domingo, 31 de dezembro de 2017

Sobre o ano que passou

Não tenho motivos de queixa de 2017. Bem pelo contrário: até que consegui alguns feitos para mim. Não creio que conheça pessoas - pelo menos próximas de mim - que digam que num ano, publicaram um livro e conheceram um dos seus ídolos. A mim, isso me aconteceu, e honestamente, eu olho para trás sobre esses momentos e fico a olhar de espanto, a pensar "como é que isso aconteceu".

No final, teve a ver com duas coisas: trabalho e sorte. Muitos dizem que um não acontece sem o outro, e de uma certa maneira, é verdade. Mas aquilo que vos digo é para que a sorte aconteça, tem de se preparar muito bem. E claro, por trás de um sucesso podem estar muitos fracassos. É sempre assim, acreditem.

No dia de Natal, eu disse que estava feliz por ter concretizado um dos meus sonhos. Escrever um livro era uma velha aspiração minha, mas para chegar lá, deu trabalho. E aconteceu por acaso, uma sorte de uma noite sem dormir, algures em fevereiro. Quase das últimas coisas que andava a ver antes de desligar o computador. Uma coisa levou a outra e quatro meses depois, em julho, tinha o livro publicado.

Em setembro, outra casualidade me deu para cruzar com um dos meus ídolos automobilísticos. Um desfile de carros que foi encurtado devido à chuva, e que me fez andar mais cedo para casa. Gosto de automóveis, e sabia que o Ari Vatanen iria ser a cabeça de cartaz do (agora habitual) Leiria Sobre Rodas. Não consegui ir vê-lo nas ocasiões que era para ter acontecido, e de uma certa forma, já tinha esquecido da ideia, até ter visto o Jeep que estava exposto do estádio, com um carro-patrulha a escoltá-lo. Não liguei dois mais dois naquele instante, mas depois de bater a foto, é que reparei que tinha na minha frente algo que não esperava, de todo.

E claro, aproveitei. Foi um momento inesquecível. E ao contrário ao ditado, foi uma jóia de pessoa. Espero que venha cá mais vezes, e tenha mais oportunidades como esta.

No final, é isto: saio contente de 2017, mesmo não tendo muitas expectativas. Vejo isto como o começo de algo novo, do qual espero que venham coisa melhores no ano que vêm. Desejo ver concretizados alguns velhos sonhos meus, desejo fazer mais coisas, ver algo novo, ver mais os meus amigos, ver novas paisagens. E continuar a fazer as coisas que mais gosto, ter saúde para fazê-los.

E no final, lembro-me da Bolinha. A cadelinha da nossa familia que nos deixou este ano, algo de repente, no passado mês de agosto. Foram 14 anos de convívio do qual só tenho coisas boas para dizer. O nosso animal de colo, mimada por todos nós, e do qual temos muitas saudades. É por isso que a foto dela está ali em cima.

E é só isso. Bom 2018 para todos vocês! 

Tecnologia ou emoção?

Não era algo do qual queria escrever no final do ano, mas por estes dias dei de caras com um artigo da revista americana "Popular Mechanics". Ali, discutia-se sobre como é que a Formula 1 iria lidar com os carros elétricos e a tecnologia subjacente. Houve entrevistas com Ross Brawn e Toto Wolff sobre essa matéria, e ambos diziam que a ideia da Formula 1 se tornar eletrica estaria fora de questão para a próxima década.

Contudo, o artigo também falou de outra coisa. Primeiro que tudo, uma declaração de Wolff, o diretor da Mercedes: "A Fórmula 1 é um espetáculo audiovisual. Nós precisamos ficar chocados com a velocidade dos carros, ao olhar para eles e [também] pelo som dos motores". E segundo, a revista fala sobre um dilema: manter a tecnologia e fazer da competição em espectáculo caro, ou para embaratecer a competição, deve-se abdicar da ideia do avanço tecnológico em favor de um espectáculo puro e duro, agora que a Formula 1 está a ser governada por uma firma americana, a Liberty Media?

Eis um excerto do artigo, que coloca essa questão desta forma:

"Os motores híbridos [V6 Turbo] definitivamente trazem a inovação, mas eles são um pouco curtos em termos de emoção sensorial.

'Essa é a coisa embaraçosa', diz Ross Brawn, diretor-gerente de automobilismo da Fórmula 1, mais tarde naquele dia, num quarto de hospitalidade hermeticamente branco, dois edifícios e uma estrada mais adiante do circuito. "Todo mundo lembra o quão alto os carros costumavam soar". Outro V-8 grita na pista, seu som agudo entra no nosso santuário com ar condicionado, enquanto ele lança um sorriso. Brawn, que trabalhou com carros de Formula 1 desde o final da década de 1970, lembra um tempo onde se soava bem alto. "Nós costumávamos ter motores [cujo som] nos magoava os ouvidos", diz ele. Então, os híbridos chegaram e, "de repente você poderia conversar normalmente ao lado deste motor", ele diz.

Isso sugere questões existenciais para a Fórmula 1: no nosso futuro ambientalmente amigável, a série de corrida mais avançada do mundo ainda impulsionarão as inovações que impulsionam nossos carros de estrada, ou se tornarão em desporto puro, com o entretenimento como único objetivo? Ou poderia um campeonato totalmente elétrico ultrapassar a Formula 1 como o laboratório mais veloz do planeta Terra?"

Desde a primeira corrida de sempre, em 1894, que a tecnologia e a competição estiveram sempre de mão dada. Para conseguirem superar a concorrência, os construtores usaram sempre inovações nos carros que mais tarde colocariam nos seus carros de estrada, que apresentariam aos seus clientes, para efeitos de segurança, conforto e mobilidade. Um bom exemplo foram os travões (freios) de disco, usados pela Jaguar nas 24 horas de Le Mans de 1955, bem mais eficazes do que os travões de tambor que eram usados nos outros carros. 

Mas qualquer nova inovação trazia algo que poderia ser batizado de "unfair advantage", mas tal coisa seria sempre superada por outra do qual a concorrência arranjaria sempre maneira de superar, ou ficar na frente. Sempre foi assim ao longo do século XX. E a Formula 1 foi o laboratório por excelência dessa inovação tecnológica, apesar das crescentes regras que apertaram a possibilidade de inovação. 

É sabido que em 2021 irão aparecer novas regras na Formula 1, e as ideias passam por uma maior simplificação dos motores. Ter apenas um sistema de regeneração de energia, seja ele um MGU-K ou MGU-H, e também uma forma de aumentar o ruído dos motores, causa de imensas queixas desde 2014, altura em que os motores V6 Turbo foram introduzidos.

E é aí onde quero chegar: o fã de hoje em dia não quer saber de que tecnologia vai ser colocada no seu carro do dia-a-dia. Como é regido por emoções, deseja algo que lhe faça arrepiar, e acha que o ruído ensurdecedor dos V8 seria melhor, afirmando ser "a essência da Formula 1". Ler as caixas de comentários das redes sociais não é a melhor politica, mas há quem ainda chore pelos V10 e V12 atmosféricos, dizendo que os tempos de há 25 anos eram os melhores e que agora é tudo "nutella", usando a linguagem dos nossos dias.

