sábado, 26 de setembro de 2015

As imagens do dia
















Este fim de semana tenho na minha terra a exposição "Leiria Sobre Rodas", onde se expões mais de 500 automóveis, entre antigos e modernos, competitivos ou do dia-a-dia, de vários períodos de tempos, desde o final do século XIX (a Mercedes trouxe uma réplica do Patent Wagen de 1886) até aos dias de hoje.

E lá havia um pouco de tudo: cheguei numa altura em que algumas "grid-girls" se expunham num concessionário da Mercedes (o carro de Formula 1 estava dentro do estádio), mas depois vi muitas obras primas, fossem eles com duas ou quatro rodas. Escolhi algumas dignas de serem mostradas, e podem ver o resto no meu álbum do Facebook, se quiserem. 

Amanhã fechará a exposição com um desfile pela cidade. Vou tentar trazer fotos da ocasião.

Formula 1 2015 - Ronda 14, Japão (Qualificação)

Agora estamos numa fase em que todos os adeptos de Formula 1 gostam, que é o de ter uma corrida por semana, para sempre pensarmos no automobilismo. Depois da passagem pela cidade-estado de Singapura, onde assistimos a algo fora do vulgar, com a Mercedes sem vencer e fora do pódio - a favor da Ferrari e da Red Bull - agora estávamos em mais um clássico circuito do automobilismo que é Suzuka, palco do GP do Japão. 

É verdade que as coisas começaram a aquecer um pouco em termos de campeonato, mas as expectativas em relação à grelha neste Grande Prémio seria um "regresso ao normal" com os Mercedes provavelmente a monopolizar a grelha de partida, mas provavelmente com a Ferrari a aproximar-se mais um pouco dos homens de Brackley, aproveitando o embalo da corrida anterior. Contudo, a qualificação - que foi feito debaixo de um tempo completamente diferente de sexta-feira - revelou algo que já tínhamos visto em outras corridas. A "revolução" durou apenas uma corrida, mas com uma troca: Nico Rosberg foi o poleman, seguido por Lewis Hamilton.

A Q1 em Suzuka começou com os pilotos a usarem os compostos duros, provavelmente para marcar um tempo que lhes permita ter chances para a segunda parte, mas cedo começaram os incidentes: primeiro, Carlos Sainz Jr, e depois Marcus Ericsson, que se despistou na Spoon, mas voltou à pista, espalhando um pouco de sujidade. E na parte final, mais um incidente antecipou o final da Q1, quando Max Verstappen saiu no gancho, deixando o carro na gravilha e prejudicando as voltas dos outros pilotos.

Resultado final: para além dos Manor de Alexander Rossi e Will Stevens, ficaram também os Sauber de Felipe Nasr e Marcus Ericsson, bem como o McLaren de Jenson Button, uma pequena humilhação para quem corre "em casa". Mas também pode já estar a pensar na boa vida da Endurance... contudo, alguns pilotos iriam beneficiar de penalizações, especialmente de Verstappen Jr, que iria ter três posições de penalização por ter agido fora das normas de segurança por alturas do seu despiste.

Na Q2, a Mercedes abriu as hostilidades, especialmente Nico Rosberg, que marcaram logo o tempo necessário para seguir em frente, enquanto que os outros só apareceram na segunda parte da qualificação. Andando com pneus médios, os Ferrari também marcaram tempo, com Kimi Raikkonen a ser melhor do que Sebastian Vettel, mas o suficiente para passarem. Na parte final, o grande destaque fora Fernando Alonso, que quase esperou até ao fim para marcar um tempo suficientemente veloz para tentar a sua sorte e passar para a Q3. Não deu.

E se não deu para Alonso, deu para os Mercedes, Ferrari, Williams, Red Bull, o Lotus de Romain Grosjean e o Force India de Sergio Perez. Quem ficou à porta dos pontos foi Carlos Sainz Jr, no seu Toro Rosso, com o 11º tempo, enquanto que Nico Hulkenberg ainda tinha de pagar o preço pelo incidente na corrida anterior, sendo penalizado em três lugares. Fernando Alonso, claro, ficou de fora, bem como Pastor Maldonado.

A Q3 foi como na Q2: Nico Rosberg abriu as hostilidades, com Lewis Hamilton a tentar responder, sem grande sucesso. O terceiro lugar foi uma luta entre o Red Bull de Daniil Kvyat e os Williams de Felipe Massa e Valtteri Bottas, com os Williams a conseguirem ser mais potentes do que o Red Bull, mas o russo não baixava os braços.

E foi por causa disso que a sessão acabou a um minuto do final da qualificação. Kvyat, o piloto russo da Red Bull tentava uma volta rápida quando perdeu o controlo do seu carro na Curva 10, destruindo o seu carro, mas sem consequências para o piloto. O russo de 21 anos cometeu um erro na curva 10, deixou o seu Red Bull ir à relva e despistou-se, batendo violentamente nos rails, capotando de seguida. Imóvel por uns momentos no carro, saiu pelo seu pé e comunicou quase de imediato com as boxes. Horner disse que é altamente provável que irá trocar de carro para a corrida de amanhã.

