sábado, 6 de abril de 2013

Sobre o Fafe Rally Sprint

Estive a ver esta tarde o Fafe Rally Sprint na TV. Graças à RTP e o seu indispensável serviço público de televisão, assisti ao espectáculo de ver milhares de pessoas, debaixo de um sol de primavera, a apoiar os pilotos que faziam a zona de Confurco e o salto de Fafe-Lameirinha, naquele troço de "sprint" de pouco mais de três quilómetros, mais do que suficiente para fazer alegrar os apaixonados de ralis. E um desses apaixonados por rali que estava presente era Jean Todt, o presidente da FIA.

Foi agradável ver os portugueses, ver o Robert Kubica a saltar em Fafe. Vi o Anders Mikkelsen (mas não o Jari-Matti Latvala) e vi os pilotos da Ford como o Mads Ostberg e o Nasser Al-Attiyah (e o espectacular Thierry Neuville, que provavelmente deu o salto mais longo do dia), mas no final, o melhor foi Dani Sordo, no seu Citroen, onde conseguiu ser melhor do que Mikko Hirvonen.

Mas a melhor noticia foi dada por Carlos Barbosa, o presidente do Automóvel Clube de Portugal: que o Rali de Portugal voltará em 2014 a lugares como Arganil e Fafe. Bem sei que foram nesses lugares onde a reputação do rali foi consolidada, mas pelo que conheço do Rali, este sempre foi uma grande volta a Portugal, fosse por Montejunto, fosse por Figueiró, a Cabreira, etc... sempre foi no Norte e Centro do país que eles fizeram com que este rali ganhasse a reputação de ser um dos melhores do mundo, um clássico do qual não pode ser removido do calendário, como o Monte Carlo ou a Finlândia.

Vamos a ver como será organizado esse rali. Contudo, provavelmente, esta poderá ser a última vez que veremos um Fafe Rally Sprint, porque afinal de contas, uma das razões pelo qual ele foi feito era para lembrar que haviam melhores lugares do que as classificativas algarvias. De uma certa forma, o Fafe Rally Sprint foi vitima do seu próprio sucesso...

Semana que vêm, o WRC vai voltar à estrada, em paragens portuguesas.

O começo da temporada de Félix da Costa, visto pelo jornal i

No dia em que começa a World Series by Renault, e no ano que é decisivo para António Félix da Costa para ver se consegue caminhar para a Formula 1, entrando naquela que é a equipa mais competitiva, a Red Bull, ou então na equipa secundária, a Toro Rosso, o jornal português i decidiu fazer uma matéria para mostrar o dia-a-dia do piloto de Cascais, e o que ele tem feito para se adaptar à equipa dos energéticos. Um artigo assinado por Rui Catalão mostra tudo isso e algo mais, incluindo a sua opinião sobre o que aconteceu no GP da Malásia, entre Sebastian Vettel e Mark Webber.

FÉLIX DA COSTA. A LINHA TÉNUE QUE O SEPARA DA FORMULA 1 

Por Rui Catalão, publicado em 6 Abr 2013 - 12:01 | Actualizado há 6 horas 42 minutos 


Época nas World Series by Renault começa hoje em Monza. Português é favorito ao título. Se mostrar resultados, em 2014 vai estar na F1 

São duas da tarde em Melbourne quando chega ao fim a primeira sessão de treinos livres da época na Fórmula 1. Sebastian Vettel é o mais rápido, 0,078 segundos à frente de Felipe Massa. O tricampeão do mundo em título começa a mostrar o que o RB9 tem guardado para 2013. Mas o trabalho não está todo à vista. Enquanto Vettel faz os primeiros quilómetros na Austrália, há uma equipa inteira a trabalhar em simultâneo em Milton Keynes (Inglaterra), na fábrica da Red Bull. 

É lá que está António Félix da Costa. Como o grande prémio acontece na outra ponta do mundo, num fuso horário distante, o piloto português entra ao serviço durante a noite. “Estamos em contacto com a equipa por videoconferência e experimentamos várias soluções de afinação no simulador”, conta ao i. 

A mudança para Inglaterra, o ano passado, faz parte do plano de Félix da Costa para saltar para a F1 em 2014. Em Milton Keynes, está perto de tudo o que lhe é essencial nesta altura. Por um lado, contribui para a evolução da Red Bull e aprende. “Tem-me feito perceber em pormenor como funciona um Fórmula 1 e isso prepara-me para o futuro.” Ao mesmo tempo, vive o dia-a-dia da Arden Caterham, equipa com a qual compete nas World Series by Renault 3.5 esta época. 

Este campeonato funciona como estágio para os pilotos da Junior Team da Red Bull. Vettel passou por aqui em 2006 e 2007. Daniel Ricciardo e Jean-Éric Vergne, dupla da Toro Rosso (a segunda equipa da marca), também cumpriram nesta categoria a última fase da preparação para a F1. Agora é esse caminho que Félix da Costa segue. 

Em 2012, o piloto de 21 anos fez apenas dois terços da época nas World Series, uma oportunidade que surgiu com a entrada no programa da Red Bull. Mesmo assim, venceu quatro das últimas cinco corridas (ao todo eram 17) e acabou em quarto. Se só contassem os pontos a partir do momento em que se juntou ao campeonato, teria levado o título à vontade. Com testes de pré-época e a competir aqui a tempo inteiro, as expectativas para 2013 estão no topo. 

O meu objectivo é vencer o campeonato. As regras são simples: com bons resultados entro na Fórmula 1 em 2014. Por isso estou centrado em fazer uma temporada em grande e entrar com o pé direito na F1”, explica Félix da Costa. A pressão para mostrar serviço está mais elevada que nunca. Christian Horner, patrão da Red Bull, é também o dono da Arden e segue-o de perto; Helmut Marko, consultor com grande influência em toda a estrutura, põe os níveis de exigência no máximo. “Tem objectivos a cumprir. Com ele não existem segundas oportunidades”, diz o português. “Estou na fila, a dar o meu melhor, para mostrar ao Dr. Marko que posso ser uma opção bem válida para qualquer das equipas que comanda na Fórmula 1.” 

O último grande prémio, na Malásia, gerou mais um conflito entre Vettel e Mark Webber dentro da Red Bull. A relação entre os dois já não era a melhor e degradou-se ainda mais quando o alemão ignorou as indicações de Horner (manter o segundo lugar) e do colega de equipa (líder da corrida). Vettel ganhou, mas até onde pode ir um piloto para lutar por uma vitória? Félix da Costa responde: “Pode ir da primeira à última volta, desde que respeite os seus adversários ou as decisões da equipa, pois não deixa de ser empregado da equipa.” 

Este episódio torna ainda mais provável a saída de Webber no final da época, o que libertará um lugar dentro da estrutura da Red Bull. Uma das hipóteses mais faladas é a subida de Ricciardo à equipa principal e a entrada de Félix da Costa na Toro Rosso - pela qual pode ainda vir a fazer alguns treinos livres à sexta-feira. De resto, depois de ter conduzido os três carros campeões do mundo (entre 2010 e 2012), o português revela ao i que também já experimentou o novo RB9, num teste aerodinâmico. 

A época das World Series arranca este fim-de-semana em Monza com as primeiras duas (de 17) corridas. E o Dallara Renault da Arden Caterham está quase no ponto. “De zero a 20, diria que temos um 19.” Muitas das características são idênticas à de um F1, com DRS, travões de carbono e grande carga aerodinâmica. Aliás, os tempos mais rápidos de um monolugar destes aproximam-se dos mais lentos de um Fórmula 1 - a diferença vem sobretudo do peso e da potência. 

Se há pouco a separar os carros das duas categorias, haverá ainda menos entre Félix da Costa e a F1. E essa linha tem tudo para ficar ainda mais ténue a partir de hoje.

WSR: Vandoorne vence Monza, Félix da Costa abandona com furo

A primeira corrida do World Series by Renault, em Monza, confirmou que o belga Stoffel Vandoorne é um piloto a ser observado nesta competição este ano, ao vencer a corrida com à vontade, e beneficiando do furo que tirou fora da corrida o português António Félix da Costa, quando estava no segundo lugar e a aproximar-se de Vandoorne.

A corrida começou normal, com Vandoorne a liderar, seguido por Stevens e o russo Nicolai Martsenko. Félix da Costa não teve uma boa partida, caindo para quinto e perdendo algum tempo até se livrar do suiço Christopher Zanella. A partir dali, foi em perseguição de Will Stevens, que estava a perseguir Martsenko, até que os dois se colidiram, beneficiando o piloto português.

Por esta altura, Vandoorne já se distanciava do resto do pelotão, mas Félix da Costa já começava a apanhar o piloto belga da Fortec, conseguindo reduzir a distância para 5.5 segundos, quando na 13º volta, o pneu traseiro esquerdo rebenta e é obrigado a abandonar. Vandoorne, sem mais adversários, acabou por vencer a corrida sem problemas, com o dinamarquês Kevin Magnussen no segundo posto e o suiço Christopher Zanella a ocupar o lugar mais baixo do pódio, na frente do britânico Oliver Webb e do holandês Nigel Melker. O francês Arthur Pic foi sexto, depois de partir de 22º.

Amanhã tem lugar a segunda corrida do campeonato.

50 anos de 911, homenageados pela Porsche GT3 Cup

O pessoal da Porsche GT3 Cup brasileira anda neste fim de semana em Portimão para mais uma etapa da competição, que ao longo dos últimos anos tem vindo a ganhar reconhecimento internacional - este ano é uma prova reconhecida pela FIA - e eles decidiram homenagear a máquina que faz mover a competição, o 911, que comemora os 50 anos da sua produção.

Assim sendo, decidiram expôr-se no paddock do Autódromo Internacional do Algarve para umas fotografias aéreas no sentido de comemorar o feito. O resultado final é uma série de fotografias aéreas como esta, e ficou muito bom.

Para complementar, eis uma entrevista que o meu colega Gonçalo Sousa Cabral, do 16 Valvulas, fez hoje ao Luiz Alberto Pandini, o porta-voz da organização. A entrevista, podem ver e ouvir aqui.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Youtube Video Ride: Alexander Rossi, Lotus 49, Circuito das Américas


Este domingo, passarão 45 anos sobre o acidente mortal de Jim Clark, considerado como o melhor piloto dos anos 60 e um dos melhores da história do automobilismo, pela sua versatilidade. E como o piloto escocês foi sempre fiel à Lotus, ele teve a oportunidade de competir no modelo 49, que lhe deu a sua última vitória na competição, em janeiro de 1968, no circuito sul-africano de Kyalami.

Este mês, a revista americana Road & Track decidiu convidar o piloto Alexander Rossi, da Caterham, provavelmente a melhor esperança dos americanos volarem a ter um dos seus na Formula 1, para dar algumas voltas a bordo do modelo 49 na pista de Austin, no Circuito das Américas. O video, colocado no capacete do piloto, mostra como é guiar naquele carro que, entre outros, foi pilotado por nomes como Jo Siffert, Jochen Rindt, Graham Hill e em 1970, Emerson Fittipaldi

Vi isto graças ao Humberto Corradi, do F1 Corradi. Apreciem a viagem. 

Noticias: Ecclestone está descansado em relação ao Bahrein

Bernie Ecclestone confia que as cosas no Bahrein irão estar calmas e as autoridades barenitas irão assegurar a segurança dos integrantes da Formula 1, ou seja, pilotos, mecânicos e engenheiros, entre outros. Em entrevista à Reuters, ele garante que as coisas nessa ilha andam calmas: "Não tive qualquer relato negativo vindo de lá", começou por comentar.

"Um habitante local disse me ontem que tudo estava a decorrer com normalidade. Está tudo a ser montado sem problemas e existe um esforço desde o topo para que não haja problemas de maior", apoiou.

Ecclestone afirmou também que irá estar presente no Bahrein, quando a corrida acontecer, a 21 de abril. Recorde-se que a Formula 1 vai à pequena ilha do Golfo no meio de uma agitação social que dura há dois anos e que implicou o cancelamento da edição de 2011. 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Enquanto isso, no Nobres do Grid...


(...) No final, Vettel pediu desculpas a Webber e à equipa, mas comprou uma guerra com o australiano e criou um embaraço dentro da equipa. Mas ele fez cair a máscara da “igualdade” que os energéticos muito gostavam de afirmar aos quatro ventos. Daí a resposta irónica de Fernando Alonso no Twitter, após a corrida: “Tive pena de não ter estado no pódio. Nós na Ferrari nós resolvemos esses problemas há algum tempo”. Sim, sabemos na Scuderia quem é o cavaleiro e o escudeiro…

Em suma, tudo se resume ao velho dualismo entre o bem maior da equipa e o egoísmo do piloto. Sobre isso, o veterano jornalista britânico Gerald Donaldson colocou no seu blog, F1 Speedwriter, uma citação de Ron Dennis, onde afirma: “Todos nós temos um intenso desejo de vencer, e esses desejos colocam-te [como director de equipa] numa situação complexa, pois traz o melhor e o pior dos indivíduos. Se conseguires encontrar as suas fraquezas, nós como equipa, poderemos compensá-lo. Daí a razão para ter uma grande estrutura atrás dele: tem a ver com o apoio da equipa ao piloto através dos mecânicos e dos engenheiros”.

Mas também há outra razão para toda esta agitação, mais profunda e do domínio psicológico: começa a existir uma certa aversão a Vettel. Por vencer constantemente, por exibir o seu contentamento quando vence – o famoso dedo indicador esticado – e por ser alemão. No último caso, as pessoas lembram-se do que foi a Formula 1 sobre o domínio de Michael Schumacher, que venceu constantemente e cometeu algumas manobras fora da lei, como em Melbourne 1994 e Jerez, em 1997. Vi muitas imagens jocosas ao longo deste dia que o colocam Vettel lado a lado com Schumacher, e de uma certa maneira começa a acumular-se um certo ódio a Vettel. 

E isto tudo fez lembrar-me a confusão que foi no último GP do Brasil e a famosa manobra da Curva 3, onde muitos juraram a pés juntos que ele tinha passado sob bandeiras amarelas, porque estavam a ver o indicador no carro, quando depois foi mostrado que havia um comissário de pista a mostrar bandeira verde naquela curva. No fundo e no final, as pessoas já estão fartas de ver o alemão a vencer porque querem ver Alonso, ou Hamilton, ou outro piloto a ganhar. Não tem a ver com as manobras dele ou se ele é leal ou não. Apenas querem ver Vettel perder, porque estão fartos de o ver ganhar." (...)

Como sabem, o resultado do GP da Malásia deu pano para mangas, e muitos decidiram que Sebastian Vettel era o mau da fita neste caso, por ter desrespeitado as ordens de equipa e ter ido para cima de Mark Webber, com o objetivo de ganhar o GP da Malásia. No dia a seguir, escrevi este artigo para entregar ao responsável pelo site "Nobres do Grid", para tentar explicar as razões pelos quais houve uma tamanha aversão a Vettel, apesar de ter sido Mark Webber quem fez as manobras mais intimidantes. E claro, nesta coisa, descobrem-se algumas verdades inconvenientes...

O artigo está publicado há alguns dias, mas caso ainda não o leram, estão convidados a aparecer no site e ler o resto.

WRC: Doente, Ogier falha Fafe Rally Sprint

Sebastien Ogier não vai este fim de semana a Fafe para participar na prova de abertura do Rali de Portugal por motivos de saúde. O francês da Volkswagen, lider do campeonato do mundo deste ano, decidiu ficar alguns dias em repouso para estar em melhor forma para o Rali de Portugal, que começa dia 11.

Infelizmente fui atacado por um vírus de gripe, o que levou o meu médico a insistir que me retirasse. Gostava mesmo de participar neste evento único, mas os meus compromissos no Campeonato do Mundo de Ralis são prioritários. Espero que os fãs o compreendam”, afirmou o piloto francês.