Contudo, não quer saber que fora do seu casulo, está a acontecer uma revolução lá fora. Os carros elétricos são uma realidade, várias marcas fazem modelos para a estrada e já se contam por mais de três milhões os carros elétricos a circular nas estradas de todo o mundo. Apesar de ser uma minoria, toda a gente sabe que em 2018 surgirão modelos como Tesla Model 3 ou o Jaguar-I-Pace, carros que chegarão à classe média. A Tesla quer vender meio milhão de carros neste ano que vai entrar e é capaz de chegar a esse ponto.

Mas o fã não quer saber disso. Acha a Formula E uma "farsa", apesar de não querer saber que vão entrar oito marcas na competição, e que menospreza o seu barulho, comparando-os a liquidificadores. Ainda acha que esses carros são lentos, tem pouca autonomia e que em três anos, as suas baterias estão totalmente desgastadas. E que estão a ser obrigados a fazer por ordens governamentais. Nada mais longe da verdade, mas isso só demonstra que a sua mente parou algures em 1976.

E chegamos a este ponto, do qual provavelmente Ross Brawn e a Liberty Media deverá estar a pensar com os seus botões: a Formula 1 deve abdicar da tecnologia em favor do espectáculo?

Se formos ver bem as coisas, na América, as competições automobilisticas favorecem o espectáculo a favor das tecnologias. Os carros são semelhantes - vide a IndyCar e a NASCAR - e a tecnologia é tão igual que não permite muito desenvolvimento. Aliás, este está muito, mas muito limitado, porque querem que haja equilibrio entre pilotos. Querem uma prova decidida na última curva da última volta da última corrida do campeonato, ou seja, querem Interlagos 2008 a cada duas semanas, mas nem sempre isso acontece. Contudo, eles sabem que é isso do qual fazem com que as pessoas discutam isso na segunda-feira de manhã, e provavelmente venda mais carros da marca vencedora.

Avanços tecnologicos ou de aerodinâmica não existem. É verdade que poupam nos engenheiros e nos projetistas, mas a ideia do automobilismo como mesa de ensaio, acabou. E de uma certa forma, não ficaria admirado que é isso que eles desejam. Só que há certas coisas que a Formula 1 tem que essas competições já não. As equipas constroem o seu chassis, por exemplo, e algumas equipas gostariam de construir os seus motores, nem que seja por uma questão de orgulho. São linhas vermelhas dos quais ninguém quer ultrapassar.

Mas se a Liberty Media decidir que a Formula 1 deve abdicar progressivamente da tecnologia para dar lugar ao espectáculo, de uma certa forma, está a dar razão aos espectadores. Mas reparem nisto: boa parte dessas pessoas (e isto vem de um estudo de 2014) tem em média 35 anos, e tende a envelhecer. A migração da Formula 1 para canais fechados e temáticos cortou o cordão a uma geração mais nova, e para mais, começa a olhar para os carros elétricos como algo bom e está crescentemente a hostilizar os MCI (motores de combustão interna). E vocês sabem que as pessoas envelhecem e morrem, para dar lugar a uma nova geração, que não tem mais os pensamentos da geração anterior.

De uma certa forma, privar a Formula 1 do seu futuro poderá significar que correrá o risco de desaparecer numa ou duas gerações, porque os gostos mudam. A nova Formula E poderá ser a competição onde se pode albergar a tecnologia? Pode, mas por agora não. Os chassis e as baterias são iguais, embora haja liberdade nos "powertrains", onde poderão usar nos carros de estrada, que progressivamente serão mais velozes, mais potentes e as baterias serão mais duráveis. E mesmo a ideia de que os carros param a meio das corridas para fazerem uma troca de chassis, vai acabar em 2019, quando surgirem os novos chassis e baterias da competição, que terão de aguentar toda a corrida.

E ainda poderá aparecer outra competição onde a tecnologia poderá ter um papel importante. A RoboRace pode ser um "sideshow" à Formula E, mas o propósito é revolucionário: um carro autónomo a dar voltas a um circuito, tentando completar num tempo progressivamente mais veloz do que um carro humano. Dados os avanços recentes na tecnologia dos carros autónomos, feitos por empresas como a Tesla, Apple, Google e outros, esta competição poderá ser o berço de algo que poderá fazer avançar a tecnologia bem dentro do século XXI, dando os avanços necessários em relação à condução e à segurança. Apesar dos fãs torcerem o nariz, a ideia é apeladora.

A tecnologia no automobilismo continua a ser essencial, e vai fazer sempre parte dela. Contudo, a ideia de que certa competição tenha de ser a tal, isso poderá sempre mudar. Agora, o risco de transformar algo vibrante a algo irrelevante é o risco que se corre. Vivemos tempos interessantes de se seguir, isso é verdade, e a Formula 1 está no meio disto.

sábado, 30 de dezembro de 2017

Formula 1: Stroll afirma ter tido "um ótimo ano"

Lance Stroll não se queixa da sua primeira temporada na Formula 1. E aos críticos, disse-lhes que o problema é deles. Numa entrevista ao site Motorsport.com., o piloto de 19 anos afirmou que as suas performances o deixaram satisfeito, ele que conseguiu um pódio em Baku como melhor resultado e batendo um recorde como o mais jovem de sempre nessa situação.

Foi um ótimo ano. Definitivamente, tivemos alguns ótimos resultados, quebramos alguns recordes”, começou por dizer. “Estou olhando hoje para onde fiquei na classificação, com os 40 pontos que marquei. Se pudesse ter assinado para isso no começo do ano, na minha temporada de estreia, definitivamente teria dito sim”, continuou.

Claro que há coisas que temos de trabalhar ao longo do inverno para chegar mais forte e melhor na próxima temporada. Apenas uma maior experiência vai ajudar. Mas, para uma temporada de estreia, estou muito feliz com a maneira como foi”, concluiu.

Contudo, a sua temporada não foi isenta de criticas por parte de pessoas como o seu compatriota Jacques Villeneuve, que o classificou como "um dos piores estreantes da história", apesar de depois ter dito que as suas performances melhoraram ao longo da temporada.

Sem querer dar nomes, Stroll menosprezou os criticos: Se as pessoas não querem enxergar isso, problema delas”, disparou. “Nunca fiz nada para provar que alguém estava errado. Fiz por mim, e é isso o que me motivou durante tempo. Não é para provar que alguém esteja errado. É provar a mim mesmo que sou capaz de ser o melhor que posso ser e fazer um bom trabalho no que eu faço. Para mim, não muda nada. Sou a mesma pessoa que fui há oito meses, quando estava atravessando momentos difíceis”, comentou.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

A imagem do dia

Já se passaram quatro anos desde que Michael Schumacher teve o seu acidente de ski nos Alpes franceses. Desde então se sabe que há um manto de silêncio sobre o seu estado de saúde por parte da sua familia. Mesmo que não existisse nada disto, e apesar das pessoas querem ter esperança numa melhoria do seu estado de saúde, é quase como se toda a gente estivesse à espera de um milagre.

Quem conheceu as circunstâncias do seu acidente e a gravidade da sua situação, sabia-se que uma recuperação seria muito complicada. Tanto que ficou seis meses no Hospital Universitário de Grenoble, e depois foi transferido para uma clínica em Lausanne, perto da sua casa na Suíça, antes de ir para a sua casa, para ser cuidado de forma permanente.

De uma certa forma, é um feito ver que a familia conseguiu resguardar Schumacher dos "paparazzi", que tentaram de tudo por muito tempo. Não se sabe se é porque ele está dependente de outros para poder circular, ou se está retido numa cama de forma permanente. Ou seja, desconhece-se o seu grau de autonomia. 

