sexta-feira, 8 de maio de 2020

Youtube Motorsport Video: A recuperação de North Wilkesboro

North Wilkesboro é icónico para a NASCAR. Este pequeno circuito da Carolina do Norte é um dos "originais" da competição, tendo participado na competição desde 1949 até 1996, ano em que encerrou as suas atividades. Desde então, a pista caiu em decadência. com os edifícios a degradarem-se, para tristeza dos fãs mais "hardcore" da competição, pois para eles, estas pistas são a ligação entre o tipo de pilotos que competiam aos fins de semana enquanto durante a semana tentavam fugir à policia com os seus carros cheios de alcool contrabandeado nas suas bagagens...

Neste último inverno, Dale Earnhardt Jr. liderou um conjunto de pessoas com o objetivo de restaurar North Wilkesboro o mais possível, o mais próximo da sua antiga glória. Tudo isto para poder ser escaneado por laser para depois ser apresentado na plataforma virtual iRacing, para poder ser corrido por uma nova geração de pilotos. Neste video, pode-se ver os trabalhos de restauro, bem como clips de corridas que teve como maior vencedor Richard Perry, com 15 vitórias, e também viu triunfar outros como Darrel Waltrip, Dale Earnhardt Sr., Carl Yarborough, Terry Labonte, Junior Johnston, entre outros. 

quinta-feira, 7 de maio de 2020

IndyCar: Temporada arranca no Texas

A IndyCar arranca a 6 de junho na oval do Texas, mostrando que estão a postos para o recomeço da temporada. Mas será sem espectadores na bancada, anuncia a organização.
 
"Estamos felizes e prontos para iniciar a temporada da NTT IndyCar Series no Texas Motor Speedway", começou por dizer o presidente da IndyCar, Jay Frye. “Trabalhamos em estreita colaboração com [o gerente da Texas Motor Speedway] Eddie Gossage, toda a equipe da TMS e funcionários da saúde pública em um plano de ação que garantirá a segurança dos participantes do evento, além de um empolgante retorno à competição de nossos pilotos, equipas e espectadores um pouco por todo o mundo", continuou.

"Os Estados Unidos precisam de competições ao vivo e não vão acreditar no que vêem quando o Genesys 300 entrar em suas salas de estar na TV do Texas. Um dos maiores eventos desportivos do mundo, o Indy 500, foi adiado para agosto por coronavírus, de modo que toda essa energia reprimida, antecipação, frustrações e ansiedade estarão batendo no sistema nervoso dos pilotos. Normalmente, o Genesys 300 resulta em um acabamento fotográfico de 220 mph [350 kph].”

A organização decidiu aplicar medidas estritas para o controlo dos membros das equipas, comissários e profissionais da comunicação social, e isso incluiu coisas como diretrizes estritas de acesso que limitam o número de pessoas no local, sistemas de triagem de saúde administrado a todos os participantes, testes fornecidos a todos que entram na instalação, juntamente com diretrizes sobre o uso, protocolos de distanciamento social em vigor e cuidadosamente mantidos e um "layout" revisto da competição para aumentar o distanciamento.

Em julho, se tudo correr bem, haverá o GP de Indianápolis, sete semanas antes das 500 Milhas, previstas para o dia 23 de agosto.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Noticias: Ecclestone admite que teria sabotado a Formula E

Bernie Ecclestone
admite que teria feito de tudo para dar cabo da Formula E. O antigo patrão da Formula 1 afirmou que, caso fosse mais novo, ou tivesse aparecido duas décadas antes, teria encarado a competição elétrica como ameaça e teria feito de tudo para que não crescesse. Numa entrevista à britânica Autocar, afirmou que agora é muito tarde para isso, já que eles alcançaram o seu objetivo, que era de conseguir o maior número possível de construtores e que todos falassem da competição.

"Tenho pena das pessoas que dirigem a Formula 1 agora, pois precisam considerar o impacto da Fórmula E. Eu teria enterrado. Teria guardado todos os argumentos. Não teria acontecido se eu estivesse lá."

"Agora todos estão falando apenas de carros elétricos, então seria um pouco corajoso ir contra isso", admitiu. "Parece que a chamada geração mais jovem não está mais interessada em carros em geral. Suponho que dentro de alguns anos não haverá nada para se empolgar com um carro. Se for um carro elétrico para todos, será o mesmo.", concluiu.

