sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Youtube Formula One Video: O desastre da Ferrari, explicado

A Ferrari parece que voltou a tempos como 1980 ou 1992 e o pessoal do Donut Media decidiu fazer um video para tentar explicar o que se passa naquela equipa, que parece estar a caminho da Williams ou algo assim. O Nolan explica as razões por tal "debacle"...

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Youtube Motorsport Video: Uma apreciação de "Carros", por Josh Revell

O "Carros" pode ser um filme da Disney que passa nos dias de Natal, para entretenimento dos garotos e um pouco maiores. Mas se fugirmos um pouco dos preconceitos, como o Josh fez, poderemos ver que afinal de contas, isto é muito mais que um cartoon. E é isso que ele fala neste video.

Como vai ser o nosso Grande Prémio?


Desde hoje que entramos em situação de calamidade, o grau inferior ao estado de emergência. A segunda vaga está a atingir forte e feio não só em Portugal, como um pouco por toda a Europa, e é bem pior que na primeira. E se na primavera, pecamos por excesso, agora estamos a pecar por desleixo. Não tanto por parte dos governos, mas sim por causa das pessoas. Tanto que agora, o governo está a elaborar uma proposta de lei que torna obrigatória o uso de máscara na rua e a aplicação StaAwayCoVid nos telemóveis.

E o que isso tem a ver com automobilismo? É que estamos a dez dias do Grande Prémio de Portugal, e estão previstos cerca de 45 mil pessoas num lugar com capacidade para cem mil. E já se perguntou sobre a capacidade dos recintos desportivos, se iriam ser alterados ou não com esta nova fase de confinamento. É que, como sabem, tudo parou na primavera e agora está tudo a acontecer, mas com muitas restrições, como a interdição de pessoas nos estádios de futebol - estão a acontecer ensaios sobre um possível regresso dos espectadores aos estádios, com capacidade limitada - e algumas entidades pressionaram para que essa abertura acontecesse bem mais cedo, em nome de uma economia abalada pela crise causada pela pandemia.

Agora, com a chegada do outono, a negligência de muitas pessoas, julgando que "isso só acontece aos outros" e "que os velhos apanhem, eu sou jovem e saudável", aliado à chegada do inverno ao hemisfério norte, teme-se o pior. Em França, por exemplo, já se coloca o recolher obrigatório em algumas cidades, Paris incluída, obrigando ao fecho dos restaurantes, cafés e outros establecimentos.

A região do Algarve, fortemente dependente do turismo, sofreu imenso com a falta dos turistas britânicos neste verão, apesar de por algumas semanas, o governo local ter deixado que os seus nacionais viajassem para lá. A chegada da Formula 1 - e a MotoGP - ao Autódromo de Portimão foi uma benção disfarçada, um pouco como as janelas que se abrem quando certas portas se fecham. Dezenas de milhões de euros estão potencialmente à vista na próxima semana quando as pessoas aparecerão em magotes para ver vinte carros a rolarem na pista de Portimão. Creio que a Direção Geral de Saúde nada fará tão em cima da hora, agora que em bilhetes à venda e as pessoas já marcaram viagens e alugaram apartamentos para estes dias. 

Mas não tenho a certeza sobre a Moto GP, que vai acontecer um mês mais tarde, até quando a Endurance aparecer por lá para as 4 Horas, na primeira semana de novembro. Provavelmente, os casos aumentarão bastante e o governo fará medidas mais restritivas, especialmente se a tal proposta de lei for aprovada no Parlamento. Ali, eu creio que haverá restrições e em último caso, uma corrida sem espectadores. É o que acredito, nesse futuro mais ou menos próximo.

Em suma, sobre a pergunta que deixo no título... não creio que vá ser afetado, embora ainda falte pouco mais de uma semana. Para o resto, eu coloco dúvidas sobre a manutenção do atual "status quo".

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

IndyCar: Félix da Costa vai testar pela Rahal


O atual campeão da Formula E testará no próximo dia 2 de novembro pela Rahal Letterman Lanigan Racing, uma das equipas mais prestigiadas da IndyCar, na Barber Motorsports Park, um dos circuitos convencionais usados na temporada americana. 

O piloto português terá finalmente a chance de um monolugar equipado com um motor V6 de 2.2 litros e cerca de 700 cavalos de potência. Naturalmente, está satisfeito com o esta oportunidade.

"Nunca escondi o sonho e a vontade de correr na IndyCar.", começou por dizer. "Sou um grande fã do campeonato e da mentalidade das corridas nos Estados Unidos. Conheço o Bobby Rahal há alguns anos e sempre que nos víamos em brincadeira eu dizia que tinha de ir experimentar os carros da equipa dele, e quando ele me ligou com este convite para conhecer e testar com a Rahal, foi impossível recusar.", continuou. 

"Estou desde Domingo nos Estados Unidos a conhecer a equipa, também a fazer o banco para o teste e a trabalhar no simulador para me preparar da melhor forma, vai ser um desafio totalmente diferente para mim. Estou muito entusiasmado com este teste, mas o meu foco total é a Fórmula E, onde quero defender o meu título de Campeão Mundial, de qualquer forma quero fazer um bom trabalho, deixar a minha marca na equipa e nunca se sabe o que o futuro nos pode reservar.", concluiu.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

A imagem do dia


Nem sabia disto até alguém chamar a atenção. É que desde o passado dia 20 de setembro que o clube dos ex-pilotos de Formula 1 tem, pela segunda vez na sua história, um piloto centenário. E o piloto em causa, apesar de hoje em dia estar algo obscurecido, esteve na Formula 1 nos seus tempos iniciais, e envolvido na direção e financiamento de uma das primeiras equipas britânicas, a Connaught Engeneering.

Kenneth McAlpine vem da familia de uma das mais antigas firmas de construção da Grã-Bretanha. De origem escocesa, nasceu a 20 de setembro de 1920 em Cobham, no Surrey, e dpeois da II Guerra Mundial, onde esteve ao serviço da RAF, interessou-se pelo automobilismo, onde adquiriu uma participação maioritária na Connaught Engeneering. Com o tempo, participou como piloto quer na Endurance, quer na Formula 1, fazendo a sua estreia em 1952, no GP da Grã-Bretanha, num Connaught Type A, onde acabou na 16ª posição. Ele iria participar em mais seis provas, em 1953 e 55, com o seu melhor resultado um 13º posto no GP da Alemanha de 1953.

Mas fora das corridas oficiais, ele vai ajudar na carreira de jovens pilotos. Sendo ele um dos financiadores da equipa, deu um volante ao jovem Tony Brooks, que em 1955, no GP de Siracusa, na Sicilia, conseguiu uma vitória suficientemente impactante para que ele acabasse por ter uma carreira na Formula 1. E ele ficou na equipa até 1958, quando a equipa faliu e os bens foram vendidos, incluindo dois chassis, um deles para um jovem Bernie Ecclestone.

Depois de acabar a sua carreira no automobilismo, estabeleceu um negócio de vinhos no Kent, onde decidiu dedicar-se por boa parte da sua vida. E desde o dia 20 de setembro, tornou-se no segundo piloto centenário na história da Formula 1, nove anos depois do alemão Paul Pietsch, que também era um dos últimos pilotos de Grand Prix dos anos 30. Um feito para comemorar.

Formula 1: Coulthard diz que os pilotos adorarão Portimão


Agora que o próximo Grande Prémio vai ser em terras portuguesas, mais concretamente no Autódromo de Portimão, já se começa a fazer as apresentações da corrida. Ontem, em Lisboa, o patrocinador fez uma cerimónia onde se mostrou o troféu que será entregue ao vencedor através do ex-piloto David Coulthard, que não deixou de fazer uma antevisão do que os pilotos irão sentir na pista algarvia.

"Já tive a oportunidade de pilotar em Portimão. Acho que os pilotos vão aprovar este circuito, é uma montanha-russa, com muitas mudanças de elevação. Não tenho dúvidas nenhumas de que o Hamilton, o Verstappen e os outros vão adorar", comentou o ex-piloto da Williams, McLaren e Red Bull, que conseguiu a sua primeira vitória no Estoril, na edição de 1995.

