sábado, 15 de dezembro de 2018

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O sábado está a acabar, mas o seu começo foi inesquecível para as cores portuguesas. Ver António Félix da Costa a saltar vde alegria depois de ter conseguido a primeira pole da carreira, e aguentar as pressões de Jean-Eric Vergne, com um DS Techeetah claramente superior ao BMW Andretti do piloto português. Foi um "drive through" que resolveu o assunto, apesar do Safety Car que aparecer na segunda metade da corrida por causa do acidente do José Maria Lopez, que juntou os carros para uma parte final muito emocionante.

Por fim, António Félix da Costa voltou a vencer. Ele ficou feliz por o conseguir, depois de anos de frustração com máquinas que, apesar de serem iguais, nem sempre têm a potência que desejam. Os azares, os "remates à trave" - sabiam que ele têm nove décimo-primeiros lugares, um recorde?

Mas no final, ele têm outros recordes, esses que nos dão orgulho. Ele é o piloto mais jovem de sempre na competição, e agora poderá ter conseguido outro, o da maior diferença entre vitórias, pois a que teve em Buenos Aires foi no inicio de 2015. Mais de três anos e meio depois. 

Quanto à corrida e os novos carros da Gen2... sabiam que eram bons, mas não sabia que seriam assim tão bons.  Fiquei agradavelmente surpreendido com o Attack Mode. Ali, os carros ganham mais 30 cavalos num minuto, e os pilotos são obrigados a usar dois durante a prova. Agora imaginam isso com o "fanboost" - agora, em vez de três, são cinco os pilotos contemplados. E isso fazem com que as corridas sejam estupendamente velozes e competitivas. E 45 minutos voam depressa.

Em suma, a nova geração de carros suplanta muito a velha geração. E as corridas são espectaculares. E aos que dizem que "a Formula E não é uma corrida, é um circo", a Formula 1 também têm dessas coisas. O que é o DRS, pessoal? Ou julgam que a Liberty Media não está a ver tudo isto? Os detratores pensam que esta competição não tem nada para oferecer, mas ignoram várias coisas, como por exemplo, que todos os construtores relevantes estão ali. Que tem mais equipas que na Formula 1, e na próxima temporada, terão doze, contra os dez da categoria máxima do automobilismo. E os números não mentem: a Formula E é cada vez mais popular, especialmente entre os jovens. Que um dia serão adultos e usarão os carros como um meio de transporte, não como um bem precioso.

Agora, na minha opinião, falta muitas coisas. Uma delas correr num circuito. É bom andar no centro das cidades, é bom espalhar a mensagem do futuro sustentável, dos carros sem ruído, que não poluem... mas o automobilismo também é andar numa pista para o efeito. Eu sei que não querem usar toda a pista de Monte Carlo, por exemplo, mas na minha opinião pessoal, deveriam.

Agora, a próxima prova será dentro de um mês, em Marrakesh. O Natal vai ser com Felix da Costa na liderança, mas a haverá mais protagonistas. Acho que o maior rival dele serão os DS Techeetah, pelo menos. E vai ser uma temporada longa.

Felix da Costa: "O plano era este, chegar aqui com equipa e carro ganhadores..."

O grande fim de semana de António Félix da Costa na jornada inaugural da Formula E fez toda a equipa contente, e o piloto portugues sentiu mais um enorme alívio por finalmente todas as jornadas frustrantes dos anos anteriores terem dado agora a vitória que tanto ambicionava. Agora que têm um carro ganhador, o piloto de Cascais agradeceu a todos pelo trabalho desenvolvido e comemorou a vitória e a liderança antes do Natal.

"Que grande início de campeonato! Estou muito contente, sabia que tínhamos hipóteses de obter um bom resultado, mas chegar aqui, fazer a pole e ganhar a corrida é de facto incrível, na estreia da BMW oficialmente na Formula E.", começou por dizer.

"Chegamos a nos duvidar, porque foi muito tempo com maus resultados, um fim de semana mau atrás de outro, mas tenho de agradecer à minha equipa, ao meu núcleo pequeno, dentro das corridas e fora delas, e este era o plano: na quinta temporada da Formula E, com um carro ganhador, com uma equipa ganhadora, fizemos uma corrida sem erros, eles erraram, nós não, e depois da pole-position e da corrida, foi um resultado bom", prosseguiu. 

"Quero agradecer a todos os elementos da BMW que em Munique trabalharam incansavelmente nos últimos meses, esta vitória é o fruto do trabalho de muita gente. A corrida foi de loucos, sempre em luta com os dois DS que estavam muito rápidos, mas consegui evitar erros e ganhar. Obrigado também a todos os Portugueses que votaram em mim no fanboost e me ajudaram também do lado de fora. É um dia importante, para festejar e ir motivado para a pausa de Natal, sabendo que temos de continuar a trabalhar, para manter um nível elevado nas próxima corridas", concluiu.

Com 28 pontos e a liderança do campeonato, a Formula E prosseguirá em paragens marroquinas dentro de quatro semanas, onde defenderá o primeiro lugar do resto do pelotão. 

Formula E: Felix da Costa vence na corrida inaugural da temporada

A BMW venceu a corrida de abertura da Formula E, em Al Diryah, nos arredores de Rihyad, graças a António Félix da Costa. O piloto português partiu da pole-position e aproveitou os problemas da DS Techeetah para sair vencedor na corrida inaugural da nova temporada, com os carros da Gen2.