Sobre os carros elétricos em geral, ele afirma que é o produto em si, e não a marca, é que ficará na memória, ao contrário da Ferrari, que para ele, só a a marca será suficiente para sobreviver para além da Formula 1.

"Acho que Tesla um dia será esquecido, mas a Ferrari nunca será esquecida. Outras pessoas farão carros elétricos. Hoje são líderes, mas em breve não serão especiais. Com o que as pessoas realmente se importam? É o fato de os carros serem elétricos, não a própria marca. Isso não vai durar para sempre".

"A marca da Ferrari é tão forte que eles podem se afastar da Formula 1 e ainda ser grandes. Mesmo quando não estão ganhando na Formula 1, você pode perguntar a um homem na rua que ganhou o título mundial e ele diria apenas Ferrari",concluiu.

A reputação de Ecclestone como alguém que fez a Formula 1 é grande, e exemplos de como lidou com a concorrência aconteceram no inicio da década de 1990, quando a FIA mudou as regras da Endurance, para que tivessem a motorização de 3.5 litros, iguais aos da Formula 1, para atraírem as equipas de fábrica como a Porsche e a Mercedes, e pouco depois, em 1994, quando alegadamente incentivou Tony George, dono do circuito de Indianápolis, a criar uma série paralela à CART, para tentar atrair os pilotos americanos para a Formula 1 e evitar que alguns campeões do mundo atravessassem o oceano, como Nigel Mansell tinha feito em 1993. 

Noticias: Zak Brown quer calendário de 14 corridas em 2020


O patrão da McLaren acha que o possível calendário para 2020 poderá ser demasiado ambicioso em tempo de pandemia, e acha que um calendário de 14 a 15 corridas, em dez locais diferentes, quase todos na Europa, seria melhor num tempo excepcional. Numa entrevista à motorsport.com, Zak Brown acha que este número era aquele usado pela Formula 1 por muito tempo, e ter três corridas por mês poderá ser excessivo para os membros das equipas, que até agora estão nas fábricas ou em casa, tentando passar incólume perante esta pandemia.

A Fórmula 1 está a tentar um calendário com 15 circuitos e 18 corridas. Sou um pouco mais pessimista do que isso, apostaria em 14 a 15 corridas em 10 circuitos.”, começou por dizer.

Acho que faremos algumas corridas na Áustria, algumas em Silverstone. Se começarmos a ter problemas com viagens, acho que poderemos ver jornadas duplas noutros circuitos. Eu não acho que essa seja a intenção, mas vou assumir que vamos ter uma falha, ao longo do caminho. Embora a Áustria esteja pronta e talvez Silverstone esteja pronta, com portas fechadas, não sabemos se a segunda vaga [do vírus] virá. Acho que será quando embarcarmos em aviões e tivermos que voar para o exterior, que o risco começará a aumentar potencialmente. Há conversas sobre mais corridas na Europa. O calendário foi de apenas 16 corridas durante algum tempo. Então, para mim, de 14 a 15 corridas, será um campeonato muito completo”.

Questionado sobre a FOM e como eles andam a reagir à pandemia, Brown disse que os pagamentos continuam a ser feitos e elogia Jean Todt pela sua postura no meio deste problema.

Eles continuam a pagar. Eles ajudaram algumas equipas, não tenho exatamente certeza de quais, mas acho que é bom porque todas as equipas podem precisar de alguma ajuda. Acho que eles estão a fazer o possível para voltar às corridas, o que nos protege economicamente.

Estou muito impressionado com Jean Todt [presidente da FIA]. Eles estão a tomar boas decisões, boas recomendações e o Jean, em particular, está a pressionar muito no limite do orçamento. É necessário, e era necessário antes disso. Desde que todos nós lidemos bem com [a crise] e nos inclinemos para o problema, acho que há oportunidades. Acho que é perigoso se colocarmos a cabeça na areia, se assumirmos que tudo se resolverá. Isso é perigoso”, concluiu.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Noticias: McLaren quer levar Button e Alonso para a IndyCar


A McLaren poderá usar Jenson Button, Jimmie Johnson e Fernando Alonso para a IndyCar no futuro, segundo conta Zak Brown. A chance foi levantada pelo CEO da McLaren por estes dias, num podcast para a motorsport.com, dizendo que havia conversações adiantadas para que o piloto espanhol participasse no GP de Indianápolis, a prova antes das 500 Milhas, disputado no circuito construído para a Formula 1. 

