sábado, 11 de janeiro de 2020

A imagem do dia

Este carro esteve longe dos olhares do público por 40 anos. Steve McQueen queria-o e tentou, por duas vezes, tê-lo. Mas o dono recusou a oferta. E como esteve tanto tempo sem saber do paradeiro que se temia ter sido perdido para sempre. Mas não. Este Mustang Fastback de 1968 reapareceu em 2017, no Kentucky, quando o filho do dono decidiu tirá-lo da garagem e o colocar a andar, sem renovações. E quando apareceu, no Detroit Auto Show de 2018, com a ajuda da própria Ford, foi uma sensação por todo o mundo.

Pois bem: o carro que esteve numa garagem por 40 anos foi agora vendido por 3,4 milhões de dólares na Florida. Foi o Mustang mais caro de sempre e o seu comprador é anónimo.

Sobre o carro, falei dele há uns meses por aqui, e claro, sobre este leilão. A história é relativamente simples: Em 1974, Robert Kiernan comprou o Mustang a um policia em New Jersey, que o levou para a sua casa. Kiernan manteve-o na sua garagem e três anos depois, o próprio McQueen foi a sua casa, com intenções de o comprar. Deu-lhe uma oferta que não poderia recusar... mas recusou.

McQueen morreu em outubro de 1980, com 50 anos, vítima de cancro. Kiernan viveu mais 34 anos, e o carro ficou na garagem depois de ele morrer, mas o seu filho, Sean Kiernan, decidiu que era a melhor altura de sair da garagem e ser apreciado pelo mundo, ainda por cima já circulava fortemente o mito urbano de que os carros já estavam destruídos. E já se tinham construído e modificado milhares de réplicas do Mustang Fastback, pintados em Higland Green e alguns deles com a matrícula que Bullit usava no filme.

É para verem até que ponto que em uma geração, o mito cresceu.

No final, é um pedaço de história que mudou de mãos. Valeu o que valeu, mas irá provavelmente para mais uma coleção privada, e por muitos anos no futuro, ficará como estava antes: numa garagem, com poucos a terem o privilégio de o poderem ver. Um pouco irónico, não acham?

Youtube Formula 1 Video: O GP do Brasil... em filme mudo

O GP do Brasil de 2019 ainda produz videos engraçados. E o neozelandês Josh decidiu fazer um sobre essa corrida, a segunda mais emocionante do ano, mas... como se fosse um filme mudo. O resultado é este.


Noticias: ERA Championship quer ser prova de acesso à Formula E

Com a competição elétrica cada vez mais a alargar em termos de equipas, surge cada vez mais a ideia de uma competição de formação com carros elétricos. Já há nos kartings, mas a ERA Championship, que foi anunciado no passado mês de março, pretende ser uma competição de acesso à Formula E. Os chassis serão da japonesa Dome, possui 175 cavalos, uma bateria com capacidade de 24 kWh e um motor de 130 kW. Segundo o site oficial, o monoposto alcançará os 190 km/hora.

Para Dieter Vanswijgenhoven, o diretor técnico da ERA, os seus objetivos principais ao criar essa categoria é de criar oportunidades aos jovens pilotos de correr este tipo de carros a um preço em conta. “Este é nosso objetivo com o campeonato ERA, lançar uma plataforma de corrida elétrica acessível, que cria oportunidades para pilotos promissores e também inspira inovação técnica na pista. Junto com nossos patrocinadores da Dome nós somos capazes de conquistar nossa inovação e objetivos de acessibilidade, e estamos revelando antecipadamente nosso carro nesse verão.”, comentou.

O campeonato acontecerá este verão e será constituído por oito provas na Bélgica, Holanda e Reino Unido, com duas provas espalhadas no fim de semana. Cada corrida terá 23 minutos de duração e será divivida em dois, uma para o desporto, outra para a inovação, onde os pilotos vão poder alterar a tração e o armazenamento de energia de seus carros. A competição também servirá para dar oportunidade a pilotos que não possuem condições financeiras para competir em grandes categorias de acesso, e assim evitar a perda de talentos.

Para saber mais sobre a categoria, visite o seu site oficial.

WRC: Rovanpera espera ver Latvala nos ralis

Atualmente piloto da Toyota, Kalle Rovanpera afirmou que o seu compatriota Jari-Mati Latvala faz falta ao WRC. Latvala, dispensado da marca no final do ano passado, irá correr em alguns ralis nesta nova temporada, pelo menos na Suécia e na Finlândia, mas espera que ele participe em mais algumas provas do campeonato.

Fico um pouco triste por ver o Jari-Matti sem fazer uma época completa. Mas, o ralis são assim. Espero que consiga fazer alguns ralis agora, pois sei que ele quer pilotar. Ele adora este desporto.”, comentou.

Rovanpera, de 19 anos, e filho de Harri Rovanpera, vai ter a sua primeira temporada a tempo inteiro no WRC a bordo de um carro de fabrica. Ele que em 2019 correu pela Skoda e venceu o Mundial WRC2, ainda conseguindo 18 pontos para o campeonato, com um sexto lugar no Rali de Portugal como melhor resultado.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Dakar 2020 - Etapa 6 (Ha'il - Riyadh)

Nos 477 quilómetros de especiais que os concorrentes cumpriram hoje entre Ha'il e Riyadh, o melhor nos automóveis foi, de novo, Stephane Peterhensel, que bateu Carlos Sainz por 1.02 minutos. O francês, navegado pelo português Paulo Fuíza, deu também uma vantagem de 2.52 segundos sobre o Qatari Nasser Al Attiyah e 6.09 sobre o local Yazeed Al-Rahji.

Fernando Alonso continua a andar bem, sendo sexto na etapa, a sete minutos do seu compatriota.

Na geral, Sainz têm 7.48 minutos de vantagem sobre Nasser, enquanto Peteransel tem 16.20 minutos de atraso, na terceira posição. Al Rahji é quarto, a 36.48, enquanto Terranova é quinto, a 43.54 minutos.

Do lado das motos, Ricky Brabec voltou a vencer, conseguindo uma vantagem de 1.34 minutos sobre o espanhol Barreda Bort, e 2.45 minutos sobre o austríaco Matthias Walkner, no seu KTM. Paulo Gonçalves foi oitavo na etapa, a 8.16 minutos, no seu Hero. enquanto Toby Price fechou o "top ten" com um atraso de 16.33.

Com isso, o piloto americano reforçou a sua liderança, agora com 20.56 minutos sobre o chileno Pablo Quintanilla, que foi quarto na etapa de hoje. 25.39 minutos tem Brabec de vantagem para Toby Price, com Cornejo Florimo bem perto de si, a ameaçar o seu lugar no pódio.

Amanhã é dia de descanso no Dakar, que regressa no domingo, com a etapa entre Riyadh e Wadi al-Dawasir, num total de 546 quilómetros.

Noticias: Brundle estranha opções da Mercedes

A noticia de que Max Verstappen renovou contrato com a Red Bull até 2023 não agradou muito a Martin Brundle. O ex-piloto britânico (Tyrrell, Zakspeed, Brabham, Benetton, Ligier, McLaren e Jordan entre 1984 e 96) afirmou que a politica da Mercedes de deixar escapar talentos como Charles Leclerc e o próprio piloto holandês, revela que ali há uma visão de curto prazo em relação às duplas de pilotos que guiam os Flechas de Prata.

A notícia do Verstappen ter renovado com a Red Bull faz-me pensar o que será que a Mercedes tem planeado a curto-médio prazo. Estava mesmo à espera de que o Verstappen ou o Charles Leclerc fossem parar à Mercedes.”, começou por dizer o comentador, agora com 60 anos de idade.

Acho que a Mercedes vai ter o carro mais equilibrado para os próximos anos, com o domínio que tem tido. Por isso, não sei como nenhum dos dois [Verstappen ou Leclerc] foi para lá. Estas renovações, para as próximas épocas, saíram mais cedo do que eu estava à espera. Pensei que o Verstappen fosse esperar para ver o carro em 2020.”, concluiu.