Depois de ter feito de manhã a sua primeira pole-position da sua carreira - a primeira que conta - Felix da Costa tinha de contar com os carros da DS Techeetah na oposição para a corrida inaugural da temporada, a primeira com os carros da Gen2 e com novos instrumentos como o Attack Mode, onde durante dois minutos, os carros têm mais 30 cavalos e são capazes de ultrapassar a concorrência.

Na partida, Felix da Costa largou melhor que Sebastien Buemi, que teve de lidar com uns Techeetah mais velozes que a concorrência. O belga Jerome D'Ambrosio os acompanhava, no seu Mahindra, tal como o Dragon de José Maria Lopez, enquanto outros como Nelson Piquet Jr., Lucas di Grassi, Sam Bird e Felipe Massa lutavam no meio do pelotão.

Contudo, Vergne e o seu companheiro de equipa, o alemão André Lotterer, subiam de posições e na volta doze, o francês passava o piloto português. Pouco depois, era o alemã que assediava o carro da BMW Andretti, e quando passou o carro pelo "Attack Mode", ele esteve lado a lado com o piloto português, mas ele resistiu por mais algum tempo. Contudo, pouco tempo depois, Lotterer conseguiu passar.

Mas com três quartos de corrida, a direção de prova penalizou os Techeetah por excesso de energia e tiveram de cumprir um "drive through", deixando o piloto português à vontade, com mais de doze segundos de vantagem sobre o segundo classificado, agora o Mahindra de D'Ambrosio. Mas depois, um toque de "Pechito" Lopez no muro fez entrar o Safery Car, que juntou todos os pilotos no pelotão, fazendo com que o final fosse emocionante.

Com o Attack Mode e o Fanboost, Felix da Costa procurou afastar-se do pelotão e de um Vergne ao ataque, mas aguentou o esforço final do francês para vencer a prova. Jerome D'Ambrosio ficou com o lugar mais baixo do pódio, na frente do Jaguar de Mitch Evans, do segundo Techeetah de André Lotterer e do Nissan de Sebastien Buemi. Lucas di Grassi e Nelson Piquet Jr fecharam os lugares pontuáveis.

Agora a competição elétrica regressa dentro de um mês, no circuito marroquino de Marrakesh. 

CPR: Divulgado o calendário para 2019

A Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) divulgou esta sexta-feira à noite o calendário de ralis para a temporada de 2019. Para além do Nacional, também divulgou os calendários para a Madeira e Açores.

No campeonato continental, a grande novidade são a troca de lugar de alguns ralis, pois o começo, em Fafe, e o final, no Algarve, se mantêm. O rali Vidreiro, por exemplo, será na primeira semana de outubro, em vez de ser na primeira semana de junho, como tem vindo a acontecer. Continua também a haver uma divisão entre os ralis de terra e de asfalto, com os primeiros a começar e os últimos a acabar.

Eis o calendário:


22-23 de fevereiro - Rali Serras de Fafe (DemoPorto)
21-23 Março - Azores Airlines Rallye (GDC)
4-5 Maio - Rali de Mortágua (CA Centro)
30 Maio - 2 Junho - Rali de Portugal (ACP)
22-23 de junho - Rali de Castelo Branco (Escuderia Castelo Branco)
1-3 agosto - Rali Vinho Madeira (Club Sports Madeira)
6-7 de setembro - Rali Terras D'Abobreira (CA Amarante)
4-5 outubro - Rali Vidreiro (CAMG)
1-2 novembro - Rali do Algarve (CA Algarve)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A imagem do dia

Sebastien Loeb em ação no Rali de Sanremo do ano 2000, a bordo de um Toyota Corolla WRC. 

A noticia de que Sebastien Loeb iria voltar ao WRC, num programa parcial, para o próximo Mundial de ralis tomou muitos em choque. E mais: o veterano piloto francês, de 44 anos, vai fazer seis provas do WRC 2019 a bordo de outro carro que não um Citroen. 

Em 22 anos de carreira, foram poucos os ralis em que não correu com um dos carros da marca do "double chevron", um deles este que mostro na imagem. Acabou no décimo posto, que na altura não dava pontos.

Noutra altura do campeonato, a transferência de Loeb para outra equipa que não a Citroen teria dado enormes ondas de choque, e seria comparado na Formula 1 à transferência de Michael Schumacher da Ferrari para outra equipa. Pelo menos, seria assim na década passada. 

Contudo, Loeb tem andado desde há algum tempo a ter uma imagem de piloto mais completo, sem estar ligado quer à Citroen, quer ao WRC. Fez GT, foi segundo classificado nas 24 Horas de Le Mans, andou no WTCC e agora no WRX, em carros da Peugeot, que faz parte do mesmo grupo que a Citroen. E fez o Dakar. aliás, por causa disso, o seu mês de janeiro vai ser bem preenchido, porque primeiro andará nas areias do Peru, e logo a seguir, ele e o seu fiel navegador, o monegasco Daniel Elena, apanharão um avião para Monte Carlo e embarcar num i20 WRC ao lado de Thierry Neuville e Andreas Mikkelsen para tentar vencer de novo o rali de Monte Carlo.