Para além disso, também pensou em Jenson Button para a ronda de Road America, mas ainda antes do congelamento da temporada por causa do coronavirus, tinha descartado o britânico por falta de tempo para testes. Já Jimmie Johnson, que se vai embora da NASCAR no final desta temporada, mostrou interesse em correr no terceiro carro da McLaren Arrow num teste que tinha sido inicialmente marcado para abril, e depois andar em algumas corridas ao lado do mexicano Pato O'Ward e do britânico Oliver Askew.

"Eu falei com os três", declarou Brown. “Todos os três realmente gostam das corridas da IndyCar. Todos os três querem correr. Todos os três são extremamente competitivos. Eu acho que a IndyCar acabou de sair com uma restrição nos testes, então, infelizmente, isso pode tornar mais difícil esta temporada, porque eu acho que nenhum deles iria querer entrar em um carro, sabe, 'a frio' nos treinos de sexta-feira.", continuou.

Acho que eles são profissionais e sabem que o automobilismo é competitivo demais para pensar que eles podem entrar sem uma quantidade adequada de testes. Mas eu diria que todos os três pilotos ... não ficaria surpreso em ver um ou todos os três num IndyCar em algum momento, e acho que seria muito emocionante", concluiu.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

No Nobres do Grid deste mês...


(...) Em 1955, Moss, então com 25 anos, é contratado pela Mercedes para ser seu piloto ao lado de Juan Manuel Fangio e dos alemães Karl Kling e Hermann Lang, este último ativo desde os tempos dos Grand Prix dos anos 30, quando corria ao lado dos Auto Union, no domínio alemão das pistas. O pai de Stirling, Alfred Moss, tinha insistido no talento do seu filho, mas Neubauer tinha desconfianças. Para fazer quebrar essa desconfiança, Moss pai adquire um Maserati 250F e consegue um terceiro posto no GP da Bélgica de 1954, suficiente para ser contratado pela equipa para o resto da temporada.

No ano seguinte, Moss é contratado pela Mercedes, graças aos seus dotes de condução. É muito jovem, comparado com os pilotos mais maduros, como Fangio e Kling, ambos então com 43 anos, ou Lang, com 45. E naquele ano, existiam muitas provas para a equipa alemã competir, e esperavam eles, ganhar. A primeira das quais eram as Mille Miglia, uma prova de longa distância entre Brescia e Roma, e regresso, totalizando cerca de 1600 quilómetros, ou as Mil Milhas. Nesse ano, iria acontecer no fim de semana de 30 de abril e 1 de maio.

A Mercedes tinha inscrito oficialmente quatro Mercedes na corrida: um para Moss, outro para Fangio, outro para Kling e outro para Hans Hermann. Moss escolheu outro britânico, Dennis Jenkinson, então jornalista da Motorsport e piloto com experiência nos sidecars - tinha sido campeão do mundo em 1949 - para ser seu navegador. Jenkinson decidiu levar consigo um rolo de papel onde ia ditar as notas dos obstáculos e dos cruzamentos existentes no caminho, de forma a que Moss pudesse ir à vontade na sua condução e ser o mais veloz possível. Para além disso, tinham estado a treinar durante meses nas estradas italianas, e eram um dos favoritos à vitória. Fangio, por exemplo, decidiu guiar sozinho todo o caminho. (...)

Depois das Mille Miglia, a Mercedes apontou armas para a próxima grande prova do calendário, as 24 Horas de Le Mans. Fangio e Moss, que tinham 18 anos de diferença entre eles, começavam a ter uma relação de respeito um com o outro, com o mais velho a vê-lo como um possível sucessor, e do qual poderia ensinar algo ao mais novo. E por uma vez guiaram juntos: nessas 24 Horas de Le Mans,  que aconteceria no fim de semana de 11 e 12 de junho, partilhariam um carro, numa equipa que teria mais dois carros: um com André Simon e Karl Kling, e outro com o americano John Fitch e o francês Pierre "Levegh". Essa foi a infame edição onde "Levegh" perdeu o controle do seu carro quando o Jaguar de Mik Hawtohrn travou à sua frente com os seus travões de disco, e causou o acidente que matou mais de 80 espectadores.

