiu.


O responsável da equipa nacional, Luís Vicente, acrescentou: "Estou certo que amanhã teremos pela frente duas corridas muito difíceis em que teremos que adicionar à habitual consistência de andamento do Filipe, uma excelente estratégia. A gestão das paragens na boxe, bem como a adaptação às diferentes condições da pista e estado dos pneus, serão fundamentais para alcançarmos os nossos objectivos. É um circuito onde o tráfego será constante, pelo que teremos que adoptar uma postura muito agressiva”, concluiu.


Felipe Magalhães, do Brasil, chegou a brilhar na qualificação para a Sprint Race, mas no final ficou com o 13º lugar. Na Feature Race fez um pouco melhor, ao ser 12º.


Ambas as corridas ocorrerão na madrugada de Domingo, sendo a primeira a ser transmitida em directo às 00.50 na Sport TV2 portuguesa.

Speeder Questiona... Sávio Machado (SAVIOMACHADO)


O entrevistado que trago aqui hoje, e outro dos primórdios deste blog. Acho que foi o primeiro que posso dizer que se inspirou em mim para fazer o dele, e desde então, correspondemo-nos regularmente. O blog dele, apesar de falar de automobilismo, não trata tanto do aspecto competitivo, mas sim da parte em que ele se dá melhor, pois ele é acessor técnico na área dos lubrificantes. Casado, com 40 anos de idade, trabalhou para a Shell e Elf, no Rio Grande do Sul, depois de frequentar nos anos 90, o curso de jornalismo na Universidade Católica de Pelotas, que ficou a meio.


Recentemente, terminou o contrato com a Elf, depois de sete anos de dedicação. Mas como ele diz, no final da sua apresentação pessoal: "O mundo não é dos espertos, mas sim dos dedicados". Concordo plenamente.


E já agora, respondendo a uma pergunta tua: sim, tenho o teu mail guardado. Está lá bem no fundo, mas está lá!


1 – Olá, é um prazer ter-te aqui, neste humilde blog, a responder às minhas perguntas. Queres explicar, em poucas linhas, como surgiu a ideia do teu blogue?

Bom Speeder, em primeiro lugar quero elogiar o teu trabalho que vem tomando espaço cada dia que passa. És um exemplo de perseverança, para nós que adoramos colocar nossas idéias na rede. Meus parabéns.

A idéia de ter uma página na internet, já vem de longas datas. Eu trabalhava em uma empresa distribuidora de lubrificantes e me admirava de ver que em pleno século 21 essa empresa não tinha página na internet. E eu pensava que tinha que fazer uma pra mim. Entao criei um domínio: http://www.saviomachado.com/. Criado o domínio, deparei-me com os preços de ter uma página. Era muito caro, quase o meu salário do mês.

Mas estava sempre de olho, visitando páginas e blogs. Mas nunca tinha visto nada que me agradace. Lá pelas tantas visitas me deparei com um tal “Continental Circus”. Logo me encantei. Tinha toda a característica do que eu queria fazer. Até mandei um email para o editor. Será que você não tem ele guardado por aí?


2 – O nome que ele tem, foi planejado ou saiu, pura e simplesmente, da tua cabeça?

Como eu disse, precisava criar algo com urgência. Então pensei logo no meu nome. Afinal a idéia era fazer com que meus clientes também acessassem o blog.


3 – Antes de começares este blog, já tinhas tido alguma participação em outros blogues ou sites?

Na verdade não. Nunca havia feito nem mesmo um comentário em outros blogs. No início a configuração do SM não havia nem espaço para comentários, pois eu não sabia mexer. Eu aprendi com o tempo. Olhando outros blogs.


4 – Em que dia é que começaste, e quantas visitas é que já teve até agora?

Comecei dia 16 de junho de 2007. O número de visitas é aproximadamente 13.000.


5 – De todos os posts que já escreveste, lembras-te de algum que te orgulhe… ou não?

Para mim que não sou jornalista, tenho orgulho de olhar o blog a cada post que eu faço. Tento deixar tudo bem legal, desde o título que crio as vezes muito diferente do normal, até as fontes de minha pesquisa que deixo claro de onde vem. Mas se fosse falar de um post, especificamente, talvez sobre a Norma API (American Petroleum Institute) e suas classificações. Talvez esse tenha sido o mais trabalhoso e justamente sobre um assunto que tenho total domínio. Gostei muito de publicá-lo.


6 – Em que é que tu, escrevendo sobre Formula 1, consegues ser diferente dos outros blogs?

Pergunta difícil. Não gosto de ser igual a ninguém. Geralmente quando tenho que postar alguma coisa que sei que todo mundo vai postar igual, com fotos iguais, eu nem publico nada. Posso citar um exemplo: Quando saiu a nova Ferrari F60, eu li apenas um blog dos meus preferidos para saber sobre a escuderia italiana. O resto estava quase tudo igual. É claro que estou exagerando. Sei que é dificil de deixar de escrever sobre o assunto, até porque a Fórmula 1 é que move a maioria dos blogs que estão na minha lista.


7 – Daqueles blogues que conheces sobre automobilismo, qual(is) dele(s) é que tu nunca dispensas uma visita diária?

Visito muitos blogs e sites de automobilismo. Acabo sempre dando uma atenção especial para aqueles que temos um vínculo maior. É o caso do Blog-F1, JC Speedway, Blog do Ribeiro, BlogdoGroo, Guardrail, o próprio Continental Circus, Racing Passion, Chaparallblog e outros mais.


