sábado, 14 de março de 2020

Youtube Motorsport Video: A corrida virtual "All-Star"

Com o mundo automobilístico a parar devido ao coronavirus, muitos dos pilotos vão ficar fechados dentro de casa, e os pilotos não serão excepção. Mas desde o começo que alguns pilotos combinaram entre si num desafio virtual, que resultou nisto: o  Race All-Star esports Battle.

Aqui vão estar envolvidos pilotos de verdade como Max Verstappen, Jean-Eric Vergne, Lando Norris, António Félix da Costa, Neel Jani, Juan Pablo Montoya, Simon Pagenaud, Belly Monger, entre outros, e alguns youtubers como Jimmy Brodabent.

A corrida vai acontecer pelas 13 horas de Lisboa, e vai ser transmitida em direto no Youtube. Podem ver por aqui, também.

WRC 2020 - Rali do México (Dia 1)

Sebastien Ogier lidera o Rali do México com 13,2 segundos de avanço sobre Teemu Suninen, num Ford. Realizadas onze das primeiras doze especiais - a oitava foi cancelada por causa do incêndio do Esapekka Lappi, como irão ler adiante - o piloto do Toyota tem um avanço tem no lugar mais baixo do pódio está Elfyn Evans, noutro Toyota, a 33,2 segundos.

Com o mundo inteiro a parar devido à epidemia do coronavirus, o Rali do México vai ser praticamente o último evento a acontecer antes do mundo entrar em pausa por tempo indeterminado. Depois das duas primeiras especiais no percurso desenhado no meio da cidade de Leon, ganhos por Thierry Neuville, a prova começou com a primeira passagem por El Chocolate, onde Tanak foi o melhor, 10,3 segundos na frente de Sebastien Ogier, no seu Toyota. Teemu Suninen era terceiro, a 10,5.

Na mesma especial, Dani Sordo teve problemas com o radiador e perdeu tempo para o reparar. E compensou, porque o espenhol da Hyundai venceu na primeira passagem por Ls Minas, 1,5 segundos adiante de Tanak. Neuville venceu a sexta especial, no final da manhã, num percurso montado no Parque Bicentenário, no centro da cidade, 0,8 segundos na frente de Evans e 2,1 segundos na frente de Ogier.

A tarde começava com Tanak a vencer na segunda passagem por El Chocolate e Esapekka Lappi a ver o seu carro a arder. Menos dramático foi Dani Sordo, que também parou de vez, mas por sobreaquecimento do motor. Na nona especial, a segunda passagem por Las Minas, Tanak atacou e ganhou com 3,2 segundos de vantagem sobre Kalle Rovanpera e 3,7 sobre Sebastien Ogier. Por essa altura, Thierry Neuville parava devido a problemas mecânicos, fazendo com que Tanak subisse para o terceiro posto.

As três últimas especiais do dia eram Super-Especiais em Leon. Na primeira, Sebastien Ogier levou a melhor, 0,1 segundos na frente de Elfyn Evans, enquanto na segunda, o francês voltou a vencer, desta vez 0,5 segundos na frente de Teemu Suninen. Na terceira, Kalle Rovanpera levou a melhor sobre Elfyn Evans, enquanto Ogier era apenas quinto, 1,3 segundos atrás.

Depois dos três primeiros, Ott Tanak é o quarto, 0,2 segundos atrás de Suninen, enquanto Kalle Rovanpera é quinto, a 35,7. Gus Greensmith é o sexto, a 1.16,8, na frente de Pontus Tidemand, o melhor dos WRC2, a 4.16,7. Nicolas Gryazin é o oitavo, a 5.07,8, na frente de Marco Bulcacia, noutro Skoda, a 5.54,3, e do chileno Emilio Fernandez, a 8.39,8.

O rali do México prossegue este sábado.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Motores e o coronavirus - a situação do dia 13

Depois da "debacle" com o GP da Austrália, a Formula 1 decidiu ter uma atitude mais ativa. Decidiu hoje adiar os GP's do Bahrein e do Vietname, e colocou em dúvida as corridas de Zandvoort e Barcelona, prevendo que tudo volte ao ativo no final de maio, provavelmente com o GP do Mónaco. Caso isso aconteça, seria a primeira vez em 55 anos que a temporada começaria nas ruas do Principado, quando deveria ser a sexta prova do calendário.

E em cadeia, o inicio da Formula 2 e Formula 3, marcados para o fim de semana seguinte no Bahrein, foram também adiados para data a marcar. 

Se o Rali do México prossegue, sem interrupções, a mesma coisa não se pode ser dita em relação ao Rali da Argentina. As autoridades locais decidiram adiar a prova, que estava prevista para o meio de abril, para novembro, prevenindo contra a doença. Agora, o próximo rali será o de Portugal, marcado para os dias 21 a 24 de maio.

No WRX, o campeonato mundial de Rallycross, a ronda de Barcelona foi adiada de abril para junho.

