sábado, 12 de julho de 2008

Bolides Memoráveis - Lotus 72 (1970-75)

Em dia de meu aniversário, decidi dar uma prendinha a mim mesmo e aos meus visitantes. Vou falar do que é provavelmente, o Formula 1 mais marcante de sempre, o desenho mais genial saído da pena de Colin Chapman, ajudado por Maurice Phillipe, e um recém-chegado da BRM, Tony Rudd. Eo desenho era tão genial, que teve uma duração superior ao normal, e continuou a ser um carro vencedor. Hoje é dia de falar do Lotus 72.


No final de 1969, o Lotus 49 já tinha dois anos de idade, e Chapman e a sua Lotus tinham sido derrotados pela Matra de Jackie Stewart. Somente conseguiram ganhar duas corridas, uma para Graham Hill, no Mónaco, e outra para Jochen Rindt, em Watkins Glen. Para além disso, Chapman tinha investido muito tempo num dos seus projectos falhados, o Lotus 63 de tracção total. Nesta altura, Chapman começava a tentar extrair o máximo de algo que tinha surgido na Formula 1 há pouco tempo: a aerodinâmica. Depois de regularem a altura das asas, após o acidente de Jochen Rindt em Montjuich, Chapman achou que era altura de começar a desenhar um carro totalmente revolucionário, e que fosse capaz de marcar a diferença em relação ao resto do pelotão, já que quase todos, à exepção da Matra, BRM e Ferrari, usavam motores Cosworth.


Assim sendo, para além da colaboração com Maurice Philippe, pediu a um recém-chegado da BRM, de seu nome Tony Rudd, para que ajudasse a desenhar o novo carro, aproveitando alguns elementos provenientes de outros modelos da Lotus, e ajudando a encontrar outros que mostrassem ser eficazes. Assim, o Lotus 72 transformou-se no primeiro carro da "era moderna". Este monocoque em aluminio tinha, entre outras coisas, o radiador nos lados do carro, após o "cockpit" e o mais próximo possivel do motor, para o ajudar a refrigerá-lo. Para ajudar ainda mais, colocou uma entrada de ar superior, no qual foi o primeiro a fazê-lo. No lugar do radiador, Chapman teve a liberdade de desenhar uma frente em bico, o mais aerodinâmico possivel, inspirado no seu modelo Lotus 56 a turbina, que tinha corrido dois anos antes em Indianápolis.


Em termos mecânicos, o Lotus 72 foi o primeiro carro a ter os travões de disco internos, e tinha também molas de torção tanto à frente como atrás. Em suma, um carro totalmente revolucionário.


Em testes comparativos com o modelo 49, e com o mesmo motor, a eficácia aerodinâmica era tal que conseguia ser 12 milhas por hora mais rápido do que o modelo anterior. Assim sendo, Chapman não hesitou em levar dois modelos, para Rindt e para o inglês John Miles, para os estrear no GP de Espanha de 1970, no circuito de Jarama. Mas a estreia... foi um desastre. Quando Rindt o experimentou, um dos veios de travão quebrou 200 metros depois da saída das boxes. Irado quando chegou às boxes, Rindt virou-se para Chapman e gritou: "Nunca mais volto a guiar esta m****!". Mas iria ser com este carro que iria ganhar cinco corridas seguidas naquele ano...


Depois de resolvidos os problemas de juventude, o Lotus 72 tornou-se numa máquina imbativel, pois Rindt ganhou na Holanda, França, Inglaterra e Alemanha, para além do Mónaco, onde ganhou com o modelo 49. Rindt estava destinado a conquistar o título, mas a 5 de Setembro de 1970, quando tentava fazer a pole-position num modelo 72 sem asas, os travões falharam na travagem para a Parabólica e o austriaco sofreu um acidente fatal.


Os Lotus retiraram-se dessa corrida, mas depois prepararam dois modelos 72 para o seu substituto, o sueco Reine Wissell e um novato de 23 anos chamado Emerson Fittipaldi. A ideia era fazer com que impedissem o assalto de Jacky Ickx às suas hipóteses de título. O plano foi aplicado no circuito americano de Watkins Glen, onde funcionou na perfeição, pois Fittipaldi ganhou e Wissel foi terceiro, ambos à frente do Ferrari de Ickx. Com isto, a Lotus venceu ambos os títulos de pilotos e construtores.


Em 1971, o desemvolvimento do Lotus 72 foi um pouco travado devido aos esforços de Chapman para desenvolver o fracassado Lotus 56 Turbina, e os resultados foram modestos, onde nem conseguiram vencer qualquer corrida.


Mas as coisas mudaram radicalmente em 1972. Depois de abandonar o modelo 56, Chapman, Phillipe e Rudd modificaram o carro, no sentido de o tornar ainda mais eficaz. O modelo D tinha uma nova tomada de ar e suspensões redesenhadas no sentido de se tornarem mais eficazes. O motor ganhou uma nova evolução, e os pneus Firestone fizeram o resto. Contudo, para o público em geral, a modificação foi visual. A Imperial Tobacco decidiu mudar a marca que estava a patrocinar, e passou da Players Cut, vermelho e dourado, para a John Player Special, negro e dourado. O mito estava criado.


Em 1972, Fittipaldi dominou a temporada, ganhando cinco corridas (Espanha, Belgica, Inglaterra, Austria e Itália), vencendo o seu primeiro título mundial, e tornando-se no piloto mais novo a consegui-lo. As coisas pareciam caminhar para um dominio maior em 1973, com Fittipaldi e o seu novo companheiro, o sueco Ronnie Peterson. Mas eles tinham um novo fornecedor de pneus, e do entusiasmo inicial (vitórias na Argentina, Brasil e Espanha), veio o deserto, e o favorecimento de chapman a Peterson, fazendo perder o título a favor de Jackie Stewart. contudo, conseguiram ganhar pela terceira vez o título de construtores.



A partir de 1974, agora com o belga Jacky Ickx ao volante, Chapman coloca uma versão E, mas já pensa no carro seguinte, o Lotus 76. Contudo, os testes com este carro revelaram que o modelo tinha muitas falhas, e os pilotos pediram para voltar ao já velho modelo 72. Foi com ele que Peterson ganhou três corridas (Mónaco, França e Itália), conseguindo o quinto lugar no Mundial de pilotos.


Em 1975, Chapman ainda investiu no modelo 76, mas verificou que era uma perda de tempo, e perferiu puxar ainda mais por uma máquina já velha e desusada, superada por modelos mais novos e velozes, como o Ferrari 312T, o McLaren M23, o Brabham BT44 ou até o Tyrrell 006... nesse ano, o melhor que conseguiram foi um segundo lugar no infame GP de Espanha, em Barcelona, através de Jacky Ickx.


O último Grande Prémio foi o de Watkins Glen, em 1975. Nessa corrida, Ronnie Peterson e o inglês Brian Henton correram com o modelo 72, e o sueco no final conseguiu um quinto lugar, e o inglês não conseguiu classificar-se. Por fim, podia ser substiuido pelo modelo 77, uma evolução mais eficaz. Nessa altura, o pelotão tinha sofrido uma mutação inequivoca, e todos copiavam, ou tinham-se inspirado, nas linhas do modelo 72. Provavelmente, tinha sido o modelo mais influente da história da Formula 1.


Carro: Lotus 72
Projectistas: Colin Chapman, Maurice Phillipe, Tony Rudd.
Motor: Cosworth V8 de 3 Litros, 460 cv às 10.300 rotações (1975)
Pilotos: Jochen Rindt, Graham Hill, John Miles, Reine Wissel, Emerson Fittipaldi, Dave Walker, Dave Charlton, Ronnie Peterson, Jacky Ickx, John Watson, Brian Henton e Ian Scheckter.
Corridas: 75
Vitórias: 20 (Fittipaldi 9, Peterson 7, Rindt 4)
Pole-Positions: 17 (Peterson 10, Fittipaldi 4, Rindt 3)
Voltas Mais Rápidas:9 (Fittipaldi 5, Peterson 4)
Pontos: 298 (Fittipaldi 141, Peterson 90, Rindt 36, Ickx 15, Wissel 13, Miles 3)
Títulos: Campeão do Mundo de Pilotos em 1970 (Jochen Rindt*) e 1972 (Emerson Fittipaldi). Campeão do Mundo de Construtores em 1970, 1972 e 1973.

Fontes:

Hoje... hoje é o meu dia!

Pois é... há sempre um dia no calendário que é especial para nós: o dia em que assinalamos o inicio da nossa presença no Planeta Terra. Em bom português, é o dia do nosso aniversário!



E este ano, calhou-me o numero 32. É um numero par, muito bonito, e também é um numero a partir do qual se começa a olhar para trás e vês que já podes começar a fazer um balanço da tua vida. Estou convencido que tenho muitos mais a cumprir, e assim o desejo, porque ainda quero viver para ver o Alvaro Parente a ganhar uma corrida de Formula 1, o Benfica a ganhar a Champions League e a nossa Selecção a ganhar um Europeu ou o Mundial...


E que mais quero? Ah, o costume: saúde, fortuna, uma namorada... e que o Mundial de Formula 1 seja tão excitante como está a ser. Que mantenha os mesmos amigos e ganhe mais alguns, e que continue a ter forças para continuar este belo Blog, porque gosto dele e gosto daquilo que faço.




Por falar em blogs... se me querem ver na vertente mais literária e outras larachas da minha vida pessoal, inventei outro há cerca de três semanas, o Magnum Opus (Grande Obra, em Latim). como inevitavelmente alguns jornalistas se tornam escritores, se calhar já devo estar a planear o meu futuro...



Aos meus amigos (reais, virtuais e os que me visitram), obrigado a todos. Que venhma sempre!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

A paz, enfim!

Depois de um ano de brigas, acusações e discussões devido ao "Stephney/Colughangate", que resultou numa multa "record" para a equipa de Woking (100 milhões de dólares) e a retirada dos pontos que a equipa ganhou em 2007, McLaren e Ferrari decidiram hoje enterrar o machado de guerra.

Segundo escreve hoje o site brasileiro http://www.grandepremio.com.br/, ambas as equipas, em comunicados oficiais, ambas as equipas decidiram pôr fim às polémicas. No lado da McLaren, a equipa de Ron Dennis pediu desculpas pelo incómodo causado à equipa, e que irá reembolsar à Ferrari os custos do processo.

"Sobre o encerramento formal dos procedimentos da FIA e do seu Conselho Mundial contra a McLaren, em dezembro de 2007, e das desculpas públicas pedidas pela McLaren para a Ferrari, de maneira reiterada, Ferrari e McLaren concordaram em colocar um ponto final nas várias discussões entre as duas equipes relacionadas a este assunto.


A McLaren também concordou em reembolsar os custos da Ferrari com este assunto através de um pagamento."

Quanto à Ferrari, apesar de aceitar as desculpas, afirma que vai continuar a batalha, mas desta vez contra Nigel Stephney, do qiual vai pedir uma avultada indmnização pelos estragos causados, nomeadamente, a alegada sabotagem aos depósitos de gasolina dos carros após o GP do Mónaco de 2007.

"A Ferrari reconhece os reiterados pedidos de desculpas da McLaren pelos conhecidos eventos que ocorreram durante o Campeonato de 2007 de Formula 1 e, servindo os melhores interesses da Formula 1 e considerando os procedimentos finais, de Dezembro de 2007, da FIA e do seu Conselho Mundial contra a McLaren, confirma que aceitou encerrar todas as controvérsias entre as duas equipas. A Ferrari vai doar à caridade todo o pagamento recebido da McLaren.

A Ferrari vai continuar seu processo contra Nigel Stepney, relacionado ao mesmo episódio."

quinta-feira, 10 de julho de 2008

The End: Bernard Cahier (1927-2008)

O mais famoso fotógrafo da história da Formula 1, o francês Bernard Cahier, morreu hoje aos 81 anos, em Paris, vítima de um acidente vascular cerebral.

Ele e o seu filho são duas grandes instituições na Formula 1, pois são os fotógrafos que estão há mais tempo na competição. Bernard começou a cobrir a Formula 1 em 1952, no GP de Itália, e lá se manteve regularmente até aos finais dos anos 80, altura em que passou essa tarefa ao filho, Paul-Henri Cahier.