8 – Falamos agora de Formula 1. Ainda te lembras da primeira corrida que assististe?

Não. Realmente não lembro. Acho que foi lá por 1975. Eu brincava com um Autorama que tinha um carrinho de Fórmula 1 da Copersucar do Fittipaldi.


9 – E qual foi aquela que mais te marcou?

A corrida que mais me marcou foi quando Ayrton Senna conseguiu vencer no autódromo de Interlagos com duas marchas funcionando [GP Brasil 1991]. Fiquei emocionado de vê-lo gritando dentro do capacete.


10 – Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais agrada, e porquê?

Senna. Sua capacidade de querer superar suas marcas foi o que mais marcou para mim.


11 – E achas que algum dia, Felipe Massa vai fazer parte deste trio de campeões?

Acredito que sim. Felipe teve azar esse ano. Demonstrou no período de 2008 uma maturidade impressinante. Teve sangue frio, fez o que pode para vencer. Se não fosse as atrapalhadas da Ferrari, com certeza ele seria campeão. Eu espero que ele chegue lá, mas sinceramente não gostaria que fosse num cockpit de uma Ferrari.


12 – Comparando-o aos três pilotos acima referidos, Massa é mais parecido com quem, e porquê?

Dificil comparação. Eu acho todos eles diferentes.


13 – Achas que o título de 2008 foi bem entregue?

Acho. Hamilton fez por merecer.


14 – Tirando os brasileiros, qual é para ti o piloto mais marcante da história da Formula 1, e por quê?

Schumacher. Não preciso dizer porque né? O cara ainda é o melhor de todos.


15 – Para além de Formula 1, que outras modalidades de automobilismo que tu mais gostas de ver?

Gosto muito do WRC, do Dakar e Le Mans.


16 – E achas que vale a pena falar sobre ele no teu blogue?

Acho sim. Quisera eu ter o domínio e tempo para falar sobre eles.


17 – E miniaturas de carrinhos, tens algum?

Tenho. Todo apaixonado por automobilismo que se preza tem que ter alguma miniatura né?


18 – Passando para a actualidade: de repente, a Honda anuncia a sua retirada da Formula 1. Como sentiste isso?

Veja bem: Meu trabalho é voltado para carros. Estou literalmente ligados a eles pois vendo a parte líquida dos carros com exceção de combustível. Tive um impacto tão forte em Novembro de 2008 que me fez pedir demissão da empresa a qual eu trabalhava durante 8 anos. Agora você imagina o que deve ter acontecido com a Honda e com todas as montadoras do mundo. Até hoje tem empresa pedindo para ser comprada.

Essa crise veio forte. Mas acredito que logo teremos novidades para o mundo em que vivemos. E elas serão boas.


19 – Se Nick Fry e Ross Brawn encontrarem comprador nos próximos tempos, achas que Jenson Button, e especialmente Rubens Barrichello, conseguem manter os seus lugares?



Button talvez. Mas Barrichello é bem provável que ficará fora esse ano. Pode ser que me engane.



20 - Max Mosley anunciou agora que fez um acordo com a Cosworth para fornecer motores ás equipas, a dez milhões de euros por ano. A FOTA (Formula One Teams Association) concordou em reduzir os custos. Achas que é este o caminho, uma Formula 1 com custos controlados?

Creio que assim a Fórmula 1 pode ser uma competiçào ao alcance de outras equipes que queiram participar e que estão em categorias inferiores. É louvável.


21 - “Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma longa espera.” Esta frase é dita pelo actor americano Steve McQueen, no filme “Le Mans”. Concordas com o seu significado? Sentes isso na tua pele, quando vês uma corrida, como espectador?

Depende do ponto de vista. Acredito que esta é uma visão do piloto e não do espectador. Mas há quem se enquadre nisso ao assistir uma corrida.


22 – Já agora, tens alguma experiência automobilística, como karting? Se sim, ficaste a compreender melhor a razão pelo qual eles pegam num carro e andam às voltas num circuito?

Sim. Já andei em kart. Mas nada oficial. O que move um piloto a correr é a sua paixão pela velocidade. Ser o mais rápido é um desafio que deve ser superado.


23 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?

Talvez a vitória de Ayrton em Interlagos.


24 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?

Bons tempos. Apenas bons tempos. Ficaram na história.


25 – Jeremy Clarkson, o mítico apresentador do programa de TV britânico “Top Gear”, disse que Gilles Villeneuve foi “o melhor piloto que alguma vez sentou o rabo num carro de Formula 1”. Concordas ou nem por isso?

Esse cara não deve ter visto Michael Schumacher.


26 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o “Gran Turismo”, o “Formula 1”, ou jogos “online”, como o BATRacer ou o “Grand Prix Legends”?

O tempo é muito curto durante o dia. Infelizmente não jogo em simuladores a uns 5 anos.


27 – Eu sei que começaste há algum tempo, mas… que é que tu alcançaste, em termos de prémios, convites, referências, desde que iniciaste o teu percurso na Blogosfera?

Olha Speeder. A bem da verdade se alguém me indicou eu não vi. Mas acho que não. Não tenho nenhum prêmio. Eu também nunca me inscrevi em nada para ganhar alguma coisa. Até porque faço isso porque gosto. Se tivesse que ganhar algum prêmio nem sei se o deixaria exposto no SM. É bem provável que não.


28 – E se fosses o Max Mosley, o que preferias ter na Formula 1? Uma grelha só de montadoras ou de “garagistas”?

Boa pergunta. Talvez uma grelha de montadoras. Gostaria muito de ver a Volkswagen ou a Porsche na Fórmula 1.