Ele sempre afirmou que a sua vitória na Catalunha foi um catalisador para este regresso, para mostrar aos mais novos que continua a ser um dos melhores pilotos da sua geração, mas fazer isto contra pilotos como Thierry Neuville, Sebastien Ogier ou Ott Tanak, parece ser escusado. E se calhar prejudica outros pilotos que gostariam de andar num carro oficial. No meio desta operação, o mais prejudicado é Dani Sordo, que tinha inicialmente um programa de dez provas, mas fica reduzido a seis provas. E esqueçam Hayden Paddon, que se calhar andará num R5. Ele, que venceu provas do WRC...

Que tem a capacidade de vencer provas, lá isso têm. O que isto vai fazer ao Mundial de 2019, é desconhecido. O risco de se tornar numa salganhada, onde Ford e Citroen se diminuirão a favor das cada vez mais poderosas Toyota e Hyundai, que tentarão de tudo para serem campeãs de ambas as categorias e riscar de vez o nome "Sebastião" da categoria dos campeões, onde está desde 2004, é bem real.

Claro, para os apreciadores de ralis, vai ser uma festa. Quantos mais, melhor.

Formula E: Neel Jani será o primeiro piloto da Porsche

O suíço Neel Jani será piloto da Porsche para a sua aventura na Formula E, que acontecerá na temporada de 2019-20. O piloto de 35 anos vai fazer o seu regresso à competição elétrica depois de uma curta participação na temporada passada pela Dragon Racing, onde esteve nas duas corridas de Hong Kong.

"Estou muito ansioso para a nova tarefa", começou por dizer Jani. “Ser parte de um programa totalmente novo da Porsche Motorsport pela segunda vez, desde o início, significa muito para mim. Os desafios técnicos e de condução são enormes e os nossos fortes adversários da Fórmula E têm uma vantagem significativa na experiência. Há muito trabalho pela frente e não posso esperar pelo início.”, continuou.

Sem dúvida, Neel é o homem certo para o nosso novo programa tecnologicamente inovador”, disse Fritz Enzinger, vice-presidente da Porsche Motorsport. “Não apenas contribui com velocidade, mas também tem uma enorme experiência em monolugares. Já correu na Fórmula E e está bem estabelecido em Weissach como um impulsionador do desenvolvimento.”, concluiu.

O segundo piloto será divulgado mais tarde, mas o favorito ao lugar é o neozelandês Brendon Hartley, que esteve em 2018 a correr pela Toro Rosso e tem contrato com a marca alemã. 

Enquanto a Formula E começa amanhã a sua nova temporada nas ruas de Riyadh, na Arábia Saudita, a equipa alemã, que encerrou no ano passado as suas operações na Endurance - categoria LMP1 - vai começar de raíz a testar no novo carro da Gen2 a partir de março do ano que vêm, enquanto desenvolve o seu próprio "drivetrain", para estar tudo pronto para a próxima temporada.

The End: Jean-Pierre Van Rossem (1945-2018)

Jean-Pierre Van Rossem, o controverso financeiro que foi o patrocinador da Onyx em 1989, morreu hoje em Bruges, aos 73 anos de idade. A causa foi um cancro no pulmão, do qual ele tinha anunciado na sua conta do Facebook no inicio desta semana. O belga foi também deputado e ficou famoso por ter inventado um alegado sistema de multiplicação (leia-se, esquema piramidal) do qual batizou de "Moneytron".

Nascido a 29 de maio de 1945 em Bruxelas, Van Rossem era licenciado em economia na universidade de Ghent e fez uma pós-graduação na Universidade de Pensilvânia, sob a orientação de Lawrence Klein, futuro Nobel da Ecomomia. Com o tempo, também leu as teorias económicas de Karl Marx, e chegou à conclusão que, provavelmente, não seria uma má ideia se implodisse o sistema financeiro por dentro. De uma certa maneira, quis ser anarquista e gabava-se de ter tornado economista e estar por dentro do mundo da finança para "fo*** o capitalismo".

Nos anos 80, decidiu elaborar um plano ao qual chamou de "Moneytron". Basicamente, era um supercomputador onde fazia cálculos algorítmicos, onde aparentemente poderia prever ciclos económicos, de quando a economia estaria em alta ou em baixa. Van Rossem gabava-se que esse supercomputador daria retornos infinitos, gerando riqueza para toda a gente. Contudo, quando ele proibia o acesso a esse supercomputador a todo e qualquer curioso, começava-se a topar que havia algo de errado...

Contudo, com o Moneytron, Van Rossem conseguiu amealhar uma fortuna que chegou quase aos mil milhões de euros, valores de hoje. E no final de 1988, um dos que procurou multiplicar os seus ganhos era um belga chamado Bertrand Gachot, que pretendia dinheiro para entrar na Formula 1 através de uma equipa nova, a Onyx. Duplicou os seus ganhos - passou de perto de três milhões para seis milhões - e curioso, foi ver essa nova equipa. Pouco depois, patrocinou-a, conseguiu o capital maioritário e ficou hipnotizado com as luzes da ribalta da categoria máxima do automobilismo.

A Onyx tinha sido fundada no inicio da década de 80 por Mike Earle e Greg Field, e em 1989, tinha Paul Shakespeare como acionista maioritário. Tinham decidido entrar na Formula 1, depois de alguns anos na Formula 2 e Formula 3000, e contrataram Alan Jenkins para fazer um chassis simples, mas funcional, com motores Ford V8 de 3,5 litros, preparados pela Cosworth. Van Rossem comprara as ações de Shakespeare para ser o centro das atenções e mandar na equipa, que tinha como pilotos Gachot e o sueco Stefan Johansson. O primeiro ano foi formidável, com seis pontos e um terceiro lugar para o veterano sueco no GP de Portugal, no Estoril.

Contudo, Van Rossem, que queria, entre outros, um motor Porsche V12 para a equipa, estava em sarilhos. A bolha da Moneytron tinha explodido e as autoridades belgas estavam a investigá-lo por fraude. Ele, que tinha um jato Gulfstream e mais de uma centena de Ferraris, decidiu livrar-se da equipa para pagar as dívidas que existia. No ano seguinte, fundou um partido, o ROSSEM, de cariz populista e de protesto, mas o seu propósito era de evitar ser preso. Isso não o impediu de ser condenado a cinco anos de prisão por fraude, que cumpriu depois de ver esgotados todos os seus recursos, e quando terminou o seu mandato, em 1995.

Quanto à Onyx, acabou em agosto de 1990, depois de ter sido comprado pelo suíço Peter Montverdi e ser guiado por pilotos como o finlandês J. J. Letho e o suíço Gregor Foitek.

Nos anos que se seguiram, depois de ter cumprido a pena de prisão, escreveu livros, participou em programas de televisão como figura pública, onde não deixava de dizer o que pensava - chegou a gritar "Viva a República!" na coroação do Rei Alberto II da Bélgica, em 1993 - e acabou pobre, numa casa em Bruges, depois de ter vivido uma vida de luxo... com o dinheiro dos outros. Ars lunga, vita brevis, Jean-Pierre. 

WEC: ByKolles pensa construir um hipercarro

A ByKolles revelou esta semana que tem intenções de construir um bólido para a temporada de 2020-21 do Mundial de Endurance. Manfredi Ravetto, o diretor desportivo da equipa, afirma que já começaram a fazer planos para o carro.

"Queremos estar lá e já estamos a trabalhar nisso. Agora temos que lidar com nossos parceiros [sobre este projeto]”, disse Ravetto ao site Endurance-Info.

"Dr. Kolles quer entrar nessa categoria. Também estamos aguardando algum esclarecimento sobre os regulamentos, mas o pacote proposto nos faz querer fazer parte disso”, concluiu.

Ravetto considera que caso as coisas corram bem, os novos regulamentos poderão dar uma lufada de ar fresco na competição. Debaixo dos novos regulamentos, que foram divulgados no início deste mês, os privados terão permissão para construir carros com ou sem exigência de produção, dependendo da origem do motor e do sistema híbrido.

A ByKolles vai ser a segunda equipa a declarar publicamente as intenções de construir um hipercarro, juntando-se a Glickenhaus, que traçou planos para desenvolver um bólido baseado em seu modelo SCG007.

"As regras acabaram de chegar, então você tem que deixar um pouco de tempo para [avaliar]. O projeto vai exigir muitos recursos financeiros. Se os media acompanhar, se a imagem é positiva, então este campeonato pode se tornar mais forte que a Formula 1. A ACO e a FIA estão trabalhando na direção certa. Sentimos a vontade de toda a gente para irem nessa direção", concluiu.

A ByKolles pensa em manter uma boa relação com a Nissan, no sentido de obter motores para o seu novo projeto.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Youtube Formula 1 Meme: Momentos engraçados da temporada que passou

Bom, em tempos de "memes", a Formula 1 fez alguns sobre a temporada de 2018. Ah, estes "lapsus linguae" e esse toque no muro com a mente... não é, Romain Grosjean?

Formula 3: Floersch vai correr em 2019

Sophia Floersch continua a recuperar das mazelas em Macau, mas já anunciou que voltará à Formula 3 em 2019 pela Van Amersfoort Racing (VAR). A piloto alemã, que fraturou a coluna vertebral, mas não a ponto de ficar paraplégica, afirmou que espera estar no simulador no inicio do ano que vêm.

Estou convencida de que a Formula European Masters é a competição perfeita para mim”, começou por dizer a piloto de 17 anos. “O carro é fantástico, e oferece aos jovens pilotos a oportunidade de aprender muito. Eu adoro a ideia de continuar a competir pela VAR, já que me sinto muito confortável na equipa. Não foi fácil no começo, já que eu não tinha experiência absolutamente nenhuma de Formula 3, mas eles ensinaram-me muito e agora quero comemorar sucessos com eles.”

Van Amersfoort disse sobre Floersch: “Ela está a recuperar muito bem e está de muito bom humor – espero que ela possa ir para o simulador no próximo mês”.

Recorde-se que a piloto alemã sofreu um acidente impressionante durante o GP de Macau, quando tocou no carro de outro concorrente a 270 km/hora na travagem para a curva do Hotel Lisboa, acabando por bater no carro de Shu Tsuboi e catapultar contra uma cabina com fotógrafos e comissários de pista, ferindo quatro deles. Florsch lesionou-se na coluna vertebral, foi operada no dia seguinte e está agora na Alemanha, em recuperação.

WRC: Loeb é piloto da Hyundai

Está confirmado: Sebastien Loeb será piloto da Hyundai, e começa logo no Rali de Monte Carlo. O veterano piloto francês assina por duas temporadas e apesar de correr o Dakar, irá logo correr com o i20 WRC na primeira prova do ano, numa participação reduzida a seis provas, dos quais três já são conhecidas: Monte Carlo, Córsega e Chile, esta última uma estreia no Mundial de ralis.