Na IndyCar, com St. Petersburg sem espectadores e Long Beach adiado para outra data, a chance dos sistemas de saúde americanos entrarem em colapso é real, e provas com o do COTA, em Austin, podem estar em dúvida. E mesmo as 500 Milhas de Indianápolis, marcados para o dia 23 de maio, já começa a ser coloado com um grande ponto de interrogação devido aos eventos que costumam acontecer ao longo desse mês, primeiro com o Grande Premio, na pista alternativa, e depois, os treinos para a prova.

Por agora, é tudo. Aos poucos, o automobilismo entra numa hibernação forçada, do qual se desconhecerá se será suficiente para quebrar as cadeias de transmissão da doença.

PS: A IndyCar acaba de lançar um comunicado afirmando que as quatro primeiras corridas do ano, St. Petersburg, Long Beach, Austin e Barber, foram canceladas. Todas as provas marcadas para abril ficam sem efeito. 

Como a Formula 1 saiu (muito mal) na fotografia

Agora é oficial: o GP da Austrália foi cancelado, e é provável que a temporada fique paralisada até maio, com o GP dos Países Baixos, em Zandvoort. Isto, se formos otimistas. Porque se formos ver pelo lado pessimista da coisa, pode-se dizer que 2020 já acabou. Em março.

Mas até chegarmos aqui, foi uma saga, digna de puxar os cabelos e criar ansiedade até ao mais calmo dos sujeitos. Os eventos das últimas dez, doze horas antes do cancelamento são dignas de toda uma temporada do "Drive to Survive", e os rumores voaram de hora a hora, minuto a minuto, e demonstraram muitas coisas. Uma delas, a capacidade - ou incapacidade - da Formula 1 ser sensível aos apelos para levar a saúde pública muito a sério, as divisões dentro do pelotão e as atitudes de alguns dos pilotos, que parece terem descoberto algumas verdades sobre o espírito da FOM.

Então, comecemos pelo momento em que um membro da McLaren foi testado positivo pelo coronavirus. Havia suspeitas, a começar por quatro membros da Haas e o da McLaren, na quarta-feira de manhã. Quando os testes confirmaram positivo, a equipa reuniu-se e decidiu renunciar à participação no Grande Prémio.

Isto, já por si, seria sinal de alarme para o adiamento imediato do Grande Prémio. Por esta altura, a Formula E tinha suspendido a temporada por dois meses, tirando de circulação quatro ePrixs, dois dos quais na Europa: Roma e Paris. Seul e Jakarta foram as outras suas provas. Na IndyCar, a organização tinha decidido que a corrida de St. Petersburg iria acontecer sem espectadores, e mais tarde, a corrida de Long Beach tinha sido cancelada. Sebring também tinha sido adiada, em principio para novembro. Mas a Formula 1 não dava sinais de ceder.

E noutras modalidades, a NBA tinha decidido na noite de quarta-feira suspender o campeonato, com efeito imediato, depois de um jogador ter dado positivo para a doença. Houve jogos que foram cancelados em cima da hora, com espectadores a sentarem-se nos seus lugares e a prepararem para ver os jogos.

Por esta altura, Lewis Hamilton criticava a atitude da organização em prosseguir com tudo, apesar de todos os sinais em contrário. 

Estou muito, muito surpreso por estarmos aqui. É ótimo termos corridas, mas, para mim, é chocante estarmos todos sentados nesta sala e que haja tantos fãs na pista. Parece que o restante do mundo está reagindo, provavelmente um pouco tarde. A NBA foi suspensa, mas a Formula 1 continua trabalhar", declarou o piloto da Mercedes.

Questionado sobre o fato de a Formula 1 insistir em correr neste fim de semana, Hamilton disparou. “O dinheiro é rei, mas, sinceramente, não sei. Não tenho muito mais a acrescentar”.

Ele tocou na ferida. No meio do essencial, esquecemos do acessório. Dois dias antes, a Formula 1 tinha anunciado um grande acordo com a Aramco, a petrolífera nacional saudita, a maior do mundo e que recentemente colocou uma pequena parte do seu capital na Bolsa de Nova Iorque. Não se fala só do maior poluidor do mundo, numa altura em que a Formula 1 declarou querer neutralizar a sua pegada carbónica até ao final da década, mas com o dinheiro que querem e com a intenção da Arábia Saudita em ter uma corrida, "money talks, bullshit walks".

E ao longo da história, a Formula 1 foi assim: antes quebrar que torcer. Foi assim com as corridas que fez em ditaduras um pouco por todo o mundo, ao longo dos 70 anos da competição. Seguiram em frente quando o mundo pediu que não corressem na África do Sul, em 1985, em pleno regime do "apartheid" ou em 2012, quando se pediu um boicote ao Bahrein pelos seus abusos dos direitos humanos, em plena agitação social naquela nação. E nem saberemos o que faria Bernie Ecclestone numa situação destas. Provavelmente ainda incendiaria as coisas, falando disparates à imprensa...

E Hamilton também deveria saber que o lema não oficial deles é "o espectáculo tem de continuar". Afinal de contas, foi o que fizeram quando dois pilotos morreram num mesmo fim de semana...