29 – Vamos falar do futuro próximo: Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Se sim, qual?

Hamilton foi uma surpresa em 2007 não é mesmo? Essa gurizada nova é boa. Se tiverem carros competitivos com certeza estarão no alto do podium logo logo. Eu espero que Senna consiga entrar logo. Acho que ele poderá ser campeão primeiro.


30 – Tens algum plano para o blogue, no futuro próximo? Novas secções, meteres-te num podcast ou videocast?

Sinceramente não tenho. As vezes fico dias sem postar. Não há como viajar, atender os clientes em visitas, dar atenção a família e estar sempre ligado na internet lendo e publicando. Quem sabe quando eu me aposentar. Até lá acho que tudo terá mudado.

Obrigado pela entrevista. Um grande abraço a você e a todos os leitores do Continental Circus.


Já agora, se quiserem ver as entrevistas anteriores, carreguem nos respectivos links:
6 de Dezembro 2008 - Rianov Albinov (F1 Nostalgia)
10 de Dezembro 2008 - Jorge Pezzolo (jpezzolo.com)
13 de Dezembro 2008 - Ron Groo (Blog do Groo)
17 de Dezembro 2008 - João Carlos Viana (jcspeedway)
20 de Dezembro 2008 - Felipão (Blogspot Brasil)
3 de Janeiro de 2009 - José António (4 Rodinhas)
7 de Janeiro de 2009 - Germano Caldeira (Blog 4x4)
10 de Janeiro de 2009 - Felipe Maciel (Blog F-1)
17 de Janeiro de 2009 - Thiago Raposo (Café com Formula 1)
21 de Janeiro de 2009 - Orroe (N U R B U R G R I N G)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Para sintonizar, amanhã

Se nas últimas duas semanas, avisei os meus amigos brasileiros acerca dos convidados para a emissão de amanhã do programa de rádio 16 Valvulas, hoje esta mensagem é para os meus amigos espanhois. É verdade, o convidado principal do programa vai ser Adrian Campos, o responsávél máximo da equipa Campos Racing, que corre na GP2, a categoria de acesso à Formula 1.


Para além disso, o programa vai ter convidados nacionais: Elisabete Jacinto, Bianchi Prata e Nuno Inocêncio, todos participantes do Dakar Argentina-Chile de 2009, e cada um vai contar as suas aventuras em paragens sul-americanas. Entrevistas a não perderem, meus amigos!


Se quiserem seguir a entrevista através do vosso computador, eis o link: http://sintonizate.net/radio/popup/Radio-Telefonia-do-A.html. Não percam, comparem este fuso horário com o vosso e estejam à frente do computador para ouvir a entrevista!

Alguns avisos à navegação

Bom... em relação aos problemas dos últimos dias, posso dizer que um está resolvido, mas apareceu outro. Já tenho portátil, mas o meu fixo pifou de vez, e o meu irmão mandou arranjá-la. Veremos por quanto tempo vou andar a 50 por cento...


Como é obvio, recorro aos "planos C", mas só com uma hora, não dá muito para fazer. Mas já consegui escoar grande parte da matéria pendente, o que é bom!


Para finalizar, duas coisas: Meti-me no Twitter (um pequeno sistema de mensagens) onde tu, em 150 palavras, podes colocar os teus updates. Muito bom para avisar aos outros os posts que andas a colocar no teu blog. Caso adiras, claro...



E o meu, para quem quiser seguir-me: http://twitter.com/Speeder76


A última coisa é para dizer que o entrevistado de amanhã é o Sávio Machado, do seu blog homónimo. E já posso dizer que o convidado de Quarta-feira, dia 28 de Janeiro, é o Javier Gonzalez, do blog espanhol Zone F1.

A1GP - Ronda 4, Taupo (Treinos)


A A1GP está nos Antipodas, mais concretamente na Nova Zelândia, e sem nenhum dos dois pilotos portugueses conhecerem a pista, deram-se muito bem com ela: Filipe Albuquerque, nos primeiros treinos livres desta madrugada, dominados pelo carro suiço, tripulado por Neel Jani, foi o sétimo classificado, e 0,651 segundos do primeiro.

O piloto de Coimbra, e actual segundo classificado do campeonato deste ano, mostrava-se satisfeito com a sua evolução ao longo do dia, apesar de se sentir desconfortável dentro do seu carro: "Foi um bom treino, apesar do resultado final não espelhar o nosso andamento. Para além de ter que aprender a pista, tive que rodar toda a sessão com um banco novo, que não estava bem à minha medida, tornando a condução bastante desconfortável do ponto de vista físico. Apesar dos tempos serem todos muito próximos, penso que amanhã estaremos ainda mais competitivos e vamos entrar na discussão pelos primeiros lugares na qualificação", declarou.


Depois de Jani, o segundo classificado foi o canadiano-libanês Daniel Morad, que também tinha sido segundo na "Rookie Session", a dois centésimos de Jani, e o terceiro foi o australiano John Martin. O irlandês Adam Carrol, o seu rival na liderança, foi quinto, enquanto que o neozelandês Chris van der Drift, que joga "em casa", ficou mesmo à frente de Albuquerque. Quanto ao brasileiro Felipe Magalhães, não foi além da 15ª posição.


Pouco tempo antes, na jornada destinada aos "rookies", Antonio Felix da Costa, o "Formiga", também esteve a adaptar-se a um carro mais potente que os Formula Renault 2.0, e ao circuito de Taupo, foi o quinto na categoria, a 0,479 segundos do mais rápido, o suiço Alexandre Imperatori.

