sábado, 24 de abril de 2021

A(s) image(ns) do dia



Ao ver a última volta do primeiro ePrix de Valencia, lembrei-me das voltas finais do GP de San Marino de 1985. É verdade que não vimos pilotos a saírem dos carros a empurrá-los para a meta, mas ao contrário do que se assistiu há quase 36 anos, onde o uso dos turbocompressores foi abusado para a quantidade de gasolina que tinham nos carros - nesse ano, eram de 195 litros - ali, em Valencia, a energia era retirada sempre que havia um Safety Car na pista. 

É certo que a ideia da Formula E é mais a conservação de energia do que a velocidade pura, neste final de semana é o primeiro onde andam num circuito permanente - é verdade que já correram no Autódromo Hermanos Rodriguez, no México, mas é parcial e não na versão total. E a seguir, correrão pela primeira vez em toda a extensão do circuito do Mónaco. 

Ver todo um pelotão a abrandar porque poderia não cruzar a meta - Jean-Eric Vergne chegou a dizer que nunca fez uma volta tão lentamente - não foi uma boa propagada para a competição. Mas mais do que um erro de organização, todos erraram. A organização, por ter tirado energia a mais, e as equipas, por não terem dito que poderiam não ter energia para chegar ao fim. E foram apenas seis segundos a diferença entre fazer uma ou duas voltas depois do último Safety Car...

E claro, todos os que odeiam elétricos e andam a falar há séculos que isto "não é automobilismo", tiveram uma tarde em cheio. É evidente que esses queixumes não passam das caixas de comentários das redes sociais, que cospem no ar, mandando a sua "posta de pescada", mas toda esta gente consegue moer a paciência daqueles que gostam e defendem a categoria, que por fim faz parte da FIA. É verdade que vai ser uma excepção, e essa gente não vai mais ser convencida. Contudo, a Formula E tem de saber que essa gente existe, e ainda são uma parte importante dos fãs, especialmente nos mais velhos. E não podem falhar, escorregar ou cometer lapsos como estes. Tem de ser profissionais a duzentos por cento, e não podem relaxar só porque agora a FIA sanciona este campeonato.  

Mas se formos ver bem a história, o final da era Turbo, três anos depois deste incidente em Imola, não tee a ver com os consumos, mas sim a potência que começava a ser incontrolável, porque já falávamos de motores de 1500 cavalos em qualificação. A Formula E veio para ficar, para mal dos pecados dos seus detratores. Mas a organização tem de mexer nas regras para evitar estas situações embaraçosas como aconteceu hoje à tarde, se querem ganhar mais fãs. 

WRC 2021 - Rali da Croácia (Dia 2)


Sebastien Ogier lidera agora o Rally Croatia, realizadas 16 das vinte classificativas da prova. O piloto francês está com uma vantagem de 6,9 segundos sobre o seu companheiro de equipa, o galês Elfyn Evans, e 10,4 sobre o Hyundai de Thierry Neuville, numa batalha a três pela vitória. Mais distante está Ott Tanak, o quarto, a 37,8 segundos da liderança.

Passado o primeiro dia, o duelo a três continuou neste sábado com a realização de oito especiais, passagens duplas pelas especiais de Mali Lipovec-Grdanjci; Stojdraga-Gornja Vas; Krašić-Vrškovac e Vinski Vrh-Duga Resa. Ogier começou o dia a triunfar na nona especial, mas o surprendente foi o segundo melhor tempo, o Ford de Adrien Formaux, a dois segundos do seu compatriota. Em contraste, Thierry Neuville perdeu doze segundos porque "escolheu os pneus errados", segundo disse o piloto da Hyundai.

A seguir, nova surpresa, quando o japonês Katsuta Takamoto venceu a primeira passagem por Stojdraga-Gornja Vas, 3,4 segundos na frente de Ogier e 5,7 sobre Evans, numa tripla da Toyota. Neuville perdia mais 14,6 segundos, sendo oitavo na especial e via os Toyota irem embora. Evans deu nova vitória para a Toyota, na nona especial, 0,8 segundos melhor que Neuville e 1,1 melhor que o outro Toyota de Takamoto. Ogier terminava a manhã a vencer, 2,1 segundos na frente de Tanak e 2,9 sobre Evans.

"Estava bastante confiante que a nossa escolha [de pneus] era a melhor, mas ainda estamos a aprender com este pneu. Não podia ter cem por cento de certeza, mas pensei que tínhamos a melhor escolha.", comentou o francês da Toyota.

Já Neuville explicou a razão do atraso na manhã:

"Perdi completamente o pedal do travão e não tinha travão de mão, por isso foi muito complicado e tive de reduzir a velocidade. Tenho sorte de estar aqui. Precisamos de acertar para esta tarde."

A parte da tarde começou com as segundas passagens pelas classificativas da manhã, e começou com Neuville ao ataque, vencendo a especial, 1,1 segundos na frente de Adrien Formaux e 2,3 sobre Ott Tanak. Claro, o belga estava feliz: "Com os pneus certos, o carro está funcionando bem. Foi uma etapa realmente desafiadora, mas eu tinha um bom ritmo - tive algumas escorregadelas, mas vi algumas linhas em todos os lugares, então acho que é o mesmo para todos."