Quem também esteve presente na cerimónia de apresentação do Grande Prémio foi Pedro Lamy, que correu na Formula 1 entre 1993 e 96, quer pela Lotus, quer pela Minardi, que não deixou de dar as suas opiniões sobre o que poderá ser a corrida.

"Vai ser difícil bater a Mercedes, que tem mostrado uma enorme diferença em todas as pistas. Espero que a Red Bull, com o Verstappen, consiga dar a volta ao assunto e eventualmente vença o Grande Prémio, para dar um pouco mais de cor ao campeonato. Mas, vai ser difícil. Existe uma reta muito longa, onde vai ser difícil acompanhar a potência dos Mercedes.", comentou.

O Grande Prémio acontecerá no fim de semana de 23 a 25 de outubro.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

A imagem do dia


Nos bilhetes das corridas no Reino Unido - e se calhar no resto do mundo - está a impressa a frase "Motorsport is Dagerous". Lembra-nos que, apesar de todas as tecnologias presentes, das distancias de segurança, das proteções que existem dentro e fora dos carros, nas curvas dos circuitos, das redes, dos "guard-rails", dos "roll-cages" e tudo o mais, não há nada cem por cento incólume. Basta um carro a ir demasiado depressa, ou ter o supremo dos azares, para tudo correr mal. A eliminação da morte no automobilismo é uma impossibilidade, apesar de todos os nossos esforços em diminui-la. Fazemos bem isso, mas por vezes, escapa. E quando a Morte ataca no desporto que mais gostamos, ficamos desolados. 

E no meu caso em particular, foi num rali ao pé da minha casa. As circunstâncias foram as seguintes: o carro veio demasiado depressa numa classificativa no meio de um pinhal, num lugar onde outro carro se tinha despistado e embatido de traseira contra um tronco bem grosso de pinheiro. No caso fatal, bateu de lado, precisamente onde estava a navegadora, uma garota espanhola de 21 anos, Laura Salvo de seu nome.

O acidente mortal dela fez lembrar eventos de há dois anos e meio, na mesma edição, com o Carlos Vieira. Foi numa classificativa semelhante, e ele levou com a pior parte. Felizmente, sobreviveu para contar a história, mas demorou muito tempo até poder voltar a correr, e não mais regressou a um rali, dedicando-se à velocidade, em Clássicos. Mas, por acaso, nesse ano de 2018, estive na véspera, no parque fechado, numa "visita de médico" e ainda tive tempo para ver partir alguns carros. Vieira era o primeiro nesse rali, e não sei porquê, passou-me algo que fez arrepiar a minha espinha. Uma hora depois, quando cheguei a casa e liguei o rádio online para seguir a prova, estavam já a noticiar o acidente - tinha sido logo na primeira especial.

O impacto do acidente mortal da garota foi longe. A Fabrizia Pons, navegadora de pilotos como Michelle Mouton e Piero Liatti, referiu ela na sua página do Facebook, mostrando que as más noticias voam velozmente, quase instantaneamente, pelo mundo inteiro. E o rali mais próximo da minha casa foi noticia pelas piores razões, lembrando os eventos de 2018.

Sei que as pessoas podem dizer que "morreu a fazer o que mais gostava", mas na minha mente, tenho mais a ideia de que nesta comunidade de pilotos, navegadores, mecânicos, engenheiros, elementos da organização, jornalistas e até simples adeptos, qualquer perda é quase como se morresse um familiar nosso. E é o que sinto e senti neste final de semana. E isso me faz pensar que, apesar da busca pela perfeição ser um quase absurdo, uma caçada aos gambuzinos, temos de o fazer para o nosso bem. 

Porque todos nós queremos que tudo isto não seja em vão.

Os meus sentimentos para os seus parentes e restante familia. Só posso pedir aos deuses para que a terra lhe seja leve e que no final, reste a saudade de alguém que foi embora demasiadamente cedo.