Félix da Costa, depois das suas voltas à pista, mostrava-se satisfeito com a sua prestação: "Penso que fiz um bom trabalho, pois além de desconhecer o circuito, nunca tinha conduzido um monolugar com 600 cv de potência. A pista é muito estreita e estava bastante suja, o que dificultou o meu andamento nas voltas iniciais, mas fui evoluindo progressivamente acabando nos cinco primeiros lugares. Quero deixar uma mensagem de agradecimento ao A1 Team Portugal e à FPAK e prometo fazer melhor quando voltar a ser convocado", referiu.


Felix da Costa ficou à frente de do brasileiro Felipe Magalhães (7º) e do luso sul-africano Cristiano Morgado, que tem experiência de Formula 3 em Inglaterra, que ficou a 1,3 segundos de Imperatori.

A sessão de qualificação decorrerá pela uma da manhã desta madrugada, enquanto que a primeira corrida da jornada dupla está marcada para as 00:50, hora de Lisboa.

GP2 Asia - Ronda 3, Bahrein (Corrida 1)

A DAMS foi a grande dominadora da primeira corrida do fim de semana duplo da GP2 Asia, que decorre este fim de semana no circuito barenita da Shakir, com o japonês Kamui Koboyashi como vencedor, e o belga Jerôme D'Ambrosio no segundo lugar.


Nico Hulkenberg, o autor da "pole-position", teve um problema numa das rodas na troca de pneus obrigatória, e terminou a corrida na quarta posição, apesar de no final da corrida, ter lutado para roubar o terceiro lugar ao italiano Edoardo Mortara, da Arden.




Quanto aos carros da Ocean, não passaram da primeira volta: o holandês Yelmer Buurman não largou, e o italiano Fabrizio Crestani teve um problema mecânico a meio da primeira volta, tendo que abandonar. Um mau começo para as aspirações da equipa de Tiago Monteiro... A segunda corrida acontecerá amanhã.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A letter to Mike

Hello there, Mike!

Há exactamente cinquenta anos atrás, resolveste fazer aquilo que hoje em dia se chama, pelo menos no meu país, de "picanço", com um Mercedes 300 SL, só porque tu odiavas ver um carro alemãso melhor do que o teu Jaguar. Aquilo que tu conseguiste evitar em pista, ocorreu numa banal auto-estrada inglesa, perto de Guilford. E logo quando recebias os louros de ser o primeiro campeão britânico de Formula 1! Que irónico, hein?

Caro Mike, outro dia escrevi para um amigo seu que decerto já o deve ter conhecido lá em cima, o Gilles Villeneuve. Disse que esperava que vocês se competissem entre si no mais puro estado de amizade, e que todos vocês no final se juntassem num agradável convivio, explicando uns aos outros como era correr no vosso tempo. Acho que tu, como o Alberto, ou o Juan Manuel, o homem que tu mais respeitavas (tu até não lhe deste uma volta de avanço em Reims, no teu ano de campeão, por puro cavalheirismo!), não irias compreender quye hoje em dia, muita daquela ética que tinham em pista já desapareceu.

Se os que vieram ter aí onde estás depois de ti ainda não te contaram, eu digo-te. Quando o teu "Mon Ami, Mate", Peter Collins, morreu, tu decidiste ir embora, mas não sem a coroa de louros. E tiraste-a a Stirling Moss. Ele tentou mais vezes, mas nunca conseguiu. Mas hoje em dia, recebe mais adulação, porque é o unico do vosso tempo que ainda vive. Quem diria? Deve ter sido uma troca.


Depois de ti, veio o Graham Hill, num BRM que no teu tempo ninguém acreditava muito no sucesso da empreitada. Pois bem, conseguiu. Depois apareceu um génio: Jim Clark, que graças às máquinas concebidas por outro génio, Colin Chapman, ganhou dois títulos mundiais, e deu aos britânicos o equivalente a Enzo Ferrari: a Lotus. Acho que adorarias ter conduzido um desses carros, se tivesses vivido o suficiente. Mas já te aviso: eram frágeis...



Depois veio outro escocês, Jackie Stewart. Não sei se o irias aceitar aquilo que ele defendia, mas tens que lhe dar o crédito de ter parado com a hemorragia de jovens e talentosos pilotos que desapareciam de nós demasiado cedo da nossa vista e dos nossos corações. Depois veio Hunt, Mansell e Damon Hill, filho do Graham. Se calhar, ele já te contou coisas acerca dele lá em cima, não? E agora, têm Lewis Hamilton, um mestiço. Já viste, 50 anos depois de ti, a Velha Albion a ser pioneira noutro marco?


Se descesses à terra, ias ver como o nosso mundo mudou. Os carros são mais seguros e mais económicos. Passamos por três choques petroliferos, que nos consciencializaram que o petróleo não é um recurso infinito. Continuam as guerras e as desigualdades sociais, e no entanto, nunca tantos viveram tão bem como agora, num planeta cada vez mais apertado, e que sofre cada vez mais nas nossas mãos. A América tem um presidente mestiço. Temos coisas que só estavam escritos em livros de ficção cientifica. Os carros de Formula têm hoje em dia tantos "gadgets" num espaço tão curto, que ficarias confuso. E infelizmente, muitos dos teus conterrâneos andariam em carros alemães, aqueles que tu tanto detestavas. Sim, meu amigo Mike, há pouca industria britânica de automóveis, e a tua amada Jaguar, que sei que eras proprietário de um concessionário, pertence a um indiano. O colonizado compara o colonizador. Quem diria?