De novo, Katsuta Takamoto venceu na 14ª especial, um segundo na frente de Evans e 2,3 sobre Neuville, numa epscial onde Pierre-Louis Loubet saiu de estrada, acabando por desistir. Ogier acabou por reagir e triunfar na 15ª especial, a segunda passagem por Krašić - Vrškovac, embora empatado com Neuville e um segundo na frente de Evans.  E no final do dia, nova vitória para Ogier em especiais, 0,4 segundos na frente de Evans e ganhando mais um segundo a Neuville.

Depois dos quatro primeiros, o Ford de Adrien Formaux é o quinto, a quase um minuto e meio, e está tranquilo, porque o sexto classificado, Gus Greensmith, está a 2.23,0, quase um minuto atrás do francês. Katsuta Takamoto é o sétimo, não muito longe dele (2.46,5), na frente de Craig Breen, o terceiro piloto da Hyundai neste rali. Mads Ostberg e Teemu Suninen fecham o "top ten" e são os melhores no Rally2.

O rali da Croácia termina amanhã. 

Nyck de Vries foi o vencedor da primeira corrida em Valencia


Nyck de Vries foi o vencedor da primeira corrida de Valencia, numa corrida que ficou marcada pelo arrastar dos carros até ao final, num caos completo que prejudicou sobretudo António Félix da Costa, que tinha liderado desde o inicio da corrida até ao inicio da última, conseguindo manter o piloto holandês da Mercedes à distância, numa corrida controlada da sua parte. Mas a entrada do Safety Car por cinco ocasiões, e o facto de não ter tido energia para as duas voltas finais, fizeram com que perdesse a liderança e acabasse no sétimo posto.  

Com a chuva a cair em Valencia, e a pista molhada, era inevitável que a partia acontecesse atrás do Safety Car, mas logo na segunda volta, a corrida recomeçou, com Félix da Costa na frente, seguido por Max Gunther, enquanto no meio do pelotão aconteciam diversas lutas, mas a meio da volta, Buemi é batido por Andre Lotterer e fez um pião, caindo para o final do pelotão. A organização colocou a corrida em modo de Full Course Yellow, uma volta antes de nova entrada do Safety Car. 

O suíço da Nissan acabou por abandonar, e o Mini ficou na pista por mais alguns minutos, para limpar os destroços e esperar que a pista secasse mais um pouco. Contudo, a 34 minutos do final da prova, o Safety Car voltou às boxes, com Félix da Costa a ter o caminho livre pela frente, com o pelotão atrás dele todo junto.

Quem aproveitou este tempo foi Nyck de Vries, que conseguiu chegar ao segundo posto a 31 minutos do final, enquanto Alex Lynn passava Gunther para ser terceiro. Atrás, Nico Muller e Lucas di Grassi passeavam pela gravilha, mas conseguiam voltar à pista. Com 28 minutos para o fim, os seis primeiros faziam a sua primeira passagem pelo Attack Mode, onde o português do DS tentava ter energia constante para manter o holandês da Mercedes à distância. Sempre que o português fazia a volta mais rápida, o holandês respondia.

A 24 minutos do fim, Max Gunther sai de frente na Curva 2 e bate nos pneus, obrigando à terceira intervenção do Safety Car. Félix da Costa viu assim esfumar os 3,6 segundos de vantagem que tinha para De Vries e por duas voltas, foi assim. No recomeço, De Vries atacou o piloto português, mas veio ordens da Mercedes para que gerisse a energia para tentar atacar na parte final da prova. Ambois tinham já uma vantagem sobre os Mahindra, terceiro e quarto. Pouco depois, eles foram ao Attack Mode, dando o terceiro posto a Sims.

De Vries fez a segunda passagem pelo Attack Mode no mesmo momento em que Sergio Sette Câmara também estava na gravilha, vitima de uma colisão com Mitch Evans, e isso resultava na quarta entrada do Safety Car, prejudicando o holandês da Mercedes, que viria esvair a energia a uma velocidade condicionada. Neste momento, faltavam doze minutos para o fim.

Quendo recomeçou, Felix da Costa e De Vries tentavam escapar do pelotão, e o português conseguiu passar pelo Attack Mode, sem perder a liderança para o holandês da Mercedes. Ele distanciou-se do pelotão, antes de Edoardo Mortara e Andre Lotterer terem colidido na saída da Curva 1. O piloto da Venturi continua, mas Lotterer fica preso na gravilha, acabando com... nova entrada do Safety Car. E com isto, o tempo escoava, porque faltava quatro minutos para a bandeira de xadrez.

Quando por fim, o Safety Car entrou nas boxes pela última vez, faltava menos de um minuto para o final da prova, com os pilotos a terem de fazer duas voltas para a completar. Mas com a retirada de energia, descobriu-se que a maior parte dos carros... poderia não chegar ao fim. E o resto foi algo digno de ficar na história, pelas piores razões. Sem energia, Felix da Costa perdeu a liderança e arrastou o carro até ao fim, com os Mercedes, que tinham energia sobrando, indo para a frente, e Nyck de Vries a compensar pela energia que conseguiu conservar até ao final. Stoffel Vandoorne foi o segundo, com Nico Muller a ser o terceiro no Mahindra.  

No campeonato, De Vries é o lider, com 57 pontos, seguido por Vandoorne, com 48. A Formula E segue amanhã com a segunda corrida em Valencia.    

Formula E: Vandoorne pole, mas é desclassificado. Felix da Costa herda posição


O belga Stoffel Vandoorne foi o poleman na primeira corrida da Formula E em Valencia, mas o piloto da Mercedes foi logo depois desclassificado devido a "problemas na identificação dos pneus". Com isso, o primeiro lugar da grelha foi herdado por António Félix da Costa, que à chuva, irá largar na frente da grelha. Atrás de si estará o outro Mercedes de Nyck de Vries.

Pela primeira vez na história, a Formula E iria correr numa pista permanente, pois a prova iria ser no circuito Ricardo Tormo, numa variação da pista que permitia os carros andarem só se preocupando com a gravilha e não com barreiras de proteção. Mas a chuva fez a sua aparição na zona neste final de semana e poderia baralhar as coisas.

No Grupo 1, que tinha  Stoffel Vandoorne, Nyck de Vries, Robin Frijns, Pascal Wehrlein, Sam Bird e Mitch Evans, os Mercedes deram nas vistas ao conseguirem os melhores tempos. Vandoorne foi o mais rápido, com 1.26,8, seguido pelo companheiro De Vries. Wehrlein foi o terceiro e o único com hipóteses para passar à SuperPole. Para o Grupo 2, com os DS Tescheetah de António Félix da Costa e Jean-Eric Vergne, o Nissan de Oliver Rowland, o Mahindra de Alexander Sims, o Audi de René Rast e o Venturi de Edoardo Mortara, o português conseguiu o melhor tempo do grupo, que o colocava no segundo posto da geral, a 41 centésimos de Vandoorne, seguido por Rowland e Sims, que tinham tempos semelhantes, que permitiam sonhar com essa chance. Em contraste, ergne fe o quarto melhor tempo no grupo e as suas chances diminuíam.

Com o Grupo 3, que tinha Max Günther (BMW Andretti), Sébastien Buemi (Nissan), Oliver Turvey (NIO), Sérgio Sette Câmara e Nico Muller (Dragon) e Lucas Di Grassi (Audi), o suíço da Dragon melhorou o seu desempenho nos tempos livres, seguido por Buemi, ambos com chances para irem à SuperPole, já que os outros pouco podiam faer por causa dos seus tempos. E do Grupo 4, com Tom Blomqvist, Alex Lynn, Nick Cassidy, Norman Nato, Jake Dennis e André Lotterer, apenas o britânico da Mahindra é que teve tempo para ir mais adiante.

Assim sendo para a SuperPole foram Vandoorne, Lynn, Felix da Costa, De Vries, Gunther e Buemi.

O Mercedes de De Vries foi o primeiro na pista e andou bem com o tempo de 1.26,730, colocando a fasquia bem alta. Buemi tentou, mas não conseguiu, mas quando foi a e de Felix da Costa, este conseguiu um tempo melhor: 1.26,494. Contudo, a seguir apareceu Vandoorne, que conseguiu um tempo 28 centésimos melhor e ficou com a pole-position e os três pontos.

Mas pouco depois, a organização decidiu anular o seu tempo, ao verificar que os pneus usados não eram aqueles que tinham sido fornecidos pela organização. Por causa disso, irá largar de último na grelha e o piloto português conseguia assim, na "secretaria", a quinta pole da sua carreira e a primeira da temporada.

Infelizmente, um erro na documentação técnica significa que os tempos de classificação do Stoffel foram apagados, significando que a atuação brilhante na qualificação não o deixará na pole-position”, escreveu a Mercedes nas suas redes sociais. “Ao invés disso, larga na 24ª posição. Vamos seguir lutando enquanto equipa”, concluiu.

A corrida acontece pelas 14 horas de Lisboa.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

WRC 2021: Rali da Croácia (Dia 1)


Thierry Neuville
é o líder do Rali da Croácia, realizadas as primeiras oito especiais. O piloto da Hyundai tem uma vantagem de 7,7 segundos sobre Sebastien Ogier e oito segundos exatos segundos sobre o terceiro classificado, o Toyota de Elfyn Evans. Estes três pilotos já estão distantes sobe Ott Tanak, quarto a 31,9 segundos.

Um estreia no Mundial de Ralis, a prova croata é a primeira em asfalto na temporada, e o dia começou com Neuville a dar nas vistas, vencendo a especial e a liderar o rali com 2,1 segundos de vantagem sobre Ott Tanak, e 2,8 sobre Elfyn Evans, o melhor dos Toyota. A especial ficou também marcada pelo acidente de Kalle Rovanpera, que se despistou e embateu contra algumas árvores, acabando ali a sua participação na prova. 


"[Estou] super irritado, toda a especial de abertura foi super escorregadia e estávamos lutando com muita subviragem. Eu ainda tentei puxar, mas nesta direita rápida, a aderência simplesmente desapareceu completamente e nós saímos para fora da estrada, para as árvores.", comentou mais tarde.

Neuville continuou ao ataque, vencendo a segunda especial e alargando a vantagem para Evans em 7,7 segundos, com Sebastien Ogier em terceiro na prova, a 12,2. Ogier reagiu, triunfando na terceira especial, a primeira passagem por Mali Modruš Potok, empatado em termos de tempo com Evans a 0,9 segundos mais veloz que Neuville. Mas para acabar a manhã, o piloto belga voltou a ser o melhor, distanciando-se mais meio segundo sobre Evans e um segundo sobre Ogier.

Na parte da tarde, Ott Tanak foi o melhor na segunda passagem por Rude - Plešivica, superando Neuville por um segundo e Ogier por 1,6, num especial onde os pilotos queixavam-se do piso escorregadio. "Eu sou o primeiro na estrada e não há linhas. Fiz um pião, pisei na embreagem esperando o carro pegar, então perdi um pouco de tempo.", disso Neuville, explicando o atraso.

Ogier triunfou na sexta especial, conseguindo superar Neuville em 3,5 segundos, enquanto mais atrás, o Toyota de Katsuta Takamoto fazia um pião e perdia tempo. E no final do dia, Ogier continuava a triunfar, ganhando 1,2 segundos a Tanak, 1,4 a Neuville e 1,7 sobre Evans.  

Depois dos três primeiros classificados, Tanak era o quarto, a 31,9, já distante do grupo da frente. Craig Breen era o quinto, a 54,8 segundos, na frente de Adrien Fourmaux, o melhor dos Ford, a 1.14,7, mas não muito longe de Gus Greensmith, a 1.21,7. Pierre Loubet era o oitavo, a 1.31,5, já distante de Katsuta Takamoto, a 2.23,2 da liderança. A fechar o "top ten" está Mads Ostberg, o melhor dos Rally2, a 3.17,6.  

O rali da Croácia continua este sábado, com a realização de mais oito especiais.

Youtube Formula 1 Video: Como vai ser o circuito de Miami

Com a confirmação do circuito de Miami como sendo a segunda corrida em terras americanas, o pessoal da Formula 1 decidiu colocar um video sobre o que vai ser este circuito, que afirmam ser urbano, mas mais parece uma mistura de Valencia com Abu Dhabi, pelo menos em termos de ambiente, já que é à volta de um estádio de futebol. 

Veremos é se será popular, que nos dê boas corridas... ou não. 

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Youtube Motorsport Video: O legado de Danica Patrick

Toda a gente sabe que a Danica Patrick foi uma das melhores pilotos femininas na América, com bons resultados quer na IndyCar, quer na NASCAR. Mas a piloto, agora com 39 anos e retirada da competição desde as 500 Milhas de Indianápolis de 2018, foi uma piloto polarizadora, quer pelos resultados, quer pelo seu comportamento algo volátil.

Teve grandes resultados - a vitória na oval de Motegi, no Japão, em 2008, é o seu ponto alto - mas o seu mediatismo e o seu comportamento fora da pista não a colocaram como alguém muito simpática, apesar da sua popularidade geral que esteve sempre em alta. 

Contudo, o que ela se tornou para toda uma geração de garotas é algo do qual não pode ser menosprezado. E é isso que fala o Josh Revell no seu mais recente video.  

Formula E: Divulgadas quatro novas datas no calendário


Puebla, no México; Nova Iorque, Londres e Berlim. Vão ser as novas datas da Formula E nesta temporada, serão todas jornadas duplas, e acabará no final de agosto na capital alemã. O anuncio foi feito esta tarde pela organização, na véspera da ronda dupla de Valencia, a primeira que acontecerá num circuito permanente.

Estes acrescentos vêm à custa das provas de Marrakesh (22 de maio) e Santiago do Chile (5 e 6 de junho), mercados para junho, e que foram cancelados devido à situação da pandemia nesses países e a restrição de circulação de pessoas e bens vindas de fora desses países. 

Se as provas de Nova Iorque e Berlim não são novidade, Londres e Puebla são novidades. No caso inglês, será no ExCeL London, enquanto o caso mexicano, haverá uma troca entre o Autódromo Hernanos Rodriguez e o Autodromo Miguel Abed devido ao facto do primeiro se ter tornado num hospital de campanha para combater a pandemia do CoVid-19.

No final, o calendário terá 15 rondas em três continentes, e tirando o Mónaco, serão todas jornadas duplas.

Alberto Longo, co-fundador da Formula E, afirmou sobre estas novas datas:

É uma grande conquista de todos nós lançar o calendário completo para esta temporada. O calendário inclui o maior número de corridas que realizamos em uma temporada e mostra nosso compromisso contínuo em criar um cronograma de calendário [no qual] os fãs e o público em todo o mundo seguirão.

Quatro jornadas duplas em Puebla, Nova York, Londres e Berlim vão definir o cenário perfeitamente para coroar o primeiro campeão mundial oficial da FIA da Fórmula E.”, concluiu.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Noticias: 500 Milhas de Indianápolis vai acolher 40 por cento de público


Já se sabia que as 500 Milhas de Indianápolis, que vai acontecer a 30 de maio, iriam ter público, mas não na sua capacidade máxima. Hoje, a seis semanas da sua realização, soube-se quantos e a percentagem: será 40 por cento da sua capacidade, e com isso, a organização emitirá 135 mil bilhetes para o público poder adquirir.

Numa declaração ao site Racer.com, Mark Miles, o diretor do IMS, disse quais foram os elementos necessários para a sua realização: 

No final do dia, tanto a cidade quanto a organização estavam confortáveis ​​com esse plano. ambas as partes estamos felizes com este desfecho”, afirmou. “A coisa número um que os fãs podem fazer para garantir um ótimo Race Day é serem vacinados o mais rapidamente possível. Continuamos a oferecer vacinas no Indianápolis Motor Speedway (IMS) e estenderemos nossa clínica de vacinação em massa ao longo do mês de maio. Tudo isso faz parte do esforço para continuar a colocar Indiana de volta à normalidade”, concluiu.

Para além isso, a organização afirmou que as máscaras continuarão a ser necessárias, as verificações de temperatura serão realizadas nos portões de entrada, haverá distanciamento social entre grupos de clientes em filas de cada lado, as suítes serão usadas com capacidade reduzida, os espectáculos musicais foram cancelados, haverá uma campanha promocional para promover vacinas, entre muitas outras. 

As 500 Milhas de Indianápolis voltarão à sua data normal, o último fim de semana de maio, depois de no ano passado terem sido adiados para agosto, e sem espectadores.

Youtube Motorsport Video: Os momentos altos da prova de Barber, na IndyCar

No passado domingo, começou na pista de Barber, no Alabama, a IndyCar Series, e o pessoal do canal do Youtube da categoria deixou um video sobre os "highlights" de uma prova que teve um estreante como vencedor: o espanhol Alex Palou, ao volante do carro inscrito pela Chip Ganassi. 

E a corrida, para quem viu, teve um pouco de tudo, incluindo uma carambola (ou "Big One") nas voltas iniciais.

WRC: Croácia sem espectadores


Nas vésperas do Rali da Croácia, prova que se estreia no campeonato do mundo, foi anunciado que ela não terá espectadores nas estradas devido à pandemia. As autoridades locais determinaram recentemente impôs um limite de 25 pessoas reunidas numa área, e isso é incompatível com uma prova deste género.  

Devido à atual pandemia e em conformidade com a Decisão da Sede da Protecção Civil da República da Croácia sobre as medidas epidemiológicas necessárias, os bilhetes para os espectadores não estão à venda”, lê-se num comunicado da organização do rali, divulgado nesta segunda-feira.

"É imperativo cumprir os regulamentos COVID-19 emitidos pelo governo e pelo Instituto de Saúde Pública, incluindo, mas não se limitando a, manter uma distância social adequada de pelo menos 1,5 m ao ar livre, o uso de uma máscara facial de grau médico e a proibição de reuniões de mais de 25 pessoas em um só lugar”, conclui o comunicado oficial da organização.

Caso tivesse sido autorizada a presença de espectadores, teria sido a primeira prova com público desde o Rally Estónia, que aconteceu em setembro passado. Assim sendo, poderá ser que o Rali de Portugal, previsto para os dias 20 a 23 de maio, seja a primeira prova que aprove a presença de espectadores na estrada.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Youtube Formula 1 Video: Os onboards de Imola

O fim de semana do segundo Grande Prémio da temporada de 2021 providenciou, como sempre, muitos e bons "onboards" de momentos importantes, e claro, as reações dos pilotos. Vale a pena ver. 

WRC: Rali da Finlândia vai ser no final de setembro


Depois da hipótese ter sido colocada no ar, a confirmação veio hoje: o Rali da Finlândia foi adiado do inicio de agosto para os dias 30 de setembro a 3 de outubro. Este adiamento por dois meses tem a ver com a inclusão de espectadores, do qual a organização afirmou serem necessários para o sucesso financeiro da prova.

Yves Matton, responsável da FIA para os ralis, disse que um grau de flexibilidade continuava a ser vital nesta fase:

O rali da Finlândia é um evento histórico no WRC com o seu espetacular cenário florestal e estradas super-rápidas. Foi importante para nós sermos flexíveis e considerar todas as opções para garantir que este ano a prova encontraria o seu lugar no calendário, apesar dos problemas trazidos pela pandemia. Será uma mudança interessante, certamente com condições meteorológicas ligeiramente diferentes, e, esperemos, com os espectadores”, afirmou.

A nova data do Rali da Finlândia implica que ela fica entre os ralis da Acropole - entre os dias 9 e 12 de setembro - e o da Catalunha, que acontecerá no fim de semana de 14 a 17 de outubro. O WRC volta à estrada este final de semana com a realização do Rali da Croácia.


A luta de Vic Elford


Aos 85 anos, Vic Elford vive a sua velhice na Florida, mas não está em grande condição, como conta o jornalista Marshall Pruett. Recentemente, sofreu uma queda e fraturou a perna direita, mas pior, soube recentemente que regressou o seu cancro na próstata, descoberto há uns anos e do qual se curou. Um dos pilotos mais versáteis da história do automobilismo - venceu o Rali de Monte Carlo num Porsche, em 1968, e foi campeão da Europa, para além de ter corrido na Endurance, Can-Am e Formula 1, onde entre 1968 e 69, participou em treze corridas, conseguindo oito pontos.

Assim sendo, Pruett decidiu lançar no passado domingo uma conta no site GoFundMe, onde contabilizaram as suas despesas médicas em 150 mil dólares. Em dois dias, já foram arrecadados mais de 36 mil no momento em que se escreve estas linhas. David Hobbs, seu amigo e rival em algumas corridas na Endurance, já doou 500 dólares, por exemplo. O mesmo valor deram Alan Berg e Hurley Haywood. Outros deram valores mais pequenos, como o próprio Pruett, Robin Miller e Maurice Hamilton, ambos jornalistas, que deram cem dólares cada um.

Ao todo, mais de 250 pessoas já doaram dinheiro para ajudar o ex-piloto. E a mensagem está a ser espalhada um pouco por toda a comunidade automobilística americana. 


segunda-feira, 19 de abril de 2021

A imagem do dia


Romain Grosjean terminou ontem na décima posição na sua primeira corrida na IndyCar, em Barber, no Alabama americano. Mas a corrida para o piloto francês, mais do que ser a estreia numa nova categoria, era a primeira desde o seu acidente horrível, em novembro passado, em Shakir, no Bahrein. E hoje, a Racer falou do "misto de emoções" que o piloto de 35 anos passou ao voltar a colocar o capacete.

Primeiro que tudo, foi correr com o capacete que era para ter andado em Abu Dhabi, se tudo corresse bem. Como não correu, adiou a estreia para este domingo. Mas depois, ele disse que regressar ao cockpit foi o equivalente a um segundo nascimento.

Não falamos muito sobre isso, mas antes do início da corrida, foi um momento bastante difícil para mim voltar para um carro de corrida depois do que aconteceu no ano passado”, disse à Racer. “Chorei um pouco antes de entrar no carro, para ser sincero. E uma grande, grande mistura de emoções. Então, me concentrei nesta corrida; é hora de correr, mas para mim, foi um grande dia. É uma ótima equipa ao meu redor, bem humorada e eles só querem correr. E nós temos pessoas realmente boas. Eles me ajudaram muito a me preparar para [ontem]. ”

Grosjean afirmou que a corrida foi "altamente educativa", e permitiu escapar às armadilhas do inicio da corrida com a carambola que eliminou gente como Josef Newgarden, e teve um ritmo a nível do pelotão intermediário, acabando num lugar do "top ten" e o melhor dos estreantes. Nada mau, para quem corre numa equipa relativamente pequena como a Dale Coyne. 

Nós nos saímos bem e tínhamos muito que aprender hoje, desde o início até a estratégia de que você está economizando os pneus, o estilo de corrida na IndyCar, o 'push to pass'”, disse ele. “Então, realmente, podemos estar orgulhosos do nosso fim de semana. Obviamente, nós nos qualificamos na sétima [posição] e talvez tivéssemos grandes expectativas, mas acho que só precisamos estar muito orgulhosos do que foi feito. É o primeiro de muitos. E na próxima semana recomeçamos do zero, basicamente. É um circuito de rua que não conheço em São Petersburgo, e voltamos para aprender mais.”, concluiu. 

Regressar depois do maior susto da sua vida é um acto de coragem. Mas o amor pelo automobilismo é muito superior a qualquer susto, e enquanto tiver fome de corrida, ele continuará. Porque os pilotos que adoram a sua profissão são assim.

Youtube Formula 1 Video: Os pontos altos da corrida de Imola

Ninguém pode dizer que Imola não foi uma prova aborrecida, bem pelo contrário. A segunda corrida do campeonato, disputado primeiro à chuva e depois com o asfalto a secar - mas não totalmente - deu algumas imagens inesquecíveis, dos quais agora tempos a oportunidade de rever. 

CPR: Teodósio apresenta seu carro e declara ataque ao título


Ricardo Teodósio
apresentou esta manhã o seu projeto para o CPR, e claro o seu alvo é o título nacional de Ralis. O piloto algarvio, campeão em 2019, e navegado por José Teixeira, mostrou o seu Skoda Fabia Evo2 e não esconde a satisfação pela confirmação do seu projeto desportivo para esta temporada, assumindo que esta foi uma tarefa árdua para toda a sua equipa.

É com natural satisfação que vos comunicamos que vamos estar à partida do Campeonato de Portugal de Ralis, já no Rali Terras de Aboboreira. Depois de um ano de pandemia, a luta para levar a bom porto as negociações foi enorme, mas conseguida.", começou por dizer.

"Estamos neste momento em condições de confirmar a nossa participação no CPR e com muita vontade de começar, desde já, a lutar pelo lugar mais alto no pódio que nos permita, no final da temporada, concretizar o objetivo de chegar, de novo, ao título de Campeões Nacionais", continuou.


José Teixeira aproveitou também a aparesentação para deixar uma palavra para todos os atuais parceiros e patrocinadores, não esquecendo quem apoiou o projeto desportivo de Ricardo Teodósio no passado: 

Não há dúvidas que esta foi uma grande batalha. Muitas reuniões, muitas horas de viagens, mas conseguimos atingir o primeiro patamar do objetivo, que nos permite arrancar o Campeonato com confiança. O ano de 2020 foi difícil para os diversos setores do nosso tecido empresarial e temos de realçar o esforço feito pelos nossos patrocinadores, uma vez que, sem eles, não seria possível viabilizar este projeto desportivo, que pretende lutar por vitórias e pelo título!

O CPR 2021 começa com o Rali Terras D'Aboboreira, que vai acontecer no fim de semana de 30 de abril e 1 de maio. 

domingo, 18 de abril de 2021

A imagem do dia


Há meio século, em Montjuich, a Tyrrell alcançava a sua primeira vitória na Formula 1, com Jackie Stewart ao volante, a primeira das suas seis vitórias na temporada, rumo ao seu segundo título mundial. A sua vitória foi o culminar de um projeto que tinha começado um ano antes, quando depois de terem adquirido os chassis March, Ken Tyrrell chegou à conclusão de que tinha de fazer os seus próprios chassis, se queria aproveitar o contrato de motores Ford DFV V8 que tinha e era dos poucos privilegiados.

Com isso, precisou da ajuda de Derek Gardner, andaram parte do verão de 1970 a trabalhar no SP (Secret Project) na garagem do próprio Gardner, e o bólido á apresentado em agosto, batizado como 001, e ficou pronto a tempo de ser estreado nas corridas norte-americanas, estreando com uma pole-position em Mont Tremblant.

Mas a vitória de Montjuich não foi com o chassis 001. Foi com o 003, porque o 002 era um carro feito à medida para Francois Cevért, porque era mais alto que o escocês. Mas pode-se dizer que esse chassis encaixou-se como uma luva no estilo de condução do piloto. Afinal de contas, foi com o 003 que conseguiu seis vitórias naquela temporada, num tempo em que a equipa se dava ao luxo de construir carros "tailor-made", bólidos únicos. 

Contudo, a corrida também ficou na história por causa de uma coisa: foi a primeira que teve pneus slicks. Ou seja, aquilo que vemos hoje em dia nos Grandes Prémios como se já existisse desde os tempos de Adão e Eva, afinal tem meio século de idade. Quem as introduziu foi a americana Firestone depois de os experimentar nos Estados Unidos, aparentemente, depois de uma sessão de testes com Mário Andretti ao volante e com um conjunto de pneumáticos do qual não tiveram tempo de fazer sulcos e foram para a pista. Depois foi um daqueles felizes acidentes, onde descobriram que, no asfalto, os tempos tinham sido bem mais velozes. 

Um feliz acidente que ficou até aos dias de hoje.

Formula 1 2021 - Ronda 2, Imola (Corrida)


De facto, parece que as coisas este ano parecem ser mais complicadas para a Lewis Hamilton. Ele pode estar neste momento a pensar que largará do primeiro lugar pela 99ª vez na sua carreira, mas se ele pensa que a barreira das cem poles, inédita na história da Formula 1, possa ser passado em Portimão, daqui a duas semanas, deve saber que a concorrência está a fazer o possivel para o impedir. Ainda por cima, os Red Bull, mais uma vez, estão atrás dele e vão fazer tudo para não o deixar à vontade. Aliás, a concorrência já apanhou e engoliu Valtteri Bottas, que parte hoje de oitavo, à frente de McLarens, do Ferrari de Charles Leclerc e do Alpha Tauri de Pierre Gasly.

Mas a Formula 1 não corre neste fim de semana em "tilkódromos", corre num circuito tradicional europeu, com gravilha e muros mais próximos. E na véspera, todos estavam convencidos dos riscos de chuva...

A uma hora do inicio da corrida, começou a chover, mas não era em todo o circuito: a pista estava molhada na reta da meta, como Tamburello, Villeneuve e Tosa, mas na Rivazza, ela estava seca. Logo, os pilotos iriam usar pneus para piso molhado. Mas mesmo antes da prova... houve sarilhos: primeiro, Alonso despistou-se e partiu o nariz, sendo obrigado a ir às boxes para trocar, depois foi Lance Stroll, que teve problemas com os travões e foi obrigado a repará-los. Isso ainda antes de saber que Sebastian Vettel ter o mesmo problema! Mais tarde, Valtteri Bottas sofreu um furo e claro, trocou o pneu afetado. Parecia 1991, mas ainda nem tinham saído para a volta de aquecimento.

Assim sendo, todos saiam para a pista de intermédios. 

A corrida começou atrás do Safety Car, e mesmo assim, as coisas ficaram confusas. Primeiro, Nicolas Lattifi, que bateu forte na Piratella, e depois Mick Schumacher, que na saída das boxes, bateu sozinho e teve de trocar de bico, mas com as boxes fechadas, era obrigado a andar mais de uma volta nessa situação.


Mas na volta 4, o Safety Car saiu e logo nos primeiros metros, Hamilton foi atacado pelos Red Bull. Verstappen passou o britânico, mas Perez não conseguiu, e até se desistou ligeiramente, acabando por cair para a quarta posição, atrás de Charles Leclerc. Nas voltas seguintes, Verstappen abria cerca de 1,5 a dois segundos por volta para Hamilton, com o monegasco relativamente longe do britânico da Mercedes. Atrás, Valtteri Bottas era um discreto - e anónimo - décimo. E a ser ameaçado pelo Williams de George Russell.

Mas pouco depois, novo aviso: chuva para os próximos minutos. Ate lá, Sergio Perez iria ser penalizado com um "stop and go" porque, aparentemente, tinha passado debaixo do Safety Car. E alguns momentos depois, Russell estava nos pontos, porque o Alpha Tauri de Pierre Gasly estava a perder lugares. Com o passar das voltas, a pista estava a secar (apesar da ameaça futura), e os intermédios perdiam eficácia. Tanto que na volta 22, Sebastian Vettel, que estava muito atrás, tinha metido slicks porque... não tinha nada a perder.

E por esta altura, Verstappen começava a ver Hamilton e Leclerc a aproximarem-se e tinha de tomar uma decisão. Esta aconteceu na volta 28, quando coloca médios, deixando Hamilton e Leclerc na pista, ainda de intermédios. Nesta altura, mais alguns pilotos trocavam para secos, como Sainz Jr. Na volta seguinte, Hamilton, Leclerc e Perez também trocavam para médios, cumprindo a sua penalização... e até mudou de volante! Hamilton pensava voltar na frente, mas demorou quatro segundos e assim, o holandês continuava na liderança. 


E nesta volta 30, Hamilton e Verstappen estavam a passar Russell e tentar apanhar Bottas quando o britânico se despistou na Tosa. Tocou no muro de pneus e perdeu muito tempo até sair dali. Mas ao mesmo tempo que os olhos do mundo observavam os apuros do britânico, atrás, na Tamburello, George Russell tentava passar Valtteri Bottas, mas o britânico da Williams exagerou e bateram forte. Muitos destroços, inevitavelmente acabando em Safety Car. E ele, Russell, estava zangadissimo, tendo ido pedir satisfações ao finlandês!

Mas independentemente disto, tínhamos bandeira vermelha. Corrida parada. 

Por esta altura, não chovia, mas a pista não estava seca - havia um carril no qual os pilotos seguiam com os médios secos. Alguns trocaram para moles, como Norris.

Mas logo na relargada, Verstappen perdeu o controlo do carro, deixando a liderança para Leclerc, enquanto Hamilton era oitavo. Sortudo! Mas a seguir, era passado por Tsunoda... que se despistou a seguir! Deslumbração, por certo. Na frente, Verstappen recuperou o primeiro posto, porque o monegasco caiu para terceiro, superado por Norris. E o britânico atacava o holandês da Red Bull, vendo se conseguia apanhar Verstappen. Atrás, Perez, quarto, perdia o controlo do seu carro a perdia de lugares, enquanto Hamilton passava carro atrás de carro, para ver se chegava ao pódio, pelo menos.


Com o passar das voltas, Verstappen ia-se embora de Norris, e os Ferrari não estavam longe. Hamilton apanhava e passava Ricciardo, para ser quinto, e fazendo cair volta mais rápida constantemente, porque claro, corria atrás do prejuízo. Em poucas voltas, o britânico apanhou Sainz, que o passou, e a nove giros da meta, era quarto, com Leclerc e Norris na sua frente, mas com a pista ainda húmida, arricar não era fácil. 

E no meio disto tudo, Verstappen ia-se embora: acima de 14 segundos nesta altura.

Na volta 55, Hamilton conseguira passar Leclerc na travagem para Tanburello e era terceiro. Continuou a aumentar o ritmo para apanhar um Norris que sabia não ter pneus para o fim com os moles. Ia fazer o melhor para aguentar até à meta, mas todos sabiam que o heptacampeão tinha um melhor ritmo. Lá conseguiu passar o seu compatriota da McLaren, mas já era a volta 60, e Verstappen estava a 18 segundos. A vitória seria dele... se mantivesse o carro na pista.


E manteve: no final, Verstappen venceu sem contestação, com vinte segundos de diferença para Hamilton, com Lando Norris a subir ao pódio pela segunda vez na sua carreira, e claro, dando pódio à McLaren. E tudo na frente dos Ferrari de Charles Leclerc e Carlos Sainz Jr, consistentes, sem serem velozes. Daniel Ricciardo foi sexto, muito discreto, mas na frente de Lace Stroll, Pierre Gasly, Kimi Raikkonen e Esteban Ocon.

No final, esta corrida agitada teve um final relativamente previsiel. Foi quase a realização da velha frase de Tomaso de Lampedusa no livro "O Leopardo": tudo mudou para ficar quase tudo na mesma. Por outras palavras, Hamilton tem uma sorte dos diabos.

Agora, a Formula 1 demora duas semanas para voltar à ação, em Portimão.        

Noticias: Anunciado GP de Miami em 2022


A Formula 1 confirmou esta manhã que haverá uma segunda corrida em terras americanas. Será em Miami, na Florida, e será construído num parque urbano à volta do Hard Rock Stadium, casa do Miami Dolphins, equipa da NFL, de futebol americano.

O circuito de 5410 metros tem um traçado que conta com 19 curvas ao redor do estádio, numa mistura de curvas apertadas e áreas de alta velocidade. Ainda não se sabe uma data para o evento, mas a Formula 1 garantiu que o GP em Miami será mantido em uma parte do ano distante do GP dos Estados Unidos, em Austin. 

Stefano Domenicali, CEO da Formula 1, acredita que uma segunda corrida no país ajudará a aumentar a audiência.

"Os Estados Unidos são um mercado chave para nosso crescimento e estamos encorajados com essa segunda corrida. Estamos trabalhando junto com a equipa do Hard Rock Stadium e a FIA para garantir que o circuito entregue uma corrida sensacional e deixe uma contribuição positiva e duradoura à comunidade local".

"Agradecemos aos nossos fãs, às autoridades de Miami Gardens e a indústria local de turismo por sua paciência e apoio durante esse processo. Mal podemos esperar para levarmos o maior espetáculo das corridas no mundo a Miami pela primeira vez".

O promotor Tom Garfinkel acredita que a nova pista entregará boas corridas, elogiando o benefício que a Formula 1 trará à cidade.

"O campus de entretenimento do Hard Rock Stadium em Miami Gardens existe para sediar os maiores eventos globais para beneficiar toda a região de Miami e a Fórmula 1 é uma das maiores que existe. Trabalhamos com especialistas para criar uma pista que nós, a Formula 1 e a FIA acreditamos que fornecerá uma grande corrida, e esperamos criar uma experiência única aos fãs que refletem a natureza diversa e dinâmica de Miami".