sábado, 29 de abril de 2023

Youtube Endurace Crash: O acidente o Cadillac em Spa-Francochamps

As Seis Horas de Spa-Francochamps estão a acontecer neste sábado, e já ficam marcados por este acidente bem feio do Cadillac numero 3, que perdeu o controle do seu carro no Radillon, por causa do asfalto que estava molhado naquele lugar. O embate foi forte, o carro ficou danificado e o Safety Car foi largado, mas o piloto, Regner Van der Zande, saiu do carro pelo seu próprio pé. 

Numa coincidência arrepiante, foi ali onde em 1985, nuns 1000 km de Spa-Francochamos, Stefan Bellof sofreu o seu acidente mortal. A tecnologia avançou imenso numa geração...

Formula 1 2023 - Ronda 4, Baku (Sprint Race)


Depois da qualificação de ontem, sábado era o dia da primeira corrida sprint do campeonato. A organização decidiu este ano modificar as coisas, colocando uma "Sprint Shootout", onde bsicamente os carros andam mais um bocado durante a manhã, para confirmar sabe-se-lá-o-quê, e onde Charles Leclerc ganhou, mesmo com um bico partido, porque os pneus tinham ficado sem aderência no asfalto depois da meta.

Da maneira como andam as coisas, estas modificações só causam ainda mais confusão, e provavelmente, nem fará com que isto seja mais emocionante. Coisas da Liberty... 

Largando da pole, Leclerc fez o que pode para aguentar a liderança, mas cedo foi passado por Sérgio Pérez. Atrás, Max foi atacado por George Russell, só que ele se defendeu e acabou em toque. Russell acabou por passá-lo, mas o neerlandês queixou-se da manobra.

Na volta 2, um incidente quando o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda viu o seu pneu traseiro direito fugir do seu carro e este se arrastou para as boxes, no sentido de ter um novo. Mas a suspensão já estava estragada e o japonês recolheu-se de forma definitiva, com os comissários e fazerem entrar o Safety Car. Entretanto, descobrem-se danos no carro de Max, e temia-se que poderia prejudicar a sua corrida.

O recomeço foi na sexta volta, com Leclerc a aguentar os avanços de Checo, até que na oitava volta, o mexicano conseguiu passar à liderança. E depois disso, começou a afastar-se do piloto da Ferrari... e a partir dali, já não houve muita história, a não ser alguns dos pilotos a trocarem para médios, porque quem tinha os macios, tinha dificuldades em extrair algo desses pneus.   

 


Mas a meta era na bolta 17. E ali, Checo ria-se e triunfava num lugar que começa a ser "caseiro" para ele, na frente de Leclerc, Max e George Russell, que continuava a recuperar do mau resultado na qualificação. Amanhã, ele terá o monegasco atrás de si, mas espera que consegue aguentá-los até à meta... claro, se os pneus colaborarem.  

Mas foi depois dos carros estacionados, houve tensão entre Max e o George Russell, que discutiram o incidente, mas quem ficou a sorrir foi Checo, que espera repetir o resto na corrida de domingo. Desde que acertem nos pneus, claro... 

Amanhã há mais, mas poderia afirmar que, mesmo com as alterações, esta corrida sprint valeu pelos primeiros metros, e nada mais. Acho que a Liberty Media, depois do que assistiu, deve começar a pensar em grelhas invertidas e piso molhado na hora anterior à corrida...

sexta-feira, 28 de abril de 2023

A(s) image(ns) do dia





Nas vésperas do Rali Terras D'Aboboreira, foram apresentadas as homenagens a Craig Breen, que morreu faz agora duas semanas. Quer os Hyundai, equipa onde Breen correu nas duas provas do Campeonato de Portugal de Ralis, quer o carro "0", onde as cores irlandesas estão presentes. 

E certamente, o público aplaudirá e será fortemente lembrado nesta final de semana.   

Formula 1 2023 - Ronda 4 - Baku (Qualificação)


Demorou um mês, mas a Formula 1 está de volta. Num lugar que não é bem Europa, mas... a Turquia também não é na sua grande parte, não é verdade? Mas como Istambul fica entre ambos os continentes, e partilham o mesmo país, lá ficou.

Mas nesse mês de ausência, numa primavera que começa a despertar um pouco por todo o Hemisfério Norte, as pessoas dentro das equipas ficaram a pensar no que fazer para contrariar aquilo que parece ser um domínio imbatível da Red Bull, que ganhou as três primeiras corridas do ano, com a maior oposição a vir... da Aston Martin, em vez de Mercedes ou Ferrari, por exemplo. Mas as equipas regressam sempre às suas fábricas e trabalham o mais que podem para encontrar a evolução ideal para os apanhar.

Mas também, num fim de semana onde se estreia a Sprint Race, e a qualificação passa a ser às sextas-feiras à tarde, pode ser que nas ruas estreitas da capital azeri, poerá haver algo que baralhe e volte a dar, como muitas das vezes acontece neste tipo de circuitos. 


Foi o que aconteceu a Nyck de Vries, que logo nos primeiros minutos da Q1 bateu forte no muro, ficando logo de fora do resto da qualificação. Bandeiras vermelhas, numa altura em que Max já começava a marcar tempos que o permitiam andar na frente. Retirado o Alpha Tauri, a sessão prosseguiu, mas alguns minutos mais tarde, nova amostragem de bandeiras vermelhas quando Pierre Gasly bateu no muro com o seu Alpine. Sem sorte para ele, depois de na sessão da manhã ter ficado sem motor. 

E parecia que a última filha da grelha já tinha dono.

Quase ao mesmo tempo, Carlos Sainz Jr tinha problemas em marcar um tempo, porque um despiste quando fazia isso atrasava a altura para o marcar. Para piorar as coisas, com todos estes problemas com os pilotos que batiam nos muros, o nervosismo aumentava nas hostes da Maranello...