Enfim Mike, diverte-te com os que lá andam por aí. Espero que tenhas recebido bem as duas mais recentes chegadas, o Bernard e o Phil, que eram do teu tempo, lembras-te? Já não falta muito para que o teu circulo fique completo. Seja paciente, e aqui, Mike, o Leão Britânico continua a dominar as pistas do Mundo, embora este leão seja cada vez mais multicultural, cada vez mais multinacional. Dá um abraço meu a "Mon Ami, Mate" e a todos os que lá estão, sinto falta de todos eles.


Farewell, Mike!

É tudo coincidência, meus amigos!

Já sabia há algum tempo, mas hoje o Marcos Antônio Filho, do blog GP Series, descobriu a noticia no site Grande Prêmio e "meteu a boca no trombone". Este blog tem... uma equipa na Speedcar Series!




Não, não é a dictomia Bruce Wayne/Batman. Apenas uma merca coincidência, que já agora, vou explicar. No final dos anos 80, havia um jogo no Spectrum que se chamava "Continental Circus". Era um jogo de Formula 1, claro, e quando anos depois decidi começar o blog, recordei-me de novo do nome e como soava a internacional, achei uma boa ideia. E assim ficou. É um pouco como o Ivan Capelli blogueiro e o Ivan Capelli, o piloto italiano de Formula 1. E engraçado... quase nunca falo da Speedcar Series.


Vamos ser siceros, se tivesse uma equipa, nunca a colocaria numa série da treta para que reformados da Formula 1 ganhem um bom saco de dinheiro proveniente de sheiks árabes. Eu faria como o Tiago Monteiro: uma equipa na GP2. E nunca usaria este nome!

GP2 Asia - Ronda 3, Bahrein (Qualificação)

A GP2 Asia vai também voltar este fim de semana, no circuito de Shakir, no Bahrein, e iremos voltar a ver em acção a nova equipa de Tiago Monteiro, a Ocean Racing Technology. Monteiro aproeitou para dizer que a mesma dupla do Dubai, constituida pelo holandês Yelmer Buurman e pelo italiano Fabrizio Crestani, irá manter-se nesta jornada dupla.

Monteiro estava ontem confiante na evolução da Ocean Racing Technology, e na boa prestação de ambos os pilotos: "Esta ronda é quase como uma segunda estreia para nós. No Dubai como a pista inundou só tivemos uma corrida e por isso o trabalho ficou a meio. Mas a excelente qualificação, a prestação do Buurman sempre entre os 10 primeiros e também do Crestani que encetou uma recuperação notável, deixaram-nos com grande confiança. Fico satisfeito por contarmos com a mesma dupla de pilotos para o Bahrain. É verdade que queremos experimentar vários pilotos na Asia Series mas, como no Dubai não completámos o trabalho, faz todo o sentido que continuemos por agora com os mesmos pilotos", referiu.

Contudo, o dia de hoje foi modesto para a equipa. Buurman foi 17º na grelha, e Crestani o 19º, numa sessão onde o alemão Nico Hulkenberg, da ART e recém-chegado dos testes em Portimão, fez a "pole-position". O belga Jerome D'Ambrosio, da DAMS, foi o segundo, à frente do japonês Kamui Koboyashi, o actual líder e piloto de testes da Toyota. O quarto lugar da grelha foi para outro estreante, o itaiano Edoardo Mortara.

A primeira corrida da jornada dupla da GP2 em paragens barenitas acontecerá amanhã pelo meio-dia, hora de Lisboa.

Os cinco de quê? Os que tiveram sorte em vencer... por uma vez.

Lembram-se dos azarados da Formula 1? Pois é, se há uns tempos atrás, falei-vos dos pilotos que tentaram tudo para vencer corridas e nunca o conseguiram, hoje falo do contrário: aqueles que por uma manifesta sorte, conseguiram o seu maior momento de glória, que foi também o seu único. Aliás, vou apresentar casos onde foi a única coisa que conseguiram na Formula 1. E na sua maioria, tripularam máquinas do Cavalino Rampante.


5 – Jean Alesi


É um pouco injusto, já que na sua longa carreira de 201 participações, só conquistou apenas uma vitória. E “sem a merecer” e ainda mais injusto, pois falamos de um dos mais simpáticos e combativos pilotos de então, nos anos 90, e um daqueles que mais encarnou o “espírito Villeneuve”, acarinhado pelos “tiffosi”. E houve certa vez, em 1994, que estava a liderar, quando partiu a embraeagem à saída das boxes. Desconsolado, chorou que nem uma madalena… Este sua vitória, no Canadá, foi largamente comemorada, mas as condições foram mais do acaso do que seu mérito próprio.


Foi uma vitória por acaso, a do GP do Canadá de 1995. Até a onze voltas do fim, Schumacher liderava com vantagem sobre o segundo classificado, o piloto da Ferrari. Só que nessa altura, a caixa de velocidades do Benetton começava a dar problemas, com o piloto a não conseguir sair da terceira marcha, devido a problemas eléctricos. Chegado às boxes, mudaram o volante, fizeram “reset” ao sistema informático, e quando voltou, o alemão tinha caído para a quinta posição. O beneficiado foi Alesi, que ficou tão feliz que deixou cair o motor abaixo, sendo levado para a box às cavalitas de… Schumacher! Para terminar, foi a última vez que um carro com o numero 27 venceu na Formula 1.


