sábado, 22 de novembro de 2008

E pronto... cheguei às 250 mil visitas!

Quando iniciei este blog há mais de ano e meio, desconhecia se isto iria durar. Cedo descobri um motivo para escrever aqui, mas duvidava se alguma vez iria ter muitos espectadores. Decidi que este blog iria servir para desenvolver as minhas capacidades de escrita, pois sendo licenciado em Jornalismo, não foi fácil (e não continua a ser) a arranjar um emprego no meio, pelo menos neste país.


Hoje, verifico que todos os meus receiso foram infundados. Porquê? Pois tenho público, trabalho para dois sitios na Net, e tenho uma média de visitas que ronda os 800 por dia, com picos de 1100. E hoje, alcancei a marca das 250 mil visitas. Fantástico, hein? No final, ao chegar a este feito, isto é prova de que aquilo que faço é fruto de trabalho e do meu gosto pelo automobilismo (e pelo jornalismo), e acho que está a valer a pena. E quem sabe, o milhão de visitas já começa a ser bem real...


E aos que me visitam e que me elogiam, e se tornaram meus fãs: agradeço imenso, do fundo do coração.

Speeder questiona... Marcos Antônio Filho (GP Series)

Hesitei um bocado em colocar este post, não pelo convidado em si, mas não sei se valeria a pena colocar entrevistas duas vezes por semana. Mas como neste momrento tenho mais de uma dezena de entrevistas feitas, não acharia de bom tom fazer perguntas a alguém em Novembro, e publicá-las em Março, por exemplo. Portanto, e até ver, ás Quartas e Sábados, durante o defeso, haverá espaço para as entrevistas.

E hoje, o segundo convidado deste “Speeder questiona…”, o espaço de entrevistas do “Continental Circus”, é um apaixonado pela Williams. Marcos António Filho têm 23 anos e é do Rio de Janeiro. Trabalha como vendedor, mas sonha em cursar Jornalismo, para poder escrever sobre aquilo que mais apaixona: o automobilismo, mais concretamente a sua equipa favorita. Enquanto não concretiza o seu sonho, decidiu criar há quatro meses atrás o blog GP Séries, onde fala essencialmente de Formula 1 em geral, e da Williams em particular, com algumas situações humorísticas aqui e ali. E ele é hoje é o meu convidado, numa entrevista feita por e-mail.


1 – Olá, é um prazer ter-te aqui a responder às minhas perguntas. Queres explicar, em poucas linhas, como começou o teu blogue?

Marcos Antônio: Sempre fui fã de automobilismo e da Williams desde pequeno, e quando eu passei a ter computador em casa, passei a procurar sobre o assunto Corridas, carros, acidentes, tudo me interessa, lia vorazmente sobre isso. Eu participava de fórum sobre F1 em uma rede de relacionamentos, e via as pessoas escrevendo, e eu passei a escrever também. Mas ninguém dava atenção, depois de muito tentar e não consegui, pensei; “vou escrever um blog!”

2 – O nome que ele tem, foi planeado ou saiu, pura e simplesmente, da tua cabeça?

MA: Sou fã da Williams, mas não queria que o nome tivesse alguma menção, afinal meu blog fala sobre F1 em geral, com ênfase na Williams. Fiquei digitando nome no blogger até chegar a um nome legal e que ninguém tinha: GP Séries.

3 – Antes de começares o teu, tinhas participado em algum blogue ou site?

MA: Como disse, Participei desse comunidade, mas como não fui muito ouvido, não participo mais de lá.

4 – Quando é que começou, e quantas visitas é que já teve até agora?

MA: Comecei exactamente no dia 1 de Julho de 2008 e segundo o google analytics, já tive 19.764 visitas até dia 11 de Novembro. Nem eu sabia que tanta gente tinha visto!

5 – De todos os posts que já escreveste, lembras-te de algum que te orgulhe… ou não?

MA: O que eu me orgulho de fazer é o especial da Williams. Eu mergulhei na história deles de tal maneira que virei mais fã ainda do Frank Williams e Patrick Head, sendo que aceitação do pessoal que lê o blog é maravilhosa.

6 – O defeso é, por norma, um período muito escasso em termos de notícias. Como pensas manter os teus leitores fiéis?

MA: É difícil, mas tento manter sempre as seções que fazem sucesso.Como meu blog pende um pouco pro humor, dá para fazer algumas brincadeiras pra distrair o pessoal, para em 2009 a gente voltar com novidades.

7 – Dos blogues que conheces sobre automobilismo, qual(is) dele(s) é que tu nunca dispensas uma visita todos os dias?

MA: A lista é imensa, tenho vários blogs no meu blog’n Roll que não dispenso uma visita quando eles postam. Os blogs do Groo, do Felipe Maciel, da Aline, do Giglio, o seu, sem puxa-saquismo (risos), Grid F1, as meninas do Octeto, Blogsport, De olho na F1, Loucos por F1, e todos os outros que vou descobrindo e participando de todos os blogs. Desculpe se não citei algum, mas todos que eu comento, eu considero muito muito bons!

8 – Falamos agora de Formula 1. Lembras-te ainda da primeira corrida que assististe?

MA: Lembro, Foi o GP da Espanha de 1991, aquele que o Mansell e o Senna ficaram lado a lado, roda a roda naquela reta. Eu tinha 7 anos e aquilo me marcou muito.dois carros andando tão perto um do outro! Dali foi paixão a primeira vista, assistia mesmo sem compreender nada, em 1993 foi quando passei a compreender as corridas de Formula 1.

9 – E qual foi aquela que mais te marcou?

MA: Foram duas: Brasil 93, quando teve um dilúvio e a torcida carregou o Senna nos Braços, e em Ímola 94, a morte do Senna foi algo chocante, nunca tinha visto um acidente fatal na Formula 1, fiquei bastante impressionado. Minha mãe na época quis me proibir de assitir Formula 1, porque estava achando que eu tava ficando vidrado demais nisso. Como vocês podem constatar, a proibição dela não deu muito certo (risos)

10 – Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais te agrada, e porquê?

MA: Senna. Foi o único que assisti ao vivo e pude dizer que vi atuações geniais dele. Sei da importância do Fitipaldi e Piquet, dois gênios, mas acho que Senna dentro das pistas tinha uma dedicação, um arrojo que me chamavam muito a atenção.

11 – E achas que algum dia, Felipe Massa vai fazer parte deste trio de campeões?

MA: Acredito que sim, Massa fez uma temporada incrível e tem um poder de recuperação impressioante.é um bom piloto, pode ser um piloto campeão. Não sei se pode conseguir ser um piloto genial, isso é algo que só o tempo dirá.

12 – Compara-o aos três pilotos acima referidos. Filipe Massa é mais parecido com quem, e porquê?