Youtube Formula 1 Video: As conversas do GP de Eifel

O fim de semana alemão foi pródigo em coisas interessantes nas comunicações entre pilotos e as boxes. Eis uma seleção delas.

domingo, 11 de outubro de 2020

Formula 1 2020 - Ronda 11, Eifel (Corrida)


Como sabem, correr no Nurburgring é um desafio, não interessa a altura do ano, nem interessa muito até quando o dia é de céu limpo e sol azul, porque são dias raros, se quiserem. E mesmo nesses dias de sol, as coisas não são lá muito normais. Hoje em dia, não correm mais no Nordschleife, o enorme circuito de 23 quilómetros à volta do castelo Eifel, mas quem corre por lá diz que as coisas são desafiantes na mesma. 

E aqui, no outono alemão, onde o verão se foi embora há muito, o tempo não promete muitas coisas boas: baixa temperatura e chuva. Mas quando chegou à hora da corrida, não chovia e a temperatura estava mais agradável, estragando alguma da expectativa que havia para esta corrida. 

A partida começou com Hamilton a querer ficar com a liderança de Bottas, mas o finlandês conseguiu levar a melhor. Atrás, Verstappen acompanhava os Mercedes, sem os alcançar, na frente de um pelotão que tinha Charles Lecerc a aguentar os Renault e os McLaren.

Daniel Ricciardo demorou nove voltas para poder passar Charles Leclerc, quarto classificado, e quando o fez, ele já estava longe do Red Bull de Max Verstappen, a cerca de 16 segundos. E quatro voltas dpeois, na curva 2, Hamilton aproveitou o erro de Bottas na primeira curva, atacou a conseguiu passar o finlandês para liderar a corrida. Líder trocado, parecia que o resultado era previsível.

Imediatamente a seguir, na volta 14, George Russell foi a primeira desistência, devido a uma colisão com Kimi Raikkonen, que deu uma penalização de dez segundos ao finlandês por aquilo que tinha provocado.

O Virtual Safety Car deu para que os da frente pararem: Hamilton e Verstappen foram às boxes ao mesmo tempo, na volta 17. Mas quase ao mesmo tempo, o VDS saiu de cena, e Alex Albon tocou em Daniil Kvyat e o nariz dele foi para as estelas, perdendo uma volta e muito tempo, caindo para o fundo do pelotão ainda antes de chegar às boxes. Mas quase ao mesmo tempo, novo drama, quando Valtteri Bottas teve problemas no seu MGU-H e acabou por abandonar, o segundo do ano, e logo, novo Safety Car virtual.

Mas as coisas pareciam estar a acontecer em catadupa. Primeiro Alex Albon, depois Lando Norris, noticiavam problemas com os seus carros, sem potência. Albon foi logo Às boxes e acabou por abandonar. Norris, então terceiro classificado, tentava manter o terceiro posto das garras de Sergio Perez e de Daniel Ricciardo, porque Esteban Ocon também tinha tido problemas e abandonara antes, na volta 22. Contudo, na volta 44, Norris não aguentou os problemas do carro e acabou por abandonar, fazendo com que o Safety Car entrasse de novo na pista, e voltando a juntar todos no mesmo pelotão, todos juntinhos...

Retirado o McLaren do seu lugar perigoso, Hamilton voltou à corrida determinado em se afastar de Verstappen enquanto atrás, Ricciardo conseguia superar Perez e Hulkenberg subia lugares atrás de lugares, já chegando aos pontos dpeois de ter largado em último, mas totalmente adaptado ao carro. 


Até ao final da corrida, foi assim, e quando cruzou a meta, Hamilton não só vencia pela sétima vez na temporada, como também consolidava a liderança no campeonato, já que via o seu companheiro de equipa não pontuar. Agora, com 59 pontos de avanço, poderá ser campeão em Istambul. Mas acima de tudo, igualava as 91 vitórias de Michael Schumacher, algo que poucos pensavam que iria acontecer. Bastaram 14 anos e Lewis Hamilton, agora a caminho do seu sétimo título mundial, a igualar o piloto alemão. E quando Mick Schumacher entregou dos dos capacetes do seu pai, o britânico ficou emocionado.

Acabado Nurburgring, agora temos Portimão. Só mais duas semanas.