Aos 44 anos de idade, e pela primeira vez desde o ano 2000, o piloto francês andará num carro que não um Citroen.

Ganhar o Rali de Espanha reacendeu o meu desejo de continuar a competir no WRC. Juntar-me à Hyundai vai dar a mim e ao Daniel um novo desafio, que mal posso esperar para enfrentar. Fiquei impressionado com a abordagem da equipa e da sua determinação para ter sucesso. Estiveram firmes na luta pelo título esta temporada e eu sinto que posso trazer muito para a equipa, juntamente com o Thierry [Neuville], o Andreas [Mikkelsen] e o Dani [Sordo]”, disse o francês.

Feliz por ter uma super-equipa que permita alcançar os títulos de pilotos e construtores, Michel Nandan afirma-se feliz por este desfecho. sa a ter uma super equipa, e se não for desta que chega ao almejado título de Construtores, dificilmente o conseguirá mais. 

Fechar um acordo com alguém com o seu imenso talento e calibre mostra que somos uma equipa atraente e competitiva no Mundial de Ralis. Em última análise, o nosso objetivo é conquistar o título do WRC. Acreditamos que temos o conjunto certo para conseguir isso, e nossa composição de duplas para 2019 refletirá perfeitamente essa ambição”, disse.

Quanto a Hayden Paddon, que é altamente provável que fique de fora desta equipa, Nandan está-lhe a dar uma chance de continuar a trabalhar com eles. “Também estamos a conversar com o Hayden para ver como podemos trabalhar juntos em 2019. Ele é um grande talento e um tremendo embaixador da Hyundai NZ, onde lidera vários projetos relativos ao automobilismo”, concluiu.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Youtube Formula 1 Classic: Uma homenagem a Emerson Fittipaldi

Emerson Fittipaldi faz hoje 72 anos e a Formula 1 decidiu homenageá-lo, com um video onde ele fala a ele mesmo quando é jovem, com conselhos bem importantes.

Youtube Motorsport Interview: Uma entrevista entre irmãos

Na semana em que a Formula E vai fazer o seu inicio, em paragens sauditas, António Félix da Costa (AFC) foi entrevistado pela Eurosport - que tem os direitos de transmissão da competição - onde se fala sobre os construtores que lá estão e a chance de ter a Formula E em Lisboa, do qual se sabe já terem existido conversações.

Já estivemos mais longe. Já tivemos o CEO da Fórmula E em Portugal, em reuniões com a Câmara de Lisboa.  Há investidores com interesse, temos a cidade com interesse em que se faça, mas sabemos que um evento deste calibre nunca é fácil montar", começa por dizer AFC. "Estamos numa fase em que as cidades têm mesmo de mostrar que a mobilidade elétrica é o futuro, seja tuk-tuk, trotinetes, bicicletas, táxis, autocarros", continuou.

"Acho que a Fórmula E é uma boa arma para mostrar que os carros elétricos são ‘cool’.  Já não é só o Toyota Prius que anda aí. Já temos todas as marcas como carros elétricos na estrada. Tendo um piloto português, tenho a certeza que o público nacional gostava de ver. Enquanto piloto português, adorava. É raro correr em casa", concluiu, numa entrevista feita por Duarte Félix da Costa, piloto... e irmão mais velho de António. 

Eis o video da entrevista.

Rumor do Dia: Loeb assina pela Hyundai

A ser verdade, poderá ser uma bomba no Mundial de ralis. A Hyundai assinou um contrato com Sebastien Loeb para a temporada de 2019. A noticia está a ser avançada pela Autosport britânica, e o anuncio oficial poderá acontecer esta quinta-feira.

Apesar da marca coreana não ter comentado o assunto, Alain Penasse, contudo, confirmou as negociações. Caso aconteçam, será a primeira vez que o francês de 44 anos, nove vezes campeão do mundo, assinará um contrato que não com a Citroen. A última vez que guiou carros que não da marca do "double chevron" foi no ano 2000 (!) quando andou com um Toyota Corolla no Rali da Córsega, inscrito pela Federação Francesa de Automobilismo, a FFSA.

Isso deixará um piloto praticamente sem carro, que é o neozelandês Hayden Paddon, que viu o seu programa bastante reduzido depois de Dani Sordo ser confirmado como seu terceiro piloto, garantindo dez provas do Mundial de 2019.

Tudo isto acontece devido a dois factores: o final do programa da Peugeot no WRX, o Rallycross, que deixou Loeb sem contrato com os franceses em mais de duas décadas, e também o final do patrocínio da Abu Dhabi, que impediu a marca francesa de ter um terceiro carro no WRC, o que contrariava a vontade do piloto de fazer mais alguns ralis, depois da sua surpreendente vitória no Rali da Catalunha, neste outono. A marca coreana decidiu levá-lo para a sua equipa no WRX, provavelmente alinhando ao lado do seu rival no WRC, o finlandês Marcus Gronholm.

Por agora, a única coisa que o piloto francês tem confirmado é a sua participação do Rali Dakar de 2019, a bordo de um Peugeot privado, já que a sua equipa oficial já abandonou a competição. E há quem diga que isso até nem pode acontecer porque ele poderá querer disputar o Rali de Monte Carlo...

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

WEC: BMW não considera os hipercarros

A BMW não entrará na categoria dos hipercarros, que entrará em vigor em 2021. Quem o diz é o seu diretor desportivo, Jens Marquandt, afirmando a falta de um modelo adequado a esta categoria no qual iria ser usado como base, e o pouco tempo que teriam para o desenvolver.

"No momento, não temos um hipercarro real em nosso portfólio, então não é algo que possamos realizar em alguns anos", disse Marquardt aos repórteres na passada sexta-feira, durante a avaliação anual da BMW, captado pelo sportscar365.com.

Os regulamentos podem ser atraentes com os custos distribuídos em cinco anos. Mas todos sabem que quando você não tem um carro como esse no portfólio, é muito difícil e tem que gastar muito dinheiro para investir em um carro desse tipo, caso queira desenvolvê-lo. Os altos gastos no início são mais de duas vezes e meia superiores [ao habitual]. De momento, não é uma missão para nós", concluiu.

Isto surge depois de Zak Brown ter dito a mesma coisa em relação à McLaren, pelo menos na primeira temporada da competição, alegando os seus compromissos na Formula 1 e IndyCar. 

A FIA e a ACO (Automobile Club de L'Ouest) estão neste momento a discutir os regulamentos da nova classe que deverá aparecer a partir da temporada de 2020-21, nomeadamente os hipercarros e os orçamentos para o seu desenvolvimento, que deverão ter um teto na ordem dos 20 milhões de euros. Pelo menos, é isso que algumas marcas pretendem. Por agora, Toyota e Aston Martin mostraram-se interessadas, bem como a Ferrari.

Formula 1: Bottas vai fazer uma perninha nos ralis

Sendo finlandês que é, a Valtteri Bottas não pode escapar umas incursões pelos ralis. O piloto da Mercedes anunciou que vai estrear-se ao volante de um Fiesta WRC da M-Sport no Arctic Lapland Rally, que vai decorrer entre os dias 24 a 26 de janeiro. O piloto da Mercedes usará uma máquina igual à que Sebastien Ogier usou para conquistar o seu título em 2018 e terá a seu lado o veterano Timo Rautiainen, que foi navegador de Marcus Grönholm nos seus dois títulos mundiais.

"Esta é uma oportunidade única para espreitar o mundo dos ralis”, disse Bottas à autosport.com. “Gostaria de agradecer a todos que tornaram isso possível. É um território totalmente novo para mim também, já que não tenho experiência anterior num World Rally Car. Ainda assim, sendo o piloto de carros de corrida, vou sempre tentar dar o máximo independentemente do veículo.

Timo Rautiainen disse que o desafio de navegar Bottas num rali foi o suficiente para o aceitar. “Esta é uma missão tão interessante que tive de aceitar o desafio”, coemçou por dizer. 

Acredito que para um piloto talentoso como o Valtteri, poderemos estabelecer uma boa rotina básica nos testes. A parte desafiadora será aprender os truques das anotações e aprender como pilotar com notas.

A participação de Bottas vai ser apoiada pela AKK Motorsport, que tem um programa de desenvolvimento de pilotos de ralis na Finlândia. E provavelmente poderá ser uma boa maneira de desanuviar depois de uma temporada decepcionante na Mercedes.

Youtube Motorsport Preview: A nova temporada da Formula E (parte 2)


Depois de ontem ter mostrado o primeiro video que pessoal da Formula E está a fazer sobre a nova temporada, que começará este fim de semana em Riyadh, na Arábia Saudita, este novo video mostrará não só os novos carros e o modo de ataque para que os concorrentes possam passar uns aos outros, como também continuará a mostrar as equipas a jogo, os pilotos e seus adversários, bem como as novas cidades que vão receber esta competição elétrica.

Mais uma vez, meia hora que vale a pena ver neste segundo video.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Formula 1: Kubica não tem medo do regresso

Como toda a gente sabe, 2019 marcará o regresso de Robert Kubica à Formula 1. O agora piloto da Williams afirma que estes oito anos de ausência não o assustam, estando mais concentrado no desenvolvimento do carro e nos testes de inverno para o novo FW42, e espera adaptar-se rapidamente a este regresso à categoria máxima do automobilismo.

Por um lado, tenho muita experiência na Fórmula 1, afinal fiz cinco temporadas. Claro que sei o que um piloto precisa de fazer para ser de topo na Formula 1 e não estou assustado. Sei o que é preciso trabalhar e a dedicação e estou pronto para isso. Do ponto de vista técnico, ainda temos o teste de inverno, e este tempo até à Austrália é suficiente para ficar pronto. Em 2019, vamos todos começar do zero e não estou assustado por ter estado de fora durante oito anos. Se fizer bem o meu trabalho, todos nós ficamos contentes”, disse o piloto polaco.

Kubica vai correr na nova temporada ao lado do estreante George Russell.

Formula E: Massa e o desafio do falcão-peregrino

Que a Formula E gosta de se mostrar lado a lado com animais velozes, não é novidade. Se no ano passado, Jean-Eric Vergne esteve ao lado de uma chita na África do Sul para verm quem é o mais veloz, este ano, nas vésperas da primeira corrida da Formula E na Arábia Saudita, Felipe Massa decidiu levar o seu carro da Gen2 para as estradas sauditas para saber se é mais veloz que um falcão-peregrino, o mais veloz do planeta, voando a 320 km/hora.