É verdade que é tudo um mistério, mas... sejamos honestos: alguém quer ver como ele está? O piloto que conseguiu sete títulos mundiais, 93 vitórias e conseguiu marca o seu lugar na história? Não creio. A familia está a resguardá-lo, é verdade, mas também nos resguarda daquilo que seria provavelmente, um choque. Alguém que é uma sombra do que foi no passado, e que provavelmente não mais será o que foi. E o que eles nos estão a pedir, de uma certa forma, que o lembremos como foi: um excelente piloto, um dos melhores de sempre, que sempre venceu na sua carreira. Não numa cama de hospital, com sequelas permanentes.

Da minha parte, é assim que pretendo fazer. 

CNR: Hyundai confirma Araujo e Vieira

Armindo Araújo vai voltar aos ralis em 2018, a bordo de um Hyundai i20 R5, acompanhado por Carlos Vieira. Ambos os pilotos serão apoiados pela Hyundai Portugal, embora não seja uma equipa oficial. O tetracampeão nacional de ralis - e bicampeão do mundo na classe de Produção do WRC - confirmou a sua participação no CNR depois de cinco anos de ausência.

Sérgio Ribeiro, o CEO da Hyundai Portugal, explica que “nos sentimos muito entusiasmados com a dupla de pilotos que estamos a apoiar e vamos seguramente lutar para garantir os dois primeiros lugares do campeonato. É um projeto que está a ser preparado há já algum tempo porque nos quisemos certificar que tínhamos as melhores condições, equipas e pilotos para vencer.

No comunicado oficial, o piloto de 40 anos afirma-se “muito satisfeito por contar com o apoio da Hyundai Portugal neste regresso à competição e muito motivado para conduzir o Hyundai i20 R5. Criámos um projeto ambicioso e vamos trabalhar no sentido de lutar pelas vitórias e pela conquista do título absoluto do Campeonato de Portugal de Ralis em 2018.

Já Carlos Vieira, que trocou o seu Citroen DS3 R5 pelo Hyundai, refere que “é um orgulho enorme para mim representar a Hyundai, é algo que sempre sonhei poder vir a participar num projeto apoiado por uma marca. Este final de ano tem sido fantástico para mim – primeiro a conquista do título e agora esta oportunidade – e estou bastante motivado e consciente da responsabilidade que é defender as cores da Hyundai no CPR. Agradeço a todos que ajudaram na viabilização deste projeto, que vamos tentar retribuir com vitórias.

Se para Carlos Vieira, este carro poderá ser o bólido que o poderá permitir lutar pelo título nacional que andou perto em 2017, já para o piloto de Santo Tirso, este será um regresso depois de cinco temporadas de ausência. Entre 2001 e 2012, Armindo Araujo participou em 24 provas do WRC, conseguinbdo como melhor resultado um sétimo posto no Rali do México de 2012, a bordo de um Mini Cooper WRC.

Formula 1 elétrico? Altamente improvável

Ross Brawn não acredita que a Formula 1 vire algo elétrico nos próximos tempos. Na edição de janeiro da revista americana "Popular Mechanics", Ross Brawn, ao ser questionado sobre a possibilidade de uma Formula 1 elétrica como forma de ser altamente eficiente e trazer as equipas de fábrica que estão presentes na Formula E. E a sua resposta é simples: não na próxima década. 

"Não vejo isso [a acontecer] nos próximos cinco a dez anos", diz Brawn. "Não consigo ver isso". E Brawn apenas refere ao lado técnico necessário para completar os 300 quilómetros para completar um Grande Prémio de Formula 1. "Temos algumas perguntas difíceis para fazer", diz ele.

Para a revista, que aborda a questão, o grande problema é saber se a competição decide perseguir a tecnologia e a sua evolução, ou abandoná-la e se tornar um desporto puro e duro. E falando sobre as novas regras que quer implementar a partir de 2021, ele deseja simplificar as coisas para também responder às ansiedades dos fãs.

"Você cria este espectáculo porque você obteve investimentos substanciais [vindos] de fabricantes ou parceiros tecnológicos que criam essa magia da Fórmula 1", diz Brawn.

Toto Wolff, diretor da Mercedes, concorda. "A Fórmula 1 é um espetáculo audiovisual. Nós precisamos ficar chocados com a velocidade dos carros, ao olhar para eles e [também] pelo som dos motores".

Mas quando é questionado pela razão ao qual a Mercedes vai entrar na Formula E em 2019, Wolff é claro: "A razão porque nos iremos juntar é porque os nossos carros de estrada vão passar a ser elétricos - é um fato", diz Wolff. "O aspecto do marketing nos interessa", concluiu.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Formula E: Giovinazzi vai testar em Marrakesh

O italiano Antonio Giovinazzi, que na última temporada correu duas provas pela Sauber, vai fazer um teste com um carro da Formula E no dia 14 de janeiro em Marrakesh ao serviço da DS Virgin. O piloto, que integra a Ferrari Driver Academy e não conseguiu um lugar na Fórmula 1 para 2018, vai testar. 

Entre os pilotos que também deverão marcar presença em Marraquexe na máquina da DS Virgin estão o tailandês Alexander Albon, o italiano Andrea Caldarelli, o espanhol Daniel Juncadella e os alemães Maximilian Günther e Nico Müller.

Em 2017, Giovanazzi, de 24 anos, participou nas duas primeiras provas do campeonato em substituição de Pascal Wehrlein, que se lesionou no pescoço quando fazia a Corrida dos Campeões, em Miami. Depois do alemão ter regressado ao volante, Giovinazzi acabou por ser piloto de desenvolvimento da Haas, participando em sete fins de semana da última temporada de Formula 1.

O teste dos pilotos da Formula E acontece no dia a seguir à segunda prova do campeonato nas ruas da cidade marroquina.

Chilton critica performance da Formula 1 atual

Max Chilton está agora na IndyCar, onde será piloto da Carlin, depois de duas temporadas na Marussia, na Formula 1. Se da primeira vez nunca conseguiu pontuar, desta segunda vez na América, já conseguiu um quarto posto nas 500 Milhas de Indianapolis deste ano, terminando a temporada na 11ª posição da geral, ao serviço da Chip Ganassi.

Numa entrevista concedida à revista britânica Sportsmail, Chilton criticou a Formula 1 pela sua diferença de performance entre os pilotos da frente e o fundo do pelotão. 

Eu corri contra pilotos como Daniel [Ricciardo], que venceu corridas, então sei que não estou a um milhão de quilômetros de distância”, começou por dizer o piloto de 26 anos. “É frustrante quando um modalidade é injusta assim. Quando você está a guiar e a ser ultrapassado por um carro que é 30 quilómetros por hora mais rápido não é desporto”, continuou.

O problema que a Formula 1 tem neste momento é que tem uma diferença de quatro segundos entre o líder o último carro e isso não é realmente desporto. Ele deveria ser nivelado ou o mais próximo possível”, concluiu.

A IndyCar vai ter agora um novo pacote competitivo, com um pacote aerodinâmico semelhante para os carros com motor Honda e Chevrolet, e para ele, isso poderá fazer com que o piloto faça a diferença. “Na próxima temporada, a IndyCar vai estar muito mais perto de ser uma categoria monomarca, como jamais esteve. Todos terão o mesmo kit aerodinâmico, tem uma diferença muito pequena entre os motores e as corridas devem ser ainda mais apertadas no próximo ano”, comentou.

