domingo, 9 de agosto de 2020

Formula 1 2020 - Ronda 5, GP dos 70 anos (Corrida)

Como disse ontem, este "GP dos 70 Anos" faz-me lembrar aquelas corridas extra-campeonato que havia nos anos 70 em Silverstone e Brands Hatch, onde alguns pilotos iriam fazer alguma coisa para dar nas vistas perante os fãs britanicos. Mas como disse, estes são tempos invulgares, logo, denominações invulgares para estas jornadas duplas da Formula 1, para preencher um calendário com 15 ou 17 corridas, quase todas na Europa, o único sitio onde podem fazer provas com restrições.

Uma semana depois do final de cortar a respiração, graças aos pneus, que chegaram ao seu limite precisamente na última volta, havia rumores devido a isso mesmo, aliado com o calor que se fazia sentir hoje na zona. O asfalto estava a cerca de 45 graus Celsius, com uma temperatura do ar de 32ºC, diferente da semana passada, e a grande estratégia era saber quantas trocas de pneus teria de acontecer até à meta. Entre duas a três paragens, a Pirelli previa, mas cabia às equipas saber qual seria a melhor para superar, especialmente as Mercedes, o "sonho impossivel" do momento. Mas a Red Bull descobriu a pólvora, e mostrou que as "Flechas Negras" tinham uma "kriptonite"... 

Com boa parte dos pilotos a largarem com duros, por causa do calor, e os mais acima da grelha de médios, mo momento da partida, Bottas aguentou os ataques de Hamilton para manter a liderança, enquanto atrás, Verstappen passava Hulkenberg e Ricciardo perdia um lugar para Stroll. Atrás, Vettel fazia um pião depois de ter exagerado na primeira curva e caia para o fundo do pelotão. 

Nas voltas seguintes, enquanto os Mercedes tinha um segundo entre eles, ambos se afastavam de Verstappen, que no final da quinta volta tinha um atraso de quase quatro segundos, e dos Racing Point, com Hulkenberg na frente de Stroll. Na Ferrari, Leclerc era um pálido décimo, e Vettel já tinha recuperado um lugar. Contudo, a partir da volta sete, os que tinham pneus médios trocaram para duros, como a marca tinha previsto, que iriam às boxes nas primeiras dez voltas. Contudo, apenas três pilotos passaram pelas boxes, e os Mercedes, por altura da volta 12, já tinham os seus médios esfarelados e Hamilton era ameaçado por Verstappen.

Na volta 14, Bottas vai às boxes, trocando de pneus a caindo para quinto. Uma volta depois, foi a vez de Hamilton, cedendo a liderança para Verstappen e cindo para sexto. Depois foram os Racing Point, com Hulkenberg primeiro, na volta 16. Três voltas depois, Stroll, que seguia em segundo, ia trocar de pneus. Lelcerc trocou na volta 20, enquanto na frente, Verstappen andava melhor que os Mercedes... e ainda não tinha ido às boxes! E pior, parecia que os pneus da Mercedes não se portavam melhor!

Por alturas da volta 25, já era óbvio: o holandês ia para apenas uma paragem. E se os Flechas Negras iam para uma segunda paragem, poderiam ser mais espertos. Na volta 27, Verstappen trocava para médios e perdia para Bottas. Mas algumas curvas depois, entre Lutfield e Woodcote, o holandês voltava para o comando, com o finlandês ainda a lutar com os pneus.

Na volta 31, Albon e Hulkenberg iam para as boxes uma segunda vez, numa altura em que Ricciardo fazia um pião, caindo para o final do pelotão. Na volta 33, Bottas e Verstappen iam às boxes, deixando Hamilton no primeiro posto. E eles saíram na frente de Charles Leclerc, que foi às boxes na volta seguinte.

Depois disto tudo, com Hamilton aflito com o desgaste dos seus pneus, e Verstappen a aproximar-se, ainda havia mais coisas, com Leclerc a aproximar-se de Bottas, o terceiro. Mas o que ninguém parecia estar a ver era que Hamilton iria levar o carro até o mais tarde possível para depois atacar Verstappen, ou então ficar até à meta e vencer, mas a estratégia era arriscada e a contrariar a da Red Bull. Acabou por ir na volta 42, a dez do fim, deixando-o no quarto posto. 

Na frente, Verstappen estava a ir veloz no comando, com Bottas e Leclerc a seguir e Hamilton a tentar chegar ao pódio, fazendo volta mais rápida, uma atrás da outra, para apanhar o Ferrari do monegasco. Conseguiu fazê-lo na travagem para a curva Stowe, na volta 45, mas tema-se que o tempo perdido poderia ter sido decisivo para deixar escapar. Contudo, ele continuava num grande ritmo para apanhar o finlandês quase ao ritmo de um segundo por volta. Na volta 49, o britânico estava na traseira de Bottas, para apanhá-lo na volta seguinte, na travagem para Brooklands.

Na frente, Verstappen estava imparável, num carro que se dava bem no calor, e atrás, Alex Albon chegava a quinto, passando Lance Stroll. Mas é na frente que estavam as atenções, com Max a mostrar que os Mercedes não eram imbatíveis. E claro, merecia a vitória.

Agora, perante todos, a Mercedes tinha uma fraqueza: não funciona no calor. E como estamos no pico do verão...

Sem comentários: