sábado, 22 de novembro de 2014

M**das que o Mallya diz



Já tinha visto isto no Twitter e até fiz RT (retweet) ao que ele disse. Ele não deixa de ter razão no que diz, e as suas criticas estão bem fundamentadas. Mas temos de ser honestos: o que é que ele poderá fazer para alterar a situação? Três equipas contra a hierarquia, bem instalada na vida e do qual não abdicarão do seu quinhão por nada, porque foi assim que Bernie Ecclestone desenhou...

Contudo, pelo que entendo, esta gente não vai deixar esta história morrer. Veremos as cenas dos próximos capítulos. Especialmente com o anãozinho a dizer uma coisa e no dia a seguir dizer outra, o que demonstra a sua senilidade em toda a sua força.

A foto do dia

Podemos dizer que hoje, Nico Rosberg ganhou a primeira parte. Mas quem assistiu às últimas corridas sabe que isto, muitas das vezes, é "pirrico", porque Lewis Hamilton é mais veloz e têm melhor ritmo de corrida, e no final é isso que conta. Mas o filho de Keke Rosberg, como sempre, marcou uma posição, como que a dizer que está na luta.

O chato é que pode ganhar, mas poderá ser como em 1984, com Alain Prost: uma vitória pirrica, com o segundo classificado a festejar o campeonato. Hamilton nem precisa de atacar, nem precisa de vencer, para ser campeão. Amanhã é o dia. 

Formula 1 2014 - Ronda 19, Abu Dhabi (Qualificação)

E por fim, chegamos ao termino da temporada. Num lugar novo e artificial, um sinal dos tempos sobre onde está agora o dinheiro, e claro, a Formula 1, sempre sedenta das verdinhas, segue onde ele está. E nestes novos tempos, adapta-se, fazendo uma pontuação a dobrar, quebrando mais uma vez uma tradição, desta vez a do principio de igualdade entre as corridas. Estou certo que Bernie Ecclestone, ao ter a ideia - e da FIA a sancionar, claro - encarregou de sacar mais alguns dólares desses poços sem fundo do Golfo Pérsico, apesar de agora, as coisas andarem um pouco mais aflitas, já que o preço do petróleo anda a baixar muito...

Debaixo do céu de um lugar sem estações do ano, máquinas e pilotos preparavam-se para marcar pela última vez no ano um lugar na grelha de partida, sabendo mais ou menos que, naquele lugar, nada se pode esperar de novo ou de surpreendente. Mas a grande novidade foi o regresso dos Caterham, com outro piloto, o britânico Will Stevens, no lugar do sueco Marcus Ericsson. Apesar de ter experimentado o carro em sessões de testes, neste teste a sério, acabou por ficar no último lugar, a mais de 3,8 segundos dos dominantes Mercedes. Mas aplaude-se o esforço, pois já se sabia que ele não iria sair do último lugar: Romain Grosjean tinha sido penalizado em... vinte lugares (!) e iria largar do último lugar da grelha.

No final, a acompanhar estes três pilotos estava o outro Lotus de Pastor Maldonado e o Sauber de Esteban Gutierrez. Agora percebe-se as proezas dos camiões saltitantes no Youtube: servem para que nós esqueçamos as más exibições na grelha de partida...

Na segunda parte da qualificação, os dois pilotos da Mercedes brigavam pelo melhor tempo, com alguns excessos pelo caminho, Nico Rosberg fez um deles e perdeu tempo, tal como Lewis Hamilton, mas foram mais uns "fait divers" desta qualificação, quando a realidade dizia que entre os pilotos que ficaram de fora da Q2, para além dos Force India, do Toro Rosso de Jean-Eric Vergne ou do Sauber de Adrian Sutil, também estava o McLaren de Kevin Magnussen, a grande surpresa. Em contraste, Daniil Kvyat mostrava o seu talento e colocava o seu carro no oitavo lugar da grelha provisória.

A terceira parte costuma ser o mais sumarento - em eras passadas, claro - e haveria a expectativa da Williams marcar um tempo que incomodasse a toda-poderosa Mercedes, quebrando os monopólios dos últimas corridas. Mas apesar dos esforços, não deu. E Nico Rosberg conseguiu pela terceira vez consecutiva bater Lewis Hamilton numa qualificação, mostrando que neste campo, é o melhor. O chato é o que acontece na corrida, onde ele claramente têm um ritmo superior do que o alemão.

Na grelha final, a hierarquia: Mercedes, Williams, Red Bull, Ferrari. Não havia grandes alterações, não havia surpresas. Pelo menos, era o que viamos na pista... até que a secretaria funcionou. A FIA desconfiou as asas dianteiras dos Red Bull de Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo e no final, decidiu retirar os tempos e obrigá-los a partir da última fila, atrás dos Caterham.

Amanhã é o dia decisivo. Dali não passará, e saberemos quem será o campeão de 2014. Num dos sítios mais aborrecidos e mais artificiais do mundo. Nos tempos que correm, o poder do dinheiro dá nisto...

Formula 1: Red Bull excluida da qualificação por irregularidades na asa dianteira

A Red Bull deu asas... mas para a FIA, estão fora do regulamento. Assim sendo, a entidade que gere a Formula 1 decidiu retirar os tempos a Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo, e colocá-los no fundo da grelha de partida. A razão? a demasiada flexibilidade da asa dianteira, que fez com que fosse escrutinado pelos comissários técnicos, que depois de os examinar, determinaram que infringiam o refgulamento.

A equipa reagiu num comunicado oficial, afirmando que "estava desapontado com o facto de ter sido chamado à atenção devido à defleção na asa da frente enquanto é claro que outras equipas estão a interpretar as regras de forma semelhante a nós"

"Contudo, a equipa aceitará a decisão e começará a corrida do fundo da grelha", concluiu. 

Formula E: Sam Bird foi o vencedor em Putrajaya, Félix da Costa oitavo

Dois meses depois da estreia em Pequim, a Formula E continuou o campeonato nas ruas da cidade malaia de Putrajaya, onde o britânico Sam Bird, da Virgin, levou a melhor sobre o brasileiro Lucas di Grassi, que fez uma recuperação sensacional da última linha, após ter batido na qualificação. Já Bruno Senna deixou escapar uma hipótese de pódio ao bater na última volta.

Sem volta de aquecimento - coisas que aconteciam nos anos 70 na Formula 1... - a grelha tinha Oriol Serviá na pole-position beneficiando da penalização de dez lugares a Nicolas Prost, que tinha sido o mais veloz na qualificação. Na largada, Daniel Abt, que era o terceiro na grelha, largou mal e arrastou-se para o fim do pelotão, enquanto que Sam Bird tentava ficar com a liderança, sendo detido por Serviá. Nos metros seguintes, Katherine Legge e Matthew Brabham tiveram toques (no caso de Legge, foi com... Michela Cerruti) que o colocaram em situação de apuros, atrasando-se bastante.

Por causa disso, o Safety Car foi acionado, no inicio da segunda volta, no sentido de se recolherem a asa que ficou no asfalto. Legge trocou de asa e voltou à pista e a corrida voltou ao normal na quarta volta, Sam Bird a alcançar a liderança e Jarno Trulli a chegar ao segundo lugar, ambos à custa de Oriol Serviá. Nas voltas seguintes, Chandhok passou o catalão, seguido por Nelson Piquet Jr, enquanto que atrás, na oitava volta, Franck Montagny tenta ultrapassar Nick Hedifeld, forçando-o a bater no muro. Por causa disso, o Safety Car entrou na pista pela segunda vez.