Com esse acidente, as coisas mudaram: Moss e Fangio estavam a caminho da vitória quando a marca alemã decidiu retirar os carros da prova, e no rescaldo, grande parte dos organizadores decidiu cancelar as corridas de Formula 1 do calendário. A Suíça, por exemplo, proibiu as provas de circuito até aos dias de hoje, abrindo recentemente a excepção à Formula E. Naquele verão, o automobilismo esteve muito perto de terminar, devido à falta de segurança, que começava a ser intolerável.

Mas houve poucas corridas que se mantiveram. Grã-Bretanha era uma delas, e nesse ano iriam correr em Aintree, numa pista desenhada na mítica pista de cavalos nos arredores de Liverpool. Os Mercedes dominram nos treinos, ficando com quatro dos primeiros cinco lugares da grelha, o único a incomodá-os foi Jean Behra, terceiro no seu Maserati. Mas na corrida, eles andaram à vontade, com Fangio na frente, seguido por Moss. O britânico passou-o na terceira volta, até ir às boxes, onde o argentino ficou de novo na frente. Depois das paragens, Moss ficou na primeira posição, enquanto Fangio o seguia de perto.

O jovem britânico pensava que iria ver um sinal das boxes, de Neubauer, para que deixasse passar o argentino e ficar com o primeiro lugar, mas dali, nada apareceu. As coisas foram assim até à meta, quando Moss atravessou no primeiro posto, perante o júbilo dos locais. Afinal de contas, era o primeiro britânico a vencer em casa. No final, perguntou a Fangio se o deixou ganhar. Este negou: "não, hoje simplesmente foste o melhor". O argentino manteve a narrativa até morrer, e Moss foi para a tumba convencido do contrário. (...)

Stirling Moss morreu a 12 de abril, com 90 anos de idade, depois de uma longa vida onde andou uma parte a correr e vencer provas, algumas delas de modo épico, e depois do seu acidente em 1962, em Goodwood, a recuperar e a contar as histórias da sua carreira, como um herói vivo de uma era onde um erro e era praticamente "a morte do artista".

Moss era o último grande representante de uma era onde correu ao lado de Juan Manuel Fangio, Alberto Ascari, Mike Hawthorn e Jim Clark, correu em carros da Mercedes, Maserati e Lotus, e nunca correu em Ferraris, pelo menos na Formula 1. E paradoxalmente, ficou mais famoso pelos títulos que esteve quase a ganhar a não conseguiu, mas acima de tudo, foi capaz de permanecer nas mentes de toda uma geração de amantes de automobilismo.

E com a sua morte, é uma era a chegar ao fim. Sobre ele, conto três grandes momentos da sua carreira, recordados este mês no Nobres do Grid.   

domingo, 3 de maio de 2020

Noticias: Agag afirma que a Formula E pode voltar ainda este ano

A Formula E está parada, como todas as outras competições, mas Alejandro Agag espera retomar a competição num futuro próximo. Com as provas de Londres e Nova Iorque canceladas, as últimas do calendário inicial, Agag acha que novas corridas poderão entrar, em algumas pistas europeias, sem espectadores.

Vamos tentar fazer pelo menos mais duas ou três corridas com portões fechados. Eu acho que isso deverá ser possível no mês de agosto. Mas, ninguém sabe ao certo”, começou por dizer numa entrevista à Reuters.

Agag também disse que são grandes as chances de manter todo o restante do calendário apenas com corridas realizadas na Europa, mas uma decisão neste sentido ainda não foi tomada.

Acho que noventa por cento delas estarão na Europa. Ainda temos uma opção fora da Europa que estamos vendo, mas decidiremos mais tarde.

Fala-se que poderá haver uma ronda dupla em Valencia, palco dos testes de pré-temporada, bem como outra ronda dupla em Portimão, e ambas as provas poderiam acontecer à porta fechada, para cumprir as regras sanitárias de distanciamento. A temporada de formula E de 2019-20 está interrompida desde o dia 29 de fevereiro, com a ronda de Marrakesh, a quinta do campeonato, e com o português António Félix da Costa a liderar, com 67 pontos, mais onze que o neozelandês Mitch Evans, que tem 56.