Nas horas a seguir à renuncia da McLaren, começaram a surgir rumores sobre o cancelamento da corrida. Sinais inicialmente contraditórios, mas depois, durante a madrugada, houve uma reunião entre as equipas para decidir se cancelariam ou não o evento. E na votação... houve empate. Cinco a cinco. Segundo os "insiders", Mercedes, Red Bull, Alpha Tauri, Williams e Racing Point votaram a favor da continuidade, contra Ferrari, McLaren, Alfa Romeo, Renault e Haas. Mais tarde, minutos antes do encerramento, a Mercedes tinha entregue um comunicado a pedir à organização para que cancelassem a corrida. A ser verdade, há muita lágrima de crocodilo.

Pelas oito da manhã de sexta-feira, com gente nos portões, os seguranças barravam a entrada aos espectadores, enquanto se falava do rumor de que Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel já tinham rumado para o aeroporto, provavelmente para apanhar um voo para casa. E logo a seguir, o anuncio oficial, depois de Chase Carey ter chegado a Melbourne, depois de um voo de Hanoi, onde tentava convencer as autoridades a não adiar a corrida vietnamita.

E portanto, chegamos a isto. Mas este pode ser apenas o primeiro capitulo da saga. Semana que vêm está marcado o GP do Bahrein, embora a organização tenha decidido realizar sem espectadores. Contudo, como sabem, um elemento da McLaren tem a doença e não se sabe quantos mais estão a incubar. Se neste período de tempo outros surgirão, eles poderão entrar no país? A equipa poderá entrar no país? Ou seja, haverá cenas dos próximos capítulos de uma situação onde todos saíram mal.

A Formula 1, no seu espírito de "o espectáculo continua, não importa a que preço", ficou muito mal retratado na câmara. Os seus dirigentes ficaram mal vistos. A FIA e a FOM, que tem responsabilidades civis, não serve só para receber o dinheiro, deram uma lição de civismo... mas ao contrário. E como já disse em cima, ainda não acabou. O mais provável é que a temporada seja adiada até maio e todos estes Grandes Prémios sejam, oficialmente, adiados. Porque se cancelam, perdem dinheiro, muito dinheiro. E claro, vai menos dinheiro para as equipas para as temporadas seguintes. Vai abalar a Formula 1 no futuro, em mais maneira do que julgam.

Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Motores e o Coronavirus: A situação do dia 12

As coisas parecem precipitar-se, de minuto a minuto, nesta quinta-feira Quando ler isto, provavelmente estará desatualizado. É uma sexta-feira 13 antecipada, se quisermos assim.

A Formula E vai ser suspensa por dois meses, fazendo reduzir o calendário para nove corridas, levando ao cancelamento das corridas de Paris e Seul. Já a corrida de Jakarta, prevista para o dia 6 de junho, tinha sido adiada para data a determinar, mas provavelmente poderá ter sido cancelada.

No caso da Formula 1, no final da noite passada, foram detectados alguns elementos - quatro da Haas e um da McLaren - com sintomas suspeitos. Estão a ser testados pelas autoridades de saúde do estado de Victoria, e aguardam-se resultados para esta quinta-feira. Por essa altura, continuavam as precauções: as sessões de autógrafos estavam canceladas e a distância mínima entre os jornalistas e os pilotos é de dois metros, pelo menos.

Entretanto, em Hanoi, cresciam os rumores de um possível adiamento do GP do Vietname. Chase Carey esteve na capital vietnamita e parece que qualquer decisão acontecerá até domingo.

Pela manhã, final da tarde em Melbourne, os resultados que ninguém queriam ouvir: um dos elementos da McLaren tinha o coronavirus. A equipa reuniu-se de emergência e após alguma reflexão, decidiu renunciar à corrida. 

A McLaren Racing confirmou esta noite em Melbourne que se retirou do Grande Prémio da Austrália de Fórmula 1 em 2020, após o teste positivo de um membro da equipa para o coronavírus. O membro da equipa foi testado e colocou-se em isolamento assim que começou a apresentar sintomas que estão agora serão tratados pelas autoridades locais de saúde.”, começa por dizer.

A equipa preparou-se para essa eventualidade e dará apoio contínuo ao funcionário que agora entrará num período de quarentena. A equipa está a cooperar com as autoridades locais relevantes para auxiliar suas investigações e análises.

Zak Brown, CEO da McLaren Racing e Andreas Seidl, diretor da equipa da McLaren F1, informaram a Fórmula 1 e a FIA da decisão esta noite. A decisão foi tomada com base no dever de cuidar não apenas dos funcionários e parceiros da McLaren F1, mas também dos concorrentes da equipa, fãs da Fórmula 1 e partes interessadas mais amplas da Formula 1“, concluiu.

Contudo, apesar da renuncia da McLaren, a organização da Formula 1 decidiu seguir adiante, perante a revolta de muitos dos fãs. Mas à hora que se escreve este post, há informações contraditórias: a Sky Sports diz que a corrida vai prosseguir, a BBC, através de Andrew Benson, diz que duas fontes dentro da estrutura da Formula 1 afirmam que a corrida será adiada. Em suma, é a confusão total. Uns falam que são as equipas que pressionam a FOM para que tome a decisão, outras falam que tem de ser a FIA a fazê-lo.

Caso haja o adiamento do GP da Austrália, o dominó poderia ser veloz: as autoridades barenitas poderiam adiar a sua corrida "sine die", mesmo com o isolamento, o GP vietnamita seria também adiado, e a temporada poderia começar na Holanda, ou em Barcelona. Ou na pior das chances, esperar pelo verão europeu para começar a competição.

Entretanto, ontem à noite, a organização do Rali dos Açores, primeira prova do ano do Europeu de Ralis (ERC) e segunda prova do Campeonato de Portugal (CPR), decidiu adiar a prova devido aos receios do coronavirus. Apesar do arquipélago não ter qualquer caso até agora, as autoridades estão a vigiar os aeroportos e os portos para ver se alguém está ou não infectado.

No caso da IndyCar, com o aumento de casos nos Estados Unidos, e com a decisão de proibir os voos vindos da Europa, e com a Florida a lidar com um aumento de casos do coronavirus, o "mayor" de St. Petersburg decidiu que a corrida, por agora, será realizada sem espectadores. Porque a chance de cancelamento da corrida, que acontecerá no domingo, também está em cima da mesa.

Entretanto, por causa da proibição dos voos vindos da Europa, a prova de Sebring do Mundial de Endurance foi oficialmente cancelada, enquanto as 12 Horas foram adiadas para novembro.

E é esta a situação. Mas como disse em cima, as coisas estão a ser revistas de hora a hora...

A imagem do dia

Lembrar-se destas coisas, a meio de uma pandemia mundial, até é um feito. Mas até nem eu poderia deixar passar isto de lado, por causa da data redonda. Do que aconteceu e das circunstancias desse facto.

A 11 de março de 1990, em Vilnius, na Lituânia, o parlamento local decidiu restaurar a sua independência, retirada pela (então) União Soviética cinquenta anos antes. Só ano e meio depois é que se efectivou, mas no dia em que isso acontecia, no outro lado do Atlântico, no outro lado da América, quase no Pacífico, acontecia o GP dos Estados Unidos, num circuito sem história no centro de Phoenix, no Arizona.

Por ali, são raros os dias de chuva. Mas aconteceu. Choveu no sábado, e os tempos de sexta-feira foram os que contaram. Foi por isso que Pierluigi Martini conseguiu a sua melhor posição de sempre, com um segundo lugar, na frente de Andrea de Cesaris, no seu Dallara, Olivier Grouillard conseguiu um oitavo com o seu Osella, Roberto Moreno um 16º posto com o seu Eurobrun, tudo resultados... excêntricos. E os dois italianos ficaram na frente de Ayrton Senna! Em contraste, Nigel Mansell foi 17º e Alessandro Nannini 21º.

Mas não foi a grelha excêntrica que queria falar. Era sobre o dia em que um talento mostrou do que era capaz com uma máquina modesta. Jean Alesi, quarto na grelha de Phoenix, tinha chegado como um cometa a meio de 1989, e começou logo com um quarto posto em Paul Ricard, no seu Tyrrell. O francês, que corria pela equipa de Eddie Jordan na Formula 3000, não tinha passado despercebido pelo olho treinado de Ken Tyrrell, e conseguiu oito pontos na sua meia temporada e um nono posto no campeonato, enquanto era campeão na categoria mais abaixo.

Em Phoenix, ainda com a velha máquina - o 019 só iria aparecer em Imola - Alesi decidiu aproveitar o azar de Gerhard Berger para liderar a corrida. Parecia que iria ser um soluço, até que outros mais fortes o apanhassem, como Senna. Mas quando o brasileiro chegou perto, o francês reagiu. Reagiu ficando em frente a Senna por 25 voltas, com um mero motor Ford V8 contra o Honda V10 que o McLaren tinha. E à medida que as voltas passavam, as pessoas admiravam aquilo que ele fazia.

No primeiro ataque, Alesi se defendeu bem, mantendo a liderança, mas na segunda tentativa, o brasileiro conseguiu. Ele foi-se embora, mas o segundo lugar final não só lhe deu o seu primeiro pódio da sua carreira como o primeiro pódio da marca desde o GP do México, no ano anterior, quando Michele Alboreto tinha sido terceiro.

Alesi pode não ter vencido, mas naquela tarde de Phoenix, mostrou que era capaz com um carro inferior aos McLaren, Ferrari, Williams e Benetton. O futuro se iluminou para ele.

quarta-feira, 11 de março de 2020

Motores e o coronavirus - As novidades do dia 11

No dia 11 de março, dia e que a Organização Munfdial de Saude declaraou o coronavirus como "pandemia" à escala global, as novidades em relação à doença e o automobilismo têm sido grandes. Na Austrália, depois de um hospede de um hotel próximo do circuito ter sido detectado com o coronavirus, as autoridades de saúde ficaram preocupadas, mas por agora, mantêm-se a corrida com espectadores. Esta manhã, contudo, as autoridades australianas impediram a entrada de cidadãos italianos de entrar no país por causa do CoVid-19. Curiosamente, fizeram-no depois de terem entrado algumas centenas de nacionais que trabalham para a Ferrari, Alpha Tauri e Pirelli. 

E a quatro dias para a prova... tomam-se medidas. Não há sessões de autógrafos, e as entrevistas aos media só acontecerão com uma zona de exclusão mínima de dois metros.  

Ao contrário, no Vietname, as autoridades locais decidiram cancelar os vistos provenientes dos locais mais afetados pela doença, o que poderá dificultar as coisas para aqueles que pretendem ver a corrida, marcada para o dia 5 de abril. Na pior das chances - sem haver adiamento - poderá ser outro Bahrein, com corridas sem espectadores.

Na Formula E, o ePrix de Jakarta, que era para acontecer a 6 de junho, acabou hoje por ser cancelado devido aos receios do coronavirus, elevando para três as corridas que não vão ser realizadas na data prevista. Apesar de na Indonésia, apenas se terem registado 34 casos, com duas mortes, dos dez países mais afetados, cinco são europeus (Itália, Espanha, França, Alemanha e Suíça). E também é provável que as rondas de Paris e Seul serão canceladas, elevando para cinco as provas afetadas.

"Devido ao surto de Covid-19 e ao crescente número de casos na Indonésia e em Jacarta, a decisão foi tomada como o curso de ação mais responsável, para proteger a saúde e a segurança dos participantes, funcionários e espectadores do campeonato.", começou por dizer a organização num comunicado oficial.

"Continuaremos a monitorizar a situação de perto com as autoridades relevantes e o Comitê Organizador do E-Prix de Jacarta, a fim de avaliar as possibilidades de reagendar a corrida numa data posterior", concluiu.

Contudo, a organização está a trabalhar em planos de contingência. Já se falou na chance de haver uma jornada dupla em Valencia, a 4 e 5 de abril, mas com os casos em Espanha a explodir neste momento - 2182 casos a partir de hoje, com 49 mortes - é altamente improvável. Mas a ideia de haver o ePrix de Berlim sem espectadores - a prova é no antigo aeroporto de Tempelhof - e jornadas duplas em Nova Iorque e em Berlim são uma chance para os atuais e futuros cancelamentos.

Na Moto GP, a organização do GP da Argentina anunciou que a sua corrida foi adiada para 22 de novembro, de novo por receios por causa do coronavirus. Mesmo que a Argentina tenha neste momento apenas 19 casos e uma morte, a organização decidiu não arriscar receber todo o pelotão nesta altura. Também foram adiadas as 24 Horas de Le Mans em motociclismo, previstos para os dias 18 e 19 de abril, para setembro. E as rondas espanhola e francesa das Superbikes foram também adiadas 

E são assim as últimas novidades sobre o impacto do coronavirus nos desportos motorizados.

WRC: Em 2022, teremos novos carros

Digam adeus aos WRC, agora teremos os Rally1. Serão híbridos, de design agressivo, um pouco menos velozes, menos caros para serem feitos. Os regulamentos só aparecerão mais tarde no ano, mas os carros que vemos nas estradas um pouco por todo o mundo têm agora um prazo de validade: no final de 2021, irão para os museus.

Em termos de bólidos, os novos Rally1 terão tracção às quatro rodas e uma caixa de cinco velocidades. Deixam de ter um diferencial central, e serão permitidos seis conjuntos motor e transmissão por carro e por temporada. O curso das suspensões será reduzido, os amortecedores, cubos e seus suportes serão simplificados, bem como das barras estabilizadoras. Haverá apenas uma única especificação de braços de suspensão.

Em termos de aerodinâmica, o desenho livre das asas permanece autorizado, dentro de alguns limites. Os elementos aerodinâmicos traseiros serão simplificados, e o efeito aerodinâmico das condutas ocultas será eliminado.

Tudo isto serão algumas das medidas que a FIA irá mostrar mais tarde para os três construtores que estão no WRC: Toyota, Ford e Hyundai. 

Youtube Rally Ad: A homenagem da Lego à Audi... e a Michelle Mouton

A Audi comemora em 2020 os 40 anos da tração integral, conhecido no mundo pela palavra "Quattro". O seu carro de ralis, que se mostrou pela primeira vez no Rali do Algarve como "carro zero", acabou por dar títulos mundiais a Walter Rohrl, mas também deu ao mundo... Michele Mouton. Provavelmente a melhor mulher-piloto do século XX, venceu quatro provas, todas ao serviço do Audi, tendo conseguido o vice-campeonato em 1982.

Assim sendo, a Lego decidiu comercializar um Audi Quattro S1 de 1984, com um boneco da Michelle Mouton. E aqui podem ver o video disso.

terça-feira, 10 de março de 2020

Youtube Formula 1 Racing: Daniel Ricciardo vs garotos

Antes do GP da Austrália, Daniel Ricciardo decidiu sentar-se com um grupo de garotos, que faziam perguntas sobre como é ser piloto de Formula 1. O resultado é este video. 

WRC: Equipas cautelosas com o coronavirus

O WRC não está neste momento muito preocupado com o coronavirus, pois as próximas duas provas serão em lugares fora da Europa, nomeadamente, o México e a Argentina. Ali, onde o surto não está muito ativo, os pilotos e as equipas podem descansar, porque a caravana só voltará à Europa no final de maio, com o Rali de Portugal.