Por essa altura, Daniel Abt foi o primeiro a trocar de carro, antes do recomeço da corrida, à 12ª volta. Sam Bird afastava-se do resto do pelotão, conseguindo uma vantagem de sete segundos, antes das trocas de carros, a partir da volta 18. Trulli foi o primeiro, seguido de toda a gente até ao sexto posto, que então era ocupado por Bruno Senna. Sam Bird trocou de carro na volta seguinte, o que permitiu manter a liderança.

No regresso, não houve grandes alterações aparte um despiste de Bruno Senna depois de um desentendimento com Matthew Brabham, mas voltou logo à pista. Na volta 23, Piquet Jr tentou passar Trulli no final da reta, mas ambos tocaram-se, acabando por desistir. Atrás, Bruno Senna tentava recuperar lugares, passando Jerôme D'Ambrosio e chegando ao sexto lugar.

Com a chegada das voltas finais, Daniel Abt, o lider, era apanhado sem apelo nem agravo (cinco segundos por volta!) por Sam Bird, pois estava a tentar levar o carro até ao fim com a energia restante. Na volta 27, Bird retomava a liderança, com uma vantagem de dez segundos sobre o terceiro classificado, que agora era Lucas di Grassi.

Atrás dele, havia uma luta entre o piloto da ABT e os pilotos da e-dams, Sebastien Buemi e Nicolas Prost, acompanhados de perto por Bruno Senna. Na volta 29, Senna passa Prost e fica com o quarto lugar, mas na última volta, imediatamente antes do "hairpin", o brasileiro da Mahindra perde o controlo do seu carro e bate na parede, perdendo a chance de atacar o terceiro lugar de Buemi.

Na frente, sem ser incomodado, Bird vencia com folga, a mais de dez segundos sobre Lucas di Grassi, da Abt, e Sebastien Buemi, da e.dams, na frente de Nicolas Prost. Depois veio Jerôme D'Ambrosio, Karun Chandhok, Oriol Serviá, António Félix da Costa, Jaime Alguersuari (que fez a volta mais rápida) e por fim, Daniel Abt.

No final, foi uma corrida entretida, sem momentos aborrecidos, com lutas entre pilotos, apesar do lider ter sido decidido muito cedo.

No campeonato, Lucas di Grassi é o primeiro, com 43 pontos, seguido por Sam Bird, com 40, Frank Montagny, Karun Chandhok, Nicolas Prost e Jerôme D'Ambrosio "ex-aequo" no terceiro posto, com 18 pontos.

A próxima corrida da Formula E será a 13 de dezembro, em paragens uruguaias.

Youtube Motorsport Race: a corrida da Formula E em Putrajaya

Para quem não viu a corrida porque você estava a dormir - ou adormeceu a meio da corrida - eis aqui a prova na integra, narrada em inglês por Dário Franchitti. Pode ver enquanto não vêm a qualificação para Abu Dhabi...

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Youtube Formula 1 Stunt: Um camião a saltar, um Formula 1 a passar

Enquanto que a Lotus tenta arranjar mais dinheiro para se manter viva - seja pedir por Bernie Ecclestone, seja por ir à Venezuela e apertar mais as tetas da vaca petroleira que e a PDVSA - ela faz algumas manobras publicitárias como este vídeo que colocou agora na sua página do Youtube. 

É simples: um camião bateu um recorde de maior salto, enquanto que um carro de Formula 1 passa por baixo dele. A distância, no sentido imperial, é de quase 84 pés, que traduzido para o sistema métrico (usada por qualquer civilização digna desse nome...) dá em... 25,476 metros.

Parabéns à Lotus. Que continue a fazer acrobacias como esta. 

Rumor do dia: WTCC em Vila Real?

Havia rumores de novos sítios no calendário do Mundial de Turismos no final de semana de Macau, e sabia-se que a Eurosport queria um lugar para Portugal no calendário. Só que com o final do circuito da Boavista, no Porto, por falta de vontade do novo presidente da Câmara, Rui Moreira, parecia que as coisas iriam ficar de fora, porque o WTCC quer um circuito urbano nestas paragens, em vez de Estoril e Portimão.

Pois bem, a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting fala nesta sexta-feira no seu sitio oficial que está a falar com a Eurosport e a FIA no sentido de ver a hipótese de outro circuito urbano ser considerado. E esse seria Vila Real. A reunião aconteceu hoje entre o presidente da Câmara e as três partes, acompanhados pelo piloto da Honda, Tiago Monteiro.

No comunicado oficial, a FPAK refere que: "A visita demorada e pormenorizada de todos os aspectos do emblemático Circuito de Vila Real correu conforme o previsto e deixou todos os presentes bastante esclarecidos e satisfeitos com todas as valências daquela pista citadina. A visita de hoje será agora analisada por todos e uma decisão será, certamente, tomada em breve."


Vila Real têm tradição automobilística que remonta a 1935, com corridas que se realizaram até ao inicio dos anos 90. O circuito albergava a malha urbana da cidade, com cerca de oito quilómetros, e o seu auge foi no final dos anos 60, inicio dos anos 70, quando recebeu provas de Endurance (as Seis Horas ou os 500 km de Vila Real) e provas da Formula 3 europeia.

Depois de um grave acidente em 1991, o automobilismo só voltou a Vila Real em 2007, num circuito mais encurtado. Contudo, estas voltaram a ser interrompidas em 2010 devido ao facto de não ter um "paddock" adequado às suas capacidades, tendo regressado este ano, com corridas de Clássicos.

A foto do dia

A imagem do Williams de Valtteri Bottas "desnudado" em plena pista de Abu Dhabi se pode explicar com a diferença entre as pressões de dentro com as de fora do carro, devido ao facto de eles estarem a experimentar uma nova entrada de ar.

As pressões podem não ter sido as suficientes para que o chassis aguentasse, mas tivemos a rara imagem de ver um Formula 1 por dentro. Mesmo que tenha sido de forma acidental...

Youtube Motorsport Prank: Vettel assusta os incautos


Enquanto que Sebastian Vettel se despede da Red Bull neste fim de semana, decidiu fazer uma partida ao disfarçar-se de mecânico (com barba, mullet e tudo) e mostrar as suas habilidades... nos carros dos clientes. A ideia veio da Tirendo, que é uma marca de pneus conhecida no centro da Europa, nomeadamente Suiça, Austria e Alemanha.

A parte chata é que só os que sabem falar alemão (já sei do que fala: está a convencer os clientes para que o deixe guiar o carro por causa de "um barulho no carro". E no meio doas habilidades, pergunta se ouvem esse chiar). Mas mesmo assim, ainda não sei se eles se assustaram com as suas habilidades ou com o seu aspecto...

Afinal... a Marussia não vem a Abu Dhabi

Ao longo do dia de quarta-feira, as noticias fervilhavam sobre a possibilidade de a Marussia fazer uma inesperada aparição em Abu Dhabi, com Max Chilton ao volante de um dos carros. Mas na noite de ontem, primeiro os rumores, depois a confirmação: a equipa acabaria por não vir devido à falta de um acordo com os credores à ultima da hora.

Nesta quinta-feira, vieram os pormenores: os camiões estavam a caminho do aeroporto de Stansted, nos arredores de Londres quando o acordo entre os credores falhou. E por essa altura, a FOM tinha pedido à Williams e Caterham para que arranjasse espaço para que a Marussia pudesse colocar as suas coisas e tinham pedido via online para que aparecessem pessoas que pudessem ajudar a equipa no fim de semana. Para além disso, funcionários da Ferrari, a empresa que fornece os motores à equipa, também estavam presentes, vestindo o fato da equipa.

No Twitter, Chilton lamentou a falta de acordo: “Estou devastado por todos os envolvidos na Marussia nas últimas 24 horas, pois o trabalho duro para tentar correr em Abu Dhabi não correu como esperávamos”, escreveu Chilton. Assim sendo, na última corrida do ano teremos 20 carros a alinhar em pista.

Provavelmente, esta poderá ter sido a última chance de ver o pessoal da Marussia a andar, pois as dúvidas em relação à sua continuidade são cada vez maiores, apesar de noticias referentes a possíveis interessados no espólio da equipa.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A foto do dia (II)

Eis Nico Rosberg e Lewis Hamilton, os dois candidatos ao titulo, cumprimentando-se um ao outro respeitosamente, diante das câmaras, após a conferência de imprensa do GP de Abu Dhabi. Aparentemente, estão tranquilos e esperando que consigam superar o companheiro de equipa.

Já tivemos muitos anos de domínio na Formula 1, temporadas onde os candidatos ao título estavam na mesma equipa. Juan Manuel Fangio contra Nino Farina, e depois contra Stirling Moss; Phil Hill contra Wolfgang von Trips; Jim Clark contra Graham Hill; Mário Andretti contra Ronnie Peterson, Jody Scheckter contra Gilles Villeneuve; Ayrton Senna contra Alain Prost; Nigel Mansell contra Ricciardo Patrese; Rubens Barrichello contra Michael Schumacher; Lewis Hamilton contra Fernando Alonso; Mark Webber contra Sebastian Vettel.

Os exemplos são muitos, e se em alguns casos, a hierarquia foi respeitada, noutros, a luta foi mais fratricida. O exemplo da McLaren em 1989 foi o mais sintomático, com matéria mais do que suficiente para fazer livros e filmes. Mas não creio que este sirva para isso. Um dia, alguém comparou as vitórias de Jacky Ickx e de Tom Kristensen em Le Mans: "Das vitórias de Ickx, fizeram-se livros. Das vitórias do dinamarquês, fazem-se comunicados de imprensa".

Até ver, esta é uma daquelas vitórias dignas de comunicado de imprensa. A História, claro, encarregar-se-á de saber se isto têm ou não algum fundamento, mas parece que as coisas num passado distante têm mais brilho do que as de um tempo mais recente. Mas há elementos de tensão suficientes para entender que poderá haver matéria para livro. Só que o politicamente correto dos nossos dias estraga um pouco a intriga. Parece que adoramos ver o circo a arder... e é por isso que por estes dias estamos mais interessados pela revolta dos pequenos, e as discussões sobre dinheiro do que estes pilotos, candidatos ao título numa corrida onde os pontos são a dobrar.

Dailymotion Motorsport Interview: Philippe Bianchi fala do seu filho em Nice


Le père de Jules Bianchi à l'hopital Saint Roch por nice-matin

Vinte e quatro horas após a chegada de Jules Bianchi a Nice, após um longo voo desde o Japão, o pai, Philippe Bianchi (filho de Mauro Bianchi e sobrinho de Lucien Bianchi) conversou um pouco - e em exclusivo - para o jornal Nice-Matin sobre o estado de saúde do seu filho, que está internado no hospital de Saint Roch.

"Está mais perto de nós e espero que renasça em Nice, 25 anos depois", comentou Bianchi Sr. "Estamos agradecidos a todas as manifestações de amor vindas do mundo inteiro, e a todos que rezam pela sua saúde. Que continuem a rezar e esperem que haja um milagre", concluiu.

Apesar de Bianchi já não estar mais em coma artificial, o seu estado de saúde continua a ser muito grave, sete semanas depois do seu acidente em Suzuka, durante o GP do Japão. 

Formula 1 em Cartoons - Para onde vais, Alonso? (Riko Cartoon)

Agora que sabemos que Fernando Alonso se vai embora da Ferrari, resta saber qual será a equipa por onde correrá em 2015. As apostas são muitas, as portas também... bem como os conselhos.

Noticias: Will Stevens vai ser piloto da Caterham

Depois de alguns dias de incerteza, a Caterham anunciou hoje que o substituto de Marcus Ericsson na sua equipa será o britânico Will Stevens. O piloto de 23 anos, que este ano correu na World Series by Renault, já tinha sido contratado para correr pela equipa, mas que estava à espera de que a FIA lhe pudesse dar o Super-Licença para poder correr por eles na última etapa do Mundial deste ano.

"Estou encantado por receber esta oportunidade e sou muito grato a todos os envolvidos na Caterham por poderem dá-lo a mim", começou por dizer Stevens.

"Sinto-me pronto para o desafio da minha estreia na Formula 1 e estamos ansiosos para trabalhar como parte da equipa neste ambiente de corrida, depois de todo o trabalho que fizemos juntos anteriormente nos testes que fiz e no simulador em Leafield. Esperamos que isso será algo que será continuar a ser realizado para a temporada de 2015", concluiu.

Stevens, de 23 anos de idade (nascido a 28 de junho de 1991 em Rochford, no Essex inglês), começou a correr em monolugares em 2008, na Formula Renault britânica, passando depois para a Formula Renault eurocup 2.0, onde ficou até 2011. Em 2012, transferiu-se para a World Series by Renault, primeiro pela Carlin - onde conseguiu um pódio - depois para a P1 Motorsport, onde conseguiu mais cinco pódios, e agora pela Strakka Racing, onde venceu duas corridas e terminou a temporada no sexto lugar, com 122 pontos. 

A foto do dia

Como já sabem, Fernando Alonso irá abandonar a Ferrari neste domingo, depois de cinco temporadas, onze vitórias, 44 pódios... e dois vice-campeonatos. Apesar das frustrações, os bons momentos superam isso e nesse dia em especial, o piloto das Asturias decidiu correr com um capacete especial, homenageando os engenheiros e mecânicos que trabalharam com ele ao longo deste tempo todo.

Um belo gesto da parte dele. Sabe agradecer e reconhecer que tudo isto é o resultado do trabalho de muita gente. 

Fernando Alonso sai da Ferrari, Vettel entra

Depois de semanas de especulação, a noticia oficial: a Ferrari e Fernando Alonso decidiram terminar o seu vinculo no final desta temporada, depois de cinco temporadas e dois vice-campeonatos. "A Scuderia Ferrari e Fernando Alonso anunciam que, de comum acordo, eles terminaram seu relacionamento. Fernando Alonso deixa a equipa no final desta temporada, depois de um período de cinco anos, que, quando falta uma corrida para o final, marcou 1186 pontos, conseguiu 44 pódios e 11 vitórias.", começa por dizer o comunicado oficial. Como seria de esperar, o seu substituto foi anunciado minutos depois: é o alemão Sebastian Vettel, vindo da Red Bull, onde alcançou os seus quatro títulos mundiais, entre 2010 e 2013.

"Todos na Scuderia Ferrari Fernando graças por sua grande contribuição, tanto a nível pessoal e profissional", continua.

"No quadro de honra dos grandes pilotos da Scuderia, Fernando Alonso ocupará sempre um lugar especial", começou por comentar o diretor desportivo Marco Mattiacci. "Nós estamos sinceramente agradecidos para o que tem sido uma aventura extraordinária com a Scuderia, quando nos últimos cinco anos, ele esteve por duas vezes tão perto de vencer o campeonato do mundo. Estou certo de que um grande piloto como é Fernando terá sempre o querido Cavalino Rampante ao seu coração e espero também que os fãs da Ferrari vão continuar a mantê-lo em consideração nos seus futuros empreendimentos", concluiu.

"Hoje não é um dia fácil para mim, porque mesmo que eu sempre olhe para o futuro com grande entusiasmo e determinação, no final desta temporada, a minha jornada como piloto da Ferrari chegará ao fim" - começou por dizer Fernando Alonso.

"Foi uma decisão difícil de tomar, mas esta decisão foi cuidadosamente ponderada e no final, o meu amor pela Ferrari teve de ser levada em conta. Eu sempre fui sortudo o suficiente para tomar minhas próprias decisões sobre o meu futuro e eu tenho essa possibilidade agora também. Devo agradecer a equipa, que uma vez mais, entendeu minha posição. Deixo a Scuderia Ferrari depois de cinco anos, durante o qual eu alcancei o meu melhor nível profissional, abordando os principais desafios que me empurraram para encontrar novos limites. Eu também provei ser um verdadeiro jogador da equipa, colocando os interesses da Scuderia acima dos meus interesses", afirmou.

"Sem qualquer sombra de dúvida, estes cinco anos produziram alguns dos melhores momentos da minha carreira e eu também sinto que, ao deixar a equipa, é uma família, em vez de amigos que eu estou deixando para trás. Agora eu vou olhar para o meu futuro", concluiu.

Poucos minutos depois, novo comunicado oficial da Scuderia anunciava que o novo alinhamento da marca em 2015 seria constituída pelo alemão Sebastian Vettel e pelo finlandês Kimi Raikkonen.

"A Scuderia Ferrari decidiu colocar a sua fé no mais jovem campeão na história da Fórmula 1" - comentou Marco Mattiacci. "Em termos de Fórmula 1, Sebastian Vettel é uma combinação única de juventude e experiência e ele traz com ele aquela sensação de espírito de equipa que irá provar inestimável quando, juntamente com Kimi, eles enfrentar os desafios que nos esperam, como nosso objetivo é estarmos na frente o mais rapidamente possível. Com Sebastian, todos nós compartilhamos uma sede de vitória, bem como o entusiasmo, uma forte ética de trabalho e tenacidade; elementos-chave para todos os membros da Scuderia para escrever juntos um novo capítulo de vitórias na história da Ferrari", concluiu.

"A próxima etapa da minha carreira de Fórmula 1 será com a Ferrari e para mim isso significa que o sonho de uma vida se tornou realidade", começou por dizer Sebastian Vettel. "Quando era criança, via o meu ídolo Michael Schumacher naquele carro vermelho, e agora é uma honra incrível por ter finalmente a chance de dirigir uma Ferrari. Eu já tive uma pequena amostra do que significa o espírito Ferrari, quando consegui a minha primeira vitória em Monza, em 2008, montado num motor do cavalo rampante, construído em Maranello. A Scuderia tem uma grande tradição no automobilismo e estou extremamente motivado para ajudar a equipa a regressar ao topo. Eu vou aplicar-me totalmente para fazer isso acontecer", concluiu.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Noticias: Tom Kristensen retira-se no final do ano

Os rumores confirmaram-se: Tom Kristensen anunciou esta manhã que irá abandonar a competição no final desta temporada. As Seis Horas de São Paulo, no final do mês, irá ser a sua última corrida da carreira. Na companhia de Dr. Wolfgang Ulrich, e de forma emocionada, falou sobre a sua decisão.

"Tive o privilégio de conduzir alguns dos melhores carros da melhor equipa dos últimos 15 anos. Tive grandes colegas de equipa e trabalhei com pessoas fantásticas. Conquistou muitos títulos e vitórias e vivi momentos de grande emoção. A minha quantidade de vitórias nas 24 Horas de Le Mans não seria possível sem a Audi. Sair da equipa é muito difícil para mim, mas é um dia que tem sempre que chegar. Só posso agradecer a todos na Audi por todo o tempo que passámos juntos e quero dedicar-me à minha nova função como embaixador da Audi e da Audi Sport", começou por declarar.

"Para mim, é um dia feliz. Tenho muito orgulho da minha carreira e do que consegui. Vou levar para sempre na memória todos esses momentos. Eu me sinto também privilegiado por ter trabalhado com pessoas inspiradoras e talentosas. Se pudesse viver tudo de novo na minha carreira, com certeza não mudaria nada, nenhuma única decisão.", continuou.

"Ainda me sinto em forma e com a força mental necessária para guiar estes carros. Eu escolhi anunciar a minha retirada agora, a fim de fazer uma despedida adequada deste desporto que tanto amo na nossa última prova, em São Paulo, no Brasil", concluiu.


Já Wolfgang Ullrich, o patrão da Audi Sport, acrescentou que "naturalmente, quando um piloto como Tom Kristensen se retira é uma grande perda para a Audi Sport e para todo o mundo das corridas de resistência. Compreendemos a sua decisão de querer parar enquanto está no pico da sua carreira, como campeão em título do WEC na sua última época. Ele é o último membro da primeira geração de pilotos da Audi no endurance em atividade. Vamos ter saudades deles como piloto mas ele vai continuar a apoiar-nos com a sua experiência. Ficamos contentes que ele mantenha a Audi na alma".

Nascido a 7 de julho de 1967 na cidade dinamarquesa de Hobro, competiu na Formula 3 alemã e japonesa - onde foi campeão na primeira em 1991 e na segunda em 1993 - antes de se dedicar no ano 2000 ao DTM e à Endurance, ambos ao serviço da Audi. A sua primeira vitória em Le Mans foi em 1997, num TWR Porsche, ao lado de Stefan Johansson e Michele Alboreto, enquanto que pela Audi começou por vencer em 2000, ao lado do alemão Frank Biela e do italiano Emmanuelle Pirro. A partir dali, venceu em sequência até 2005 - em 2003 ganhou com o Bentley Speed 8 - para voltar a vencer em 2008 e em 2013, desta vez ao lado do escocês Allan McNish e do francês Löic Duval

Para além disso, Kristensen venceu por seis vezes as 12 Horas de Sebring (1999-2000, 2005-06, 2009 e 2012), e venceu quatro corridas no DTM, onde foi terceiro classificado da geral nas temporadas de 2005 e 2006.

Youtube Gand Theft Auto: A extrema realidade da nova versão


Esta vi hoje no Flatout! Eu confesso que joguei todos os Grand Theft Auto desde o primeiro, quando tu vias de tudo por cima e os gráficos eram bem básicos. Quando conheceste o que era e o que é agora, com a quinta versão deste jogo, ficas espantado. Para além dos gráficos melhores, etc e tal, tens agora a versão da primeira pessoa, a roubares carros, a atirares a matar sobre toda a gente... e a usufruíres das prostitutas.

Depois de ver este video, só temo que os garotos de 12 anos que joguem este jogo pensem que isto é a realidade...

Jules Bianchi já está em Nice

Sete semanas após o seu acidente, em Suzuka, Jules Bianchi foi hoje transferido para Nice, a sua cidade natal, e já saiu do coma artificial do qual estava sujeito. Segundo o comunicado oficial divulgado esta tarde pela família, Bianchi respira sem ajuda, mas o seu estado de saúde continua a ser critico.

"Jules já não está mais em coma artificial no qual foi colocado após o seu acidente, no entanto ele ainda está inconsciente. Está respirando sem ajuda e seus sinais vitais estão estáveis, mas a sua condição ainda é considerada como "crítica". Seu tratamento entra agora numa nova fase, com estímulos no sentido de melhorar a sua função cerebral", começa por ler o comunicado.

A condição neurológica Jules permanece estável. Embora a situação continue a permanecer grave, decidiu-se que Jules estava suficientemente estável para ser repatriado para a sua França natal. Estamos aliviados, pois, por confirmar que Jules foi transferido aeromedicamente ontem à noite do Centro de Hospitalar de Mie, na perfeitura de Yokkaichi, Japão, para o Le Centre Hospitalier Universitaire de Nice (CHU), onde chegou há pouco tempo. Jules está agora na unidade de terapia intensiva, liderada pelos professores Raucoules e Ichai, onde seu atendimento também será monitorado pelo professor Paquis, o chefe do Serviço de Neurocirurgia.

Estamos agradecidos por saber que a próxima fase do tratamento de Jules possa continuar perto de casa, onde ele pode ser apoiado pela sua família mais alargada e amigos. Não temos nada mais do que elogiar o excelente atendimento fornecido pelo Centro Médico da Província de Mie desde o momento do acidente. Devemos à equipa médica há uma enorme dívida de gratidão por tudo o que fizeram por Jules, e também para a nossa família, durante este momento que é muito difícil para nós. Em particular, gostaríamos de estender nossos agradecimentos aos médicos Kamei e Yamamichi, e também ao Sr. Ogura, bem como toda a equipa de funcionários que cuidam de Jules no Japão" concluiu.

A família de Bianchi afirma que não tem prevista qualquer comunicado oficial nos próximos tempos que pede à imprensa para que respeitem a sua privacidade durante este tempo e que qualquer novidade no seu estado de saúde será devidamente comunicado.

Rumor do Dia: Marussia a caminho de Abu Dhabi?

Desde que se soube da noticia da falência da Marussia, praticamente nada se sabia sobre a sua situação, e julgava-se que eles não participariam na última corrida do ano, em Abu Dhabi. Contudo, esta quarta-feira, surgiram os rumores de que afinal, eles estariam a caminho, e recrutando à última da hora pessoal para ajudar a montar a equipa na pista árabe.

O sinal sobre isso foi dado esta manhã numa entrevista em que o jornalista Adam Cooper deu ao administrador da Caterham, Finbarr O'Connell, sobre quem ficaria com o lugar de segundo piloto, após a saída do sueco Marcus Ericsson:

"Tenho ouvido rumores de que ele estava interessado no logar, caso a Marussia não estivesse a correr. Ele está sob contrato e claramente ele nunca faria nada contra isso. Ele só pode correr um carro, numa equipa [na temporada]. Disseram-me que esta é, possivelmente, o que vai acontecer se a Marussia chegar amanhã", comentou.

Caso isso se confirme, uma pergunta que se coloca é quem estará no segundo lugar da equipa, ao lado de Chilton. O candidato mais forte será o americano Alex Rossi, que teve duas tentativas abortadas para correr na equipa nesta temporada. A primeira, na Bélgica e a segunda, nos Estados Unidos, para ficar no lugar de Jules Bianchi, que sofreu um grave acidente durante o GP do Japão, no passado dia 5 de outubro.

A crise atual, vista por Nigel Roebuck

Uma das pessoas que admirei e admiro ao longo de todos estes anos de automobilismo é Nigel Roebuck. Sigo-o desde o final do século passado, ainda ele escrevia na Autosport britânica, antes de ele passar para a Motorsport britânica, e ler as suas opiniões nestas alturas cruciais da Formula 1 em particular, poderemos ter uma ideia do que está a pensar e das possiveis consequências para o futuro. E esta crise atual não escapa á regra. E lendo a começar pelo título (a famosa resposta dita, alegadamente, pela rainha Maria Antonieta e que desde então é o simbolo do desprezo) parece que aí vêm coisa brava. E vêm.

Nigel começa por recuar no tempo, até 2001, altura em que Max Mosley e Bernie Ecclestone assinam o famoso "acordo dos cem anos", que não foi nada mais, mada menos, do que a cedência total de todos os direitos da FIA para o anão. Não é algo do qual se poderia surpreender, dado que Mosley, ex-proprietário da March, foi também advogado de Ecclestone no final da década de 70, inicios de 80, altura do primeiro Acordo da Concórdia. Sempre considerei que Mosley era uma toupeira de Ecclestone, e as suas ações consequentes não me enganaram.

Pouco tempo depois, Roebuck foi visitar Ken Tyrrell, já doente com o cancro que o viria a matar. O corpo poderia estar a falhar, mas a mente continuava a funcionar, e ele afirmou: "Dê um tempo", disse Ken. "Bernie açoitará os direitos comerciais para um bando de sanguessugas financeiros...". E foi o que aconteceu. O negócio com a CVC Capital Partners foi feito em 2006, cinco anos depois da morte de Tyrrell, a troco de dois mil milhões de dólares por uma parte equivalente a metade do negócio. E claro, uma das condições foi que Bernie continuasse a gerir o show.

"Uma vez no comando, a CVC não perdeu tempo em fazer o que este tipo de empresas de "private equity" fazem melhor: ordenhar a sua nova fonte de dinheiro com as duas mãos, mantendo as suas despesas - pagamentos para as equipes, em outras palavras - um preço tão baixo quanto possivel", afirma Roebuck.

Depois fala dos eventos de 2008 e 2009, quando apareceu a FOTA, a associação de equipas, unidas para conseguir ter uma maior fatia dos dinheiros. Como seria de esperar, Ecclestone isolou as equipas uma a uma e as dividiu, para enfraquecer. Convenceu Red Bull e Ferrari que lhes iria dar uma fatia maior do bolo, e eles em troca sairam rapidamente do grupo, pois tinham alcançado os seus objetivos.

Contudo, agora é diferente. Falamos das equipas médias e pequenas - Sauber, Lotus, Force India, e em última medida, Caterham e Marussia - e nesse campo, Bernie não quer saber do destino delas, embora às vezes diga coisas desconcertantes, como é seu hábito.

"Em Austin, onde Marussia e Caterham estiveram ausentes, e as restantes sobreviventes estavam extremamente irritadas, fiquei espantado ao ouvir Ecclestone por uma vez falando de forma quase humilde. 'O problema é que há muito dinheiro a ser mal distribuído - provavelmente por minha culpa', disse ele. 'Mas quando fizermos os acordos, parecia ser uma boa ideia no momento. Francamente, eu sei que é errado, mas não sei como corrigi-lo. Se a empresa pertencia a mim, eu teria feito as coisas de uma maneira diferente, porque teria sido o meu dinheiro com que estaria lidando, mas eu trabalho para pessoas que estão no negócio unicamente para ganhar dinheiro'".

O chato é que na corrida seguinte, no Brasil, Ecclestone disse que se as equipas pequenas querem ganhar dinheiro, teriam de falar para as grandes, ou seja o Grupo de Estratégia, para que entregassem uma parte do dinheiro. Pois... se não ouvem Jean Todt, o presidente da FIA (que pediu um teto orçamental no inicio do ano, plenamente recusado pelos grandes), poque é que queriam ouvir estas equipas? São peixe pequeno.

Sejamos honestos: não creio que Ecclestone seja o pau mandado da CVC. É uma ilusão, ele não é assim tão burro a esse ponto. Creio até que deve haver algum acordo em que ele deve ter a rédea solta em troca de certa quantidade de dinheiro que deve ser depositado nos cofres da empresa, em Abu Dhabi. Em suma, apesar de, no papel, ele prestar contas à CVC, na realidade, ele não presta contas a ninguém, reinando acima do bem e do mal.

O chato é que se o peixe pequeno se for embora - seja pela maneira darwiniana do termo ou por outro motivo - eles não terão alimento para comer. As piranhas a alimentarem-se umas às outras de maneira autofágica terá a sua piada, mas como todos sabem, a longo prazo seria o suicídio da Formula 1.

Outra coisa do qual ele fala é sobre a troca dos motores V8 pelos V6 Turbo. Apesar de serem bastante mais caros (e menos barulhentos) do que os anteriores, era uma inevitabilidade necessária, num mundo em mudança do qual vivemos atualmente. E para além disso, caso não tivesse havido esta mudança, a Renault e a Mercedes teriam ido embora, mais cedo ou mais tarde, deixando provavelmente a Ferrari sozinha neste mundo, pois era o único interessado nos V8 para poder vencer mais dos seus supercarros. E claro, sem essa mudança, a Honda nunca se teria dado ao trabalho de construir um motor para regressar à Formula 1. Mas parece que as pessoas não querem saber disso.

E o jornalista fala que outros problemas poderão surgir no horizonte, na forma do descongelamento dos motores. As três marcas acordaram nisso antes da introdução dos V6 Turbo, e claro, entraram na corrida para ver quem tinham os motores mais potentes. A Mercedes venceu a corrida e o resultado está à vista de todos, com o poder a mudar de Milton Keynes (sede da Red Bull) para Brackley (sede da Mercedes, herdada da Honda e da Brawn GP). Claro, Renault e Ferrari querem descongelar, para poderem apresentar um pacote mais competitivo, mas os alemães não estão para aí virados. Isso, e agora a chegada da Honda, poderá ser mais um pomo de discórdia e claro, mais uma "corrida às armas" e claro, mais despesas. E a conta, como sabem, será entregue às equipas. Resistiram a isto por quanto mais tempo?

Por agora, deve ser algo que não vai acontecer em 2015, porque a mudança iria requerer unanimidade, mas no ano seguinte, em 2016, basta apenas um voto maioritário. E mesmo não sabendo as intenções da Honda, pode-se ver que, se depender da atual situação, eles votarão a favor do descongelamento, porque também lhes interessa.

Em jeito de conclusão, Roebuck sente que esta indefinição está a dar cabo da Formula 1, ou se preferirem está a desviar a atenção das coisas verdadeiramente importantes, como é a luta entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg para ver quem será o campeão de 2014. E a atitude de Ecclestone é a de Maria Antonieta, onde fala que "não comem pão? Que comam bolos!", quase como a que a dizer que não foge de uma boa luta, mesmo do alto dos seus 84 anos.

Resta uma pergunta final: se estamos a falar sobre Maria Antonieta, em termos de comparação, estamos em que mês de 1789? As coisas evoluem rapidamente, não sei se sabem.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Youtube Formula 1 Ad: a nova publicidade da Red Bull-Renault

A publicidade é fixe, sejamos honestos. E tenho a sensação de que o piloto é o "primo do The Stig que trabalha na Red Bull"...

Rumor do dia: Tom Kristensen poderá anunciar a sua retirada?

O dinamarquês Tom Kristensen, vencedor por nove vezes das 24 Horas de Le Mans, poderá amanhã anunciar que abandonará a competição. O piloto de 47 anos convocou a imprensa local para comparecer amanhã em Copenhaga, onde irá falar sobre os seus planos para o futuro, e poderá dizer que irá pendurar o capacete, depois de mais de 15 anos de bons serviços pela Audi, onde venceu campeonatos e corridas importantes na Endurance.

Jens Winter Jr, um comentador local, afirmou à TV2 dinamarquesa que "na minha opinião, ele anunciar que já chega. Ele vai fazer 48 anos no próximo verão, ele já é o rei de Le Mans, e no ano passado ele ganhou o Mundial WEC para a Audi. Ele não tem absolutamente nada mais a provar", afirmou.

A acontecer, seria em consonância com as suas ideias. Sempre que que lhe perguntam sobre o futuro, ele tem vindo a dizer a mesma coisa, que é "vivo um ano de cada vez". É sabido que entre os que estarão na conferência de imprensa, estará o diretor da Audi na Endurance, Dr. Wolfgang Ulrich.

Nascido a 7 de julho de 1967 na cidade dinamarquesa de Hobro, competiu na Formula 3 alemã e japonesa - onde foi campeão na primeira em 1991 e na segunda em 1993 - antes de se dedicar no ano 2000 ao DTM e à Endurance, ambos ao serviço da Audi. A sua primeira vitória em Le Mans foi em 1997, num TWR Porsche, ao lado de Stefan Johansson e Michele Alboreto, enquanto que pela Audi começou por vencer em 2000, ao lado do alemão Frank Biela e do italiano Emmanuelle Pirro. A partir dali, venceu em sequência até 2005 - em 2003 ganhou com o Bentley Speed 8 - para voltar a vencer em 2008 e em 2013, desta vez ao lado do escocês Allan McNish e do francês Löic Duval.

Para além disso, Kristensen venceu por seis vezes as 12 Horas de Sebring (1999-2000, 2005-06, 2009 e 2012), e venceu quatro corridas no DTM, onde foi terceiro classificado da geral nas temporadas de 2005 e 2006.

A revolta das equipas médias

Esta segunda-feira, os representantes das três equipas que estão a contestar os dinheiros distribuídos por Bernie Ecclestone às equipas de Formula 1 (Sauber, Force Índia e Lotus), entregaram uma carta a todas as entidades possíveis (as equipas do Grupo de Estratégia, Formula One Management, FIA e o próprio Bernie), onde criticam fortemente o rumo que a Formula 1 está a tomar, nomeadamente a distribuição dos dinheiros entre eles e as outras equipas, que consideram como "desigual".

A, escrita por Bob Fernley, o "numero dois" da Force Índia, carta não é meiga. Para colocar as coisas desta forma, "eles colocaram a boca no trombone", e o ruído, como seria de esperar, não é harmonioso. Eles basicamente contam pormenores do mais recente Acordo de Concórdia, onde falam que dos 835 milhões de dólares que as equipas recebem por temporada, 412 milhões vão para as equipas do denominado "grupo de Estratégia", leia-se, Ferrari, McLaren, Red Bull (e Toro Rosso), Mercedes e Williams. Em contraste, as três equipas receberam partes que vão entre os 54 e os 84 milhões de dólares cada um. Fazendo as contas de um modo conservador, estas três equipas poderão ter recebido juntas cerca de 160 milhões de dólares.

E deixam outros números bem mais cruéis, ao falar que ter os motores V6 Turbo e os respectivos sistemas de recuperação de energia custam-lhes cerca de 43 milhões de dólares esta temporada. E denunciam que não tiveram voto na matéria da escolha para este novo tipo de motores. E para equipas como a Sauber, estes novos motores constituíram cerca de 70 por cento do orçamento para este ano. E claro, eles agora pretendem uma distribuição mais justa dos dinheiros, conversando com Ecclestone e os restantes construtores para que se chegue a um acordo de redistribuição. E - não diretamente, mas de forma velada - fala que o Grupo de Estratégia dirige as coisas como se fosse um cartel.

Eis uns extratos dos quais traduzi, vindos do blog do Joe Saward. Como é habitual, podem ler a versão original por aqui. Também podem ler sobre isso no sitio do James Allen, se quiserem, que é para terem outra ideia sobre o mesmo assunto.

"Os custos da unidade de energia [leia-se, motores], juntamente com os custos de instalação, acrescentaram em média, entre as três equipas, para 43 milhões de dólares. Isto mostra claramente que 70-80 por cento da renda que a FOM nos dá tem de ser gasto em motores".

"Ao contrário das equipas de fábrica [Ferrari e Mercedes, mas também McLaren], o nosso negócio principal é a Fórmula 1. No entanto, não temos escolha a não ser gastar a maior parte das nossas receitas no motor, e os restantes 30 por cento [do orçamento disponível] não são suficientes para construir, gerir e correr uma equipa ao longo de uma temporada de 20 corridas. A geração de mais fundos através de patrocínios é possível, mas todos reconhecemos que outras competições esportivas globais estão perseguindo os mesmos patrocinadores que estão em níveis mais baixos que estavam há cerca de dois anos. É isto torna-se um desafio ainda maior quando o detentor dos direitos comerciais da Formula 1 também está competindo [pelos mesmos patrocínios] contra as equipas." (...)

(...) "A posição em que estamos agora é um resultado direto do aumento maciço dos custos e a falta de vontade de reduzir os custos [por parte das equipas do Grupo de Estratégia]."

A carta continua, para dizer que "não podemos aceitar a atual distribuição dos recursos, tendo em vista o aumento maciço das despesas. Entendemos que a distribuição é baseada nos nossos acordos bilaterais. E no entanto, é do nosso conhecimento geral sobre as circunstâncias dos quais nós assinamos tais negócios. O foco do acionista durante as negociações [provavelmente o que Fernley deverá estar a falar do mais recente Acordo de Concórdia] foi de garantir a cooperação com as grandes equipas, tendo em vista o planeado IPO [entrada em bolsa, provavelmente em Singapura, mas sem data marcada] do qual não nos deram qualquer espaço para negociação. Para além disso, o facto de fornecerem a pessoas-chave e outras entidades várias opções de partilha poderão ter obscurecido o seu julgamento em relação a criação do que é efetivamente um cartel questionável compreendendo o detentor dos direitos comerciais [FOM, CVC e Bernie Ecclestone] Ferrari, Red Bull, Mercedes, McLaren e Williams, controlando tanto a governo da Fórmula 1 e, aparentemente, a distribuição de fundos provenientes da FOM."

"Enquanto a FIA estiver envolvido no grupo de estratégia, eles serão impotentes para agir, como foi demonstrado recentemente no processo de controle de custos, que viu quando a FIA lançou um comunicado de imprensa afirmando a sua intenção de impor controles de custos, que foi logo contestado pelo Detentor Comercial, a Red Bull, Ferrari, Mercedes, McLaren e Williams."

"[A Formula 1 continua a ser] uma das mais fortes plataformas desportivas deste planeta. No entanto, as circunstâncias dentro e em torno de Fórmula 1 mudaram, e nossa incapacidade coletiva de reagir está prejudicando este desporto. Prosseguindo uma orientação para o terceiro chassis ou chassis-cliente é criar medos. Tal movimento não só irá alterar o DNA da Fórmula 1, mas também danificar o valor das nossas empresas e levar à perda de empregos. Um sistema de duas classes só pode ser considerada como uma visão míope. É evidente que os desenvolvimentos atuais estão reduzindo drasticamente o valor da Fórmula 1 e minar a sua reputação como desporto."

"As nossas equipas têm a intenção, tal como as outras, uma clara intenção de continuar como construtoras na Fórmula 1. No entanto, ao contrário das equipes de fábrica, que podiam sair por um capricho de uma qualquer decisão do Conselho, Lotus, Sauber e Force India F1 são ligados a este desporto, pois é o único foco dos seus negócios. Os problemas que enfrentamos estão relacionados com as questões financeiras que só podem ser resolvidos com medidas financeiras. E em nome do nosso interesse comum para um futuro sustentável do desporto, solicitamos que, juntamente com as outras partes interessadas, implemente uma distribuição mais equitativa".

Como já disse, quem leu nas entrelinhas descobriu que Bob Fernley deu detalhes sobre algumas clausulas do mais recente Acordo (ou Pacto) de Concórdia, do qual Bernie Ecclestone deu algum poder ao Grupo de Estratégia, ou seja, entregou o poder a cinco equipas, dos quais estão ligadas umas a outras, ficando com a parte de leão dos dinheiros. E caso se prove esta "cartelização", ela pode causar problemas, pois como disse depois o Joe Saward noutro post do seu blog, caso se verifique tal cartelização, é assunto suficiente para uma investigação por parte da União Europeia. É que todas estas equipas são inglesas, alemãs, austriacas ou italianas, e todos esses países fazem parte da UE. E claro, é motivo mais do que suficiente para investigação por abuso de posição dominante.

Mas há outra coisa interessante sobre este assunto todo. Quem têm acompanhado isto tudo nas últimas semanas, sabe que em Austin houve rumores bem fortes de boicote por parte destas três equipas. E os jornalistas que estiveram lá juram que tal medo esteve no ar até 90 minutos antes da corrida, e um dos que insistia nessa hipótese era precisamente... Bob Fernley. Três semanas depois, ele escreve (ou assina em nome das equipas) esta carta, com o devido conteúdo a ser "oferecido" à imprensa, para que esta possa publicar. 

Ora, como sabem, faltam cinco dias para o GP de Abu Dhabi, a última corrida do ano e aquele que têm os pontos a dobrar. E em circunstâncias normais, deveríamos estar a falar de Nico Rosberg e Lewis Hamilton, e não na possibilidade das equipas médias poderem agir coordenadamente para estragar a festa. Há uma frase do Joe que não consigo esquecer: "A primeira regra de um conflito é nunca menosprezar uma pessoa que não têm nada a perder". E se eles querem marcar uma posição, o momento é agora. 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

WRC: Rali de Portugal 2015 começa em Guimarães

A Câmara Municipal de Guimarães anunciou esta tarde que o Rali de Portugal de 2015 irá começar na sua cidade, depois de assinar um acordo de parceria no sentido de acolher o rali, que a partir do ao que vêm, terá o seu centro nevrálgico no norte do pais.

"A edição 2015 do Rally de Portugal vai principiar no Campo de São Mamede, tendo como pano de fundo o Castelo de Guimarães, na tarde do dia 21 de maio, data em que está previsto começar uma das principais provas do Campeonato Mundial de Ralis, com organização do Automóvel Clube de Portugal", começa por dizer o comunicado oficial.

"O Município de Guimarães assinou um acordo de parceria que visa estabelecer os termos necessários à realização do Rally de Portugal 2015 na Região Norte, bem como as respetivas responsabilidades financeiras com vista à apresentação de uma candidatura junto da CCDR-N, no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte 2007/2013 ON.2 (Eixo Prioritário I – Competitividade, Inovação e Conhecimento – PCI – I/2/2014 – EP), ao abrigo do “Overbooking”, ou seja, verbas que restam do antigo quadro comunitário e que ainda não foram afetadas", continuou.

"Este protocolo visa encontrar uma solução para a ausência de financiamento do Turismo de Portugal, que recentemente anunciou a sua indisponibilidade em apoiar esta competição que, em 2015, será realizada no Norte do país. Os doze Municípios envolvidos uniram esforços para garantir a realização da prova na região nortenha, tendo formalizado, nesse sentido, um Acordo de Parceria, durante uma reunião efetuada na sede do Turismo Porto e Norte de Portugal, entidade que outorga o protocolo com os Municípios", concluiu.

No momento da assinatura do protocolo, o vice-presidente da câmara municipal, Amadeu Portilha, falou sobre as razões pelo qual este protocolo foi assinado: "A realização no Norte de Portugal do Rally de Portugal 2015 é estratégica para a região e para a sua afirmação. A verba que o Turismo de Portugal sempre concedeu a esta prova foi retirada e as Câmaras envolvidas foram chamadas a mais um esforço financeiro suplementar, tendo em conta a grande visibilidade internacional que está associada a este evento. Será mais uma excelente jornada de promoção de Guimarães como cidade capaz de acolher os maiores eventos mundiais", declarou.

Recorde-se que o Rali de Portugal realizará entre os dias 21 e 24 de maio de 2015, e representará o regresso do rali ao norte, 14 anos após a última vez.

Caterham, Forza Rossa e a Roménia

Há que tempos se fala da Forza Rossa, a provável aventura romena na Formula 1, do qual se fala que estará em ação em 2015 ou 2016, mas que nos últimos meses, pouco ou nada se têm falado. Pois bem, ontem houve a segunda volta das eleições presidenciais, e os candidatos eram o atual primeiro ministro e um ex-presidente da câmara, de origem alemã. Victor Ponta (na foto) e Klaus Iohannis disputavam entre si o lugar mais importante na hierarquia nacional, e no final, foi Iohannis o vencedor, com uma margem de 54-46, depois de Ponta ter vencido na primeira volta, com 34 por cento dos votos.

Ora, o que é que uma eleição presidencial têm a ver com uma equipa de Formula 1? De acordo com o Joe Saward, tudo. É que caso Ponta tivesse vencido a eleição, a Forza Rossa avançaria com o apoio estatal, dado que um dos financiadores era um ex-membro do governo, e Colin Kolles têm muitas ligações com o governo de Ponta, e a aquisição da Caterham, em julho, tinha ligações romenas no percurso, e não só tinha a ver com Kolles.

Segundo ele conta, a ideia de Kolles e de todos os outros era o de ficar com os planos da Caterham - chassis para 2015, por exemplo - e levá-los para uma firma independente, a CF1, que desenvolveria o plano para que construisse o chassis, do qual iria fornecer à Forza Rossa. Ainda não se saberia que motores teria, mas apesar das ligações à Ferrari, graças a Ion Bazac - ex-ministro e representante da Ferrari naquele país - fala-se que ficariam com o contrato que a Caterham têm com os motores Renault, e como a marca francesa têm fortes ligações romenas, graças à Dacia, nada garantia que esses motores tivessem outro nome.

Uma das razões pelos quais a história da Forza Rossa ter andado bem caladinha por estas semanas foi por causa da campanha eleitoral, e também por causa das implicações politicas que tal projeto teria. E a Roménia, apesar de pertencer à União Europeia, é um dos países mais atrasados e mais corruptos da Europa, apenas superado pelos Balcãs, Grécia e Bulgária. E as polémicas que houve tinham a ver com acusações de fraude eleitoral e de votos multiplos. Para piorar as coisas, Ioannis foi fortemente votado na Transilvânia e na parte ocidental dos Carpatos, onde existe uma minoria hungara e alemã, enquanto que no resto do país, Ponta foi massivamente votado. Para quem conhece o mapa da Roménia há cem anos, era assim mesmo.

Contudo, com a eleição de Ioannis, parece que o projeto da Forza Rossa poderá ter perdido o seu principal financiador. Veremos quais são os próximos capitulos.

Youtube Motorsport Demonstration: A sétima "ghynkhana" de Ken Block


E o muito aguardado sétimo filme da saga "Ghynkhana", com o Ken Block ao volante, apareceu. Ele desta vez colocou de lado o Ford Focus WRC e anda com um Ford Mustang de 1965, fortemente modificado de forma a caber, entre outras coisas, um motor de 845 cavalos.

E o resultado final podem ver nos doze minutos seguintes, e do qual cada um tire as suas conclusões. Pequeno "spolier": aos 7:34, ele goza com O.J. Simpson, vinte anos depois do sucedido.

domingo, 16 de novembro de 2014

Noticias: Kobayashi confirma que vai correr em Abu Dhabi pela Caterham

A Caterham - que este domingo confirmou o despedimento de 230 dos seus trabalhadores - anunciou que o japonês Kamui Kobayashi será um dos seus pilotos na última corrida do ano, em Abu Dhabi. A equipa de Leafield, que esteve ausente nas duas últimas corridas do ano, e arranjou cerca de dois milhões de libras em modo de "crowdfunding" para poder correr na última corrida do ano, confirmou que o piloto japonês será um dos seus pilotos.

Kobayashi reagiu da seguinte forma na sua conta de Facebook:

"Estou feliz por competir com a equipa em Abu Dhabi. Não foram fáceis estas últimas semanas, por isso vai ser bom estar de volta no carro e trabalhar em conjunto com os membros da equipa Caterham F1. Gostaria de agradecer aos fãs pelo apoio à equipa como eles têm dado. Esta equipa está trabalhando no duro e não desiste nunca. Nós merecemos estar a correr em Abu Dhabi e estou muito feliz por poder correr novamente, graças ao projeto de crowdfunding. Agora é a nossa vez de mostrar o que podemos fazer - vamos todos tentar dar o nosso melhor durante o fim de semana que temos pela frente e espero que possamos terminar a temporada com um resultado positivo para o futuro desta equipa", comentou.

Com esta confirmação, resta saber quem ficará com o lugar deixado vago pelo sueco Marcus Ericsson. O alemão Andre Lotterer confirmou este fim de semana que foi abordado pela equipa para ficar com o lugar, enquanto que o espanhol Roberto Merhi é outra hipótese para poder correr no segundo chassis da equipa.

WRC: Ogier acaba o ano a vencer

Pela oitava vez na temporada, Sebastien Ogier terminou no lugar mais alto do pódio, com um avanço de 37,6 segundos sobre o Ford de Mikko Hirvonen, que esta tarde terminou a sua carreira. O piloto francês, agora bicampeão do mundo, decidiu este domingo adotar uma postura mais calma e deixar aproximar Hirvonen. O piloto finlandês beneficiou das dificuldades de Kris Meeke, que tocou numa pedra e perdeu mais de um minuto com o furo correspondente. Por causa disso, caiu do terceiro para o sexto lugar final. 

Quando a Jari-Matti Latvala, continuou a recuperar tempo, mas não foi mais longe do que o oitavo lugar, a dois minutos e 47 segundos do seu companheiro de equipa.

A fechar o pódio ficou o outro Citroen de Mads Ostberg, que ficou a um minuto e três segundos do vencedor, 11,3 segundos à frente do Hyundai de Thierry Neuville, o quarto classificado. Elfyn Evans não ficou muito longe do piloto belga, sendo quinto classificado, a 9,4 segundos, e com um atraso de um minuto e 24 segundos sobre Ogier. Depois de Meeke, ficou Ott Tanak, a dois minutos e 29 segundos do vencedor, mas mais de 18 segundos na frente de Latvala. 

A fechar o "top ten" ficou o checo Martin Prokop e o neozelandês Haydon Paddon, que aproveitaram as dificuldades sentidas por Henning Solberg, que acabou por não terminar o rali. Robert Kubica ficou à porta dos pontos, no 11º posto.

O Mundial de 2013 termina aqui, agora são mais dois meses até ao começo do próximo Mundial, em paragens monegascas.