Então, pelo menos, todos os carros podem estar dentro do mesmo segundo, o que é ótimo para os fãs”, concluiu.

Chilton, porém, não descarta o regresso à Formula 1, com uma condição: "Terá de ser numa equipa do meio do pelotão para a frente".

WRC: Ogier gosta de classificativas longas

Os ralis são uma disciplina do automobilismo única, pois coloca os pilotos contra o tempo, dos quais o melhor sai recompensado. Contudo, o formato dos ralis está sempre a mudar, e depois de alguns anos em que os organizadores começaram a colocar classificativas mais longas, com 30, 40 ou mais de 50 quilómetros, com a benção da FIA, agora esta quer diminuir as distâncias, em nome do espectáculo. Jarmo Mahonen, o representante da FIA no WRC, disse recentemente que se deveria reformular as classificativas nos ralis, reduzindo-as para algo à volta dos dez quilómetros de média.

Lamento dizer isto, mas no Reino Unido quanto tempo devemos permitir que os eventos ditem o formato? Em Gales tivemos um dia de 140 quilómetros e muito tempo sem assistência – e no primeiro dia não houve assistência de todo. Compreendo totalmente a razão por detrás disto, Gales entra com dinheiro. Mas o que devemos fazer? Devemos apenas aceitar isto?”, começou por dizer Mahonen em declarações ao site motorsport.com.

Ele considera que a liberdade que foi dada aos organizadores não funciona, pois este tipo de classificativas acabam por aborrecer o espectador. “Em alguns casos funciona, noutros casos não, mas precisamos de padronização nos ralis. Os meus pensamentos pessoais sobre isto são ter mais especiais de 10 quilómetros. Então tens muitas classificativas a gerarem muitas notícias para as redes sociais”, concluiu.

Sobre isso, Sebastien Ogier, o penta-campeão do mundo do WRC, afirmou que é fã das distâncias longas nos ralis, mas entende as criticas da Mahonen por as considerar como aborrecidas para os fãs que as seguem nas redes sociais.

"Diferentes classificativas fazem tanto parte do ‘ADN’ dos ralis como as classificativas longas", começou por dizer Ogier ao site rally-magazin.de. "Pessoalmente gosto de maiores distâncias e adapto-me sempre muito bem, começando com a escolha de pneus e com o ritmo adequado. No entanto, percebo a abordagem de não precisarmos de especiais de 80 quilómetros ou de mais de 50 quilómetros. Como só tens uma mensagem por dia, isso já não resulta, especialmente nas redes sociais. Torna-se aborrecido rapidamente, talvez ninguém se afaste mas de certeza que não se encontram novas perspectivas”, concluiu.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Youtube Motorsport Presentation: Top Gear, temporada 25

O The Grand Tour está a acontecer a todo o vapor, e o Top Gear não está quieto. No dia de Natal, lançaram este video para dizerem ao mundo que estão a caminho de mostrarem os novos episódios. E para abrir o apetite, decidem mostrar uma cena com Ken Block como... policia de trânsito.

Branson acredita que a Formula E será maior do que a Formula 1

Richard Branson afirma que a Formula E alcançará a Formula 1 na próxima década. Numa entrevista concedida ao jornal South China Morning Post por alturas do fim de semana do ePrix de Hong Kong, o patrão da Virgin afirma-se apaixonado pela Formula E porque "se diverte por uma boa causa. É uma mistura perfeita".

"Está a crescer velozmente e a cada temporada estão a trazer novas iniciativas. Estou disposto a prognosticar que em dez anos, se a Formula 1 continuar no estado atual, acredito que a Formula E o irá superar", começou por afirmar E assim deveria ser, porque o mundo deveria ser impulsionado por carros limpos. Todos temos de largar os carros de energia suja - e a Formula E pode marcar esse caminho", continuou.

"A Formula E faz muito para criar consciência sobre coisas como as alterações climáticas. Estamos em posição de inspirar as pessoas para que desepenhem um papel na luta contra o aquecimento global. É uma plataforma fantástica para chamar a atenção para o avanço das tecnologias nos veículos elétricos e também mostrar que não são lentos e sem graça - mas sim geniais, divertidos e sustentáveis", concluiu.

Branson, que se meteu no automobilismo em 2009 para apoiar a Brawn GP, passou para a Virgin em 2010, antes de vender a sua participação para a Marussia, em 2012. Depois disto, envolveu-se no projeto da Formula E, onde está desde o seu inicio, na temporada de 2014-15, onde já alcançou cinco vitórias, todas através do britânico Sam Bird.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

WRC: Já saiu a lista de inscritos para o Rali de Monte Carlo

O Rali de Monte Carlo está a quatro semanas de distância, e já há uma lista provisória de inscritos para a prova. Daquilo que se mostra, segundo o site rally-sport.fr, pelo menos dez World Rally Cars irão participar, aos quais se juntam cinco pilotos já confirmados no WRC2 e três no WRC3.

Nos World Rally Car, estarão presentes três Hyundai, para Andreas Mikkelsen, Dani Sordo e Thierry Neuville; três Toyota para Esapekka Lappi, Jari-Matti Latvala e Ott Tänak, em estreia pela sua nova equipa, depois da sua passagem pela Ford; e ainda dois Citroën, para Craig Breen e Kris Meeke. A Ford alinhará com Sebastien Ogier e Elfyn Evans, mais um terceiro carro, que poderá ser para o francês Bryan Bouffier.

Em termos de WRC2, a Skoda vai alinhar com Kalle Rovanpera e Ole Chrisatian Veiby, a Hyundai alinha com Stephane Sarrazin, a Ford é provavel que alinhe com Teemu Suninen, e ainda não se sabe com que carros irão alinhar Eric Camilli, Guillaume de Mevius, Jan Kopecký e Kevin Abbring, que estão todos nessa categoria.

O rali de Monte Carlo, prova de abertura do WRC 2018, acontecerá entre os dias 25 e 28 de janeiro.




segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Noticias: Bia Figueiredo não gostou da escolha da FIA

A escolha de Carmen Jordá por parte da FIA para estar na frente da comissão para as mulheres no automobilismo não agradou às mulheres que competem nesta modalidade. A sua visão, onde acredita que as mulheres deveriam competir numa classe à parte dos homens não é aceite por muitas delas, que já expressaram essa opinião contrária.

A brasileira Bia Figueiredo, que corre atualmente na Stock Car Brasil depois de ter corrido na IndyCar, afirmou que existem pessoas com melhor palmarés do que Jordá nesse assunto.

"Eu já ouvi falar que ela tem essa opinião, que é diferente da minha, até porque competi com homens a vida inteira. Talvez tenha dificuldades por ser mulher no automobilismo. Mas cara, ganhei corrida de Indy Lights, ganhei corrida de Fórmula Renault, então acho que tem uma possibilidade, tem que se dedicar de verdade. Então provavelmente não seja a pessoa mais aconselhada", começou por dizer a piloto brasileira numa entrevista ao site brasileiro Grande Prêmio.

Ela acredita que a escolha de Jordá por parte da FIA é sinal de que ainda está muito centrada na Europa. "Há algumas pilotos que competiram muito bem. A FIA acaba se centrar muito na Europa, ela não abre muito espaço para pilotas sul-americanas, norte-americanas, e isso acaba limitando. A Europa é um continente um pouco mais cabeça fechada para essa parte de mulher no automobilismo", continuou.