Assim sendo, muito provavelmente a Volkswagen estará presente em Fafge apenas com o finlandês Jari-Matti Latvala ao volante.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

WRC: Hanninen de fora, pode estar a caminho da Hyundai

Soube-se hoje que Juho Hanninen não irá participar no Rali de Portugal pela Qatar M-Sport. O piloto finlandês de 31 anos, campeão do IRC em 2010 e do SWRC em 2011, invocou "razões pessoais" pela ausência - depois de ter participado em Monte Carlo e na Suécia - e vai ser substituído pelo holandês Dennis Kuipers. O mais interessante é que esta ausência poderá fazer parte de algo maior. 

É que desde a semana passada que se fala pelos lados da Finlândia que Hanninen, bem como o seu compatriota Jari Ketomaa, que poderão ser os pilotos que ajudarão a desenvolver o Hyundai i20 de WRC que estará na estrada a partir de 2014. Aparentemente, para os lados da construtora coreana, foi-lhe oferecido um lugar no projeto, bem como o lugar de titular para a próxima temporada, ele que nunca fez uma temporada completa com um carro oficial.

Quanto a Ketomaa, de 33 anos, também nunca teve envolvido em nenhum projeto oficial, e no ano passado esteve presente em quatro ralis com o Ford Fiesta WRC, tendo como melhor resultado um oitavo lugar no Rali da Finlândia. Resta esperar por mais novidades do projeto coreano.

WSR: A antevisão da temporada e as aspirações de Félix da Costa ao título

Este fim de semana, no Autódromo de Monza, vai começar a World Series by Renault, uma das categorias de acesso da Formula 1. Uma categoria que nos últimos anos tem ganho maior interesse por dois motivos: um geral, pois os custos baixos - cerca de um milhão de dólares por temporada - e o facto de ser uma competição essencialmente europeia faz com que os pilotos sejam atraídos para lá, em vez da GP2, o que faz com que o cartaz seja bastante atraente.

E o segundo motivo, este mais nacional, prede-se com o facto de António Félix da Costa ter este ano uma real oportunidade de disputar - e alcançar - o título da categoria, depois de Álvaro Parente ter alcançado em 2007, ao serviço da equipa Tech 1. E muitos olhos estão em Félix da Costa, que apareceu a meio da temporada passada e conseguiu quatro vitórias nas últimas cinco rondas do campeonato  acabando no quarto lugar do campeonato, não muito longe do campeão, o holandês Robin Frijns, e do francês Jules Bianchi, que este ano está a defender as cores da Marussia na Formula 1.   

O piloto português antevê uma época bastante competitiva, mas não esconde que o seu objectivo passa por “lutar pelo título, mesmo tendo em conta o nível da concorrência, temos reunidas as condições para lutar pelo campeonato e começar já em Monza da melhor forma. A equipa está com muita vontade de vencer, temos uma base de afinação do carro muito equilibrada e a sintonia com o meu engenheiro Chris Gorne é perfeita”, salientou o piloto.

Félix da Costa, que é piloto da Red Bull Junior Team, continuará na Arden Caterham, ao lado do brasileiro Pedro Fantin, naquela que poderá ser a dupla mais interessante de se ver nesta temporada, mas existem outros nomes a ser observados. Um deles é o "rookie" belga Stoffel Vandoorne, da Fortec, que nos últimos testes tem vindo a aparecer no topo das tabelas de tempos. Outro piloto a seguir é o russo Serguey Sirotkin, da ISR, que aos 17 anos, já tem experiência de monolugares, nomeadamente na AutoGP, onde venceu duas corridas e acabou no terceiro lugar do campeonato.

Houve também alguns pilotos que vieram da GP2 e da GP3 para tentarem a sua sorte nesta competição. O holandês Nigel Melker, da Tech 1, está no primeiro caso, enquanto que o filipino Marlon Stockinger e o finlandês Mathias Laine vêm do segundo caso. Até tem pilotos que vieram da Indy Lights (o britânico Oliver Webb) e da Formula 2, como o suiço Christopher Zanella.

A primeira corrida vai ser no sábado à tarde, enquanto que a segunda corrida será no domingo. 

Rumor do dia: Toyota pode regressar à Formula 1

A Toyota poderá regressar à Formula 1 a partir de 2014 como fornecedora de motores e debaixo do nome Lexus. A noticia aparece hoje no site Motor4, do jornalista brasileiro Sergio Quintanilha, onde afirma que, com base nas informações de um forum, o Clube Lexus, a direção a marca já tomou a decisão de voltar, quatro anos depois da marca abandonar a competição.

A ideia da Toyota regressar sobre a marca Lexus tem a ver com o exemplo da Red Bull, que explora a marca Infiniti, que faz parte da Nissan, que por sua vez, faz parte do universo da Renault. Quer a Lexus, quer a Infiniti são marcas de luxo de ambos os grupos, que são vendidos nos Estados Unidos e que particularmente  exploram a tecnologia híbrida. Algo que poderá interessar à Formula 1 , graças ao sistema de recuperação de energia, o KERS, implementado em 2009.