Apesar de Brundle ter dito isso em relação à politica de contratações da marca, isso poderá também reforçar os rumores de que a marca alemã poderá começar a desinteressar-se pela Formula 1, a favor da Formula E, com o limite de se retirar como construtor, ficando apenas como fabricante de motores. Mas também poderá estar a pensar em arranjar outros bons pilotos como Esteban Ocon e Daniel Ricciardo, já que Valtteri Bottas não é o piloto de ponta que a marca poderá necessitar caso Lewis Hamilton decida abandonar a Formula 1 ou rumar à Ferrari para fechar a sua carreira com chave de ouro.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Porquê é que a industria automóvel ainda não apanhou a Tesla?

Causa sensação por estes dias a noticia de que a Porsche, com o seu modelo Taycan, o seu primeiro modelo elétrico, tem apenas uma autonomia comprovada de 322 quilómetros, bem mais modesto que todos os modelos da Tesla por exemplo. A marca alemã disse a principio que isso não era verdade, e até pediu uma avaliação independente, que confirmou essa distância. Eles afirmavam que a autonomia era maior, de 297 milhas, cerca de 476 quilómetros, e este abaixamento de 154 quilómetros é significativo.

E o mais interessante nisto tudo é que, agora que boa parte da industria automóvel está a lançar os seus primeiros modelos elétricos, é como todos estes construtores não conseguem bater a Tesla, e provavelmente, durante muitos anos não apresentarão aquilo que a imprensa automóvel anda à procura: o "Tesla Killer", ou seja, o carro que iria superar os modelos construídos pela firma de Elon Musk. Especialmente agora, que divulgou o Cyberpunk, o modelo "off-road" que tem uma das suas versões a oferecer uma autonomia de... 800 quilómetros, ou 500 milhas. Mais do dobro que as outras marcas.

(...)

As pessoas que revêm estes carros, nas publicações especializadas, ficaram não só desiludidos com os resultados, como se interrogam o que estas marcas andaram a fazer nesse campo. Se fizeram um carro só para cumprir obrigações - no caso da industria automóvel alemã, ainda no rescaldo do "Dieselgate" - ou então é a tal década que perderam a fazer outras coisas, dando um avanço que provavelmente será definitivo sobre a Tesla, ainda por cima, quando Elon Musk afirmou recentemente que poderão estar a construir uma segunda geração de baterias, mais potentes e mais concentradas em termos de armazenamento de energia e que aguentem mais cargas, fazendo com que durem muito tempo. Algumas... dezenas de anos, provavelmente.

E estes modelos têm outra desvantagem: dois modelos elétricos no mercado, o Nissan Leaf e o Renault Zoe, tem baterias com autonomia ligeiramente superior, e custam muito menos. Um Taycan está à venda por 160 mil dólares, enquanto um Leaf novo tem um preço de 26 mil euros, semelhante ao modelo da marca do losango. Ou seja, se quer um Porsche, é melhor comprar três Nissans e três Renaults. E noticias recentes referem esta última poderá lançar em 2021 o modelo K-ZE, baseado no Kwid, construído na China. Se for através da marca Dacia, e com uma autonomia semelhante, poderá custar menos de 20 mil euros.

Caso tudo isto aconteça, pergunta-se: toda esta gente chegou tarde à corrida ao carro elétrico? E se for isso, eles serão os grandes culpados? E que consequências terão no futuro? (...)

No mundo automóvel, estas marcas têm um nome: "legacy automakers", ou seja, marcas com mais de cem anos de idade. Durante a última década, ao verem-se confrontados com o sucesso de Elon Musk e da sua marca de carros elétricos, tiveram um misto de descrença, desconfiança e falsidade, bem como a resistência à mudança. Até poderiam mudar, desde que fosse nos seus termos. Mas o "Dieselgate" e as pressões dos estados obrigaram-os a colocar no mercado carros híbridos e elétricos, e de uma certa maneira, estão a chegar tarde a esse mercado.