Figueiredo, porém, gosta que essa comissão fosse liderada por alguém como Michele Mouton, quatro vezes vencedora de ralis e vica-campeã do mundo em 1982, a bordo de um Audi Quattro.

"É uma pessoa extremamente, muito alinhada com esse pensamento [de que as mulheres podem competir igual a igual com os homens], campeã de etapa do Mundial de Rali. Então não tem problema. Acho que se de alguma forma a FIA está abrindo espaço para a mulher é importante. E a gente vai colocando as pessoas adequadas lá dentro", concluiu.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Feliz Natal a todos!

Daqui a nada, vou me sentar para a Ceia de Natal. Como é típico por aqui em Portugal, é um jantar de bacalhau, o que torna isto mais único, de uma certa forma. Junta-se a familia, e dentro em breve, depois do jantar, abrir-se-ão os presentes.

É nestas alturas em que se faz o balanço do ano. Diga o que disser, de uma certa forma - e só agora é que me sentei e refleti sobre isso - é que tenho a consciência de que alcancei algo único este ano. Quando editei em julho o meu livro "O Ano da morte de Ayrton Senna" - podem vê-lo aqui no site da Amazon para o encomendar, caso queiram - tinha alcançado algo do qual muitos sonham, que é ter o seu próprio livro editado. Muiitos conseguem, é óbvio, mas tem de pagar algo para o conseguir. Eu alcancei isto sem encargos, o que é um feito.

Contudo, tenho a plena consciência de que é um principio, e não o final da viagem. Se quiser fazer isto meu projeto de vida, não é só isto que tenho de apresentar. É muito mais. O ato de escrever, mostrar, publicar e divulgar é mastondontico. E só aghora tenho a consciência de que alcancei algo único. Falta muito mais, mas é como disse a um amigo meu há uns dias: é o fim do principio, citando Winston Churchill.

E sei que náo é só um: para ser alguém, tenho de repetir esta tarefa várias outras vezes. Nos outros anos, provavelmente para o resto dos meus dias. Mas como é algo que eu gosto, ainda bem.

Este é o meu grande feito. Poder fazê-lo com saúde fisica e mental, melhor ainda. Saber que os meus amigos gostam do que escrevi, é fantástico. É o meu feito quando olho para trás e ver que ano é que foi. Vou voltar a falar disso no Ano Novo, mas posso dizer que pela primeira vez em muito tempo, consigo ver um horizonte claro e limpido. E de uma certa maneira, é o que sempre desejamos, mesmo que não o digamos e pensemos a toda a hora.

Meus amigos, Bom Natal a todos. São estes os meus votos.

Youtube Rally Video: Os 30 melhores do WRC

Antti Kalhola deixou-nos um presente de Natal no seu canal de Youtube, e decidiu fazer um video com os trinta melhores classificativas de ralis do WRC. Portugal está bem representado, com três clássicos, mas o melhor nem é um finlandês, francês, inglês ou italiano. 

Ora vejam. E Bom Natal a todos!

Youtube Motorsport Video: A preparação de André Villas-Boas para o Dakar 2018


Como é sabido, André Villas-Boas vai-se envolver num desafio inédito na sua carreira, que é o de participar num Dakar a bordo de um Toyota Hilux, onde vai ser navegado pelo ex-motard Ruben Faria. Depois de ter treinado o Shangai SIPG, na China, o treinador português vai fazer algo diferente na sua vida participando no rali mais conhecido do mundo, com o objetivo declarado de "chegar até ao fim".

Eis um video da sua preparação, a bordo do Toyota Hilux de João Ramos, campeão nacional de todo-o-terreno.

sábado, 23 de dezembro de 2017

A(s) image(ns) do dia




Já tinha ouvido falar disto há uns dias, mas parece que é real: Elon Musk o homem que anda a querer mudar o mundo, quer com a Tesla, e com a Space X e também com a SolarCity, que fabrica baterias para armazenar energia. Pois bem, decidiu fazer algo totalmente diferente para o lançamento do seu foguetão Falcon Heavy, que deverá acontecer algures no inicio de 2018: lançar... o seu próprio Tesla Raodster. A da primeira geração, evidentemente, porque a segunda só deverá chegar em 2020.

Se de inicio, o pessoal pensava que era uma ideia disparatada, pois bem... tornou-se real. Especialmente quando Musk partilhou na sua conta no Instagram a foto do carro na carga do foguetão que vai estar em órbita, provavelmente para o resto da eternidade.

É de loucos, mas Musk quer mostrar ao mundo que é capaz. Incluindo ser caprichoso. E a razão porque faz isto explica-o desta forma:

"Os vôos de teste em foguetes novos geralmente contêm simuladores de massa na forma de blocos de cimento ou aço. Isso pareceu extremamente chato. Claro, qualquer coisa chata é terrível, especialmente nas empresas, então decidimos enviar algo incomum, algo que faça reagir. [Assim sendo], a carga útil será um Tesla Roadster original, com Space Oddity como banda sonora, numa órbita elíptica de Marte [com a duração de] mil milhões de anos", explicou Musk na sua conta de Instagram.

Detalhe interessante: o Falcon Heavy vai ter um dos mais poderosos propulsores da história do Espaço, algo que não se vê desde os tempos do Saturvo V, há meio século. E dentro em breve, este carro sairá deste planeta, provavelmente para sempre.

Youtube Motorsport Video: A preparação de Carlos Sousa para o Dakar

O Dakar aproxima-se a passos largos do seu inicio, em Lima, no Peru. E em terras argentinas, Carlos Sousa prepara-se para mais um desafio, desta vez a bordo de um Renault Duster da equipa oficial argentina da marca francesa.

Apesar de ele não ter muito tempo para se adaptar ao Duster, ele afirma estar esperançado num "top ten". “Podemos sonhar com a conquista de um resultado final nos dez primeiros. Não vai ser nada fácil, tendo em conta a dureza da prova, bem como a quantidade e a qualidade dos inscritos, mas acredito nessa possibilidade”, comentou.

As primeiras etapas não vão ser fáceis. O Dakar 2018 começa logo com as dunas do Perú, onde vou procurar readquirir o ritmo e adaptar-me ao Duster. Vai ser duro, mas o Duster parece preparado para enfrentar a dureza da prova. Na sequência do teste, só fiquei com a ideia que talvez esteja equipado com uma relação de caixa algo ‘curta’, o que poderá ser uma limitação nas etapas mais rápidas”, concluiu.

Eis um video dos testes que andou a fazer nas Pampas.

O cartão de Natal de Bernie Ecclestone

Mesmo fora do negócio, Bernie Ecclestone não pára. Especialmente na parte do "alfinetar" os novos proprietários da Formula 1, a Liberty Media. 

A imagem foi hoje publicada pela Auto Motor und Sport alemã, depois espalhada pelas redes sociais, e mostra uma corda bamba por todo o mundo, com Chase Carey a caminhar com uma nuvem de chuva por cima para os Estados Unidos e é recebido por um cowboy armado: “O Chase está a fazer o seu melhor para não cair no seu caminho de encontrar seis corridas nos EUA”, lê-se.