Para que a coisa funcionasse, recorreu-se a algo infalível: uma isca no monolugar. 

Foi uma experiência incrível correr contra um dos animais mais rápidos do reino animal – não é algo que eu vou esquecer tão cedo. Eu gosto do fato de que essa ideia veio dos fãs, e a Formula E ouviu e aceitou esse desafio. A filmagem é muito especial e foi um privilégio participar. Estou ansioso para voltar a Ad Diriyah e começar a correr. Será a minha primeira corrida na Fórmula E e estou ansioso para voltar ao volante. Senti falta de corridas e esta série mostrou ser uma das mais competitivas do mercado”, disse Felipe Massa, no final da experiência e aproveitando para lançar a corrida deste final de semana.

Youtube Motorsport Preview: A nova temporada da Formula E (parte 1)


O pessoal da Formula E está a fazer videos sobre o que vêm aí em termos da nova temporada. Que terá novos carros e um modo de ataque para que os concorrentes possam passar uns aos outros. Também terá novas equipas, novos pilotos e novos circuitos em novos lugares, entre outras coisas. São trinta minutos que vale a pena ver... e este é só o primeiro.

O futuro do automóvel, por Mate Rimac


Ontem, apareceu no jornal "Público" uma matéria de duas páginas sobre Mate Rimac, o croata fundador e empreendedor que constrói supercarros eléctricos. Esteve no mês passado na Web Summit de Lisboa para falar da sua empresa, do seu negócio e o que vai ser o futuro dos automóveis.

Muitos fora do universo automóvel podem nunca ter ouvido falar de Mate Rimac. Mas neste mundo do qual reconheço que sigo muita coisa, Rimac é um dos nomes em ascensão na industria. Tem apenas 30 anos, é croata e á um génio inventivo. E é graças a ele que o seu país está na industria automóvel, graças aos seus hipercarros elétricos. Não só fabrica automóveis, como também fabrica componentes eletrónicos que acabam noutras marcas de automóveis, principalmente na sua vertente elétrica. O seu "know-how" é tal que a Porsche comprou no ano passado dez por cento da sua marca, a troco de 18,4 milhões de euros, que investiu no Concept Two e noutras tecnologias.

Muitos chamam Rimac de "Elon Musk europeu", mas há quem ache mais ser um herdeiro de Nikola Tesla, pois apesar de ele ser sérvio, Tesla nasceu num lugar agora situado na Croácia. E também ao contrário de Musk, que investiu dinheiro na venda da PayPal para formar a Tesla, Rimac começou do zero: muito génio mental, capacidade de invenção da sua parte e o amor por tudo mecânico. Aos 17 anos, tinha ganho um prémio por ter inventado uma luva que funcionava como teclado e rato de computador, e com vinte anos, comprara um BMW Serie 3 de 1984, que o converteu para elétrico na garagem do seu pai.

Sendo croata, lia muitas coisas sobre Nicola Tesla e o motor eléctrico dele. Convenci-me que seria a melhor solução e decidi converter o BMW para mostrar como carros eléctricos podem ser empolgantes e interessantes, além de mais rápidos”, começou por dizer. "No início, os resultados foram péssimos. Imaginem: um carro construído na minha garagem, havia sempre qualquer coisa que falhava - ou era o motor que ardia ou eram as baterias. Mas nunca desisti e fui tentando melhorar de corrida para corrida”, continuou.

Em 2010 decidiu dar o passo seguinte, ao construir o seu próprio carro e no ano seguinte, o protótipo foi apresentado no Salão Automóvel de Frankfurt. O Concept One foi construido num ano, na garagem de um amigo, e ficou pronto a tempo de ser entregue à familia real de Abu Dhabi, que encomendou o automóvel. Depois disso, recebeu mais oito encomendas, e construiu o suficiente para dar o passo a seguir: o Concept Two, que já tem 150 encomendas, tantos quantos serão feitos.

Quando eu comecei, a Tesla era a única novidade que valia a pena seguir. O que está a acontecer agora não teria sido possível sem eles. Há muitas críticas, mas quem as faz ignora o que eles conseguiram. É uma empresa relativamente pequena, nova na indústria, construiu uma rede global de supercarregadores e um carro que, seis anos depois do lançamento, ainda é, de longe, a referência para uma indústria gigantesca que movimenta milhares de milhões de dólares. O Model S entrou no mercado em 2012, a concorrência teve seis anos para se colocar ao mesmo nível e ainda não o conseguiu”, defende.

Apesar de Rimac afirmar não ter uma bola de cristal que adivinhe o futuro, afirma ter uma visão clara do presente: que muitos incumbentes do sector “estão de cabeça perdida”. “É uma das maiores indústrias do planeta e há muitos fabricantes que têm muito a perder, porque o modelo de negócio está em risco”, sustenta.

Rimac afirma que a grande revolução não vai ser no tipo de propulsão do automóvel, mas sim em como o usaremos. A propriedade de um automóvel desaparecerá em favor do seu usufruto, partilhado por outros conforme as suas necessidades, a um determinado preço. E o grau de autonomia na condução será de tal forma grande que a pessoa não terá tanta necessidade de conduzir, que poderá baixar o número de acidentes como o de engarrafamentos.