O chefe da Hyundai, Andrea Adamo, acha que na realidade, é outra coisa que está a espalhar mais rapidamente: o pânico. “O pânico é a pior coisa que estou a ver a espalhar-se neste momento, isso é pior que o vírus. Para já não há limitações, mas o problema é que eles têm medo das pessoas que viajam do exterior e começam a parar não só os italianos como os outros todos…”, comentou.

Por agora, o departamento de saúde de Guanajuato, o estado onde se vai realizar o rali, aconselhou apenas os visitantes a evitar formas normais de saudação como apertar as mãos e beijar. A prova vai acontecer entre os dias 12 e 15 de março.

Motores e o coronavirus - As novidades do dia 10

Enquanto a Formula 1 faz de tudo para que siga com normalidade, embora avisando que tomará todas as medidas caso a pandemia se espalhe, noutros lados, prevenir parece ser o melhor remédio. 

Esta tarde, a organização do Mundial de MotoGP decidiu adiar o GP das Américas, que deveria acontecer a 5 de abril, no Circuito das Américas, em Austin. Assim sendo, depois do cancelamento do MotoGP no Qatar, e do adiamento do GP da Tailândia para outubro, a corrida americana será a terceira prova a ser adiada. Em principio, o adiamento será para 15 de novembro, empurrando o GP de Valencia para a semana seguinte. 

Em principio, o próximo GP do calendário será o da Argentina, a 19 de abril.  

Na Formula E, com o cancelamento das rondas de Sanya e de Roma, a organização da Formula E pensa seriamente fazer uma ronda dupla em Valencia, no circuito Ricardo Tormo, no fim de semana de 4 e 5 de abril, para evitar ter um buraco enorme no calendário. Contudo, isso poderá ser contraproducente, porque neste momento, a Espanha tem 1622 casos, com 35 mortes a registar, e em sitios como o País Basco e a Comunidade de Madrid, as escolas e universidades estão fechadas.

E em Valencia, as autoridades locais estão de prevenção. As manifestações desportivas não tem espectadores, como os jogos de futebol do Valencia CF, e o governo já prometeu que durante a semana, irá anunciar novas medidas de contenção da doença. E algo parecido com o que a Itália anunciou, ou seja, a paralisação das atividades por duas semanas em todo o país, com altas restrições a circulação de pessoas e bens, pode ser uma possibilidade. 

E para piorar isso, o governo francês também pensa em medidas semelhantes, depois de terem sido anunciados 1616 casos em todo o país, com trinta mortes até agora. O ePrix de Paris é a 18 de abril, e provavelmente também poderá estar em perigo. Quanto ao ePrix de Seoul, previsto para o dia 3 de maio, apesar das autoridades locais terem dito que poderão ter passado pelo pior, a prova continua em dúvida.

segunda-feira, 9 de março de 2020

The End: Ayrton "Lolô" Cornelsen (1922-2020)

Ayrton "Lolô" Cornelsen, arquitecto e desenhador de autódromos, morreu na passada quinta-feira aos 97 anos de idade, de causas naturais. Cornelsen desenhou autódromos em três continentes, e duas das suas pistas, Estoril e Jacarépaguá, acolheram provas do mundial de Formula 1. Para além disso, desenhou o autódromo de Goiânia.

Nascido a 7 de julho de 1922 em Curitiba, foi futebolista na sua juventude, tendo jogado pelo Athletico Paranaense e ajudou a desenhar um símbolo novo no seu clube. Formado em Engenharia Civil na Universidade Federal do Paraná em 1949, começando a trabalhar para o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, do qual se tornou diretor. Ali, começou a fazer, sobretudo, obras de infra-estruturação, como estradas e hotéis. Também projetou estádios como o Mineirão, em Belo Horizonte, e o Couto Pereira, em Curitiba.

Nos anos 70, começa a fazer as obras dos quais irá ser famoso. E tudo graças à amizade com Fernanda Pires da Silva. Em 1967, tinha desenhado o Autódromo Internacional de Goiânia, que se tornou numa das melhores infraestruturas desportivas de então, e ela o escolheu para desenhar autódromos em dois continentes. O primeiro, em Portugal - foi uma das suas primeiras obras no estrangeiro - e outra em Luanda, então colónia portuguesa. Ambos os circuitos foram construídos ao mesmo tempo e foram inaugurados com 21 dias de diferença, em 1972. 

O circuito angolano era a primeira etapa de um projeto maior que implicava a construção de outras estruturas como hotéis, bungalows e um casino. E foi ali que idealizou a escapatória de gravilha, graças ao aproveitamento de casas demolidas na zona. A pista poderia acolher a Formula 1 e Emerson Fittipaldi visitou-a, elogiando o projeto. Contudo, a agitação após o 25 de abril, a independência e a guerra civil que assolou aquele país e que terminou em 2002 fez abortar o projeto, e a pista ficou abandonada por muito tempo. Um destino totalmente diferente do Estoril, que albergou a Formula 1 de 1984 a 1996.

