sábado, 22 de outubro de 2022

The End: Dietrich Mateschitz (1944-2022)


Dietrich Mateschitz, o fundador da Red Bull, morreu neste sábado aos 78 anos, na Áustria, confirmou a Speedweek, a revista ligada aos energéticos. Um dos fundadores da marca, em conjunto com o tailandês Chaleo Yoovidhya, que ajudou à expansão da marca para o resto do mundo, investindo muito no desporto, quer no automobilismo, quer no futebol, com clubes em Salzburgo, Leipzig e Bragança Paulista, Mateschitz estava doente desde há muito tempo, pois já não era visto em público, até pelos seus colaboradores mais chegados. 

A fortuna de Mateschitz está avaliada em 25,4 mil milhões de euros, e resta saber quem ficará com a sua parte da companhia, já que ele é dono de 49 por cento da Red Bull. 

De origem eslovena, Mateschitz nasceu a 20 de maio de 1944 em Sankt Marein im Mürztal, estudou na Vienna University of Economics and Business, onde se graduou em Marketing. Trabalhando pela Unilever, estava a trabalhar para a marca Blendax, uma pasta de dentes, quando chegou à Tailândia e conheceu a marca Krating Daeng, um preparado que os trabalhadores tomavam para combater a fadiga. Conheceu o seu fundador, Chaleo Yoovidhya, e juntos, em 1984, fundaram a Red Bull GmbH. Algum tempo depois, em 1987, lançou a marca na Áustria, e começou ali a sua campanha para a conquista mundial.

Ali, começou a apostar em realizações desportivas: futebol, automobilismo, ski e desportos radicais. No caso da Formula 1, começou com um patrocínio pessoal a Gerhard Berger, em 1988, para depois colocar o autocolante nos flancos da Sauber, em 1995, onde ficaram até 2003, altura em que tentaram comprar a equipa. Peter Sauber recusou, e a marca partiu para a fase seguinte, quando a Ford anunciou a sua venda da sua equipa de Formula 1, no final de 2004. 

Quando o negócio foi resolvido, contratou o escocês David Coulthard e o austríaco Christian Klien, mas sobretudo, colocou duas pessoas com experiência no automobilismo: o seu compatriota, Helmut Marko, ex-piloto de Formula 1 e empresário de pilotos, e o ex-piloto Christian Horner, britânico e então dono da Arden, na Formula 3000. Juntaram alguns bons engenheiros e pouco tempo depois, conseguiram a melhor contratação de todas: o britânico Adrian Newey, o projetista da Williams e McLaren, e que projetou carros como o Williams FW14 e o McLaren MP4/13.

Enquanto isso acontecia, Mateschitz adquiria no final de 2005 a Minardi, que o renomeou de Toro Rosso, com o objetivo de colocar os pilotos da Junior Team. A equipa ficou com a reputação de "queimar" os pilotos da Academia, mas até foi o primeiro a ter sucesso quando acertou com o alemão Sebastian Vettel, que deu a primeira vitória à marca em 2008, no GP de Itália. Pequeno detalhe: foi pela... Toro Rosso. Mas alguns meses depois, em Xangai, no GP da China, deu a primeira vitória à Red Bull. Nos anos seguintes, alcançou os títulos que tanto aspiravam, primeiro com Vettel, entre 2010 e 2013, e recentemente, com Max Verstappen, em 2021.

Mas para além do automobilismo, a Red Bull investia forte noutras modalidades. Desde o início que os desportos radicais estiveram no seu horizonte, mas foi no início da primeira década do século XXI que se meteu no futebol. Primeiro, ao comprar o SV Austria Salzburg, em 2005, no ano seguinte, o Metrostars de Nova Iorque, e em 2009, fundou o Red Bull Leipzig, que em oito anos, chegou à primeira divisão alemã. Para além disso, há o Red Bull Bragantino e tem interesses num clube de hóquei no gelo em Munique, e também é o dono do circuito de Speilberg, que o rebatizou de Red Bull Ring.

Mas Mateschitz ainda tem a paixão da aviação. Dono de um museu aéreo em Salzburgo, o Hangar-7, detém dezenas de aviões antigos, incluindo o avião pessoal do Marechal Tito, o líder da ex-Jugoslávia entre 1945 e 1980. Montou a Red Bull Air Race, o campeonato do mundo de competição aérea, que aconteceu entre 2003 e 2019. 

Mateschitz, apesar da fortuna e das implantações em várias áreas, era uma personagem notoriamente reservada, preferindo confiar a condução do dia-a-dia das suas atividades a gente como Helmut Marko e Christian Horner, no caso da Red Bull.

WRC 2022 - Rali da Catalunha (Dia 2)


Sebastien Ogier é o líder do rali da Catalunha, concluídas que estão as sete especiais deste sábado. O piloto francês tem agora uma vantagem de 20,7 segundos sobre Thierry Neuville, e 22,1 sobre o finlandês Kalle Rovanpera, noutro Toyota. Ott Tanak é o quarto, a 36,6 segundos do primeiro.

Com as especiais a acontecerem à volta de Salou, passagens duplas em Savallà, Querol-Les Pobles e El Montmell, o dia começa com Neuville a ganhar a especial, ganhando 0,9 segundos sobre Sebastien Ogier e 1,5 sobre Rovanpera. Ogier reagiu em Querol-Les Pobles, triunfando sobre Neuville, com uma diferença de 2,6 segundos. Rovanpera é o terceiro, a 4,3. A proba está a ser competitiva, como diz o próprio Neuville, no final desta especial.

"Foi uma corrida sem problemas para nós. Ainda estamos trabalhando um pouco no carro e, novamente, quando fica sujo, começo a perder a sensação no carro e não conheço os limites. Estou apenas tentando dirigir o melhor que posso, mas ainda temos algum trabalho a fazer. Sinto que há mais desempenho por vir se encontrarmos as configurações certas.", disse o belga da Hyundai.

Ogier terminou a manhã no primeiro lugar, voltando a ser o melhor, mas esta ficou marcada pelo acidente de Gus Greensmith, onde destruiu o seu Ford e obrigou à interrupção da classificativa.

A tarde começou com Ogier a triunfar novamente, 2,2 segundos na frente de Tanak e 2,3 sobre Rovanpera. E continuou na segunda passagem por Querol-Les Pobles, 3,3 sobre Tanak e 3,9 sobre Rovanpera. Contudo, parte ficou neutralizada depois do acidente do Polo R5 de Stephane Sarrazin, mas nisto, Ogier não estava perturbado. "É muito bom - eu realmente gosto deste tipo de classificativas. Desde que fiquemos fora de problemas, tudo bem. Você nunca sabe o que pode acontecer, então precisamos continuar fazendo o mesmo.", disse o francês.

Na segunda passagem por El Montermell, Dani Sordo acabou por ser o melhor, cinco segundos na frente de Neuville e 5,1 sobre Ogier. O belga queixava-se da subviragem no seu carro. "Tive muita subviragem em toda a etapa. Tentei estar na trajetória correta e não cometer erros. Foi uma tarde difícil porque tentei afinações diferentes e o desempenho foi diminuindo.", disse.

No final do dia, em Salou, Tanak foi o melhor, igualado por Neuville, com Ogier a 0,8. Rovanpera foi o quinto, a 1,8 insuficiente para manter o segundo posto a favor do belga. 

Depois dos quatro primeiros, Dani Sordo é o quinto, a uns distantes 1.13,2, seguido por Elfyn Evans, a 1.27,6. Craig Breen é o sétimo, a 1.39,7, e Katusta Takamoto é o oitavo, a 1.58,6 e a fechar o "top ten", estão os franceses Adrien Formaux, no Ford, a 2.13,7, e Pierre-Louis Loubet, a 2.59,2.

O rali da Catalunha termina amanhã, com a realização das últimas quatro especiais. 

Rumor do Dia: Outra competição feminina a caminho?


A ESPN contou esta sábado que a Fórmula 1 está a trabalhar num projeto de uma "feeder series" para todas as mulheres. De acordo com a publicação, espera-se que o campeonato esteja pronto a tempo para o início da temporada 2023, a fim de proporcionar um caminho mais claro até à pirâmide existente da Fórmula 2 e Fórmula 3, e claro, até à Formula 1.

Este projeto da Formula 1 visa ter lugares para mais de 15 pilotos na sua primeira temporada, usaria chassis de Formula 4 e não teria qualquer filiação com a W Series, que terminou prematuramente em Singapura, depois da falta de financiamento da competição.

Todas as pilotos teriam de estar na sua adolescência para poderem competir nesta categoria, porque os organizadores desta série acham que muitas das mulheres que estão na W Series são demasiado velhas para chegarem à categoria máxima do automobilismo. Para ficar com uma ideia, uma das pilotos, a finlandesa Emma Kimilainen, já tem 33 anos, e outra, a britânica Alice Powell, tem 29.

Quanto às equipas que estarão envolvidas na série, serão provavelmente as que já estão envolvidas nesses dois campeonatos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

WRC 2022 - Rali da Catalunha (Dia 1)


Sebastien Ogier é o melhor, concluídas as oito primeiras especiais do Rali da Catalunha. O piloto da Toyota esteve em duelo com o seu companheiro, Kalle Rovanpera, e os Hyundais de Ott Tanak e Thierry Neuville pela liderança, com os quatro primeiros a ficarem separados por meros 20 segundos. Ogier e Rovanpera estão separados por 4,8, e Neuville aparece a 12,5.

Depois do "shakedown", o dia de hoje tinha passagens duplas por Els Omells - Maldà; Serra de la Llena;  Les Garrigues Altes e Riba-roja, o dia começou com Rovanpera, o novo campeão do mundo, a ser mais rápido que a concorrência, ganhando 1,2 segundos a Neuville e 1,5 a Tanak. Ele regressou aos triunfos na segunda especial, desta vez ganhando 2,1 segundos a Neuville e três segundos a Elfyn Evans. Tanak atrasou-se devido a problemas no seu sistema híbrido do seu Hyundai, caindo para quinto.

Ogier foi o mais rápido na especial seguinte, e foi bem veloz. Deu 3,3 segundos a Neuville e 3,5 a Tanak. Rovanpera perdia 8,2 segundos e caía para terceiro. E na última especial da manhã, o belga foi o melhor, conseguindo 1,8 segundos sobre Tanak e 2,4 sobre Ogier, mesmo com o belga a ter problemas por causa de uma fuga de óleo.


"Tivemos uma corrida limpa. A estratégia de pneus não foi tão fácil esta manhã e estava um pouco no limite aqui, mas o equilíbrio não foi tão ruim no carro. Eu estava mesmo a gostar.", disse Neuville.

A tarde começou com Ogier a triunfar, com 1,4 segundos na frente de Tanak e 2,7 sobre Dani Sordo e Elfyn Evans, suficiente para que o francês passar para a frente do rali, 3,2 segundos na frente de Neuville e 6,5 sobre Rovanpera. O finlandês atacou e triunfou na sexta especial, com Ogier 2,2 segundos atrás dele e Sordo a 2,7. Kalle voltou a triunfar na sétima classificativa do rali, mas com Ogier a 0,7 e Neuville a 3,8, insuficiente para aguentar um ataque do francês, que acabou por ganhar na última classificativa do dia, deixando o Toyota a 1,2 do seu companheiro de equipa e 3,8 sobre Neuville.

Depois dos quatro primeiros, Dani Sordo é o quinto, a 50,9, no terceiro Hyundai, parecendo ganhar o duelo e Elfyn Ebans, que está a 1.10,2. Craig Breen é o sétimo, a 1.03,7 e Katsuta Takamoto é o oitavo, a 1.28,6. A fechar o "top ten" estão o Ford de Adrien Formaux, a 1.31,3, e Gus Greensmith, a 1.38,8.

O rali da Catalunha prossegue amanhã, com a realização de mais sete especiais. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

WRC: Renault pode entrar, se...


A Renault pensa desde há algum tempo no seu regresso aos ralis, onde tiveram sucesso nos anos 80 e 90 do século XX, primeiro com o Renault 5 Turbo, depois com o 11 Turbo, e na década seguinte, o Clio e o Megane de duas rodas motrizes, que eram verdadeiras bombas no asfalto nas mãos de gente como Jean Ragnotti, por exemplo. 

Contudo, para regressarem, pedem uma coisa à FIA e ao WRC: que a disciplina aceite carros elétricos. Luca di Meo, o CEO da Renault, quer desenvolver o Renault 5 Turbo 3E e afirmou querer vê-lo no Rali de Monte Carlo, local onde o original triunfou em 1981, nas mãos de Ragnotti. 

Queremos ir novamente para o WRC com o nosso novo R5 Turbo, por isso faço um pedido especial às autoridades deste campeonato: cavalheiros da FIA, por favor permitam a participação de carros elétricos no WRC. Sonho em ver um herdeiro de Jean Ragnotti chegar ao fim de Turini com este R5 Turbo 3E”, disse De Meo na inauguração do Salão Automóvel de Paris, que aconteceu ontem.

O concept do Renault R5 Turbo 3E, apresentado nesse salão, é o ponta de lança do Renault 5 elétrico que aparecerá em 2024. Tem tração traseira como o original, que foi desenvolvido pela Alpine e apareceu ao mundo em 1980, e tem o equivalente a 380 cv, mas com 700 Nm de binário. “Só precisamos de uma mudança de regras da FIA”, disse Di Meo, sabendo que o WRC procura marcas para engordar o seu Mundial de ralis, que neste momento têm apenas três: Ford (com a M-Sport), Toyota e Hyundai.

Apesar dos apelos, dificilmente acontecerá a um curto ou médio praxo. Contudo, existe a categoria R5e, uma nova classe só para carros elétricos, no qual já existe um carro a competir, o Opel Corsa eRally. Mas essa competição está apenas no seu início, e ainda não se sabe do seu impacto, e se isso é suficiente para convencer a Renault a tentar a sua sorte com o R5 que acabaram de apresentar ao mundo...

Rumor do Dia: Latifi a caminho da IndyCar?


Nicholas Latifi pode estar de saída da Williams no final da temporada, mas poderá não estar sem lugar por muito tempo. É que rumores vindos dos Estados Unidos afirmam que a Ganassi poderá estar interessado nos seus serviços para 2023. A equipa de Chip Ganassi, do qual foi falado recentemente por estar a negociar uma temporada parcial para... Kimi Raikkonen - para partilhar o carro de Jimmie Johnston, que anunciou há umas semanas que este é a sua última temporada a tempo inteiro na IndyCar - poderá ter um carro para o canadiano, para poder correr a tempo inteiro.

Sobre o assunto, Latifi não se alongou em comentários:

Não tenho realmente muitos pormenores para vos dar”, começou por afirmar. “Tenho explorado todas as opções. Sempre me perguntaram ‘E se a Formula 1 não funcionar?' e eu sempre respondi ‘Vou atravessar essa ponte quando chegar lá’. Obviamente que essa ponte chegou este ano, há algumas semanas. Por isso estou no processo de avaliar todas as opções”.

Latifi, de 27 anos, conseguiu apenas dois pontos este ano, com um nono posto no GP do Japão, e ao todo, na sua carreira, alcançou apenas nove, nas três temporadas que tem na Formula 1, sempre pela Williams. O seu melhor resultado foi um sétimo lugar no GP da Hungria de 2021, curiosamente na frente de George Russell, seu companheiro de equipa, que acabou na oitava posição nessa prova. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

O oferecimento de Kris Meeke


Aos 43 anos, o que alguém como Kris Meeke ainda pode dar ao WRC? Sem competir desde 2019, altura em que estava na Toyota, revelou numa entrevista à AutoHebdo francesa que ofereceu os seus serviços à Hyundai, que aparentemente, procura um piloto mais experiente que o sueco Oliver Solberg, que tem 21, e em que o seu talento não é tão consistente quando o do finlandês Kalle Rovanpera, o campeão do mundo de 2022.  

"O que tenho a perder ao contactar a Hyundai?" questionou Meeke. "Seria o programa perfeito para mim. O Dani Sordo e eu complementar-nos-íamos - se ele não quiser correr na Finlândia ou Estónia, eu ficaria feliz por fazer esses ralis. Um programa parcial seria perfeito para mim, porque não tenho ambições de ser campeão do mundo. Também ficaria contente se pudesse divertir-me em algumas competições sem stress."

Com a chance de Dani Sordo correr um programa parcial em 2023, a Hyundai poderá fazer algo semelhante ao que a Toyota está a fazer com o seu terceiro carro, que está a ser partilhado ao longo da temporada entre o francês Sebastien Ogier e o finlandês Esapekka Lappi. Desde que Meeke correu em 2019, onde conseguiu como melhor resultado um segundo lugar no rali da Alemanha, que o piloto britânico tem corrido no todo-o-terreno, nomeadamente feito o Dakar em 2020 e 2021, para além de algumas probas ocasionais no Médio Oriente, num Skoda Fabia Rally2.

Noticias: Audi que chegar ao topo em três anos


A Audi é ambiciosa na Formula 1 e espera chegar ao topo em três temporadas. Pelo menos é isso que Adam Baker, CEO da Audi Formula Racing e responsável pelo projeto da Fórmula 1, declarou. Ele afirmou que o projeto está em andamento e que o plano da estrutura é estar na luta pelo topo da tabela classificativa em três ano, após a entrada na categoria máxima do automobilismo em 2026. 

Apesar de ainda não ter confirmado qual é o chassis que irá abrigar a sua unidade motriz, a Audi tem já em andamento o seu programa, que conta com 130 pessoas, mas esperam chegar aos 300. "Posso dizer que a partir de 2023 vamos trabalhar até o limite do teto orçamental”, afirmou Baker.

"[Será] razoável pensar que levará três anos para chegar ao topo, por mais complicado que seja o desafio da Formula 1, mas gostaríamos de conquistar alguns pódios na temporada de estreia”, disse. Sobre a Sauber, cujos rumores da compra pela parte da marca das quatro argolas são fortes, Baker explicou que “não podemos falar sobre a Sauber, mas encontrar o parceiro certo é fundamental, porque é isso que nos permitirá ter sucesso no futuro“, concluiu.

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Formula E: Fanboost irá acabar


A Fanboost é para acabar em 2023. Embora este ainda não seja o anúncio oficial, o site the-race.com afirmou que teve acesso a um relatório onde afirma existir acusações nunca provadas de que houve votações adulteradas a favor de certos pilotos em certas equipas. Logo, o sistema, que nunca foi popular entre os pilotos e espectadores, tem os dias contados.  

Na temporada onde irá introduzir o Gen3, não será só os novos chassis que serão novidade. O Fanboost, que existe desde a temporada inicial da competição, será abolido, e isso foi acordado de forma unânime entre as equipas e os pilotos. Contudo, apesar do desaparecimento deste sistema, que ligava os pilotos aos espectadores, o Attack Mode continua em 2023, por ser algo mais eficaz e mais atraente nas corridas, por dar cerca de dois minutos de energia suplementar aos carros, logo, mais velocidade e capacidade de ultrapassar os concorrentes na sua frente.

O anúncio oficial poderá acontecer esta semana no Conselho Mundial da FIA.

Outra coisa do qual a Formula E quer implementar em 2023, mas poderá estar atrasado, é um sistema de reabastecimento de energia ultra-rápido dos carros, implementado nos carros da Gen3. Os testes estão a decorrer, mas com os obstáculos que tem aparecido, poderá não estar totalmente pronto para a temporada que começará em janeiro na Cidade do México.   

Youtube Motorsport Vídeo: A vingança da Ferrari

Todos nós conhecemos o duelo Ford contra Ferrari, que deu livros e um filme, estreado em 2019. Todos sabem que foi um projeto pessoal de Henry Ford II para bater Maranello no terreno onde ele era mais bem-sucedido, que era Le Mans. Mas o que poucos sabem foi o que aconteceu após a Ford ter ganho daquela maneira em 1966, com os três primeiros lugares a serem ocupados pela marca de Detroit. 

E é sobre isso que fala este vídeo do canal do Youtube Project Dream. Fala não só do 330P, o Ferrari feito para contrariar os GT40, do acidente mortal do Ken Miles, quando experimentava o protótipo J do GT40, em Riverside, mas também as 24 Horas de Daytona de 1967, provavelmente a maior vingança automobilística que muitos nunca ouviram falar.   

Formula E: Techeetah não participará em 2023


A Techeetah não correrá na próxima temporada de Formula E, depois de perder o apoio da DS, que foi para a Dragon, juntamente com um dos seus pilotos, o francês Jean-Eric Vergne. Contudo, figuras-chaves da equipa têm afirmando que procuram apoios que permitam o seu regresso em 2024. 

Formada no Verão de 2016 a partir das cinzas do Team Aguri, a Techeetah é propriedade da empresa chinesa de marketing desportivo SECA. Tem estado à procura de mais investimentos para gerir a equipa desde 2019, mas até agora não conseguiu chegar a acordo sobre um acordo que lhe permitisse continuar. E o facto de quererem regressar em 2024 não é inocente: caso não consigam, a licença regressa à Formula E Holdings, que irá oferecer à melhor oferta. Apesar de em 2023, termos 11 equipas a competir, em 2024 ou 2025, regressarão as 12, com ou sem Techeetah.

A equipa de Xangai é a equipa de maior sucesso na competição elétrica, tendo levado três títulos de pilotos - dois com Vergne e um com António Félix da Costa, em 2020, e dois campeonatos de equipas entre 2018 e 2020.

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

A imagem do dia


Aconteceu neste final de semana em Laguna Seca. E só demonstra a fome que os pilotos têm de correr, mesmo numa idade avançada. Mário Andretti tem 82 anos, a sua última temporada na CART foi há quase 30, e chegou a pisar o pedal a fundo em 2003 em Indianápolis - e quase morreu de susto, com o acidente que teve.

Correu com o chassis bi-lugar até aos 80 anos e ele ainda está forte e lúcido, ao ponto de ter desejado correr num dos carros da atualidade. E falou com o Mr, Brown sobre o assunto, ao que ele... acedeu. Neste domingo, em Laguna Seca, Mário andou num MP4-29 de 2014, pintado com as cores de 2022, entre diversos carros da marca no qual foram dadas chances aos pilotos da IndyCar de experimentar. Por exemplo, Pato O'Ward foi andar no MP4/5 de 1990, guiado por Ayrton Senna na temporada do seu bicampeonato. 

Andou calmamente pela pista, sem deixar cair o carro, deu umas voltas e no final, até disse: "Estou a arranjar pontos para a minha Super Licença!"

Assistir a Andretti pai, o patriarca de toda uma família automobilística, que andou ao lado de Jim Clark, Graham Hill, Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson, Carlos Reutemann, Gilles Villeneuve, Nigel Mansell, Nelson Piquet... a lista é imensa, andar num carro guiado por Lewis Hamilton e Jenson Buttom é algo de admiração. Fazer isto numa terceira idade - Stirling Moss desistiu de andar em exibições aos 80 anos, por exemplo - demonstra a boa forma e a lucidez de alguém, uma lenda viva do automobilismo americano e mundial, que foi campeão do mundo aos 38 anos, e deixou de correr a tempo inteiro aos 54. 

E tudo isto no dia em que o Circuito das Américas anunciou que batizará uma das suas curvas com o seu nome, uma homenagem rara em vida à lenda. O seu nome ficará na curva 20, e a cerimónia acontecerá na quinta-feira, antes do fim de semana americano da Formula 1.  

É algo digno de admiração. E os vídeos circulam por aí, vão lá assistir. É algo que sabemos que é precioso. 

Youtube Motorsport Vídeo: Os Grandes Prémios da Venezuela

O automobilismo na América do Sul sempre foi uma modalidade fascinante. As longas corridas de cidade para cidade, enormes "rally-raids" nos anos 30 e 40, que revelaram gente como Juan Manuel Fangio, deram depois da guerra nos Grandes Prémios que atraíram as grandes marcas que queriam correr especialmente no verão austral, especialmente janeiro e fevereiro. 

A Argentina foi o grande lugar, com corridas em Buenos Aires e o lugar do primeiro Grande Prémio de Formula 1, em 1953 - e correram lá até 1960 - mas outros lugares também receberam gente como Stirling Moss, Phil Hill, Jean Behra, Peter Collins, correndo em carros como Mercedes, Porsche, Maserati, Gordini, entre outros. 

E um desses outros lugares foi a Venezuela. Num circuito desenhado no meio da capital, Caracas, entre 1955 e 1957, houve um Grande Prémio que era muito longo com curvas muito acentuadas, o Circuito de los Proceres, onde quando não havia corridas, havia... desfiles militares. 

Sim: como na Argentina, com Juan Domingo Perón, e em Cuba, com Fulgêncio Batista, a ideia e a sustentação do Grande Prémio foi ideia de Marcos Pérez Jiménez, o general-ditador que como Mussolini e Hitler, tinha um fascínio pela velocidade. Algumas das maiores autoestradas do país tiveram a sua cunha, e trazer os melhores pilotos do mundo não era complicado. E quando ele foi deposto, no início de 1958, acabaram-se as corridas naquela parte do mundo.

Mas se Cuba ficou marcado pelo rapto de Fangio pelos rebeldes, Caracas ficou marcado pela corrida de deu um prego no caixão da Maserati do automobilismo por muito tempo. Todos os seus carros ficaram destruídos e as finanças ressentiram-se amargamente. 

O vídeo é um pouco grande, mas vale a pena. E muitos de vocês entendem o castelhano.

Para finalizar, agradeço ao Paulo Abreu por falar do vídeo, e mando daqui um beijo muito grande à minha venezuelana favorita, a Rocio (Serena) Navarrrete.    

domingo, 16 de outubro de 2022

A(s) image(ns) do dia

 






Tudo que é bom acaba depressa. O Leiria Sobre Rodas animou o fim de semana na minha cidade, e como sempre acontece, culmina com um desfile no meio da cidade, perante multidões de pessoas. O cheiro a gasolina é mais que evidente nos nossos olfatos, e hoje, o tempo ameaçou chuva - e caiu um bocadinho, é preciso afirmá-lo - mas isso não impediu que todos saíssem e se mostrassem.

Depois da pandemia, de uma certa forma, é o regresso à normalidade. E até calhou bem, este ano. Falamos dos 50 anos do Renault 5, e os 30 do Twingo, dois dos mini-carros mais bem-sucedidos da Renault, hoube outras marcas que expouseram os seus carros - muitos Fiats, BMW's e um Porsche 911 laranja guardado dentro de uma caixa como se fosse uma das miniaturas - e pelo que se conta, quase 70 mil espectadores passaram pelo local ao longo dos três dias do evento. 

E houve transmissões em direto no canal do Leiria Sobre Rodas no Youtube. 

Em suma, para os amantes dos automóveis, isto mostrou-se aquilo que já era desde há uns anos para cá: um dos maiores eventos em Portugal, a par do Caramulo Motorshow. E espero que no próximo ano, seja maior e melhor. Que é para passarmos melhores momentos como este. 

Noticias: Portimão quer receber a Formula 1 em 2024


No fim de semana em que o Autódromo de Portimão recebeu a final do European Le Mans Series, local no qual receberá a etapa final até 2025, e também terá o Mundial de Endurance em abril de 2023, o seu administrador, Paulo Pinheiro, afirmou que pretende trabalhar para receber a Formula 1 em 2024. E para isso, renovou recentemente a licença Grau 1 da FIA.

Está nos nossos planos trabalhar, muito, muito para ter Fórmula 1 em Portugal em 2024”, referiu Paulo Pinheiro em declarações ao site Auto ao Minuto sobre a possibilidade de Portimão entrar num regime de alternância com Barcelona.

É um objetivo muito grande que nós temos. Apoio do Estado? Nós temos que fazer aquilo que está ao nosso alcance. Vamos fazer o nosso trabalho, temos provas dadas no passado e mostrámos aquilo que podemos fazer.”, continuou.

A Formula 1 receberá um teste privado da Pirelli após o final da temporada em Portimão, e isso deve-se também à tal renovação da licença Grau 1 da FIA, que ajuda muito para futuros testes e claro, o possível regresso da categoria máxima do automobilismo.

Tínhamos de estar preparados caso surgisse alguma oportunidade para receber testes, corridas e temo-lo feito”, afirmou Paulo Pinheiro. “Aliás, conseguimos agora há um par de semanas a reaprovação da pista para receber Fórmula 1. Custa dinheiro, claro… Podíamos ficar com o Grau 2, mas não. Queremos manter isto e vamos sempre mantê-la. É um investimento.

Vai ser um ano muito intenso de trabalho, sim. Vamos ter 354 dias de ocupação e vamos ter mais de 25 corridas ao longo do ano. Tem sido muito intenso. Temos uma equipa relativamente pequena, mas muito, muito dedicada, que é o nosso ponto forte”, finalizou.

Youtube Formula 1 Vídeo: A ascensão de Max Verstappen

Aos 25 anos, Max já é um veterano. Na categoria máxima do automobilismo desde os 17, bateu alguns recordes de precocidade, e em 2021, conseguiu aquilo que ambicionava, quando por fim, a Red Bull conseguiu regressar ao topo. 

Neste vídeo, pode se ver essa ascensão do piloto neerlandês, filho de Jos Verstappen.