A electrificação não é uma grande viragem”, continua. “A grande alteração será na mobilidade. Para os consumidores, [o motor eléctrico] é uma mudança pequena, passam a recarregar o carro em casa ou num posto em vez de abastecer o depósito com combustível fóssil. O que vai mudar é a relação que temos com o carro. A compra é feita a pensar em necessidades, mas é feita segundo crenças. Porque o carro está parado 97 por cento do tempo. É um desperdício de espaço, de material, de recursos. No futuro, vamos deixar de os comprar, vamos usá-los on demand, será um objecto sem condutor, eléctrico, e isso sim será realmente uma grande mudança”, argumenta. 

A eficiência de frotas inteligentes, com carros conectados e sem condutor é gigantesca. Pode ser até 80 por cento mais barato do que o recurso a um táxi, 70 por cento mais barato do que um Uber e 50 por cento mais barato do que o uso de carro próprio. Isto sim será a força motriz da mudança”, defende.

E em relação à autonomia dos carros eléctricos, Rimac afirma ser uma “falsa questão” porque “uma autonomia de 20 km cobriria 95 por cento das necessidades. O problema é que depois compramos carros para os outros cinco por cento dos casos. Um erro.

A evolução da Rimac teve altos e baixos. Um dos momentos mais criticos foi em junho de 2017, quando se soube que um dos Concept One, emprestado a Richard Hammond para gravar um dos episódios do The Grand Tour na Suíça, acabou no fundo de uma ravina, durante uma subida de montanha. Hammond quebrou o joelho esquerdo e o carro ardeu... por quatro dias. Rimac estava nessa altura a conversar com investidores e as coisas poderiam ter corrido mal. Mas eles confiaram no projeto. Aliás, eles não tem tido mãos a medir, com tantas solicitações de vários lados. Tanto que tiveram de recusar algumas propostas, apostando tudo nos automóveis.

Esta é a altura das oportunidades, tivemos de aprender a dizer que não. Todos vêm ter connosco, barcos, camiões, aviões, aplicações aerospaciais, armazenamento energético, contentores. Tivemos de dizer que não porque fazer crescer uma empresa exige foco. E o nosso está nos nossos próprios carros eléctricos desportivos, na propulsão eléctrica de alta performance e nas baterias.”, concluiu.

domingo, 9 de dezembro de 2018

A(s) image(ns) do dia














Calhou-me ir ver uma exposição, acabei por ver outra, de forma completamente inesperada, quando regressava a casa. Ambas eram de graça, e estavam fluídas de gente, mas valeu a pena visitá-las. A primeira, na agência do Banco de Portugal daqui da cidade, tinha uma mistura de comboios elétricos com os Legos, que já nos habituaram. Imensos Legos da Guerra das Estrelas, de automóveis, de monumentos - havia um enorme do Taj Mahal, mas adorei particularmente a da Ópera de Sydney - de uma certa forma, coisas do qual já habituei esperar por ali.

O segundo foi totalmente inesperado. Passamos pelo teatro local, outrora palco de cinema, mas agora é só para concertos. E na entrada, um lugar onde estavam motos expostas, que nos chamou a atenção. Depois vimos o resto: uma exposição de modelismo, também de graça. E ali tínhamos carros e cartazes, desde modelos icónicos - Range Rover, Kombi, Mini, carros de ralis e Endurance, Ferraris... mas nenhum Formula 1. Havia alguns, mas nas paredes, de corridas antigas. E cartazes de marcas de automóveis, como o Saab que achei fantástico.

No final, regressava a casa com o nevoeiro a assentar-se na cidade. São coisas engraçadas, raras de se ver na minha cidade, mas nesta altura do ano, vale sempre a pena.  

Formula E: Porsche começa a testar em Março

A uma semana do começo de uma nova temporada da Formula E, na Arábia Saudita, a Porsche - que só entrará em ação na próxima temporada - revelou que dentro em breve começarão os testes com o novo carro, e escolherão também a sua dupla de pilotos. Em Weissach, ontem à noite, na Night of Champions, Fritz Enzinger, o atual chefe da Porsche na Formula E, revelou que em março, o novo carro estará na pista para desenvolver o carro para 2019-20, com uma dupla de pilotos escolhida para o efeito.

"O primeiro piloto já está escolhido, será anunciado dentro em  breve", afirmou.

Quanto à dupla de pilotos, o candidato natural poderá ser Neel Jani, que já esteve a pilotar para a Venturi por duas provas, antes de abandonar a competição. Outra forte hipótese poderá ser o neozelandês Brendon Hartley, que esteve na Toro Rosso em 2017-18 e já guiou pela Porsche na Endurance, onde venceu dois campeonatos do mundo de Endurance e as 24 Horas de Le Mans em 2016. Todos têm contrato com a Porsche, tal como o francês Frederic Makowiecki, que poderá ser o piloto de testes durante os quinze dias que são permitidos para tal.

Segundo conta o site e-racing365.com, os testes deveriam já ter começado, mas por causa da saída do seu diretor Andreas Seidl, para a Formula 1, os planos atrasaram-se um pouco, embora a caixa de velocidades do carro está em simulador desde outubro.

"Receberemos o primeiro carro em janeiro e queremos começar a testá-lo [em março]", disse Michael Steiner, vice-presidente para a área de desenvolvimento e membro do conselho consultivo especial.