Em 2019, a Tesla construiu a sua primeira fábrica na China e prepara-se para construir a sua primeira fábrica europeia, em Berlim. Está a construir o Model 3 e o Y, os seus carros de meio da tabela, custando cerca de 35 mil euros, o mesmo preço de um Audi A4, Mercedes Classe C e BMW Série 3 e já não falta muito até serem tão eficientes quanto um carro a gasolina ou Diesel. E na Noruega, país produtor de... petróleo, 65 por cento dos carros novos são elétricos. E com a China a querer colocar as suas marcas na Europa e nos Estados Unidos, com tecnologia elétrica e baterias que durem tanto ou mais do que os modelos elétricos da Mercedes, BMW e Audi, ou eles acompanham o passo, ou podem er a sua quota de mercado diminuir bastante e não ter futuro.

É sobre isso que escrevo este mês no Nobres do Grid

Dakar 2020 - Etapa 5 (Al Ula - Ha'il)

A quinta etapa do Dakar este ano viu de novo Carlos Sainz como vencedor e, em consequência, reforçar a sua liderança na prova. O veterano espanhol, bicampeão do mundo de ralis, terminou esta etapa com um avanço de quase três minutos sobre Nasser Al Attiyah, e agora tem um avanço de quase seis (5.59 minutos) sobre o piloto qatari. O francês Stephane Peterhansel foi o terceiro, a seis minutos, e manteve o mesmo posto na geral, agora a 17.53 minutos.

Fernando Alonso foi sétimo na etapa, a 12 minutos e 23 segundos do vencedor, e está na 18ª posição da geral, enquanto Ricardo Porém pode ter capotado com o seu Borgward e acabado por ser rebocado.

Nas motos, o dia ficou marcado pela queda de Sam Sunderland, que o obrigou a abandonar a prova. Em termos de corrida, o grande vencedor foi Toby Price, que a bordo do seu KTM, ficou a 1.12 minutos do chileno Pablo Quintanilla. o americano Andrew Short foi o terceiro, a 2.31 minutos, enquanto Paulo Gonçalves teve outro bom dia, ao ser décimo, a 13.15 minutos do vencedor.

Em termos de geral, Ricky Brabec - que ficou de fora do "top ten" - continua a liderar, agora com Price a aproximar-se, tendo nove minutos e seis segundos de atraso para o comando da prova. Kevin Benavides é terceiro, a 11.32 minutos, na frente de Pablo Quintanilla, a 16.11.

Amanhã, véspera do dia de descanso, os concorrentes farão o percurso entre Ha'il e Riyadh, num total de 477 quilómetros cronometrados.  

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Dakar 2020 - Etapa 4 (Neom-Al Ula)

A quarta etapa do Dakar de 2020 teve Stephane Peterhansel como vencedor, depois de uma luta com Nasser Al Attiyah e Carlos Sainz. O piloto da Peugeot teve uma vantagem de dois minutos e 26 segundos sobre o piloto qatari, mas o líder continua a ser Sainz, que apesar de ter cedido 7.52 minutos, tem um avanço de três minutos e três segundos sobre Al Attiyah. Terceiro é agora Peterhansel, a 11.42 minutos da frente, enquanto Orlando Terranova caiu para quinto.

Fernando Alonso perdeu 26.21 minutos para Peterhansel e terminou na 13ª posição na etapa, enquanto Ricardo Porém ainda não cruzou a meta por alturas deste post, por estar a ajudar Nani Roma, seu companheiro no Borgward, que estava a ter um dia complicado. Estava a perder 42 minutos para os da frente.

No caso das motos, o vencedor do dia era para ser Sam Sunderland, mas uma penalização de cinco minutos o fez atirar para o oitavo posto da etapa, dando a vitória ao chileno Cornejo. Sunderland tinha batido Cornejo por meros onze segundos. Assim sendo, Kevin Benavides foi o segundo, a 35 segundos, e Ross Branch o terceiro, a 55. Paulo Gonçalves foi o quarto no seu Hero, a 2.11 minutos, fazendo a melhor performance da marca indiana no Dakar.

Em termos de geral, Ricky Brabec - quinto na etapa, a 2.48 minutos do vencedor - continua na frente a 2.30 minutos de Benavides. Cornejo é terceiro, a 8.31 minutos, e Toby Price é quarto, a 12.09 minutos.