Ainda não há confirmação oficial, nem se sabe com que equipa é que iria alinhar, mas a acontecer, seria o segundo construtor japonês a regressar, depois da Honda, que está a trabalhar com a McLaren no sentido do seu regresso em 2015, com um motor 1.6 Turbo.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Uma amostra do ensaio de Tamara Ecclestone

Vai ser algures este mês, mas a Playboy americana já difundiu a primeira imagem do ensaio de Tamara Ecclestone, a filha mais "mediatica" do "anãozinho tenebroso", o octogenário Bernie Ecclestone

O ensaio aparecerá na edição de maio, mas pelos vistos, como diz na legenda do site brasileiro Grande Prêmio: "Tamara não se preocupou em esconder o difusor duplo".

Legendário, para dizer o mínimo.  

Youtube Record Attempt: Este é o carro mais veloz do mundo


O Hennessey Venom GT não é mais do que um Lotus Exige modificado, mas as modificações foram tantas que ganhou o direito a ser um modelo por si mesmo. Lançado em 2010 pela preparadora americana, tem um motor V8 de 7 litros, twin turbo, tem uma caixa de velocidades Ricardo de seis velocidades, produzindo ao todo 1244 cavalos. Será limitado a dez modelos por ano. 

Com uma tamanha potência, e com um provável baixo peso, como é apanágio da marca fundada por Colin Chapman, a marca estava confiante de que poderia alcançar - senão ultrapassar - o recorde do mais veloz carro de produção, que pertencia ao Bugatti Veyron: 427 km/hora. Dito... e feito. A 9 de fevereiro desde ano, na Base Aérea Naval de Leomore, na Califórnia, um Hennessey esteve presente e alcançou essa marca... em apenas duas milhas (3200 metros), metade do que a Bugatti precisa para chegar a essa velocidade.

Apesar do carro ter feito 427,6 km/hora, e de ser um pouco inferior ao Bugatti Veyron SS, o tal que James May acelerou no Top Gear, este carro da Hennessey não tem limitador, logo, eles pretendem fazer nova tentativa em breve, para ver todo o potencial que o carro pode tirar. De repente, metas como os 450 km/hora parecem ser alcançáveis...

O piloto do dia - Fabrizio Barbazza

Existe uma boa razão porque deixei escapar uma biografia deste piloto: é que faz anos no mesmo dia que uma lenda do automobilismo chamada Jack Brabham. E este ano, tenho uma boa razão para fazer a biografia dele, era porque faz hoje precisamente 50 anos. Assim sendo, acho que é a melhor altura de se escrever sobre um piloto italiano que teve sucesso num lugar improvável, e que com isso conseguiu entrar na Formula 1. E cuja carreira no automobilismo teve um final abrupto devido a um acidente, mas que sobreviveu para contar a sua história. Assim sendo, hoje falo de Fabrizio Barbazza.

Nascido a 2 de abril de 1963 em Monza, a sua carreira começou cedo, no motocross. Aos 19 anos, em 1982, mudou-se para os monolugares, correndo na Formula Monza. No ano seguinte, mudou-se para a Formula 3 italiana, onde após uma temporada de adaptação, acabou no sexto lugar na temporada de 1984. Em 1985, acabou por vencer quatro provas, para terminar o ano no terceiro lugar da competição. Apesar de ser altamente competitivo, não encontrou oportunidades para correr na Formula 3000. Assim, tomou a decisão de se mudar para os Estados Unidos, correndo na Indy Lights.

Chegado lá para a temporada de 1986 para correr na Arciero Racing, adaptou-se facilmente. Tão facilmente que foi campeão da categoria, conseguindo cinco vitórias e mais dois pódios. No ano seguinte, subiu para a categoria principal, pela mesma Arciero, onde após um inicio complicado, surpreendeu toda a gente ao ser terceiro classificado nas 500 Milhas de Indianápolis. Tanto que ele se tornou no "Rookie do Ano" nessa competição, e demonstrando que por lá, para além do seu compatriota Teo Fabi, havia mais bons pilotos italianos. O carro nem sempre colaborou, mas no final do ano, conseguiu o 12º posto, com um quarto lugar em Portland como bom resultado.

Assim sendo, decidiu regressar à Europa, para correr na Formula 3000, mas nessa altura, a competição era acirrada, com grelhas com mais de 40 carros, onde não-qualificar era tão fácil como alcançar um lugar no "top ten". As três primeiras corridas pela Pavesi Racing foram um fracasso: duas não-qualificações e um 11º posto em Silverstone. Mudou-se para a Genoa Racing - a equipa que tinha sido de Ivan Capelli - e não foi bastante melhor. Em 1989 mudou-se de novo para os Estados Unidos, onde não foi melor do que um oitavo lugar em Toronto, e também se mudou para o Japão, para correr na Formula 3000 local, mas não teve melhor sorte: apenas um ponto e um 17º posto na geral.

Em 1990, regressa à Europa para correr na Crypton Racing, onde consegue os seus primeiros - e unicos pontos - na corrida de Monza, terminando-a no quarto posto. Ainda começa a temporada de 1991, mas apenas cumpre uma corrida, antes de dar o salto para a Formula 1.

A oportunidade surgiu inesperadamente quando a AGS procurava um substituto para o sueco Stefan Johansson, que após oito temporadas, decidiu abandonar de vez a Formula 1, não querendo arrastar-se mais para o final do pelotão, depois de passagens pela Onyx e Arrows. Barbazza aproveitou a oportunidade a partir do terceiro Grande Prémio do ano, em Imola, mas a equipa estava no seu estretor final, com um chassis absolutamente geriátrico. As não-qualificações acumularam-se até à Grã-Bretanha, altura em que a equipa foi obrigada a fazer as pré-qualificações. Nem aí, Barbazza conseguiu a passagem para a fase seguinte, quase nunca conseguindo superar o seu companheiro de equipa, Gabriele Tarquini. Após o GP de Espanha, em Barcelona, a AGS fechou portas e Barbazza ficou sem volante.

Assim sendo, em 1992, atravessa de novo o Atlântico para participar na CART, de novo pela Arciero Racing. Começa razoavelmente, mas falha a qualificação para as 500 Milhas de Indianápolis, que nesse ano se tornara nas mais mortiferas em dez anos, com o acidente grave de Nelson Piquet e o acidente mortal do filipino Jovy Marcelo.

Não correu mais nessa temporada, mas em 1993 faz um inesperado regresso à Formula 1, ao correr pela Minardi, ao lado do brasileiro Christian Fittipaldi. A temporada começa com retiradas na Africa do Sul (um colisão com Aguri Suzuki na volta 22) e no Brasil (outra colisão, com Martin Brundle, na volta inicial), mas em Donington Park, consegue fazer uma grande corrida e termina no sexto lugar, conseguindo o seu primeiro ponto da sua carreira. E repetirá o feito na corrida seguinte, em San Marino, com outro sexto lugar.

Será um ano onde a equipa vai conseguir a maior quantidade de pontos até então, sete, mas Barbazza só tem dinheiro até o meio do ano, pois é substituido por Pierluigi Martini, julgando que este iria ser melhor do que Barbazza. Martini nunca pontuou nessa temporada.

A sua carreira na Formula 1: 20 Grandes Prémios em duas temporadas (1991, 1993) e dois pontos.

A partir daqui, Barbazza tem mais uma oportunidade para competir, e vai ser na IMSA Series americana, pois ele passa o tempo a desenhar um novo sistema de absorção de impactos. Em 1995, vai guiar em Ferrari 333SP da Euromotorsports team, onde é oitavo em Datyona e 22º em Sebring.

Mas na etapa de Road Atlanta vai ser o desastre. A 30 de abril daquele ano, Barbazza corria no seu Ferrari quando viu dois Porsches na pista, que tinham acabado de sofrer uma colisão. Ele fez um pião para evitá-los, mas ficou parado no meio da pista. Instantes depois, o Oldsmobile de Jeremy Dale bateu no seu carro em cheio, a 160 km/hora, ferindo gravemente Barbazza na cabeça e no peito. Levado para o hospital em coma, demorou mais de um ano para recuperar totalmente dos seus ferimentos, e não correu mais em termos competitivos.

A partir daí dedicou-se a desenhar barreiras de proteção e a construir uma pista de go-kart em Monza, antes de se mudar para Cuba, onde trabalha num hotel em Vila Clara. Mas não esqueceu do automobilismo, pois construiu uma pista de karting por lá. 

Vimeo Car Chase: Porsche vs BMW? Só na TV



Nunca fui fã do "Alerta Cobra", a série policial alemã em que todos os episódios tem de ter uma perseguição policial numa "Autobahn" qualquer e que faz explodir carros como se não existisse o amanhã. Na realidade, é uma bosta... mas enfim.

A razão porque me lembrei dessa coisa é porque num dos episódios eles conseguiram colocar... dois ícones do automobilismo dos anos 70: um Porsche 917 e um BMW M1. Aparentemente, existe um episódio onde há um tiroteio num museu de automóveis em Dusseldorf, e um dos ladrões foge a bordo de um Porsche 917K, parecido com um dos que foi guiado por Jo Siffert e Pedro Rodriguez em 1970-71, enquanto que o policia pega num BMW M1 usado em 1979 para aquela corrida de suporte dos GP's de Formula 1. 

Vá lá, nenhum dos carros é destruido. Mesmo que fossem réplicas, para mim é um alivio ver aqueles dois carros inteiros.

Esta vi no Jalopnik.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Formula 1 e os perigos da geopolitica asiática

Apesar de ter escrito no Primeiro de Abril, este não é um assunto do qual possamos brincar por estes dias.  Sou grande fã de automobilismo, mas também adoro seguir a geopolitica internacional. E quem acompanha as noticias por estes dias, sabe que se vivem momentos de tensão em certas partes do continente asiático, especialmente quando temos uma imprevisibilidade chamada Kim Jong-un, o jovem líder da Coreia do Norte.

É certo que a Formula 1, e Bernie Ecclestone em particular não lhe interessa nada disso. O dinheiro que ele pede para que esses países possam acolher o Mundial é o único fator determinante, logo, temos a competição a rolar por países como o Bahrein, por exemplo. Que como sabem, desde 2011 vive uma agitação social entre a maioria xiita e a minoria sunita, do qual faz parte a família real. Tem havido centenas de prisões, alguma repressão, mas as coisas andaram calmas nos últimos tempos. Ou se preferirem, as manifestações não tem acontecido com tanta frequência.

Contudo, faltam agora 21 dias para o Grande Prémio e os ativistas decidiram aumentar a intensidade das manifestações, com um único alvo em em mente: o Grande Prémio. Toda a gente sabe que essa é a única manifestação que coloca a pequena ilha do Golfo Pérsico nas bocas do mundo, e como se vê desde 2011, o problema não foi resolvido. Os receios de que isto poderá ficar ainda mais violento são grandes, mas nem a Formula 1 - que ganha cerca de 45 milhões de dólares por ir lá - nem as autoridades desejam que isto seja perturbado, apesar de todos no meio (mecânicos, engenheiros e patrocinadores) estarem no mínimo  assustados. Afinal de contas, estão a lidar com uma pessoa que nos anos 70 e 80, levava a Formula 1 a uma Africa do Sul em pleno "apartheid", onde havia um forte boicote desportivo. Até o rugby, o desporto nacional daquele país, já não jogava mais em terras sul-africanas graças às pressões internacionais para o boicote. Acabou por ser em 1985 que a Formula 1 cedeu, depois de uma corrida atribulada.