Bernard Cahier tinha uma personalidade simpática e jovial, e tornou-se amigo de praticamente todos os pilotos do pelotão, desde Stirling Moss a Emerson Fittipaldi, passando por Phil Hill e Jackie Stewart. Nessa altura, tornou-se tão famoso como os pilotos e os donos de equipa. Nos anos 70, fundou a IRPA (International Racing Press Association), que ajudou a defender os interesses dos reporteres fotográficos e demais agentes de imprensa até meados dos anos 80, altura em que foi dissolvida.

A sua morte aconteceu numa altura em que o seu filho Paul-Henri foi noticia, por se ter envolvido este Domingo num incidente com o finlandês Kimi Raikonnen pouco minutos antes da partida do GP de Inglaterra, onde alegadamente o tocou no seu equipamento, empurrando-o em retaliação.

Os homens passam, mas o seu legado fica. Se quiserem ver uma amostra do seu incrivel arquivo de fotografias, vão ao site http://www.f1-photo.com/. Ars lunga, vita brevis, Bernard!

Raikonnen fica!

Acabaram-se as dúvidas: O finlandês Kimi Raikonnen fica na Ferrari para a época de 2009. O piloto finlandês, actual campeão do Mundo, afirmou hoje no jornal desportivo italiano "Gazzetta Dello Sport" que irá cumprir o contrato até ao fim: "Nunca quebrei qualquer contrato na minha vida e não tenho intenções do fazer agora. Em 2009 irei guiar para a Ferrari.", declarou.

Esta entrevista surge no mesmo dia que outro jornal deportivo, o espanhol "AS", noticiou que Fernando Alonso terá assinado um contrato para 2010 na Ferrari, provavelmente em substituição de... Kimi Raikonnen.

Na entrevista, o piloto finlandês aproveitou ainda para falar sobre a actual situação do campeonato do mundo: "Estou razoavelmente satisfeito, pois a velocidade não tem faltado, mas por vezes não temos conseguido juntar todas as pontas soltas, e por isso não confirmamos com resultados todo o potencial que, seguramente, temos".

E ainda teve tempo para dar a sua versão no incidente com Paul-Henri Cahier, em Silverstone: "Fui provocado pois ele pôs-se em cima das minhas coisas". Uma coisa é certa, temos Raikonnen para dar e vender!

GP Memória - Inglaterra 1988

Uma semana depois de Alain Prost ter ganho o "seu" Grande Prémio de França, máquinas e pilotos rumavam para Inglaterra, mais concretamente a Silverstone, para correrem na etapa inglesa do Mundial de Formula 1 daquele ano. Todos esperavam que o dominio dos McLaren continuasse, mas neste fim de semana, haveriam certas alterações no guião...


Os treinos mostraram que a Ferrari estava a evoluir, para melhor. Gerhard Berger e Michele Alboreto lideravam a tabela dos tempos durante todo o fim de semana, e no momento da verdade, foi Berger que conseguiu a "pole-position", ao lado do seu companheiro de equipa. Era a primeira vez nessa temporada que não havia McLarens na primeira fila!

Mas estes estavam logo a seguir, na segunda fila, com Ayrton Senna a levar a melhor sobre Alain Prost, enquanto que na terceira fila estava outra pequena surpresa, com o quinto lugar do March aspirado de Mauricio Gugelmin, tendo a seu lado o seu companheiro Ivan Capelli. Nelson Piquet era sétimo, com o seu Lotus-Honda, e tinha a seu lado o Benetton de Alessandro Nannini. A fechar o top ten, estavam o Arrows-Megatron de Derek Warwick e o Lotus-honda de Satoru Nakajima.

Nigel Mansell, no seu Williams-Judd, era 11º, e aproveitou o fim de semana britânico para anunciar que iria correr na Ferrari a partir da temporada de 1989. Uma escolha pessoal do velho Enzo Ferrari, do alto dos seus 90 anos...

No Domingo, 10 de Julho de 1988, a chuva fazia a sua aparição no Verão inglês (pela primeira vez em três anos e meio...), e baralharia as pretensões dos candidatos à vitória. Na partida, Berger foi para a frente, mas Senna ficou logo atrás dele, depois de conseguir livrar-se de Alboreto. Quanto a Prost... este apresentava problemas de dirigibilidade, o que aliadas ao seu crónico mau desempenho na chuva, o faziam cair para o meio do pelotão. Teve que desistir à volta 24, declarando que o seu carro era muito difícil de guiar.

Entretanto, Senna sentia-se à vontade na chuva. Ficando atrás de Berger, tentou assaltar várias vezes o comando, mas só o conseguiu na volta 14, distanciando-se o suficiente para garantir uma liderança confortável. Entretanto, quem fazia a corrida da sua vida era Nigel Mansell. Com um mau carro à partida, mas com um tempo que lhe era favorável, vinha passando carros atrás de carros, por vezes aos dois de cada vez...

Entretanto, Senna liderava sem qualquer oposição, e fazia um resto de corrida mais calmo e controlado, rumo a mais uma vitória, enquanto que Mansell consegue na volta 50 chegar ao segundo lugar, beneficiando dos problemas de combustível do Ferrari de Berger. Isto não só lhe dará os seus primeiros pontos do ano, mas também a melhor classificação de sempre de um carro com motores Judd. Alessandro Nannini, com o seu terceiro lugar, consegue o seu primeiro pódio da sua carreira a bordo do seu Benetton. Nos restantes lugares pontuaveis ficaram o March de Mauricio Gugelmin, o Lotus de Nelson Piquet (três brasileiros nos pontos!) e o Arrows de Derek Warwick.
Fontes:

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Imagens de Valência

A pouco mais de mês e meio da estreia do segundo GP em terras espanholas, a minha amiga Priscilla Bar colocou hoje um post no seu blog com algumas fotos do GP Valenciano, que decorrerá no dia 24 de Agosto, com algumas curiosidades...


Uma delas fala da "Curva da Morte", uma apertada curva à direita (obrigado pela correcção, Fidalgo!) para ser feita pelos pilotos. E porquê tem esse nome? Por agora, é porque fica paredes meias... com um cemitério! Espero ansiosamente por ver quantos é que se "estrepam" nessa curva mortífera...

As notas do GP de Inglaterra

Com algum atraso, publico aqui e agora as notas dadas por alguns de nós das perfomances do chuvosos que os pilotos deram no GP de Inglaterra.



Claro, há alguma polémica: o Pezzolo achou um pouco mal ter mandado nota 7 para o Heidfeld e nota 5 para o Kubica. Ora, para responder, digo isto: não acho que o Heidfeld tenha feito maravilas no circuito, aparte aquela ultrapassagem, e o polaco, apesar do erro no seu despiste, não andou a fazer piões a torto e a direito, como o Maffinha ou o Webber... e acabaram!


Agora, confesso que dou a mão na palmatória ao Rubinho. Podia ter-lhe dado mais um valor a ele, mas para isso, ele deveria ter feito uma boa prestação nos treinos, não é?




Enfim, as notas estão dadas, passemos para a Alemanha!

Super Aguri vai a leilão

Três meses depois da sua extinção, os bens da Super Aguri vão a leilão no próximo dia 31 de Julho, poucos dias depois do GP da Alemanha. A antiga equipa de Aguri Suzuki, que correu durante duas temporadas e meia e teve como principal piloto o japonês Takuma Sato, vai leiloar o que lhe resta, e pelo que Nick Fry andou a dizer em Silverstone: "Não deve restar muita coisa", se calhar deve ser isso mesmo.

Enfim... será uma excelente oportunidade para as equipas mais pequenas do plantel, e as que militam nas categorias de promoção, comprarem material pouco usado a muito bom preço, mas também para os adeptos da Fórmula 1, esta é uma ocasião quase única de adquirirem uma peça de colecção. Mas também o nome pode ser interessante, pois falou-se ontem que os espanhois Adrian Campos e Alejandro Agag podem não ter esmorecido o interesse de lançar uma oferta pelo direito de usar esse nome na próxima temporada...

Uma dica para os meus amigos estrangeiros!

Amigos... como sabem, pedi-vos na semana passada para votarem em mim no Super Blog Awards. Se tiverem inscritos, mas ainda não votaram no meu blog, simplesmente vão ao site da Super Bock, fazem o vosso login, e procurem pelo meu blog na categoria Desporto. Eu devo ser o 19º da lista...

Mas como sabem, tenho muitos amigos estrangeiros que gostariam de votar em mim, mas que não podem, porque na verdade, eles pedem uma morada em Portugal. De facto, há muitos campos de preenchimento obrigatório. aliás, só não vos pedem o sexo, o numero do Bilhete de Identidade e a data do vosso nascimento...

Então, eis as dicas. Nâo são ilegais, mas são imorais, eh, eh, eh...

- A primeira parte é fácil: nome, morada, o vosso password...



- A segunda parte é mais complicada, pois eles vos pedem o numero do vosso telemóvel (celular). Não se preocupem, pois são telemóveis... portugueses! Aqui temos três operadores: Vodafone, TMN e Optimus, que começam todos com os seguintes prefixos: 91 (Vodafone) 96, (TMN) e 93 (Optimus). O meu conselho é que usem estes numeros, que passarei a dar: 914171437. Este é o telemóvel da minha mãe, mas como ela, em termos de tecnologia, e uma info-excluida, e dá pouco uso, não terão problemas, pois sou eu que as trato...

- Outro problema é a morada. Seria simples dar a minha, mas desconfiariam demasiadas coisas vindas do mesmo sítio. Eu tenho uma boa dica, aliás, uma dica quase infalível: quando estudava em Coimbra, era normal haver muitas casas para alugar, e muita carta costuma parar nas caixas de correio dessas casas, sem resposta, porque os estudantes vão e vêm, raramente ficam mais do que um ano.

Então, a "morada conveniente" para vocês, será esta:


Rua de Moçambique, 139, C/V
3030-062
Localidade/Distrito: Coimbra

Na realidade, é a casa da minha avó, mas como ela está agora num lar, e está temporaraiamente desocupada, não há problemas, pelo menos, caso esse pessoal queira mandar os "newsletters"...

Mas também para evitar qualquer tipo de incómodos, é simples: quando vos pedem "Autorizo que os dados fornecidos sejam processados informaticamente e utilizados pela UNICER, SA para o envio de Informações de marketing e novos produtos", dizem simplesmente NÃO. E já agora, para evitar que a minha mãe seja bombardeada com SMS e MMS chatos da Super Bock, quando virem "Quero receber descontos, ofertas e acções promocionais da UNICER, SA e seus parceirosno meu telemóvel, via SMS/MMS", respondam também NÃO. Aliás, respondam NÃO a tudo que vos pedem, OK? Eu fiz isso, e tenho vivido em paz até agora...

Espero que vos tenha sido útil. Agora, toca a inscrever-se e a votar em mim. Força aí pessoal, preciso dos vossos votos!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Noticias: Brawn contra nova equipa

Nas últimas semanas, as noticias de uma nova equipa no pelotão em 2009, liderada pelo americano Ken Anderson, estão a causar algum desconforto na equipa oficial, com o seu director, Ross Brawn, a afirmar hoje que está contra essa nova equipa, caso tenha de usar recursos da Honda.

Segundo a edição desta semana do jornal português Autosport, Ken Anderson esteve em Silverstone a conversar com várias equipas, mas foi com a Honda que esteve mais tempo, no sentido de conversar com Nick Fry e Keita Muramatsu, o representante da casa-mãe que está agora a conduzir estas negociações.

E porque Ross Brawn está contra? Basicamente é o receio de que os recursos da marca se dispersem. Como é provavel que na nova equipa de Anderson, se venha a contar com os serviços de Takuma Sato, Brawn receia que a parte japonesa da equipa Honda de Fórmula 1 disperse os seus esforços, como aconteceu nos tempos da Super Aguri.

Mas Anderson apresenta como trunfo de que será apenas um cliente da Honda, pagando pelos motores - com o dinheiro da Honda América - não requerendo qualquer assistência técnica aos japoneses. Contudo, Anderson saiu de Silverstone sem qualquer garantia de que terá um motor Honda para 2009, o que o começa a deixar com muito pouco tempo para organizar tudo, pois no final de Julho, as equipas terão que formalizar as suas inscrições para a próxima temporada.

Claro, também se pode pensar noutra coisa, que é a reputação. Se no ano passado, a Super Aguri, com um carro do ano anterior emprestado e sem dinheiro para testar batia regularmente a Honda oficial... como seria agora, com uma equipa mais apretrechada? É mais isso que Ross Brown teme, e não tanto uma eventual dispersão de esforços. Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos...

A péssima atitude de Kimi Raikonnen

Que o "Iceman" seja uma personagem fora do vulgar mesmo entre os pilotos de Formula 1, isso se sabe. Que por vezes ele tenha um mau feitio, isso sabia, mesmo antes do incidente de ontem, antes do GP de Inglaterra. Nos minutos que antecediam a corrida, um dos fotógrafos chegou-se perto demais dele, e acto contínuo, empurrou-o.




Só que o fotógrafo que ele empurrou não era um "paparazzi" qualquer. Era Paul-Henri Cahier, um dos fotógrafos míticos da formula 1, com mais de quarenta anos e cobriu centenas de Grandes Prémios. O seu pai, Bernard Cahier, é outro fotógrafo mítico, que acompanhou a Formula 1 por mais de 50 anos.


Se quiserem ver o seu site, carreguem aqui, e podem ler logo na primeira página, um press-release com a sua versão dos acontecimentos.


E para finalizar: tendo ou não razão em fazer aquilo, não se deve fazer tal coisa, pois é uma personagem pública, e as suas acções, por mais irrelevantes que sejam, serão sempre sancionadas pelos que vêm. E mesmo que tenha razão, ele comportou-se naquele momento como um idiota.

O piloto do dia - Jo Schlesser

Os anos sessenta foram muito deprimentes para o automobilismo francês. Não tanto em termos de equipas, pois em 1967, surgiu a Matra, pelo menos na categoria máxima, e existiam nas categorias inferiores preparadores como Gordini. Era em relação a pilotos que se poderia falar em "depressão", pois depois da morte de Jean Behra, em 1959, e da retirada de Maurice Trintignant, em 1964, pouca coisa havia.

Em 1967, acompanhando a entrada da Matra, apareceu Jean-Pierre Beltoise, mas era ainda muito jovem e algo inexperiente. Assim sendo, outras esperanças estavam viradas para pilotos como Guy Ligier, e o seu melhor amigo na marca, Jo Schlesser. É dele que vou falar hoje, no dia em que se comemoram os 40 anos do seu acidente fatal.

Nasceu Joseph Schlesser em Lionville, a 18 de Maio de 1928 (teria 80 anos se fosse vivo), mas cedo emigrou, com os pais, para a ilha de Madagascar. Em 1946, com 18 anos, volta a França para estudar Engenharia Mecânica em Nancy, e algum tempo depois, foi trabalhar numa fábrica, para aprender mais sobre o oficio. Com o tempo, começa a interessar-se pelo automobilismo, e aos 24 anos (uma idade muito tardia), começa a correrm no Rally Lorraine, a bordo de um Dyna-Panhard.

Pouco tempo depois, volta para Madagascar, e inicia durante um bom tempo uma série de viagens entre aquele ilha africana e a França, correndo quando estava de férias, na Europa. Tinha fama de rápido, mas era muito propenso a acidentes. começou a correr num Triumph TR2, mas depois de um acidente com um Ferrari (caiu de uma ravina...), decide ser piloto profissional.

Compra um Formula 3 ao americano Harry Schell, e corre nas pistas do seu pais, com alguns bons resultados, mas os acidentes não o largam. Em 1961, tem um acidente grave ao treinar-se para as 24 Horas de Le Mans, e fica fora de combate por alguns tempos. Em 1963, junta-se a um compatriota seu, ex-jogador de rugby e homem de negócios bem sucedido no sector da construção civil e como ele, começou a pilotar tarde em automóveis: Guy Ligier.


Em 1964, recebe um convite para correr nos Estados Unidos, em algo que se viria a chamar mais tarde de... NASCAR. Os resultados foram algo modestos, e no final do ano, regressou à Europa. No ano seguinte, foi correr de Formula 2, com alguns bons resultados, e alguns acidentes. Mas com quase 40 anos, não desistia do sonho de ser piloto de Formula 1. Em 1966, aproveitando o facto dos pilotos de Formula 2 poderem participar no GP da Alemanha ao mesmo tempo que os da Formula 1, estreou-se com um Matra, termonando na décima posição. No ano seguinte foi a mesma coisa, mas nessa ocasião não terminou a corrida.

Em 1968, Schlesser iria fazer 40 anos, mas era popular, e não tinha desistido de correr na categoria máxima, a tempo inteiro. Quando a Honda lhe convidou para estrear o RA302 em Rouen, num golpe publicitário para impulsionar as vendas da marca (o próprio Sochiro Honda estaria lá para assistir à corrida), ele aceitou sem hesitar.

Mas o convite era um presente envenenado. A Honda tinha dificuldades em desenvolver esta versão, muito pesada, muito lenta e muito instável. Para mais, o magnésio, além de ser leve, era inflamável. Em suma, era uma bomba com rodas e um volante... Nos treinos, Schlesser sofre com o carro, e consegue um tempo sete segundos mais lento que o de Jacky Ickx, o "poleman". Mas o francês estava confiante, pois conhecia bem a pista.


Na corrida, Schlesser parte bem, conseguindo ganhar uma posição, mas foi sol de pouca dura. No inicio da terceira volta, quando o carro chega à zona de Six Fréres, perde o controlo e embate no barranco, causando imediatamente um incêndio. Quando os bombeiros conseguem apagar o fogo, vinte minutos depois, Jo Schlesser, de 40 anos, estava carbonizado, sem vida.

Foi um acidente que chocou muitos. Em França, a sua morte foi sentida, por ser um piloto popular. A Honda, que tinha apostado nele para andar com o seu novo carro, decidiu retirar-se das pistas, como equipa, no final da temporada, voltando apenas 15 anos depois, mas somente como fornecedora de motores. E quando o seu melhor amigo, Guy Ligier, viu o que se passara com Schlesser, a cinco dias do seu 38º aniversário, decidiu que era altura de abandonar a competição e passar para o lado do construtor. Em sua memória, todos os Ligier que construiu até aos nossos dias são baptizados de JS, as iniciais de Jo Schlesser.

Hoje em dia, o seu nome é também lembrado devido aos feitos do seu sobrinho, Jean-Louis Schlesser. Embora tenha feito grande parte da carreira nos Todo-o-Terreno, mais especialmente no Paris-Dakar, onde venceu por duas vezes, através dos "buggys" construidos na sua oficina, também teve participações na Formula 1, a mais famosa das quais quando se envolveu com Ayrton Senna na última volta do Grande Prémio de Itália, perdendo a corrida a favor de uma dobradinha da Ferrari...

GP Memória - França 1968

Em 1968, a Formula 1 chegava à sua metade, e se no inicio se pensava que seria um passeio no parque para Graham Hill e o seu Lotus 49, as coisas não se estavam a passar assim, pois Jackie Stewart, regressado depois de duas corridas de ausência devido a um acidente onde se lesionou no pulso, tinha ganho na Holanda e mostrava luta contra o Lotus de Hill e os McLaren do Bruce e do Denny...

O GP de França desse ano era no circuito de Rouen - Les Essarts, um circuito de estrada rápido, com "esses" a descer e um gancho um pouco apertado. Depois de uma experiência em Le Mans, no ano anterior, voltaram a Rouen, na politica de rotatividade entre dois circuitos então existente.

O pelotão da Formula 1 sofria algumas alterações em relação à corrida de Zandvoort, duas semanas antes. A Cooper contrata o inglês Vic Elford e o francês Johnny Servoz-Gavin, para substituirem Brian Redman (ainda a recuperar ods ferimentos nos 1000 km de Spa-Francochamps) e o italiano Ludovico Scarfiotti, morto um mês antes.


A Honda, por seu turno, estreia aqui em Rouen o RA301, aparentemente mais potente e refrigerado a ar, construido em magnésio, um material mais leve, mas volátil. John Surtees testara o carro, mas não quis correr com ele, afirmando que precisaria de mais testes. Como Sochiro Honda, fundador e patrão, estava em França para assistir à corrida, os responsáveis da marca pediram ao veterano Jo Schlesser, de 40 anos, para que o experimentasse. Schlesser conseguiu qualificá-lo no 16º posto.

Entretanto, nos treinos, os incidentes aconteciam. Jackie Oliver, o segundo piloto da Lotus, teve um forte embate contra um poste telegráfico, e o seu Lotus 49 ficou muito danificado, impedindo-o de correr. Quando foi a hora de definir a grelha, o melhor foi o Brabham do austriaco Jochen Rindt, que conseguia aqui a sua primeira-pole-position da sua carreira. Ao seu lado tinha o Matra de Jackie Stewart e o Ferrari de Jacky Ickx. Denny Hulme era o quarto, Chris Amon o quinto, Bruce McLaren o sexto, e Graham Hill era apenas o nono da grelha.

Na largada, corrida sob ligeira chuva, Ickx decidiu calçar pneus de chuva, enquanto que os outros corriam com pneus intermédios. Assim, o piloto belga terminava a primeira volta logo na liderança. A seguir a Ickx vinham Rindt, Stewart e Surtees, no seu velho Honda. Tudo corria bem até ao inicio da segunda volta, quando o Honda de Jo Schlesser chega à uma zona de curvas rápidas e a descer, chamada Six Fréres. Nessa zona, perde o controlo do seu carro, bate na mureta, e carregado de combustível, explode e arde até nada restar dele, e do seu piloto. Schlesser era o quarto piloto a morrer em três meses, depois de Jim Clark, Mike Spence e Ludovico Scarfiotti.



Indifierentes ao drama, os pilotos continuaram a correr, com Rindt a ter de ir à boxe devido a um furo causado por um pedaço do Honda de Schlesser. Stewart tomou conta do segundo lugar, mas foi ultrapassado pelo honda de Surtees, que por sua vez, foi ultrapassado pelo BRM do mexicano Pedro Rodriguez. Na volta 19, Ickx despista-se e cai para terceiro, ultrapassado por Rodriguez e Surtees, mas em pouco mais de duas voltas, regressa à liderança, para não mais a largar.

Na volta 53, Rodriguez parou nas boxes devido a um problema de caixa de velocidades, deixando Surtees à vontade na sua segunda posição, embora teve que mudar de óculos, pois estes ficaram lascados devido a um pedra atirada por um retardatário.

No final da corrida, Jacky Ickx, na sua nona corrida da carreira, vence o seu primeiro Grande Prémio, e é também o primeiro de um piloto belga na história da Formula 1. Surtees é segundo, no seu Honda, mas os responsáveis da marca ficaram chocados com o acidente mortal de Schlesser, e decidiram mais tarde retirar-se de competição. Stewart foi terceiro, e o Cooper de Vic Elford, com o seu quarto lugar, entra no restrito clube dos pilotos que pontuaram no seu primeiro Grande Prémio. Denny Hulme e o BRM privado de Piers Courage fecharam os lugares pontuáveis.

Fontes:


A capa do Autosport desta semana

Era inevitável, não é? A serenata à chuva de Lewis Hamilton em Silverstone tinha que valer a capa do jornal Autosport desta semana... em dia de Formula 1, naquele que foi provavelmente a melhor corrida deste ano, até agora, a vitória de Hamilton significa algo extraordinário: um campeonato equilibradíssimo, com uma liderança tricéfala, e o quinto classificado está somente a 10 pontos do primeiro, tudo isto com metade do campeonato disputado!


Mas também há espaço para outros assuntos, como a primeira vitória em monolugares de António Felix da Costa, o Formiga, que com 16 anos e apenas oito provas em monolugares, ganhou a sua primeira corrida de formula Renault no circuito alemão de Oberschleben. E por fim, fala-se do SATA Rali Açores, ganho por Bruno Magalhães.


Enfim, mais razões para comprar e ler o jornal, sem ser os DVD's que anda a oferecer...

IRL - Ronda 11, Watkins Glen

O piloto americano Ryan Hunter-Reay foi o grande vencedor da etapa de Watkins Glen da IndyCar Racing, que decorreu esta noite, numa corrida onde o lider Scott Dixon, se viu envolvido num acidente com o Penske de Ryan Briscoe, caindo na classificação e acabando no 11º lugar final.



O incidente ocorreu na volta 41, quando os dois pilotos disputavam a liderança, provocando a amostragem de bandeiras amarelas. Reay, que era quarto, atrás do inglês Darren Manning, mas que ainda não tinha ido às boxes, aproveitou para ficar na liderança, quando este foi à box, dez voltas mais tarde. Mesmo assim, Manning terminou a prova na segunda posição.





A vitória de Hunter-Reay deu à Rahal-Letterman Racing a sua primeira vitória desde a corrida de Michigan, em 2004, altura em que Buddy Rice foi o vencedor. A completar o pódio, ficou o brasileiro Tony Kanaan, que fez uma corrida heróica, já que correu em inferioridade física, devido a um pulso magoado num durante um acidente no "warm up" da manhã.





Quanto às duas mulheres no pelotão, a venezuelana Milka Duno desistiu na volta 45, devido a uma colisão com o carro de A.J. Foyt IV, sem consequências de maisor para ambos. Já Danica Patrick acabou num modesto 14º lugar, depois de um incidente nas boxes, onde falhou a sua entada na box e atingiu um pneu, partindo o bico e obrigando a dispender tempo extra.





No campeonato, o neozelandês Scott Dixon, da Chip Ganassi, continua a liderar, com 370 pontos, seguido pelo brasileiro da Penske, Helio Castroneves, com 322. A próxima etapa será este Sábado à noite, na oval de Nashville, Tennesee.

domingo, 6 de julho de 2008

Formula 1 - Ronda 9, Silverstone (Revista da Blogosfera)

E numa corrida tão imprevisível como o Verão britânico, tudo aconteceu nesta corrida. O regresso de Lewis Hamilton, o desaparecimento de Felipe Massa, o inédito pódio de Rubens Barrichello (o primeiro desde 2005), e a disputa pela liderança do campeonato, que está ao rubro, com três lideres empatados na liderança, tudo isso foi escrito na Blogosfera na forma que vos mostro a seguir:

- Corridaça na chuva, disparada a melhor do ano até aqui. Vitória acachapante de Lewis Hamilton, que ganhou com praticamente uma volta de vantagem para todo mundo.

(...)

- Redentora, também, a corrida de Rubens Barichello. Ao lado de Lewis, o nome da corrida. Executou com maestria a estratégia de Ross Brawn, por algumas voltas voou na pista – quase 10s mais rápido que o resto – e fez uma impressionante escalada do nono para o segundo lugar em cerca de dez voltas. Quando a pista começou a secar, voltou aos boxes para trocar pneus e garantir o pódio na terceira posição. Tivesse continuado a chuva forte, Barrichello poderia ter vencido a prova. Espetacular.

(...)

- Mas em volume de erros, ninguém superou Felipe Massa hoje. Cinco rodadas numa corrida vergonhosa e irreconhecível, na qual permaneceu a maior parte do tempo em último lugar, posição na qual terminou o GP.

- O brasileiro, contudo, saiu no lucro hoje. A vitória ficou com Hamilton, o que estava mais distante dele na tabela entre os postulantes ao título, a Ferrari errou, tirando pontos preciosos de Kimi, enquanto Kubica rodou e abandonou. Ter saído de Silverstone ainda líder do campeonato depois de uma corrida vexatória como essa foi praticamente uma vitória.

(...)

- Tríplice empate na liderança do campeonato, com Hamilton, Felipe e Raikkonen com 48 pontos. Kubica está pertinho, com 46. Atingida a metade da temporada, o título está totalmente indefinido. A Ferrari tem o melhor carro e deveria estar na liderança, com alguma folga até. Mas considerando o nível de erros dos italianos – inaceitável para uma equipe de ponta –, não duvidaria até de um título da BMW, ainda que seja improvável.

- A segunda metade do campeonato vai esquentar... Hamilton está de volta!

Ivan Capelli, Blog do Capelli



Num dia tipicamente inglês, Silverstone virou Las Vegas e o Grande Prêmio da Inglaterra virou uma grande roleta-russa e a bolinha do vencedor acabou caindo para o “Prata 22”. Depois de duas corridas desastrosas, Lewis Hamilton vem provando cada vez mais que é o melhor piloto da F1 atual debaixo de chuva e na frente dos seus torcedores, que já começavam a duvidar de suas capacidades, venceu com mais de um minuto de diferença e re-assumiu a liderança do campeonato, com os dois pilotos da Ferrari empatados com ele.


Muito se falou que o fim do controle de tração não traria tanta diferença assim para a F1, mas no ponto mediano do campeonato, o fim do aparato eletrônico trouxe muitas emoções para as provas da categoria. E quando chove então... (...)

João Carlos Viana, in jcspeedway


Pitacos da Corrida

(...)

- Rubens! Rubens! Rubens!

- Vou ter que comer "O Segredo" inteirinho, ao molho inglês. Barrichello foi o ÚNICO que não apareceu nenhuma vez fora da pista.

- Boas corridas para Alonso e Piquet. Especialmente para o segundo, que errou mas teve o gostinho de dar mais um passão no Alonso.

- Kubica errou, milagre!

- Massa, o que dizer? Vergonha! Jogou fora toda a moral que já tinha conseguido durante o ano. Vai ser difícil explicar.

- O melhor campeonato dos ultimos 10 anos.

- Dos últimos 15. Pronto, falei. Schumacher estragava a Formula 1.


Jorge Pezzolo, Blog do Pezzolo


O Grande Prêmio da Inglaterra foi, com sobras, a melhor corrida do ano até aqui. Depois de errar no sábado, Lewis Hamilton fez uma corrida perfeita e venceu com absoluta autoridade, com mais de um minuto de vantagem para o segundo colocado Nick Heidfeld. Aproveitando-se do festival de bobagens e saídas de pistas, Rubens Barrichello usou a experiência para conseguir um impressionante terceiro lugar. Já Felipe Massa teve um dia para esquecer: rodou pelo menos cinco vezes e terminou em último.


Gustavo Coelho, Blog F1 Grand Prix



From Zero to Hero



Mais de 150 mil pessoas explodiram em júbilo no circuito de Silverstone quando Lewis Hamilton cruzou a linha de chegada e se tornou o 12° britânico a vencer o GP da Inglaterra. Foi o final perfeito de uma corrida épica: crucificado pela imprensa local, o piloto da McLaren não cometeu um único erro em condições dificílimas e reassumiu a liderança do Mundial. Um final feliz para uma via crúcis que era triste de assistir.


Erros, aliás, que sobraram na corrida de ontem. Ao todo, foram 17 rodadas, sem contar escapadas de pista ou mesmo toques involuntários entre pilotos. Sim, as condições climáticas da Inglaterra não ajudaram. O cenário da prova era o ideal para causar pesadelos nos estrategistas da equipe: asfalto molhado que vai secando; depois uma rápida pancada de chuva forte mudou tudo, mas a pista volta a secar no final.



Mas esta comédia de erros não pode ser justificada apenas por isto. Até porque houve quem só acertasse na corrida. Como Hamilton, cujo único susto foi uma aquaplanagem em que o carro logo foi controlado. Como Nick Heidfeld, que manteve sua BMW Sauber na pista o tempo todo e foi premiado com um segundo lugar por isso. E como Rubens Barrichello.

O brasileiro fez uma das melhores apresentações de sua carreira. Antevendo a chuva, ele carregou o carro de gasolina e fez um grande início de prova. Quando o aguaceiro chegou, Barrichello aquaplanou e quase bateu. Foi o sinal para chamar a equipe pelo rádio e pedir pneus de chuva extrema. A partir daí, o carro branco e verde passou a voar pela pista. Nem mesmo uma parada extra no final, para adequar a borracha a uma pista que secava, impediu o improvável pódio de um carro da Honda.


(...)

Agora que o Mundial 2008 chega em sua metade a situação é de equilíbrio total. Hamilton, Raikkonen e Massa têm 48 pontos e Robert Kubica, que não pontuou ontem, soma 46. São números que reforçam a quantidade de erros cometidos por todos neste ano. Para se ter uma idéia, no ano passado, o líder após nove corridas era o mesmo Lewis Hamilton. Mas ele tinha 70 pontos.


Luiz Fernando Ramos, Blog do Ico



O pódio correcto do GP de Inglaterra seria, Hamilton, Ross Brawn e Barrichello, se bem que o Heidfeld não fica lá mal, desta vez fez uma grande corrida.O Hamilton fez esquecer todas as infantilidades que tinha feito até agora, sendo magistral em condições onde todos os seus adversários foram sofríveis. Só não é o herói do dia porque hoje houve outro inglês que brilhou mais alto, ainda que nas boxes, Ross Brawn.

O director da Honda foi capaz de pegar num carro que já está dado como morto, desenterrar um brasileiro que já tinha sido aposentado e colocar ambos no segundo lugar do pódio. Estou convencido que só não ganham a corrida porque S. Pedro não deu mais cinco minutos de chuva, senão...

Na Ferrari se não estão, então deviam estar todos a invejar o Barrichello, não pela velocidade deste, que com aquela idade já não é muita, mas pelo facto de ter nas boxes, a preparar-lhe a estratégia de corrida alguém que percebe realmente de F1. Começa a ser inadmissível a inabilidade da equipa para desenhar uma estratégia que pelo menos mantenha os dois carros nas posições que conquistaram na qualificação, já nem peço para ganharem lugares. Que saudades de ver o Ross Brawn vestido de vermelho.

Fica no entanto a ressalva para o que se passou hoje com o Massa, pois sair de pista ou fazer piões com aquela frequência numa única corrida, não há nenhum Brawn nem qualquer outro engenheiro de corrida que consigam solucionar. Talvez um exorcista ou um bruxo consigam extrair o espírito de vaca louca que encarnou hoje no Massa, senão mais vale aproveitar a época de festas de verão e enviar o brasileiro para uma digressão de gincanas e provas de perícia por esse país fora. A fazer piões daquela maneira, passem-lhe um Mini para as mãos e é vê-lo a contornar mecos no parque de feiras lá da aldeia.



AC, Blogtorsport


Dos nombres brillaron por encima del vencedor del GP Británico. Se trata de una dupla que repite éxitos del pasado pero ahora en una (H)onda ecológica. Rubens Barichello y Ross Brawn demostraron que la calidad, el esfuerzo y la inteligencia pueden superar muchos obstáculos.


Un triste Honda en buenas manos y con una estrategia arriesgada logró salir 16to y alcanzar un merecidísimo podio; digno de un héroe. Un tercer lugar con sabor a victoria para el team anglo-nipón, que da una sensación de alivio tanto para el personal como para su primer piloto, quien seguramente estará un año más vistiendo de verde y blanco.



Rubinho se merecía volver al lugar del cual no debió salir; el podio. Fueron más de 3 años en las sombras, justamente a las que Brawn y Todt lo enviaron a final de 2005, cuando ya no era indispensable en Maranello. Sin duda, es el mejor piloto bajo la lluvia de los últimos 15 años. (...)



Nuvolari, El Blog de Nuvolari (Ven.)

Formula Renault - Formiga fica em segundo

Depois de ontem, António "Formiga" Felix da Costa ter conseguido a sua primeira vitória em monolugares, no circuitio alemão de Oberschleben, hoje, na segunda corrida da jornada dulpa no circuito alemão, o piloto português conseguiu outro pódio, ao terminar na segunda posição.


Largando do quarto lugar da grelha, Felix da Costa chegou rapidamente ao segundo posto, mas passadas as primeiras voltas, verificou que não poderia alcançar o lider, e futuro vencedor, o dinamarquês Johan Jokinen.

No final da corrida de hoje, Felix da Costa fez o balanço de um fim de semana memorável para a sua carreira:


O saldo do fim-de-semana foi muito positivo, tendo disfrutado bastante da minha primeira vitória no campeonato. Passei para o 2º lugar da geral e aumentei o avanço pontual sobre o 3º classificado, pelo que vou com boas perspectivas para a próxima corrida. A minha equipa, a Motopark, esteve mais uma vez à altura, tendo trabalhado muito para que eu conseguisse aqui a minha primeira vitória neste competitivo campeonato”.


Com este resultado, António Felix da Costa conseguiu alcançar o segundo posto da classificação geral, e consolidou a liderança na categoria de "Rookie do Ano". A próxima jornada dulpa será no circuito holandês de Assen, nos dias 2 e 3 de Agosto.