Do outro lado, Ecclestone está na Europa e a caminho da Ásia, continentes onde aparentemente é bem recebido: “O Bernie conseguiu isto com uma pequena ajuda dos seus amigos”. E no meio, em Londres, está Jean Todt, presidente da FIA, que olha para o lado… europeu e asiático.

Aparentemente retirado, Bernie pensa sempre numa maneira de minar as aspirações dos seus sucessores...

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A imagem do dia

Passou ontem 51 anos sobre a estreia de Grand Prix, provavelmente o melhor filme que Hollywood já fez (até agora) sobre Formula 1 e automobilismo em geral. Rendeu três Óscares e foi um dos melhores trabalhos que John Frankenheimer fez na sua carreira. Mais tarde, em 1998, fará um filme semelhante, "Ronin", onde as sequências de perseguição automobilística são das melhores da história do cinema, paralelas aos de "Bullit", por exemplo.

Nesta imagem tirada num hotel na zona de Spa-Francochamps, duas das pessoas são atores e o resto é piloto. Da esquerda para a direita, reconhece-se Graham Hill, Jochen Rindt, Guy Ligier, Dan Gurney, Bruce McLaren (de perfil, a ler um jornal), Jo Schlesser (a jogar paciência) e Jo Siffert. E atrás está Mike Spence. O piloto nas costas de Hill é provável que seja Dennis Hulme.

O que liga toda esta gente é que correram em 1966. Mas o mais interessante é que daqui, vão sair quatro construtores: Gurney (Eagle), Hill, Ligier e McLaren. E desses, três vencerão corridas, dois deles com o seu fundador ao volante: Gurney e McLaren, e ambos na mesma pista, Spa-Francochamps.

Mas o mais trágico é que em menos de cinco anos, cinco destes pilotos terão uma morte violenta na pista. Spence e Schlesser morrerão em 1968, McLaren e Rindt em 1970 e Siffert no ano seguinte. Graham Hill morrerá num desastre de avião em 1975, quando Guy Ligier já se preparava para lançar a sua equipa de Formula 1. E deste conjunto todo, só Gurney está vivo nos nossos dias.

E os atores? James Gardner (Pete Aron) e António Sabato (Nino Barlini). E dessa parte, o italiano também é o único que ainda vive. Como o tempo passa.

O homem que não aceita contar os seus milhões

"Bernie Ecclestone tem 87 anos de idade. Bom para ele. É uma bela idade. Nuito notável, dado o seu estilo de vida nos últimos 50 anos. No entanto, no final, ele vendeu tudo [à Liberty Media], embolsou o dinheiro que lhe ofereceram e recebeu o papel de presidente emérito do grupo Fórmula 1. Ele disse no momento em que ele não sabia o que isso significava. Na academia, há um elemento honorífico para a descrição, mas no negócio significa 'Cale-se e vai embora'".

"Mas Ecclestone não quer ouvir isso. Ele está acostumado a dizer às pessoas como é. Ele se acostumou com as pessoas que o seguiam. Obviamente, é difícil para ele aceitar a mudança, mas as participações contam a história e, enquanto Bernie ainda pode mexer algumas cordas com marionetas (e Marretas) no mundo dos media, seu reinado acabou. A liberdade deu-lhe a opção de uma saída graciosa, mas, sendo Bernie a pessoa que é, uma maneira elegante nunca foi fácil."

Estas são as palavras que o Joe Saward lhe dedicou a Bernie Ecclestone quando ele abriu a boca para falar sobre a Liberty Media e o atual estado das coisas da Formula 1. Escreveu-as há quatro dias no seu blog e de uma certa maneira, mostra o atual estado das coisas e como ele é visto no meio: um ancião irritante. Só que não é o avô Simpson, mas sim alguém muito rico e ainda com o cérebro no lugar que não perde uma chance de gritar na imprensa o que pensa e se puder, fazer a vida da Liberty Media o mais complicada possivel.

Durante esta semana, Bernie disse, acerca da vontade da Ferrari ir embora da Formula 1, que a esta precisa de ser controlada com uma mão de ferro, para colocar as equipas na ordem. “A democracia não tem lugar na Fórmula 1. Muito brevemente, os novos donos vão perceber isto, porque até agora não conseguiram nada com esta política”, disse.

Ora, há alguns problemas nesta coisa. Primeiro que tudo, os tempos mudam. Se uma coisa funciona numa geração - e ele fala dos problemas que aturou com a Ferrari - agora há uma nova geração, novos hábitos, novos atores. A Liberty Media tem dinheiro e outro tipo de mentalidade, apesar de estar a lutar para pagar as contas da sua aquisição. Mas em muitos aspectos, a sua atitude é de não ser intimidada, que controla as coisas. Logo, não pisca o olho perante as ameaças de Sergio Marchionne de que irá embora da Formula 1, caso as coisas não lhe sejam favoráveis, usando uma tática com 50 anos, digamos assim.

Só que há outra coisa do qual toda a gente entendeu: Bernie gosta de ribalta, gosta que as pessoas o oiçam, e claro, o outro lado não o quer ouvir. Olha para a sua idade, sabe das suas ideias, e não quer saber dele. Então porque é que fala? Como diz o Joe Saward, ele tem os seus papagaios. E sempre que telefona a um deles e lhe dá algo do qual escreve no dia seguinte no jornal ou site, toda a gente falará sobre ele, mesmo que em termos de conteúdo seja um disparate completo. E nestes tempos de "clickbaits" e de todos estes sites desesperados por atenção, o anão a falar é garantia de atenção.

E porque ainda o ouvimos? Primeiro, porque ainda não está morto. E também por causa da ideia, vinda do nosso subconsciente, de que ele provavelmente tramará algo para desestabilizar a Formula 1 tal como o conhecemos. Aliás, basta lerem as noticias sobre a tal competição feminina automobilística para que alguns digam que ele está a planear uma competição paralela, para minar o trabalho da Liberty Media...

Enfim, em suma, não aceita que o seu tempo passou, mesmo que trame mais alguma. E enquanto o tempo não fazer o seu trabalho, ainda o iremos ouvir mais vezes. E claro, ele terá o seu tempo de antena. Não é da sua natureza retirar-se e contar os milhões.

Noticias: Saiu o calendário do WTCR para 2018

O WTCR, resultado da fusão entre o WTCC e o TCR, já tem o seu calendário para a próxima temporada. Serão dez provas, dos quais nove provas já são conhecidas. As grandes novidades são que Monza e o Qatar não estarão presentes, trocados por Zandvoort (feito em simultâneo com o TCR Benelux) e Suzuka, que vai acontecer no mesmo fim de semana de encerramento da SuperFormula.

O calendário começará em Abril, em Marrakesh, e encerrará com Macau, e será mais espaçado no tempo, evitando "pausas de três meses" como aconteceu no passado. 

Eis o calendário completo:

7-8 abril - Marrakesh, Marrocos
28-29 abril - Hungaroring, Hungria
10-12 maio - Nurburgring, Alemanha
19-21 maio - Zandvoort, Holanda
23-24 junho - Vila Real, Portugal
22 julho - por definir
4-5 agosto - Termas de Rio Hondo, Argentina
29-30 setembro - Ningbo, China
7 outubro - por definir
27-28 outubro - Suzuka, Japão
15-18 novembro - Macau

Agag: "A Formula E não pode ser vitima do seu próprio sucesso"

Na quarta temporada da Formula E, a competição conseguiu atrair a atenção de várias marcas de automóveis para construir as suas próprias máquinas, algo do qual Alejandro Agag não esperava ter tão cedo. Ele já tinha dito que esperava nesta altura ter três construtores, mas em 2018-19, terá a companhia de Mercedes, DS, BMW, Audi, Nissan, Porsche, Mahindra e Nio, por agora.