MA: Não acho ele muito parecido com nenhum dos três, ele me lembra muito o Nigel Mansell, por ser meio estabanado em algumas corridas, e magistral em outras.

13 – Achas que o título de 2008 foi bem entregue?

MA: Foi. E se fosse o Massa também estaria em boas mãos. Hamilton é um grande piloto e mereceu essa conquista.

14 – Tirando os brasileiros, qual é para ti o piloto mais marcante da história da Formula 1, e porquê?

MA: Para a história, acho Michael Schumacher. Ele acabou elevando a F1 a outro patamar, a dos carros infalíveis. Fora os recordes todos quebrados pelo o alemão.Mas na verdade o piloto que sou fã, e que acho o melhor, é o Nigel Mansell, quando pequeno queria dirigir que nem ele! E acho que consegui (risos)

15 – Para além de Formula 1, que outras modalidades tu mais gostas de ver?

MA: F-Indy, sou fã dessa categoria.

16 – E falas sobre elas no teu blogue?

MA: Falei, mas achei que falei pouco, ano que vem farei uma cobertura melhor.

17 – O que é que tu alcançaste, em termos de prémios e convites, desde que tu iniciaste o teu blogue?

MA: Ganhei um prêmio a esfera de intelecto y filosfia que andou rolando entre os blogs e já participei do Podcast da Aline, Williams doente que nem eu, da Rádio on Board do Maciel e do Groo e virei integrante fixo da rádio do fórum que participo, fora as charges que faço pro Blog do MarceloF1, que me cedeu esse espaço me dizendo que eu era bom mesmo sem eu acreditar nisso. Isso para mim são troféus que mostra o reconhecimento pelo meu “hobby”, que é escrever sobre automobilismo.

18 - “Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma espera.” Esta frase é dita pelo Steve McQueen, no filme “Le Mans”. Concordas com o seu significado? Sentes isso na tua pele, quando vês uma corrida?

MA: Para quem ama o automobilismo, corridas são tudo. Como espectador fico tão ansioso por uma corrida, que parece que estou assistindo ao vivo aquilo tudo. E quando termina a temporada? Fico sofrendo de DPT - Depressão Pós Temporada... (risos)

19 - Tens alguma experiência automobilística, como karting? Se sim, ficaste a compreender melhor a razão pelo qual eles pegam num carro e andam às voltas num circuito?

MA: Nunca corri de kart, infelizmente. Mas gostaria muito e espero fazer isso em breve.

20 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?

MA: O final dos anos 70 e o início dos anos 80. Eu queria muito ter visto Gilles Villeneuve correr.

21 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o “Gran Turismo”, o “Formula 1”, ou jogos “online”, como o BATRacer ou o “Grand Prix Legends”?

MA: Eu quando tinha tempo jogava “F1 Challenge”, tenho vários mods das temporadas e “RFactor”. Nunca joguei “online” porque sou um ruim de roda e ia fazer muita besteira, ia ser o Yuji Ide das pistas virtuais... (risos)

22 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?

MA: Quando vi pela primeira vez, fiquei boquiaberto com a ousadia dos dois pilotos, em uma disputa incrivelmente voraz, por um segundo lugar. Aquilo foi a essência do automobilismo em seu auge. Carros batendo rodas, deixando para frear (travar) no último momento, isso foi de tirar o fôlego.

23 – Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Qual?

MA: Lucas Di Grassi é o piloto que eu mais vejo chances de ser vencedor. Ter sobrenome famoso não é sinónimo de grande piloto, é sinónimo de bastante marketing. Di Grassi mostrou ser rápido e cerebral, sabe quando partir pra cima ou quando tem que adminstrar uma vantagem. Só falta darem um lugar pra ele na F1. Estou torcendo para que ele consiga.

24 – Tens alguns planos para o blogue, no futuro, do género, novas secções?

MA: Ainda não tenho, no final vou tirar umas férias, inclusive do blog, e nesse tempo usarei pra pensar novas secções, remodelar as existentes, em 2009 teremos muitas novidades. E a Williams vai vencer o mundial de construtores no ano que vem. (risos)

Noticias: Mark Webber foi atropelado na Tasmânia

O piloto da Red Bull, Mark Webber, foi atropelado esta madrugada na Tasmânia, quando participava no evento "Pure Tasmania Challenge". Aparentemente, o piloto australiano viu-se envolvido numa colisão frontal com um 4X4 numa altura em que rodava com a sua bicicleta de montanha, perto da cidade de Port Arthur.

O infeliz piloto australiano foi levado de helicóptero para o Hospital Royal Hobart onde se encontra em condição estável, embora com pelo menos uma perna partida. O director da prova, Geoff Donahue, comunicou à imprensa que Webber já foi operado, e no sentido de reduzir a fractura, foi colocados alguns parafusos, e que não vai ficar mais do que três a cinco dias na unidade hospitalar.

Webber, de 32 anos, está na Formula 1 desde 2002, altura em que alinhou na Minardi, conseguindo um impressionante quinto lugar na sua estreia. Depois teve passagens pela Jaguar (2003-04), Williams (2005-06) e desde 2007 que está na Red Bull. Ao todo, em 123 Grandes Prémios, conseguiu cem pontos e dois pódios. No próximo ano, Webber irá alinhar ao lado do alemão Sebastien Vettel, ex-Toro Rosso, o surpreendente vencedor do GP de Itália, em Setembro.

A1GP - Ronda 3, Sepang (Qualificação)

A A1GP vai ter este fim de semana a sua passagem pelo circuito malaio de Sepang, e pode-se dizer que as cores nacionais tiveram um bom desempenho, pois o carro guiado por Filipe Albuquerque conseguiu o quarto lugar da grelha na Sprint Race, enquanto que na Feature Race, vai partir do quinto lugar.

A qualificação para a Sprint Race nem começou da melhor forma para as cores nacionais, dado que, devido a uma bandeira vermelha provocada por um problema mecânico do carro sul-coreano, a sessão esteve interrompida durante alguns minutos. Com o tempo a esfumar-se, os pilotos saíram todos ao mesmo tempo para a pista, criando verdadeiros engarrafamentos, e Albuquerque foi prejudicado pelo carro do sul-africano Adrian Zaugg, conseguindo apenas o nono posto da grelha. Porém, mais tarde, melhorou a sua performance, e obteve um lugar na segunda fila da grelha de partida, ao lado do neo-zelandês Earl Bamber, e não muito longe do "poleman", o suiço Neel Jani.

Já nas sessões que estabeleceram a grelha de partida para a Feature Race, o piloto português esteve sempre em liça pelas posições cimeiras. esperava-se que houvessem fortes ataques ao lugares do topo da tabela de tempos, dado que na Malásia foi introduzida a possibilidade de cada carro usar o power boost durante uma das voltas das quatro fases da qualificação que definem as grelhas de partida das provas de domingo e Filipe Albuquerque, à semelhança dos restantes pilotos, guardou esta opção para a sua derradeira volta lançada. Com pneus novos montados no seu monolugar, o piloto português melhorou substancialmente o seu tempo, assim como o a maioria dos seus oponentes, subindo ao quinto lugar, ao assinar uma volta que o deixou a meio segundo do irlandês Adam Carroll, que estableceu a "pole-position", e a menos de um décimo do libanês Daniel Morad, o terceiro mais rápido.

Para quem confessava o seu desconhecimento do circuito, tornou-se uma agradável surpresa os seus tempos em Sepang, mostrando que se encontra este ano em posição de discutir as vitórias, e quem sabe, o título da competição. As corridas de amanhã ditarão o resultado.

Noticias: Löeb ameaça abandonar o WRC

Sebastien Löeb poderá abandonar os ralies no final de 2009, caso a FIA decida promover os actuais S2000 e os Grupo N, em deterimento dos actuais WRC. Em declarações ao site ingles autosport.com, o penta-campeão francês deixou claro que os S2000 não têm qualquer interesse para si:


"Não sei nada sobre o futuro, apesar de já ter ouvido várias coisas sobre o que a FIA pode vir a fazer em termos de regulamentos. Se for decidido promover os Super 2000 e Grupo N, aviso já que comigo não contam. Não são interessantes de guiar.", referiu Löeb.


Na passada semana houve nova reunião na tentativa de serem encontrados caminhos para poupar dinheiro, mas o "whipmaster" presidente da FIA, Max Mosley, quer que o desporto seja o mais barato possível e para isso, para ele, o melhor é mesmo optar pelos S2000 e Grupo N. Contudo, os principais Construtores permanecem contra esta hipótese, e propõem um compromisso denominado Super 2000 Plus, com o famigerado kit de upgrade para os S2000 e Grupo N, mas os custos deste kit deixaram a FIA de pé atrás, e recuou.


Para Löeb, essa solução era aceitável: "Se optarem por isso, não é problema para mim. A potência deverá ser a mesma que actualmente, e isso é o ponto principal. Não é importante se os carros são um pouco mais leves ou têm menos tecnologia. Acredito mesmo que se optarem por esta solução os carros serão divertidos de pilotar, para nós e espectaculares para os espectadores.", referiu. Caso saia, pode ser que seja uma perda para os Ralies. Mas pode ser uma mais-valia para a Le Mans Series, por exemplo...

A magnifica acrobacia de Ken Block



De quando em quando, recebo e-mails que valem a pena serem vistos, uma e outra vez. Aquilo que vi hoje tem a ver com um americano que faz maravilhas com o seu Subaru Impreza STi. Chama-se Ken Block, tem 41 anos (feitos ontem) é piloto de ralies (vice-campeão americano em 2006 e 2008), e também é um dos fundadores da marca de sapatos DC Shoes.

Block, para além de ser piloto, também é "stuntman", ou seja, faz umas acrobacias loucas. Em 2006, fez um salto de 171 pés, num video que foi filmado de prpósito para Discovery Channel. É competidor regular nas X Games, e já ganhou algumas medalhas nesta categoria. Este ano, Block decidiu fazer a "Gymkhana", que basicamente é uma modalidade que é feita num espaço aberto (neste caso, um aeroporto), onde o condutor tem que fazer acrobacias entre cones, barreiras de pneus, entre outros, usando aceleração extrema e o "drifting". Neste video que vos coloco, Block foi mais longe do que o habitual, com coisas que vos fazem, eventualmente, ficar de boca aberta. Só visto...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Eles vão voltar!

A Honda ficou satisfeita com as prestações de Bruno Senna e Lucas di Grassi, esta semana, em Barcelona. Contudo, a marca quer testá-los de novo, nos dias 9 a 11 de Dezembro, em Jerez de la Frontera, com a possibilidade de se estender na semana seguinte, de 15 a 17 de Dezembro, no novo autódromo de Portimão. A ideia é testá-los em condições de acerto zero, ou seja, serem eles próprios a acertarem o carro à medida que dão as voltas à pista.

Uma coisa é certa: A Honda gostou muito da prestação destes brasileiros, e este Inverno vai ser decisivo para as carreiras deles, para saber se têm uma chance para se estrear na Formula 1. E então para o Bruno, acontecer isso exactamente 25 anos depois do seu tio, seria no mínimo, simbólico...

Motorádio, ou a forma de apresentar um novo blog na praça...

Como estamos às portas do fim de semana, não seria má ideia colocar aqui um videoclip que fala um pouco de velocidade. E trata-se de uma banda mítica dos ano 80, os New Order, que nasceram ods destroços dos Joy Division, dissolvido em 1980 após o suicídio do seu vocalista, Ian Curtis.

Esta musica chama-se "60 Miles an Hour" e petrtence ao álbum de 2001, "Get Ready". E esta é a forma que arranjei para assinallar o surgimento do blog Pé Na Tábua, do Rodrigo Lara. Boa sorte, que o defeso vai ser longo...

Feliz 65º aniversário, Jacques!

Hoje é dia de aniversário de Jacques Laffite, um dos membros da "Alliance Francaise", que polvilharam as grelhas de partida de Formula 1 nos anos 70 e 80. Laffite só correu em duas equipas durante a sua longa carreira na categoria máxima: Ligier e Williams.

Foi na Williams que conseguiu o seu primeiro grande resultado de relevo, um segundo lugar no GP da Alemanha de 1975. Foi o piloto emblemático de Guy Ligier nos primeiros tempos da sua aventura na Formula 1, dando à equipa a sua primeira vitória, e a primeira do simpático piloto francês. Aliás, todas as suas seis vitórias na carreira, entre 1977 e 1981, foram conseguidas a bordo dos carros azuis.

A sua carreira durou até aos 41 anos, e na sua última temporada, em 1986, ainda conseguiu dois pódios, antes do GP de Inglaterra, no circuito de Brands Hatch. Aí, comemorava o seu 176º Grande Prémio da carreira, igualando o então "record" de Graham Hill. Contudo, não foi longe: uma carambola no inicio da partida fez com que batesse no muro e fracturasse ambas as pernas, terminando a sua carreira.

Hoje em dia é comentador das provas de Formula 1 no canal francês TF1, ao lado de Christophe Malbranque e Jean-Claude Moncet, e os seus comentários são atentamente ouvidos pelos espectadores. Escrevi uma biografia dele nos primórdios deste blog, podem ver no link que eu coloquei aqui. Joyeux Anniversaire, Jacques!

A1GP: Team Portugal vai ter quatro "rookies"

Os membros da A1GP Team Portugal e a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) decidiram pelo segundo ano consecutivo, eleger quatro jovens esperanças portuguesas para conduzir o monolugar normalmente usado por Filipe Albuquerque, e dois deles são aqui conhecidos: Armando Parente, de 19 anos e campeão da Formula ADAC Series em 2008, e António Felix da Costa, o "Formiga", de 17 anos e vice-campeão da Formula Renault NEC (North European Compatition)

Para além destes dois, outros dois pilotos se juntaram: Gonçalo Araujo e Bruno Serra, que correm na Formula Renault 2.0 Portugal.

Estes quatro pilotos têm desde já a garantia que estarão presentes pelo menos em uma das jornadas do A1GP, participando nas duas sessões destinadas aos rookies, sendo que o A1 Team Portugal vai ter um destes jovens pilotos em seis dos dez eventos da época. E quem vai abrir as hostilidades é Armando Parente, que experimentará o carro este fim-de-semana, no circuito malaio de Sepang.

Luís Vicente, o responsável máximo do A1 Team Portugal, afirmou a este propósito: "Como responsável pelo A1 Team Portugal, penso que temos o dever de auxiliar o crescimento de uma nova geração de pilotos nacionais, proporcionando uma valiosa experiência internacional, com um monolugar de elevadas performances, como é o novo A1 GP Powered by Ferrari. Em paralelo, é também para nós importante o desenvolvimento de uma nova geração de jovens pilotos, que estejam em posição de no futuro assumirem a representação do país no A1 GP. A experiência que proporcionamos a estes jovens será sem sombra de dúvida relevante, não apenas no que respeita ao tempo de condução que irão usufruir em pista e no simulador do A1GP, mas também através do contacto com uma realidade técnica e profissional bastante mais exigente do que as fórmulas ditas de promoção, pois terão não só acesso a todo o complexo sistema de afinação e desenvolvimento do monolugar nacional como ao acompanhamento constantes do nosso departamento técnico e do nosso director desportivo Pedro Matos Chaves".

Armando Parente estará em pista em duas sessões de 30 minutos na sexta-feira, uma entre as 2h45 e as 3h15 e outra logo a seguir, das 3h35 às 4h05, tudo hora de Lisboa. Quanto a Filipe Albuquerque, só entrará em acção nas sessões livres e de qualificação, que ocorrerão na manhã de Sexta e Sábado.

Bolides Memoráveis - Matra MS80 (1969)

A Matra foi uma marca de automóveis fundada em 1947 e desaparecida em 2003, e o nome é somente a sigla para "Mécanique Avion TRAction". Foi um grande grupo, que sob a direcção de Jen-Luc Lagardére (1928-2003) englobou vários sectores como da alta tecnologia e defesa, e nos anos 90 chegou a ser um largo grupo editorial em França. Nos anos 60, a Matra decide envolver-se no automobilismo, quando compra a Automobiles René Bonnet. Nessa altura, a firma construia um carro feito de fibra de vidro, o Bonnet Djet, com um motor Renault. A marca escolheu esse nome porque ninguém em França conseguia dizer a palavra "Jet"...

Quando a Matra compra a Bonnet, em 1963, o carro é rebaptizado de Matra Djet, e torna-se num sucesso, pois era dos poucos carros desportivos a serem fabricados em França. Lagardére usa os recursos da marca para se aventurar no automobilismo, e em 1964, começa a fabricar chassis para a Formula 3 e Formula 2, vencendo o campeonato francês e o europeu. Em 1967, começa a experimentar a Formula 1, desenhando um chassis experimental, o modelo MS7 com motores Ford de quatro cilindros em linha, pilotados por Johnny Servoz-Gavin e Jean-Pierre Beltoise. Em 1968, a Matra tinha criado o seu motor V12, com o seu ruido característico, enquanto que o seu director-desportivo, o britânico Ken Tyrrell, traz o seu protegido Jackie Stewart, da BRM. Com o chassis MS10, e sob o nome de Matra International, ganha três corridas, e é o maior rival de Graham Hill nessa temporada. Para além de Strewart e Beltoise, a Matra tinha inscritos mais dois carros, para Servoz-Gavin e para outro jovem francês, chamado Henri Pescarolo.

Vendo o sucesso da equipa nessa primeira temporada a tempo inteiro, Lagardére decide tomar uma decisão radical: retira a Matra Sports, e retêm a Matra International, com o motor Ford Cosworth, e Stewart e Beltoise como pilotos. Assim sendo, começam a desenhar o sucessor do MS10: o Matra MS80.



O MS80 foi o primeiro carro a ser projectado com vista a incluir os aerofólios dianteiros e traseiros, que tinham surgido no ano anterior. O chassis foi também o primeiro a incluir inegralmente no seu chassis o motor Ford Cosworth DFV, de três litros, que tinha uma potência declarada de 440 cavalos, às 9200 rotações por minuto. Com uma forma de "garrafa de coca-Cola", que depois foi seguida noutros chassis, os depósitos de combustível foram colocados em cada um dos lados do piloto, pois o seu tamanho era maior algo, devido ao maior consumo proporcionado pelo motor Cosworth DFV. A frente do carro era feita de fibra de vidro, que permitia a sua substituição em caso de dano, pelos mecânicos, o que fazia com que o carro fosse 15 quilos mais leve que o chassis MS10.

O chassis estreou-se oficialmente na Corrida dos Campeões, em Brands Hatch, uma corrida extra-campeonato, onde Jackie Stewart ganhou, e a primeira corrida a contar para o Campeonato do Mundo, foi o GP do Mónaco de 1969, e foi o primeiro a adaptar-se aos novos regulamento em relação às asas dianteiras e traseiras, criada após os incidentes de Montjuich, palco do GP de Espanha daquele ano, onde ambos os Lotus, de Graham Hill e Jochen Rindt se despistaram, vitimas da fragilidade das asas instaladas, perante as fortes cargas aerodinâmicas que existiam em certos sitios do circuito... nessa corrida, Stewart fez a pole-position e a volta mais rápida, mas não terminou a corrida devido a problemas mecânicos.

Mas nas três provas seguintes, Holanda, França e Grã-Bretanha, Stewart foi sempre o vencedor, rumando decididamente para o seu primeiro título mundial, e o primeiro de Ken Tyrrell. Depois de um segundo lugar na Alemanha, ganha pelo Brabham de Jacky Ickx, Stewart venceu uma quarta vez, em Monza, numa chegada ao milímetro contra o seu rival (e amigo pessoal) Jochen Rindt. Com este carro, o piloto escocês conseguiu 46 dos 63 pontos que obteve, para ser campeão do Mundo, e dando o título de construtores à Matra. O seu companheiro de equipa, Jean-Pierre Beltoise, contribuiu com este chassis, mais 20 pontos para a marca, mesmo quando teve que ensaiar ocasionalmente para o mal-sucedido projecto MS84, de quatro rodas motrizes.

Contudo, Stewart e Tyrrell contrubuiram para o primeiro sucesso internacional da Matra, mas apenas o chassis era francês, sendo o resto de origem inglesa. Quando no final de 1969, Lagardére pediu a Tyrrell para usar o motor Matra V12 no seu projecto, ele ficou na dúvida: para continuar a ter chassis Matra, tinha que abandonar a Ford, pois a marca francesa tinha feito uma aliança com a Simca, que estava associada à Crysler, rival da Ford. Como Tyrrell e Stewart eram apoiados pela Ford, e como tinham experimentado o Matra V12, e acharam o motor pouco potente, e com uma banda de rotações muito estreita, decidiram terminar a parceria e procurar outro chassis. No inicio de 1970, tinha feito contrato com uma nova marca, a March, mas já estava no horizonte a construção dos seus próprios chassis...

Chassis: Matra MS80
Motor: Cosworth DFV V8, de 3 Litros.
Pilotos: Jackie Stewart e Jean-Pierre Beltoise.
Corridas: 9
Vitórias: 4 (Stewart 4)
Pole-Positions: 2 (Stewart 2)
Voltas Mais Rápidas: 5 (Stewart 4, Beltoise 1)
Pontos: 66 (Stewart 46, Beltoise 20)
Títulos: Campeonato do Mundo de Pilotos (Jackie Stewart) e de Construtores de 1969.

Fontes:

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Valentino Rossi dá umas voltas com a Ferrari

Esta semana vimos o penta-campeão do Mundo de Ralies, Sebastien Löeb, a dar umas voltas de Red Bull em Barcelona e a ser elogiado pelos especialistas. hoje, vimos no circuito de Mugello, o hepta-campeão do Mundo de Moto GP, o italiano Valentino Rossi, a bordo do F2008 com o numero 46, especialmente para ele.

O teste vai durar dois dias, e hoje, rodou 26 voltas ao circuito de Mugello, onde fez 1.23,9 como melhor volta ao circuito italiano, cerca de três segundos mais lento do que o record de Luca Badoer, o piloto de testes da marca. "É difícil dizer se seria um vencedor ou não, mas creio que tinha potencial" declarou Rossi, que pretende baixar sua marca em mais dois segundos nos testes de amanhã.

É certo e sabido que Rossi deseja fazer carreira nas quatro rodas, quando se reformar da Moto GP, e que faz um ou outro "rally" (vai fazer o Rali de Gales, em Dezembro, a bordo de um Ford Focus WRC), mas meter-se na Formula 1 em termos competitivos... só se for por gozo.

Bourdais: "Lugar de Toro Rosso está à venda"

O piloto francês Sebastien Bourdais acredita que o seu lugar na Toro Rosso está à venda pela melhor oferta.

Em declarações ao site F1.com, o tetra-campeão da CART, que se estreou na categoria máxima em 2008, afirmou que, caso não existissem questões financeiras pelo meio, estaria na "pole-position" para garantir o lugar que ocupou este ano: ”Se ninguém conseguir reunir os apoios necessários, penso que, pelo que o Franz [Tost] me disse, sou o primeiro na lista, dado que, mudar dois pilotos na equipa é sempre uma situação delicada e essa não é a solução que preferem, certamente. Na verdade, o Franz queriam manter-me a mim e ao Sebastien [Vettel] mas, como é óbvio, o Sebastien foi para a Red Bull e eu não tenho dinheiro, o que torna tudo muito difícil”. declarou o piloto francês.

Face às questões financeiras que determinarão a escolha de um dos pilotos da Toro Rosso, Bourdais não acredita que a formação transalpina defina o seu line-up brevemente. ”Na minha opinião, não vejo que a equipa tome um decisão brevemente, porque não vejo ninguém a garantir o dinheiro necessário neste momento, amanhã ou no dia seguinte”, salientou o piloto de 33 anos.

O piloto francês esteve esta semana em Barcelona, envolvido num "shoot-out" juntamente com Takuma Sato e com o suiço Sebastien Buemi, sendo praticamente garantido que este estará em 2009 ao volante de um dos Toro Rosso-Ferrari, por fazer parte da Red Bull Academy. O carro ainda vago deverá ser assegurado por um piloto que possa apresentar à equipa transalpina algumas garantias financeiras, como é confirmado por Bourdais. ”Caso não tenham dinheiro para gerir de forma correcta a equipa, não poderão revelar quem são os pilotos de 2009, porque não importa o talento dos pilotos se não puderem colocar os carros em pista”, frisou o francês.

Para além de Takuma Sato, que poderá garantir alguns apoios financeiros no Japão, também os brasileiros Bruno Senna e Rubens Barrichello competem com Bourdais por um lugar, desde que possam levar algum dinheiro para Faenza. ”Todos os pilotos que tenham talento e dinheiro hoje são potenciais candidatos”, concluiu o piloto gaulês.

A minha imagem do dia

Se estivesse vivo, ele hoje faria 51 anos. Talvez foi dos pilotos mais espectaculares que os anos 80 jamais conheceu. Correu na Formula 1 e nos Sport-Protótipos, e tinha todo o potêncial para ser campeão. Stefan Bellof foi o idolo de juventude de Michael Schumacher. E curiosamente, estreou-se na mesma pista onde teve o seu acidente mortal, quase seis anos depois.


Portanto, curvemo-nos em sinal de respeito por um talento que partiu cedo demais, fazendo aquilo que fazia melhor.

Honda ficou feliz com brasileiros

A Honda ficou satisfeita com os desempenhos de Bruno Senna e Lucas Di Grassi durante os três dias de testes que ocorreram na pista espanhola de Montmeló, em Barcelona. Ross Brawn, o director desportivo da marca, afirmou que ficou satisfeito com os dois pilotos, que fizeram tempos em média meio segundo inferiores aos do inglês Jenson Button.

O Lucas e o Bruno tiveram performances admiráveis ao longo da semana e o entusiasmo deles era evidente, assim que como o seu cometimento, o que tornou num prazer o trabalho que desenvolvemos com eles. Agora, vamos debruçar-nos cuidadosamente ao longo de algum tempo sobre as nossas descobertas antes de chegarmos a qualquer conclusão”, afirmou o chefe de equipa da Honda.


Bruno Senna, vice-campeão da GP2 em 2008, ficou contente com a oportunidade concedida: ”Pilotar um carro de Fórmula 1 é um sentimento especial e é muito fácil compreender por que razão é o pináculo do desporto automóvel. Para além do trabalho árduo e de toda a concentração tirei muito prazer deste teste.", concluiu.


Lucas di Grassi, piloto de testes da Renault, e terceiro classificado no campeonato da GP2 de 2008, também estava satisfeito com a oportunidade concedida, embora reconhecesse que tinha forte concorrência no sobrinho do tri-campeão do Mundo: ”A Honda escolheu-me a mim e ao Bruno [Senna] para fazer este teste devido ao nosso bom desempenho na GP2. Espero conseguir o lugar e realizar uma boa temporada no próximo ano”, concluiu.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Não há Formula 1... então vamos para a IRL

Sem acordo com o "Tio" Bernie Ecclestone para a Formula 1 em 2009, os organizadores de Montreal viram-se para a IRL e para a NASCAR Series para fazer render o peixe.

Segundo o Autosport on-line (www.autosport.pt), os organizadores da prova e os governantes locais procuram alternativas para rentabilizar a pista, apontando baterias à IndyCar para 2010. Tendo como base uma noticia do Montreal Gazette, esta opção está a ser seriamente considerada pelos organizadores do GP, juntando-se à NASCAR Nationwide Series, já prevista para 2010. A sua inclusão no calendário para 2009 seria, nesta fase, muito difícil, mas os responsáveis estão abertos a negociações para os anos seguintes.



"Tudo o que é preciso é telefonarem a perguntar se estamos interessados numa data. É algo a que estamos abertos para discutir", afirmou John Griffin, porta-voz da IndyCar Racing League, acrescentando que as negociações chegaram a acontecer no Verão de 2006, mas que nunca se chegou a um entendimento por causa da dificuldade na obtenção de uma data que agradasse às duas partes. Recorde-se que a ChampCar, competição que no ano passado se unificou à IRL, chegou a competir em Montreal entre 2002 e 2006, ao mesmo tempo que o circuito recebia a Formula 1. Se isso acontecer, não será mau de todo, pois sairia muito mais barato do que a Formula 1, em todos os aspectos...

Speeder questiona... Priscilla Bar (Guard Rail)

E hoje, começo uma nova secção neste blog, que é o das entrevistas. Uma vez por semana (ou talvez duas, quem sabe...) vou colocar aqui uma entrevista a pessoas que falam sobre automobilismo. Nesta primeira fase, farei entrevistas a blogueiros como eu, que escrevem sobre o automobilismo, e que trocam impressões sobre a modalidade em geral, os seus blogs, e as suas perferências e impressões sobre o actual estado da Formula 1 (e não só) em particular. Para inaugurar esta secção, convidei a Priscilla Bar, autora do Blog Guard Rail.


Tem 25 anos, nasceu em Belo Horizonte, mas vive agora em Fuerteventura, nas Ilhas Canárias. Apaixonada pela Formula 1 desde os seis anos, tem alguma experiência competitiva, em campeonatos de karting indoor. Estando no país da "Alonsomania" decidiu criar no final do ano passado um blogue, o "Guard Rail", falando sobre a Formula 1 numa visão original: a de uma estrangeira, observando o modo como a paixão pelo automobilismo se espalha num país que antes, tinha uma tradição residual na categoria máxima do automobilismo. Esta entrevista foi feita por e-mail.



1 – Olá Priscilla, é um prazer ter-te aqui a responder às minhas perguntas. Queres explicar, em poucas linhas, como começaste o teu blogue?

Eu era visitante assídua do Blog Voando Baixo, do Rafael Lopes, no ano de 2007. No final do ano, em uma conversa com o próprio, comentei sobre fazer um blog e ele apoiou. Pensei em um nome e comecei.

2 – O nome que ele tem, foi planeado ou saiu, pura e simplesmente, da tua cabeça?

Saiu pura e simplesmente. Decidi fazer o blog em um dia, e no outro já tinha o nome.

3 – Antes de começares o teu, já tinhas participado em algum blogue ou site?

O Voando Baixo.

4 – Em que dia é que começou, e quantas visitas é que já teve até agora?

Comecei no dia 28 de Outubro de 2007, com a temporada já finalizada. Até o momento, mais de 41.000 visitas.

5 – De todos os posts que já escreveste, lembras-te de algum que te orgulhe… ou não?

Que me orgulhe, não lembro, agora, um que deu o que falar foi um post desse ano, sobre o GP da Alemanha, onde critiquei o Felipe Massa pela falta de combatividade. Os fãs não gostaram muito.

6 – O defeso é, por norma, um período muito escasso em termos de notícias. Como pensas manter os teus leitores fiéis?

Apesar das "férias", ainda temos o que comentar sobre o ano que passou. Além do mais, as mudanças para o ano que vem trarão bons debates. Os testes de Inverno também nos dará "vida" (risos)

7 – Dos blogues que conheces sobre automobilismo, qual(is) dele(s) é que tu nunca dispensas uma visita todos os dias?

Gosto de vários, mas poderia citar o Octeto Racing Team, O Blog do Groo, o Café com F1...

8 – Falamos agora de Formula 1. Lembras-te ainda da primeira corrida que assististe?

Exactamente qual corrida, não. Mas lembro que foi em 88.

9 – E qual foi aquela que mais te marcou?

Interlagos, 1993.

10 – Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais te agrada, e porquê?

Sem dúvida, Ayrton Senna. Foi por ele que comecei a gostar de corridas.

11 – E achas que algum dia, Felipe Massa vai fazer parte deste trio de campeões?

Acho que sim. O Felipe ainda precisa melhorar muitas coisas para estar junto a esse trio, mas esse ano ele já deu um grande passo.

12 – Compara-o aos três pilotos acima referidos: Filipe Massa é mais parecido com quem, e porquê?

Nenhum deles. O Felipe tem seu estilo próprio assim como cada um dos 3 campeões mundiais.


13 – Achas que o título de 2008 foi bem entregue?

Sim. Qualquer um dos dois seria merecedor do título. Apesar dos erros cometidos pelos dois pilotos (Felipe e Hamilton) ao longo do ano, Hamilton ousou mais e não teve uma equipe tão desastrada.


14 – Tirando os brasileiros, qual é para ti o piloto mais marcante da história da Formula 1, e porquê?

Falando de quem vi correr: Michael Schumacher. Porque foi pioneiro em vários temas da F1: ordens de equipe, manobras suspeitas, manobras para tirar os adversários da pista; por ter feito da Ferrari soberana enquanto esteve lá, por todos os números alcançados, pelo respeito adquirido.

15 – Tu que assistes a Formula 1 num país estrangeiro, achas que eles seguem-no porque gostam de automobilismo, ou é por ser o Fernando Alonso?

Muitos seguem porque é o Fernando Alonso. Desligam a TV se Alonso não está. Mas acho que sete anos "de Alonso" foram suficientes para aprenderem muitas coisas sobre o esporte. O problema é quando o assunto é de 2000 para baixo. Aí eles ficam um pouco perdidos porque parece que aqui não retransmitiam a Formula 1 antes do Fernando.

16 – Para além de Formula 1, que outras modalidades tu mais gostas de ver?

Eu assisto tudo que posso. Ultimamente tenho visto GP2 e Superleague Formula.

17 – E falas sobre elas no teu blogue?

De momento, não. Estou fazendo uma pesquisa no blog para saber os temas dos quais os leitores querem que sejam abordados. Se eles acharem que sim, falarei.

18 – O que é que tu alcançaste, em termos de prémios e convites, desde que tu iniciaste o teu blogue?

Prémios de reconhecimento de outros blogs, convites para podcasts de companheiros blogueiros, entrevistas, parcerias. Cheguei a fazer um texto no início do ano para o Voando Baixo... Tudo isso me deixa muito feliz.

19 – Explica lá a tua saga no concurso "Afficcionado Professional".

Umas colegas blogueiras me avisaram da oferta de emprego. Fui lá conferir os requisitos e vi que era possível. Fiz o vídeo curriculum (http://es.youtube.com/watch?v=d0xT_ZoIrgQ) e preenchi os dados pedidos. Aguardei e, depois de muita espera, fui seleccionada entre os 100. O e-mail avisava de uma entrevista por telefone. Era o penúltimo passo. Dessa entrevista telefónica sairiam apenas 14 para a entrevista final.

20 – Não é qualquer um que fica nos cem finalistas…

É, e é isso que me faz feliz. Apesar de me achar totalmente capaz, a concorrência era pesada: formados em jornalismo, com vários idiomas, etc...

21 - "Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma espera." Esta frase é dita pelo Steve McQueen, no filme "Le Mans". Concordas com o seu significado? Sentes isso na tua pele, quando vês uma corrida?

Concordo. Para os pilotos que o fazem, correr é o que os move. Como espectadora, é o mesmo. Os momentos que precedem a corrida são longos momentos de espera. Quando as luzes se apagam, a sensação de bem-estar é magnífica. Ultrapassagens são comemoradas como um golo no futebol. Quando as corridas terminam, a sensação de "quero mais" fica até a próxima.

22 - Tens alguma experiência automobilística, como karting? Se sim, ficaste a compreender a razão pelo qual eles pegam num carro e andam às voltas num circuito?

Sim. Corria em campeonatos indoor. Em meu 1º campeonato fui a 3º colocada no campeonato, entre mais de 40 concorrentes. Definitivamente, quando você pega gosto pela competição automobilística é absolutamente impossível estar longe. Entendo perfeitamente.

23 - Nesses teus campeonatos inddor, eras a única rapariga ou havia mais? E chegaste a ganhar alguma corrida?

Não, haviam mais meninas. Poucas, mas haviam. Sobre as vitórias, sim, ganhei muitas. Normalmente, os campeonatos se faziam de baterias. Eram corridas onde se somavam os pontos. Passados tantas semanas, os 20 melhores iam para a semifinal e os 10 melhores para a grande final.

24 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?

Talvez, os anos 70, apesar de me achar uma privilegiada por ter visto Senna, Piquet, Mansell, Prost, etc...

25 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o "Gran Turismo", o "Formula 1", ou jogos "online", como o BATRacer ou o "Grand Prix Legends"?

Normalmente, jogo o Formula 1, mas também jogo GRID e GT. Sobre os jogos online, não provei nenhum até hoje.

26 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?

Aquela briga é automobilismo puro. É a vontade de vencer. De superar seus próprios limites em busca daquilo que você deseja. É o motivo pelo qual há tantos loucos, apaixonados por corridas. É vida.

27 - Jeremy Clarkson, o mítico apresentador do programa de TV britânico "Top Gear", disse que Gilles Villeneuve foi "o melhor piloto que alguma vez sentou o rabo num carro de Formula 1". Concordas ou nem por isso?

Não. Creio que foi um deles, mas não diria que o melhor. O Gilles tinha paixão pelo automobilismo, levava as corridas no sangue, e isso se notava. Tanto que é referencia para muitos e, até hoje, é tido como um "crack" sem ter ganho um campeonato sequer.

28 – Vamos para um futuro mais próximo: Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Se sim, qual?


Os 3 têm condições suficientes de serem campeões um dia. Eu acredito muito no Di Grassi. Gosto de como conduz, suas declarações passam maturidade. É o meu preferido dos três. Ao Senna falta um pouco de experiência, mas se chegou até aqui, sem a metade da experiência dos demais, com certeza algo de bom ele tem. Quanto ao Piquet, esperava algo mais dele nessa temporada, mas se a Renault lhe deu uma segunda chance, eu também… (risos)

29 – Tens alguns planos para o blogue, no futuro, do género, novas secções?

Sim. Ideias não me faltam. O difícil é encontrar tempo para tantas coisas, mas pouco a pouco penso em ir melhorando. Como disse antes, estou promovendo uma pesquisa para ter um feedback do leitor e saber por onde começar.

O calendário do PTCC para 2009

Já saiu o calendário do campeonato português de velocidade (PTCC) para 2009, e no ano que vêm, está dividido em dois: um campeonato com seis jornadas duplas, com duas passagens nos três circuitos permanentes existentes em Portugal (Braga, Estoril e Portimão), e uma Taça de Portugal, com duas jornadas duplas nos dois circuitos citadinos (Boavista e Vila Real).




Desconheço se os resultados vão contar para o campeonato, ou se vão contar para uma classe à parte. Mas uma coisa é certa: os pilotos não andam muito contentes com isto, pois o que ele mais queriam era uma redução do calendário e nos valores da inscrição. Mas como alegadamernte, a FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting) queria satisfazer as pretensões dos Clubes automóveis locais, perferiram assim. Agoera, resta saber se aparecerão os carros suficientes para preencher a grelha de partida, pois estamos em época de crise, e não se esperam que apareçam os mesmos 14 ou 16 concorrentes que existiram na grelha de partida deste ano...


Eis o calendário do campeonato português de velocidade para 2009:




28/29 Março - Estoril
25/26 Abril - Braga
16/17 Maio - Portimão
13/14 Junho - Estoril
2/5 de Julho - Boavista*
25/26 Julho - Vila Real**
12/13 de Setembro - Braga
17/18 Outubro - Braga***
7/8 Novembro - Portimão




* Taça de Portugal e WTCC
** Somente Taça de Portugal
*** ETCC (European Touring Car Championship)

Lewis Hamilton pode ser imortalizado em selo

Os correios britânicos podem estar a planear em breve uma emissão de selos com a cara de Lewis Hamilton, para comemorar o seu título mundial. Segundo a edição de hoje do "The Times", os Correios ingleses decidiram que no inicio do próximo ano, o novo campeão do mundo terá a honra de ter uma colecção de selos em sua homenagem.


Oficialmente, uma porta-voz do correio britânico afirmou que nenhuma decisão foi tomada sobre a homenagem, mas admitiu que a idéia está sendo avaliada. Caso avance, essa homenagem ao piloto de 23 anos, e o mais jovem campeão do Mundo de sempre, faz parte de uma política mais maleável da empresa, no sentido de atrair um público mais jovem para os selos. Recentemente, a selecção inglesa de cricket, os actores Christopher Lee e Dora Bryan, e as séries de filmes sobre o Harry Potter e James Bond, viram-se imortalizados em selos de Sua Majestade.

A1GP: Albuquerque espera continuar com os bons resultados

O próximo fim de semana competitivo tem como ponto alto a terceira jornada dupla da A1GP de 2008-09, que decorrerá no circuito malaio de Sepang, que este ano, é o unico palco que acolhe simultaneamente um GP de Formula 1. Sobre isso, o mais recente vencedor de uma corrida, Filipe Albuquerque, está moderadamente optimista, pois tem contra si o facto de não conhecer muito bem o circuito malaio.

Normalmente sou rápido na aprendizagem dos circuitos que desconheço. Mas, neste Campeonato o número de pilotos experientes é tal, que o mais ínfimo detalhe pode fazer efectivamente a diferença. Ainda assim, e depois de tudo o que fizemos na China, não temos que temer os adversários, mas assim acreditarmos que estamos na linha da frente para nos debatermos de igual para igual”, começou por explicar o jovem piloto português. “O mínimo erro pode ditar passar de uma vitória para um sétimo lugar, tais são os níveis de competitividade. Penso que cada vez estou mais adaptado ao A1 GP Powered by Ferrari e temos vindo a fazer um óptimo trabalho de evolução do carro, pelo que acredito que vamos estar em Sepang a um bom nível”, concluiu Filipe Albuquerque.

Em sintonia com o seu piloto, Luís Vicente, CEO do A1 GP Team Portugal, refere. “O Campeonato este ano vai ser muito disputado, havendo oito países que estarão em posição de vencerem em qualquer pista e quatro ou cinco que estarão na frente em algumas das provas. Desde a temporada passada que temos evoluído a um ritmo mais forte que a concorrência, mas é fundamental continuarmos um trabalho de aperfeiçoamento diário, pois ainda não somos a melhor equipa. Somos uma equipa em crescimento e que se habitua a lidar com a responsabilidade de lutar pelas posições cimeiras em todos os momentos”, apontou o dirigente português.

A respeito da prova do próximo fim-de-semana, o responsável pela equipa nacional acrescentou: “Acredito que seremos competitivos na Malásia. É importante pontuarmos em ambas as provas dentro do Top-5, para que possamos manter aspirações legítimas na discussão do Campeonato”, concluiu. Portugal é neste momento o quinto classificado no campeonato, com 18 pontos, menos dez do que o líder, a Malásia.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A partir de amanhã, nova secção!

A partir de amanhã, vou inaugurar um espaço que este blog precisava há algum tempo: um espaço de entrevistas. Nos primeiros tempos vou entrevistar outros blogueiros, essencialmente sobre as suas impressões ao escrever sobre este desporto que tanto amam. Obviamente, a grande maioria dos entrevistados virão do Brasil, mas espero meter aqui alguns nacionais. Já decidi quem vai ser o primeiro entrevistado, mas não digo ainda.




Com o tempo, se a hipótese aparecer, espero sair um pouco do espaço blogueiro e fazer entrevistas a outros protagonistas. O ideal seriam pilotos e dirigentes, mas eventualmente isso só pode acontecer quando as coisas no site evoluirem, como espero que aconteça.


Bom, já anunciei. Amanhã, conhecerão o primeiro entrevistado.

E se...

E se todo aquele teste em Barcelona, entre Bruno Senna e Lucas Di Grassi, para ficar com o lugar de Rubens Barrichello, na temporada de 2009, não for mais do que "fogo de vista"? A hipótese foi colocada hoje pelo Bruno Vicaria, que no seu blog Laje de Imprensa, refere que "um passarinho influente" lhe afirmou que "o vestibular, na verdade, é para ajudar Bruno Senna a tentar angariar uns patrocínios visando a temporada de 2010. E que Barrichello fará seu ano de despedida na F-1 em 2009, em um período transitório, onde o mais velho cederá o lugar ao mais novo, que fará as vezes de test-driver, aos poucos."


Obviamente, isto que ele diz é um rumor, como qualquer outro só que bem fundamentado. Agora, só se converterá em noticia, caso as pertes confirmem (ou dismintam). Mas ver dois pilotos em acção para um lugar de outro brasileiro, Rubens Barrichello, sem que este pudesse fazer a devida despedida, acharia um pouco cruel, pela minha parte. E se tal coisa acontecer, acho que seria a melhor saída para o maior recordista de participações em Grande Prémio, e para o unico piloto activo que correu com Ayrton Senna.

Entretanto, o delírio do Tio Bernie continua...

O "Tio" Bernie Ecclestone ainda insiste em mudar o sistema de pontuação da Formula 1, convertendo os pontos até ao oitavo classificado, por medalhas de ouro, prata e bronze, como se faz nos Jogos Olimpicos, e atribuir o título mundial a quem tiver mais medalhas de ouro.

Estou 100 por cento certo que este é o caminho a seguir”, afirmou hoje o inglês, 78 anos, citado pela Reuters. “Todos parecem satisfeitos com a ideia”, garantiu ainda. A Associação das equipas de F1 (FOTA, na sigla original), que reúne as dez escuderias participantes, deverá analisar a proposta na sua próxima reunião.

Honestamente, duvido que a medida vingue. Acostumamo-nos durante quase 60 anos a este sistema de pontos, que deu a pilotos classificados até ao quinto, com mais um ponto extra pela melhor volta (até 1959), até ao sexto (de 1960 a 2002) e actualmente, até ao oitavo classificado. Os fãs nunca iriam aprovar tal medida, pois implicaria que somente três pilotos fossem contemplados, em 20 carros na grelha. Seria gozar conosco. Nâo creio, também, que os Construtores aprovem tal ideia, mesmo que os pontos contem para o campeonato deles, para atribuir o título. O campeonato de Construtores é mais secundário, intressa pouco aos fãs. Aliás, ele só foi implementado em 1958...

Tio Bernie, um conselho: preocupe-se mais em gerir os seus milhões, agora que a sua mulher vai-se divorciar de si e irá exigir metade da sua fortuna (se não toda aquela que está na sociedade que criou em nome dela), e deixe os meandros da Formula 1 para quem sabe: as equipas, como a FOTA, e a FIA, do seu amigo Max Mosley, o tal que gosta de levar no cabedal... Aliás, pelos discursos que ando a ler nestes dias, eu diria que são cada vez mais sinais de uma aparente desorientação, senão senilidade.