Pouco depois, em 1977, pediu-se a Cornelsen se poderia renovar totalmente uma pista que havia nos arredores do Rio de Janeiro. Era Jacarépaguá, e o objetivo era um só: receber a Formula 1. O projeto foi concluído em um ano e em 1978, recebia o primeiro Grande Prémio, e iria continuar assim entre 1981 e 89, antes da Formula 1 voltar a Interlagos. Construído num aterro, degradou-se e foi demolido em 2013, para acolher ali o parque olímpico, com a esmagadora maioria das estruturas para os Jogos Olímpicos de 2016.

Para além disso, também ajudou a desenhar e construir o Autódromo de Curitiba, local onde passou, entre outros, o Mundial de Turismos. Ao todo, a sua marca foi sentida em três continentes.  

Automobilismo e o coronavirus - As novidades do dia 9

A cinco dias do GP da Austrália - que vai acontecer, com público - surgiu a noticia de que treze passageiros de um voo da Vietnam Airlines entre Londres e Hanoi, realizado no passado dia 2, têm o coronavirus e foram isolados num complexo residencial nos arredores da cidade. Apesar de todas as precauções que o governo local fez em relação aos casos do coronavirus - isolou uma comunidade de dez mil pessoas a 40 quilómetros da capital, quando ali foram detectadas 16 pessoas com a doença - as autoridades estão a fazer de tudo para que a corrida segue adiante. O GP do Vietname, terceira prova do campeonato, está - por agora - marcado para o dia 5 de abril.

Por causa disso, Mark Hughes, da revista Motorsport, critica a organização da Formula 1 na sua coluna habitual, ao chamá-los de "irresponsáveis" ao permitirem que o calendário se cumpra, apesar dos alertas em contrário. Se o GP do Bahrein vai acontecer sem espectadores, como foi ontem anunciado, o calendário não está a ter qualquer alteração.

"Não importa quantas [vezes eles digam] 'estamos monitorizando de perto a situação' e 'a segurança das pessoas é fundamental', a Formula 1 não é o orgão que pode fazer as chamadas objetivamente. Está financeiramente preso e precisa ser libertado desse fardo. A longo prazo, a Formula 1 não pode arriscar ser vista como a entidade que irresponsavelmente transformou a epidemia em uma pandemia, potencialmente matando milhões. Até que este vírus esteja sob controle, todos nós devemos aceitar que os grandes prémios são um luxo que precisamos adiar.", sentenciou.

Entretanto, a SRO, organizador do GT World Challenge, decidiu cancelar a ronda de Monza, prevista para os dias 17 a 20 de abril, por causa do coronavirus. Como é sabido, este final de semana, o governo italiano decidiu isolar o norte do país, afetando 16 milhões de pessoas nas regiões da Lombardia, Piedmonte, Veneto, Emiglia- Romana e Marche.

Contudo, a IndyCar não espera que o virus perturbe o calendário, apesar de nos Estados Unidos terem sido detectados até agora 617 casos, com 22 mortes. Recorde-se que a temporada começará este domingo nas ruas de St. Petersburg, na Florida. 

Estamos monitorizando activamente a situação e trabalhando em estreita colaboração com as autoridades de saúde pública para garantir o bem-estar de nossos espectadores e participantes do evento. Não esperamos nenhuma interrupção na programação da IndyCar, incluindo a corrida da próxima semana em São Petersburgo e o mês de maio no Indianapolis Motor Speedway", afirmou a Indy Car Series em comunicado oficial

Um filme sobre Mike Hailwood a caminho?

Mike Hailwood é uma das mais icónicas personagens do motociclismo e do automobilismo. Quase 40 anos após a sua morte, a sua vida poderá ser transposta para Hollywood. O australiano Eric Bana pretende fazer o seu papel, num "biopic" sobre a sua carreira, quer sendo nove vezes campeão do mundo de motociclismo, em três categorias, quer no automobilismo, sendo piloto da Surtees e McLaren.

O filme concentrar-se-á no seu regresso ao Man TT em 1978, depois de onze anos de ausência, quando conseguiu bater Giacomo Agostini na edição de 1967, num dos duelos mais importantes da história do motociclismo.

Em principio, Bana será também produtor, a realização será de outro australiano, James Conolly. Por agora, o projeto está nos estágios iniciais.

Hailwood, nascido a 3 de abril de 1940 em Great Milton, no Oxfordshire inglês, morreu 40 anos depois, a 23 de março de 1981, no Warwickshire, num acidente de automóvel.

domingo, 8 de março de 2020

Youtube Motorsport Trailer: Uppity, o documentário sobre Willy T. Ribbs

O automobilismo deve ser dos desportos mais masculinos e mais "brancos", porque 90 a 95 por cento dos seus pilotos são assim. Qualquer minoria - asiático, negro, mulher - existe, e exemplos deles encontram-se pelos dedos das mãos ao longo da história. E muitos conhecem os nomes de Michele Mouton, Lella Lombardi ou de Janet Guthrie, porque hoje é do Dia Internacional da Mulher.

Mas hoje trago a história de Willy T. Ribbs, o primeiro afro-americano que correu nas 500 Milhas de Indianápolis, que correu na Trans-Am e NASCAR, nos anos 80 e inicio dos anos 90, e também o primeiro a dar voltas num carro de Formula 1, no Estoril, em 1985. É que o Adam Carrolla decidiu fazer um documentário sobre a sua vida e carreira, mostrando os obstáculos que teve de passar até alcançar os seus objetivos. 

E eis o trailer do documentário, que passou na Netflix.

Noticias: Acidente na Rampa Porca de Murça mata dois

Um grave acidente na Rampa Porca de Murça, esta tarde, causou duas mortes entre os espectadores.  O desastre aconteceu quando o BMW do piloto Luís Silva saiu de estrada, embatendo num grupo de espectadores, a uma velocidade muito significativa depois de embater e destruir os rails. O piloto tinha acabado de fazer a sua subida e estava na zona de desaceleração, suspeitando-se de um caso de acelerador preso.

Ficaram ainda feridas mais sete pessoas, sendo que duas delas encontram-se num estado que inspira cuidados. Um dos feridos graves é um bombeiro que se encontrava no local do acidente. O piloto não sofreu ferimentos, mas está abalado com o sucedido. 

Foi pronta intervenção dos elementos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Murça, dos soldados da Guarda Nacional Republicana, da equipa médica de intervenção à prova, dos elementos da Organização e do INEM. A corrida foi imediatamente interrompida, e depois cancelada.

"Na sequência do trágico acidente ocorrido hoje, durante a Rampa Porca de Murça, que enlutou toda a família da Montanha, a Direção da APPAM apresenta as sentidas condolências aos familiares das vítimas e endereça os votos de total e rápida recuperação aos feridos.

Expressamos ainda a nossa total solidariedade e apoio ao nosso piloto associado Luís Silva.

Gostaríamos ainda de enfatizar o nosso apreço pela rápida intervenção dos elementos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Murça, dos soldados da Guarda Nacional Republicana, da equipa médica de intervenção à prova, dos elementos da Organização e do INEM." afirmou a organização, em comunicado oficial.

Motores e o coronavirus: A situação do dia 8

E neste dia 8, Dia Internacional da Mulher, algo inédito: a Formula 1 vai ter uma corrida à porta fechada. A decisão das autoridades barenitas foi o de se realizar o Grande Prémio sem espectadores, a primeira vez na história da competição, para evitar a propagação do contágio. Até agora a pequena ilha do Golfo Pérsico tem registados 85 casos, sem mortes.

"Em consulta com os nossos parceiros internacionais e com a 'taskforce' Nacional de Saúde do Reino do Bahrein, tomámos a decisão de realizar o Grande Prémio de Formula 1 do Bahrein deste ano como um evento sem espectadores”, começa por se ler no comunicado do circuito internacional de Shakir, via Twitter.

Dada a contínua disseminação do COVID-19 em todo o mundo, realizar um grande evento desportivo, aberto ao público e que permita que milhares de viajantes internacionais e adeptos locais interajam de perto não seria o mais correto a fazer neste momento. De modo a garantir que nem o desporto, nem a sua base global de adeptos, sejam indevidamente impactados, o fim-de-semana da corrida vai ter lugar, mas apenas como evento televisivo”, continua.

"As ações preventivas para prevenir, identificar e isolar indivíduos com o CoVid-19 tem sido bem sucedidos até à data. A metodologia tem sido a de medidas proativas e ação rápida para aqueles que têm o virus, quase todos eles provenientes de pessoas que viajaram [das zonas afetadas]. Medidas agressivas de ordem social foram eficazes no sentido da prevenção da doença.", conclui o comunicado.

A decisão radical da corrida barenita poderá ser usada para as corridas seguintes, nomeadamente o Vietname e até os Países Baixos, palco da primeira corrida em solo europeu, que acontecerá a 3 de maio.

Entretanto, na Austrália, as autoridades locais apertaram com os italianos, mas até agora, nenhuma das equipas foi obrigada a entrar em quarentena em Melbourne. É que a província de Modena, onde se situa a Ferrari, entrou em quarentena neste sábado, mas rodos na Scuderia foram autorizados a viajar, pelo menos até ao outro lado do mundo. Claro, colocam-se dúvidas sobre as corridas seguintes, mas com a decisão barenita, resta saber se no caso do Vietname, que tipo de medidas eles irão usar para contar algum foco da doença. 

Entretanto, em Zandvoort, a organização do GP neerlandês está à espera da evolução da doença e como as autoridades irão lidar com ela. Jan Lammers, o diretor do circuito, afirma que a situação do coronavírus não deve colocar em perigo a realização da corrida.

Vamos deixar isto para o Departamento Nacional de Saúde Pública [dos Países Baixos]. Sei que a saúde global é o mais importante do que um evento desportivo, mas não podemos antecipar nada ainda. Estamos à espera.

O Salão de Genebra, por exemplo, foi cancelado, uma decisão sensata pois também é um evento interior. Zandvoort é ao ar livre, por isso acho que temos mais hipóteses.”, afirmou.

Youtube Formula 1 Video: As previsões para 2020

A uma semana do GP da Austrália, e com algumas coisas a pairarem sobre o campeonato - a começar pela epidemia do coroavirus... o Josh Revell decidiu fazer um video sobre as previsões da temporada que vai começar. Acho que toda a gente sabe mais ou menos o que vai acontecer, mas vale a pena ver o video.