Contudo, Agag diz que a competição não pode ser vítima do seu próprio sucesso. Num artigo de opinião escrito esta quinta-feira no site Motorsport.com, ele afirma que as coisas precisam de ser controladas de forma a não desvirtuar a competição, controlando os custos, mas mantendo as construtoras felizes.

"Um dos desafios para nós agora é manter o controle do campeonato, ao mesmo tempo que manter os construtores felizes. É importante que não cresçamos muito rápido, então acho que o que precisamos fazer é manter as regras que criamos. Existe uma regra muito importante que eu quero manter, que é proteger as equipas privadas. Porque agora temos muitos fabricantes, mas eles podem sair a qualquer momento", começou por dizer.

"Hoje somos 'the next big thing', mas [no futuro] quem sabe? Há quatro anos, nós lhes pediamos 'por favor, por favor, por favor ...', mas agora eles apoiam a Fórmula E por causa do que ela representa. É uma mudança", continuou.

"No longo prazo, você quer proteger a possibilidade de uma equipa privada poder competir com um orçamento baixo e para isso você cria um sistema e regras que permitem isso. Então você não muda essa estrutura, não importa como os fabricantes empurram. Até agora, para ser justo, não sentimos nenhuma pressão negativa. Pelo contrário, na verdade, todos alinham nisso".

Agag depois prosseguiu afirmando que as equipas de fábrica não pretendem ainda abrir a tecnologia para coisas como as baterias, estando mais a favor do controle de custos, e falou que a partir da próxima temporada, os carros vão poder fazer toda a corrida numa só bateria, e que pretende arranjar maneira das corridas serem mais emocionantes.

E em relação a provas no centro das cidades, ele pretende fazer uma no Japão e outra em Singapura, apesar das recentes contrariedades em São Paulo e Montreal, que por agora foram substitudas por uma prova em Punta del Este. 

"A Fórmula E já se tornou uma plataforma para inspirar uma mudança na percepção, na atitude e comportamento, e uma mudança na forma como vivemos nossas vidas e influenciamos ativamente o futuro do nosso planeta", concluiu.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Youtube Formula 1 Test: O teste da Dome F105 F-1

A Dome tentou ir para a Formula 1 em 1996-97, e andou a testar no circuito de Suzuka para ver se o carro tinha a potência suficiente e o chassis era suficientemente bom para poder competir com o resto do pelotão. Este filme foi feito em meados de 1996, com Naoki Hattori ao volante (ex-piloto da Coloni em 1991), e Shinji Nakano, que depois também se tornou piloto de Formula 1, ao serviço da Prost.

Marco Apicella também esteve a testar o carro, e ao longo daquele ano, a equipa viu que aquele chassis não era suficientemente bom para andar a par do pelotão. Muitas das vezes, os tempos comparados faziam com que ficasse fora dos 107 por cento que era usado na altura. Para piorar as coisas, a falta de fundos no Japão determinaram que o projeto ficasse pelo caminho. 

O video é narrado em japonês, já agora.

Rumor do dia: Chile e Japão a caminho do WRC?

O Mundial de ralis vai ter um novo rali na próxima temporada, com a Turquia a substituir o rali da Polónia, excluído do mundial depois desta temporada devido a problemas com o público. Contudo, num futuro próximo, o Mundial de Ralis poderá receber mais ralis, um deles uma estreia absoluta: o rali do Chile. 

Os chilenos estão a investir um pouco mais no automobilismo e no motociclismo - está para breve a sua inclusão na MotoGP com o circuito de Rancágua, em construção - e no ano que vem irão fazer uma prova de teste na zona de Concepcion, no sul do país, cerca de uma semana após o rali da Argentina. Caso mereça a aprovação da FIA, o rali acontecerá em 2019, segundo conta o site Motorsport News.

"Estamos muito perto de assinar o contrato. O evento basear-se-ia em seções florestais com estradas suaves a dois mil metros acima do nível do mar. Pelo que sabemos, o Chile não planeia fazer mais nenhum outro evento", disse Olivier Ciesla, promotor do WRC.

"Os ralis são o segundo desporto mais popular no Chile. A série RallyMobil [o campeonato nacional] tem agora dezoito anos, e receber o WRC seria mais um passo no nosso desenvolvimento. Estamos prontos para isso. Nossas classificativas são amplas e velozes. Provavelmente eles correm na melhor superfície do mundo. Temos muitas estradas florestais que devem ser mantidas para permitir que os camiões viajem em diferentes condições climáticas. Quase dois milhões de pessoas vivem na zona de Concepcion e temos uma boa base hoteleira, bem como infra-estruturas", comentou Sebastian Etcheverry, organizador do Rally Chile.

Outro rali que poderá acontecer será o Japão. A ideia é recebê-lo de volta ainda antes de 2020, por alturas dos Jogos Olímpicos, que acontecerão em Tóquio. É evidente que isto teria o apoio da Toyota, que como é sabido, regressou este ano aos ralis. O Japão recebeu o WRC entre 2004 e 2010, com uma interrupção em 2009, em classificativas na região de Hokkaido, no norte do país. 

Isso tudo faz com que a Croácia tenha perdido um pouco as suas chances de receber um rali do WRC, porque os organizadores não pretendem alargar muito o campeonato do mundo. Logo, tinham de esperar a exclusão de algum rali que está neste calendário, como vai acontecer em 2018 quando os turcos farão o seu regresso, à custa dos polacos.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Youtube Motorsport Classic: Quando Senna testou pela Penske

As redes sociais não deixaram de passar a data: há precisamente 25 anos, em Phoenix, Ayrton Senna experimentou em Phoenix um Penske da IndyCar, para saber como é guiar um carro destes, numa altura complicada para o piloto brasileiro. Alain Prost iria regressar à Formula 1 e a McLaren não era competitiva em relação à Williams. Aliás, a equipa de Woking tinha perdido os motores Honda e iria ser cliente dos Ford Zetec V8, que eram equipados pela Benetton, liderados por um jovem chamado Michael Schumacher.

A revista americana Road and Track fez um filme de 25 minutos sobre este teste, apresentado por Marshall Pruett e Travis Long, onde se fala sobre as circunstâncias históricas do que aconteceu, e como algumas pessoas ficaram com a respiração suspensa com este teste. E como a CART esteve perto de ser a melhor competição do mundo, pouco depois de se saber que iria receber Nigel Mansell.

As coisas que se passam na Williams

O negócio da Williams sobre o seu segundo piloto é interessante de se ler, neste tempo pré-natalicio. Os rumores são muitos e muito interessantes, especialmente quando a equipa disse que iria adiar o anuncio do seu piloto para 2018. E hoje ouviu-se algumas coisas que valem a pena serem contadas por aqui.

Primeiro que tudo, a imprensa finlandesa falou na terça-feira que Nico Rosberg propôs um acordo para a equipa no sentido de dar a Robert Kubica sete corridas na próxima temporada, a troco de onze milhões de euros. A ideia era ver se era capaz de guiar o carro, que vai ser batizado de FW41. Caso a equipa não fique satisfeita com a sua pilotagem, poderia ter Serguei Sirotkin no seu lugar para o resto da temporada, a troco de 22 milhões de euros, mais coisa, menos coisa. O negócio é interessante, e se calhar até cairia bem na equipa de Grove, que esta temporada foi quinta classificada no Mundial de Construtores, e que pretende gastar dinheiro para investir forte, num bom chassis, para subir no mundial e bater a Force India, que aparentemente faz um trabalho mais eficaz.

Hoje, ao ler o sitio do Joe Saward, leio algumas coisas mais interessantes que podem complementar isto. E complicar, ao mesmo tempo. Primeiro que tudo, dinheiro. O quinto lugar no Mundial de Construtores tira dinheiro à equipa, apesar de, por exemplo, receber 25 milhões de dólares da Martini. E Paddy Lowe quer investir para ver se dão "o pulo" para passar a Force India. E quanto mais investirem, melhor. Se os 11 milhões do Kubica são bons, os 25 milhões do banco SMP seria um fator decisivo para escolher o russo.

Até agora, a equipa tem... de uma certa maneira, compensado a perda de dinheiro com os negócios que tem feito para compensar, por exemplo, a perda de Vallteri Bottas para a Mercedes, em 2016. E foi por causa disso que conseguiu os serviços de pessoas como Dirk de Beer (ex-Ferrari) e Barney Hassell (ex-McLaren) que estão a ajudar a desenhar o que vai ser o FW41, no sentido de alcançar, em termos aerodinâmicos, aquilo que não tem alcançado em termos de motores. Porque em 2017, haverá mais rivais: para além da Force India, temos de contar com a Renault e a McLaren, que querem sair do fundo do pelotão.
Também em termos de dinheiro, temos de pensar na sua origem. o SMP bank pertence a dois irmãos: Boris e Arkady Rotenberg, amigos pessoais e próximos de Vladimir Putin. E por causa desta associação próxima do Kremlin, eles estão na lista de pessoas afetadas pelo embargo económico decretado pelos Estados Unidos (mas não a União Europeia) por causa da situação na Ucrânia. Claro que para a Williams, não querem saber da proveniência do dinheiro (olhem para PDVSA, nos tempos de Pastor Maldonado...), mas parece que querem olhar para aí como último recurso.

E o interessante é que - segundo conta o Joe - este adiamento pode ter a ver com a possibilidade de dar tempo a Kubica de arranjar dinheiro noutros lados. E parece que os patrocinadores polacos podem ter como base... a CVC Capital Partners, os antigos "silent partners" de Bernie na Formula 1. Veremos o que o Natal e Ano novo nos poderão trazer nesse campo, não é?

O cartão de Natal da Red Bull

Com Bernie Ecclestone reformado (pelo menos, deveria estar...), outro pessoal continua a mostrar a tradição do cartão de Natal humorado, pelo menos em relação à Formula 1. A Red Bull lançou hoje o seu, referente ao exagero das regras de 2018, como eles mostram aqui...

WRC: Löeb vai fazer três ralis em 2018

O francês Sebastien Loeb, nove vezes campeão do mundo, anunciou esta quarta-feira que fará três provas do WRC na próxima temporada. O piloto de 43 anos vai correr nos ralis do México, Córsega e Espanha a bordo de um C3 WRC no lugar de Craig Breen.

No anuncio do seu regresso, Loeb baixou um pouco as expectativas dos que acham que irá fazer a diferença: "Não tenho quaisquer expectativas, só quero divertir-me", contou.

"Eu pensei que fazia sentido estar parte na prova francesa, especialmente porque sempre amei as corridas em asfalto, embora eu não esteja familiarizado com a atual rota do Tour de Corse. A Espanha parecia também uma boa opção".

"Eu também queria fazer um rali de terra. Optamos pelo México, já que tenho boas lembranças de corridas lá e a rota não mudou desde a última vez que participei no campeonato", concluiu.

Depois de fazer o seu último rali em Monte Carlo, na temporada de 2015, O piloto francês dedicou-se ao WTCC, para depois passar para o Dakar e ao WRX, o rallycross, ao serviço da Peugeot, no sentido de avançar a sua carreira noutras modalidades. Entretanto, a marca, que tinha mudado de carro para estrear o C3 WRC, nunca mais teve a pujança do modelo anterior, apesar das duas vitórias com Kris Meeke em 2017, no México e na Catalunha. 

Loeb voltou a experimentar o carro no final do verão, a pedido de Yves Matton, para saber o que poderia fazer para melhorar o modelo. Curiosamente, isso aconteceu antes do rali catalão, onde o piloto inglês foi o vencedor...

Quanto a Stephane Lefebvre, ele irá fazer uma temporada no WRC2, enquanto que Khalid Al Qassimi também fará alguns ralis com o C3 WRC.

Adicionar legenda
Sobre o campeonato, Yves Matton, o diretor da equipa, deseja alcançar ambos os títulos: "O objetivo será atingir pódios e garantir algumas vitórias, mas o Kris também pode ter uma chance no campeonato", começou por dizer.

"Craig provou que ele é muito bom, com alguns desempenhos muito consistentes. Ainda há espaço para ele melhorar e ser mais ambicioso", continuou. 

"Também estou encantado ao ver que haverá outro capítulo na grande história entre Sebastien Loeb e Citroën. Ele não poderia ter retornado ao WRC com ninguém senão nós! Ele confirmou que ele não perdeu sua velocidade e habilidade durante as sessões de teste concluídas, embora ele seja obrigado a ter conhecimento dos estágios e do tempo no carro, em comparação com uma competição cada vez mais difícil", concluiu.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Youtube Motorsport Onboard: Uma volta em Spa... com neve

Dezembro é inverno no hemisfério norte, e na maior parte da Europa, neva na maior parte dos circuitos conhecidos, como Spa-Francochamps, na Bélgica. E dependendo da camada de neve a cair na pista e respectivo derretimento, os carros podem ou não andar por aí.

Ora, o pessoal do circuito belga decidiu fazer um video onboard de um carro a dar umas voltas à pista, com uma camada interessante de neve. E eis o resultado.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Formula E: Corrida de Montreal cancelada

O final da temporada de 2017-18 da Formula E não vai ser mais em Montreal. A noticia surgiu esta tarde de que a prova canadiana - que seria uma jornada dupla - foi cancelada, alegando que deu prejuízo de 24 milhões de dólares aos cofres da cidade. Contudo, a autarquia pretende novo contrato com a organização, no sentido de receber a prova em 2019.

Se a razão oficial poderá ter a ver com razões económicas, na realidade, a razão do cancelamento poderá ser outra: política. A nova "mayor" da cidade, Valere Plante, nunca gostou da corrida no centro da cidade mais importante do Quebec e queria que esta fosse transferida para a ilha de Notre-Dâme, onde está o circuito Gilles Villeneuve, algo do qual a organização não quer, porque os carros ainda não tem o devido alcance. 

Contudo, este cancelamento vai fazer com que a autarquia tenha de pagar uma pesada multa porque rompeu com um acordo de três anos assinado entre a anterior legislatura e a Formula E, e é por causa disso que Plante está a negociar novo contrato, com a ideia de transferir a corrida para o circuito permanente.

Até ver, Nova Iorque tornou-se agora na corrida de encerramento do calendário de 2017-18 até que a organização arranje uma alternativa para as rondas agora canceladas.