Claro, muito provavelmente a Formula 1 acabará por correr no Bahrein. Eventualmente, o exército mobilizará a sua tropa e o local do circuito será isolado do resto do país, provavelmente, para garantir a segurança de toda a gente e evitar perturbações durante o fim de semana da corrida. As autoridades podem - e têm poder - para fazer com que a corrida aconteça "à porta fechada". Mas mesmo que a Formula 1 diga que não é politica e não quer saber da politica, mesmo que haja pessoas que protestem pelo facto da politica externa se interfira na Formula 1, não se consegue fugir dela. E claro, a cada ano que passa em que o pelotão da Formula 1 vai ao Bahrein, lentamente a sua reputação sofrerá uma erosão. A sua capacidade de atrair novos patrocinadores será mais complicada, pois passará a ideia de que a Formula 1 irá a qualquer lugar, desde que paguem o que está combinado, e provavelmente, poderá danar a reputação do automobilismo e afugentar mais patrocinadores.

Mas para além disso, pode haver outros problemas no horizonte. As tensões nas últimas semanas na península coreana têm sido mais altas do que o costume, devido ao facto de o novo lider da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ter anunciado que tinha rompido o armistício com a Coreia do Sul, ativo desde 1953 e declarado o estado de guerra entre ambas as Coreias, algo que já tem a acumular desde o final do ano passado, com o lançamento do foguetão balistico e a realização de mais um ensaio nuclear, o terceiro.  

Muitos dizem que isto não vai resultar em nada. A esses, dou os parabéns. É que das três, uma: ou são otimistas, ou conseguem ler o futuro ou então falaram por estes dias com o filho do Querido Líder. Mas permitam-se que faça o papel de pessimista: caso o pior acontecer, pode não ser só uma guerra entre as duas Coreias. Países como o Japão e a China poderão envolver-se no assunto, não porque queiram, mas porque o regime de Pyongyang pode decidir de tal forma. Um bom exemplo disso são as bases americanas existentes no Japão, que não fica muito longe da península coreana. Basta apenas que caia um míssil em solo japonês para alargar o conflito, por exemplo.

Em suma: num cenário de pesadelo, poderíamos a capital, Seoul, arrasada diariamente por peças de artilharia vindas do outro lado da fronteira - a Zona Desmilitarizada está a apenas 35 quilómetros - enquanto que um ou vários misseis, lançados pelos norte-coreanos, caíssem ou em solo japonês, fosse em Honshu (a maior ilha do arquipélago japonês) ou em Okinawa. Uma guerra de curta duração seria inevitável, mas não se saberia quando - e como iria acabar.

O problema seria se isso calhasse quando a Formula 1 andaria de novo em paragens asiáticas, a partir de setembro. O GP da Coreia do Sul seria a 6 de outubro, uma semana antes do GP do Japão, no circuito de Suzuka. Apesar do circuito coreano ficar bem longe de Seoul e da fronteira, para chegar lá, toda a gente tem de passar por Seoul ou Incheon, que são cidades bastante perto do paralelo 38, ou seja, a fronteira.

Em jeito de conclusão, os problemas estão aí. E varrê-los debaixo do tapete não é a melhor politica, porque aparecerão sempre. E a Formula 1 não pode estar eternamente a fazer de avestruz.

FIA GT: Audi faz dupla, Löeb e Parente sextos

A Audi monopolizou o pódio na segunda corrida da primeira jornada dupla da FIA GT Series, que decorreu na pista francesa de Nogaro, numa prova onde Álvaro Parente e Sebastien Löeb tinham tudo para repetir a vitória, só que um erro de principiante do nove vezes campeão do mundo de ralis os obrigou a cumprir uma penalização, entregando a vitória ao Audi de René Rast e Niki Meyer-Melnhof... por uma hora. A organização decidiu depois penalizar ambos os pilotos em 30 segundos, porque o carro não ficou desligado o tempo suficiente nas boxes.

Corrida debaixo de chuva intensa, esta começou debaixo do Safety Car. E quando recomeçou, Löeb tentou se distanciar de Meyer-Melnhof, mas não conseguiu o suficiente para manter a liderança na altura em que trocaria de lugar com Álvaro Parente. Foi o que aconteceu, com o piloto português a sair para a pista no segundo lugar, atrás de Rast. Quando o tentou passar, o alemão fechou-o, forçando o piloto da McLaren a dar um toque, que o forçou a fazer um pião. 

Pouco depois, Parente é obrigado a fazer um "drive-through" porque Löeb tinha feito uma penalização: tinha tirado os cintos cedo demais... com isto, Parente caiu para o quinto posto, sendo ameaçado pelo Audi do belga Laurens Vanthoor, que fazia uma corrida de recuperação. Após um duelo com o piloto belga, Parente foi superado pelo piloto da Audi, que continuou a subir na classificação até chegar ao terceiro lugar, superando nos metros finais o Mercedes do israelita Alon Day.

No final, foi uma tripla Audi: Rast e Meyer-Melnhof foram os primeiros - e primeiro na categoria Pro-Am - seguido pela dupla Edward Sandstorn e Frank Stippler e a de Laurens Vanthoor e Stephane Ortelli ficaram no lugar mais baixo do pódio. Parente e Löeb terminaram no sexto lugar, na frente do Audi R8 da Novadriver, dos portugueses César Campaniço e Carlos Vieira, que foram também segundos na categoria Pro-Am. Cacá Bueno e Allam Khodair foram oitavos, no BMW Team Brazil. 

Contudo, pouco depois, a organização retirava a vitória a Rast e Meyer-Melnhof devido ao motivo acima referido e entregava a vitória a Sandstorn e Stippler, com todos atrás a subirem um lugar. Por causa da penalização, Campaniço e Vieira tornaram-se vencedores na categoria Pro-Am.

O campeonato FIA GT voltará dentro de três semanas, no circuito belga de Zolder.

FIA GT, em direto, neste blog!



Live video by Ustream
O Rodrigo Mattar meteu isto no seu blog - e também podem ver por lá, se quiserem - e eu também faço o convite: se quiserem ver a segunda corrida da FIA GT Series em Nogaro, a partir das 13:15, hora de Lisboa, basta estarem aqui e clicar no botão para verem em direto. Com a organização a proporcionar a transmissão da corrida pela Net, está a fazer um bom serviço a todos os que não conseguem seguir isto pela habitual transmissão televisiva, ou que não tem cabeça para andar à procura de "streams" piratas, cheias de publicidades.

Já tinha visto isto no ano passado, quando vi a corrida da FIA GT1 pelo Youtube, e é bom saber que vão repetir este ano. E é algo que já vi acontecer na V8 Australiana. Pode ser que outras competições façam o mesmo, pois os fãs agradecem.

Acho que é a primeira vez que o meu blog transmite uma corrida em direto... deveria acontecer mais vezes.

domingo, 31 de março de 2013

Faltam três semanas para o Bahrein...

Estamos a três semanas do GP do Bahrein, e claro, esta noticia era inevitável: os ativistas barenitas voltaram a sair à rua este domingo em protesto contra a realização do evento, que é pago - e acarinhado - pela família real. A situação, que se arrasta desde 2011, onde a maioria xiita se manifesta contra a família real, que pertence à minoria sunita, pedindo reformas constitucionais, nunca ficou totalmente acalmada, e os meios ligados à FIA temem que as coisas este ano possam piorar, dado que Bernie Ecclestone continua a insistir em levar o pelotão da Formula 1 à pequena ilha no Golfo Pérsico, a troco de 40 milhões de dólares anuais.

Sabe-se desde há algum tempo que esta insistência é altamente incómoda no pelotão da Formula 1. Com as equipas presas graças a compromissos comerciais, os mecânicos e engenheiros temem de alguma forma que  haja qualquer incidente durante o fim de semana de 21 de abril, apesar das garantias do governo local em relação à sua segurança. Isto depois do que aconteceu com quatro membros da Force India, que se envolveram num incidente no ano passado, onde o carro em que se seguiam foi atingido por um "cocktail molotov".

E para piorar as coisas, isto pode ser prejudicial para a própria Formula 1 a médio prazo. Já se falou há duas semanas que a Vodafone irá deixar de patrocinar a McLaren devido aos eventos na pequena ilha do Golfo Pérsico, e provavelmente, outros poderão levar em conta o que se passará por lá para tomarem decisões semelhantes. E numa altura em que algumas equipas lutam para arranjar dinheiro para sobreviver, recorrendo aos pilotos pagantes, é complicado. Especialnente se Ecclestone não conseguir encontrar outros patrocinadores que possam substituir os que foram embora.

Veremos. O mês de abril arrisca a ser muito quente. E não só por causa das temperaturas do Golfo Pérsico...

FIA GT: Löeb e Parente vencem em Nogaro

Sebastien Löeb começa a vencer nos GT's no circuito francês de Nogaro. O piloto, nove vezes campeão de ralis, começou  bem a sua nova carreira ao vencer a corrida de qualificação, tendo como seu companheiro de equipa o português Álvaro Parente.

A primeira corrida foi basicamente um duelo entre os pilotos da McLaren e o Audi da WRT da dupla austro-alemã René Rast e Niki Mayer-Melhof. Ambos os pilotos lutaram pela vitória, na hora que houve para esta primeira corrida, com o piloto português a beneficiar de um erro feito pelo austricaco Mayer-Melhof, que se tentava defender de Löeb na saída das boxes, para ficar com a liderança. No final, a diferença entre os dois primeiros foi de 5,3 segundos.

A corrida teve também outros protagonistas. Cesar Campaniço e Carlos Vieira, no Audi R8 da Novadriver, fizeram uma boa corrida de recuperação, chegando ao quinto lugar final, na frente do BMW Team Brazil de Allan Khodair e Cacá Bueno, que andaram por muito tempo no terceiro lugar, até que problemas na troca de pilotos os forçaram a cair algumas posições. Atrás deles, no sétimo posto, ficou outro BMW, pilotado por Ricardo Zonta e Sergio Jimenez.

A completar o pódio ficou o Mercedes do israelita Alon Day e do alemão Maximilian Buhk.

A segunda corrida dos FIA GT acontecerá amanhã de manhã.