quarta-feira, 30 de abril de 2025

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O ano a seguir à catástrofe. E no rescaldo, um raro erro de Michael Schumacher no ano do seu bicampeonato. E o tributo aos caídos.

Quando a Formula 1 regressou a Imola, a 30 de abril de 1995, as pessoas imaginavam como iria ser naquele dia. A pista, todos sabiam que depois do que aconteceu, tinha de ser modificada, desse por onde desse. Chicanes nas curvas Tamburello e Villeneuve, para abrandar a velocidade, e garantir maior segurança, foram instaladas, e a chicane Acqua Mineralle também, para ser mais rápida. Todas essas modificações custaram cerca de cinco milhões de dólares e duraram cerca de quatro meses para ficarem prontas para serem aprovadas pelas FIA. 

Quando o pelotão da Formula 1 chegou, os tributos chegaram depressa. As lembranças foram longas e espalhadas por toda a parte, especialmente nas redes perto da pista. Noventa e cinco por cento era para honrar Senna, mas gente como Mika Salo ou Heinz-Harald Frentzen, que tinham corrido no Japão, foram ao local do acidente mortal do outro piloto daquele final de semana maldito, para homenagear o amigo e concorrente na Formula 3000 japonesa. Ninguém queria esquecer, e no dia da corrida, os pilotos alinharam perto da linha de meta para honrar Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. Ainda por cima, precisamente nesse dia, passava o primeiro aniversário da morte do piloto da Simtek. 

Não foi uma corrida tranquila. Começou com alguma chuva, mas secou à medida que a corrida prosseguiu. O poleman, Michael Schumacher, desistiu na décima volta, vitima de um acidente, depois de ter regressado à pista quando trocou para secos. Gerhard Berger ficou com a liderança, mas era pressionado por Damon Hill, num duelo pela liderança que deixava os espectadores excitados. Contudo, quando o austríaco da Ferrari foi às boxes, o motor foi-se abaixo e perdeu segundos preciosos. Hill era o líder, seguido por David Coulthard e Jean Alesi

Contudo, pouco depois, quando o escocês foi às boxes para lutar pelo segundo posto com Alesi, a sua asa da frente ficou danificada, e para piorar as coisas, acelerou nas boxes, ultrapassando o limite de velocidade e acabou por ser penalizado. As penalizações tinham de ser servidas separadamente, e o escocês teve de fazer uma paragem extra, caindo para o quarto lugar.

Para Hill tudo corria bem... mas poderia ter acabado mal. No último reabastecimento, a mangueira ficou presa e perdeu segundos preciosos, mas conseguiu sair na frente de Alesi, para conseguir uma vitória que, de uma certa forma, era aquilo que eles gostariam de ter conseguido no ano anterior. 

No décimo lugar, a duas voltas do vencedor, ficou Nigel Mansell, no seu McLaren. Era a sua corrida de regresso pela McLaren. Tem 41 anos, e tinha acabado de ver pela última vez a bandeira de xadrez na sua longa carreira.   

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