4 - Ludovico Scarfiotti


Em 1966, a Ferrari vivia em agitação. John Surtees tinha saído a meio da época, deixando o comando da equipa a Lorenzo Bandini. Para o substituir, chamou o inglês Mike Parkes, que até deu nas vistas, sendo segundo no GP de França, em Reims. Mas em Monza, Ferrari inscreveu um terceiro carro para outro italiano, Ludovico Scarfiotti, que corria na equipa de Sport, e sobrinho de Gianni Agnelli, o patrão da FIAT. O italiano era participante ocasional na equipa, e até então tinha corrido apenas em cinco corridas, das quais só tinha conseguido um ponto. Mas tinha palmarés, pois tinha ganho as 24 Horas de Le Mans em 1963, fazendo equipa com Bandini.


No GP de Itália daquele ano, a Ferrari inscreveu um terceiro carro, para Scarfiotti, que alinhou ao lado de Parkes e Bandini. A Scuderia ficou com a primeira linha, com Parkes em primeiro e Scarfiotti em segundo, para delirio dos "tiffosi". Na partida, Scarfiotti atrasou-se um pouco, caindo para sétimo lugar no final da primeira volta, mas depois colou-se aos seus adversários, e aproveitando os problemas de Clark, Stewart e Brabham e do acidente de Richie Ginther (que escapou sem qualquer ferimento), apanhou Parkes e ultrapassou-o, Na volta 32, John Surtees retira-se e deixa Scarfiotti na liderança até ao final, dando a prmeira vitória de um italiano na "rossa" desde 1952, com Alberto Ascari. Nessa corrida, Jack Brabham era oficialmente coroado como campeão do Mundo, quando tinha 40 anos.





Contudo, foi o seu unico momento de glória. No inicio de 1967, Bandini morre e Mike Parkes fica gravemente ferido em acidentes com os carros da Ferrari. Inseguro, decide sair da equipa e não corre durante boa parte do ano. Em 1968, volta à Formula 1 como piloto da Cooper, enquanto corrida de Porsche no Europeu de montanha, modalidade onde tinha sido bi-campeão europeu. A 8 de Junho de 1968, Scarfiotti fazia uma subida de teste na rampa de Rossfeld, quando o seu carro saiu de estrada, sofrendo aos 33 anos um acidente fatal. E já agora, a sua vitória de 1966 é a última ganha, até aos dias de hoje, por um italiano ao volante da Ferrari.


3 – Giancarlo Baghetti


Baghetti entrou para a história como tendo a melhor estreia de sempre: ganhar na sua corrida de estreia, no GP de França de 1961, batendo milimetricamente o Porsche do americano Dan Gurney. Nesse ano, o carro da moda era o Ferrari Tipo 156 "nariz de Tubarão", mas a sua inscrição era... privada, e ele nem sequer era o piloto escolhido inicialmente. No inicio desse ano, uma sociedade de empresários tinha comprado um carro para Baghetti correr em algumas corridas extra-campeonato, em Itália, mas quando ganha as corridas de Siracusa e Napoles, a sociedade aluga um Tipo 156 para ele correr o GP de França.


Inscrito com o numero 50, era o quarto carro da equipa, que oficialmente tinha inscrito Wolfgang von Trips, Phil Hill e Richie Ginther. Mas os carros oficiais têm problemas (Von Trips e Ginther abandonam, Hill fica a duas voltas do vencedor), e dá por si a lutar pela liderança com o americano Dan Gurney, no seu Porsche 718. A luta foi taco-a-taco, mas na última curva da última volta, Baghetti ganha o vácuo do Porsche e ultrapassa-o, ganhando por... um centésimo de segundo!


No ano seguinte, vai ser piloto oficial da Ferrari, mas os resultados são decepcionantes. Abandona a equipa na sequência da revolta dos engenheiros e participa na aventura da A.T.S (Automobili Turismo e Sport), que se revela um rotundo fracasso. Continua a correr até 1968, onde tem um sério acidente numa prova de Turismo em Monza. torna-se fotógrafo e morre a 27 de Novembro de 1995, com 62 anos, vitima de cancro.


2 – Peter Gethin

Toda a gente conhece a história do GP de Monza de 1971, onde cinco pilotos acabaram separados por menos de meio segundo. Mas eventualmente não sabem que o vencedor foi aquele que teve a pior carreira na Formula 1, quer antes… quer depois. Gethin, nascido em 1940, chegou à Formula 1 no ano anterior, como substituto de Bruce McLaren, que entretanto falecera. No final do ano, só tinha conseguido um sexto lugar no Canadá, mas aquela tinha sido uma época difícil. Para além disso, ajudou a equipa na Can-Am, onde ganhou uma corrida nesse ano.


No ano seguinte, continuou na equipa, mas os resultados eram parcos, e após o GP da Alemanha, fora despedido. Mas não fica muito tempo desempregado, pois a BRM precisa de um substituto para o mexicano Pedro Rodriguez, que tinha morrido algumas semanas antes. Depois de um modesto décimo lugar na Austria, corrida dominada por Jo Siffert, num... BRM, Gethin participa na corrida seguinte, em Itália.


A corrida foi disputadíssima, com trocas de lider a cada metro, num circuito de Monza onde não havia nada para abrandar os carros, a não ser a famosa Curva Parabólica. Lutando contra nomes como Francois Cevért, Ronnie Peterson, Jacky Ickx e o "azarado" Chris Amon, entre outros, Gethin aproveitou na última curva o facto de Peterson ter feito a curva mais larga para ter maior velocidade e ganhar "por um nariz". Era a sua maior coroa de glória... e unica, pois só conquistou mais um ponto, no ano seguinte, na BRM. Depois disso, ganhou as Tasman Series em 1974, e tornou-se nos anos 80, num dos responsáveis da equipa Toleman.