A organização decidiu antecipar o final da qualificação e assim sendo, Nico Rosberg conseguiu a sua segunda pole-position do ano, deixando o seu companheiro de equipa Lewis Hamilton no segundo posto, na frente de Valtteri Bottas e Sebastian Vettel, que ficaram na segunda fila da grelha para amanhã. Já Daniil Kvyat ficou com o décimo tempo.

No final este "regresso ao normal" foi apenas relativo, dado que não foi Lewis Hamilton o primeiro na grelha. Mas ele será o primeiro candidato ao lugar mais alto do pódio desde que largue melhor do que o seu companheiro de equipa, e isso ele tem tudo para o fazer. Só resta é ver se esta corrida não será um longo bocejo.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A imagem do dia

Fernando Alonso, em jubilo, nas boxes da Renault, após o GP do Brasil de 2005, numa foto tirada por Paul-Henri Cahier. Parecendo que não, passam hoje exatamente dez anos sobre o primeiro campeonato do piloto espanhol na Formula 1, a bordo de uma Renault que era mesmo bom. Aos 24 anos de idade, Alonso batia no Brasil um recorde pertencente a um brasileiro, Emerson Fittipaldi, um recorde que durava há 33 anos, que era o do mais jovem campeão do mundo. Desde então, esse recorde já não lhe pertence, pois passou para as mãos de um alemão, Sebastian Vettel, que em 2010 fez o mesmo feito aos 23 anos de idade.

Quem assistiu à temporada do piloto espanhol, sabia-se que tinha o potencial para ser campeão do mundo, mesmo quando se estreou com uns imberbes 19 anos, em 2001, ao volante de uma Minardi. Quando se sentou num Renault, em 2003, havia uma expectativa para saber o que faria um piloto tão jovem de um país sem grande expressão na Formula 1. Antes dele, a referência automobilística estava nos ralis, com Carlos Sainz, bicampeão mundial em 1990 e 1992.

Nessa temporada de 2003, começou a surpreender logo nas primeira corridas, ao ser o poleman na Malásia, e a meio do ano, a ser o piloto mais novo de sempre a vencer um Grande Prémio, na Hungria (curiosamente, outro recorde de precocidade batido por Vettel...) e foi em 2005 que ele explodiu, vencendo oito corridas e acabando como campeão, para grande jubilo de Espanha e das Astúrias, a sua região natal. Depois repetiria o feito no ano seguinte, sendo o bicampeão mais novo de sempre... mais um recorde que Sebastian Vettel iria arrebatar mais tarde, em 2011.

Dez anos depois, fica-se com a sensação de que, noutra altura, seria um dos melhores pilotos de sempre. Contudo, o que se verifica é que é o primeiro de uma série de pilotos que nos deram uma geração de ouro no automobilismo. Pois depois dele vieram Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, pilotos dos quais ele embateu em frente... e perdeu. Mesmo na Ferrari, foi o maior rival de Sebastian Vettel na era dominadora da Red Bull, e foi derrotado por muito pouco em 2010 e 2012. Agora, na McLaren, pena por ter um mau carro e está a passar pela pior temporada de sempre desde os seus tempos na Minardi, há quase 15 anos.

Resta saber se este vai ser o final da sua carreira ou tirará algum coelho da cartola com o carro que tem, num futuro próximo. Veremos. Mas até lá, é bom recordar aquele que um grande momento da sua carreira. 

As imagens do dia


Não vai passar um ano - isso só acontecerá a 5 de outubro - mas passa um ano desde o último GP do Japão, e todos se recordam de Jules Bianchi. O pai, Philippe, está em Suzuka, onde falou que tenciona criar uma fundação com o nome do seu filho.

"É um momento difícil porque marca também um ano que Jules teve o acidente, então esta não será uma boa semana para a família Bianchi. Todos nós sentimos muito a falta de Jules, seus amigos e fãs também, por isso continua sendo um momento delicado", contou.

Contudo, os fãs já começaram a fazer as homenagens ao piloto, que sofreu o seu acidente fatal na volta 43 do Grande Prémio do ano passado, na Curva Dunlop. Bianchi viria a morrer nove meses depois, a 17 de julho deste ano, mas nunca voltou a acordar do estado de coma que se tinha mergulhado desde então.

E sobre o acidente, a organização aprendeu a lição: novo sistema de drenagem, uma grua atrás das barreiras de proteção e a corrida começará pelas 14 horas locais, e não às 15, como acontecia até agora. Ou seja, vamos acordar pelas cinco da manhã para vermos a corrida...

Mas mesmo assim, creio que aquele acidente poderia ter sido evitado.

Formula 1 em Cartoons - Japão 1990 (Pilotoons)

O fim de semana japonês é sempre uma excelente opotunidade de lembrar o passado, e neste caso, o Bruno Mantovani lembru mais uma vez os eventos de 1990, onde Ayrton Senna empurrou Alain Prost para o lado depois de Jean-Marie Balestre lhe ter "tirado o tapete" por causa do lugar na grelha...

Mas também é o momento em que Nelson Piquet e Roberto Moreno foram ao pódio, na primeira dobradinha da história da Benetton, num pódio emocional por parte dos dois, amigos de infância desde os tempos de Brasilia. E claro (não está ali, mas é bom assinalar) também foi a primeira vez que tivemos um japonês no pódio de um Formula 1, graças a Aguri Suzuki.

GP Memória - Brasil 2005

Duas semanas após a corrida belga, a caravana da Formula 1 atravessava o Atlântico para correr em terras brasileiras. A três corridas do fim, o campeonato chegava a uma altura decisiva, e parecia que Fernando Alonso iria ser o campeão do mundo, dado o avanço que já tinha sobre os McLaren de Juan Pablo Montoya e Kimi Raikkonen.

Mas para que isso acontecesse, Alonso teria de ficar na frente de Kimi numa diferença que fosse superior a 18 pontos. Ao chegar a Interlagos, a diferença entre ambos era de 25 pontos, logo, bastava a Alonso pontuar mesmo atrás dele, em caso de vitória do finlandês, para ele comemorar um inédito campeonato para a Espanha.

Já se sabia que a grelha iria ser modificada, por causa da penalização de dez lugares que Takuma Sato iria levar por causa da colisão na traseira de Michael Schumacher durante a corrida anterior, na Bélgica. Assim sendo, o piloto japonês nem saiu para a pista marcar um tempo. A mesma coisa fez Robert Doornbos, com o seu Minardi.

No final da qualificação, Fernando Alonso tinha sido o melhor, seguido pelo McLaren-Mercedes de Juan Pablo Montoya, enquanto que a segunda fila tinha o segundo Renault de Giancarlo Fisichella e o BAR-Honda de Jenson Button. Na terceira fila estavam Kimi Raikkonen e o Red Bull de Christian Klien, enquanto que na quarta estavam o Ferrari de Michael Schumacher e o Toyota de Jarno Trulli. E a fechar o "top ten" estavam o Sauber de Felipe Massa e o Ferrari de Rubens Barrichello.

Tempos depois, a Toyota trocou o motor de Jarno Trulli e com isso, foi penalizado em dez lugares. Assim sendo, o décimo posto ficou para o segundo Toyota de Ralf Schumacher.

A corrida começou com Alonso na frente dos dois McLarens, posição onde ficou até à terceira volta, altura em que Juan Pablo Montoya passou o piloto espanhol, ficando com o comando. Entretanto, David Coultjard e António Pizzonia terminavam mais cedo as suas corridas após uma colisão um com o outro. Mark Webber foi outro piloto que ficou envolvido no acidente e foi para as boxes, onde só saiu para correr passadas... vinte voltas, não ficando classificado. A razão era simples: fazer voltas suficientes para ficar com o quarto posto na ordem de qualificação para a corrida seguinte, em Suzuka.

Na frente, Montoya afastava-se de Alonso, enquanto que era assediado por Raikkonen, que só o passou na volta 23, ficando com o segundo lugar. Mas por essa altura, o colombiano já se tinha distanciado suficiente para ficar com o primeiro posto, e o finlandês só passou pelo comando nas vezes em que o seu companheiro de equipa ia às boxes. Mesmo assim, aproximou-se o suficiente para o ameaçar nas voltas finais, contudo, sem incomodar a dobradinha que ali vinha.

Quanto a Alonso, rodou isolado no terceiro posto, apesar da tática de Michael Schumacher de o apanhar e ficar com um lugar no pódio. Apesar de ter feito menos uma paragens nas boxes do que a concorrência, não chegou o suficiente para o apanhar.

No final, Montoya vencia pela terceira vez na temporada, fazendo uma boa segunda parte do campeonato, na frente de Raikkonen, mas quando Fernando Alonso corotu a meta no terceiro posto, a festa foi da Renault, com o piloto espanhol a ser o primeiro do seu país a ser campeão de Formula 1, e o mais novo de sempre, ao sê-lo aos 24 anos e 95 dias. Michael Schumacher foi o quarto, na frente do segundo Renault de Giancarlo Fisichella, do segundo Ferrari de Rubens Barrichello, do BAR-Honda de Jenson Button e do Toyota de Ralf Schumacher.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A imagem do dia

Mika Hakkinen durante o fim de semana do GP dos Estados Unidos, no ano 2000, numa foto tirada por Paul-Henri Cahier. Há precisamente 15 anos, quando a Formula 1 comemorava o regresso a paragens americanas - ainda por cima numa das catedrais do automobilismo - o piloto finlandês teve o momento decisivo que rendeu o título mundial ao seu maior rival, Michael Schumacher. O motor rebentado na volta 25 praticamente pavimentou o caminho para que o piloto alemão conquistasse o terceiro título mundial e o primeiro da Ferrari desde 1979.

Para o finlandês, foi o final frustrante de uma temporada épica. Ele começou bem mal, com dois abandonos nas duas primeiras corridas do ano, chegando a ter uma desvantagem de 24 pontos sobre o alemão. Parecia ser irrecuperável, mas a partir da sua primeira vitória, em Barcelona, o finlandês parecia recuperar alguma coisa, mas pouco. No final do GP do Canadá, só tinha recuperado seis pontos, e estava chegar a meio da temporada. Mas depois, três abandonos consecutivos do piloto alemão foram aproveitados pelo finlandês para conseguir 22 pontos, contra zero do outro lado, e chegou a ter uma vantagem de seis pontos, após o GP da Bélgica, onde fez uma ultrapassagem épica sobre o seu maior rival na travagem para Les Combes.

Depois daquela recuperação na pontuação, parecia que Mika poderia estar a caminho de um terceiro título mundial, e a Ferrari tinha de reagir. Fê-lo em Monza, com Schumacher a vencer, mas Hakkinen controlou os prejuízos. Contudo, a margem de manobra sempre foi curta e não poderia falhar, sob pena de acabar as suas chances de título. E este voou naquele dia, em Indianápolis, porque ficou com uma desvantagem de oito pontos, dificilmente recuperável. 

E foi o que aconteceu, e naquele dia, parecia que por fim, os azares tinham mudado de lado. O que a Formula 1 não tinha visto na altura é que isto simbolizava o final de uma era e o começo de outra.

Formula 1 em Cartoons - O azar da Red Bull (Cire Box)

É certo e sabido que a Red Bull desejava - e conseguiu - livrar-se da Renault, e namorava a Volkswagen para ver se eles ficavam com o lugar, mas parece que, caso o acordo for para a frente, ele vai acontecer na pior altura possivel...

Traduzido do francês:

MATESCHITZ: "Já não aguento mais este motor Renault de m***@"


O que mais queria era uma parceria com um gigante da industria automóvel e que honraria o compromisso de fornecer os motores... Volkswagen por exemplo!

Mmh... contudo... não deverá ser uma boa ideia de momento."

E agora, Grupo Volkswagen?

O ano de 2015 vai ser inesquecível para Martin Winterkorn. Em abril, após algum tempo de luta pelo poder, conseguiu superar Ferdinand Piech e convencer o Conselho de Administração que ele seria o homem adequado para o lugar e ficar ao comando de um dos mais poderosos grupos de automóveis do mundo, um grupo que em marcas como Porsche, Audi, Lamborghini, Bugatti, Skoda, Seat, entre outros. Agora, quatro meses depois, o escândalo das emissões de gases dos carros Diesel nos Estados Unidos fez mergulhar o preço as ações em 25 por cento... num só dia, e ele foi obrigado a demitir-se esta quarta-feira.

Estou chocado com os acontecimentos dos últimos dias. Acima de tudo, estou espantado que uma conduta imprópria desta dimensão tenha sido possível no Grupo Volkswagen. Como presidente-executivo, assumo a responsabilidade pelas irregularidades que foram encontradas nos motores diesel e já pedi ao Conselho de Supervisão que chegue a um acordo com vista à cessação das minhas funções. Esta decisão é tomada para defender os interesses da empresa, ainda que eu próprio não tenha qualquer conhecimento acerca desta conduta imprópria”, disse Winterkorn na sua comunicação.

O processo de clarificação e transparência irá continuar pois essa será a única forma de reconquistar a confiança. Estou convencido de que o Grupo Volkswagen e a sua equipa irão ultrapassar esta crise grave”, concluiu.

Todos já devem ter lido o escândalo e a razão pelo qual aconteceu: um estudo feito pela Universidade de Virginia para testar a qualidade dos motores Diesel mostrou que os níveis de poluição dos automóveis da marca de Wolfsburgo eram 40 vezes maiores dos indicados pelos testes. Verificou-se depois que a marca "aldrabava" os motores durante os testes com a EPA americana graças a um dispositivo eletrónico instalado nos motores, que fazia com que emitissem gases da maneira como queriam, e depois publicitavam os carros como sendo "limpos". Todos sabemos agora que não eram.

Para além desta mentira - que lançou uma sombra sobre todas as marcas de automóveis um pouco por todo o mundo - a marca alemã arrisca agora a ser processada criminalmente pelo Departamento de Justiça americano e a multa poderá elevar-se até 15 mil milhões de dólares. Mais ou menos aquilo que perdeu na segunda feira em termos de capitalização bolsista...

Contudo, o que interessa saber por estas bandas é o seu futuro desportivo. O Grupo Volkswagen está fortemente implantado no desporto, graças à própria Volkswagen (WRC), a Porsche (Endurance), a Audi (Endurance, DTM e Formula E), a Skoda (ERC) e a Seat (TCR e Copa Leon). É certo e sabido que o grupo nunca entrou na Formula 1 por causa da repulsa pessoal por parte de Ferdinand Piech (sobrinho-neto de Ferdinand Porsche), mas parecia que com Winterkorn ao comando, esse tabu poderia ter sido quebrado, com o possível envolvimento da Audi.

Aliás, a marca de Inglostadt tem um plano ambicioso - e faseado - para entrar na categoria máxima do automobilismo, com um investimento que poderia custar cerca de 200 milhões de euros. Para isso contrataram no final de 2014 o engenheiro Stefano Domenicalli, ex-diretor da Ferrari, e o passo seguinte poderia ser a compra da Red Bull - os rumores circulam há várias semanas - mas para isso tudo ainda falta a luz verde da administração para que o projeto avance. Provavelmente, Winternkorn seria um dos que aprovaria o projeto, agora que Piech estava fora de cena, mas agora sem ele, provavelmente poderão ter perdido o seu maior aliado.

Mas o escândalo está ainda no seu inicio. É que isto tudo tem um efeito-dominó: as acções caíram, e rolaram cabeças na administração, e estes são os factos até agora. Mas mais poderão via a caminho, como o relatório e contas da empresa. Com a reputação destruida - pelo menos nos Estados Unidos - na Europa, as pessoas começarão a recuar e as vendas vão-se ressentir. Os prejuízos vão se sentir sobretudo em 2016, e todos os projetos desportivos estão agora em duvida. Ainda não se vê uma debandada como se viu com a Honda e a Toyota em 2008-09, mas teme-se isso nessas modalidades acima referidas.

A grande ironia é que nenhuma delas... está na Formula 1, mas outras modalidades poderão sentir fortemente o seu impacto. A categoria LMP1 da Endurance (WEC) têm duas das quatro marcas do Grupo Volkswagen, e apesar da sua autonomia, desconhece-se quanto é que há em termos de transferências entre marcas do mesmo grupo em relação aos projetos desportivos. E esse é o problema: será que vão cumprir com os seus compromissos?

Como disse acima, está tudo no incio. Os meses que se seguirão mostrarão se isto é controlável ou poderá ser a ponta do "iceberg", capaz de abalar os alicerces da industria automóvel, ainda por cima, um dos maiores grupos do mundo. 

GP Memória - Estados Unidos 2000

Duas semanas após a corrida italiana, a Formula 1 atravessava o Atlântico para desembarcar no circuito de Indianápolis. Nove anos depois de terem corrido do circuito urbano de Phoenix, a categoria máxima do automobilismo corrida de novo nos Estados Unidos, mais concretamente no circuito de Indianápolis, uma das catedrais do automobilismo americano. Mas eles iriam correr numa pista modificada para o efeito e iriam correr no sentido dos ponteiros do relógio, ao contrário do que acontecia com os carros da IndyCar.

No pelotão, havia novidades, e uma delas era que a Williams iria ter o colombiano Juan Pablo Montoya para a próxima temporada, que iria substituir Jenson Button, que iria ser emprestado à Benetton. O colombiano, então com 25 anos, tinha sido piloto de testes da equipa de Grove, mas nos dois últimos anos tinha sido piloto da Chip Ganassi, onde vencera o campeonato CART de 1999, substituindo o italiano Alex Zanardi. Na Prost, eles iriam trocar os ineficientes motores Peugeot pelos Ferrari.

Com uma grande luta entre Michael Schumacher e Mika Hakkinen, era importante saber quem ficaria com o melhor lugar da grelha. E isso calhou ao piloto alemão, que conseguira um avanço de 126 centésimos sobre David Coulthard. Mika Hakkinen tinha sido o terceiro, na frente do Ferrari de Rubens Barrichello, enquanto que na terceira fila ficavam o Jordan de Jarno Trulli e o Williams-BMW de Jenson Button. Heinz-Harald Frentzen era o sétimo, na frente do BAR de Jacques Villeneuve, enquanto que a fechar o "top ten" estavam o Sauber-Petronas de Pedro Diniz e o segundo Williams de Ralf Schumacher.

No dia da corrida, o asfalto ainda estava húmido devido à chuva que tinha caído nas horas anteriores à prova. Para além disso, estava frio e o tempo ameaçava nova chuvada, mas isso não tinha impedido que 250 mil espectadores tivessem ido ao "Brickyard" para ver a Formula 1 pela primeira vez aquele local.

Na largada, Coulthard largou melhor do que Schumacher e ficou com a liderança, com Hakkinen no terceiro posto, depois de ter superado Barrichello, e Trulli e Button a fechar o "top six". Contudo,  na volta seguinte, ambos colidiram e tiveram de ir às boxes para fazer reparações, caindo para o fim do pelotão. Algumas voltas depois, os comissários de pista decidiram rever as imagens televisivas e verificaram que o piloto escocês tinha arrancado antecipadamente e decidiram penalizá-lo, fazendo cair a liderança para Schumacher.

Por essa altura, os pilotos começaram a arriscar e a mudar para slicks, e o pelotão ficou um pouco baralhado. Somente na volta 16 é que as coisas estabilizaram, com Schumacher na frente de Hakkinen, mesmo após ter trocado de pneus e reabastecido. Mas nessa altura, o finlandês começou a aproximar-se do piloto da Ferrari. Na volta 23, a diferença tinha caído para os quatro segundos quando ele sofreu problemas de motor. Duas voltas depois, este explodiu na frente de toda a gente, deixando Schumacher mais à vontade. E provavelmente, teria sido o momento do campeonato.

Atrás, Coulthard tentava recuperar o tempo perdido, tentando aproximar-se dos lugares da frente, fazendo até a volta mais rápida da corrida. Mas isso pouco ou nada fazia mossa na corrida, pois Schumacher estava confortável no comando, enquanto que Barrichello lutava com Frentzen pelo segundo posto. Uma melhor paragem nas boxes fez com que o brasileiro levasse a melhor.

No final, foi assim mesmo: uma dobradinha da Ferrari, com Schumacher na frente de Barrichello, e Frentzen a ficar com o lugar mais baixo do pódio. Jacques Villeneuve foi o quarto no seu BAR, na frente de David Coulthard e o segundo BAR de Ricardo Zonta.

E em termos de campeonato, Schumacher tinha agora uma vantagem de oito pontos sobre Hakkinen, e bastava uma corrida na frente do finlandês em Suzuka para ser campeão do mundo. O velho sonho de 21 anos em Maranello estava prestes a ser alcançado.   

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Quem quer comprar um capacete de Jenson Button?


Jenson Button, para além de ser um excelente piloto, gosta de ajudar quando é preciso. E decidiu esta semana leiloar um dos seus capacetes usado nesta temporada para ajudar no fundo destinado às filhas de Justin Wilson. 

O capacete está colocado no eBay e até agora tem alcançado boas ofertas. A mais recente é de 30.400 dolares, mas creio que é uma excelente chance de ter algo que pertenceu a um piloto e não uma réplica. O leilão terminará dentro de cinco dias, mas podem tentar a vossa sorte.

A imagem do dia

Eu vi isto no Facebook na passada segunda-feira e não vi quem foi o autor deste belo boneco (quem saiba o nome do feliz contemplado, que se manifeste na caixa de comentários), mas o mais fabuloso no meio disto tudo é o policia (neste caso em particular, o GNR) que coloca as mãos à cabeça quando vê o Citroen DS3 R5 do José Pedro Fontes quase a capotar no rali de Mortágua, neste fim de semana que passou.

Como diziam, foi um instante feliz aquele que foi captado, e provavelmente um dos grandes momentos do automobilismo nacional.

O homem que saltou a vedação

Yongvitam Pravin Dhokia tinha uma vida anónima até ao último domingo. Este britânico de 27 anos, de origem indiana, gostava de Formula 1 e queria entrar dentro de um Ferrari para ter a sensação de guiar um deles. E este domingo esteve perto de um. Demasiado perto... os seus dez minutos de fama (na realidade, o passeio foi de 53 segundos...), vistos um pouco por todo o mundo, lhe renderam um pesadelo que poderá se prolongar por mais algum tempo. É que depois de ontem ter sido apresentado por um juiz, foi caucionado em dez mil euros, valor que ele... não tem.

E se não pagar até ao dia seis de outubro, arrisca-se a uma pena de até seis meses de prisão por "ato temerário e colocar em causa a segurança dos pilotos", segundo conta a justiça local.

"Não estou a trabalhar e gastei as minhas poupanças nos bilhetes de avião. Não tenho esse dinheiro", reagiu o infrator.

Curiosamente, a razão pelo qual Dhokia entrou na pista foi a mesma que um chinês atravessou a pista durante o fim de semana de Xangai: queria ir à Ferrari para saber se poderia andar nos seus carros! Aliás, neste caso em particular, foi Sebastian Vettel que alertou a organização pela insólita companhia: "Tive de olhar duas vezes para ter a certeza que isto não era um problema de visão e estava mesmo alguém a passear! Espero ao menos que a foto esteja focada..." contou, no final da corrida.

Resta saber se ele conseguirá arranjar o dinheiro e sair da alhada em que se meteu, pois caso contrário, ele vai ficar uma temporada por trás das grades...

As ameaças da Red Bull

É mais do que sabido que a Red Bull afirmou ontem, num dos seus folhetos oficiais, de que abandonaria a Formula 1 caso não dessem motores "iguais" aos do fabricante, para assim terem uma chance de vitória em relação aos outros. Ou seja, serem um parceiro e não um cliente. Se não é Dietrich Mateschitz a falar, seria Helmut Marko a fazer de "mau da fita" neste caso em particular.

A razão para que levemos esta ameaça " a sério" é óbvia: a casa de Salzburgo é demasiado grande para não causar impacto na Formula 1. Red Bull e Toro Rosso representam quatro dos atuais vinte lugares que a Formula 1 tem agora na grelha de partida, e para além disso tem uma corrida no calendário, o GP da Áustria. Logo, investiram imenso dinheiro na Formula 1 e querem, entre outras coisas, mais dinheiro da FOM por causa do seu palmarés, como tem agora a Ferrari, por exemplo.

Claro que muitos criticam estas ameaças porque parece que os energéticos não sabem perder, que fazem lembrar os meninos ricos que são os donos da bola, que quando perdem, simplesmente pegam na bola e vão-se embora dali. Mas a realidade é outra: querem algo semelhante ao da Ferrari. Já o tem por causa do seu palmarés - quatro títulos de pilotos e construtores de 2010 a 2013 - mas só por causa da história, a Ferrari tem à partida cem milhões de euros provenientes da FOM, enquanto que a Red Bull tem cerca de 30 milhões. E é isso que eles querem.

Mas isso não é fácil, porque os outros também pedem a mesma coisa. A Renault, por exemplo, já veio a público dizer que quer mais dinheiro por causa do seu estatuto - e tem com que reclamar, pois está na Formula 1 há quase 40 anos, e contribuiu para a introdução dos motores Turbo. De uma certa forma, todas estas reclamações tem também um objetivo, que é de diminuir a fatia que vai para a CVC Capital Partners e para Bernie Ecclestone, que sem fazer algum, ganham no seu conjunto quase metade das receitas da Formula 1. Esse é que é o problema, e que tem uma solução simples: diminuir essa percentagem a favor das equipas.

Mas agora... será que querem mesmo sair? Não. Acho que toda a gente topou esta. Um exemplo disso é que conta hoje o jornalista português Luis Vasconcelos, na Autosport local, onde afirma que isto é uma "faca de dois gumes" onde tanto tem a perder como a ganhar. Primeiro que tudo, eles assinaram um contrato com a FOM que os "obriga" a ficar na Formula 1 até 2020. Ou seja, ficarão por lá por mais seis temporadas, pelo menos. E caso "rasguem o contrato", a indemnização é enorme: 500 milhões de euros! Mais concretamente, cem milhões por cada temporada que não cumpram até ao final da década.

Para além disso, a Red Bull na Formula 1 - e a Toro Rosso - é um gigante. Segundo ele conta, em Milton Keynes existem 900 funcionários, o dobro que há em Faenza para a STR. E se para o primeiro caso, as leis inglesas são fléxiveis, no caso italiano, as coisas piam fino. Indemnizar 450 funcionários pela lei trabalhista italiana é o equivalente a arrancar toda uma dentadura sem anestesia, e os custos poderão elevar-se até mil milhões de euros. Ou seja, é imeeenso dinheiro, e só se venderam mil milhões de latinhas num ano é que terão a chance de sairem dali sem serem prejudicados. Isto, se conseguirem, pois há uma reputação a defender, e que seria bem prejudicada se abandonassem intempestivamente a Formula 1 por razões ditas "fúteis"...

Em suma, é demasiado arriscado, e todos sabem disso. Provavelmente haverá uma solução nesse campo, mas talvez nada que a Ferrari teve há alguns anos, quando Luca de Montezemolo fez exigências semelhantes. Em resumo, é mais para entreter do que outra coisa. Mas não haverá orelhas moucas...

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Uma corrida emocional para a Manor

A Manor-Marussia vai para o GP do Japão numa altura em que está a aproximar-se do primeiro aniversário do acidente mortal de Jules Bianchi, e um dos seus diretores, John Booth, falou esta semana na Autosport britânica sobre a corrida que se aproxima e as emoções que estão a vir à flor da pele.

"Nós éramos a equipa de Jules, e com isso em mente, gostaria de pedir a todos que entendam e respeitem o facto de neste fim de semana, queremos lidar com a experiência de regressar a Suzuka de uma forma muito intima", começou por afirmar.

"O meu trabalho principal vai ser dar à equipa o ambiente certo em que sejam capazes de fazer o seu trabalho, apesar das circunstâncias muito difíceis. Este será o meu foco", continuou.

Booth afirma que será um ambiente diferente daquele que viveram no Mónaco, onde conseguiram os primeiros pontos, também graças a Bianchi, e na Hungria, a primeira corrida após o funeral do piloto.

"Será uma experiência emocional diferente do Mónaco, que foi um lugar cheio de memórias especiais para a nossa equipa, bem como na Hungria, onde tudo o que tivemos de fazer uma despedida muito difícil a um amigo muito querido e colega. Pensamos em Jules todos os dias, e ele vai ser uma grande parte da história da nossa equipa para sempre", concluiu.