Amanhã, o Daklar sai de Al Ula e vai para Ha'il, num total de 353 quilómetros cronometrados, mais 211 de ligação. 

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Dakar 2020 - Etapa 3 (Neom-Neom)

A terceira etapa do Dakar, que teve mais de 300 quilómetros de extensão à volta da cidade de Neom, resultou no triunfo de Carlos Sainz, e também no abandono de alguns notáveis, como foi  O espanhol terminou com três minutos e 31 segundos de vantagem sobre o qatari Nasser Al Attiyah. E com o atraso de Orlando Terranova, agora é o espanhol que lidera o Dakar, com uma vantagem de cinco minutos para Al Attiyah e oito minutos para Terranova. 

Quem teve um desempenho notável nesta etapa foi Fernando Alonso, que foi quinto, a 6.14 minutos do vencedor, apesar de ter perdido mais de uma hora e meia na etapa de ontem. Agora, já não tem muito a perder...

Ricardo Porém foi 22º na etapa, perdendo 41,07 minutos para Sainz, e na geral, ele é 17º, a uma hora, 32,46 minutos.

Nas motos, Ricky Brabec foi o melhor, na sua Honda, batendo o chileno Cornejo Florino por 7.43 minutos, com Kevin Benavides a ser o terceiro, a 9.03 minutos, numa tripla da Honda nesta etapa. Paulo Gonçalves teve uma avaria grave na sua mota, perdeu seis horas e retomou a sua viagem. Agora, o melhor português é António Maio, que cruzou a meta na 25ª posição, a 29.13 minutos do vencedor. 

Na geral, Brabec lidera com 4.43 minutos de vantagem sobre Benavides. O terceiro é Matthias Walkner, que está a 6.02 minutos. António Maio é agora o melhor português, sendo 19º, a uma hora, 2,41 minutos.

Amanhã, a caravana do Dakar sai de Neom e ruma a Al-Ula, num total de 453 quilómetros, 223 dos quais em especial de classificação.

Noticias: Chadwick continua na Williams como piloto de desenvolvimento

Campeã na temporada inaugural da W Series, Jamie Chadwick continuará a ser piloto de desenvolvimento da Williams em 2020, concentrado no simulador da marca e acompanhará a equipa em alguns fins de semana da Formula 1, apesar de não ter a Super-Licença.

Contudo, para ela, a Williams é uma oportunidade para poder crescer como piloto e tentar a renoação do título na próxima temporada da competição feminina.

Para ser completamente honesta, a Formula 1 parece mais longe mais longe”, afirmou numa entrevista em Novembro. “Não de uma maneira má, mas de uma maneira realmente refrescante, sinto que sei o que preciso aprender agora nos próximos anos. Eu não vou apressar isso. Preciso de tempo para me desenvolver e, se chegar à Fórmula 1, quero ser a melhor piloto possível para deixar a marca que quero”, concluiu.

Chadwick, de 22 anos, está neste inverno a competir na Formula 3 asiática. Em 2021, irá competir na Extreme E, a competição elétrica de todo o terreno. 

  

Formula 1: Racing Point receia carros lentos

Otmar Szafnauer receia que a nova Formula 1 torne os carros muito lentos. Em declarações à motorsport.com, o diretor técnico da Racing Point afirmou que os carros irão ficar demasiado lentos e até os carros da Formula 2 poderão ter performances semelhantes, se colocarem o teto orçamental antes das novas regras, que entrarão em vigor em 2022:

Se formos seis segundos por volta mais lentos, não é mais Fórmula 1. E podemos chegar ao ponto de temos que desacelerar os Formula 2. [Nessa categoria], 2 milhões de dólares chegam para correr, mas se não tomarmos cuidado em 2021, os carros da Formula 2 nos quais gastamos 2 milhões serão mais rápidos do que nós com os 200 milhões. Há algo errado nisso.”, começou por dizer.

Pessoalmente, eu preferia um tecto orçamental mais baixo. Mas, com isso mais liberdade para desenvolver o carro, como temos hoje. Portanto, se temos um carro com um orçamento mais baixo, os mais inteligentes vencem.