Tudo limpo, destroços retirados, os pilotos regressaram a pista e quando o cronómetro chegou ao zero, o mais rápido tinha sido o Ferrari de Charles Leclerc, com o tempo de 1.41,269. Os carros Rampantes beneficiavam das condições mais frescas da pista, ficando na frente dos Red Bull, enquanto os que faziam companhia a De Vries e Ocon foram os Haas de Kevin Magnussen e Nico Hulkenberg, que andou o tempo todo a queixar-se do seu motor, e o Alfa Romeo de Guanyou Zhou

Chegados ao Q2, o grande interesse era saber qual dos da frente iria ficar por aqui, fora do "top ten". Foi uma qualificação mais calma do que se esperava, com os pilotos a caçar moles, para conseguir o melhor possível com o traçado mais fresco, logo, onde este tipo de pneus funcionaria de forma mais eficaz. Sergio Pérez chegou a ser o melhor, com 1.41,131, com Max a 62 centésimos, Leclerc a 85 e Alonso a 239 centésimos, antes de ser batido por Leclerc e Max, com este último a conseguir 1.40,822.

Os Mercedes ficaram aflitos: Hamilton apenas conseguiu o décimo melhor tempo, colocando de fora George Russell por meros 4 milésimos de segundo. O britânico fez companhia a Esteban Ocon, Valtteri Bottas e os Williams de Logan Sargeant e Alex Albon, que se queixou de um impedimento de Sainz Jr. na sua volta rápida. E entre os da frente, os McLaren e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda


E chegados à Q3, era o momento decisivo. E começou... com um empate. Dos principais candidatos à pole position, Charles Leclerc e Max Verstappen marcaram o mesmo tempo, com vantagem para o neerlandês da Red Bull por ter terminado a volta antes do monegasco. 

Parecia que a pole iria ser discutida entre os dois, porque entre a concorrência próxima, Carlos Sainz mostrava estar mais lento do que este trio e a Aston Martin tinha alguma dificuldade com a ativação do DRS no carro de Lance Stroll e Fernando Alonso poderia estar na luta pela segunda linha da grelha. E Lewis Hamilton, no único Mercedes que estava na Q3, nem desses lugares se aproximava.

Na parte final, parecia que Pérez ia para a pole, mas perdeu tempo no primeiro parcial, e a mesma coisa acontecia com Max, que de forma surpreendente, não melhorava o seu tempo. Que faria isso era Leclerc, e o monegasco deu à Ferrari a sua primeira pole-position do ano, com 1.40,203. Sainz Jr era quarto, na frente de Hamilton e Alonso, na terceira fila. 


Parece ser uma boa grelha para a primeira sprint do ano. Resta saber se portarão bem e evitarão as armadilhas. Amanhã há mais, certamente.

Endurance: Pescarolo apresenta o seu projeto para 2024


No fim de semana das Seis Horas de Spa-Francochamps, a Pescarolo decidiu falar mais um pouco do seu projeto de Hypercar, que alinhará em 2024 com um Peugeot 9X8. Joycelin Pedrono, o patrão que recupera o nome da Pescarolo Sport, falou ao jornal Ouest-France, precisamente de Le Mans, sobre a visão deste projeto, que aparecerá ao mesmo tempo que a Lamborghini, BMW, Isotta-Fraschini e provavelmente, Alpine.   

"A Peugeot validou o programa e expressou seu orgulho em trabalhar connosco", começou por afirmar Pedrono. "Este anúncio abriu as coisas com potenciais parceiros financeiros. Estamos indo em frente. Os marcos foram ultrapassados, agora ainda há muitas etapas a serem superadas. Planeamos apresentar-nos no final de 2023 e começar no início de 2024. Se eu tiver algum atraso na assinatura dos meus parceiros financeiros, adiaremos o programa. A ideia é chegar em boas condições, não é só por apresentar.", continuou.

A escolha foi feita de forma extremamente natural. Um regresso da Pescarolo com a Peugeot, para mim, faz sentido. Existe um apoio real da casa, que não se limita a vender-nos um carro. Somos apoiados em operações e logística”, explica.

Jocelyn Pedrono está longe de estar preocupado com arranque inicial do 9X8 Hypercar, que desde a sua estreia, em Monza, no passado mês de julho, tem andado discreto nas provas do WEC.   

Podemos ver que a Peugeot está a ir na direção certa. A equipa já tinha identificado problemas relacionados com os atuadores da caixa de velocidades, fizeram as correções, a fiabilidade está lá, estão agora numa lógica de encontrar a sua performance. Fazem-no como a Peugeot soube fazer nos Ralis, nos Rally-Raid ou na Endurance, com o 905."

Quanto a pilotos, Pedrono pensa num trio de franceses, e o elemento de ligação será Bruce Jouanny, antigo elemento da marca. 

"Ele conhece muito bem o grupo Peugeot por ter feito a cobertura de muitos eventos na área de assessoria de imprensa.  A rápida relação com Jean-Marc Finot foi feita graças a ele. Bruce garante a implementação do programa esportivo. Estamos trabalhando para compor um trio de pilotos franceses. Gostaríamos de ter dois pilotos consagrados e um novato na Endurance." concluiu.

Youtube Automotive Movie: O primeiro dos "The Fast and The Furious"

Sejamos honestos: assisti a este filme por uma ocasião, na televisão, e nunca estive interessado em ir ao cinema para ir ver o resto. E pelo que contam, parece que aquilo está a ser mais um exemplo de "milking the cow", ou seja, espremer a galinha dos ovos de ouro até à exaustão, porque chegaram ao decimo e parece que já andam pelo espaço... e por estas bandas - as filmagens do décimo foram aqui em Portugal. 

Então, o nosso amigo Josh decidiu regressar ao primeiro de todos, com a dupla Paul Walker/Vin Diesel como protagonistas e fez a sua critica a um filme que já tem duas décadas e um dos atores já morreu. 

quinta-feira, 27 de abril de 2023

A imagem do dia


Na terça-feira passaram 30 anos sobre o GP de San Marino de 1993, onde Alain Prost conseguiu uma vitória improvável à chuva, batendo o Benetton de Michael Schumacher e o Ligier de Martin Brundle. E para melhorar as coisas, Ayrton Senna acabou por desistir, e conseguindo a pontuação máxima, aproximou-se bastante do comando do campeonato. 

