sábado, 2 de setembro de 2017

TCR Portugal: Mora domina as duas corridas de sábado

Francisco Mora é o grande dominador do fim de semana do TCR Portugal, vencendo ambas as provas deste sábado que decorreram em Braga. O piloto da Seat pode muito bem estar a caminho do título nacional, após estas provas, mas ainda faltam duas corridas para completar este fim de semana no circuito Vasco Sameiro, e tudo ainda pode acontecer.

Na primeira corrida do fim de semana, Mora largou da terceira posição e conseguiu superar Rafael Lobato. Este acabaria por sofrer problemas mecânicos e abandonaria, deixando Mora à sua sorte, acabando a corrida com 5,8 segundos de vantagem sobre César Machado e Edgar Florindo. Ou seja: o pódio foi praticamente monopólio da Seat.

Florindo aproveitou muito bem o atraso inicial de Francisco Abreu, que não contou com o Volkswagen Golf GTi TCR da Novadriver nas melhores condições, mas mesmo assim, acabou na quarta posição da geral.

Na segunda corrida, Mora partia da pole-position, e dali... foi-se embora, acabando por vencer com um vantagem considerável (12,1 segundos) sobre Edgar Florindo, também no Seat, mas da Speedy Motorsport. Houve mais luta pelo terceiro posto entre Patrick Cunha e César Machado, com o piloto da Seat a bater o Audi da Veloso Motorsport. Abreu foi de novo quarto, no seu Volkswagen da Novadriver, batendo Gustavo Moura.

Amanhã há mais duas corridas na classe TCR Portugal.


O que é que queremos à chuva?

Conheço uma historieta do GP da Alemanha de 1968, corrido no Inferno Verde de Nordschleife. Quando Jackie Stewart cortou a meta no primeiro lugar, a primeira pergunta que fez a Ken Tyrrell foi: "Quantos morreram?", ao que o velho madeireiro disse: "Nenhum". Era o dia 7 de agosto, e desde abril que morria um piloto naquele dia. Primeiro, Jim Clark, depois Mike Spence, Ludovico Scarfiotti e Jo Schlesser. Algum dia, tinha de acabar. 

Hoje em dia, uma corrida como essas seria imediatamente cancelada. E não falo so da chuva, falo também do nevoeiro que havia naquele dia, em algumas partes daquele circuito monstro de 23 quilómetros. Com uma coisa dessas, ou riscavam a corrida do calendário ou adiariam para outro dia, com os espectadores a questionar porque é que correriam em circunstâncias como aquelas. Ali, naquele tempo, não havia escolha. E não só muitos aceitavam como achavam que teria contornos de épicidade, que entrariam nos livros de História. 

Nos vinte anos após a II Guerra Mundial, os pilotos de Formula 1 tinham em estatuto semelhante aos pilotos das Forças Aéreas, os ases dos ares. Eram heróis, e as suas mortes em combate abririam portas à imortalidade, com funerais de estado. Os poetas cantariam loas à sua coragem e os seus adversários carregariam o seu caixão, honrando com a sua presença. 

Agora, não pode ser assim. Tudo mudou, os tempos são agora outros. Os circuitos mudaram, os carros mudaram, os pilotos mudaram. Vivemos numa altura em que a segurança é mais importante do que a coragem, do que o medo da morte. Vão ver o que as marcas estão a anunciar. Potência, velocidade? Não, segurança. Não é mais a velocidade ou a potência que a FIA vende. Vão lá ver qual é o "mantra" de Jean Todt: segurança, especialmente segurança na estrada. Ignoramos que todos os anos, milhão e meio de pessoas morrem em acidentes de estrada, por exemplo. 

Niki Lauda dizia que sempre que ia para a pista, nos anos 70, de que tinha uma chance de 20 por cento de um acidente mortal, e aceitava isso. Agora, ninguém aceita. É uma atividade altamente escrutinada, e o fã esquece sempre que não é algo que se vê por apenas meia dúzia de pessoas, é vista por milhões um pouco por todo o mundo, nesta aldeia global. E se tens uma morte, essas pessoas - que não entendem nada de automobilismo, mas vêm o que vêm - vão perguntar porque não fazem nada para evitar mais mortes. Podem chamar o que quiserem, que é "F1 Nutella", mas esses fãs "die harders" são cada vez mais uma minoria, numa maioria que não tolera mais o desporto de gladiadores que muitos acham que o automobilismo deveria ser. 

E pior: essa gente não aceita que os tempos mudaram. Podem ver a discussão sobre o Halo. Não dizem que é inseguro, dizem que é... feio. Mas essa gente ainda vive no século XX quando já estamos na segunda década do século XXI. 

Claro, o que vimos esta tarde em Monza começa a ser um exagero. Será que é pelo excesso de segurança ou algo mais? Disseram ao longo da transmissão que os pneus Pirelli não são capazes de andar tão bem no molhado como no seco. Se assim for, então poderemos dizer que os pneus azuis servem para pouco mais do que mera decoração. E depois começo a pensar se eles não vão começar a pensar em proibir as corridas à chuva, como fazem a IndyCar nas ovais. Espero que não, acho que seria demasiado radical.

Mas aos que dizem que no passado não era assim, que tudo é "frescura" de Jean Todt, quero recordar que, por exemplo, os GP da Austria de 1975 e o do Monaco de 1984 foram intrerrompidos a meio da prova e os pilotos receberam metade dos pontos, o GP da Austrália de 1991 acabou na volta 14, e o GP de Portugal de 1985 acabou algumas voltas antes do esperado porque chegaram ao limite das duas horas. E sei que nessa corrida, o Ayrton Senna fez várias vezes sinais para a sua boxe para que interrompessem a corrida. Sem efeito. 