1 – Oliver Panis

Olivier Panis teve uma boa carreira como piloto em várias equipas, como a Ligier, Prost, BAR e Toyota. Conseguiu alguns pódios, e foi um dos contendores do título na primeira metade de 1997, até que um acidente no Canadá o ter fracturado ambas as pernas e o colocar fora de prova durante boa parte da temporada. Mas a sua coroa de glória foi o GP do Mónaco de 1996, numa prova onde só acabaram… quatro carros.


Aqui, a sorte de Panis foi o de ter aguentado o seu Ligier-Mugen Honda numa pista molhada, enquanto que os outros desistiam, ora por problemas mecânicos, ora porque as armadilhas do circuito citadino lá funcionaram. Só para terem uma ideia, no final dessa primeira volta, já seis pilotos, incluindo... Michael Schumacher, tinha sido colocados fora de pista. E os Minardi de Pedro Lamy e Giancarlo Fisichella se tinham eliminado um ao outro nos primeiros metros da corrida...


No final, classificaram-se sete pilotos, mas apenas quatro tinham cortado a meta no momento da bandeirada de xadrez. E um deles, Heinz-Harald Frentzen, estava parado nas boxes! Assim foi a primeira vitória da Ligier desde 1981, e a última de sempre de um piloto francês num carro francês, pois a equipa tinha sido comprada por Alain Prost no final dessa época e rebaptizado com o seu apelido. Teve bons dsesempanhos no ano seguinte, com dois pódios, mas um grave acidente no Canadá, onde fracturou ambas as pernas, o fez ficar de fora boa parte da época. Correu até ao final de 2004 em equipas como a BAR e a Toyota.


Para finalizar... este artigo estava quase "no ponto" quando o Rianov Albinov decidiu suspender por tempo indeterminado o fabuloso blog F1 Nostalgia. Os dois artigos que escrevi sobre desta mesma rubrica foram colocados no blog dele, como prova de amizade e reciprocidade que tinha (e tenho) para ele. Aliás, como já disse, as "Historietas na Formula 1", são, em parte, baseadas nas estórias que arranjava para o seu blog. E apesar do meu amigo Gustavo Coelho, do Blog F1 Grand Prix, e que agora está no site Pitstop, fazer a mesma coisa, nada tem a ver. Como o Pandini jurou que iria colocar as fotos que o Rianov mandar para ele, eu também, em nome da amizade, vou fazer o meu possivel para manter viva a chama deste "soviético". Tal como o Elvis, Rianov lives!

Testes em Portimão - Dia 4



A tempestade que abateu esta manhã sobre o Algarve fez com que a sessão de testes de hoje tenha sido interrompida esta manhã. Muita chuve e o forte vento mostrou que nestas paragens, o Inverno também é forte, e fez levantar a bandeira vermelha.


Num dia onde Heiki Kovalainen (McLaren) e Kazuki Nakajima (Williams) se estreavam a testar no novo circuito, ambos pouco ou nada rodaram durante a manhã, fazendo com que uma equipa, a Toro Rosso, desse logo as suas actividades como terminadas e começasse a arrumar as coisas para partir dali.

Com a chegada da tarde, o tempo não melhorou muito, e as restantes equipas esperaram um bocado para ver se ainda haveira condições para rodar na nova pista algarvia, mas cedo se perceberam que dali não saia nada, e deram os testes por encerrados.

Agora, a Formula 1 volta para testes colectivos no mês de Março, em principio, de 16 a 19 desse mês. Mas antes, na próxima segunda-feira, a McLaren vai reservar a pista, sobretudo para fazer várias filmagens prmocionais para a época que aí vem. E no final da próxima semana, a Williams reservará três dias, entre os dias 30 de Janeiro e 1 de Fevereiro, desconhecendo-se se esses testes serão abertos ao público.

O piloto do dia - Gonzalo Rodriguez

Hoje em dia, poderia estar ou na Formula 1 ou na IRL, competindo entre os melhores, pois o seu palmarés anterior assim o demonstrava. Contudo, o Destino não quis nada com isso, e a sua carreira (bem como a sua vida) terminou na famosa Curva do Saca-Rolhas, vítima de uma fractura da base do crânio, numa era pré-HANS. Caso sobrevivesse, a comunidade sul-americana na Formula 1 no início desta década poderia ter sido mais colorida do que o seu amigo, o colombiano Juan-Pablo Montoya. Hoje, e porque se estivesse vivo, faria hoje 37 anos, falo do uruguaio Gonzalo "Gonchi" Rodriguez, a esperança uruguaia para a Formula 1.


Filho de Rubén-Jorge 'Gallego' Rodríguez (1948-2002), campeão nacional de ralies no seu país, "Gonchi" nasceu a 22 de Janeiro de 1972 em Montevideu, a capital e maior cidade do país. Cedo, a família o chamou pelo nome que ficou conhecido, mas mais tarde, os seus amigos no automobilismo o chamavam de "Gonzo". Começou a correr aos sete anos… no motociclismo, mas passou para o karting com 13 anos. Foi campeão nacional em 1985, 86 e 89, e nessa altura competiu no Campeonato do Mundo de karting de 1988, em Valence, na França. Ai conheceu e tornou-se amigo de um concorrente brasileiro chamado Rubens Barrichello. Mas os dois também competiram contra outros futuros pilotos de Formula 1 como o italiano Giancalro Fisichella, o dinamarquês Jan Magnussen e o escocês David Couthard. Nessa prova fez a volta mais rápida da corrida, mas perdeu a oportunidade de ganhar, devido a uma avaria.