Se temos um design prescritivo, então somos a IndyCar e, se alguém vencer, talvez tenha um piloto, uma equipa de engenharia ou o que for melhor. E não é isso que queremos. Existem outras fórmulas no mundo nestes moldes, e como elas estão?“, interrogou.

Eu concordo com a opinião de [Christian] Horner, que mencionou que deveríamos ter o limite de orçamento antes que as regulamentações mudassem, para que não haja um ano de gastos altos, como será em 2020. Eu teria feito um pouco diferente: primeiro limite de orçamento e só depois novas regras“, concluiu.

As preocupações da Racing Point já foram comentadas por Ross Brawn, que diz não acreditar nos valores referidos por Szafnauer. Contudo, apenas em 2021 é que teremos as respostas a todas as dúvidas colocadas por toda a gente.

Noticias: Verstappen renova até 2023

A Red Bull anunciou esta terça-feira que Max Verstappen renovou até à temporada de 2023. Com esta renovação, de uma certa forma, confiou-se no futuro da equipa, com motor Honda, e fechou-se a possibilidade de uma transferência para outra equipa num futuro próximo. Aos 22 anos de idade, o filho de Jos Verstappen aposta em Milton Keynes para alcançar o título mundial.

Estou muito feliz por ter renovado com a equipa. A Red Bull acreditou em mim e deu-me a oportunidade de começar na Fórmula 1, algo pelo qual sempre fui muito grato.", começou por dizer o piloto holandês. 

"Ao longo dos anos, aproximei-me cada vez mais da equipa e, além da paixão de todos e do desempenho na pista, também é realmente agradável trabalhar com um grupo tão grande de pessoas. A chegada da Honda e o progresso que fizemos nos últimos 12 meses dá-me ainda mais motivação e esperança de que podemos vencer juntos. Eu respeito a maneira como a Red Bull e a Honda trabalham juntas e todos estão a fazer o que podem para termos sucesso. Quero vencer com a Red Bull e nosso objetivo é, é claro, lutar por um campeonato mundial juntos.” concluiu Verstappen.

É uma notícia fantástica para a equipa ter renovado o acordo com Max até a temporada de 2023, inclusive. Com o desafio da regulamentação de 2021, mudanças no horizonte, a continuidade em tantas áreas quanto possível é fundamental. Max provou o seu valor, ele acredita na parceria que estabelecemos com o nosso fornecedor de motores Honda e estamos muito satisfeitos por ter ampliado nosso vinculo com ele.” afirmou o diretor-geral, Christian Horner.

Com Verstappen assegurado, resta à equipa e à Honda darem um conjunto digno desse nome para continuarem na frente e darem vitórias, como ele alcançou por três vezes em 2019.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

A imagem do dia

Sigo desde há um tempo o Ibrar Malik, que escreveu um livro sobre a temporada de 1994, um dos mais controversas e trágicas temporadas da Formula 1. Contudo, hoje escreveu sobre um capitulo dessa temporada pouco falada, mas que aconteceu naquele maldito maio: o acidente que Pedro Lamy teve em Silverstone, durante um teste privado antes do GP de Espanha, em Barcelona. Lamy testava no seu Lotus 107 as modificações que a FIA tinha imposto no rescaldo dos acidentes de Imola e do que tinha acontecido a Karl Wendlinger, nos treinos de quinta-feira no GP do Mónaco.

Malik está agora a escrever um livro sobre os últimos dias da Lotus, primeiro em auto-livro, mais tarde na sua versão em papel, e hoje falou sobre este assunto porque... bem, descobriu o carro. Pertence a um coleccionador, que no inicio de 1995, quando a equipa entrou em liquidação, comprou o chassis, mais uns motores Mugen V10, reconstruiu o carro, e agora o expõe como disposição estática, pois não pode correr por ser demasiado frágil.


Sobre o acidente, que aconteceu alguns dias depois do GP monegasco, a asa traseira simplesmente voou na zona da Bridge onde todos diziam que, se fosse no fim de semana do GP da Grã-Bretanha, o carro poderia ter causado dezenas de feridos - ou pior - entre os espectadores. O primeiro a chegar ao local do acidente foi o seu companheiro de equipa, Johnny Herbert, e depois contou ao jornal The Independent:

Eu seguia Pedro, cerca de 100 metros atrás [dele], quando o carro se despistou. Havia muita poeira e ela simplesmente voou. Parei o carro e pulei para fora, mas no começo não consegui encontrá-lo. Então eu pude ver o chassis no outro lado da cerca. Eu não podia acreditar, ele estava no meio do túnel."


A traseira do carro estava a pegar fogo. Até o capacete estava fumegando. Os comissários de pista logo apareceram e eu os ajudei a apagar o fogo. Eu realmente não queria entrar lá, mas precisava. Eu temi o pior depois do que acontecera recentemente. Ele estava inconsciente quando cheguei a ele, mas ele gradualmente veio a si. Ele estava respirando pesadamente e obviamente sentindo dor. Eles colocaram suas pernas em talas e o levaram ao helicóptero para ser levado ao hospital. Foi tão horrível como os acidentes recentes que tivemos."

Lamy perdeu o resto da temporada e só voltou na segunda metade de 1995, quando correu pela Minardi, enquanto a Lotus entrou em liquidação no inicio desse ano, depois de uma temporada sem pontos. O carro foi pendurado - depois de tirarem as partes damificadas - e foi comprado num leilão por um dos fornecedores da equipa. Foi restaurado e está guardado na sua garagem até aos dias de hoje, recordação dos últimos dias de uma equipa mítica e de tempos inesquecíveis, pelas piores razões.

Noticias: Bob Varsha lida com cancro

Bob Varsha, um dos mais reconhecidos comentadores americanos de automobilismo, anunciou que está a batalhar uma forma agressiva de cancro da próstata. O jornalista de 68 anos disse que por causa disso, irá se concentrar nos tratamentos que terá de seguir nos próximos meses de forma a combater a doença.

Para ajudar nas suas despesas médicas, foi criada uma conta no site GoFundMe.com e o objetio é alcançar os 50 mil dólares. Até agora, cerca de 23 mil já foram alcançados.

Varsha comenta corridas de automobilismo desde meados da década de 80, primeiro na ESPN, depois na Speed Channel. Essencialmente cobriu corridas de Formula 1, as 24 Horas de Le Mans e demais corridas de Endurance. Recentemente, desde 2016, Varsha comentava as provas da Formula E no canal oficial da competição.

Dakar 2020: Etapa 2 (Al Wajh-Neom)

A segunda etapa do Rally Dakar, entre Al Wajh e Neom, no total de 367 quilómetros, deu à Toyota a sua primeira vitória nesta prova. O sul-africano Giniel de Villiers terminou na frente com um avanço de 3.57 minutos sobre o argentino Orlando Terranova. Khalid Al-Qassimi foi o terceiro, a 5.42 minutos, no seu Peugeot. Quanto ao vencedor de ontem, Vaidotas Zala, no seu Mini, ele foi oitavo.

Fernando Alonso perdeu mais de uma hora quando a suspensão do seu Toyota bateu numa pedra e ficou danificada. Ricardo Porém, no seu Borgward, subiu ao 17º posto da geral, a 28 minutos e 16 segundos, depois de ter acabado a etapa no 18º posto, pois sofreu dois furos na etapa.

Na geral, o melhor é agora Terranova, que no seu Mini, tem um avanço de quatro minutos e 43 segundos sobre Carlos Sainz, também num Mini. Nasser Al-Attiyah é terceiro, a seis minutos e sete segundos do líder. Já o lituano Vaidotas Zala, caiu para o quinto posto da geral, a oito minutos e onze segundos da liderança.

Já no campo das motos, o surpreendente vencedor foi Ross Branch, do Botswana, no seu KTM, que venceu com 3.14 minutos de avanço sobre o britânico Sam Sunderland, também num KTM. Pablo Quintanilla foi o terceiro, e Paulo Gonçalves a ser o melhor português, na 12ª posição da geral.

Na geral, Sunderland é agora o líder, com um avanço de um minuto e 18 segundos sobre Quintanilla, e 1.32 sobre o argentino Kevin Benavides. Paulo Gonçalves é 14º, a 13 minutos e 10 segundos.

Amanhã, o Dakar andará às voltas nos arredores de Neom, numa etapa que durará 427 quilómetros em especial cronometrada.     

domingo, 5 de janeiro de 2020

Extreme E: Conhecido o calendário para a nova competição

A nova Extreme E, a competição eletrica idealizada por Alejandro Agag, irá ter o seu inicio dentro de um ano e já divulgou o seu calendário e alguns dos pilotos que paticiparão na competição. Alguns deles são ex-pilotos da Formula E, outros andam no WRX e até teremos Sebastien Ogier, cinco vezes campeão do mundo de ralis.

Um bom campeonato precisa de pilotos talentosos para ter sucesso. Esta lista de pilotos, representando os melhores homens e mulheres das diversas modalidades de alto nível, ilustra a seriedade do Extreme E. É mais um passo importante, enquanto continuamos a desenvolver a categoria.”, disse Alejandro Agag.

Por agora, serão cinco os lugares onde se disputarão a Extreme E. Começa no Lago Rosa, no Senegal - lugar onde a caravana do Dakar costumava chegar - e passa pela Arábia Saudita, Nepal, Gronelândia e acaba em Santarém, no Pará brasileiro. E lá estarão todos os cenários: deserto, gelo, montanha.

Eis o calendário:

22-24 janeiro: Lago Rosa (Senegal)
4-6 março: Al-Sharraan (Arábia Saudita)
6-8 maio: Kali Gandaki Valley (Nepal)
27-29 agosto: Kangerlussuaq (Gronelândia)
29-31 outubro: Santarém do Pará (Brasil)

Dakar 2020 - Dia 1 (Jeddah-Al Wajh)

No primeiro dia do Dakar em terras sauditas, entre Jeddah e Al Wajh, é um lituano que lidera a competição em carros, a bordo de uma Mini, enquanto nas motos, Toby Price continuou no mesmo lugar onde tinha acabado na edição passada, saindo vencedor de uma etapa que ligou 


Nos automóveis, o lituano Vaidotas Zala foi o melhor, conseguindo superar de modo surpreendente Stephane Petershansel por 2.14 minutos, enquanto Carlos Sainz foi o terceiro, a 2.50. Nasser Al Attiyah, o piloto qatari, dominou boa parte da etapa, mas um furo o fez cair para o quinto posto, perdendo 5.33 minutos. 

No final da etapa, ele mostrava-se eufórico com um resultado inesperado. 



"Estou muito feliz por pilotar este MINI, pois nunca teríamos alcançado este resultado nos nossos carros anteriores”, começou por dizer à chegada, de modo entusiasmado. “Notei imediatamente a diferença nos primeiros quilómetros da etapa. Não foi fácil, mas conseguimos evitar os furos, mas eu nunca esperei um resultado tão bom”.

Uma boa surpresa foi o décimo posto de Fernando Alonso, apesar de ter sofrido um furo. Já Ricardo Porém, foi 23º na etapa, a 39.18 minutos do vencedor. 

No lado das motos, o melhor foi Toby Price, na sua KTM. Price, o vencedor no ano passado, em terras peruanas, bateu o americano Ricky Brabec, com uma diferença de 2.05 minutos, enquanto Matthias Walkner foi o terceiro, a 2.40. 

Foi um dia difícil, mas correu bem. Fiquei sem o meu roadbook depois de apenas 15 quilómetros, por isso foi estranho. De certa forma, tive muita sorte porque consegui seguir um pouco de poeira e acompanhar os outros pilotos. Uma vez que o livro de estradas se foi, estive praticamente a conduzir às cegas. Não é o melhor começo, mas ainda há um longo caminho pela frente. Estou em boa forma, sinto-me bem na moto e estou feliz por isso”, disse Price, na chegada.

Paulo Gonçalves foi o melhor dos portugueses, chegando na 14ª posição da geral.

O Dakar prossegue amanha, com a realização da segunda etapa, entre Al Wajh e Neom.