Mas par hoje, falo de alguém que também pontuou, mas na sexta posição. Porque foi a última ocasião que o fazia, duas semanas depois de pontuar... pela primeira vez. E no inicio deste mês, ele comemorou o seu 60º aniversário. Falo do italiano Fabrizio Barbazza

Largando de 25º e último da grelha, a corrida que efetuou até chegar ao último lugar pontuável, o sexto, foi um feito de se tirar o chapéu, mas na realidade foi mais porque os outros se retiraram que ele passar outros carros, porque acabou com duas voltas de atraso sobre o vencedor.

Mas mesmo assim, foi algo inesperado, numa carreira que teve muitas coisas inesperadas. Nascido a 2 de abril de 1963, Barbazza começou no motocross, antes de passar para os automóveis, correndo em 1982 pela Formula Monza. Depois de nas duas temporadas seguintes ter corrido na Formula 3 italiana, fez algo inesperado: atravessou o Atlântico e foi correr na segunda categoria, a American Racing Series. Correndo pela Arciero Racing, acabou por triunfar a competição em 1986, ganhando cinco corridas.

Em 1987, passou para a categoria principal, e logo na terceira corrida, impressionou, com um pódio. Só que essa não foi uma corrida qualquer: foram as 500 Milhas de Indianápolis. Foi uma corrida dura, mas no final, o terceiro lugar lhe deu não só o lugar mais baixo do pódio - batido penas por Al Unser Sr. e pelo colombiano Roberto Guerrero - como lhe deu também o prémio de "Rookie do Ano" para essa corrida. E com mais alguns bons resultados, acabou a temporada na 12ª posição, sendo ainda o "rookie do ano" da CART.

Só que... não encontrou lugar no pelotão e rumou para a Europa, para a Formula 3000, onde praticamente teve de fazer tudo de novo. Ainda rumou ao Japão, regressou à CART, pela mesma Arciero Racing, mas em 1991, conseguiu um lugar na Formula 1. Contudo, foi pela AGS, e não conseguiu qualificar para nenhuma corrida, das 12 tentativas que teve.

Em 1992, regressou aos Estados Unidos, onde depois de não se conseguir qualificar para as 500 Milhas de Indianápolis daquele ano, num chassis com dois anos, decidiu tentar de novo a sua sorte na Formula 1. E conseguiu. Na Minardi.

A equipa de Faenza, naquele ano, tinha Christian Fittipaldi como piloto principal, e logo na primeira corrida do ano, em Kyalami, o brasileiro conseguiu um meritório quarto lugar, numa corrida de sobrevivência sob difíceis condições. E algumas das primeiras corridas do ano foram assim, com a resistência a ser premiada. Por exemplo, quando em Donington Park, foi ele a conseguir o seu primeiro ponto na Formula 1, em detrimento de... Fittipaldi!

Em Imola, a corrida seguinte, Barbazza conseguiu o último lugar qualificável na grelha e limitou a levar o carro até ao fim. Na sua frente, os outros ora tinham problemas nos seus carros, ora se despistavam, enquanto lutavam uns com outros, ele, perdendo duas voltas, simplesmente herdou o lugar. E poderia ter conseguido mais, se o motor de J.J. Letho tivesse cedido duas voltas antes... 

De qualquer forma, foram estas as páginas de glória do piloto italiano. Ao fim de oito corridas, acabado  o dinheiro que tinha dado à Minardi, cedeu o lugar para Pierluigi Martini, e a equipa ainda conseguiu mais dois pontos, com um quinto posto no Mónaco, com Fittipaldi ao volante. 

Barbazza sofreu um acidente grave em 1995, quando guiava num Ferrari 333P numa prova da IMSA, em Road Atlanta, onde ficou em estado critico, com lesões na cabeça e tronco. Recuperou totalmente, mas não voltou a correr. Agora, está radicado em Cuba, onde tem uma estância, que inclui uma pista de karting.  

Endurance: Felix da Costa quer acumular quilómetros em Spa



No fim de semana das Seis Horas de Spa-Francochamps, um novo ciclo que se abre para António Félix da Costa, agora que tem por fim o seu Hypercar. Com ele a trabalhar e a preparar-se nos últimos anos, afirmando-se como um dos melhores piloto de endurance do mundo, agora o piloto de Cascais dá o desejado salto para a categoria principal, ao volante de um Porsche 963 Hypercar, da equipa Hertz Team Jota, um carro privado face às equipas de fábrica da Porsche, Ferrari, Cadillac, Toyota e Peugeot.

Para ele, o objetivo deste novo desafio é claro: 

"Quem me conhece sabe que onde me meto é para ganhar. É um grande desafio que a Hertz Team Jota tem pela frente, a ambição de todos na equipa é enorme e a mentalidade é cem por cento vencedora, mas naturalmente os nossos adversários já fizeram algumas provas este ano e muitos testes, pelo que somos realistas e encaramos este fim-de-semana como uma corrida de teste. A nossa equipa recebeu o carro na semana passada e para este fim-de-semana, todos estamos bem cientes de que o objectivo é acumular data, conhecimento do carro e boas informações para prepararmos bem a corrida que se segue, as 24 horas de Le Mans", comentou.

A lista de inscritos para a ronda de Spa Francorchamps conta com um total de 38 carros inscritos, com especial enfoque no "record" de carros na classe Hypercar, que conta com treze carros inscritos, onde se destacam os dois Porsche 963 oficiais, os dois Toyota GR010 da Toyota Gazoo Racing, os dois Peugeot 9X8 e os dois Ferrari 499P. As outras categorias presentes são a LMP2, com onze carros e LMGTE Am, com quatorze carros inscritos.

A corrida disputa-se no sábado, a partir das 11:45 horas, com transmissão em directo para os ecrãs portugueses no Eurosport 2 na parte inicial da prova - entre as 11:15 e as 13 horas - e depois novamente entre as 15:15 e as 18:15 para a parte final da corrida.

Youtube Formula 1 Vídeo: Alex Zanardi, San Marino 1993

Fez no passado dia 25, esta terça-feira, 30 anos do GP de San Marino de 1993, e sobre esse Grande Prémio, espero falar algumas coisas sobre ele. Mas começo agora com um vídeo de um incidente interessante que envolve Alex Zanardi, que depois do seu sexto posto no GP do Brasil, teve uma grande chance de pontuar novamente em Imola, no seu Lotus, porque na parte final da corrida, lutava pelo quarto posto com o Sauber de J. J. Letho, com o outro Lotus de Johnny Herbert a espreitar para saber se beneficiará de alguma coisa nesta luta. 

A imagem é da volta 53, e as imagens são da RAI Due, com comentários do Mauro Poltromieri e do ex-piloto Alessandro Nannini.

Quanto ao final? O grande beneficiado, para quem não se lembra, foi Letho, que mesmo com problemas de motor no seu Sauber na última volta, acabou... em quarto lugar. E nenhum dos Lotus chegou ao fim, com os grandes beneficiários serem o Larrousse de Philippe Alliot e o Minardi de Fabrizio Barbazza

quarta-feira, 26 de abril de 2023

CPR: Araújo está recuperado e pronto para o Terras D'Aboboeira


Depois da ausência no Rali do Algarve, Armindo Araújo e o seu navegador, Luis Ramalho, regressam depois de algumas semanas de recuperação intensa e do teste que fizeram na segunda-feira com o Skoda Fabia Rally2 para saber se estavam aptos para correr o rali Terras D'Aboboreira, que irá acontecer no próximo final de semana. Contudo, se antes, ambos eram determinados em lutar pelas vitórias e a dar o máximo em todas a provas, Armindo Araújo e Luís Ramalho tem um objetivo um pouco diferente do habitual neste rali.

Estamos muito felizes por podermos regressar e fazermos aquilo que mais gostamos. Fizemos uma recuperação excelente, num curto espaço de tempo, e isso só foi possível com muito trabalho de fisioterapia e de um excelente acompanhamento médico. Não posso deixar de agradecer a todos os profissionais que estiveram connosco neste período e que muito contribuíram para este nosso rápido regresso. As sensações que tivemos no teste que realizamos com o Skoda foram muito boas e isso deixou-nos ainda mais motivados”, começou por dizer Armindo Araújo.

Embora tenhamos muita vontade de lutarmos pela vitória, a verdade é que não sabemos como se manterá a nossa condição física durante todas as especiais. Não partimos, por isso, com nenhuma expectativa em termos de resultado e o mais importante é ganharmos ritmo competitivo o mais rápido possível. Ao longo do rali veremos onde nos situamos o que poderemos fazer no que toca à classificação. Determinação e motivação não nos falta, isso é garantido”, acrescentou o piloto de Santo Tirso.

O Rali Terras D’Aboboreira terá início na sexta-feira de manhã, primeiro com a realização dos Treinos Livres e a Qualificação que determinará a ordem de partida, para a partir das 16 horas as primeiras passagens da prova, uma passagem dupla por Baião Vida Natural, para acabar o dia com a Super Especial Baião Destino Sustentável. No Sábado, dupla visita às classificativas de Aboboreira, Marão e Amarante completam o rali, o terceiro do campeonato nacional, e com classificativas em terra.  

CPR: Hyundai quer ganhar em honra a Breen


Nas vésperas do Rali Terras D'Abororeira, a Hyundai decidiu que iria apostar tudo na vitória, no sentido de honrar a presença e memória de Craig Breen, morto há cerca de duas semanas, quando testava para o Rali da Croácia. Com a contratação de Kris Meeke no seu lugar, ele a Ricardo Teodósio estão presentes na região de Amarante para aquela que será a terceira prova do Campeonato de Portugal de Ralis.

Estou muito contente por estar de volta à competição. Realizámos o primeiro teste com o Hyundai i20 N Rally2 e estamos satisfeitos com o comportamento nestes troços. Vai ser um rali especial, mas espero conseguir um grande resultado e dedicá-lo ao nosso amigo Craig.”, disse Meeke, que terá a seu lado o norueguês Ola Floene.

Os carros, que terão uma decoração alusiva à ocasião, com um predominante preto e cinzento opaco, onde as cores da bandeira da Irlanda sobressaem no tejadilho, estão dispostos a dar tudo para serem os vencedores. E Ricardo Teodósio, que ganhou no Algarve, a última prova do campeonato, também está alinhado no objetivo da marca para este rali. 

Vamos para o ‘Terras D’Aboboreira’ cheios de confiança. No Algarve fizemos um bom trabalho com o Hyundai i20 N Rally2 e queremos manter o mesmo ritmo, com o objetivo de ganhar para prestar o nosso tributo ao Craig.", disse.

A rali também marcará o regresso de Armindo Araújo à competição depois do seu acidente em Fafe e da ausência no rali do Algarve, para recuperar das lesões, que certamente irá dar mais competividade à prova. 

O Rali Terras D’Aboboreira terá início na sexta-feira de manhã, com a realização dos Treinos Livres e Qualificação que determinará a ordem de partida, estando agendado para as 16 horas, para a realização das passagens por Baião Vida Natural e pela Super Especial Baião Destino Sustentável. No sábado, haverá dupla visita às classificativas de Aboboreira, Marão e Amarante, para acabar a terceira proba do Campeonato de Portugal de Ralis.   

terça-feira, 25 de abril de 2023

A imagem do dia


Passaram ontem 40 anos sobre o acidente mortal de Rolf Stommelen. Um "all-rounder" que andou na grelha da Formula 1 entre 1970 e 78, por equipas como Brabham, Surtees, Hill e Arrows, entre outros, era bom na Endurance, especialmente a guiar Porsches. Conseguiu um pódio e 14 pontos, e na Endurance, apesar de nunca ter ganho as 24 Horas de Le Mans - foi segundo em 1979, partilhando o carro com... Paul Newman! - ganhou Daytona por quatro ocasiões - 1968, 1978, 1980 e 1982 - e triunfou na Targa Florio de 1967. Ou seja, teve uma carreira longa e triunfante em três décadas diferentes.

Quase ganhou o GP de Espanha de 1975, num Hill GH1, numa inesperada liderança de uma corrida polémica, mas a sua asa traseira desprendeu-se e no acidente, matou cinco pessoas, entre fotógrafos e jornalistas, num local onde não deveriam estar ali.

O seu último momento na Formula 1 também foi interessante. Aconteceu no GP da Alemanha de 1976, quando se inscreveu pela equipa RAM, com um Brabham BT44 de fábrica, antes de, na sessão de sexta-feira, os carros terem sido apresados por uma ordem do tribunal para que John McDonald pagasse umas dívidas passadas. Ele, que corria ao lado da italiana Lella Lombardi, queria correr "em casa", e pediu a Bernie Ecclestone se não poderia correr com o seu terceiro carro oficial, ao lado de Carlos Reutemann e José Carlos Pace. Ele acedeu, colocou mais um 7 no carro - ficou 77 - e na corrida, depois do acidente de Niki Lauda, acabou por conseguir um sexto lugar e um ponto. E ainda conseguiu mais uma corrida, em Itália, porque Reutemann se fartou no fraco motor Alfa Romeo e aceitou o convite da Ferrari, com Maranello e o Commendatore convencidos que Lauda não correria mais naquela temporada.

Mas a história de Stommelen conto hoje, também é de 1976, e também aconteceu no Nordschleife. Mas uns tempos antes, a 4 de abril. Era a corrida dos 300 km, e a Porsche decidiu que seria a estreia do modelo 936, que pretendia usar no ano seguinte. Mas era um modelo primitivo, que, por exemplo, não tinha a entrada de ar. E estava apenas pintado de negro. Quando apareceu, com Stommelen ao volante, logo o chamaram de "Viúva Negra". E tinha concorrência forte, com os Renault A442 de Patrick Depailler e Jean-Pierre Jabouille, já com os Turbo. Conseguiu o segundo lugar na qualificação, logo atrás do Renault, e no dia da corrida, a chuva fazia a sua aparição na pista, que adicionava mais perigo ao Inferno Verde. 

A corrida começou com Stommelen a largar melhor e passar o Renault, para mais adiante, no Nordkehre, travar mais tarde e deixar passar o Renault, que ia na sua perseguição, porque queriam ganhar na casa da Porsche. 

Na realidade, o que Stommelen começou a fazer foi um jogo do gato e do rato com o Renault. A travagem tinha sido proposital, e queria caçá-los de modo implacável, no circuito mais difícil do mundo, e na pior das condições possíveis. Ele passou-os de novo, e o Renault, na pressa de o apanhar, passou em cima das poças de água e bateu nos rails de proteção, ficando fora de combate ainda antes do final da primeira volta!

Stommelen parecia ir para uma vitória quando na sexta volta, o seu acelerador ficou preso. Em vez de encostar o carro nas boxes, decidiu que a melhor maneira de contornar o problema era... desligar o carro nas travagens. Por pura inércia, o carro fazia as curvas sem bater, e quando saía delas, ligava o carro e acelerava, aproveitando o pedal na posição de "aberto". E chegou ao fim, na segunda posição, mesmo com o problema que tinha no carro. 

Só mesmo alguém genial, como ele. 

Aliás, depois dessa demonstração, os jornalistas começaram a afirmar: "se travas mais tarde que o Stommelen no Norschleife, acabas mal!"    

O ponto da situação do filme da Formula 1


É sabido desde há uns meses a esta parte que haverá um filme de Formula 1, produzido por Hollywood, que terá Brad Pitt, será realizado pelo mesma pessoa que "Top Gun:Maverick", e os chassis estão a ser produzidos na Carlin. Ah! E Lewis Hamilton seria outro produtor desse filme, com contornos de "Grand Prix", mas com os mesmos produtores de "Dias de Tempestade". Até me admira terem escolhido Pitt, em vez de Tom Cruise, mas isso sou eu... 

Então a grande novidade foi dada há uns dias em Las Vegas, quando Stefano Domenicalli anunciou, em conferência de imprensa, que haverá filmagens em Silverstone, com um carro na frente da grelha por uma volta, antes de o tirar de lá a acontecer a corrida a sério. E é isso que iremos ver numa destas tardes de julho, se calhar em direto. 

Vão começar a filmar em Silverstone. Eles também vão estar na corrida e terão enorme acesso. Em termos de produção, é algo que precisamos controlar, mas será outra forma de mostrar a Fórmula 1”, disse Domenicalli, que pensa no filme como complemento à série do Netflix "Drive to Survive". E o filme já tem um ator: o britânico Damson Idris, protagonista da série ‘Snowfall’. O ator venceu a concorrência após um “teste intenso de pilotagem”.

E claro, com Joseph Kosinski como diretor, ele que ainda faz as coisas "à antiga", ou seja, com cenários em fez de fundos verdes e CGI's, parece ser algo bem mais interessante. 

Contudo, apenas existe a confirmação das coisas em Silverstone, e não se sabe bem que mais corridas é que servirão de cenário ao tal filme. Não ficaria admirado se outros circuitos, como a novidade Las Vegas, servissem de cenário para a pelicula que a Formula 1 acha ser a sequela ideal para a série do Netflix.

E claro, iremos ver isso tudo nos cinemas no Natal... de 2024. Ou inicio de 2025, antes de ir para a Apple TV+ e saber se entra na lista dos Óscares para os prémios técnicos. Uma coisa é certa, acontecerá depois de "Ferrari", o filme que Michael Mann andou a fazer em Itália no verão passado sobre Enzo Ferrari.   

segunda-feira, 24 de abril de 2023

A imagem do dia


A tecnologia avança a pulos e saltos. Há 30 anos que surgia a Internet, e os telemóveis eram coisas dos quais tinhas de carregar à mão, como se fosse uma mala, porque as pilhas eram enormes. E alguns modelos de carros como a BMW e a Mercedes colocavam lugares no tablier especialmente para caber os "monstros" que a Siemens produzia. 

Mas mais do que "gadgets" - quem fala hoje em dia do fax? E o telex, alguém sabe o que foi? - os avanços na inteligência artificial são os que fazem agitar na cadeira. A ideia de ter um computador a substituir-nos é, desde há muito, causa de preocupação. Pode tirar os nossos empregos, ou pior, pode tornar-nos irrelevantes. Mas tão mau ou pior que isso, poderá colocar na boca de certas pessoas coisas que ele não disse. E num mundo onde os populistas estão numa cruzada para derrubar a democracia, isso é imensamente perigoso. 

E no jornalismo, quem conhece minimamente, sabe que há dois tipos de pessoas: os que querem ser o primeiro a dar, e os que querem contar a história toda. Os primeiros, até contam com crueza e sensacionalismo, não consultando as fontes, apenas para conseguir atenção. No passado, para vender papel. Hoje, para conseguir clicks na noticia. E é como diz um ditado americano: todos os dias nasce um ingénuo.

E nessa coisa do ChatGPT, uma revista alemã decidiu fazer um exercício: entrevistar Michael Schumacher. Como sabem, desde dezembro de 2013, ele está incomunicável, por causa do seu acidente em Meribel, nos Alpes franceses. A família protege fortemente a sua privacidade, e na Alemanha, há fortes leis nesse campo - basta verem o Google Maps e verão que o país, fora das grandes cidades, é um vazio autêntico, porque até na rua, um espaço público, as pessoas defendem a sua privacidade. E na Alemanha, como no resto da Europa, há revistas do coração e jornais sensacionalistas. Não sei se o Bild continua a meter meninas em topless na primeira página, mas há uns anos, fazia isso. E era o jornal mais vendido da Europa. 

Então, a história é a seguinte: a "Die Aktuelle" fex uma entrevista usando o ChatGPT, a tal ferramenta da inteligência artificial, e claro, avisando que era um tipo de entrevista. Foi para as bancas, deu sensação, e... quem não gostou nada disto? A família. Que ameaçou processar o grupo Funke, que é dona da revista. E esta decidiu que iria tomar medidas, despedindo a sua diretora, Anne Hoffmann, que mandava desde 2009. 

Este artigo enganoso e de mau gosto nunca deveria ter aparecido”, disse a diretora-gerente do grupo Funke, Bianca Pohlmann, num comunicado citado pelo jornal britânico The Guardian. “Não atende de forma alguma aos padrões de jornalismo que nós e nossos leitores esperamos de uma editora como a Funke. Como resultado da publicação deste artigo, haverá consequências imediatas para o pessoal. A editora-chefe do Die Aktuelle, Anne Hoffmann, que assumiu a responsabilidade jornalística do jornal desde 2009, será dispensada de suas funções a partir de hoje.”, termina o comunicado. 

O problema disto é que, mesmo que este caso tenha tido consequências dos seus atos, só aconteceu quando o grupo tomou conta de que poderia perder dinheiro com isto. Não que era polémica ou éticamente controversa: era porque poderia perder dinheiro. E a senhora Hoffmann, que foi uma bode expiatória em todo este caso, se calhar terá uma boa indemnização e dentro de algum tempo, arranja outro lugar. E mais cedo ou mais tarde, sem colocar nada que diga "isto foi gerado por IA (inteligência artificial)", irá dar razão a aqueles que queiram controlar, censurar ou manipular a informação. Especialmente num tempo de redes sociais, onde todos acreditam no que quiser, mesmo que seja mal feita. Porque, é como dizem: "se está na Internet, é porque é verdade".

Tenho a sensação de que estamos a perder o controlo. E essa perda de controlo poderá levar-nos a uma catástrofe. Espero que não. Mas separar o trigo do joio, a verdade com a mentira ou o humano da inteligência artificial, será uma tarefa cada vez mais complicada.        

CPR: Hyundai Portugal escolhe Meeke como substituto de Breen


A Hyundai Portugal anunciou esta segunda-feira que o britânico Kris Meeke será o substituto do malogrado Craig Breen nas restantes provas do Campeonato de Portugal de ralis. A decisão foi imediata e o piloto já viajou para o nosso país, no sentido de se preparar para o rali Terras D'Aboboreira, que acontecerá no final do mês, na região de Amarante. 

Depois de muita ponderação, a Hyundai Portugal decidiu convidar Kris Meeke, um amigo de longa data de Craig Breen, a tomar o seu lugar no Team Hyundai Portugal no CPR.", começa por afirmar a marca, num comunicado oficial.

"Kris Meeke, piloto com histórico no WRC e mundialmente reconhecido, vem para o Team Hyundai Portugal para dar continuidade ao legado de Craig Breen. Desta forma, o Team Hyundai Portugal continuará assim com dois i20 N Rally2 em competição, com Kris Meeke e Ricardo Teodósio que estarão juntos já no Rali Terras d’Aboboreira, iniciando a sua preparação já esta segunda-feira, 24 de abril”, conclui.

Aos 43 anos, e sem competir no WRC desde 2019, quando esteve na Toyota, Meeke regressa aos ralis a tempo inteiro, competindo na equipa coreana ao lado de Ricardo Teodósio. Piloto reconhecido e carismático - e com performances algo inconsistentes - já triunfou em três ralis do Mundial, o último dos quais no rali da Catalunha de 2017, desde o final do seu contrato na Toyota, apenas competiu em quatro probas, um dos quais de clássicos, em Goodwood. 

Uma decisão, que o próprio afirmou, não foi tomada de ânimo leve. “A minha decisão não foi tomada de ânimo leve. Primeiro aceitei porque era o meu desejo de voltar a competir, mas também pensei no que Craig me diria, e sei que ele me diria para aceitar. É assim que o vou homenagear. Vou continuar a competir como ele sempre o fez, a ganhar e a aproveitar”, declarou.

Assim sendo, a Hyundai Portugal volta a ter um motivo de atração na sua ambição de triunfar no campeonato de Portugal de ralis, onde nesta temporada, o malogrado Breen tinha ganho em Fafe, antes de se despistar no Algarve, quando perseguia o então líder e futuro vencedor, Ricardo Teodósio.   

WRC 2023 - Rali da Croácia (Final)


O galês Elfyn Evans deu a Toyota mais uma vitória nesta temporada, e com isso, o campeonato está mais apertado que nunca. É que com este resultado, mais o quinto lugar de Sebastien Ogier, ambos estão empatados o comando do campeonato, com 69 pontos, mais um que Kalle Rovanpera e mais três que Ott Tanak! Ou seja, todos muitos juntinhos, e o desempate acontecerá em Portugal.

Ironicamente, a vitória da Toyota foi do carro que a marca retirou voluntariamente dos pontos no campeonato de Construtores, para ficar igual à Hyundai, que apenas rodou com dois carros, após o acidente mortal de Craig Breen. E que acabou com um, por causa da desistência de Thierry Neuville.  

Num ambiente difícil depois desse acidente mortal, o rali terminou com um piloto de cada marca no pódio: Evans, da Toyota, Tanak, da Ford, e Esapekka Lappi, da Hyundai, especialmente esta que queria triunfar para dedicar a vitória ao companheiro caído. Mas foi Evans que segurou a bandeira irlandesa no pódio. 

Sinto emoções bastante mistas. Não sei realmente o que sentir para ser totalmente honesto. Numa vertente desportiva é claro que é uma sensação de alívio ter estado bastante tempo sem ganhar e estar perto algumas vezes, mas não o ter feito acontecer. Foi muito positivo desse ponto de vista. Mas obviamente o lado negativo é que nos lembramos de tudo o que se passou na semana passada e obviamente que voltamos a encarar a dura realidade agora.”, disse o piloto galês, no pódio. 

Mas foi Lappi, o terceiro classificado, que disse o que sentia pessoalmente sobre o rali:

Sinto alívio e acho que também algum orgulho por parte da equipa. Acho que foi a semana mais difícil da minha história do desporto automóvel e vir aqui, em primeiro lugar, não só pessoalmente para mim, mas para todos os membros da equipa, a quem quero agradecer. Eles tornaram possível que pudéssemos conduzir, pelo que este foi um enorme esforço da parte deles. Houve alguns altos e baixos durante o fim-de-semana e durante a semana com todos nós. Este foi um grande resultado para nós”, disse.


Quatro especiais neste último dia, com passagens duplas por Trakošćan - Vrbno e Zagorska Sela - Kumrovec, esta começou com Kalle Rovanpera ao ataque, acabando por triunfar com 3,7 segundos sobre Ogier e 4,8 sobre Evans, mais relaxado na liderança. Pierre-Louis Loubet teve problemas de motor no seu Puma e perdeu 41,2 segundos.

Na etapa 18, foi a  altura de Thierry Neuville triunfar, com 0,9 segundos sobe Rovanpera e 5,4 sobre Ogier, para na seguinte, Rovanpera voltar aos triunfos, com uma margem mínima sobre Ogier e 3,6 sobre Tanak.

Na Power Stage, Neuville esforçou-se a conseguiu triunfar, batendo Rovanpera por um segundo e Ogier por 4,4. No final, o piloto belga disse o que vinha da sua alma, especialmente depois do acidente que o colocou fora do rali, enquanto liderava. 

Para ser sincero, não sei o que dizer, estou muito desapontado pela equipa, por nós depois de tudo o que aconteceu. É um momento difícil sabe, queríamos muito aquela vitória, queríamos deixar Craig orgulhoso de tudo. Perdemos a oportunidade, infelizmente. Sempre temos que dar mais de cem por cento e quando estamos no limite não consegue evitar esses erros e é muito difícil. Demos tudo aqui e este foi para Craig, espero que seja o suficiente.", disse, no final da Power Stage.

Depois do pódio, Rovanpera terminou num distante quarto lugar, a 1.18,3, conseguindo segurar Sebastien Ogier, o quinto, a 1.28,0. Sexto é Katsuta Takamoto, a 2.28,5, no quarto Toyota, muito na frente de Pierre-Louis Loubet, no seu Ford. Yohan Rossell foi oitavo, no seu Citroen, e o melhor dos Rally2, a 7.51,3. A fechar o "top ten", chegaram o russo Nikolay Gryazin, a 8.07,4 e o carro de Oliber Solberg, a 9.16,7. 

O WRC continua a meio de maio, nas estradas portuguesas. 

domingo, 23 de abril de 2023

Formula E: Cassidy ganha na segunda corrida de Berlim


Depois de Mitch Evans, Nick Cassidy. A Nova Zelândia está em alta no fim de semana elétrico em Berlim, pois os seus pilotos saíram vencedores na capital alemã. O piloto de Envision conseguiu superar Jake Dennis, da Andretti, e Jean-Eric Vergne, da DS Penske, para triunfar e diminuir a diferença para a liderança do campeinato.

Quanto a António Félix da Costa, da Porsche, depois de não ter acabado a corrida de ontem, hoje conseguiu andar entre os da frente e terminou na quinta posição, na frente de Pascal Wehrlein, o atual lider do campeonato, e que terminou na sétima posição, mas viu a sua distância diminuir.        


Existiam expectativas por causa do tempo em Berlim, que se previa chuva para a parte final da corrida, mas esta começou com alguns minutos de atraso por causa de... um protestante a invadir a pista, que aparentemente, se colou ao... carro médico da competição! Quando começou, os Abt ficaram com os dois primeiros lugares, com o resto do pelotão cautelosos porque tinham ficado parados por muito tempo e os pneus tinham arrefecido. 

Na quarta volta, as primeiras idas ao Attack Mode por parte dos Abt Cupra, com Buemi a ser o líder, que perdeu o comando quando na volta seguinte, foi também ao Modo de Ataque, cedendo o comando para Vergne, no seu DS Penske. Na sexta volta, foi a vez de Vergne e o comando regressou a Frijns. Nesta altura, Félix da Costa era oitavo, atrás de Jake Dennis. 

Nas voltas seguintes, o ritmo era controlado, com os pilotos a gerirem a energia desde cedo para poderem atacar mais tarde. Daí que os pilotos rodassem juntos e as trocas de posição frequentes, aproveitando os cones de ar. Mas na volta 11, os Porsches, sem  ainda usarem o Attack Mode, estavam na frente, com Wehrlein a comandar e Felix da Costa em terceiro, com Nico Muller entre eles. Duas voltas depois, André Lotterer apareceu parado em pista, com a asa dianteira danificada, mas como não interferia com a corrida, esta prosseguiu.


Na volta 20, Wehrlein regressou à liderança da corrida, seguido de AFC e Vergne, com Nick Cassidy (que largou de oitavo) e Jake Dennis no top 5. Uma volta depois, era Vergne na frente, com os Porsche a cederem a liderança, sem lutar muito. E foi nesta altura que a asa dianteira de Buemi cedeu, depois de um toque, e a corrida do piloto suíço ficou irremediavelmente comprometida. Cassidy, seu companheiro de equipa, decidiu que o melhor lugar para estar era na frente e instalou-se no primeiro posto pouco depois do meio da corrida.

A cinco voltas do fim, Félix da Costa não evitou um toque com Evans e perdeu algum tempo para a frente, com esta dupla a ficar agora mais longe do pódio, deixando isolados Cassidy, Dennis e Bergne. No final, apesar de Dennis ter mais energia, lançou o seu ataque tarde demais e permitiu a vitória do neozelandês. Vergne, terceiro, também aguentou os ataques de Evans e Felix da Costa, que entretanto se tinham colado à sua traseira.  

No campeonato, Wehrlein continua a liderar, mas com 100 pontos, tem mais quatro que Cassidy, o triunfador da tarde. Vergne é o terceiro, com 81, mis um ponto que Jake Dennis, o quarto, e Mitch Evans tem 76 e é quinto. António Félix da Costa é sexto, com 68.


A Formula E prossegue a 6 de maio, nas ruas do Mónaco. 

WRC 2023 - Rali da Croácia (dia 2)


O galês Elfyn Evans lidera o rali da Croácia, após o segundo dia, com uma vantagem de 25,4 segundos sobre o o Ford de Ott Tanak e 55,4 sobre o Hyundai de Esapekka Lappi, já distante de Sebastien Ogier, a 1.49,4, na quarta posição. Tudo isto num dia onde Thierry Neuville bateu forte e desistiu, quando liderava com algum conforto o rali croata. 

Com passagens duplas por Kostanjevac - Petruš Vrh, Vinski Vrh - Duga Resa, Ravna Gora - Skrad e Platak, o dia começou com Neuville a andar moderadamente, deixando a vitória para Kalle Rovanpera, 1,2 segundos na frente de Ott Tanak. Neuville perde 2,4 segundos, mas na frente de Elfyn Evans, que fica a 7,2 do vencedor da especial.


O finlandês da Toyota volta a ganhar, mas pela margem mínima sobre Ogier, que anda a tentar recuperar o minuto de penalização sofrido na sexta-feira. Neuville é quarto, atrás de Tanak, mas na frente de Evans, mas na terceira especial do dia, o belga toca numa pedra na berma da estrada, despista-se e os danos são irreparáveis. Ogier triunfou no final da manhã, em Platak, conseguindo um avanço de 0,7 segundos sobre Rovanpera. 

Fiquei um pouco, digamos, stressado com a primeira seção, houve muitos cortes e estava tentando ter cuidado porque há um risco muito alto de furo. Depois disso, a descida é bastante rápida como no estilo de circuito e mais agradável porque é apenas focada na direção. No final, como dissemos ontem à noite, a única coisa que podemos fazer é pedal a fundo para recuperar a posição. No momento, acumulamos muitos problemas e penalizações durante o fim de semana. É difícil subir [na geral], mas vamos ver.”, disse Ogier, no final da manhã.

A tarde começou com Ogier ao ataque, ganhando na segunda passagem por Kostanjevac - Petruš Vrh, 0,4 segundos sobe Ott Tanak e 1,6 sobre Kalle Rovanpera, com Esapekka Lappi a perder tempo por causa de um pião. Tanak ganhou na segunda passagem por Vinski Vrh - Duga Resa, 0,9 segundos sobre Kalle Rovanpera e 2,1 sobre Sebastien Ogier. Evans era quarto, a 3,4 mas mantinha a liderança sob controlo.

"Posso acreditar que ele está no limite com esse tempo! Para mim, foi uma corrida limpa, para ser honesto, estou surpreso por perder tanto. Tenho uma sensação melhor [no carro], mas por agora ainda não sinto muito à vontade!", disse o galês.

Rovanpera ganhou a 15º especial, conseguindo um avanço de 2,5 segundos sobre Ogier e 7,1 sobre Elfyn Evans. Tanak perdeu 11,4 segundos, afastando-se do galês, e no final do dia piorou, fazendo o quinto melhor tempo, 17,4 segundos atrás do vencedor, Sebastien Ogier, e 8,6 de Evans. E no final, nem sabia a razão porque estava a perder tempo. “Não sei, não sei, difícil dizer. É terrível dirigir [o carro] e não para mim, não sei o que está a acontecer, [estou] feliz que acabou.

Depois dos quatro primeiros, Kalle Robanpera era o quinto, a 1.51,4, na frente de Katsuta Takamoto, a 2.25,9, não muito longe de Pierre-Louis Loubet, a 2.32,1. Oitavo era Yohan Rossell, o melhor dos Rally2, a 6.40,2, e a fechar o "top ten" estavam Nikolay Gryazin, a 6.51,7 e o finlandês Emil Lindholm, a 8.02,4.

O rali da Croácia termina neste domingo.