sábado, 18 de fevereiro de 2023

No Nobres do Grid deste Fevereiro...


Ken Block, piloto de ralis americano, morreu tragicamente no passado dia 3 de janeiro, aos 55 anos, na sua quinta no Utah, onde estava a passar uns dias com a família, depois do Ano Novo. Sofreu um acidente fatal enquanto andava a relaxar com amigos numa moto de neve. Esta escapou-lhe das mãos e caiu em cima dele, causando morte imediata.

E claro, as ondas de choque por este final abrupto e inesperado foram enormes. Todas as personalidades importantes do automobilismo deram as suas homenagens, realçando a pessoa e admirando as suas habilidades ao volante de um carro de ralis. (...)

(...) Mas faço a pergunta: que razão alguém como a FIA e o WRC decide tomar uma atitude destas, de um piloto que só conseguiu 18 pontos no total e como melhor resultado um sétimo lugar no Rali do México de 2013? Um piloto cuja carreira foi muito marginal, que começou muito tarde, nunca foi um piloto oficial de qualquer marca e sequer foi campeão nacional na América?

A resposta foi uma: impacto. Ou se preferirem ser especificos, as "Ghynkhanas". E os americanos sabem montar um espectáculo.


Como piloto de ralis, Ken Block foi modesto, mas no resto, os seus vídeos das "ghynkhanas" foram vistos por milhões. E para além disso, tinha uma equipa por trás que sabia montar um espectáculo sempre que ele sentava num carro e iria correr. O melhor exemplo disso é o vídeo-documentário da temporada de 2022 da Rally America, onde relataram as provas em que participou a bordo de um Hyundai i20 WRC do ano anterior. 

E é por causa desse impacto que a reação da FIA é, de uma certa forma, justificada, especialmente por causa da história dos números fixos ser algo muito recente.

Sobre isso e mais falo neste mês no Nobres do Grid

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