Mas falamos de corridas da geração anterior. A ideia de que nesses "gloriosos anos" os pilotos iam para a pista, não interessam as condições, e ali é que se viam os "pilotos de verdade", de uma certa forma, tem o seu quê de mito. Como viram, eles tinham tanto medo como os pilotos desta geração, e tinham de engolir para irem à pista e correr. Hoje em dia, os carros são mais fortes, mas ali já é mais a politica. Foi como aconteceu a Jules Bianchi em Suzuka, apesar das circunstâncias terem sido mais por causa de um trator que não deveria estar ali, numa altura de lusco-fusco. 

Se amanhã chover, saberemos que a prova terá um limite. Não poderá durar mais do que quatro horas, veremos corridas aos repelões, com amostragens das bandeiras vermelhas e partidas atrás do Safety Car. Não gostamos, os fãs mais duros odeiam isto, querem ver uma corrida do inicio até ao fim sem interrupções porque viram como era no passado. Se saíssem da pista em "acquaplanning", diriam que tinha a ver com condições. Mas no passado, tinhamos carros feitos de alumínio com depósitos de gasolina ao lado do piloto, e eles usavam capacetes abertos. Hoje em dia, não vejo reclamações e que os pilotos deveriam voltar a esse tipo de carros e de capacetes. Talvez sejam as pessoas que não querem ver morrer uma certa ideia romântica que tiveram da Formula 1. Mas também se esquecem que a geração mais nova não vai viver isso sem ser nos videos do Youtube e nas fotos do Pintrest. E vão perguntar aos mais velhos porque é que os deixavam ir para a pista, sabendo que teriam um risco muito alto de morte.

Formula 1 2017 - Ronda 13, Itália (Qualificação)

Em dois fins de semana seguidos, veremos Formula 1 em circuitos clássicos, algo do qual não temos muitas chances na vida, para sermos honestos. Depois de Spa-Francochamps, veremos a Formula 1 em Monza, a última paragem europeia no calendário, antes de viajarem pela Ásia e Américas, onde se decidirá o campeonato, neste duelo cada vez mais intenso entre Mercedes e Ferrari.

Normalmente, setembro ainda é verão em Itália, e a chuva é um elemento muito raro por aquelas bandas. Desde que há Formula 1 naquele lugar, em dias de corrida só choveu em 2008, e houve uns pingos ameaçadores em 1981. Para treinos, houve também em 1984, mas este ano havia chances de ver pingos de chuva ao longo do final de semana. A realidade foi que, com o tempo ameaçador, a chuva fez a sua aparição durante a madrugada deste sábado e lá ficou até à hora da corrida. Na realidade... iria ficar toda a tarde, interferindo na classificação, como iríamos ver.

Mas ainda antes do boletim meteorológico, ainda tivemos a procissão de penalizações. Desta vez foram os Red Bull absolutamente penalizados, e mais Fernando Alonso e Carlos Sainz Jr, praticamente preencheram as suas últimas linhas da grelha de partida. E a seis provas do fim, parece que, pelo andar da carruagem, o "poleman" vai ser o menos penalizado possível. Enfim...

O dia da qualificação vimos o que se esperava: chuva constante. Mas a Formula 1 de hoje em dia, onde a segurança é mais importante, fez deste cenário algo parecido com uma farsa, em nome de um excesso. Andaram por alguns minutos na pista, que acabou quando Romain Grosjean bateu forte na Vialone, por causa do "acquaplanning", mas depois parou. O francês aproveitou para se queixar da situação: "as condições estavam terríveis".

Passaram trinta minutos, sessenta, noventa... a chuva caia com maior ou menor violência, e a cada 15 minutos, o Safety Car andava na pista para saber das condições em Monza. A chuva não parava, e as pessoas começavam a ficar aborrecidas por esta inerrupção, pois pagaram para ver carros a passar pela pista e não ver a chuva a passar.

Contudo, isto não iria durar para sempre, pois, ou seria cancelado e adiado para domingo de manhã - e com isso, toda a programação ficaria baralhada - ou então aproveitariam a primeira aberta para que os pilotos entrassem na pista e fizessem os seus tempos, o que eventualmente, acabou por acontecer, por volta das 16:40 locais, menos uma hora em Lisboa.

A chuva tinha parado, a pista tinha ficado minimamente apresentável, e os carros lá saíram para a pista. Os pneus eram de chuva, e alguns já arriscavam para os intermédios, mas depois a chuva voltou de novo, forçando a trocar para os pneus azuis. Com isto, encerrava a Q1, e com Grosjean sem ir para a pista, os que acompanharam na eliminação foram os Sauber, Kevin Magnussen e Joylon Palmer. Mas alguns destes pilotos sabiam que iriam subir quatro posições na grelha de partida...

Para a Q2, Max Versatappen mostrava que era muito bom à chuva, e se não fosse a penalização, iria ser dos favoritos. Ele já calçava pneus de chuva intensa, enquanto que boa parte do pelotão ainda andava com os intermédios. Contudo, Vettel primeiro, Hamilton depois, mostraram que os esse tipo de pneus ainda eram eficientes. Aqui, mesmo com as condições, era Ferrari contra Mercedes, e claro, eles foram os primeiros a passar para a Q3.

Atrás, a parte final foi mais complicado. Os Williams passaram "in extremis", enquanto que Stoffel Vandoorne foi o McLaren que passou para a última fase, acompanhados pelo Force India de Esteban Ocon, que esteve sempre bem. Quem ficou para trás foram o Renault de Nico Hulkenberg, o Haas de Kevin Magnussen, os Toro Rosso e o McLaren de Fernando Alonso.

Na fase final, todos já estavam com os pneus azuis, pois as condições se agravaram. Hamilton e Bottas faziam os melhores tempos, com os Red Bull a interferirem, para além de Ocon com o seu Force India. Os Ferrari não melhoravam os tempos, lutando contra o aumento da chuva, e tudo parecia que os Mercedes iriam levar a melhor. No final, Lewis Hamilton conseguiu a sua 69ª pole-position da sua carreira, sendo agora o seu líder absoluto, na frente dos Red Bull, que não contam, e de uma forma surpreendente, o Williams de Lance Stroll e o Force India de Esteban Ocon. Raikkonen não passou de sétimo e Vettel nono, mas vão subir mais duas posições devido a razões administrativas.

Mas no fundo, no fundo, o que mostra isto tudo é que, por essas e por outras, que as pessoas gostam das qualificações à chuva: em situações dificeis, ver quem são os mais corajosos. E há quem seja especialista neste tipo de condições.

E assim terminou esta (interminável) qualificação italiana. A chuva fez com que isto passasse de uma para quatro horas, mas no final, acabou por acontecer. É certo que a Formula 1 poderia ter passado por uma publicidade ainda pior, mas no final, as coisas foram "salvas". Amanhã, à partida, não chove, e as coisas parecem ser mais complicadas para os que andaram bem na chuva. Mas vamos a ver, não é?

Endurance: WEC terá novo tipo de calendário

A Endurance vai sofrer uma revolução em 2018, ao aceitar um calendário bi-anual, que vai ter... duas 24 Horas de Le Mans, e a segunda edição vai servir como encerramento dessa temporada. Como no futebol. Outra grande novidade vai ser o regresso das 12 horas de Sebring, que em 2018 vão ser... duas corridas. A da WEC vai acontecer entre as dez da manhã e as dez da noite, enquanto que o da IMSA acontecerá entre a meia-noite de sábado e o meio dia de domingo.

Numa altura em que a LMP1 vai estar vazia, com as saídas da Porsche, Nissan e da Audi nos últimos dois anos, e com a Toyota a pensar sobre o caso, tendo dito esta semana que em outubro tomará uma decisão, pode ser que a marca japonesa pense na ideia de continuar, mesmo só com concorrência privada.

Em termos de saídas, México, Bahrein, Austin, Nurburgring e Silverstone estão fora do novo calendário, embora o facto de haver uma vaga por preencher em janeiro de 2019 poderá significar que uma prova no Médio Oriente poderá ser considerada. Se for esse caso, o Bahrein poderia regressar, ou então Dubai ou Abu Dhabi poderiam tentar a sua sorte.

É por causa disso que o calendário terá oito provas - as duas edições de Le Mans estarão presentes - já que em 2019-20, voltará a ter sete provas.

Eis o calendário:

5-6 de Abril – Prólogo (Paul Ricard)
4-5 de Maio – 6 Horas de Spa-Francorchamps
16-17 de Junho – 24 Horas de Le Mans
13-14 de Outubro – 6 Horas de Fuji
3-4 de Novembro – 6 Horas de Xangai
Fevereiro de 2019 – Circuito a confirmar
15-16 de Março de 2019 – 12 Horas de Sebring
3-4 de Maio de 2019 – 6 Horas de Spa-Francorchamps
15-16 de Junho de 2019 – 24 Horas de Le Mans

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Rossi tem dupla fratura e já foi operado

Confirmaram-se os piores receios: Valentino Rossi sofreu um acidente a fazer enduro e fraturou a tíbia e o peróneo direitos, acabando por ser operado esta noite para reduzir as fraturas. Segundo os médicos, Rossi poderá estar de fora por cerca de 40 dias, podendo ainda regressar às competição no final desta temporada.

Depois de um acidente em um treino de enduro nesta quinta-feira, 31 de agosto, a estrela do Movistar Yamaha MotoGP Valentino Rossi foi diagnosticada com fraturas deslocadas na tíbia e na fíbula de sua perna direita”, afirmou o comunicado oficial, lançado ontem à noite. “O piloto italiano de 38 anos vai passar por cirurgia assim que possível”, continua.

Segundo conta o site ‘Corse di Moto’, Rossi estava treinando em Perchiule, perto de Urbino, e caiu após a perna direita ficar presa numa pedra. Ainda de acordo com a publicação, o piloto está acompanhado da mãe, Stefania Palma, e do meio irmão, Luca Marini, também piloto no Mundial de Moto2.

Já não é a primeira vez este ano que teve uma queda fora das pistas. Sofreu outra em maio, mas as lesões foram menos graves e não perdeu qualquer prova do campeonato. Nesta altura, o piloto de 38 anos é quarto classificado do campeonato, a 26 pontos do atual líder, Andrea Dovidizioso, a duas semanas do GP de San Marino, em Misano. Caso a recuperação corra bem, é provável que esteja presente a tempo do GP da Austrália, a 22 de outubro, em Phillip Island.

No Nobres do Grid deste mês...

(...) Em 1968 [Don Nichols], decide regressar aos Estados Unidos e fundou a Advanced Vehicle Systems. A ideia é construir chassis para várias categorias, escolhendo a Can-Am, pelos prémios chorudos que oferecia. Dois anos mais tarde, muda o nome para Shadow Cars e constrói um chassis para a Can-Am, o Mk1, desenhado por Trevor Harris, que seria guiado pelo britânico Vic Elford e pelo americano George Follmer. O carro era conhecido pelo seu baixo centro de gravidade e embora fosse muito veloz, era pouco fiável.

Nos anos seguintes, a Shadow teve mais sucesso na Can-Am, sendo um dos rivais da poderosa McLaren, embora sem vencer corridas. No final de 1972, Nichols, com o apoio a petrolífera UOP (Universal Oil Products) decide dar o salto em frente e ir para a Formula 1. Escolhem como pilotos o americano George Follmer e o britânico Jackie Oliver, com o chassis DN1. No projeto entra também Alan Rees, que tinha fundado dois anos antes a March (era o R da sigla), e em terceiro chassis acaba por ser construído para Graham Hill, que em 1973 decidiu construir a sua própria equipa. O DN1, desenhado por Tony Southgate (ex-BRM) estreado na terceira prova do ano, no GP da África do Sul, em Kyalami, dá-lhes dois pódios – um terceiro lugar para Follmer em Barcelona, outro terceiro lugar para Oliver em Mosport – e deu-lhes nove pontos no total. (...)

Falecido no passado dia 22 de agosto, aos 92 anos de idade, na Califórnia, Don Nichols foi uma pessoa do qual não se sabe muito o que andou a fazer durante parte da sua vida, antes de se aventurar no automobilismo, e quando se perguntava sobre o seu passado, ele acrescentou um pouco mais de mistério, também para apimentar a sua aura. E foi por causa disso que deu o nome de "Shadow" à sua equipa, que começando na Can-Am, passou depois para a Formula 1, conseguindo uma carreira modesta, mas a aproveitar bem o que os anos 70 conseguiram fornecer. 

Campeão da Can-Am em 1974, vencedor de um Grande Prémio, a equipa viu passar nomes como George Follmer, Peter Revson, Tom Pryce, Jean-Pierre Jarier, Riccardo Patrese, Alan Jones, Clay Regazzoni e Elio de Angelis, antes de fechar as portas em 1980, depois de 112 Grandes Prémios. E Nichols foi, de uma certa maneira, parte de uma geração de proprietários que, tendo uma vida cheia, coloriram a Formula 1. E é sobre ele e a Shadow que escrevo este mês no Nobres do Grid.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

ULTIMA HORA: Valentino Rossi sofre queda e é operado

Valentino Rossi sofreu nova queda esta noite e está internado no Hospital de Urbino, para ser operado a uma possível fratura a uma fíbula, a mesma do qual sofreu uma queda em Mugello, há sete anos. Para além disso, também sofreu uma fratura na tíbia.

A queda aconteceu esta tarde durante uma prova de enduro que estava a fazer com alguns dos seus amigos.

O piloto de 38 anos já tinha sofrido uma queda em maio, durante uma prova de motocross, mas nessa altura não sofreu lesões de maior, e pode correr na prova seguinte. Desta vez, as coisas poderão vir a ser mais complicadas. 

Mais noticias sobre a condição física de Rossi mais tarde.

Claire Williams desmente Alonso

Claire Williams negou esta quinta-feira os rumores que giravam à volta de Fernando Alonso e da hipótese Williams. A informação tinha surgido no fim de semana de Spa, onde se falava que a equipa do Grove teria apresentado uma oferta ao espanhol para 2018, com auxilio monetário de Lawrence Stroll, o pai de Lance Stroll.

Em declarações ao alemão Bild, a filha de Frank Williams nega tudo: “Eu li isso com espanto e nada sei sobre isso. Nunca negociei com ele, e nunca me sentei numa mesa com ele”, começou por dizer, negando ainda que salário de Alonso poderia ser pago por Lawrence Stroll: “Esqueçam, o Sr. Stroll é um empresário de sucesso porque não gasta dinheiro à toa por aí”.

Como é sabido, Fernando Alonso está insatisfeito com o seu carro e quer ter uma temporada melhor em 2018. Ele pretende resolver a sua situação em setembro, e várias hipóteses estão em cima da mesa, desde ficar na McLaren - mas sem motores Honda - até ir à IndyCar para correr, provavelmente com um motor Honda, já que a Andretti decidiu esta semana ficar com o mesmo motor na temporada de 2018. Uma terceira chance seria a própria Renault, mas nesta altura, a equipa ainda está a desenvolver num conjunto competitivo, o que não é nesta altura.

Pode ser que tudo isto não seja maneira de espantar os rumores, mas o barulho sobre o destino de Fernando Alonso está cada vez mais alto.


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

CNVT: Mora quer resolver o campeonato em Braga

No CNVT, Francisco Abreu e Rafael Lobato tem um grande rival: Francisco Mora. O piloto do Seat Leon TCR da Veloso Motorsport pretende ser o melhor no fim de semana de Braga, no intuito de não só alargar a sua liderança, como de a resolver o campeonato ainda antes da jornada de Portimão, a meio de outubro. E ele está muito motivado para isso.

Vou muito motivado para Braga, onde quero tentar marcar o máximo de pontos possível, lutar pelas vitórias e tentar conseguir dar um passo quase definitivo em direção ao título. Este é um circuito onde normalmente me dou muito bem e se não tiver azares estou convicto que posso cumprir os objectivos, contando com a preciosa ajuda da Veloso Motorsport”, comentou, no seu comunicado oficial.

Com 142 pontos, Mora tem uma vantagem de 36 pontos sobre Francisco Abreu, numa jornada que vai ser quadrupula, com duas corridas no sábado e outras duas no domingo, todas elas vãio ser transmitidas pelo canal da Racing Events e da FPAK no Facebook. 

Formula 1 em Cartoons - Bélgica (Cire Box)



O "Cire Box" já fez o BD do que foi a corrida belga, com desenhos sobre asneiras em finlandês e holandês, diplomas por objetivos alcançados e capacetes amarelos, e pedidos de Sebastian Vettel para que Marurizio Arrivabene chame os seus amigos do sul...

Ah! E a briga entre os pilotos da Force India.

CNVT: Nove carros inscritos em Braga

A corrida de Braga conta apenas para o Campeonato Nacional de velocidade e Turismos, logo, o número de inscritos é bem reduzido em relação às corridas anteriores, onde os carros tinham a presença dos pilotos espanhóis, pois faziam parte o TCR Ibérico. Assim sendo, para o Circuito Vasco Sameiro, apenas nove pilotos, todos nacionais, alinham na prova.

Dos nove carros presentes (um para o TCR2), quatro terão condução partilhada, e os outros cinco terão o mesmo piloto ao longo do fim de semana. São eles Francisco Abreu (Novadriver), Francisco Mora (Veloso Motorsport), Gustavo Moura (Baporo), Edgar Florindo e César Machado (Speedy Motorsport)

As quatro corridas do fim de semana acontecerão duas no sábado, e as outras duas no domingo. No campeonato, Francisco Mora lidera com 142 pontos, contra os 116 de Francisco Abreu. 

TCR Portugal: Abreu quer vencer as corridas do fim de semana

No fim de semana do regresso do CNVT à ação, no circuito Vasco Sameiro, em Braga, Francisco Abreu, piloto da Novadriver, parte para este fim de semana automobilístico ao ataque para ter chances de alcançar o título nacional. O campeão de 2015 - e vice em 2016 - deseja vencer em Braga para ter uma chance real de atacar o título nacional, o que vai acontecer depois de (quase) dois meses de ausência.

Não escondo que estava ansioso de voltar ao volante do ‘meu’ VW Golf GTI TCR. Preparei muito bem o regresso ao campeonato, estando pronto, física e psicologicamente para enfrentar as quatro corridas de Braga. Os objetivos são claros: procurar vencer as quatro corridas do fim de semana bracarense e recuperar bons pontos na luta pelo título, aquele que é o grande objetivo para este ano”, afirmou.

O quarto Racing Weekend da temporada será do tipo ‘Double Sprint’, onde serão disputadas quatro corridas, decisivas para a atribuição do título nacional no CNVT.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Monza vai ser um fim de semana chuvoso

Em 66 dos 67 Grandes Prémios de Itália, em Monza, houve uma coisa do qual só aconteceu uma vez, em 2008: chuva. E foi debaixo de chuva que Sebastian Vettel alcançou a sua primeira vitoria, a bordo de uma Toro Rosso. E nove anos depois, o fim de semana italiano arrisca ser chuvoso.

De acordo com o boletim meteorológico, sábado e domingo serão chuvosos, sendo que neste momento, as possibilidades de chuva vão entre os 43 por cento (sábado) e os 46 por cento (domingo), embora a chuva no sábado poderá ser mais forte, o que poderá interferir na qualificação.

Em suma, será uma qualificação muito, mas muito anormal.

Esta equipa é muito pequena para estes dois

Um dos grandes momentos do GP da Bélgica foi uma briga entre dois pilotos. E não foram uns quaisquer, falamos de uma briga entre dos pilotos da mesma equipa. Sergio Perez e Esteban Ocon são pilotos competitivos mais ou menos da mesma idade (Perez tem 26, Ocon vinte) e lutam pela posição como se lutassem contra outro piloto. Como é sabido, ambos os pilotos tocaram-se por duas vezes: a primeira, nos primeiros metros da corrida, quando ambos faziam a Eau Rouge, e Perez "entalou" Ocon contra o muro, sem grandes consequências.

Contudo, da segunda vez, mais ou menos no mesmo lugar, houve consequências mais pertinentes: o mexicano sofreu um furo e acabou nas boxes (e fez entrar o Safety Car para tirar os destroços que ficaram espalhados pela pista), enquanto que o francês ficou sem bico e teve de ir às boxes para trocá-lo, mas isso não o impediu de chegar ao fim no nono posto, conseguindo mais dois pontos para ele e para a equipa.

Claro, as faíscas voaram depois da prova. Ambos os pilotos trocaram de razões, e Ocon chegou a dizer nas redes sociais que "Perez tentou matar-me duas vezes", afirmando que a partir daquele momento, não falava mais com ele. Depois, o francês lá se acalmou, mas os estragos estão feitos.

Toda esta confusão fez com que o diretor da Force India, Otmar Szafnauer, tenha feito um aviso muito sério quer a Sergio Perez, quer a Esteban Ocon, admitindo a possibilidade de os suspender por uma corrida: “Se acontecer outra vez vamos ter de resolver isto. Vamos começar a pensar sobre quem vai guiar o carro”, comentou.

Vijay Mallya reforçou a posição do diretor da sua equipa: “A repetição de incidentes entre os nossos carros está agora a ser um assunto preocupante. Nestas circunstâncias não temos outra escolha senão adotar uma política de ordens de equipa, no interesse da segurança e para proteger a posição da equipa no Campeonato de Construtores”.

Com o passar do dia de segunda-feira, os pilotos conversaram acerca dos incidentes e chegaram à conclusão de que que muitas das coisas que foram ditas após a corrida foram “calor da ação e tendo em conta a situação perigosa", disse Ocon.
  
Depois, continuou:

Quero seguir em frente. Somos uma equipa e admiro o facto do meu companheiro de equipa se ter desculpado. Queremos trabalhar melhor em conjunto. Estou empenhado no sucesso da Force India e estou tão confiante quanto a equipa que o que se passou não nos vai deixar para trás e há ainda muitos êxitos para conseguirmos juntos. Vai ser um desafio manter esta quarta posição [no campeonato de Construtores] e ninguém nos desviará deste objetivo”.

A mesma coisa fez Sergio Perez na sua página oficial do Facebook, onde fez um video, explicando a sua versão dos acontecimentos e responsabilizando-se por qualquer incidente que tenha acontecido... com Nico Hulkenberg. Porque quando foi com Ocon, afirmou que ele, tendo a linha de corrida para ambos (ou seja, estava na frente), ele tinha a vantagem.

Ao fim e ao cabo, falamos de dois pilotos que querem o melhor, isso ninguém contesta. O que se contesta é a agressividade que ambos os pilotos têm na pista. E de uma certa forma, é a consequência daquilo que o Ayrton Senna disse na famosa entrevista a Jackie Stewart no fim de semana do GP da Austrália de 1990, onde disse a famosa frase "se não aproveitas a abertura, deixas de ser piloto de Formula 1". Como Senna virou deus, e tudo aquilo que disse virou "mantra", no final do dia, é isso que fazem, sem ter noção de que as coisas podem acabar mal. Ainda por cima, naquele lugar em Spa-Fracochamps, imediatamente antes de Eau Rouge e Radillon, onde os pilotos, quando saem de pista, saem à grande e... à belga! Mas tem consequências potencialmente graves.

E é nesta altura que pensamos se aquela equipa não será pequena demais para ambos os pilotos. Imagino uma coisa dessas numa Mercedes ou Ferrari, e os rios de tinta que seriam escritos entre ambos os pilotos. Eu, que vivi na infância e adolescência os eventos entre Alain Prost e Ayrton Senna na McLaren, lembro-me perfeitamente desses rios de tinta que foram escritos sobre eles, e como uns tomaram partido por este e aquele piloto. E também o ódio a Jean-Marie Balestre quando puxou pela sua costela francesa, protegendo Prost.

Mas neste caso, o ideal seria provavelmente cada um seguir o seu caminho, pois discipliná-los não parece ser a melhor politica. Continuarão a disputar pos posições como se não existisse mais o amanhã, ainda por cima numa equipa que este ano pontuou (quase) sempre, levando-a ao quarto lugar do campeonato de construtores, amealhando preciosos milhões para sustentar a equipa, que pareece fazer muito com... pouco.

Em suma: se a Force India ficar com os dois, eles tem de ser muito bem educados para se respeitarem em pista. Caso contrário, já sabem que veremos mais episódios envolvendo estes dois. 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Formula 1 em Cartoons - Belgica (Pilotoons)

Lewis Hamilton foi o grande vencedor do GP da Bélgica, e segundo o Bruno Mantovani, no seu "pilotoon", venceu com estilo. Ainda por cima na corrida numero 200 da sua carreira, e no lugar onde igualou o recorde de poles de Michael Schumacher...

O asturiano que molda o seu destino

A Formula 1 anda veloz, a em menos de uma semana, saltaremos de um clássico (Spa-Francochamps) para outro (Monza). Contudo, no final desta semana chegaremos a setembro e essa é um mês no calendário do qual. quer queiramos, quer não, coloca-nos perante decisões que necessitam de resposta. E é nesta altura em que precisamos da resposta a uma pergunta: Onde é que Fernando Alonso estará em 2017. McLaren? Williams? Force India? IndyCar?

Tudo parece indicar que a última coisa que ele quer é ficar mais um ano frustrante na McLaren. E nas últimas 24 horas, parece que quer forçar a sua saída. Com umas teorias da conspiração pelo meio. É que durante a corrida, Alonso desistiu, alegando não ter potência no seu motor Honda, depois de ter feito uma excelente largada que o fez pular de 11º para oitavo na primeira volta, antes de perder essas posições para os Force India - entre brigas auto-destruidoras - e o Renault de Nico Hulkenberg

Contudo, a própria McLaren - e a Honda - dizem que o problema não foi no motor, o que faz pensar que talvez, mas talvez, o problema tenha sido outro: uma desistência voluntária, frustrado por andar num carro muito lento e do qual historicamente, disse que o seu motor era de outra categoria. “Ele entrou no rádio e reportou aquilo que pensamos ser um problema com o carro, e, apesar de nada ter sido mostrado nos dados, decidimos parar o carro como precaução”, disse Yusuke Hasegawa.

Para melhorar as coisas, parece que ele só renovaria com a Honda... se esta sair. A ideia surgiu esta segunda-feira na Auto Motor und Sport alemã, que normalmente está bem informada nesse campo. E como provavelmente a equipa de Woking já disse que irá continuar com eles... por falta de alternativas, é provável que ele já esteja a delinear o seu próprio destino.

E é nestas alturas que tu ouves os vários rumores desta temporada. Desde uma que disse que ele poderia falhar Singapura e trocar por Sonoma, a prova final da IndyCar (apesar de isso estar descartado à partida, não parece que morre), surgiu por estes dias relatos de que a Williams estaria interessada no veterano asturiano. Quinta no Mundial de Construtores e com motor Mercedes (mas a ser superada pela Force India pelo segundo ano consecutivo), a ideia seria apoiada por Claire Williams e Lawrence Stroll, o pai de Lance Stroll. Não seria uma má ideia, mas neste momento, a Williams é uma equipa em reconstrução, que tem motor cliente e tem bons elementos, como Paddy Lowe. E mesmo com maus fins de semana, por vezes consegue tirar bons resultados, como aconteceu a Felipe Massa ontem no circuito belga, que partiu de 19º para acabar na oitava posição, graças a uma boa estratégia e os estragos dos outros.

Paddy Lowe vê a ideia com bons olhos: “Precisas de grandes pilotos e grandes carros para venceres corridas. Quanto melhor o teu monolugar, melhor os pilotos que atrais. Com um grande piloto na equipa, todos ficam motivados e trabalham mais. Existem vários pilotos bons, temos de tentar escolher os melhores que conseguirmos”, disse.

Mas há problemas, e um deles já foi dito: a Williams não é a primeira equipa fornecedora de motores. Não tem a melhor evolução do motor Mercedes e a Force India faz melhor com menos dinheiro. O que nos faz pensar nas seguintes ideias: Alonso está encurralado e a partir daqui é sempre a descer, num ocaso competitivo do qual ele não saberá sair a tempo? Ou haverá alguma porta entreaberta para alguma espécie de regresso às vitórias e um último "hurra" antes de poder pendurar o capacete em paz com ele mesmo? Se fossemos pela última frase, poderíamos apontar a Renault, mas eles preferem outro veterano, Robert Kubica, e encher a equipa de dois trintões não é boa politica.

Estamos a poucos dias de setembro - ou se preferiem, a poucos dias de Monza - e é provavel que será ali que Alonso dirá qual vai ser o próximo passo a seguir. Ontem à noite, mesmo depois da corrida, já se via que ele estava de candeias às avessas com Zak Brown, Hasegawa e a McLaren. Tanto que eles já começaram a fazer elogios a Lando Norris, um britânico de 17 anos que lidera a Formula 3 europeia e já testou no McLaren de Formula 1, e eles gostaram dele. Ainda há tempo de corrigir isto tudo e não passar de um arrufo de namorados, mas a ideia de que a segunda passagem de Fernando Alonso está a chegar ao fim, e como em 2007, poderá sair por uma porta (muito) pequena é cada vez mais provável.

domingo, 27 de agosto de 2017

ERC 2017 - Rali Barum Zlin (Final)

Como seria de esperar, Jan Kopecky foi o grande vencedor do Rali Barum Zlin, dominando totalmente os troços "em casa" com o seu Skoda oficial. O checo venceu com uma vantagem de 55,5 segundos sobre Alexey Lukyanuk, no seu Ford, com Roman Kresta a ficar com o lugar mais baixo do pódio. Em termos de campeonato, Kajetan Kajetanowicz acabou na quinta posição, a dois minutos e seis segundos do vencedor, enquanto que Bruno Magalhães foi nono, a três minutos e 24 segundos, conseguindo ficar na frente de Bryan Bouffier.

O resultado pode não ser grande coisa para Magalhães, que viu fugir Kajetanowicz na liderança do campeonato, mas final do rali, Magalhães fazia um balanço. “Foi uma prova muito difícil e estivemos ao longo de todo o rali e adaptarmos-nos às condições e aos troços. As primeiras passagens foram sempre mais complicadas e entrámos sempre com cautelas redobradas. Nas segundas passagens, já com algum conhecimento, permitia-nos ser mais rápidos mas ainda assim longe dos tempos dos pilotos locais”, referiu.

O segundo dia do rali começou um pouco como o primeiro, com Kopecky a querer adiantar-se de Lukyanuk, e assim foi, vencendo as três especiais da manhã, aumentando a vantagem para 29,3 segundos. Já Magalhães tentava apanhar o russo Gryazin, com Bouffier a aproximar-se, mas no final da manhã era décimo, beneficiando dos problemas que teve Jan Cerny e Vaclav Pech, este último que sofreu um duplo furo na 12ª especial, a primeira passagem por Kosiky, e acabou por desistir.

Na parte da tarde, Kopecky acabou por alargar ainda mais a sua vantagem até acabar com quase um minuto sobre o russo da Ford, e venceu as especiais da tarde, menos a última, alcançada por Roman Kresta. Magalhães apenas alcançou o nono lugar final na última especial, depois de Gryazin ter perdido mais de dois minutos nessa especial, devido a problemas no seu carro.

Em jeito de balanço, Magalhães afirmou: “A primeira metade do Campeonato foi-me mais favorável mas não é por isso que temos baixado os braços ou ficado em casa. Se assim nos permitirem vamos continuar a dar o nosso melhor e a lutar pelo título. É para isso que cá estamos. Faltam dois ralis para o final da época e queremos muito lutar pelo primeiro lugar que nos escapou nas duas últimas provas.

No Europeu, Kajetanowicz alargou a liderança para 121 pontos, contra os 97 do português. A próxima prova do campeonato acontecerá dentro de três semanas, em Itália, com o Rally di Roma Capitale.

Formula 1 2017 - Ronda 12, Bélgica (Corrida)

O GP da Bélgica deste ano, que voltava depois de um mês de férias para toda a gente na Formula 1, iria mostrar até que ponto Lewis Hamilton iria recuperar alguma coisa perante Sebastian Vettel, já que esta pista era favorável aos Flechas de Prata. Claro, queria-se saber até que ponto o inglês iria recupera muito ou apenas o mínimo perante o alemão da Ferrari, pois aquilo que se viu no dia anterior, na qualificação, onde partilharam a primeira fila da grelha, iria mostrar que as coisas iriam ser bem mais equilibradas do que parecia.

Num dia sem chance de chuva, a primeira atração foi ver Mick Schumacher a andar no Benetton B194 do seu pai, na semana em que passam 25 anos da sua primeira vitória dele na Formula 1, precisamente ali em Spa-Francochamps. 

A corrida começou normal, com os seis primeiros a ficarem nas mesmas posições, enquanto que Fernando Alonso subiu algumas posições, acabando no sétimo posto no final da primeira volta. Quase em Eau Rouge, Ocon e Perez tocaram-se - mais uma vez - mas não houve mais nada de especial. O espanhol aguentou os ataques de Hulkenberg até que foi passado na terceira volta. Na volta seguinte, Ocon passou o espanhol, e depois Perez faz o mesmo.

Por essa altura, já tinha acontecido a primeira desistência da corrida, com Pascal Wehrlein a encostar às boxes de vez.

Na frente, Hamilton estava a controlar Vettel, mas não conseguia fugir dele. Já nem era tanto as potências dos carros mas sim a estratégia para ver se um conseguiria apanhar o outro. Na oitava volta, a primeira grande desistência da corrida com Max Verstappen a parar o seu carro na reta Kemmel. É a sexta desistência do ano para o piloto holandês, o que nos faz pensar se ele não tem um motor Honda e ninguém lhe disse...

Hamilton vai às boxes na volta 12, mudando para os moles. A seguir foi Bottas, mas os Ferrari ainda não tinham parado, o que lhes daria uma liderança temporária. Vettel parou na volta 15, trocou para os amarelos, e ficou no terceiro posto, atrás de Raikkonen e Hamilton. Mas o inglês passou o finlandês no Radillon e ficou com a liderança. O piloto do carro numero 7 acabou por parar nas boxes na volta seguinte.

Contudo, houve alguns problemas. Por essa altura, soube-se que Raikkonen não abrandou o suficiente quando apareceram as bandeiras amarelas durante a desistência de Verstappen e foi penalizado em dez segundos, perdendo provavelmente a sua chance de pódio a favor do seu compatriota Valtteri Bottas. E a mesma coisa tinha passado a Sergio Perez por causa de uma dupla ultrapassagem e que acabou por sair de pista na travagem para Les Combes. 

Na frente, por alturas da volta 20, Hamilton estava na frente, com pouco mais de um segundo de avanço sobre Vettel - ambos com pneus moles calçados - o que fazia com que esta corrida não estivesse decidida. Atrás, Bottas não tinha mais Raikkonen, que tinha caido para o sexto posto, atrás de Ricciardo e Hulkenberg. O finlandês só apanhou o alemão na volta 25, no Radillon.

Duas voltas depois, Fernando Alonso abandona a corrida, mais uma vez por causa da falta de potência do seu motor Honda.

Depois disto, as coisas acalmaram. Mas na volta 30, os Force India voltaram a tocar-se na Eau Rouge, com Ocon a ficar sem nariz, e o mexicano sem o pneu traseiro direito. Ambos os carros se auto-eliminaram, e os destroços foram mais do que suficientes para chamar o Safety Car para a pista, para retirar os destroços de ambos os carros. Ocasião para que alguns pilotos trocaram os pneus, como Raikkonen e Bottas, bem como o Renault de Hulkenberg. Depois, foi Vettel a parar nas boxes para novo jogo de pneus. 

Na relargada, na volta 34, Hamilton aguentava os ataques de Vettel, enquanto que atrás, Bottas falhava a travagem para Les Combes e ficava atrás de Raikkonen, mas era Ricciardo que ficava com o terceiro posto, com o finlandês "vermelho" atrás. Nas voltas seguintes, Hamilton afastava-se do alemão para ver se conseguia a distância suficiente para vencer a corrida. Atrás, depois do sexto posto, Romain Grosjean e Felipe Massa tinham as suas recompensas depois de um fim de semana complicado, especialmente para o piloto brasileiro.

Mas no final, Hamilton conseguiu levar a melhor sobre Vettel neste GP da Bélgica. O inglês poderia estar a comemorar, mas a diferença entre eles não tinha sido tão grande como estava no papel. Ricciardo completou o pódio, na frente dos dois finlandeses, e Nico Hulkenberg ficou com o sexto posto. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram Grosjean, Massa, Ocon e Sainz Jr.

Apesar do inglês estar feliz pela vitória e de ter tirado alguns pontos a Vettel no campeonato, sabe que as coisas estarão muito equilibradas até ao final do ano, e caso queira tentar o seu quarto titulo mundial, vai ter de ser melhor do que os Ferrari nas corridas onde os carros vermelhos são teoricamente mais velozes. E pelos vistos, ele tem dificuldades nisso... veremos como será em Monza. 

ERC 2017 - Rali Barum Zlin (Dia 1)

Na Republica Checa, os checos mandam. É por isso que ao fim das nove primeiras classificativas do Rali Barum Zlin, sexta prova do Europeu de Ralis, é Jan Kopecky que lidera, com 16,9 segundos de vantagem sobre o russo Alexey Lukyanuk, no seu Ford. Kajetan Kajetanowicz é o oitavo e Bruno Magalhães é o 12º, a dois minutos da liderança.

No final deste dia, o piloto português disse sobre as suas dificuldades de adaptação ao rali checo: 

"As primeiras passagens foram mais complicadas mas depois sentimo-nos mais confortáveis dentro daquilo que é possível. Sabíamos que ia ser um rali muito difícil, onde os pilotos locais se sobrepõem aos pilotos do europeu. Mas agora que o dia terminou estamos contentes com o que conseguimos fazer. Nas segundas passagens conseguimos baixar bastante os nossos tempos, aproximamo-nos em termos de andamento do campeão europeu, pelo que temos de estar satisfeitos”, referiu.

Depois de Jan Kopecky ter conseguido ser o melhor na classificativa de abertura, a super-especial de Zlin, o checo partiu ao ataque, vencendo duas das primeiras três especiais da manhã, lutando pela liderança com Lukyanuk. No final da quarta especial, Kopecky tinha apenas 1,9 segundos sobre o piloto russo da Ford. Kajetan Kajetanowicz, o líder do campeonato, era apenas sétimo, a 37,6 segundos e Bruno Magalhães já tinha perdido um minuto e sete segundos.

Na parte da tarde, Lukyanuk tentou apanhar Kopecky, mas o checo reagiu, afastando-se ainda mais do piloto russo, acabando o dia com 17,3 segundos de vantagem. Vaclav Pech é o terceiro, a 46,6 segundos, na frente do alemão Marjan Griebel, também num Skoda, mas a um minuto e cinco segundos. Kajetan Kajetanowicz é o sétimo, mas a diferença é de meros sete segundos, o que mostra até que ponto este rali está a ser competitivo entre os primeiros classificados.

Bruno Magalhães acabou o dia na 12ª posição, mas já está a dois minutos e quatro segundos da liderança, e já disse que neste domingo, o seu objetivo é pontuar. 

É toda uma experiência nova para nós. Temos vindo a ganhar ritmo e a melhorar os tempos. Espero continuar a fazê-lo amanhã na tentativa de amealhar pontos para as contas do Campeonato. O carro continua óptimo, é apenas uma questão de nos sentirmos mais confortáveis para arriscar. Vamos ver o que conseguimos fazer”, concluiu.

Amanhã termina o Barum Zlin, com a realização das últimas seis especiais.