Em 1989, passa para para a Formula 4 uruguaia, equipada com motores Renault, e num campeonato ultra-competitivo, torna-se num dos melhores, vencendo o campeonato por duas vezes e sendo o segundo classificado por outras duas. Corre algumas provas na Formula 3 sul-americana, e torna-se em 1991... campeão uruguaio de Turismos, um título que em tempos tinha sido alcançado pelo seu pai.


Mas também se aprecebe que o Uruguai e a América do Sul se tornam muito pequenos para Gonchi. Em 1992 parte para Espanha, com outro compatriota seu, Marcelo Bresciani, e torna-se vice-campeão no seu ano de estreia, vencendo em duas provas. Em 1993, passa para a Formula Renault, onde fica em terceiro lugar no campeonato, com apenas uma vitória. Mas quer paragens mais altas, e vai para a Inglaterra, na mesma Formula Renault, numa jogada de "tudo ou nada", pois o seu compatriota Bresciani, sem dinheiro, decidira voltar ao Uruguai.


No campeonato de 1994, Rodriguez repete o feito de Espanha, ao ser terceiro no campeonato, e ganhando uma corrida. Mas mais importante, ele também tinha ganho as Finais Renault, que nesse ano decorreram em Brands Hatch. Era o "Rookie do Ano" na categoria. No final do ano, aventurou-se na Formula 3, no GP de Macau, onde deu nas vistas por... ter causado um grande acidente numa das mangas do fim de semana competitivo.


Em 1995, faz a temporada na Formula 3, pela Alan Docking Racing, onde os resultados foram bons, vencendo uma das corridas do ano. Mas esta era uma corrida especial: era a corrida de suporte do GP de Inglaterra, em Silverstone. Continua em 1996, mas não consegue mais do que o 12º lugar no campeonato, e corre seis provas na rebaptizada Formula 2, com antigos carros de Formula 3000, pela Edembridge Racing. Não ganhou corridas, mas chegou em segundo lugar em três dessas corridas.



Vendo que era esse o seu futuro, passa em 1997 para a Formula 3000 europeia, pela Redman e Bright, com um Reynard-Ford. Mas os resultados iniciais foram pobres, e na época de 1998, passa para a Astromega, onde estes melhoraram significativamente. Era uma época onde estavam os melhores da América do Sul: o brasileiro Max Wilson e o colombiano Juan Pablo Montoya. "Gonzo" ganhou duas corridas e esteve na briga pelo título, mas a regularidade naquele ano não foi muito forte, e acabou a época na sétima posição.


O ano de 1999 era prometedor. Continuou na Astromega, e começou o ano nos Turismos, onde ganhou uma corrida em Punta del Leste. Quando a temporada começou, consegue a vitória mais prestigiante de todas: a vitória no GP do Mónaco. Consegue mais dois segundos lugares, em Nurburgring e Spa-Francochamps, na sua corrida final nesse campeonato. No final de Agosto, era o segundo classificado das séries, brigando pelo título com o alemão Nick Heidfeld e o dinamarquês Jason Watt (que era mestiço, como Lewis Hamilton)


Nessa altura, a Benetton o queria para fazer um teste. Desconheço se o fez (Rianov, ajuda-me!) mas antes, faz um teste com a Penske. Os resultados foram tão bons, que Roger Penske o chamou para correr uma prova em Belle Isle. Rodriguez aceitou, pois não interferia com o calendário da Formula 3000. Fez uma prova calma e classificou-se em 12º lugar, conseguindo o seu primeiro (e unico ponto), na sua primeira (e infelizmente unica) prova da CART.

No segundo fim de semana de Setembro, depois da prova de Spa-Francochamps, Rodriguez disputada a prova de Laguna Seca, a contar para a CART, chamado uma vez mais pela Penske. O seu amigo e rival Montoya era o candidato ao título, e Rodriguez estava numa das equipas mais prestigiadas do plantel.

A 11 de Setembro de 1999, um Sábado, perto do meio dia, "Gonzo" estava a tentar uma volta rápida num circuito que tentava conhecer melhor, quando os travões falharam a 250 km/hora, na Curva "Saca-Rolhas", no mesmo local onde dois anos antes, o italiano Alex Zanardi tinha feito uma das mais espectaculares ultrapassagens da história. O carro bateu na barreira de pneus, saltou para fora e aterrou atrás. Teve morte imediata, devido a fractura basal do crânio, com apenas 27 anos de idade.

A sua morte causou comoção no seu Uruguai natal, visto como uma potência menor no automobilismo, entalado entre a Argentina e o Brasil. O seu funeral foi seguido por mais de cinco mil pessoas na sua Montevideo natal, que viam ali enterradas as esperanças de aquele que poderia ter sido o quarto uruguaio na Formula 1, depois de Etiel Catoni, Oscar Mario Gonzalez e Alberto Urria. Numa ironia amarga, tinha morrido exactamente 21 anos depois do sueco Ronnie Peterson...

Hoje em dia, o seu legado vive. A familia criou uma fundação com o seu nome, que serve para promover a educação fisica e civica dos jovens no seu país. A fundação promove também os prémios "Winning Attitude", dados no final de cada temporada da GP2, a sucessora da Formula 3000, a quem se destacam pilotos e equipas que contribuiram, de forma positiva, nesta categoria.

Fontes: