sábado, 15 de agosto de 2020

Formula 1 2020 - Ronda 6, Espanha (Qualificação)

Nesta temporada atípica, com praticamente todas as corridas a acontecerem um fim de semana após o outro, porque estivemos parados por toda a primavera, ver um GP de Espanha em Agosto só mesmo em tempos destes. Chegou a haver dúvidas por causa do aumento do número de casos na Catalunha, com a obrigatoriedade da máscara em espaços públicos e a proibição de fumar, mas como Montemeló é longa do centro da cidade, e a Formula 1 vive numa bolha - fala-se que poderá haver público em Mugello, para um conjunto de selectos escolhidos pela Ferrari - isso não é um problema. Recorde-se que na Formula 1, só se adia ou cancela no último dos últimos recursos. Sem isso, o espectáculo continua.

E antes do espectáculo continuar, a Mercedes tinha dúvidas sobre a sua capacidade dos seus pneus no calor espanhol. Os eventos de duas semanas antes, em Silverstone, ainda estavam presentes, e sabendo que têm uma "kryptonite" em mãos, queriam saber se isso variava de pista para pista ou era mais permanente, por causa de algum defeito no carro. E isso queriam saber agora, num circuito de Barcelona que normalmente é dos mais aborrecidos do calendário, a par de Sochi.   

Com todos em moles, os Mercedes foram para a frente, mas foi Hamilton o primeiro a marcar, com 1.17,0, na frente dos Racing Point de Sergio Perez e Lance Stroll, na frente até de Valtteri Bottas, mas estes eram os primeiros tempos, enquanto atrás, Kevin Magnussen e Daniil Kvyat foram envolvidos num incidente que deu ocupação aos comissários de pista. 

No final da primeira parte da qualificação, com Hamilton a melhorar para 1.16,872, e Bottas entre os Racing Point, os que ficaram de fora da Q2 foram os Haas, Williams e o Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi. Em contraste, Kimi Raikkonen entrava na segunda parte da qualificação no seu carro, pela primeira vez na temporada.

 Interessante ver os Mercedes a começar logo na pista na Q2, para marcar tempos com os moles. Bottas marcou 1.16,152, depois Hamilton melhorou para 1.16,013. Verstappen era terceiro, mas a meio segundo dos Flechas Negras. Aliás, eles tinham dado mais de um segundo para o meio do pelotão, desde os Ferrari até aos que estavam no fundo do pelotão provisório, onde Raikkonen tinha 2,3 segundos de desvantagem.

Na parte final, de novo com os moles, e sem os três primeiros na pista, o resto lutou para ver se passava para a fase final. Vettel falou por meros... dois milésimos de segundo, depois de ter sido superado por Pierre Gasly nos últimos momentos, ao fazer o quinto melhor tempo. O alemão, que tinha um chassis novo, iria fazer companhia dos Renault, Kimi Raikkonen e o Toro Rosso de Daniil Kvyat.

A Q3 começou com os todos de novo com os moles, com os Racing Point a marcar tempo, antes que Lewis Hamilton fazer 1.15,584, 89 décimos melhor que Valtteri Bottas. Max Verstappen era terceiro, a 708 centésimos dos Mercedes, uma quase eternidade, e na frente dos Racing Point. De uma certa maneira, era o que esperávamos, mas em Barcelona era quase uma humilhação.

A parte final, era mais para saber se qual dos Mercedes ficaria com a pole, e se a humilhação seria grande ou muito grande. Não houve alterações nem na posição, nem nos tempos, e claro, Lewis Hamilton fazia a sua 92ª pole-position na sua carreira, a quinta em Montemeló com Valtteri Bottas a seu lado, e com ele a dizer que iria tentar ficar na frente na primeira curva.  

Amanhã haverá mais.

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