Recorde-se que Jules Bianchi sofreu o seu acidente fatal na volta 43 do GP do Japão, no passado dia 5 de outubro, na curva Dunlop, quando um trator estava na escapatória a retirar o Sauber de Adrian Sutil, que se tinha despistado na volta anterior. O piloto francês de 25 anos sofreu ferimentos graves na cabeça e acabou por morrer a 17 de julho deste ano, nove meses após o acidente.

Formula 1 em Cartoons - Singapura (Riko)

Entretanto, outra explicação dada para o abandono de Lewis Hamilton na corrida de Singapura poderá ser uma troca de carros... pelo menos é o que o "Riko" afirma.

Teria lógica, se os McLaren-Honda andassem bem nessa corrida. Só que não...

Formula 1 em Cartoons - O GP de Singapura explicado por Cire Box



À noite, todos os gatos são pardos, como ele escreve no seu cartoon para a versão francesa da Motorsport. E na noite de Singapura, desta vez, os Mercedes não foram os melhores.

Para quem entende francês, eis a história da corrida noturna explicada em imagens. Gosto particularmente da representação gráfica dos três primeiros lugares...

Noticias: Wolff está interessado na Manor

A evolução dos acontecimentos nos bastidores da Formula 1 está a ditar o futuro próximo, e um dos beneficiados poderá ser a Manor. A equipa de Banburry, salva da falência no inicio do ano, poderá ter motores alemães caso a Lotus seja adquirida em breve pela Renault. Pelo menos, é isso que Toto Wolff está a passar nas suas mais recentes declarações à imprensa, durante o fim de semana de Singapura.

Se a Lotus for adquirida pelo Renault, a Manor é definitivamente uma equipa interessante. Talvez venham a ter uma cooperação em termos de chassis com a Williams, o que ainda tornaria as coisas mais fáceis, pois a Williams é cliente da Mercedes”, declarou.

Sobre se isso implicaria colocar um dos seus pilotos - o favorito seria o alemão Pascal Wehrlein - Wolff afirmou: “Neste momento o Pascal necessita de estar concentrado na conquista do DTM. Depois logo veremos se conseguimos colocar o Pascal na Fórmula 1”, concluiu.

Caso aconteça, a hipótese Wehrlein (na foto) é de facto uma boa chance, apesar de ele ter apenas 20 anos e com talento já demonstrado - ele lidera o DTM, com duas vitórias neste temporada. Resta saber quem o poderia acompanhar. Tanto pode ser Will Stevens ou Alexander Rossi, um dos pilotos que corre este anos na equipa, ou poderão ter uma injeção de capital, com a possível entrada do indonésio Rio Haryanto

Mas caso seja um alinhamento Haryanto - Wehrlein, isso significaria uma dupla sem qualquer corrida oficial ma Formula 1, apesar de ambos serem velozes. Logo, o grande dilema é saber se desejam experiência ou dinheiro. Contudo, qualquer decisão nesse campo só acontecerá mais para o final do ano, talvez no inicio de 2016. E por essa altura, a Manor pode estar a desenhar um chassis eficaz e adaptado ao motor alemão.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Formula 1 em Cartoons - Singapura (Cire Box)

O cartoon do "Cire Box" faz uma alusão indireta à invasão de pista que aconteceu a meio da corrida. É que o senhor que teve essa "belissima ideia" foi alertado por Sebastian Vettel... daí o passeio a pé nas ruas da cidade-estado.

Rumor do dia: Jenson Button pode anunciar abandono em Suzuka

Que a temporada de Jenson Button é das piores da sua carreira, é um facto. E que dezasseis temporadas e um titulo mundial parece ser um palmarés suficientemente longo para causar impressão, é algo honrável. Mas mesmo assim, o rumor que corre esta tarde de que ele poderá anunciar a sua retirada no final de semana do GP do Japão, daqui a alguns dias. A caminho dos 36 anos, e depois de 281 Grandes Prémios, a temporada de 2015 poderá ser a última da sua carreira.

A razão para que ele faça esse anuncio em Suzuka tem a ver com motivos emocionais: a sua mulher é japonesa, e há a ligação à Honda, onde correu para eles entre 2006 e 2008, sem grande sucesso. E para além disso, Button apostou todas as suas fichas em continuar na McLaren, apesar de Ron Dennis achar que o tempo dele já terminou. E ele aposta muito no dinamarquês Kevin Magnussen, que o vê como o futuro da marca.

E este domingo, Ron Dennis disse a Martin Brundle que não tinha certeza sobre a sua continuidade em 2016, quando já tiver 36 anos de idade.

Button, que chegou à Formula 1 no ano 2000 pela Williams, teve passagens pela Benetton, Renault, BAR, Honda, Brawn GP e McLaren, onde venceu 15 Grandes Prémios e (um inesperado) titulo mundial em 2009. Para além disso, teve 50 pódios, oito pole-positions e oito voltas mais rápidas. Para além do campeonato em 2009, foi vice-campeão em 2011 e terceiro classificado em 2004.